quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Bisfenol-A, usado em recipientes de comida, afeta fertilidade masculina

O Bifesnol-A (BPA) serve para diluir resina de poliéster a fim de facilitar sua laminação. O produto químico Bisfenol-A, que demonstrou aumentar o risco de disfunções sexuais masculinas, reduz a concentração e qualidade do sêmen, segundo estudo publicado esta quinta-feira (28).
O Bisfenol-A ou BPA é um composto químico que serve para diluir a resina de poliéster a fim de torná-la mais líquida e facilitar sua laminação. Está presente em grande quantidade de recipientes alimentares e de bebidas, como mamadeiras, bem como em resinas de selagem dentária.

A pesquisa foi realizada durante 5 anos com 514 operários que trabalhavam em fábricas da China.

Os autores constaram que aqueles que continham concentrações de BPA mais elevadas na urina multiplicavam os riscos de produzir sêmen de má qualidade.

"Diferente dos homens que não tinham vestígios detectáveis de BPA na urina, aqueles que tinham conteúdos mais elevados multiplicavam por mais de três o risco de ter uma concentração diminuída de seu sêmen", afirmou De-Kun Li, epidemiologista do Kaiser Permanente (consórcio privado americano de cuidados médicos) e principal autor do estudo publicado na revista "Fertility and Sterility".

Este é o primeiro estudo realizado sobre homens para avaliar o vínculo entre o sêmen e o BPA.

Pesquisas anteriores feitas em animais mostraram que o BPA tem efeitos nefastos sobre os órgãos reprodutores de camundongos machos e fêmeas.

Este é o terceiro estudo de Li sobre o tema. Um trabalho publicado em novembro de 2009 demonstrou que a exposição a níveis elevados de BPA aumenta o risco de disfunções sexuais. Outro, divulgado em maio de 2010 mostrou vínculos entre o BPA na urina e o comprometimento das disfunções sexuais masculinas.

O Canadá foi o primeiro país a classificar, em outubro, o BPA na categoria de substâncias tóxicas. Em março de 2009, os seis maiores fabricantes americanos de mamadeiras decidiram suspender a venda nos Estados Unidos de produtos com BPA.


FONTE: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/10/bisfenol-usado-em-recipientes-de-comida-afeta-fertilidade-masculina.html

Médicos fazem mobilização nacional em defesa da saúde

Lideranças médicas de todo o país, representantes de mais de 350 mil médicos, participaram no dia 26 de outubro, em Brasília (DF), de uma das principais atividades cívicas e políticas deste ano voltadas para a categoria: a Mobilização Nacional pela Valorização do Médico e da Assistência em Saúde no Brasil. O ato fez parte das comemorações do Dia do Médico.

Cerca de 300 profissionais dirigiram suas reivindicações a parlamentares, ao ministério da Saúde e à sociedade. Para o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz d’Avila, este momento “sinaliza mais um alerta dos médicos sobre a situação crítica em que se encontra a saúde brasileira, cujo enfrentamento dos problemas precisa ser colocado como prioridade”.

Entre os temas se destacam a necessidade de mais recursos para a SUS; a urgente regulação apropriada e efetiva na saúde suplementar e a implementação de condições de trabalho e remuneração que proporcionem o bom desempenho da medicina nos aspectos ético e técnico. “Essa mobilização assegura ao tema o eco necessário e possibilita que as condições da assistência à saúde sejam percebidas, reconhecidas e discutidas”, declarou o 2º vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá.

O ministro José Gomes Temporão assumiu o compromisso junto às entidades médicas nacionais de estimular a busca de uma solução para o impasse surgido entre operadoras de planos de saúde e profissionais da medicina. Após concentração no Ministério da Saúde, o grupo fez caminhada até o Congresso Nacional, onde protocolou, junto às presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, um documento em nome das três entidades médicas nacionais – Associação Médica Brasileira (AMB), CFM e Federação Nacional dos Médicos (Fenam). Neste documento foi explicitado o diagnóstico do setor, apontadas as reivindicações da categoria e sugeridas soluções para o processo de valorização da Medicina.

A iniciativa foi ancorada na posição adotada pelos médicos – por meio de seus representantes –, aprovada durante o XII Encontro Nacional das Entidades Médicas (Enem), em julho desse ano. O Manifesto dos Médicos à Nação, documento final do encontro que condensa as principais posições do movimento, foi anexado ao material entregue. Após a mobilização, os participantes do ato se reuniram com presidentes e diretores das entidades médicas nacionais na sede da Associação Médica de Brasília (AMBr). Fonte: CFM

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Agrotóxicos e Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade

Uma equipe de cientistas da Universidade de Montreal e da Universidade de Harvard descobriram que a exposição a agrotóxicos organofosforados está associada ao aumento do risco de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em crianças.


Publicado na revista Pediatrics, a pesquisa [Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder and Urinary Metabolites of Organophosphate Pesticides] descobriu uma ligação entre a exposição a pesticidas e a presença de sintomas de TDAH. O estudo foi realizado com 1139 crianças, de acordo com uma amostra da da população geral dos EUA, e mediu os níveis de pesticidas em sua urina. Os autores concluiram que a exposição a pesticidas organofosforados, em níveis comumente encontrados em crianças nos EUA, pode contribuir para o diagnóstico de TDAH.

“Estudos anteriores mostraram que a exposição a alguns compostos organofosforados causar hiperatividade e déficit cognitivo em animais”, diz o autor Maryse F. Bouchard, da Universidade de Montreal, Departamento de Meio Ambiente e Saúde do Trabalho no Sainte-Justine Hospital Research Center. “Nosso estudo encontrou que a exposição a organofosforados no desenvolvimento de crianças pode ter efeitos sobre os sistemas neurais e pode contribuir para comportamentos tipicamente diagnosticados em TDAH, tais como desatenção, hiperatividade e impulsividade.”

O estudo foi financiado pelo Canadian Institutes for Health Research e pelo National Institute of Environmental Health Sciences (EUA).

O estudo “Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder and Urinary Metabolites of Organophosphate Pesticides,” publicado na revista Pediatrics, foi elaborado por Maryse F. Bouchard, University of Montreal and Harvard University e por David C. Bellinger, Robert O. Wright, and Marc G. Weisskopf da Harvard University.

O artigo está disponível para acesso integral e gratuíto. Para acessar o artigo, no formato PDF, clique aqui.

Para maiores informações transcrevemos, abaixo, o abstract.

Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder and Urinary Metabolites of Organophosphate Pesticides

Maryse F. Bouchard, PhDa,b, David C. Bellinger, PhDa,c, Robert O. Wright, MD, MPHa,d,e, Marc G. Weisskopf, PhDa,e,f

Departments of aEnvironmental Health and Epidemiology, School of Public Health, Harvard University, Boston, Massachusetts; Department of Environmental and Occupational Health, Faculty of Medicine, University of Montreal, Montreal, Quebec, Canada; Departments of cNeurology and Pediatrics, School of Medicine, Harvard University, and Boston Children’s Hospital, Boston, Massachusetts; and Channing Laboratory, Department of Medicine, School of Medicine, Harvard University, and Brigham and Women’s Hospital, Boston, Massachusetts

Objective

The goal was to examine the association between urinary concentrations of dialkyl phosphate metabolites of organophosphates and attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD) in children 8 to 15 years of age.

Methods

Cross-sectional data from the National Health and Nutrition Examination Survey (2000–2004) were available for 1139 children, who were representative of the general US population. A structured interview with a parent was used to ascertain ADHD diagnostic status, on the basis of slightly modified criteria from the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fourth Edition.

Results

One hundred nineteen children met the diagnostic criteria for ADHD. Children with higher urinary dialkyl phosphate concentrations, especially dimethyl alkylphosphate (DMAP) concentrations, were more likely to be diagnosed as having ADHD. A 10-fold increase in DMAP concentration was associated with an odds ratio of 1.55 (95% confidence interval: 1.14–2.10), with adjustment for gender, age, race/ethnicity, poverty/income ratio, fasting duration, and urinary creatinine concentration. For the most-commonly detected DMAP metabolite, dimethyl thiophosphate, children with levels higher than the median of detectable concentrations had twice the odds of ADHD (adjusted odds ratio: 1.93 [95% confidence interval: 1.23–3.02]), compared with children with undetectable levels.

Conclusions

These findings support the hypothesis that organophosphate exposure, at levels common among US children, may contribute to ADHD prevalence. Prospective studies are needed to establish whether this association is causal.

PEDIATRICS (doi:10.1542/peds.2009-3058)
.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Cientistas mostram problemas da proposta de alterar Código Florestal

Um documento de cientistas brasileiros mostra ponto a ponto como as mudanças propostas pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB) para o Código Florestal serão danosas à biodiversidade brasileira. O projeto pode ser votado em breve no Congresso.

A conclusão é que as alterações sugeridas devem impactar a economia de diferentes formas: com a redução na produção agropastoril e o risco de afetar o abastecimento de água, o fornecimento de energia e o escoamento da produção (com o esperado assoreamento de rios e portos).

O material foi elaborado por pesquisadores do programa Biota da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservação (Abeco). A redação coube a cientistas reconhecidos como Jean Paul Metzger, da USP, e Carlos Joly, da Unicamp.

Eles argumentam que reduzir a reserva legal (fração de uma propriedade que deve ser mantida como mata, mas pode ser usada de forma sustentável) na Amazônia Legal de 80% para 50% será problemático.

“Essa alteração terá efeito especialmente impactante, pois deverá reduzir o patamar de cobertura florestal da Amazônia para níveis abaixo de 60%, percentual hoje considerado nos estudos científicos realizados como um limiar crítico para a manutenção da continuidade física da floresta”, dizem os cientistas.

Segundo eles, abaixo deste limiar “os ambientes tenderão a ser mais fragmentados, mais isolados e com maior risco de extinção de espécies” Já a redução da faixa de proteção dos rios com até 5 metros de largura de 30 metros para 15 metros poderá, por exemplo, impactar uma fauna única. Estudos sobre sapos e rãs na Mata Atlântica indicam que 50% das espécies estão concentradas em riachos com menos de 5 metros de largura.

Além disso, afirmam, excluir as várzeas das Áreas de Preservação Permanente (APPs), que como o nome diz não podem ser ocupadas ou destruídas, significaria perder “serviços” como o de controlar enchentes – elas são como piscinões. Mais informações podem ser obtidas no site: www.biotaneotropica.org.br/v10n4/pt.

FONTE: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,cientistas-mostram-problemas-da-proposta-de-alterar-codigo-florestal,627516,0.htm

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Projeto quer proibir mamadeiras com substância cancerígena

Mamadeiras, chupetas e recipientes plásticos que contenham a substância bisfenol-A, componente químico cancerígeno, podem ter a comercialização proibida. A proposta do senador Gim Argello (PTB-DF) se baseou em estudos das universidades de Columbia, Oxford e Illinois. "No Canadá, Dinamarca e em Costa Rica as indústrias já foram proibidas de fabricar mamadeiras com esse tipo de substância. Na França, o Senado aprovou a proibição em caráter provisório e nos Estados Unidos o bisfenol-A já foi proibido em dois estados", afirmou o senador.

No Brasil, segundo Argello, não existe proibição à fabricação e comercialização de produtos com o bisfenol-A e o componente continua sendo usado como a matéria-prima de plásticos duros. O projeto de lei 159/2010 está em tramitação no Senado e, se aprovado, segue para última votação na Comissão de Assuntos Sociais.

A liberação da toxina acontece durante o aquecimento do plástico. "Em produtos como chupetas e mamadeiras, ele é potencialmente prejudicial à saúde das nossas crianças", disse o senador.

O pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) que lidera uma pesquisa sobre estrógenos ambientais, Paulo Saldiva, explicou que "a ingestão destas substâncias por bebês pode influenciar na formação das mamas, testículos e órgão que têm ligação com hormônios".

Segundo Saldiva, o processo seria como uma reposição hormonal externa pois, ao ingerir o bisfenol-A, a pessoa absorve quantidades variadas de estrogênio. "A conseqüência é o aumento da tendência ao desenvolvimento de câncer de mama ou útero na mulher e perda de espermatozóides para o homem", explica.

O pesquisador afirmou que apesar desta descoberta ter mais de 15 anos, ainda não há provas de quantidades seguras para o consumo da substância.

Cuidados na hora de comprar a mamadeira

Para saber qual produto comprar, sem assumir os riscos oferecidos pelo bisfenol-A, o gerente de informação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Carlos Thadeu, sugere a preferência pelas mamadeiras de vidro, para as crianças que ainda não começaram a andar. No entanto, para as demais, o vidro não é indicado, pois pode causar acidentes, em caso de queda.

Thadeu explicou que embaixo da mamadeira deve existir um triângulo com um número no interior. "As mamadeiras em que neste triângulo estiver o número 3 ou 7 têm o policarbonato em sua composição e o bisfenol-A", disse. As com o número 5 e as letras PP, no interior do triângulo, são as que não possuem bisfenol-A. O gerente aconselha também sempre verificar a composição do produto.

"Se a pessoa já possui a mamadeira com o bisfenol-A, o ideal é evitar sujeitá-la às temperaturas elevadas, pois o bisfenol-A é liberado no calor de 100°C, que é a temperatura de ebulição", disse ele.

Carlos Thadeu é favorável ao projeto do senador Gim Argello. Segundo ele, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite até 0,6 miligramas da substância por quilo do composto usado na fabricação de cada produto. "Se é sabido que o bisfenol-A é nocivo, por que não substituir?", questiona

Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4724952-EI306,00-Projeto+quer+proibir+mamadeiras+com+substancia+cancerigena.html

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Obesidade e Luminosidade

Foi noticiado hoje em diversos sites que reportam assuntos ligados à saúde a seguinte afirmação: Luz acesa a noite pode levar à obesidade... Algo que já falamos há mais de 20 anos. Chega a ser engraçado. Quanto mais pesquisarem verão o papel da Melatonina como neuro-hormônio e com múltiplas funções, desde auxiliar no controle da pressão, até controle da imunidade... passando pela questão da alimentação e alterações metabólicas (pior tolerancia à glicose).

O aumento global dos índices de obesidade e de distúrbios do metabolismo coincide com uma alta da exposição à luminosidade noturna. A conclusão é de cientistas do departamento de neurociência e psicologia da Universidade Estadual de Ohio, nos EUA, e do Centro Israelense para Pesquisa Interdisciplinar em Cronobiologia. O estudo foi publicado na revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS).

Os especialistas verificaram que a regulação circadiana – processo rítmico que ocorre no organismo todos os dias mais ou menos à mesma hora – da homeostase energética – modo como um organismo mantém equilíbrio de diversas funções, como temperatura, pulso, pressão arterial e taxa de açúcar no sangue – é controlada por um relógio biológico “embutido” que é sincronizado de acordo com informação luminosa.

Para promover um funcionamento adequado, o relógio circadiano prepara os indivíduos para eventos previsíveis, como disponibilidade de alimentos e períodos de sono. Quando o relógio é “contrariado”, abre-se caminho para distúrbios metabólicos.

Os cientistas avaliaram a relação entre exposição à luz durante a noite e alterações na massa corpórea de camundongos machos. As cobaias acomodadas em ambiente iluminado (mesmo com luz fraca) apresentaram um significativo ganho de massa corpórea e reduziram a tolerância à glicose.

O período de consumo de comida dos roedores submetidos ao regime de luminosidade noturna difere dos camundongos sob regime-padrão de ciclos dia/noite: os primeiros comeram 55,5% da ração durante a noite iluminada, ante 36,5% no segundo grupo.

Apesar de não haver nenhuma diferença no grau de atividade física ou na quantidade de comida consumida cotidianamente, os ratos que viveram com luz durante o ciclo noturno engordaram mais que os outros

Os pesquisadores constataram que os ratos submetidos a uma luz fraca durante a noite por oito semanas tinha, ao final desse período, um índice de massa corporal cerca de 50% superior que ao daqueles que viveram um ciclo noturno normal.

Dos ratos submetidos a uma luminosidade constante durante a noite, mas com acesso à comida somente durante as horas normais do dia, nenhum ganhou peso.

Os roedores que puderam comer no momento em queriam durante o ciclo de 24 horas de luz contínua ganharam muito mais peso, apesar de, no total, não terem ingerido mais comida que os animais de grupo de observação.

Há algo na noite que, com a luz, faz com que os ratos comam em horas inadequadas, o que faz com que não metabolizem direito sua comida — explicou Randy Nelson, professor de neurologia e psicologia da Universidade de Ohio e co-autor do estudo.

Se estas observações se confirmarem nos humanos, leva a pensar que comer tarde da noite pode representar um risco particular de obesidade — acrescentou o professor.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Estudo relaciona diabetes com poluição do ar

Um estudo divulgado no dia 29 de setembro, pelo Hospital Infantil de Boston, encontrou uma forte relação entre a diabetes nos adultos e partículas de poluição atmosférica, mesmo quando a exposição é inferior ao atual limite de segurança estabelecido pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês).

O relatório, que será publicado na edição de outubro da revista Diabetes Care, reforça uma série de estudos laboratoriais que revelaram um aumento na resistência à insulina em ratos expostos a partículas de poluição. Na pesquisa do Hospital Infantil de Boston, para cada aumento de 10 microgramas por metro cúbico de exposição a partículas poluentes, houve um aumento de 1% da incidência de diabetes.

A diferença entre a ocorrência da doença nos município com maior e menos índice de poluição é de cerca de 20%, diz a pesquisa. “De uma perspectiva política, os resultados sugerem que os limites atuais de exposição podem não ser adequados para evitar os resultados negativos na saúde pública”, diz John Brownstein, um dos autores do estudo.

Allison Goldfine, tamém co-autor do estudo e diretor de pesquisa clínica do Joslin Diabetes Center, lembra ainda que esses fatores ambientais podem contribuir para uma epidemia de diabetes em todo o mundo. “Enquanto muita atenção tem sido corretamente atribuída para evitar os hábitos de alimentação muito calórica e sedentarismo, fatores adicionais podem fornecer novas abordagens para a prevenção do diabetes”, diz.

Os pesquisadores afirmaram ter o objetivo de dar continuidade ao estudo, incluindo pesquisas sobre os mecanismos inflamatórios da diabetes e o papel das partículas de poluentes nesse caso. “Nós também temos um interesse em investigar esta descoberta em nível internacional, onde os padrões de controle da poluição podem ser menos rigorosos", conclui Brownstein

FONTE