segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Diagnóstico de diabetes é atualizado- Por Dra. Natália Jatene - Endocrinologista
sexta-feira, 22 de novembro de 2024
No Brasil, ultraprocessados causam perda anual de pelo menos R$ 10 bilhões - Por Meghie Rodrigues (O Joio e O Trigo)
Novo estudo calcula custos relativos a mortes e doenças relacionadas ao consumo de biscoitos, salgadinhos, macarrão instantâneo, sorvete e companhia O aumento no consumo de produtos ultraprocessados está gerando um custo bilionário à economia brasileira.
Mais especificamente, o Brasil perde R$ 10,4 bilhões todos os anos com mortes e doenças agravadas pela ingestão contínua de ultraprocessados. Esta é a principal conclusão de um relatório lançado nesta quinta-feira (21) pela ACT Promoção da Saúde, organização que atua na defesa de políticas de saúde pública.
Segundo o estudo, quase o total desse montante (R$ 9,2 bilhões) responde pelas perdas econômicas causadas pela morte prematura de pessoas em idade produtiva, o que gera uma baixa no mercado de trabalho.
O número reforça os achados de um estudo publicado em 2022 no American Journal of Preventive Medicine, que estimou a morte de 57 mil brasileiros por ano por doenças intimamente ligadas com o consumo de ultraprocessados.
O número corresponde a 10,5% das mortes por todas as causas no país. Os achados foram novidade até para quem esteve à frente do estudo. “A parte dos custos nos surpreendeu bastante porque estamos falando de apenas 20% das calorias vindo de ultraprocessados — o impacto que isso tem no aumento de fatores de risco é muito maior proporcionalmente falando,” diz o biólogo Eduardo Nilson, autor do relatório e pesquisador do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP) e da Fiocruz Brasília. Ele também é autor do estudo que estimou as 57 mil mortes. Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE de 2017-2018 mostram que cerca de 20% calorias consumidas pelo brasileiro adulto — ou 400 em uma dieta de 2.000 calorias diárias — vêm de produtos ultraprocessados.
O consumo desses produtos entre os brasileiros aumentou 5,5% na última década. “Quando se fala de consumo de ultraprocessados, falamos da proporção em média que estes produtos ocupam na dieta do brasileiro”, explica Deborah Carvalho Malta, professora da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais. Especialista em inquéritos epidemiológicos, Malta coordenou o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) entre 2006 e 2015.[1]
Fechando a conta dos R$ 10,4 bilhões em perdas, o estudo também estimou que hospitalizações, procedimentos ambulatoriais e farmácia popular geram um custo de quase R$ 1 bilhão por ano (R$ 933,5 milhões) ao Sistema Único de Saúde, o SUS. Além disso, ainda há os custos previdenciários — de aposentadorias precoces e licenças médicas — e os custos por absenteísmo, causados por internações e licenças médicas: somam R$ 263,2 milhões ao ano.
O prejuízo totalizado, segundo o estudo, é duas vezes o valor investido anualmente no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e 300 vezes o que é investido no programa de Cozinhas Solidárias.
Para ler a reportagem completa acesse o site do O Joio e O trigo: https://ojoioeotrigo.com.br/2024/11/no-brasil-ultraprocessados-custam-r-10-bilhoes-aos-cofres-publicos/
terça-feira, 19 de novembro de 2024
Ozempic e Mounjaro ganham versão manipulada: é seguro? Pode ou não pode?
Mas antes de explicar, sugiro que você me siga no instagram: @drfredericolobo para mais informações de qualidade em Nutrologia e Medicina. Lá, posto principalmente nos stories, informação de qualidade e no feed, junto com meus afilhados postamos sobre vários temas. Caso queira agendar consulta presencial ou por telemedicina, clique aqui.
Link para a reportagem: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2024/11/11/versoes-manipuladas-de-ozempic-e-mounjaro-sao-cercadas-de-polemica-entenda.htm
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sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Minha experiência com o Vipassana
Novembro de 2018 embarquei em uma aventura com meu melhor amigo. Somos amigos desde 2003 e há anos planejávamos participar do Vipassana no interior de São Paulo.
Mas afinal, o que é Vipassana e por que resolvemos fazer?
O Vipassana é uma técnica de meditação redescoberta por Buda (Gotama) há mais de 2.500 anos. Significa “ver as coisas como realmente são”, que busca erradicar o sofrimento humano por completo, trata-se de uma arte de viver.
Já tinha feito alguns cursos de meditação ao longo da vida, mas fazer Vipassana era um desafio. Mas por qual motivo? Porque para aprender vipassana é necessário um curso completo de 10 dias! Ou seja, eu tive que decidir abdicar de 10 dias da minha vida, e, além disso, 10 dias em silêncio em um Centro de Meditação em Santana de Parnaíba.
Mas mais do que apenas silêncio, no Vipassana não podemos nos comunicar com gestos e nem olhares. Ou seja, cada um em sua vivência.
Então fomos. Saímos de Goiânia e descemos em Guarulhos. De lá um Uber nos levou para Santana de Parnaíba. Uma propriedade rural em meio a uma mata fechada. Entregamos nossos pertences, incluindo celular, livros ou qualquer forma de distração.
A programação diariamente era essa:
- Não matar qualquer ser (incluindo insetos e outros animais);
- Abster-se de roubar;
- Abster-se de qualquer atividade sexual;
- Abster-se de mentir;
- Abster-se de usar qualquer intoxicante (salvo remédios prescritos).
- Observar o nobre silêncio: não é permitido conversar, fazer gestos, comunicar com olhares ou mandar bilhetes para os outros colegas. Qualquer problema deveríamos conversar com os instrutores.
- Durante a meditação, tínhamos que seguir as instruções e orientações exatamente como eram dadas.
- Não podíamos ter nenhuma outra prática espiritual ou religiosa. A justificativa era que assim sentiríamos os benefícios de Vipassana de forma justa e pura. Aqui se inclui canto de mantras, queima de incensos, Yoga, jejum, orações.
- Separação de homens e mulheres, isso ocorria em todos os ambientes, começando no 1º dia e terminando no último.
- Abster-se de contato físico com qualquer pessoa;
- Não podíamos praticar nenhum exercício físico além da caminhada.
- Não podíaos usar objetos religiosos: terços, japamalas, cristais, imagens.
- Proibido tabaco ou qualquer substância.
- A nossa vestimenta tinha que ser simples, confortavel e com cores claras.
quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Afilhados aprovados na seleção de 2025
Os afilhados aprovados na seleção de apadrinhamento em 2025 foram:
1) Caroline Abbud - Médica
2) Gabriel Barbosa - Médico
Ambos serão treinados até passarem na prova de título de Nutrologia.
Próxima seleção: de 10/10/2025 a 13/11/2025
Link para participar da seleção: https://forms.gle/RfoBAy8StUMwNo9YA
No momento os meus afilhados são:
1. Adrielly Cunha – Médica em Goiânia – GO: @adriellyocunha
2. Alexis Souza – Especializando em Nutrologia (USP) em São Paulo – SP
3. Aline Rocha Lima - Médica Oncologista em São Paulo - SP
4. Ana Carolina Baminger – Médica em Ji-Paraná – RO: @Anacarolinabaminger
5. Ana Gabriela De Magalhães – Médica especialista em Clínica Médica em Divinópolis – MG: @Draanagabriela_Magalhaes
6. Ana Carolina Miranda – Médica especialista em Endocrinologia em Recife – PE
7. Ana Paula Pires Lázaro – Médica especialista em Clínica Médica e Endocrinologia em Fortaleza – CE: @Dra_Anapaulalazaro
8. Camila Duarte Froehner (Monitora) – Médica especialista em Clínica Médica e Nutróloga em Lages – SC – @dra.camila_froehner
9. Carla Letícia Rigo Grzybowski – Médica especialista em Clínica Médica e Medicina Intensiva em Porto Alegre – RS: @Carlagrzybowski
10. Caroline Abbud – Médica em São Paulo – SP: @carolineabbud
11. Edite Magalhães (Monitora) – Médica especialista em Clínica Médica e Nutróloga em Recife – PE – @draeditemagalhaes
12. Emanoel Junio Eduardo – Médico especialista em Medicina de família e comunidade e especializando em Nutrologia USP – São Paulo – DF: @Emanoelje
13. Esthefânia Garcia De Almeida – Médica especialista em Clínica Médica e Endocrinologia em Araxá – MG: @Draesthefaniagalmeida
14. Fausto Mota – Médico e Nutricionista em Curitiba – PR
15. Gabriel Henrique Barbosa – Médico em São Paulo – SP: @drgabrielhbarbosa
16. Harla Dalferth – Médica Nutróloga em São Paulo – SP
17. Helena Bacha (Monitora) – Médica especialista em Nutrologia – São Paulo SP
18. Jhony Willians – Médico Endocrinologista em Maceió – AL – @drjhonywgusmao
19. Lara Virginia Lordello Melo – Médica especialista em Clínica Médica em São Paulo – SP: @Lara_Lordello_Melo
20. Lia Bataglini – Médica especialista em Nutrologia – São Paulo SP
21. Lourdes Menezes – Médica especialista em Clínica Médica em São Paulo – SP: @Lourdes.Menezes__
22. Márcio José de Souza - Nutricionista e Profissional de Educação física - Joinville - SC
23. Marta Maria Coelho De Sousa –Médica em São Paulo – SP: @Marta.Coelhoo
24. Rodrigo Serrano – Médico em João Pessoa – PB – @rodserranoandrade
25. Paulo Victor Quinan – Médico Residente de Oncologia clínica – Goiânia – GO
26. Rodrigo Lamonier - Nutricionista e Profissional de Educação física - Goiânia - GO
27. Vanessa Sinnott Esteves – Médica Nutróloga e especialista em Clínica Médica em Porto Alegre – RS: @Dravanessanutro
segunda-feira, 4 de novembro de 2024
Grupo NUTROpdfs
Grupo de educação continuada em Nutrologia, criado pelos membros do Movimento Nutrologia Brasil: https://t.me/+QbffHC2qvqxhODkx
Nosso site: https://movimentonutrologiabrasil.com.br/
Instagram: @nutrologiabrasil
Curso de Nutrologia para acadêmicos: @cursodenutrologia
sábado, 2 de novembro de 2024
Abordagem nutricional da candidíase de repetição
A mulher que nunca sofreu desse mal, que atire a primeira pedra! Sim, pois quando chega o desconforto, quase sempre sabem do que se trata. É uma das queixas ginecológicas mais comuns na minha prática clínica.
Mas antes de explicar, sugiro que você me siga no instagram: @drfredericolobo para mais informações de qualidade em Nutrologia e Medicina. Lá, posto principalmente nos stories, informação de qualidade e no feed, junto com meus afilhados postamos sobre vários temas. Para agendamento de consulta presencial ou por telemedicina, clique aqui.
Mas porque isso acontece? Primeiro, é importante saber que a Candidíase é uma doença ocasionada por fungos, especificamente pela Candida Albicans, que pode se manifestar na pele (micoses), boca (mais conhecido como “sapinho”), estômago, intestino e no órgão genital feminino.
- Alteração no sistema imunológico: geralmente deficiente decorrente de déficit de nutrientes ou outras doenças que podem levar a alteração imunológica. As mais comuns são diabetes, pacientes oncológicos em quimioterapia ou pacientes com infecções de repetição e que fazem uso de vários ciclos de antibiótico
- Disbiose intestinal (desequilíbrio na flora intestinal na qual a flora patogênica se sobressai à flora normal),
- Roupas íntimas de tecido sintético
- Má higiene pessoal
- Climatério e menopausa
- Distúrbios hormonais
- Relações sexuais
- Período menstrual
- Consumo exagerado de alimentos ricos de carboidratos refinados
- Dieta com restrição severa de alguns nutrientes, levando ao déficit nutricional.
- Privação de sono
- Avidez por doces: não se sabe o motivo, mas é uma queixa comum nas pacientes com candidíase de repetição.
- Fadiga inexplicável
- Ansiedade exacerbada
- Presença de Supercrescimento bacteriano do intestino delgado (SIBO) e Supercrescimento fúngico (SIFO)
- Uso de antifungicos orais como Fluconazol ou Itraconazol
- Uso de cremes vaginais como Nistatina ou Miconazol
- Uso de óvulos vaginais com probióticos e alguns ácidos
- Banhos de assentos
- Ajuste dietético, com adequação do volume calórico
- Uso de fitoterápicos
- Reposição de vitaminas e minerais que se estiverem em déficit podem piorar a resposta imunológica
- Tratamento da doença de base
- Uso de probióticos via Oral (cepas específicas)
sexta-feira, 1 de novembro de 2024
Frutas, verduras e legumes: Novembro
Motivo 1: Se está na safra, provavelmente o preço está menor. Mais economia para o seu bolso.
Motivo 2: Tendem a ter maior densidade nutricional, a quantidade de nutrientes, em especial antioxidantes é maior, visto que, utiliza-se menos agrotóxicos e o vegetal precisa se adaptar a situações inóspitas (pragas, calor, frio, umidade, radiação solar, ventos). Ou seja, ele produz mais "defesas", nesse caso os polifenóis, que são antixodantes. Os alimentos da safra são colhidos no momento ideal de maturação, o que significa que estão no auge do seu sabor, textura e valor nutricional. Consumí-los garante que você esteja recebendo produtos frescos e de melhor qualidade.
Motivo 3: Safra = maior abundância. Provavelmente terá menos agrotóxicos (eu disse menos, não que não tenham). Se a está na safra, naturalmente naquela época do ano aquele alimento desenvolve mais facilmente. Não sendo necessário uso de agrotóxicos ou caso o agricultor utilize, a quantidade tende a ser menor. Menos agrotóxico, menos veneno. Em breve o Ministério da saúde publicará um guia sobre efeitos dos agrotóxicos na saúde humana. Tema totalmente negligenciado na Medicina.
Motivo 4: Os vegetais na safra são encontrados mais facilmente nas feiras e mercados. O Brasil é um país vasto e diversificado, com diferentes regiões climáticas que possibilitam o cultivo de uma grande variedade de alimentos ao longo do ano. Consumir alimentos da safra permite que você experimente uma ampla gama de frutas, legumes e verduras, aproveitando a diversidade da culinária brasileira.
Motivo 5: Sustentabilidade e apoio ao agricultores locais. Consumir os alimentos da safra vigente é um ato de sustentabilidade, pois respeita o tempo da natureza e economiza energia e recursos extras de forma intensiva ou no transporte por diferentes distâncias. Escolher alimentos da safra muitas vezes significa apoiar práticas agrícolas mais sustentáveis. Como esses alimentos estão disponíveis localmente e não precisam ser transportados por longas distâncias, há uma redução significativa na pegada de carbono associada ao seu consumo. Além disso, os produtores locais que cultivam alimentos da safra geralmente empregam técnicas agrícolas mais amigáveis ao meio ambiente. Comprar alimentos da safra de produtores locais contribui para fortalecer a economia da sua região. Ao apoiar os agricultores locais, você ajuda a manter empregos na comunidade e a promover um sistema alimentar mais justo e sustentável.