quinta-feira, 30 de maio de 2013

Para os que me perguntam da Herbalife, dou minha opinião apenas com 5 artigos




  1. Slimming at all costs: Herbalife-induced liver injury
  2. Toxic hepatitis by consumption Herbalife products a case report: 
  3. Herbal does not mean innocuous: ten cases of severe hepatotoxicity associated with dietary supplements from Herbalife products: 
  4. Association between consumption of Herbalife nutritional supplements and acute hepatotoxicity: 
  5. Severe hepatotoxicity following ingestion of Herbalife nutritional supplements contaminated with Bacillus subtilis: 
Quem tiver mais artigos, pode me enviar. To colecionando rs.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Água da torneira pode ser mais limpa que água mineral em garrafão


Pesquisadores da UNESP de Araraquara (SP) avaliaram a qualidade de três "modelos" de água mineral e detectaram níveis preocupantes de contaminação em galões de 20 litros.

Todos os garrafões analisados estavam dentro do período de validade.

Nunca se vendeu tanta água mineral no mundo, o que em parte é resultado de uma bem-sucedida promoção do produto engarrafado como alternativa mais limpa, mais pura e mais segura àquela que nos chega pelas torneiras.

Mas o estudo realizado por Maria Fernanda Falcone Dias e seus colegas, e publicado na revista Food Control, sugere que não é bem assim.

Na verdade, em alguns casos, pode ser o contrário.

1.000 vezes pior

Em várias amostras analisadas foram encontrados níveis preocupantes de bactérias nos garrafões de água mineral antes do vencimento do prazo de validade indicado no rótulo das garrafas.

Em alguns casos, isso ocorreu já nos primeiros dias após o envase.

Em dois terços dos 60 galões a contagem de microrganismos ficou acima do limite aceitável para a água da torneira.

Em certos casos, o valor obtido era 1.000 vezes maior que esse padrão. Uma bactéria oportunista foi encontrada em pelo menos duas amostras.

Proveniente de fontes naturais, a água mineral não passa por nenhum tipo de tratamento. Ela deve ser livre de contaminação na origem e preservar suas características originais, o que inclui a presença de diversos sais e de uma fauna microbiana considerada benéfica à saúde humana.

Geralmente em posse da iniciativa privada, as fontes de água mineral devem ter sua qualidade certificada pelo Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM).

Já a água de abastecimento público (vulgarmente conhecida como "torneiral"), além de passar por tratamento químico e físico, tem sua qualidade obrigatoriamente verificada por análises microbiológicas antes de ser distribuída nas cidades.

A principal análise é chamada CHP, sigla para Contagem de [microrganismos] Heteretróficos em Placa. Embora esse teste seja feito também na água engarrafada, antes do envase, a legislação só estabelece um valor máximo aceitável - de 500 UFC/ml (unidades formadoras de colônia por mililitro de água) - para o líquido que vai para as torneiras.

"Esse é o padrão internacional, que é seguido pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]", explica Maria Fernanda.

Mas já existe uma tendência mundial de adotar o mesmo limite máximo também para a água de garrafa, acrescenta ela.

Contaminação na água mineral

Maria Fernanda analisou o conteúdo de garrafas de meio litro e de 1,5 litro em 11 ocasiões ao longo de um ano, que é o prazo recomendado para seu consumo. Já os garrafões de 20 litros passaram por cinco testes, realizados ao longo dos 60 dias de validade do produto. Ao todo foram 324 amostras de seis marcas diferentes.

Além da CHP, outras análises procuraram detectar a presença de coliformes fecais e totais e de bactérias como a Escherichia coli e a Pseudomonas aeruginosa, que podem causar diarreia e infecções, principalmente em crianças, gestantes e idosos.

Os resultados mostraram que, dos três tipos de garrafa d'água, o garrafão de 20 litros foi o que apresentou mais problemas de contaminação.

Em dois terços dos 60 garrafões analisados foi encontrada contagem superior a 500 UFC/ml - às vezes chegando a incríveis 560.000 UFC/ml, mais de mil vezes acima do padrão aceitável para a água de abastecimento.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=agua-torneira-mais-limpa-agua-mineral-garrafao&id=8813&nl=nlds

Assista também:


Estudo da USP detecta concentrações expressivas de arsênio em arroz


O arroz, um dos principais grãos da dieta do brasileiro, se não submetido a um controle de qualidade eficaz, pode apresentar uma concentração de variações da substância arsênio acima do ideal. O alerta vem de uma pesquisa realizada na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP. "Tal concentração elevada pode contribuir para o desenvolvimento de doenças crônicas, como o câncer", observa o farmacêutico-bioquímico Bruno Lemos Batista, autor do estudo.

Batista identificou concentrações expressivas da substância arsênio em diversas variedades de arrozes comercializados no país, tais como o tipo branco (polido), o arroz integral (sem polimento) e parboilizado (do inglês partial boiled, ou seja, parcialmente fervido). Nas análises, foram constatados níveis moderadamente elevados, na faixa dos 222 nanogramas (ng) de arsênio por grama de arroz, similares a concentrações encontradas em arrozes de outros países como a China. O arroz do tipo integral foi um dos que apresentaram maiores concentrações, pois, em geral, o arsênio pode se acumular no farelo.

"Decidimos fazer a especiação química destes grãos, verificando que, em média, nossos grãos possuem ao redor de 40% do arsênio presente nas formas orgânicas e 60% nas formas inorgânicas", conta Bruno.

Considerando a média de arsênio no arroz e que o brasileiro consome 86,5 g desse grão ao dia, a ingestão de arsênio via arroz é pouco maior que via água em sua concentração máxima permitida para ingestão (10 microgramas [µg] de arsênio por litro de água), a partir da média de 2 litros de água diários.

Variações da substância

O arsênio se apresenta na natureza (solo, alimentos, água) em mais de vinte formas diferentes, algumas mais e outras menos tóxicas aos seres humanos, outros animais e até plantas. Dependendo da forma e da quantidade ingerida pela pessoa este arsênio pode causar sérios danos ao organismo como o câncer, causado pelo arsenito, uma das formas de arsênio. Por outro lado, existem formas que, se ingeridas em grandes quantidades, não causam danos ao organismo humano como, por exemplo, a arsenobetaína, comumente encontrada em alimentos marinhos como o camarão.

O estudo buscou identificar essas variações da substância por um método de análise denominado especiação química de arsênio. Nesse processo são definidas todas as espécies (ou formas) de arsênio em uma determinada amostra e suas quantidades. As formas de arsênio são separadas por um instrumento de análise química chamado ligado a outro instrumento para "quantificar". "No primeiro equipamento, as moléculas contendo arsênio em suas diversas formas passam por um aparato chamado 'coluna cromatográfica' que é nada mais que um tubo 'recheado' com uma substância que retém por mais tempo algumas moléculas por interações físico-químicas, e retém menos outras moléculas, por haver pouca ou nenhuma interação com esse recheio", explica o pesquisador.

Após o primeiro processo, o segundo equipamento faz a quantificação do arsênio presente nessas moléculas. "Este instrumento de análise química é o mais moderno para este tipo de análise, conseguindo determinar baixíssimas concentrações com alta especificidade", ressalta Batista, que alertou para a importância do preparo da amostra durante o procedimento. "Como não queremos 'modificar' as espécies de arsênio devemos utilizar um meio que as remova dos grãos de arroz, por exemplo, sem quebrar a molécula contendo arsênio", completa.

Das vinte espécies de arsênio presentes no ambiente, as cinco vistas como mais importantes foram utilizadas como objeto de estudo. As variações mais importantes são assim classificadas por serem mais comuns, mais estudadas ou mais tóxicas. Entre estas espécies destacam-se, em ordem crescente de toxicidade, a arsenobetaína (AsB), dimetil arsênio (DMA), monometil arsênio (MMA), arsenato (As5+) e arsenito (As3+). "Assim, por exemplo, o As3+ é mais tóxico, gera mais danos a um organismo, que o DMA", aponta o pesquisador.

Políticas de saúde

Para o pesquisador, a fiscalização sobre o que consumimos deve estar entre as principais diretrizes das políticas públicas e, no caso do arroz, essa proposta não muda."Temos que procurar sempre a segurança através, no mínimo, do monitoramento da concentração de arsênio e suas espécies químicas, principalmente as inorgânicas e, na medida do possível e da necessidade, realizar pesquisas básicas para entendê-las num processo dinâmico desde plantas até o ser humano".

Para Batista, outros alimentos também deveriam entrar nesse monitoramento, "focando tanto a quantidade de elementos que causam danos ao organismo, como o mercúrio presente no peixe da Amazônia, como na quantidade de elementos químicos essenciais ao funcionamento do nosso organismo, como o selênio na castanha do Pará".

Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/05/06/estudo-da-usp-detecta-concentracoes-expressivas-de-arsenio-em-arroz.htm