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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Hipertensão e Sal


O sal é um composto químico natural e abundante na Terra. É constituído de Cloro (Cl) e Sódio (Na) que ao se unirem formam o Cloreto de sódio (NaCl). Na mistural de Na com Cl 40% corresponde ao Sódio e 60% de cloreto. Logo, 1g de Sal tem 0,4g de Sódio e 0,6g de Cloreto.

Existe basicamente 2 tipos de sal:
1) Sal marinho: é extraído através da evaporação da água do mar,
2) Sal de rocha também conhecido como sal-gema: é retirado das minas subterrâneas que são resultantes de mares e lagos antigos que secaram.

Apesar da abundância hoje conhecida, durante muitos séculos o sal foi considerado muito precioso, principalmente pela sua ação de preservar os alimentos. Já foi denominado ouro branco.

Os Gregos e Romanos, utilizavam o sal como moeda para suas compras e vendas e com este condimento os romanos eram pagos, por isso surgiu a palavra salário que deriva de sal. Foi também considerado um artigo de luxo e só os mais ricos tinham acesso a ele.

O sal em seu estado puro consiste de cloreto de sódio e é encontrado em grande quantidade na natureza, em alguns casos são adicionados a ele substâncias ou temperos para o seu uso culinário.

O Sal de cozinha, de mesa ou refinado: é o mais comum e também mais usado para preparar os alimentos; neste sal pelas leis brasileiras deve-se adicionar o mineral iodo para evitar o bócio, devido o nosso solo ser pobre em Iodo.

Tipos de sal

Sal marinho: Existem diversos tipos, dependendo da procedência e a cor de seus cristais pode variar. Muito usado na cozinha macrobiótica.

Sal grosso: Não refinado, apresenta-se na forma em que sai da salina. Na culinária é comumente usado em churrasco, assados de forno e peixes curtidos.

Sal light: seu teor de sódio é reduzido, sendo fruto da mistura de partes iguais de cloreto de sódio e cloreto de potássio. É ideal para pessoas em dietas com restrição ao sal .

Sal kosher: Este sal contém cristais grossos e irregulares que tanto pode ser extraído de mina ou do mar , desde que seja sob supervisão de rabinos. Sendo sua granulação mais grossa, tem a preferência dos chefes de cozinha, porque adere com muito mais facilidade a superfície das carnes.

Sal de Guérande: Considerado como o melhor do mundo este sal tem sua produção artesanal. Extraído da cidade de Guérande, região da Grã-Bretanha, França, torna-se um condimento caro.

Sal defumado: Tem sabor e aroma próprios que dão um toque especial às preparações.

Sal de aipo: É um sal de mesa misturado com grãos de aipo secos e moídos . É utilizado para dar melhor sabor aos grelhados de peixes, carnes e caldos consommés.

Gersal: Também muito utilizado na cozinha macrobiótica. É um sal misturado com sementes de gergelim tostadas e amassadas.

Dose máxima diária de Sal

O mínimo de Sal necessário para o homem é 1,2g/dia. Em 2005 a Organização Mundial de Saúde preconizou que a dose máxima diária de Sal (prestem atenção = NaCl e não apenas o Sódio isoladamente) seria de 5 gramas por dia (5g/dia), o que em medidas caseiras corresponde e aproximadamente 1 colher de café cheia. Portanto se em 1grama temos 0,4g de Sócio, em 5 gramas temos (+- 1colher de café) 2gramas de sódio. Logo o máximo a ser consumido de Sódio por dia é 2gramas/dia.

Em novembro de 2010 o Governo Brasileiro divulgou um acordo com a indústria para a redução do teor de sódio (e de glicose) dos produtos alimentícios. A redução deverá ser gradativa a fim de que os brasileiros não estranhem. Portanto, segundo o acordo, até 2020 os alimentos industrializados do Brasil deverão ter 50% menos sódio que hoje em dia. Estudos mostram que o brasileiro ingere em média 10g/dia.

Na época José Gomes Temporão (ministro da saúde) afirmou “ A redução do teor de sal é um novo desafio. O consumo excessivo pode causar, a longo prazo, problemas de saúde pública como hipertensão arterial sistêmica (HAS), entre outros. Entregamos à Abia um documento técnico com prioridades para a redução. Haverá agora o desenvolvimento de um trabalho técnico, com estabelecimento de metas, para que esse trabalho continue avançando. Estudos apontam que a redução de 3 gramas no consumo diário de sal levaria a uma redução de 13% nos casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e 10% nas doenças isquêmicas do coração".

Redução de 6 gramas para 5 gramas por dia de Sal

As novas diretrizes brasileiras de hipertensão (elaborada pela Sociedade Brasileira de Nefrologia), publicadas em 2010 (disponível aqui) afirmam que:

1 - "Ingestão excessiva de sódio tem sido correlacionada com elevação da Pressão arterial (PA). A população brasileira apresenta um padrão alimentar rico em sal, açúcar e gorduras. Em contrapartida, em populações com dieta pobre em sal, como os índios brasileiros Yanomami, não foram encontrados casos de HAS. Por outro lado, o efeito hipotensor da restrição de sódio tem sido demonstrado".

2 - "A relação entre PA e a quantidade de sódio ingerido é heterogênea. Esse fenômeno é conhecido como sensibilidade ao sal. Indivíduos normotensos com elevada sensibilidade à ingestão de sal apresentaram incidência cinco vezes maior de HAS, em 15 anos, do que aqueles com baixa sensibilidade. Alguns trabalhos demonstraram que o peso do indivíduo ao nascer tem relação inversa com a sensibilidade ao sal e está diretamente relacionado com o ritmo de filtração glomerular e HAS na idade adulta".

3 - "Uma dieta com baixo teor de sódio promoveu rápida e importante redução de PA em hipertensos resistentes. Apesar das diferenças individuais de sensibilidade, mesmo modestas reduções na quantidade de sal são, em geral, eficientes em reduzir a PA. Tais evidências reforçam a necessidade de orientação a hipertensos e “limítrofes” quanto aos benefícios da redução de sódio na dieta. A necessidade diária de sódio para os seres humanos é a contida em 5 g de cloreto de sódio ou sal de cozinha. O consumo médio do brasileiro corresponde ao dobro do recomendado.Dieta hipossódica: grau de recomendação IIb e nível de evidência B".

Portanto, as sociedades brasileiras de nefrologia, cardiologia e hipertensão adotaram a redução de 6 gramas para 5 gramas de Sal por dia. O mesmo limite adotado pela Organização mundial de Saúde (OMS) em 2005.

A redução em 1g pode parecer ínfima mas tem um grande impacto em saúde pública. Segundo um estudo publicado em Fevereiro de 2010 na maior revista científica do mundo (The New England Journal of Medicine), mostrou que a redução 6 para 5g/dia evita 10% das mortes por doenças cardiovasculares, sobretudo infarto e derrame. O que representa, em termos globais, em torno de 1 milhão de vidas salvas anualmente. Para hipertensos há um aumento de 4 anos na expectativa.

Segundo Marcus Bolívar Malachias (presidente da sociedade Brasileira de Cardiologia) "Os benefícios aumentam proporcionalmente à quantidade reduzida".

Sal e hipertensão arterial

O sal começou a aparecer nas diretrizes médicas a partir dos anos 80, quando a Associação Americana do Coração relacionou o consumo excessivo do mineral a um aumento nos riscos de hipertensão, doença responsável por 54% das mortes por derrame e 47% dos óbitos por infarto.

Descobriu-se que, depois da genética, o excesso de sal é o fator de maior influência para a pressão alta. Quando em excesso, além de ter ação vasoconstritora, o mineral aumenta o volume de sangue circulante pelas artérias, agredindo a parede dos vasos. A lesão, por sua vez, facilita o depósito de gorduras e reduz a síntese de substâncias vasodilatadoras. Com isso, as artérias enrijecem e têm seu calibre diminuído. A PA portanto aumenta.

O ideal é que ela não ultrapasse a marca dos 120 por 80. O número 120 corresponde a pressão máxima ou sistólica e equivale à força do fluxo de sangue contra a parede dos vasos, quando o músculo cardíaco se contrai e bombeia sangue para o resto do organismo. Já o 80 corresponde à pressão diastólica ou mínima, refere-se à medição no momento em que o coração relaxa e se enche de sangue.
Quando a sistólica ultrapassa 140 e a diastólica 90 o quadro é de hipertensão.

No Brasil, 30% dos adultos estão doentes – o que representa cerca de 30 milhões de homens e mulheres. Em oito de cada dez desses casos, a hipertensão é produto de uma combinação de múltiplos fatores – e o consumo excessivo de sal é um aspecto preponderante entre diversos fatores de risco (obesidade, sedentarismo e stress).

Portanto, faz-se necessário controlar a ingesta de Sal.

Abaixo algumas das orientações que faço aos meus pacientes hipertensos:

1 - Use o mínimo de sal no preparo dos alimentos, no começo pode-se estranhar o sabor, porém depois acostuma-se:
Dica: Substitua por temperos naturais como: salsinha, cebola, orégano etç. Sabe-se que uma das melhores maneiras de controlar a hipertensão (pressão alta) e a retenção de líquidos (inchaço, edema) é reduzir o consumo de sal.
O sódio é um elemento químico que faz parte da composição do "sal de cozinha" (cloreto de sódio). O sal é a maior fonte de sódio, mas este também é encontrado em diversos alimentos.
Abaixo, listo os alimentos (na maioria das vezes industrializados) que são ricos em sódio:
  • Carnes processadas e embutidos: presunto, mortadela, copa, bacon, paio, salsicha, lingüiça, salaminho e salame, carne seca, chouriço, etc.
  • Aves processadas: nuggets de frango, por exemplo.
  • Queijos amarelos: parmesão, prato, provolone, cheddar, suíço, roquefort.
  • Bolos prontos, arroz de preparo rápido, patês.
  • Alimentos enlatados e conservas: aspargos, milho, ervilha, azeitona, palmito, picles, alcaparras. Além do excesso de sal, possuem conservantes. Uma alternativa é deixa-los de molho em duas águas antes de consumí-los.
  • Biscoitos salgadinhos, bolacha de água e sal, etc.
  • Manteiga ou margarina com sal.
  • Macarrão instantâneo, sopas em pó.
  • Temperos e molhos industrializados: caldos concentrados e extratos de carne/frango/legumes, temperos prontos (Arisco, Sazon, Ajinomoto, etc), catchup, mostarda, maionese, molho de soja (shoyo), molho inglês, molhos de salada, extrato e molho e tomate. Todos são ricos em sódio porém nosso paladar não percebe. O mesmo acontece com os refrigerantes ditos Diet ou Light, na maioria das vezes possuem alto teor de Sódio.
ATENÇÃO para o RÓTULO dos alimentos.
Existem nos mercados produtos chamados "substitutos do sal" (como o sal light). Entretanto, a maioria deles substitui o sódio por potássio e, portanto, não devem ser usados por pacientes com problemas renais.

Uma dúvida freqüente dos meus pacientes é com relação ao que fazer no restaurante. Dicas:
  • Dar preferência a alimentos frescos, que possuem menos sal que os produtos de laticínios (se possível orgânicos);
  • Evitar pratos e molhos com queijo (apesar do cálcio promover relaxamento das artérias);
  • Escolher carnes grelhadas ou assadas; evitar frituras e carnes com molhos;
  • Pedir ao garçom que os alimentos sejam preparados sem sal;
  • Em caso de saladas, pedir o molho separadamente; dar preferência ao vinagre (ou limão) e azeite.
  • Faça uso de ervas no preparo dos alimentos; prepare uma mistura de temperos que mais lhe agrada e coloque-os moídos em um recipiente (tipo saleiro, com buracos maiores), para ser usado à mesa. Tais temperos podem ser encontrados em casas de produtos naturais. Utilizo um chamado Tempero Terapêutico e que contém diversas ervas e especiarias.

2 - Evite acrescentar sal aos alimentos já prontos e para isso a única saída é retirar o saleiro da mesa. Lembre-se que para hipertensos a dose máxima diária é de 5g (ou seja, 1 colher de café)

3 - O Sal marinho possui vários minerais que são retirados durante o refinamento. Portanto use o sal marinho ao invés do sal refinado.

4 – Um agente causador freqüente de hipertensão é o estresse emocional. As causas do estresse podem variar de acordo com o indivíduo. O melhor a fazer é se possível, identificar o motivo gerador da tensão e eliminá-lo. Na impossibilidade, deve-se procurar encarar a situação com mais leveza e fazer psicoterapia, meditação transcendetal, atividades que promovam relaxamento mental.

5 - Evite carnes salgadas como carne seca, carne de sol salgada, bacalhau e defumados.

6 - Evite aditivos: glutamato monossódico utilizado em alguns condimentos e em sopas instantâneas, além de terem sal, causam excitação cerebral.

7 – Alimentos ricos em cálcio são essenciais para a diminuição da pressão, mas não pense que somente o leite é rico em cálcio (lembre-se que o Leite também tem sódio). Outras fontes boas de cálcio e que devem ser consumidas diariamente são: Brócolis, espinafre, couve crua, ovos cozidos, gergelim, tofu, levedo de cerveja, castanhas.

8 – Alimentos ricos em potássio também são essenciais para a diminuição da pressão. A cada 100gramas desses alimentos você encontrará:
  • Ameixa seca (616mg);
  • Amendoim torrado sem sal (740mg);
  • Banana (370mg);
  • Batatas (400mg),
  • Uva passa (842mg);
  • Chicória (519mg),
  • Cogumelos (669mg);
  • Couve (400mg),
  • Damasco seco (1179mg),
  • Ervilhas verdes e vagem (937mg);
  • Feijão azuki (1300mg),
  • Polpa de tomate (88mg),
  • Soja (800mg).
9 – O magnésio é um dos minerais mais abundantes em nosso planeta e está envolvido no mecanismo de relaxamente dos vasos e com isso diminuição da pressão arterial. Na minha prática clínica percebo que a maioria dos meus pacientes apresentam deficiência de magnésio e respondem bem à reposição. Tal deficiência se deve a três fatores principais:
  • Na manipulação de alimentos (refino) mais de 80% do Magnésio é perdido devido a remoção do gérmen e das camadas externas dos grãos,
  • O solo brasileiro é naturalmente pobre em Magnésio e com a monocultura praticada por séculos o teor ficou ainda menor. Inúmeros estudos demonstraram que locais onde o solo é pobre em magnésio a incidência de hipertensão arterial e doenças cardíacas é maior. Além disso um estudo Finlandês mostrou que a suplementação de Magnésio na água sob a forma e um sal evidenciou redução na incidência de doenças cardíacas.
  • O terceiro fator é a  ingesta de alimentos refinados e com alto índice glicêmico. Alimentos com índice glicêmico elevado solicitam uma maior quantidade de insulina. Para que a insulina se ligue ao receptor e  promova a entrada de glicose na célula, utiliza-se além de outros minerais o magnésio, logo uma dieta rica em carboidratos, "manda muito magnésio embora".
O magnésio está envolvido em mais de 300 reações metabólicos essenciais. As principais fontes de magnésio são:
  • Grãos integrais (aveia, arroz integral, trigo integral, farelo de milho e de arroz),
  • Nozes e sementes secas: sementes de abóbora, girassol (torrada), gergelim. Amêndoas, castanhas, amendoim, pistache, soja, nozes
  • Frutas: banana, abacate,
  • Verduras e legumes: folha de beterraba, beterraba, grão-de-bico, figo seco, feijão, ervilha, mandioca (raiz), lentilhas, quiabo, batata com casca, fécula de batata, figo (seco), uva passa, algas marinhas, soja, espinafres, couve.
  • Ostras, soja e seus derivados, rapadura (ocasionalmente)

10 – Uma dieta rica em alimentos que contenham ômega 3 pode ajudar a reduzir a pressão arterial. Onde você encontrará }ômega 3 ? Em peixes como truta, salmão e cavala. Outras fontes ricas são: nozes, semente de linhaça dourada (deve ser usada diariamente). O ômega 3 já foi associado a um melhor desenvolvimento cerebral e a um baixo risco de desenvolvimento de câncer e de doenças cardíacas.

11 – Se você gosta de chocolate, uma boa notícia, alguns estudos mostram quem chocolate com mais de 70% de cacau, podem auxiliar na redução da pressão. Mas cuidado com o açúcar e lactose. Não ultrapassar 30g/dia.

12 – Diminua o consumo de bebidas alcoólicas, pois elas aumentam a diurese, podendo posteriormente aumentar a pressão arterial. Por isso, os homens não devem ultrapassar o limite diário de 60 mililitros de bebidas destiladas (uísque, vodca, aguardente etc.), ou 240 mililitros de vinho, ou 720 mililitros de cerveja (2 latinhas/dia). As mulheres e os indivíduos de baixo peso devem limitar a ingestão de álcool à metade da quantidade permitida aos homens. Se você não consegue se enquadrar nesses limites, sugere-se a abstenção de bebidas alcoólicas, pois, além de fazer subir a pressão, o álcool é uma das causas de resistência ao tratamento anti-hipertensivo, causando gastrite, problemas no fígado, no coração e no cérebro, sem contar os problemas sociais provocados pela bebida.

13 - Procure manter-se em seu peso ideal. O excesso de peso também aumenta consideravelmente o risco de hipertensão, um famoso estudo ( Framingham) demonstrou que em pacientes obeso, a incidência de hipertensão era 8 vezes maior. Estimou-se que para cada 1kg acima do peso ideal, a pressão eleva-se 1mmHg.

14 - Pratique um exercício físico, pois eles ajudam a diminuir a pressão arterial. Se possível sempre deve ser realizado sob supervisão. A assiduidade é um fator importante, caso não exista contra-indicação, faça atividade física diariamente. O seu coração agradece.

15 – O tabagismo é o mais importante fator de risco, passível de prevenção, para as doenças cardiovasculares, sendo responsável por um em cada seis óbitos. A nicotina aumenta a pressão arterial e acelera a progressão da aterosclerose que pode gerar infarto ou derrame (depósito de gorduras nas paredes das artérias). Portanto, abandonar o tabagismo deve ser a primeira providência do hipertenso. Além disso, o cigarro aumenta o risco de trombose, câncer de pulmão, mama, próstata, intestino, boca e diminui a elasticidade da pele favorecendo o envelhecimento.

16 - Antes de vir à consulta médica, evite: Beber café, coca-cola ou estar com a bexiga cheia. Podem ocasionar um aumento da pressão.

17 - Lembre-se que a hipertensão é a doença que mais mata em todo o mundo, devido as suas conseqüências. Ela atinge quase todos os órgãos do corpo:
a) Coração: infarto, insuficiência cardíaca
b) Olhos: cegueira
c) Cérebro: derrame, diminuição da inteligência e memória
d) Rins: Insuficiência renal crônica evoluindo para necessidade de hemodiálise ou transplante renal
e) Membros inferiores: Trombose

18 - Use corretamente os medicamentos prescritos pelo médico e tenha consigo anotado o nome, dosagem e como foi orientado a usar.

19 - Cuidado com os antiinflamatórios pois eles podem aumentar a sua pressão, quando algum médico receitar um antiinflamatório sempre diga que é portador de hipertensão. Exemplos de Antiinflamatórios: Diclofenaco, AAS, Nimesulida, Piroxicam, Meloxicam, Ibruprofeno.

20 – Ufa, quantas orientações, agora pode dormir, pois diversos estudos mostram que pacientes com insônia ou outros distúrbios do sono tendem a ter pressão arterial mais alta. Uma boa noite de sono, além de reparadora auxilia a diminuir o nível de estresse, eleva a produção de substâncias que diminuem a tensão nos vasos sanguíneos e com isso favorece uma melhora na pressão arterial. Então DURMA!


domingo, 3 de janeiro de 2016

Potássio

O potássio é um elemento de origem mineral importante para o bom funcionamento do corpo humano. O nutriente é um dos principais componentes das nossas células. Exerce um papel essencial em muitas das funções mais importantes de nosso corpo, tais como contração muscular, condução nervosa, frequência cardíaca, produção de energia e síntese de ácidos nucleicos e proteínas. 
Relação entre potássio e sódio: A relação entre essas duas substâncias é essencial para equilibrar a quantidade de água no organismo. Enquanto o sódioretém os líquidos, o potássio provoca a excreção, de modo que as células fiquem com a quantidade certa de água. Além disso, a dupla sódio e potássio participa de contrações musculares e do fornecimento de energia para o organismo. 

Benefícios comprovados

Aliado do coração: A dupla sódio e potássio é essencial para a contração muscular e por isso ajuda a manter o ritmo cardíaco normal. A ausência de sódio pode levar a uma arritmia cardíaca.
Equilibra a quantidade de água no organismo: O sódio age retendo os líquidos no organismo, enquanto o potássio provoca a excreção da água. Assim, quando há o equilíbrio entre os dois, ocorre também o equilíbrio da quantidade de água no corpo, permitindo que as funções do organismo ocorram corretamente. 
Regula a pressão arterial: O excesso de sódio favorece o aumento da pressão arterial. Com a ingestão de boas quantidades de potássio há o equilíbrio entre os elementos. O potássio exerce um efeito positivo no tônus vascular contribuindo para a redução da pressão arterial.  
As amêndoas são ricas em potássio - Foto: Getty Images
As amêndoas são ricas em potássio
Previne o Acidente Vascular Cerebral: A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para o aparecimento de Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral, que ocorre quando há um entupimento ou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada. Estudos comprovam que dieta rica em potássio provoca maior redução da pressão arterial, prevenindo consequentemente o AVC. 
Aliado dos músculos: Os músculos são constituídos por tecido muscular e caracterizam-se pela sua contratilidade, funcionando pela contração e extensão das suas fibras. A contração muscular ocorre com a saída de um impulso elétrico do sistema nervoso central que é conduzido ao músculo através de um nervo. Esse estímulo elétrico desencadeia o potencial de ação, que resulta na entrada de sódio (necessário à contração) dentro da célula, e a saída de potássio dela, assim estimulando a liberação do cálcio. A manutenção da concentração de potássio no meio intracelular é importante para a síntese de proteína e respiração. 
Previne câimbras: O potássio é essencial para praticantes de atividade física, pois está presente nas reações musculares e sua carência pode levar a câimbras e lesões. 

Deficiência de potássio

 Os sintomas da deficiência de potássio são fraqueza muscular, câimbras, fadiga, alterações cardíacas, anorexia e apatia mental. A causa mais comum do quadro de hipocalemia, deficiência de potássio, é a perda excessiva de potássio na urina, causada pelo uso de medicamento diurético. Vômitos e diarreias também podem levar à baixa quantidade de potássio no sangue a partir do trato digestivo.

Combinações de potássio

Combinar o magnésio com o potássio é uma boa ideia. Isto porque ele possui benefícios similares ao do potássio. O magnésio é um excelente ativador do óxido nítrico (substância vasodilatadora), que tem efeito direto na diminuição da pressão arterial. Também o magnésio está relacionado à contração e fadiga muscular. Dessa forma, caso o magnésio não se encontre em quantidade adequada no organismo, a contração muscular não ocorre. Não se trata de contração muscular apenas no exercício físico, mas que envolve vários órgãos, como o coração, por exemplo. 

Fontes de potássio

As principais fontes de potássio são sementes de girassol torradas, abacate, amêndoas, espinafre, batata, beterraba, banana, brócolis, aipo e iogurte desnatado. Ingerir entre 5 e 10 porções destes alimentos por dia garante boas quantidades de potássio para o corpo. 

Quantidade recomendada de potássio

A quantidade recomendada de potássio por dia varia de 2,5 a 3,5 gramas por dia. 

Suplemento de potássio

Espiafre é fonte de potássio - Foto: Getty Images
Espiafre é fonte de potássio
Os suplementos de potássio podem ser necessários para indivíduos que não têm o suficiente de potássio em sua dieta regular. São usados em indivíduos que perderam muito potássio por causa de uma doença ou por tratamento com determinado medicamento. O suplemento de potássio só pode ser orientado por médicos ou nutricionistas. 

Riscos do consumo em excesso

As dietas ricas em potássio provavelmente não terão efeitos adversos, a não ser em pacientes com falência renal. Normalmente, se processa todo o potássio contido na alimentação para suprir as necessidades do organismo e se excreta o resto. As pessoas com falência renal, entretanto, têm problemas para excretar o potássio e, nesses indivíduos, o potássio pode se acumular em altos níveis que podem ser fatais. 

Fonte: http://yahoo.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/18346-potassio-controla-a-pressao-arterial-e-previne-avc

sábado, 31 de janeiro de 2015

Melhorando a fertilidade com orientações nutrológicas



Um livro baseado num estudo de Harvard traz um pouco de esperança a muitos casais que querem e não conseguem ter um filho.

Parece simples. Um óvulo, um espermatozóide e a vida acontece. A barriga começa a crescer, uns tempos depois o bebé nasce. Mas os caminhos da concepção são misteriosos, sobretudo em tempo de «fast-life« e «fast-food». Estima-se que a infertilidade afecte dez por cento da população portuguesa. O cenário poderá piorar nos próximos anos, profetizam os especialistas na matéria, preocupados com o avanço da idade média das mulheres na primeira gravidez e com o estilo de vida acelerado e pouco saudável dos casais modernos.

Uma constelação de factores interfere no processo da formação do embrião – fisiologia, hormonas e ambiente uterino – mas quem diria que a alimentação também pode desempenhar um importante papel nesta dança de células e emoções?
Diriam as nossas avós, boas conhecedoras das regras da Natureza, mas poucos cientistas lhes deram ouvidos. Até agora.

Um novo livro, «The fertility diet» (A dieta da fertilidade), baseado num respeitado estudo conduzido pela universidade de Harvard – The Nurse’s Health Study – estabelece, pela primeira vez de forma sólida, uma relação entre o que se come e a maior ou menor probabilidade de gerar uma vida. A obra identifica os nutrientes essenciais à concepção, como o ferro e as proteínas de origem vegetal, e destaca aqueles que todas as mulheres devem evitar, como as gorduras trans (gordura artificial presente em muitos alimentos processados).

Qual a probabilidade de o plano dar certo? O livro não diz. Isto porque todas as conclusões são baseadas em respostas a inquéritos, não em resultados de testes efectuados a mulheres inférteis. Contudo, tem o mérito de falar da boa nutrição.

Num artigo publicado na Newsweek no final do ano passado, Jorge E. Chavarro e Walter C. Willet, coordenadores do estudo, não garantem que as mulheres que sigam a estratégia proposta em «The fertility diet» engravidem mais facilmente do que se forem sujeitas a uma fertilização in vitro ou a qualquer outro método de reprodução assistida. Mas destacam as vantagens de se acreditar no poder da alimentação: é uma opção «virtualmente grátis, acessível a todos, sem efeitos secundários e que estabelece as bases de uma gravidez e vida saudáveis».

 Insulina e ovulação regular

 Por que razão a alimentação afecta a fertilidade, Chavarro e Willet não sabem ao certo. As conclusões apresentadas estão assentes num importante estudo de oito anos que envolveu perto de 19 mil enfermeiras. Uma investigação de longo curso coordenada pela Universidade de Harvard que teve por objectivo avaliar os efeitos da dieta alimentar e outros factores no desenvolvimento de condições crónicas, como o cancro e a doença cardíaca.

«Encontrámos algumas associações estatísticas muito interessantes», afirmou Jorge E. Chavarro ao U.S News. «As mulheres que tomavam multivitaminas contendo ácido fólico, por exemplo, tinham maiores probabilidades de engravidar. O mesmo acontecia com as mulheres que ingeriam altas quantidades de ferro, mas proveniente da fruta, dos vegetais, do feijão ou de suplementos, não da carne vermelha. As gorduras trans, presentes nos donuts, nas margarinas e noutros alimentos processados parecem ter um efeito prejudicial na fertilidade», explicou o investigador.

Os autores de «The fertility diet» acreditam que a saúde reprodutiva poderá estar relacionada com a hormona da insulina e o funcionamento dos ovários. Mulheres com níveis salutares de insulina apresentam maiores probabilidades de ovular normalmente; ao contrário, mulheres com resistência à insulina ou diabetes têm tendência a sofrer de uma ovulação irregular.

E há mais: «Vários estudos, incluindo o nosso, demonstraram que as mulheres que praticam exercício moderado, 30 minutos por dia, são menos propensas a ter problemas de fertilidade e nós sabemos como o exercício melhora os níveis de insulina.»

Chavarro e Willet ressalvam que, por enquanto, as recomendações do livro agora editado destinam-se apenas a mulheres com dificuldades na ovulação. «Não funcionam nos casos em que a infertilidade é causada por impedimentos fisiológicos, como a obstrução das trompas de Falópio.» Nem nesses, nem nas situações de infertilidade masculina, já que o The Nurses’s Health Study não inclui dados sobre os parceiros das voluntárias.


Feijão e leite gordo

Todas as mulheres que participaram no estudo da Universidade de Harvard estavam a tentar engravidar, mas uma em seis relataram problemas em consegui-lo, muitas delas referindo dificuldades na ovulação (um problema relacionado com a maturação ou a libertação dos óvulos). Os investigadores olharam para os regimes alimentares destas voluntárias e das que engravidaram rapidamente, para a prática regular de exercício físico e para outros aspectos relacionados com estilo de vida e compararam os resultados. Várias diferenças-chave emergiram. Chavarro e Willet explicam, no artigo da Newsweek, que essas discrepâncias foram depois traduzidas em estratégias de aumento de fertilidade.

Assim, recomendam que as mulheres que estão a tentar engravidar devem: optar pelos hidratos de carbono de absorção lenta – cereais integrais, feijão, vegetais e frutas – em detrimento dos açúcares rápidos – pão branco, batatas e refrigerantes; banir as gorduras trans do regime alimentar; aumentar a ingestão de proteína vegetal; beber um copo de leite gordo por dia; manter o peso corporal dentro dos limites saudáveis (nem demais, nem de menos) e fazer exercício físico. Todas estas opções estavam fortemente associadas, estatisticamente, a uma maior facilidade em engravidar.

«A nutrição é um todo»

Apesar de haver boas e fortes evidências da influência da alimentação na capacidade reprodutiva, há que ter em mente, contudo, que a «nutrição não é a solução da infertilidade», afirma Manuela Nona, nutricionista da Maternidade Alfredo da Costa.

«Não existem ‘dietas da fertilidade’, existem sim comportamentos saudáveis que promovem a saúde em geral, logo melhoram a fertilidade», ressalva a especialista, preocupada com os possíveis exageros da leitura do estudo de Harvard. «Nenhum alimento por si só incentiva a fertilidade», adverte, acrescentando: «A nutrição é um todo, os nutrientes interagem entre si». Para Manuela Nona, o livro «The fertility diet» tem sobretudo o mérito de chamar a atenção para a importância de não agredir o organismo através da alimentação, sob pena de, entre muitas outras coisas, comprometer a fertilidade...

 Se quer engravidar

  1. Evite as gorduras trans, presentes nas margarinas, fritos de pacote, doces industrializados, produtos processados (como as bolachas) e fast-food;
  2. Aumente o consumo de proteína vegetal (feijão, avelãs) e diminua a ingestão de proteína animal (carne vermelha);
  3. Prefira os cereais integrais;
  4. Beba um copo de leite gordo (substituível por qualquer outro produto lácteo, incluindo gelado) por dia;
  5. Evite os refrigerantes. 


Fonte: «The fertility diet», McGraw-Hill


Nutrientes indispensáveis para fazer bebes

AMINOÁCIDOS: Necessários para a produção de óvulos. Presentes nos alimentos proteicos.

VITAMINA A: Importante antioxidante que protege as células da ação dos radicais livres. Essencial para produzir hormonas femininas. Encontra-se nos ovos, frutas, legumes amarelos, leite gordo e produtos lácteos, legumes de folha verde-escura e peixe gordo.

VITAMINAS DO COMPLEXO B: Essenciais à produção e equilíbrio das hormonas sexuais. Destaque para a importância da vitamina B6 – presente no melaço, levedura de cerveja, cereais integrais, nozes, arroz castanho, gema de ovo, peixe, aves, leguminosas e sementes -, fundamental para a formação das hormonas femininas e para o funcionamento adequado do estrogénio e da progesterona. Importantes são também a vitamina B12 (existente apenas nos alimentos de origem animal, como o borrego, as sardinhas e o salmão) e o folato (ácido fólico), associado à prevenção de defeitos do tubo neural no embrião.

VITAMINA C: Eficaz na protecção das lesões celulares. Os citrinos, as cerejas, os rebentos de alfafa, o melão, os bróculos, as ervilhas, as batatas e os espinafres são boas fontes deste nutriente.

VITAMINA E: Considerada a ‘vitamina da fertilidade’. Em associação com a vitamina C pode melhorar a ovulação. Presente no azeite, gérmen de trigo, vísceras, melaço, ovos, batata-doce, legumes de folha, cereais integrais e abacate.

FERRO: Nutriente essencial à fertilidade. Pode ser encontrado nas carnes magras, nos ovos, no peixe, nas aves, nas cerejas, na couve, nas sardinhas e nas sementes de abóbora e girassol. Cuidado que o café, o chá e o tabaco inibem a absorção de ferro.

MAGNÉSIO: A deficiência de magnésio provoca alterações ao nível do metabolismo celular. O peixe, a carne e o leite não contêm este mineral. É, por isso, importante consumir leguminosas, centeio, arroz castanho, bananas, figos, marisco e cereais integrais.

SELÊNIO: Mineral que pode ser encontrado no atum, no arenque, no gérmen de trigo e nas sementes de sésamo. A sua deficiência está associada à infertilidade feminina e a um risco aumentado de aborto.

MAGNÉSIO: Alguns estudos avançam a hipótese de a falta de magnésio poder levar a uma ovulação deficiente. Os alimentos ricos neste nutriente incluem legumes de folha verde, cenouras, gengibre, ananás, ovos, aveia e centeio. Pelo facto de competirem entre si pela absorção, fontes de magnésio e de ferro não devem ser ingeridas em conjunto.

ZINCO: Necessário para produzir óvulos de qualidade e manter o ciclo menstrual. Atenção que o ácido fólico e o ferro inibem a sua absorção. O consumo elevado de álcool e o uso rotineiro da pílula contribuem para um baixo nível de zinco no organismo. As carnes magras, o peixe, o marisco, a galinha, a salsa e os cogumelos são boas fontes deste mineral.

COENZIMA Q10: Importante para a produção de energia e melhoria do fluxo sanguíneo. Não é fácil obter, através da alimentação, quantidades suficientes deste nutriente, daí que ele deva ser consumido sob a forma de suplemento alimentar.

ÁCIDOS GORDOS ESSENCIAIS (AGE): Actuam como reguladores hormonais. As sementes de linhaça, os peixes gordos, as nozes e os legumes de folha verde são ricos em ómega-3.
O atum é a fonte mais rica, mas existe o risco de contaminação de mercúrio, pelo que as mulheres que estão a tentar engravidar não são aconselhadas a comer mais de duas doses semanais deste peixe. Por esta razão, há quem defenda que os AGE devam ser tomados sob a forma de suplementos alimentares, produtos facilmente testáveis e controláveis.

Fonte: «Fertilidade e concepção, o guia completo para engravidar», Zita West, Civilização

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Melhorando a concentração com os alimentos



Alguns nutrientes têm papel importante no funcionamento do cérebro e que podem ajudar tanto pessoas com TDAH quanto aquelas sem o diagnóstico, mas que sofrem com problemas de concentração. Mas lembre-se: nem todos respondem a modificações na dieta, e nem todos os especialistas recomendam a medida. Um profissional deve avaliar as necessidades de cada um!

Proteínas: Trabalhos feitos pelo neurocientista Richard Wurtman, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA), mostram que as proteínas são a principal matéria-prima dos neurotransmissores que nos deixam mais alertas e motivados, como a dopamina e a noradrenalina. Com base nisso, muitos especialistas defendem que uma refeição ou lanche que inclua ao menos um tipo de alimento proteico, como ovo, carne ou leite, pode ser útil antes de assistir a uma aula, palestra ou executar uma tarefa que exija atenção. A nutricionista funcional Denise, no entanto, alerta que muita gente pode reagir negativamente ao leite e seus derivados.

Ferro: Um pequeno estudo publicado em 2004 no Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine mostrou que 84% dos jovens com TDAH possuem níveis baixos de ferro no sangue, em comparação com 18% dos que não possuem o diagnóstico. O trabalho também mostrou que os pacientes que receberam suplementação apresentaram melhora nos sintomas cognitivos. Alimentos como fígado, vitela, cordeiro, ovos, feijão, lentilha e ervilha são boas fontes de ferro.

Probióticos: Alguns especialistas, como o nutrólogo José Alves Lara Neto, vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), e a nutricionista Denise , defendem que o uso de probióticos pode beneficiar pacientes com TDAH. A explicação é que um desequilíbrio nas bactérias que protegem o intestino pode levar à proliferação de fungos e outras substâncias que, em excesso, são tóxicas para o sistema imunológico, além de provocar hipoglicemia e outros sintomas que interferem no humor e na atenção. "Não é à toa que o intestino hoje é chamado de segundo cérebro", fala Denise. Alterações na sua flora podem ser causadas pelo uso de antibióticos, laxantes e antiácidos, e pelo excesso de proteínas mal digeridas, carboidratos refinados ou longos períodos de estresse.

Zinco: Além de importante para o sistema imunológico, esse mineral também ajuda a melhorar a resposta à dopamina. Um pequeno estudo publicado em 2004 no periódico BMC Psychiatry mostrou que crianças que utilizaram metilfenidato (princípio ativo da Ritalina®, um dos remédios mais conhecidos para TDAH) em conjunto com suplementos de zinco apresentaram melhora mais acentuada nos sintomas em relação àquelas que só tomaram o medicamento. Alimentos como ostras, nozes, castanhas, carne bovina e frango são ricos em zinco. Vale lembrar que o consumo excessivo desse mineral leva à perda de cobre e pode fazer mal à saúde

Magnésio: O magnésio está envolvido em diversos processos metabólicos e também na formação de neurônios e neurotransmissores, o que torna esse mineral fundamental na comunicação entre as células do cérebro. O magnésio também está presente em carnes, oleaginosas, lentilha, aveia e arroz integral.

Carboidratos complexos: Carboidratos simples, como o açúcar e as farinhas refinadas, provocam picos de açúcar no sangue, exigindo uma produção maior de insulina. Isso inclui certas substâncias que encontramos nos rótulos dos alimentos industrializados, como xarope de milho, dextrose e maltodextrina. Assim que o alimento é consumido, pode haver uma sensação de bem-estar e euforia. Mas logo em seguida, o nível de glicose cai bruscamente, provocando mal-estar, desatenção e até confusão mental em pessoas mais sensíveis. "Embora açúcar e farinha branca não provoquem TDAH, podem aumentar a glicose no sangue e sabemos que níveis estáveis de açúcar trazem benefícios ao cérebro", diz o nutrólogo José Alves Lara Neto. O ideal, portanto, é dar preferência aos cereais integrais, que evitam os picos de glicose e promovem saciedade por mais tempo.


Vitaminas do complexo B: Praticamente todas as vitaminas do complexo B são importantes para o sistema nervoso e para a atividade dos neurônios. A falta de vitamina B6, por exemplo, pode causar fadiga e irritabilidade, assim como baixos níveis de vitamina B12 podem causar depressão e outros problemas. As principais fontes de B12 são produtos de origem animal, como carnes, peixes, ovos e laticínios. Já a vitamina B6 também é encontrada em cereais integrais e leguminosas.

Ômega-3: Alguns estudos indicam que crianças com TDAH apresentam baixos índices de ômega-3 e que esse tipo de gordura "boa" poderia atuar na redução de sintomas. "A ingestão de ômega-3 é importante na formação do cérebro e melhora a concentração", afirma o nutrólogo José Alves Lara Neto. Esse ácido graxo, encontrado em abundância em peixes gordurosos e de água fria como o salmão, tem sido indicado também para outros problemas, como triglicérides alto. Para o TDAH, contudo, ainda são necessárias mais pesquisas: "Alguns resultados foram positivos e outros, negativos: precisamos de mais estudos antes de pedir que todos comprem esses suplementos", avisa a professora Maria Conceição.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/guia/dieta-para-ter-mais-concentracao/3627/#

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Nutrição cerebral: Lembre-se de Alimentar seu Cérebro e Melhore sua Memória e Concentração

Com a correria do dia-a-dia e com a falta de preocupação com a alimentação é comum a queixa de falta de concentração, falha de memória, dificuldade de aprendizado entre outros. A alimentação, aliada à práticas como controle do estresse, exercício moderado e sono adequado mantém nossa função mental a 1000 e evitam que seu cérebro fique enferrujado.

Neste post fiz um resumo das últimas pesquisas e novidades na área da alimentação que vão turbinar seu cérebro!

A principal fonte de energia do cérebro é a glicose, obtida dos alimentos ricos em carboidratos (pão integral, cereais integrais, etc). Quem quiser começar o dia com o cérebro em pleno funcionamento deve, então, incluir esse nutriente no café da manhã. E principalmente tomar café da manhã, se você sai para trabalhar sem se alimentar ou seu filho vai para escola sem comer direito você acha que terá um bom rendimento em suas tarefas e ele irá ter um bom aprendizado? Eu não!

Um estudo, feito no MIT, nos Estados Unidos, sugeriu que as pessoas com deficiência de magnésio podem estar perdendo mais do que imaginam. Segundo a pesquisa, o magnésio é um nutriente fundamental para o funcionamento da memória, e pode ser ainda mais crítico para o bom funcionamento dos neurônios em crianças e adultos saudáveis do que se imaginava.

Você pode adquirir o magnésio comendo muitas folhas verdes, granola, aveia, farelo de trigo, arroz integral, brócolis, amêndoas, castanhas de caju, banana.

Outra forma de alimentar bem seus 100 bilhões de neurônios é comer couve. Um estudo da publicação Neurology mostrou que comer duas ou mais porções de hortaliças — especialmente as de folhas verde-escuras — diminui o declínio cognitivo em 40%.

O ômega-3 é capaz de melhorar as funções cerebrais e auxiliar no controle do stress. Essa gordura previne doenças degenerativas e regulariza neurotransmissores do bem-estar. Invista no salmão, atum, sardinha, truta e bacalhau.

Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Salk, na Califórnia (EUA), a fisetina uma substância que se encontra no morango, pêssego, uva, kiwi, tomate, maçã e também na cebola e espinafre vem sendo considerada fundamental para manter a memória jovem.

A função da fisetina é estimular a formação de novas conexões entre os neurônios (ramificações) e fortalecê-las. Os alimentos deste grupo contêm substâncias que facilitam a comunicação entre os neurônios, aumentando também a capacidade de pensar, se concentrar, aprender e memorizar.

Um estudo conduzido pela Universidade da Pensilvânia, nos EUA, verificou que mesmo uma pequena deficiência de ferro talvez prejudique a memória. Mas quando os níveis são restabelecidos o desempenho nos testes melhora. Fontes de ferro: carnes, folhas verde escuras, grãos integrais, ervilha torta, lentilha, feijão, etc.

A publicação Neuroepidemiology, por sua vez, mostrou uma relação entre baixos índices de ácido fólico e queda no desempenho cognitivo. O ácido fólico reduz o aminoácido homocisteína, que em excesso prejudica a atividade cerebral. Fontes de ácido fólico: vegetais folhosos verde escuros (espinafre, brócolis, couve, rúcula), tomate, cogumelos shimeji e shitake, etc.

A sálvia previne a quebra da acetilcolina, neurotransmissor envolvido na memória e no aprendizado. Pesquisadores ingleses da Universidade Northumbria mostraram que jovens que ingeriam óleo extraído da sálvia tinham um repertório de palavras melhor.

Mas não é só: além de uma boa alimentação, é aconselhável buscar coisas interessantes para fazer. Atividades estimulantes também ajudam a manter o cérebro saudável. Não existe uma fórmula mágica. Tanto para o cérebro quanto para a saúde em geral, o segredo está na variedade. Pouca gordura, muita atividade física e dê preferência aos alimentos frescos. É simples.

Gosto sempre se salientar de que algumas pessoas podem ter intolerâncias ou necessitar de quantidades maiores do que outras, portanto consulte sempre seu médico ou Nutricionista.


Autora: Dr. Cristiane Spricigo - Nutricionista especialista em Nutrição esportiva. Membro da Liga da saúde e autora do Blog Nutricorpo

Fonte: http://ligadasaude.blogspot.com/2011/06/lembre-se-de-alimentar-seu-cerebro-e.html


OBS: Dica de livros:
  1. Nutrição cerebral do Dr. Juarez Callegaro, Dra. Luciana Ayer e Dr. Hélion Póvoa.
  2. Mente criativa do Dr. Juarez Callegaro

domingo, 3 de janeiro de 2016

Aveia: o cereal que regula o intestino

A aveia (Avena L.), é uma planta pertencente à família Poaceae. Seu gênero é composto por aproximadamente 450 espécies. Sendo as mais cultivadas a Avena sativa e Avena byzantina. Cereal rico em fibras que pode ser encontrado na forma de farinha, flocos e farelo.

O cereal em si não contém glúten, mas como na maior parte do mundo ele é processado junto ao trigo, é considerado um dos alimentos perigosos para os celíacos. Por isso, é importante sempre verificar a embalagem, pois se ele contiver traços dessa proteína, deverá constar na embalagem "contém glúten".

Principais nutrientes da aveia

Aveia - Por 30 g (uma porção)
Calorias118,2 kcal
Carboidratos20,1 g
Proteínas4,2 g
Lipídios2,4 g
Fibras2,73 g
Cálcio14,4 mg
Potássio100,8 mg
Ferro1,32 mg
Fósforo45,9 mg
Magnésio35,7 mg
Sódio1,5 mg
Zinco0,78 mg
Fonte: Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos / Taco - versão 2, UNICAMP (convertida para a porção de 30 g)
O grande diferencial da aveia são suas fibras, mas aqui ela ganha pela qualidade, e não pela quantidade, principalmente devido às beta-glucanas, que traz diversos benefícios ao organismo, como veremos a seguir. No quesito quantidade, é preciso consumir 25 gramas de fibras ao dia, em uma dieta de 2 mil calorias, e o cereal contém 2,73 g a cada porção. Portanto, isso corresponde a 11% das nossas quantidades diárias. Veja qual porcentagem do Valor Diário* de alguns nutrientes ela também carrega: 
  • 13% de magnésio
  • 11% de zinco
  • 9% de ferro
  • 8% de proteínas
  • 6% de fósforo
  • 6% de carboidratos
  • 1,4% de cálcio.
* Valores Diários de referência para adultos com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8.400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.

Benefícios da aveia

Traz saciedade A aveia possui dois tipos de fibras: uma parte são fibras insolúveis, como a celulose, que as enzimas do nosso corpo não conseguem "quebrar". No entanto, o destaque do cereal são suas fibras solúveis, as beta-glucanas, que são parcialmente digeridas pelo intestino. Elas pegam a água que está no órgão e a ?sugam?. Dessa forma, elas crescem de tamanho e vão formando um gel que forra a parede do estômago e do intestino, retardando o esvaziamento gástrico e prolongando a saciedade. Sendo assim, o consumo de aveia é interessante para quem faz dieta. 

Mantém o intestino em ordem Uma das funções mais conhecidas da aveia é a de regular esse órgão. As grandes quantidades de fibras do alimento, quando entram em contato com a água, formam um gel que estimula o funcionamento do trânsito intestinal. Além disso, as fibras do tipo beta-glucana estimulam o crescimento da microbiota intestional, ou seja, dos probióticos. Isso ocorre porque ela serve como "comida" para os lactobacilos. Quando as bactérias proliferam em cima dessas fibras, existe a produção de uma substância, o ácido butírico, que estimula os movimentos do intestino (chamados de peristálticos). O órgão, por sua vez, quando está sendo estimulado, elimina as substâncias tóxicas mais rápido e estimula a renovação celular. Isso diminui a chance de câncer intestinal. 

Uma equipe de pesquisadores ingleses do Imperial College analisou vinte e cinco estudos que envolviam mais de duas milhões de pessoas e chegou à conclusão de que a alta ingestão de fibra alimentar, particularmente de cereais e grãos integrais, como a aveia, está associada com a redução do risco de câncer colorretal. A cada adição de 10 g por dia de grãos integrais no total de fibras ingeridas, constatou-se uma redução de 10% no risco da doença.

Ajuda a defender o organismo A aveia não tem uma ação direta na nossa imunidade, porém, por melhorar o trânsito intestinal, ela pode aumentar as defesas orgânicas do nosso corpo, uma vez que contribui para a saúde da flora intestinal. Afinal, 60% do total de imunoglobulinas do nosso corpo estão nele! Toda vez que estimulamos a microbiota intestinal, acabamos produzindo mais anticorpos, o que melhora a imunidade. 

Previne doenças crônicas O cereal também age no controle da glicose e do colesterol. Lembram do gel que as beta-glucanas formam ao entrar em contato com a água? A glicose e o colesterol ficam mais tempo "presos" nesse gel, para depois serem absorvidos. No caso dos açúcares, isso diminui o tempo de absorção dos carboidratos, melhorando os níveis glicêmicos. Por isso, o consumo de aveia é recomendado aos diabéticos. A ingestão do cereal, especialmente na forma de farelo, também é benéfico para quem tem colesterol alto, já que há uma diminuição em até 10%. 

Não existem estudos suficientes de que a aveia ajuda no controle da hipertensão, no entanto, sabemos que ela é rica em potássio, mineral importante para modular a pressão arterial, evitando a retenção de líquidos. 

Traz mais bem-estar Por ser uma fonte proteica, a aveia contém triptofano, um precursor da serotonina, neurotransmissor responsável pelo controle do nosso humor, conhecido como amigo do bem-estar). Para a conversão de um para o outro, é necessária a ação de uma enzima, que só funciona bem quando os níveis de alguns nutrientes estão adequados, entre eles, o magnésio, encontrado também em boa quantidade no cereal. Sendo assim, a aveia pode ser uma aliada extra no combate à tristeza e até mesmo da depressão.

Faz bem para a pele Como é um alimento rico em silício e proteínas, o consumo de aveia também é bom para a renovação de tecidos, como a pele. Isso ajuda nas divisões celulares e deixa o tecido com uma melhor aparência, além de mais saudável.

Como consumir

A aveia é vendida na forma de farinha, flocos (finos e grossos) e farelo. Ela pode ser consumida junto com as frutas de sua preferência ou adicionada aos sucos, shakes e às vitaminas. A aveia também pode fazer parte da preparação de bolos, tortas (doces e salgadas), pães, biscoitos, cookies, empanados, bolinhos e farofa. Outra forma de utilizá-la é no mingau, ela dá a consistência ao leite sem a necessidade do uso de amido de milho para engrossar.

Quantidade recomendada de aveia


Estudos demonstram que 30 gramas, ou seja, aproximadamente três colheres de sopa de aveia diariamente é o suficiente para obter os benefícios do cereal. Por causa do alto teor de fibras, o consumo deve ser acompanhado da ingestão de líquidos. 

Comparação com outros alimentos

  • A aveia é uma ótima fonte energética, sendo que sua porção de 100 g conta com 67 g de carboidratos, perdendo apenas da quinoa, com 68,8 g e do farelo de trigo com 76 g na mesma porção.
  • Quando falamos em fibras, a aveia não é campeã em quantidade. Uma porção de 30 g contém 2,73 g da substância, enquanto uma porção de chia tem 8,6 gramas, 3 vezes mais. Porém, a qualidade é maior, já que as beta-glucanas têm diversas propriedades importantes para a saúde.
  • Apesar de ter menos minerais do que outros cereais, como podemos ver na tabela abaixa, a aveia ganha do arroz integral, a versão completa do arroz branco, um dos grãos mais consumidos no nosso dia. O indicado é o consumo de 86 g desse alimento, o que equivale a 2 colheres de sopa. Essa porção tem 0,285 mg de ferro e 4,3 mg de cálcio, contra 1,32 mg e 14,4 mg respectivamente desses minerais contidos em 30 gramas de aveia. Ou seja, comparando as porções recomendadas, a aveia contém 3 vezes mais cálcio e 5 vezes mais ferro!
Nutrientes (100 g do grão)AveiaArroz IntegralFarelo de TrigoQuinoaAmarantoLinhaça
Calorias394 kcal123 kcal360 kcal380 kcal373 kcal495 kcal
Carboidratos67 g25,8 g76 g68,8 g64 g43,3 g
Proteínas14 g2,6 g10 g13,11 g13,5 g14,1 g
Gorduras8 g1 g2 g5,77 g6,89 g32,3 g
Fibras9,1 g2,7 g2 g6 g6,67 g33,5 g
Cálcio48 mg5 mg18 mg129 mg160 mg211 mg
Potássio336 mg75 mg--740 mg509 mg869 mg
Fósforo153 mg106 mg--411 mg558 mg615 mg
Magnésio119 mg59 mg--211 mg249 mg347 mg
Ferro4,4 mg0,3 mg4,2 mg9,33 mg7,5 mg4,7 mg
Fonte: Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos / Taco - versão 2, UNICAMP               

Contraindicações

O consumo de aveia é contraindicado para quem tem a doença celíaca, que é causada pela intolerância ao glúten, uma proteína encontrada na aveia (por contaminação do trigo) e em outros alimentos, que provoca dificuldade no organismo de absorver os nutrientes, vitaminas, sais minerais e água. Pessoas que possuem intolerância alimentar também devem evitá-la.
Quem tem síndrome do intestino irritado não deve consumir aveia, pois, por causa da inflamação, precisa de alimentos de fácil digestão. O consumo de muita fibra provoca ainda mais irritação, pois o alimento permanece mais tempo no intestino. 
Já os que possuem intestino muito acelerado também devem evitá-la, pois a aveia possui muitas fibras e ajuda a acelerar ainda mais o trânsito intestinal.
Além disso, a aveia não é recomendada para crianças com menos de seis meses, porque o teor de fibras desse alimento é muito alto e a criança ainda não tem um aparelho digestório que consegue digerir de forma eficiente a aveia. 

Riscos do consumo em exagero

O excesso de consumo da aveia pode causar intolerância alimentar ou flatulência. Todo alimento em exagero pode criar uma intolerância, isso é individual de cada um. Além disso, como todo item rico em fibras, precisamos de maior quantidade de água para ajudar na digestão, senão é possível criar gases. O excesso de fibras na alimentação também diminui a absorção de zinco e cálcio. 

Onde encontrar

Você pode encontrar a aveia em suas diferentes formas nos supermercados e em lojas de produtos naturais.
Fontes Consultadas
Nutricionista Roseli Rossi, especialista em Nutrição Clínica da Clínica Equilíbrio Nutricional, em São Paulo
Nutricionista Janice Chencinski, de São Paulo
Nutrólogo Roberto Navarro (CRM SP 78.392), membro da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran)
FONTE: http://yahoo.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/16691-aveia-o-cereal-que-regula-o-intestino