sábado, 15 de novembro de 2014

Teste nutrigenéticos (perfil genético) funcionam ?




Ultimamente vários pacientes me perguntam sobre os famosos testes nutrigenéticos disponíveis no mercado.

Testes que "baseado" na detecção de alguns genes e polimorfismos consegue predizer qual o melhor tipo de dieta para cada indivíduo. Um grande avanço na nutrologia.

Mas será que realmente funcionam?

Será que há respaldo científico para se solicitar tais exames?

Afinal são caros e não saem por menos de 1800 reais o mais simples deles.

Por que será que não vemos geneticistas defendendo a utilização de tais exames ?

Inúmeras são as dúvidas. Acredito que seja uma área que está em franco avanço e daqui alguns anos poderemos utilizá-la. Mas AINDA não é a hora. O motivo ? Respondo com o parecer da Academy of Nutrition and Dietetics, que é uma entidade norte americana fundada em 1917 e que conta com mais de 75.000 membros, com participação de profissionais e estudantes na área de nutrição. Recentemente, ela publicou seu posicionamento frente a #GenômicaNutricional #Nutrigenética #Nutrigenômica e #TestesNutrigenéticos

Abaixo um texto publicado no site da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição

“A Academy of Nutrition and Dietetics” é uma entidade norte americana fundada em 1917 e que conta com mais de 75000 membros, com participação de profissionais e estudantes na área de nutrição. Recentemente, a Academia publicou um trabalho a respeito de seu posicionamento frente a “Genômica Nutricional”.

O texto traz uma ampla revisão sobre o assunto, abordando desde os principais resultados do Projeto Genoma Humano (PGH), as áreas de estudo da Genômica Nutricional, até as implicações éticas de sua aplicação na prática clínica.

O PGH foi um marco na história da ciência. Há aproximadamente 11 anos, a sequência completa do genoma humano foi publicada, promovendo impactos em diversas áreas do conhecimento, inclusive na Nutrição. Um dos principais resultados foi o fato de que o número de genes humanos é muito menor do que se estimava – entre 20 e 25 mil. A partir de então, o tempo e os custos para sequenciar um genoma humano estão sendo reduzidos continuamente e, espera-se que sua incorporação na prática médica torne-se realidade.

Genômica Nutricional é um termo amplo, que abrange a Nutrigenética, a Nutrigenômica e a Epigenômica Nutricional, as quais se referem a maneira como os nutrientes e os genes interagem e como estes se expressam para revelar os resultados fenotípicos, incluindo o risco de doenças. A Nutrigenética estuda a influência da variabilidade genética entre os indivíduos, a qual responsável pelas diferenças no estado de saúde e no risco de doenças, considerando os diferentes padrões de ingestão alimentar.  A Nutrigenômica estuda a forma como as interações entre componentes da alimentação e genoma afetam o padrão de expressão gênica. Apesar destas delimitações, o termo Nutrigenômica muitas vezes é utilizado como sinônimo de Genômica Nutricional. Já a Epigenômica Nutricional se refere à influência da alimentação sobre mudanças na expressão gênica, mas sem que ocorram alterações na sequência do DNA.

Na Nutrigenética, as principais alterações estudadas são os polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs), os quais são considerados variações normais no DNA e que consistem na troca de apenas um nucleotídeo em determinada região do DNA. Eles são responsáveis pelas diferenças observadas na cor dos olhos e cabelos, no tipo sanguíneo e alguns deles podem ter influência sobre o risco de desenvolvimento de determinadas doenças, muitas das quais podem estar associadas ao padrão alimentar individual. O texto do parecer destaca alguns SNPs relevantes que são relacionados à Nutrição, como é o caso do C677T no gene que codifica a enzima metilenotetra-hidrofolato redutase (MTHFR). Este SNP interfere no status de folato e de homocisteína e, potencialmente, no risco cardiovascular, na prevalência de defeitos do tubo neural e em outros riscos de doenças. Outros polimorfismos destacados encontram-se nos genes que codificam a fosfatidiletanolamina N-metiltransferase (PEMT) e a metilenotetra-hidrofolato desidrogenase 1 (MTHFD1), os quais estão relacionados a alterações no metabolismo da colina. Ainda, é referido que a associação mais estudada entre SNPs e doença é a relação entre o genótipo da apolipoproteína E (apoE) e a doença arterial coronariana (DAC). O papel do gene FTO (fat mass and obesity associated) sobre o risco de desenvolvimento de obesidade é citado, com ênfase no fato de que tal risco pode ser modificado por fatores ambientais, como a prática de exercícios físicos e a redução da ingestão energética. Neste aspecto, fica claro também que a vulnerabilidade genética à obesidade somente se expressa quando a exposição a fatores ambientais permite tal manifestação.

Com relação à Nutrigenômica, destaca-se que estudos de restrição energética e de modificações alimentares em indivíduos com sobrepeso e obesidade têm fornecido evidências de como os nutrientes afetam a expressão gênica. Tem sido demonstrado que quando estes indivíduos modificam seus padrões de alimentação, genes envolvidos com o metabolismo e com o fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1) apresentam redução de expressão (down regulation). Efeitos de intervenções alimentares sobre o padrão de expressão gênica têm sido também aplicados em outras condições clínicas, como é o caso do câncer, com resultados promissores, porém muitas vezes conflitantes.

Por fim, a Epigenética refere-se a alterações herdáveis, porém que não promovem variações na sequência do DNA, mas que tem papel importante no controle da expressão gênica. Assim, a Epigenética é o processo que regula como e quando os genes são silenciados ou ativados e a Epigenômica é o estudo das alterações epigenéticas de uma célula. Os principais mecanismos epigenéticos de regulação da expressão gênica incluem hipo ou hipermetilação do DNA, alterações em histonas, silenciamento de genes por microRNAs e estabilidade cromossômica. Fatores relacionados à alimentação podem agir por meio de mecanismos epigenéticos ao longo da vida e se estender por gerações. É citado o exemplo dos indivíduos que foram expostos à privação alimentar intrauterina durante o Inverno Holandês da Fome (Dutch Hunger Winter), entre 1944 e 1945, e que na vida adulta apresentaram maior incidência de doenças crônicas, tais como esquizofrenia, diabetes melito tipo 2, DAC, hipercolesterolemia e alguns tipos de câncer.

Em diversos pontos do texto evidencia-se a preocupação em deixar claro que, apesar das fortes evidências de que a alimentação tem grande influência sobre o padrão de expressão gênica e que pode influenciar mecanismos epigenéticos, ainda há muitas questões sem respostas e que precisam ser elucidadas.

O parecer discorre sobre o aumento abrupto dos testes genéticos disponíveis no mercado, sobre os diferentes tipos de testes e sobre como a Genômica Nutricional poderia ser incorporada à prática clínica, deixando claro que os resultados destes testes podem fornecer informações úteis sobre o risco para desenvolvimento de doenças ou para manutenção da saúde de um indivíduo, sempre associados a outras informações, tais como história familiar, parâmetros bioquímicos e presença de fatores de risco para doenças (ex: obesidade, hipertensão arterial, hiperlipidemias).

O texto é finalizado com uma discussão sobre o nível de conhecimento acerca da Genômica Nutricional por parte dos Nutricionistas e destaca que conhecimentos sobre genética devem ser amplamente incorporados nos cursos de graduação em Nutrição e também em programas de residência. Com relação ao futuro da Genômica Nutricional, conclui-se que apesar de promissora na elaboração de planos alimentares personalizados com base no genótipo, esta ciência ainda está em desenvolvimento.

O posicionamento resumido é o seguinte: “A posição da Academia de Nutrição e Dietética é a de que a Genômica Nutricional fornece compreensão sobre como as interações entre alimentação e genótipo afetam o fenótipo. A aplicação prática da Genômica Nutricional em doenças crônicas complexas está em ascensão, porém ainda não é possível recomendar o uso de testes nutrigenéticos para fornecer aconselhamento nutricional na rotina da prática dietética. Nutricionistas devem ter habilidades básicas em genética como uma fundamentação para o entendimento da Genômica Nutricional; a competência requer conhecimentos e habilidades avançadas”. (tradução livre).


Versão para download em: http://www.andjrnl.org/article/S2212-2672(13)01783-8/fulltext

Por:

  • Cristiane Cominetti: Professora da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Goiás
  • Renato Heidor: Pesquisador do Laboratório de Dieta, Nutrição e Câncer da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP


Comissão de Comunicação da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição – SBAN

Fonte: http://www.sban.org.br/por_dentro/informativos/71/posicionamento-da-the-academy-of-nutrition-and-dietetics-genomica-nutricional?fb_action_ids=654437174643590&fb_action_types=og.likes&fb_source=other_multiline&action_object_map=%5B926596364033905%5D&action_type_map=%5B%22og.likes%22%5D&action_ref_map=%5B%5D

Mitos sobre a frutose


Frutose, esse açúcar tem sido a nova vilã das dietas da moda, tem sido chamada de “veneno”, dizem que é tóxico e sobrecarrega o fígado, que engorda, entre outros. Mas, será tudo isso?

As pesquisas apresentadas se baseiam em estudos com RATOS, analisando uma dieta rica em carboidratos (frutose), onde o fígado metaboliza esse açúcar convertendo-o em gordura. O que acontece é que os ratos tem um sistema muito eficiente de conversão de carboidratos em gordura, mesmo em uma dieta sem excesso de calorias. Essa conversão do açúcar em gordura chega a ser maior que 50%.

Mas nós não somos ratos e essa conversão não se mantem nos humanos, na verdade, ela é insignificante dentro de uma alimentação normal. Digo alimentação normal porque nesses estudos com ratos, se fossemos converter a quantidade de frutose que os bichinhos comeram para a nossa população, seria algo em torno de 1,2kg de açúcar!

E eu ainda não conheci ninguém que conseguisse comer essa quantidade de açúcar por dia.

Quanto ao metabolismo da frutose e sua toxicidade, estudos (segue abaixo) demonstram que o nosso organismo converte 50% desse açúcar em glicose, 25% vira lactato e pouco mais de 15% em glicogênio. O restante é oxidado e convertido em CO2 e apenas 2% se transforma em gordura, o que é insignificante.

E antes de você pensar no coitado do lactato, saiba que não existe o menor problema com ele (segue estudo abaixo). Ele é importantíssimo em processos metabólicos no seu corpo, um combustível dentro do metabolismo aeróbio.

Frutose faz mal? NÃO, a frutose que faz mal é o que você acha nesses sucos de caixinhas, adoçantes, xaropes, inúmeras bebidas industrializadas, entre outros. Uso em excesso desse tipo de frutose faz mal. Não existe nenhum embasamento para a retirada de frutas da dieta. Não é tóxico, não engorda, relaxe e aproveite uma bela melancia gelada nesse calor.

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20086073 http://jp.physoc.org/content/558/1/5.long http://evolvinghealthscience.blogspot.com.br/2012/05/fate-of-fructose-interview-with-dr-john.html

via @Dorctorsunplugged

Alergia alimentar x Intolerância alimentar

Estou cansado de ver pacientes e muitas vezes até profissionais da saúde confundindo intolerância e alergia.

Alergia e intolerância alimentar não são a mesma coisa.

A alergia é uma reação que envolve o sistema imunológico, o qual produz anticorpos contra um determinado tipo de proteína. Nesse caso o sistema imune desencadeia uma resposta por achar que aquela proteína é estranha ou prejudicial ao nosso organismo. Ex: Alergia às proteínas do leite de vaca.

Já a intolerância alimentar consiste na dificuldade em se digerir algo por deficiência enzimática. Ex. Intolerância à lactose, o açúcar do leite. A deficiência parcial ou total da enzima lactase (que quebra a lactose) é a causa base da intolerância à lactose. Estudo epidemiológico no Brasil mostrou que até 87% da população tem algum grau de intolerância à lactose. Mas os sintomas variam dependendo do grau de deficiência da lactase, do tipo de lácteo ingerido (leite gera mais sintomas, iogurte menos), da quantidade ingerida e da microbiota intestinal.

Diagnóstico de ambas as doenças é um diagnóstico MÉDICO. Se você tem suspeita de alguma das patologias deve procurar um médico para confirmação diagnóstica (Nutrólogo, gastroenterologista, alergista, pediatra) e posteriormente consultar com um NUTRICIONISTA para fazer os ajustes na dieta.

Novembro Azul: Diabetes e Câncer de próstata

"Novembro azul. Agora é a vez dos homens. Outubro foi rosa. Outubro foi das mulheres. Outubro foi da prevenção do câncer de mama. Novembro é azul. Novembro é dos homens. Novembro é da prevenção do câncer de próstata. Mas, não é só o câncer de próstata. A saúde do homem vai muito além. A mulher começa a visitar o ginecologista assim que menstrua. O homem, somente após os 40 anos. O homem só descobre problemas de fertilidade se não conseguir engravidar a parceira. E hoje sabemos da verdadeira pandemia de sub- fertilidade entre homens jovens, devido a exposição ao bisfenol A e a outros disruptores endócrinos, que atrapalharam o desenvolvimento dos testículos.A produção de testosterona da nova geração também está muito mais baixa. E ninguém avisa. Tudo silenciado. Esta na hora de expormos a saúde do homem. Levar a sério. Desde o início da fase adulta. E não somente após os 40 anos. Chega de preconceitos. A hora é do homem."

O pequeno texto acima é do meu amigo @drflaviocadegiani (médico endocrinologista).

Resolvi repostá-lo pq ele aborda algo que pouco se fala: Saúde do homem. A maioria das campanhas para homem são focadas em Câncer de próstata, Diabetes e Hipertensão. Doenças que só surgem (geralmente) após os 40 anos.

Saúde do homem engloba muito mais que isso. Engloba preparar o terreno para uma terceira idade saudável. Engloba prevenção de infertilidade, tema negligenciado mas que nos próximos anos entrará em voga.

É raro um mês que não atendo algum homem (abaixo dos 40) com queixa de espermograma alterado. Inúmeros fatores podem estar influenciando, dentre eles o uso de celular, proximidade com os testículos, disruptores endócrinos (bisfenol, agrotóxicos, ftalatos, dioxinas, fitoestrógenos, poluentes orgânicos persistentes, chumbo, arsênico, mercúrio), dieta inadequada (zinco, vitamina E, vitamina A, coenzima q10).

Leite, faz bem ou faz mal ?


No dia 28 de outubro de 2014, foi publicado na revista médica #BMJ um estudo sueco com resultado no mínimo muito interessante.

Durante um período mediano de 13 anos, foram acompanhados cerca de 45 mil homens, e durante um período mediano de 22 anos, foram acompanhadas cerca de 61 mil mulheres. Através de recordatórios alimentares, os pesquisadores puderam estimar o consumo diário de #leite e de outros derivados lácteos. Os dados foram ajustados para diversas variáveis como idade, fumo, composição corporal e atividade física.

Os pesquisadores verificaram que beber 3 ou mais copos de leite (desnatado ou integral) por dia quando comparado a beber menos de 1 copo aumenta o risco de #morte em 93% em mulheres e 10% em homens!

Além disso, as mulheres que mais consumiram leite tiveram aumento no risco de fraturas de quadril e em qualquer #osso.

QUANDO iogurte e queijos foram avaliados, o risco aumentado de morte e fraturas NÃO SE CONFIRMOU. Segundo os pesquisadores, um possível culpado seria a D-galactose, que, em estudos com animais, foi associada a envelhecimento precoce.

Contudo, antes que você queira tirar o leite da alimentação, o desenho do estudo sugere, mas não é capaz de confirmar com certeza absoluta que o leite faz mal.

Os próprios pesquisadores sugerem que mais estudos sejam feitos para confirmação dos dados. No nosso meio, onde são comuns as fraudes no leite, não custa, por via das dúvidas, aumentar o consumo de queijos brancos e iogurtes magros. Garantem-se assim os benefícios do cálcio para a saúde óssea e dos probióticos para a saúde intestinal.

via @drmateusendocrino

Artigo: KARL, M et al. Milk intake and risk of mortality and fractures in women and men: cohort studies, BMJ, 2014; 349:g6015.

Link para o artigo: http://www.bmj.com/content/349/bmj.g6015

Dicas do Dr. Frederico Lobo

Dica 1: NÃO RETIRE LATICÍNIOS da sua dieta se vc não tem alergia à proteína do leite de vaca.

Dica 2: Se você tem intolerância à lactose há no mercado a enzima (lactase) para ser utilizada quando for consumir. Médicos  podem prescrever. Há também no mercado inúmeros produtos sem lactose. Lembrando que queijos, iogurtes e coalhadas possuem pouca lactose e tendem a causar menos sintomas gastrintestinais.

Dica 3: Oriento meus pacientes a utilizarem 3 vezes por semana coalhada antes de deitar, já que ela fornece múltiplas cepas de probióticos vivos e não-estéreis. Auxiliando na saúde intestinal.

Dá para ganhar massa apenas com alimentação ?


Muita gente me pergunta se não precisa suplementar proteína para ganhar massa muscular. Afirmo categoricamente que só usa suplemento, quem não consegue atingir as necessidades diárias de proteína.

Praticantes de atividade física necessitam de um aporte protéico maior e por isso todo o cuidado com a alimentação deve ser redobrado. Quando o cardápio é elaborado baseado no tipo de atividade física que o paciente está realizando, muitas vezes a quantidade de proteína deve ser maior, ultrapassando as 0,8g/kg/dia, podendo chegar até 4g/kg/dia dependendo do tempo de treinamento e tipo.

Os estudos mais recentes deixam claro que acima de 20g de proteína por refeição, nosso organismo não utiliza essa proteína. Portanto é importante ter em mente que a carga total de proteína deve ser distribuída ao longo do dia, ou seja, em todas as refeições. E isso não é impossível.


Pra quem será indicada a suplementação de proteína (tipo Whey, Albumina, Caseína, Proteína do arroz, Proteína da ervilha, Proteína hidrolisada da carne) ? Para aqueles que não atingem as recomendações diárias. 

Então, Dr. Frederico, vc está me falando que eu, um ser que pratico atividade física de moderada intensidade 3x/semana não preciso suplementar? Sim, é desnecessária desde que seu cardápio seja nutricionalmente equilibrada e vc o CUMPRA rs. 

att

Dr. Frederico Lobo



Whey é essencial ? Por Dr. Bruno Fischer

Esse papo de que whey protein é fundamental para bons resultados e ganho de massa muscular já está mais que batido.

O whey (proteína do soro do leite) nada mais é do que uma boa fonte de proteínas, assim como todas da foto acima e as que estou descrevendo abaixo. Uma proteína para ser considerada boa precisa ter um elevado valor biológico (papo técnico), ou seja precisa ser bem absorvida pelo corpo e ter todos os aminoácidos essenciais (geralmente proteínas vegetais não tem).

O nutricionista @cleydsonsobral mostrou em seu IG que o whey é apenas mais uma opção dentre as várias existentes, e que serve apenas como substituto de uma alimentação protéica sólida. Ou seja, quem consome os COMIDA de maneira adequada não precisa utilizar whey protein. P

ara complementar as informações do @cleydsonsobral fiz um comparativo de diversas fontes tentando aproximar a quantidade de proteínas (entre 20-25g) e mostrando o quanto cada alimento tem de gorduras, e o melhor: O PREÇO

1) Peito de frango (100g*) - 21,5g de proteínas / 3g de gorduras / Custo: R$ 1,03 -
2) Ovo Inteiro (3 unidades) - 21,6g de proteínas / 18g de gorduras / Custo: R$ 1,04 -
3) Filé de Merluza (130g) - 20g de proteínas / 1,7g de gorduras / Custo: R$ 1,93 -
4) Patinho (100g*) - 22g de proteínas / 4,5g de gorduras / Custo: R$ 1,99 -
5) Clara de ovo pasteurizada (200 ml) - 20g de proteínas / 0g de gorduras / Custo: R$ 2,00 -
6) Clara de ovo (6 unidades) - 20g de proteínas / 0g de gorduras / Custo: R$ 2,08 -
7) Peito de frango Orgânico (100g*) - 21,5g de proteínas / 3g de gorduras / Custo: R$ 2,13 -
8) Filé de Tilápia (100g) - 20g de proteínas / 1,7g de gorduras / Custo: R$ 3,29 -
9) Whey protein nacional (31g) - 23g de proteínas / 1,8g de gorduras / Custo: R$ 4,22 -
10) Whey protein importado (32g) - 24g de proteínas / 1,5g de gorduras / Custo: R$ 7,25.

Todas as fontes acima apresentam 25g de proteína de excelente valor biológico.

Eu prefiro comer comida do que ingerir um pó… esse me serve apenas para as situações de emergência! E você, vai continuar achando que whey faz milagre?

A Estratégia FODMAP Contra os Gases por Dr. Leandro Minozzo



O problema é sério e está espalhado por aí de uma maneira impressionante. Não chega a ser uma questão de vida ou morte, mas incomoda, e muito. Refiro-me aos gases – quase sempre acompanhados de inchaço abdominal, borborigmos (aqueles sons embaraçosos vindos da barriga) e desconforto, que pode ser dor do tipo cólica. Quem apresenta esse quadro, sabe do que estou falando, e de como a vida poderia ser bem melhor sem esses sintomas.

No consultório, quando recebo os pacientes com os exames, corro logo ver o resultado do teste de intolerância à lactose. Em outros casos, vou direto para os anticorpos ou resultado da biópsia de duodeno quando suspeito da doença celíaca. Não que eu queira que os pacientes tenham essas duas condições, só que o que fazer quando todos esses exames vêm com resultados negativos? O que fazer com os gases? O que resta investigar? Será então a síndrome do cólon irritável, logo devo entrar com medicações para aliviar a dor e parar por ai? Indicar dieta com fibras, pouco álcool, pouca cafeína e gordura além de prescrever probióticos?  O artigo no qual me lanço trata justamente sobre esses casos e nele abordarei uma conduta para reduzir ou acabar com os gases e inchaço: a estratégia FODMAP.

Curiosamente, um achado comum nesses pacientes é a restrição que possuem a determinados alimentos, sendo os principais deles o feijão, o brócolis, o pimentão e a lentilha. Eles relatam que quase imediatamente ao consumi-los, apresentam os sintomas digestivos do começo do texto. Logo, fica evidente que essas pessoas não conseguem digeri-los adequadamente, sofrendo efeitos de sua fermentação dentro dos intestinos. Acredito que essa foi a pista inicial para pesquisadores australianos, em especial Sue Shepherd, debruçarem-se sobre a composição de determinados alimentos e tentar identificar quais causam sintomas. O nome da abordagem – FODMAP – é um acrônimo para um conjunto de carboidratos osmóticos que podem ser de difícil digestão para algumas pessoas (“fermentable oligosaccharides, disaccharides, monosaccharides and polyols”) – veja a tabela abaixo com uma lista resumida.





Quem sofre com os gases não necessariamente apresenta intolerância a todos os carboidratos FODMAP, podendo, em grande parte dos casos, ter dificuldade com um ou dois tipos. É comum, no entanto, a intolerância combinada à lactose e à frutose, assim como ocorre com quando da doença celíaca, quando muitos pacientes não toleram o glúten e a lactose simultaneamente– mais de 30% dos celíacos também não consegue digerir a lactose.

Outro detalhe importante, em especial para colegas médicos e nutricionistas, é que alguns desses carboidratos, como as fructanas e a rafinose são digeridos por bactérias da flora intestinal e, caso ela não se encontre em equilíbrio – condição chamada de disbiose –, os sintomas prevalecerão sempre. A flora intestinal é alvo frequente de pesquisas envolvendo não só aspectos digestivos, mas relacionados ao sistema imunológico e obesidade. A prescrição de probióticos e prebióticos é crescente e encontra espaço em casos de distensão, diarreia e constipação. Por último, colegas, como essas queixas guardam relação com o sobrepeso e obesidade, preparem-se para trata-las no dia-a-dia, pois elas serão cada vez mais frequentes!

Voltando aos FODMAP’s, agora falando sobre a frutose, há problemas tanto na sua quantidade quanto na relação à de glicose: mesmo alimentos não tão ricos em frutose podem causar sintomas quando a relação está aumentada (maior que um) – é o caso da manga, por exemplo, que apresenta 3 gramas de frutose por 100g (o que não tão elevado), porém a relação frutose/glicose é de 3,1.

Para muitos leitores, acredito que essa questão FODMAP soe como uma novidade, porém, há pesquisas que a embasam cientificamente há pelo menos 15 anos e, com as recentes publicações em revistas indexadas de nutrição e gastroenterologia, o assunto ganha relevância.  Os resultados do benefício de uma dieta com baixo FODMAP são, com o perdão do exagero da palavra, extraordinários em pacientes com a síndrome do cólon irritável – até 74% de redução nos sintomas.  Ressaltando que essa síndrome é  uma condição de prevalência significante – mais de 10% da população adulta – e ainda carece de recomendações nutricionais específicas, ficando o tratamento focado na redução dos sintomas, nem sempre às causas.  Nela, acredita-se que o paciente acometido tenha a percepção da distensão intestinal alterada, ou seja, tolera menos o excesso de gazes, que no caso, pode ser causado pela intolerância aos carboidratos fermentáveis da lista. Em dissertação defendida em 2013, na USP, o feijão foi indicado como um dos alimentos que mais deflagrou crises em pacientes com a síndrome do cólon irritável.

E como seria a estratégia FODMAP? Nela, retiram-se da dieta todos os alimentos contidos numa grande lista. É claro, outra grande lista de alimentos permitidos também é oferecida! Orienta-se o paciente a seguir com a dieta de baixo FODMAP por 4 a 6 semanas, logo, “desafios alimentares” são feitos com a introdução dos mesmos por grupos e em baixa quantidade. Inicia-se por frutose, lactose, sorbitol e manitol. Após, continua-se com fructanas e GOS (rafinose). Deve-se tentar aumentar as quantidades de cada grupo até a tolerância máxima, isso porque como você pode constatar na tabela, a maioria dos alimentos ricos em FODMAP é muito saudável, apresentando efeitos benéficos também para a digestão – pelo efeito prebióticos e quantidade de fibras.

Existem outras condições que ainda estão sendo estudadas e que estão relacionadas aos sintomas, como a intolerância ao glúten na ausência da doença celíaca e a dificuldade na digestão de algumas substâncias como a cafeína. Quanto à condição de intolerância ao glúten na ausência de testes confirmatórios para a doença celíaca, há grande possibilidade da intolerância de base ser exclusiva ao trigo – não ao glúten!  Impressiono-me com a quantidade de estudos nessa área e a “fermentação” do tema nutrição e saúde intestinal na medicina. Existem pistas, porém ainda muitas incertezas e desconfianças.

Trazendo para o campo das soluções, além da identificação e retirada dos carboidratos que causam os gases, alguns recursos terapêuticos podem ajudar. No caso dos GOS (rafinose), há a opção de beta-galactosidade no mercado brasileiro (Digeliv, do Laboratório Apsen) – até há pouco tempo era necessário adquirir nos Estados Unidos (Beano). Há também uma infinidade de probióticos nas prateleiras de farmácias e supermercados, que podem ser bastante úteis.

No próximo artigo falarei um pouco mais sobre o papel do nutrólogo no diagnóstico desse tipo de intolerância e os recursos disponíveis. Lembrando sempre que ninguém deve começar uma dieta restritiva ou tratamento por conta própria. Procure sempre um profissional para orientá-lo.

Bom, espero ter dado esperanças para os leitores que sofrem diariamente com os gases, inchaço e cólicas, ah! e com os borborigmos. Quem sabe, com essas informações, algum leitor até se aventure a encarar uma boa feijoada sem medo.

Abraços,

Leandro Minozzo – Médico Nutrólogo



Bibliografia

  1. Gibson PR, Shepherd SJ. Evidence-based dietary management of functional gastrointestinal symptoms: The FODMAP approach. J Gastroenterol Hepatol. 2010 Feb;25(2):252-8.

  2. Fedewa A, Rao SS. Dietary Fructose Intolerance, Fructan Intolerance and FODMAPs. Curr Gastroenterol Rep. 2014 Jan;16(1):370.

  3. Halmos EP, Power VA, Shepherd SJ, Gibson PR, Muir JG. A Diet Low in FODMAPs Reduces Symptoms of Irritable Bowel Syndrome. Gastroenterology. 2014 Jan;146(1):67-75.e5.

  4. Mearin F1, Peña E2, Balboa A3. Importance of diet in irritable bowel syndrome. Gastroenterol Hepatol. 2014 Feb 27.

  5. Biesiekierski JR., ET AL. No effects of gluten in patients with self-reported non-celiac gluten sensitivity after dietary reduction of fermentable, poorly absorbed, short-chain carbohydrates. Gastroenterology. 2013 Aug;145(2):320-8.e1-3




Fonte: http://www.leandrominozzo.com.br/blog/?p=688

Vai submeter-se a tratamentos estéticos ? CUIDADO.


Ácido graxos relacionados a melhor sono em crianças

Os problemas do sono em crianças estão associados a problemas de saúde, problemas comportamentais e cognitivos, assim como deficiências de ácido docosahexaenóico (DHA, um tipo de ômega 3)

Algumas evidências suportam um papel para esses ácidos graxos na regulação do sono, mas esta questão tem recebido pouca investigação. Um recente estudo, então, avaliou as associações entre as concentrações de ácidos graxos no sangue (a partir de amostras de sangue do dedo) com o sono (através de um questionário de pais) em uma grande amostra epidemiológica de crianças saudáveis com idades entre 7-9 anos ( n = 395) de escolas britânicas tradicionais.

Tratou-se de um estudo randomizado controlado, que avaliou se a suplementação de 16 semanas (600 mg/dia) com ácido docosahexaenóico versus placebo pode melhorar o sono em um subconjunto dessas crianças ( n = 362). Em uma subamostra selecionada aleatoriamente ( n = 43), o sono também foi avaliada objetivamente via actigrafia.

Em 40% da amostra epidemiológica, crianças apresentaram problemas de sono em nível clínico. Além disso, os distúrbios do sono foram associados fracamente, mas significativamente com menores níveis séricos de ácido docosahexaenóico.

Entretanto, o tratamento não mostrou efeitos significativos sobre as medidas subjetivas de sono. No entanto, na pequena subamostra submetida a actigrafia, a suplementação de ácido docosahexaenóico levou, em média, a 58 min a mais horas de sono por noite.

Cautelosamente, podemos concluir que os níveis sanguíneos elevados de ácido docosahexaenóico podem relacionar-se com um melhor sono da criança.

As principais fontes de DHA: salmão, sardinha, atum, anchova, óleo de fígado de bacalhau.

Fonte: Journal of Sleep Research; Volume 23 , Issue 4 , páginas 364-388 , ago 2014
Link para o estudo: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/jsr.12212/full

Suplementação

Texto elaborada por duas amigas endocrinologistas, Dr. Camila Bandeira e Patricia Sales da Endoclinicdoctors de São Paulo.


"Doutora, estou tomando um polivitamínico, cálcio, colágeno, vitamina E e ômega 3."

 Mas será que "quanto mais, melhor" se aplica nessa situação?

 Uma pesquisa feita na Johns Hopkins Bloomberg Escola de Saúde Pública revelou que 50% dos adultos americanos tomam alguma forma de suplemento vitamínico. A indústria americana de vitaminas vem crescendo 12 bilhões de doláres por ano, e o principal argumento que usam para vender seus produtos é que a dieta dos americanos é insuficiente em vitaminas e minerais.

 Um dos suplementos mais tomados por adultos acima de 50 anos é o cálcio - na forma de carbonato ou citrato. Cerca de 70% das mulheres e 50% dos homens nessa faixa etária fazem uso diário de suplementos de cálcio e por ser uma população de alto risco cardiovascular, estudos vem investigando a segurança e riscos desses suplementos.

 Uma metanálise publicada por Bolland et al no Brittish Medical Journal revisou 8 estudos placebo-controlados com mais de 28 mil mulheres e a conclusão foi que o grupo tomando suplementos de cálcio teve um risco aumentado para infarto agudo do miocárdio (RR 1,24) e acidente vascular cerebral (RR 1,15). Este efeito pode ser causado por depósito de cálcio da camada média da artéria ou alguma ação pró-coagulante ainda desconhecida.

 O excesso de cálcio também pode cursar com hipercalcemia e hipercalciúria com risco aumentado de cálculos renais.

 A recomendação diária para adultos é de 1.000 a 1.200mg/dia ou 3 a 4 porções de derivados de leite na alimentação. Fontes de cálcio para quem tem intolerância a lactose consistem em brócolis, couve, chia e espinafre.

 A sociedade brasileira de endocrinologia e metabologia recomenda a suplementação de cálcio apenas quando a ingestão alimentar não é suficiente para atingir as necessidades diárias ideais.

Informe-se com o seu médico sobre o que vc está tomando!

‪#‎geracaopubmed‬ ‪#‎endocrinologiabaseadaemevidencia‬ ‪#‎medicinabaseadaemevidencia‬ ‪#‎endoclinicdoctors‬

Fontes:

  1. BMJ. 2011 Apr 19;342:d2040. doi: 10.1136/bmj.d2040
  2. MAEDA, Sergio Setsuo. Guia Prático em Osteometabolismo. São Paulo: Segmento Farma -2014. 
  3. GUALLAR, E et al. Enough is Enough: Stop Wasting Money on Vitamins and Mineral Supplements. Ann Intern Med 2013; 159:850-851.


Dia Mundial de Combate ao Diabetes


Hj (14/11) é o dia Mundial do Diabetes. No Brasil, são mais de 14 milhões de pessoas com #Diabetes e 1 /3 não l sabem que possuem a doença, mas ela pode ser evitada. Fazer regularmente atividades físicas, ter uma alimentação saudável e evitar o ganho de peso são fundamentais, junto ao controle glicêmico adequado. Aja hoje para mudar o amanhã. #SBD #DiaMundialdoDiabetes #Nutrologia #NutrologiaGoiania #Nutrição #Endocrinologia #ControleGlicêmico #Açúcar #Sedentarismo #AtividadeFisica #comacomida



domingo, 21 de setembro de 2014

Prevenção da Doença de Alzheimer. Existe?


Foram publicados os resultados de um relatório global sobre a doença de Alzheimer

De acordo com um estudo global publicado hoje, poderia ser feito mais para prevenir a doença de Alzheimer.

Alzheimer's Disease International, a federação mundial das associações de Alzheimer, encomendou o 'Relatório Mundial Alzheimer 2014 - Redução do risco e demência: Uma análise dos fatores protetores e modificáveis'.

Publicado hoje (17 de setembro), ele revela que controlar o diabetes e a pressão arterial elevada pode reduzir o risco de demência no futuro. Parar de fumar e reduzir os fatores de risco cardiovascular também ajuda a reduzir o risco de desenvolver doença de Alzheimer.

O diabetes sozinho aumenta o risco de demência em 50%, relatam os autores, liderados pelo Professor Martin Prince do King's College London, Reino Unido.

Ele diz: "Já há evidências de vários estudos quanto a que a incidência de demência está diminuindo em países de alta renda, associados a melhorias na educação e na saúde cardiovascular. Precisamos fazer tudo o que pudermos para acentuar essas tendências. Com um custo global de mais de 600 bilhões dólares americanos, dificilmente poderia ser mais importante o que está envolvido."

O relatório afirma que o controle do tabaco e a melhor prevenção, detecção e controle da hipertensão e do diabetes são fundamentais para reduzir o risco de demência em nível da população. De maneira que a demência deve ser "integrada nos programas de saúde pública tanto globais como nacionais, ao lado de outras importantes doenças não transmissíveis".

Marc Wortmann, da Alzheimer's Disease International, comentou: "De uma perspectiva de saúde pública, é importante notar que a maioria dos fatores de risco para a demência se sobrepõem com os de outras importantes doenças não transmissíveis. Em países de alta renda, há um maior foco nos estilos de vida mais saudáveis, mas este não é sempre o caso com os países de baixa e média renda.

"Estima-se que em 2050, 71% das pessoas com demência estarão vivendo nestas regiões, então implementar campanhas eficazes de saúde pública pode ajudar a reduzir o risco global."

Fonte: www.doctors.net.uk



Todo dia 21 é um dia especial rs. Hj é dia da Árvore, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença de Alzheimer. Estima-se que em todo o mundo, existam mais de 35 milhões de pessoas com Alzheimer e q esse nº provavelmente ultrapassará 80 milhões até 2040.
A Diretriz publicado pela George Washington University School of Medicine e pelo Physicians Committee for Responsible Medicine (PCRM) defende a diminuição do risco de se desenvolver Doença de Alzheimer pela alimentação nutrologicamente equilibrada. “Combinar alimentação com atividade física, evitando o consumo exagerado de metais como cobre e ferro pode maximizar a proteção do cérebro”, afirma Dr Barnard, um dos autores desta diretriz.
A diretriz pode ser dividida em 7 pilares:

1- Evitar ao máximo gordura trás e gordura saturada
2- A base da dieta deve ser constituída de vegetais, legumes ( feijão, ervilha, lentilha), frutas e grãos integrais.
3- Vitamina E diária – fornecida por nozes, castanhas ou sementes.
4- Vitamina B 12 diária (2,4μg por dia para adultos).
5- Evite polivitamínicos que contenham ferro e Cobre. Faça reposição destes micronutrientes somente com orientação Medica.
6- Evite tigelas e outros utensílios que possuam alumínio na sua composição.
7- Atividade Física aos menos 120 minutos por semana.

Fonte: http://www.pcrm.org/health/reports/dietary-guidelines-for-alzheimers-prevention

domingo, 7 de setembro de 2014

Deficiência de Magnésio

Devo tomar Iodo ?


DEVO TOMAR IODO?

O que vemos são trabalhos e teorias indo em sentidos opostos. A endocrinologia observou que não há em absoluto a necessidade extra de iodo, ao contrário, pode estar acontecendo um aumento dos efeitos Wolff-Charcoff (causando hipotireoidismo auto-imune) e Jod-Basedow (causando hipertireoidismo).

A recomendação extra de iodo hoje se restringe às pacientes grávidas, cuja necessidade de produção de hormônio tireoidiano aumenta.

Por outro lado, o uso de iodo é vangloriado pelas áreas afins como a resposta da vitalidade e da resolução de todas as doenças tireoidianas. Não consegui encontrar estudos de qualidade que confirmem este posicionamento.

O fato é que tem sido comum na prática clínica pacientes com hipotireoidismo compensado clínico a laboratorialmente descompensarem com a exacerbação do hipotireoidismo por uma prescrição que receberam de iodo. Portanto, minha opinião neste caso é clara: a não ser que esteja grávida, não tome iodo.

Autor: Dr. Flávio A. Cadegiani (É médico, endocrinologista e metabologista de Brasilia - DF - CRM/DF 16.219 / CREMESP 160.400) - É doutorando em Adrenal pela UNIFESP.


Complemento às palavras do meu amigo Dr. Flávio Cadegiani - Médico,


O iodo estável, administrado como iodeto de potássio ou solução de Lugol em quantidades farmacológicas (30 mg por dia ou mais), bloqueia a liberação de hormônios tireoidianos pela glândula e inibe a organificação do iodo em pacientes com doença de Graves.

Quando combinado com a terapia com fármacos antitireoidianos, o iodo pode acelerar o declínio nas concentrações de hormônio tireoidiano circulante. Porém, seus efeitos são apenas temporários, desaparecendo após 10 a 14 dias, após os quais há recorrência do hipertireoidismo. Consequentemente, ele é útil apenas em duas situações clínicas.


  1. Em primeiro lugar, ele pode ser usado como medida de curto prazo para preparar os pacientes para a tireoidectomia. 
  2. Em segundo lugar, ele pode ser iniciado vários dias após o tratamento com radioiodo para acelerar a restauração do eutireoidismo. Em tais pacientes, a glândula irradiada é incapaz de escapar dos efeitos inibitórios do iodo. 

O iodo tem efeitos colaterais infrequentes, como erupções cutâneas, gastrite e sialoadenite.

Alimentação vegetariana segundo o nutrólogo Eric Slywich



1. Introdução à alimentação vegetariana sem dúvidas => https://www.youtube.com/watch?v=bufNOa1zHcE


2. Definições das dietas vegetarianas => https://www.youtube.com/watch?v=JTHwBLionmE



3. Conhecimentos básicos dos nutrientes => https://www.youtube.com/watch?v=Z2HEvJcNAlo&list=UUptCWTO2uq6jXcJLEvRhr8g



4. Ferro: informações gerais => https://www.youtube.com/watch?v=TJGUeK0dWEU

5. Ferro: sintomas de deficiência => https://www.youtube.com/watch?v=feJ0kaMuGdg

Alimentação saudável é cara ?



Em 2013, uma pesquisa da Universidade de Brasília (UNB) mostrou que o Brasil gastou R$ 488 milhões com tratamento de doenças ligadas à obesidade. Por que não colher os benefícios de investir dinheiro em comidas boas, em vez de gastá-lo em consultas e medicamentos? Veja a hora da refeição como um investimento em sua saúde.

As aparências enganam...

"Existem profissionais, que se destacam pelo discurso vanguardista, que desqualifica qualquer ser humano que tenha um mínimo de ética profissional. 

Abrigados em consultórios luxuosos, verdadeiros conglomerados comerciais, que tem como foco a venda de tratamentos “revolucionários”. Suas equipes escolhem minuciosamente os "artigos científicos" para tentar dar algum ar cientificista ao discurso. Na grande maioria das vezes, os trabalhos citados são obsoletos, ou com erros metodológicos gritantes que passam despercebidos pelo público leigo que não sabe a diferença entre um estudo de corte, e um ensaio clínico randomizado duplo-cego controlado por placebo. Tudo para o leigo parece deslumbrante !!! 

As redes sociais, atualmente são mantidas por uma estrutura muito bem elaborada de marketing, com fotos lindas e impactantes, mostrando o luxo e a prosperidade de pessoas de sucesso, textos poéticos e às vezes fotos tiradas com artistas ao custo de cachês absurdos. 

Quanto aos títulos que ostentam nem se fala. Extremamente sedutores. Imagine, por exemplo, marcar uma consulta com um "ADVANCED NUTRITION SPECIALIST” da International Federation of Bodybuilding and Fitness. Este curso pode ser feito por correspondência e é aberto a qualquer pessoa. É aceito cartão de crédito e custa R$ 900,00. 

Resumindo, você não deve colocar seus sonhos nas mãos de ninguém, porque nada que pode ser vendido, tem mais força que a sua perseverança, e a sua vontade de mudar. Você é a estrela da transformação. Sei que tudo na vida tem um preço, mas o caráter de um profissional de saúde não está à venda!!! Reflitam quem é a verdadeira estrela ou o verdadeiro especialista"

Repost do colega e excelente nutricionista @valentim_nutri

Corpo não dita valores e capacidade intelectual


Extraído do facebook: Ei mulher, melhore

Desabafo e pedido de uma pessoa que sofre Gordofobia

Não gosto de divulgar esse tipo de coisa, mas o "desespero faz a pessoa". Enfim, quem for dono de empresa ou conhecer alguém que esteja contratando ou pretende contratar e puder me indicar, ficarei imensamente grata!
Tenho um bom currículo profissional para atuar no comércio ou em outros setores relacionados à atendimento ao cliente, mas infelizmente, ser/estar gorda não permite que eu mostre meu potencial e capacidade intelectual. Envio meu currículo para varias oportunidades de emprego (desde abril até hoje de madrugada, já foram 83 enviados), sou selecionada para as entrevistas, até ao telefone o "papo" é bem descontraído, mas pessoalmente, percebo a admiração ao me verem. Já cheguei a escutar algo do tipo: "Você está fora dos padrões estipulados pela contratante". Mas antes, na ligação me convocando, alegaram que gostaram muito do meu currículo e tal. Daí, a contratada foi uma moça de 20 anos, sem experiência e magra. Realmente, o currículo dela estava bem dentro dos padrões exigidos pela contratante...
Enfim, meu trabalho como aautônoma não está rendendo bem e eu preciso muito de um emprego com carteira assinada. Meu filho precisa do básico que uma mãe pode dar (comida, escola, vestuário...) e estou totalmente dependente de terceiros. Todos sabem, ou devem imaginar, que isso é deprimente, ainda mais para uma pessoa que sempre trabalhou (desde de criança, que é o meu caso).
Apesar de ter ultrapassado os 2 dígitos da balança e não ser mais uma "gorda aceitável" aos "padrões estipulados pelo mercado" (sim, pois eu nunca fui magra), as empresas por onde passei podem comprovar meu profissionalismo.

A sociedade é gordofóbica, estou sendo vitima disso. Não que eu seja uma coitada, mas dói ser prejudicada pelo preconceito de todos. E não venham me dizer: "Ah, mas eu não sou gordofóbico, aceito numa boa pessoas gordas". Certo, mas quando você faz piada, critica, xinga, rir ou participa disso, você é o quê?
Ora, até gordos são gordofóbicos, pois não se aceitam e se auto criticam ou fazem piada de si mesmos, no intuito de defender-se muitas vezes de algo que possa estar por vir (inclusive eu fiz muito isso, hoje não, sei do meu valor e quero respeito).
Ah, sou saudável. Oh! Está admirado? Pois é, sou gorda e com todos os exames médicos em dia e sem quaisquer alterações. Sempre fui gorda, é o meu biotipo, apenas aumentei de peso, como também posso voltar aos 80 quilos (e sim, continuarei gorda para a sociedade, mas esse é o peso que gosto e que o meu corpo fica bem), isso é se a ansiedade permitir.

Resumindo: Não tenho mais como dar nem comida ao meu filho, preciso de um emprego e de uma empresa que aceite "profissionais gordos".

Grata!

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Dieta sem glúten emagrece? por Dra. Rita de Cássia Borges Castro

Restringir o glúten da dieta favorece o emagrecimento?

Até o momento não existe nenhuma evidência científica que justifique a restrição total do glúten na dieta para promover a perda de peso de pacientes com sobrepeso ou obesidade, que não tenham doença celíaca ou sensibilidade ao glúten. De maneira geral, a adesão ao padrão alimentar sem glúten pode resultar em baixa ingestão de alimentos ricos em carboidratos que, de forma indireta, pode favorecer a perda de peso.

Poucas pesquisas têm sido realizadas com o objetivo de investigar o papel da restrição ao glúten no emagrecimento. Recentemente, Soares e colaboradores, em 2013, realizaram um estudo em ratos com o objetivo de avaliar o efeito de uma dieta isenta de glúten sob o peso corporal, adiposidade, perfil inflamatório do tecido adiposo e homeostase da glicose. Os pesquisadores observaram efeitos benéficos de dietas sem glúten em reduzir o ganho de adiposidade, inflamação e resistência à insulina. Entretanto, os dados ainda são preliminares para justificar uma recomendação de restrição ao glúten entre os pacientes com excesso de peso.

De acordo com o parecer do Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região (CRN-3), publicado em dezembro de 2011, “a recomendação de restrição de consumo de glúten deve ser destinada aos pacientes com diagnóstico clínico confirmado de doença celíaca, de dermatite herpetiforme, de alergia ao glúten, ou quando, eliminada a hipótese de doença celíaca, haja diagnóstico clínico confirmado de sensibilidade ao glúten (também denominada como intolerância ao glúten–não celíaca). Deve-se salientar que o diagnóstico clínico é de competência exclusiva do médico”. O documento ainda reforça que “o descumprimento dessa diretriz oferece indícios de infringência ao código de ética do nutricionista por desrespeito ao princípio fundamental explicitado no seu artigo 1º e pelo descumprimento do artigo 6º, inciso VI, sujeitando os infratores a processo disciplinar e às penalidades previstas na legislação”.

Bibliografia (s)

  1. Marcason W. Is there evidence to support the claim that a gluten-free diet should be used for weight loss? J Am Diet Assoc. 2011 Nov;111(11):1786.
  2. Diamanti A, Capriati T, Basso MS, Panetta F, Di Ciommo Laurora VM, Bellucci F, Cristofori F, Francavilla R. Celiac disease and overweight in children: an update. Nutrients. 2014 Jan 2;6(1):207-20.
  3. Soares FL, de Oliveira Matoso R, Teixeira LG, Menezes Z, Pereira SS, Alves AC, et al. Gluten-free diet reduces adiposity, inflammation and insulin resistance associated with the induction of PPAR-alpha and PPAR-gamma expression. J Nutr Biochem. 2013 Jun;24(6):1105-11.
  4. Kabbani TA, Goldberg A, Kelly CP, Pallav K, Tariq S, Peer A, Hansen J, Dennis M, Leffler DA. Body mass index and the risk of obesity in coeliac disease treated with the gluten-free diet. Aliment Pharmacol Ther. 2012 Mar;35(6):723-9.
  5. Conselho Regional de Nutricionistas – 3ª Região. RESTRIÇÃO AO CONSUMO DE GLÚTEN. Colegiado do CRN 3ª Região 2011-2014.


Fonte: http://www.nutritotal.com.br/perguntas/?acao=bu&id=781&categoria=11

sábado, 5 de julho de 2014

10 perguntas sobre glúten e 10 respostas baseadas em evidências



1. O que é o glúten? 

Ele é uma proteína presente naturalmente em muitos cereais, como o trigo, o centeio e a cevada. Ou seja, não é uma invenção da indústria moderna, por exemplo, como foi o caso da gordura trans, só para fazer uma comparação. O glúten confere elasticidade na receita de diversos alimentos, caso típico do pão: ao sovar a massa, o padeiro cria as redes de glúten, estruturas capazes de aprisionar o gás carbônico expelido pelas leveduras do fermento. Assim, o pãozinho cresce e fica macio. "E o pão, você já sabe, é um dos alimentos mais antigos da humanidade, que se multiplicou e evoluiu sem problemas por consumi-lo", lembra o nutrólogo Mauro Fisberg, professor da UNIFESP.

2. O glúten poderia causar algum problema de saúde? 

Cerca de 1% da população mundial possui a doença celíaca. Nesse tipo de alergia, o glúten não é bem aceito pelo intestino. Quando ele chega ao órgão desses pacientes (e só neles), desencadeia uma reação do sistema imunológico, que destaca células de defesa para atacar a região. Nessa briga, acaba sobrando para as vilosidades intestinais, estruturas que são responsáveis por absorver os nutrientes da comida. Com as vilosidades inflamadas, claro que ela não é aproveitada da forma como deveria, bagunçando completamente o trânsito intestinal, para não dizer o estado nutricional daquele indivíduo. "Os sintomas mais comuns são diarreia, dor, distensão abdominal e inchaço", lista o gastroenterologista Alexandre Sakano, do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, na capital paulista. Mas, atenção, porque aqui estamos falando de uma doença específica que atinge uma em cada 100 pessoas. Histórias fantasiosas de que o glúten engorda até atrapalham a vida desses portadores. Imagine um doente celíaco que afirma, no restaurante da empresa, que não pode comer itens com glúten. Na toada das boatarias, esse sujeito é tomado como alguém interessado apenas em emagracer e não como portador de um problema que merece respeito e atenção.

3. Como a doença celíaca é detectada? 

O primeiro passo é procurar o médico, diante de sintomas como diarreia constante. Se for criança, o certo é levar ao pediatra. Se for adulto, o clínico-geral. Esses profissionais vão começar a investigação, fazendo a análise clínica do paciente. Se houver suspeita de doença celíaca, vale procurar um gastroenterologista, o especialista no sistema digestivo. Ele vai pedir um exame de sangue, para verificar a presença de anticorpos típicos da doença, e uma biópsia do intestino. Caso o distúrbio seja detectado, aí não tem jeito: é preciso cortar todos os alimentos com glúten da dieta. E o acompanhamento de um nutricionista é importante a fim de evitar desfalques de nutrientes importantes para a saúde.

4. Tem gente que acusa o glúten de estar envolvido com alergia, intolerância, sensibilidade, doença celíaca... A cada hora, usam um termo. Qual é o certo?

Quando se fala em doença celíaca, o uso do termo intolerância é equivocado. "Hoje em dia, intolerância ou sensibilidade ao glúten são palavras utilizadas para pacientes que apresentam mal-estar ao consumir alimentos com glúten e que não são celíacos", explica a nutricionista Mariana Del Bosco, mestre em ciências da saúde pela Universidade de São Paulo. Normalmente, quando um não celíaco se queixa depois de comer alimentos com glúten, como macarrão, cerveja e pão, recebe o diagnóstico de intolerante ao glúten. Diagnóstico, no mínimo, polêmico. “Isso porque não existe um consenso sobre as características desse distúrbio e ninguém pode nem sequer afirmar que ele existe”, completa Mariana. Ou seja: tem gente que se sente estufado depois de comer um macarrão, por exemplo. Ou de devorar um bolo. Mas pode ser que o problema seja causado pelos molhos e recheios gordurosos. Aliás, é bem mais provável.

5. Afinal, existe ou não existe intolerância ao glúten? 

O assunto é controverso. Alguns especialistas dizem que sim, mas muitos outros garantem que não. Um estudo recém-publicado da Universidade de Monash, na Austrália, levanta questões sobre a existência da tal intolerância ao glúten. Os cientistas recrutaram 37 voluntários que se diziam sensíveis à proteína do trigo e da aveia. Na primeira semana, todos receberam uma dieta rica em carboidratos de difícil digestão. Na semana seguinte, eles foram divididos em três grupos. O primeiro recebeu uma alimentação cheia de glúten, o segundo, refeições com pouco glúten e o terceiro fez uma dieta com zero da proteína. Detalhe: ninguém sabia em qual das turmas tinha caído. No período da experiência, os participantes das três turmas reportaram piora dos sintomas gastrointestinais - mesmo aqueles que não haviam travado contato com uma mísera molécula de glúten. Os autores desse trabalho sugerem com veemência que um forte efeito psicológico possa estar por trás da tal intolerância tão divulgada por aí. E o mais curioso é que o autor da pesquisa, o gastroenterologista Peter Gibson, havia conduzido uma experiência em 2011 que havia comprovado a existência da tal sensibilidade ao glúten. Mas nem ele, que foi um dos primeiros a levantar essa bola, estava satisfeito com os resultados. Sim, a cabeça também conta muito na hora de sentir a barriga pesar. Principalmente quando todo mundo fica encontrando um réu por aí.

6. Há um aumento do número de casos de doença celíaca, o único motivo real para cortar o glúten? 

Seria por isso que agora todo mundo parece passar mal com essa proteína ou ficaria imaginando passar mal? Os médicos entrevistados por SAÚDE não percebem um crescimento dos diagnósticos de celíacos. "A taxa de indivíduos com a doença permanece completamente estável", analisa o pediatra e nutrólogo Mauro Fisberg, professor da Universidade Federal de São Paulo e do Hospital Infantil Sabará, na capital paulista. "O que aumentou foi a qualidade dos testes e exames que detectam o problema", explica. Mas nem isso, diga-se, fez as taxas subirem...

7. Vale cortar o glúten do cardápio sem consultar um médico? 

De jeito nenhum. De acordo com os especialistas, alimentos ricos em glúten, dentro de uma dieta equilibrada, trazem inúmeros benefícios para a saúde. "Eles ajudam a controlar a glicemia e os triglicérides, aumentam da absorção de vitaminas e minerais, melhoram a flora intestinal e deixam o sistema imunológico mais forte", lista o endocrinologista Marcello Bronstein, professor de endocrinologia e metabologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Quem gostaria de perder esse pacote de vantagens? O segredo está no equilíbrio das porções. Retirar o glúten só é indicado quando o médico mandar, isto é, no caso de doença celíaca.

8. Alimentos livres de glúten são mais saudáveis? 

Nem sempre - apesar de parecerem, no imaginário das pessoas. Pesquisadores da Universidade de Houston, nos Estados Unidos, mostraram que acrescentar palavrinhas mágicas nos rótulos - "antioxidante", "orgânico" e, claro, diante de tanto bafafá sem base científica, "livre de glúten" - torna o produto mais saudável do que ele realmente é, pelo menos na cabeça do consumidor. "E o fato de um alimento ser livre de glúten não significa que ele seja menos calórico", faz questão de observar Bronstein.

9. O glúten pode estar por trás da obesidade, supeita que andou sendo levantada por aí?

Cortar o glúten da dieta emagrece. Ora, o indivíduo vai deixar de comer as principais fontes de carboidrato de sua dieta, como pão, bolo, doces... Uma ingestão menor de calorias vai resultar em decréscimos na balança. Ou seja, diminuir calorias faz diminuir quilos na balança. E não por retirar o glúten. Você poderia emagrecer do mesmo jeito se retirasse açúcar, gorduras, qualquer outra substância muito presente em... comida que tende a ser mais calórica, claro. "Dietas sem glúten são modismos puros", diz Bronstein. Por outro lado, um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais, realizado no ano passado, dividiu ratinhos em dois grupos: o primeiro recebeu uma dieta rica em glúten, enquanto a segunda turma passou por uma dieta livre da proteína. Ao final da pesquisa, aqueles que não travaram contato com os cereais tiveram uma redução na gordura, inflamação e resistência à insulina. Vale lembrar que a experiência foi pequena e novas investigações serão necessárias para comprovar a tese. E é um dos únicos trabalhos do planeta nessa linha. "A obesidade é uma doença multifatorial. Se ela fosse causada por uma única proteína, como o glúten, resolveríamos o problema facilmente", explica Fisberg. Pena, então, que a missão de emagrecer um mundo cada vez mais rechonchudo parece ser mais complicada.

10. O glúten mudou nas últimas décadas? 

Uma das explicações usadas para banir o glúten da dieta diz que a proteína sofreu algumas modificações maléficas a partir da década de 1960. O pai da teoria é o cardiologista americano William Davis, autor do livro “Barriga de Trigo”, que já vendeu mais de 1,8 milhão de exemplares e figura há algum tempo na lista de mais vendidos do jornal New York Times. De acordo com a versão, os cruzamentos de espécies de trigo realizados pelo agrônomo Norman Borlaug (1914 – 2009) causou drásticas - e prejudiciais - alterações na estrutura do glúten. Essas mudanças estariam aumentando os casos de diabete, pressão alta e obesidade. “Porém, não existe a menor evidência científica sobre isso. Nenhum trabalho demonstrou que essa hipótese seja verdadeira”, critica Fisberg. É outra voz isolada no universo da ciência. Mas uma voz que tem conseguido espaço para se fazer ouvida. É válido, dentro de um contexto, conhecendo todos os estudos a respeito.

Fonte: http://m.mdemulher.abril.com.br/saude/10-perguntas-gluten-10-respostas-serias-ciencia-788594

terça-feira, 1 de julho de 2014

DETOX: como funciona uma detox ?



Atualmente fala-se muito em dieta detox, programas de detoxificação, desintoxicação, suco detox e etç. Afinal, o que é verdade e o que é mito ? Existe um capítulo sobre o tema na principal referência de farmacologia (GONZALES, FJ, et al. Metabolismo de fármacos. In: BRUNTON L, CHABNER, B, KNOLLMAN,  B. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman. 12ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. Cap 06,  p.123-142. ) O "Goodman" é adotado pela maioria das universidades de medicina e farmácia de todo o mundo. Então sejamos científicos.

Primeira pergunta: Detox existe?

Sim, existe, não da forma como é propagada, de maneira sensacionalista. O termo mais correto seria destoxificação.  Na destoxificação podemos eliminar tanto xenobióticos, fármacos quanto substâncias endógenas (exemplo hormônios, neurotransmissores). O termo desintoxicação ficaria mais ligado a desintoxicação metabólica de drogas = Metabolic Detoxication, Drugs: “redução da atividade farmacológica ou da toxicidade de uma droga (ou outra substância estranha) por um sistema vivo, geralmente por ação enzimática”.

Segunda pergunta: As pessoas querem desintoxicar de que ? 

Drogas? Vai pra clínica de reabilitação.
Metais tóxicos?  Hospitais fazem processo de quelação.
Venenos? Toxicologistas são especialistas nisso.

Agora Desintoxicar de "Jacadas" de final de semana, carnaval, feriados, final de ano? Isso seu organismo faz muito bem, sozinho, sem custo nenhum, basta você fornecer os substratos para que as reações ocorram.

Mas me falaram...

Ah te falaram que você tem xenobióticos e que eles podem causar doenças, então você precisa fazer DETOX? Os tais falados xenobióticos são substâncias estranhas ao nosso corpo e nosso corpo sabiamente consegue por mecanismos eficazes metabolizá-los e eliminá-los.

O processo de Destoxificação

O tal processo de DESTOXIFICAÇÃO englobaria 3 estágios: 2 fases de metabolização e 1 fase de eliminação.

Geralmente esses xenobióticos são APOLARES, ou seja, substâncias lipossolúveis (hidrofóbicas) e para que sejam excretadas precisam sofrer adição de algum componente químico para se tornarem POLARES, Hidrossolúveis, portanto facilmente excretadas via BILE (via intestinal), Renal (urina) e com um peso molecular menor.

Resumindo Destoxificação: “Trata-se de um processo que envolve múltiplas reações bioquímicas com a utilização de múltiplos substratos e dependente de cofatores enzimáticos” Ou seja, no meio desses cofatores entram vários nutrientes que nosso corpo necessita, teoricamente aí que entraria a tal dieta detox.

Mas será que precisamos mesmo de uma Dieta para metabolizar tais substâncias. A resposta é SIM. Precisamos de uma dieta EQUILIBRADA (aqui não inclui suplementos, é apenas alimentação), com todos os nutrientes para que o nosso corpo consiga fazer o tal Detox. Mas não só com nutrientes se faz uma detox.

As fases da destoxificação

Fase 1: nela ocorre uma  biotransformação ou bioativação.
Objetivo: introduzir um novo grupo funcional para modificar o grupo existente, além de fazer a exposição do receptor para a conjugação da fase II.
Nessa fase utiliza-se principalmente de um sistema de enzimático chamado Citocromo P450. Ele é composto por várias isoenzimas e que para funcionarem bem, precisam principalmente dos seguintes nutrientes:

  1. Ferro (principal fonte  são as carnes)
  2. Colina (principal fonte é o ovo), 
  3. B2 (principal fonte é fígado bovino, além de aveia (vixi tem glúten) e amêndoa), 
  4. B3 (principais fontes são as carnes e amendoim)

Tem um adendo importante com relação ao Citocromo P450. Muitas das substâncias fitoquímicas utilizadas nos chás “detox” podem alterar o funcionamento das isoenzimas (CYPs) e com isso alterar de forma negativa o processo natural de detoxificação.  É muito comum utilizarem o chá verde na detox. Seria interessante isso? Usado milenarmente somente agora os pesquisadores estão mostrando que esse chá pode ter seus riscos. Pode por exemplo levar a insuficiência hepática aguda. Pode também por conter cafeína causar agitação, insônia. Quem metaboliza a cafeina é uma isoenzima do citocromo P450 chamada CYP1A2. Algumas pessoas possuem uma baixa de detoxificação pela CYP1A2 e com isso apresentam um aumento nos sintomas de insônia e agitação após o consumo de cafeína.

Após a fase 1 forma-se metabólitos intermediários que levam a produção de radicais livres, dano aos tecidos e precisam ser neutralizados. Mais uma vez: Dieta balanceada dá conta do recado.

Nutrientes envolvidos:
  1. Betacaroteno (Fontes: cenoura, abóbora)
  2. Vitamina C (Fontes: acerola, laranja, todas as frutas cítricas)
  3. Vitamina E (Fontes: óleo de gérmen de trigo (vixi, tem glúten), oleaginosas)
  4. Selênio (Fonte: Castanha do Pará)
  5. Zinco (Fontes: carne, ostras, oleaginosas)
  6. Manganês (Fontes: gérmen de trigo (vixi, mais glúten), oleaginosas, aveia (mais glúten).
  7. Enxofre (Fontes: alho, cebola, couve, repolho).
  8. Ácido fólico: (Fontes: fígado, lentilha, quiabo, feijão, espinafre)
  9. Vitamina B12 (Fontes: alimentos de origem animal)
Mas a detox geralmente não é sem proteína animal? E nos vegetais esses nutrientes estão em quantidade menor ? Sim, mas mesmo assim tem gente que insiste em acreditar que pílulas desses nutrientes, dieta líquida e ausência de proteína animal será mais eficiente que uma alimentação balanceada.

Fase 2: Fase na qual ocorre conjugações.
Objetivo: transformar as toxinas ativadas (metabólitos intermediários) na fase I em moléculas hidrossolúveis – BIOINATIVAÇÃO.

As principais reações que ocorrem são:
  1. Sulfatação: conjugação com sulfato inorgânico
  2. Acetilação: conjugação com acetil-CoA
  3. Acilação: conjugação com glicina, taurina, ou glutamina
  4. Glicuronidação: conjugação com ácido glicurônico
  5. Metilação: conjugação com grupo metil - SAME
  6. Conjugação com glutationa
Essas reações são dependente de enzimas que por sua vez são dependentes de nutrientes. Quem mais auxilia na conjugação é a Glutationa, uma substância formada pela junção de 3 aminoácidos: ácido glutâmico,glicina, cisteína. Fontes principais dos 3? Proteínas.  A pergunta que fica, então porque uma dieta mais líquida?

Nutrientes da fase 2: estarão relacionado a cada uma das reações.
  1. Vitamina C (Fontes: acerola, laranja, todas as frutas cítricas)
  2. Selênio (Fonte: Castanha do Pará)
  3. Zinco (Fontes: carne, ostras, oleaginosas)
  4. Molibdênio: (Fonte: lentilha, feijão, amêndoa, amendoim)
  5. Enxofre (Fontes: alho, cebola, couve, repolho).
  6. Ácido fólico: (Fontes: fígado, lentilha, quiabo, feijão, espinafre)
  7. Vitamina B12 (Fontes: alimentos de origem animal)
  8. Magnésio (Fontes: oleaginosas, caju, acelga, espinafre)
  9. Colina (principal fonte é o ovo), 
  10. B5 (Fontes: fígado de frango, oleginosas, cogumelos, cottage, ovo, abacate).
  11. Taurina: (Fontes: carnes e peixes, também podendo ser sintetizada através da cisteína combinada com B6, Zinco e manganês).
Mas não é somente Nutrientes que podem auxiliar na fase 2. Quem tem papel fundamental na melhora do processo de destoxificação? TREINAMENTO. 

Quer fazer detox e não quer malhar? FURADA, BURRADA. Ao invés de na segunda entrar na detox, opte por ir malhar (tem mais evidências científicas do que dietas líquidas, desequilibradas, laxativas). A prática regular de atividade física melhora os níveis de Glutationa e outras enzimas antioxidantes. O processo de adaptação à atividade física leva a um aumento dos níveis da Glutationa S-Transferase (essencial pro processo de destoxificação). alguns hormônios que sobem com o treinamento (como cortisol e testosterona) melhoram os níveis de Sulfotransferases, essenciais pra fase 2.Além disso, a prática regular de atividade física associado a dieta equilibrada (rica em cisteína e zinco (carne novamente?)) favorece a formação de Metalotioneínas que são substâncias que poupam a sua glutationa e auxiliam na fase 2. Fontes científicas existem várias:
  1.  LEEUWENBURGH,C.et al. Adaptations of glutathione antioxidant system to endurance training are tissue na muscle fiber especific. Am J Physiol.
  2. 272:363-369-1997
  3. LAUGHLIN,M.H. et al.Skeletal muscle oxidative capacity, antioxidant enzymes, and exercices. J Appl Physio, 68(6):2337-2343,1990
  4. MAITI,S.et al. Stress regulation of sulfotransferases in male rat liver. Biochem Biophys Res Commun, 323(1): 235-242,2004
  5. CARLI,G. ET AL. Changes in the exercise-induced hormone response to branched chain amino acid administration. Eur J Appl Phys,64:272-277,1992.
  6. PENKOWA,M. et al.Exercise –induced metallothionein expression in human skeletal muscle fibres. Exp Physiol, 90(4):477-486,2005.
  7. HAIDARA, K. ; MOFFATT. P; DENIZEAU,F. Metallothionein induction induction attenuates the of glutathione depletors in rat hepatocytes. Toxicol Sci, 49(2):297-305,1999.
Fase de excreção

Na fase de eliminação (excreção) o peso molecular determinará por onde o metabólito sairá, se:
  1. Peso molecular >500 daltons sairá pela Bile (depois fezes)
  2. Peso molecular <500 daltons="" li="" pela="" sair="" urina="">
Mas e quem interfere no nosso processo natural de destoxificação? 
  1. Jejum 
  2. Dieta de baixa caloria (Dieta detox é de baixíssima caloria)
  3. Dieta pobre em proteínas (Dieta detox geralmente restringe proteína animal)
  4. Deficiência de aminoácidos, vitaminas e minerais (Dieta detox é deficiente principalmente em vitamina B12 e se for sem carne terá uma quantidade bem menor de determinados aminoácidos cruciais para o processo)
Justamente o que mais se vê nas dietas detox. Então elas estariam auxiliando ou atrapalhando o processo natural de destoxificação ?

Que o processo de destoxificação existe: OK, há evidências científicas sólidas.
Que esse processo é dependente de nutrientes: Ok, tanto na fase 1 quanto na fase 2 eles entram como co-fatores de todo o processo.
Que esses nutrientes podem ser adquiridos apenas com alimentação: Ok, visto as fontes de maior biodisponibilidade

Mas e os estudos que mostram que alguns compostos podem agir na fase 1 e na fase 2? Como o quadro abaixo lista, a maioria dos estudos de referência foram realizados em ratos. Será que podemos extrapolar para humanos? Menos mal que esses fitoquímicos estão em diversos vegetais e frutas.


Problemática da dieta detox

1. Dietas líquidas ou pastosas: na grande maioria das vezes nutricionalmente desequilibradas.
2. Retirada de proteínas animais: o que leva a déficit de proteínas. Faz detox e perde massa magra.
3. Efeito laxativo pela alta ingestão de refeições líquidas/pastosas (daí muita gente acreditar que sente-se mais leve. É ÓBVIO que sente-se mais leve. Tenha uma diarréia pra ver se não se sente mais leve! Facilite a sua digestão utilizando alimentos semi-digeridos, obviamente terá a sensação de leveza.
4. Perda de peso: Muito diferente de emagrecer. Perde-se líquido via retal (amolecimento das fezes e muitas vezes diarréia = efeito laxativo) e massa magra. Somado a isso há o aumento da diurese pela alta ingestão hídrica e de chás com ação diurética.
5. Sensação de tranqüilidade, ilusória: Jacou o final de semana inteiro, tem que arrumar uma forma de se martirizar e aliviar a culpa (criando uma relação doentia com a comida). Solução? Dieta detox por 1 semana. É igual pecador que recorre ao padre pra confessar, reza e pronto, estamos quite.
6. Fraqueza/astenia: Geralmente devido à  privação de nutrientes, tais pacientes ficam fracos e não conseguem treinar nos dias em que estão no detox. Se vão treinar, podem sentir mal-estar, hipoglicemia, vertigem, náuseas.

Portanto, confie no seu corpo, ele sabe naturalmente Destoxificar. Você só precisa:
  1. BEBER ÁGUA, 
  2. COMER ADEQUADAMENTE (com o aporte de todos os nutrientes)
  3. TREINAR REGULARMENTE, 
  4. DORMIR 
  5. EVITAR SE INTOXICAR: álcool em excesso, cigarro, drogas, auto-medicação, uso de suplementos sem supervisão, ingestão de alimentos com agrotóxicos. 
Bibliografia:
  1. GONZALES, FJ, et al. Metabolismo de fármacos. In: BRUNTON L, CHABNER, B, KNOLLMAN,  B. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman. 12ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. Cap 06,  p.123-142.
  2. LEVIN, B. Environmental Nutrition, 1999.
  3. COZZOLINO, S. Biodisponibilidade de nutrients. 4ª Ed. Barueri – SP. Manole. 2012
  4. LISKA, J.A. The detoxification Enzyme Systems . Altern Med Rev ; vol 3, p. 187-198, 1998.
  5. WILLIAMS, D.A. LEMKE, T.L. Foye’s Principles of Medicinal Chemistry, 2003
  6. FABER, M.S.; JETTER, A.; FUHR, U. Assessment of CYP1A2 activity in clinical practice: why, how, and when? Basic Clin Pharmacol Toxicol; 97(3):125-34, 2005
  7. LEEUWENBURGH,C.et al. Adaptations of glutathione antioxidant system to endurance training are tissue na muscle fiber especific. Am J Physiol. 272:363-369-1999.
  8. LAUGHLIN,M.H. et al.Skeletal muscle oxidative capacity, antioxidant enzymes, and exercices. J Appl Physio, 68(6):2337-2343,1990.
  9. MAITI,S.et al. Stress regulation of sulfotransferases in male rat liver. Biochem Biophys Res Commun, 323(1): 235-242,2004.
  10. CARLI,G. ET AL. Changes in the exercise-induced hormone response to branched chain amino acid administration. Eur J Appl Phys,64:272-277,1992.
  11. PENKOWA,M. et al.Exercise –induced metallothionein expression in human skeletal muscle fibres. Exp Physiol, 90(4):477-486,2005. 
  12. HAIDARA, K. ; MOFFATT. P; DENIZEAU,F. Metallothionein induction induction attenuates the of glutathione depletors in rat hepatocytes. Toxicol Sci, 49(2):297-305,1999.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Análise de composição corporal por Bioimpedancia Goiania (BIA).

A Bioimpedância ou Impedância Bioelétrica (BIA) é um método de análise da Composição Corporal (CC). Aqui na clínica Medicare, quem faz o exame é o Nutricionista Rodrigo Lamonier, que além de nutricionista é graduado em Educação Física e tem expertise em composição corporal. Para agendamento via whatsApp (62) 98507-2066.

Apesar de não ser considerado padrão-ouro para análise da CC foi considerado pelo Consenso Latino Americano de Obesidade como um método apurado para avaliação da CC. Com os dados dessa avaliação, é possível fazer o correto diagnóstico de peso corporal, avaliando se a pessoa:
1) está inchada (edemaciada ou retendo líquido) ou se é excesso de peso realmente;
2) está com muita massa gorda ou se parte daquele peso é devido a uma grande % de massa magra ou óssea;
3) emagreceu porque eliminou gordura ou emagreceu porquê eliminou músculo (muito comum em dietas hiperprotéicas e com baixo teor de carboidratos).

Com base nesse exame, o cardápio é melhor elaborado e as metas são melhores atingidas.

Além disso o acompanhamento fica mais completo, já que o médico consegue acompanhar se a massa magra ou massa gorda aumentou/diminuiu.

Entretanto para que a análise seja feita correta, faz-se necessário seguir alguns protocolos (recomendações estipuladas pelos maiores especialistas na área).

Quais as vantagens da BIA ?

A BIA é um método não invasivo, rápido, com boa sensibilidade, indolor, usado para avaliar a CC, baseado na passagem de uma corrente elétrica (totalmente indolor) de baixa amplitude (500 a 800 mA) e de alta freqüência (50 kHz), e que permite mensurar os componentes resistência (R), reatância (Xc), impedância (Z) e ângulo de fase. Termos difíceis para um leigo, mas resumindo, de posse destes parâmetros o aparelho consegue calcular:

  1. A Real % Gordura Corporal e  o Peso Gordura
  2. A % de massa magra e Peso da massa magra corporal
  3. O peso total
  4. A % Água Corporal
  5. Taxa Metabólica Basal (TMB) – quanto você gasta em calorias por dia para manter-se vivo e em repouso.
  6. O Índice de Massa Corporal (IMC)

Como se faz a BIA ?
Existe um protocolo sugerido por pesquisadores o qual a marca InBody preconiza como fundamental para uma análise correta da CC.

  1. Suspender o uso de medicamentos diuréticos de 24 horas a 7 dias antes do teste
  2. Estar em jejum de pelo menos 4 horas
  3. Estar em abstinência alcoólica por 48 horas
  4. Evitar o consumo de cafeína ou qualquer termogênico (chá-verde, chá-mate, coca-cola, guaraná em pó, chocolate) 24 horas antes do teste
  5. Estar fora do período pré menstrual e menstrual
  6. Não ter praticado atividade física nas últimas 24 horas
  7. Ter bebido pelo menos 2 litros de água nas últimas 24 horas
  8. Urinar pelo menos 30 minutos antes da medida
  9. Permanecer pelo menos 5 -10 minutos de repouso absoluto em posição de decúbito dorsal antes de efetuar a medida
Durante o exame, como já dito acima, uma corrente elétrica passa pelo corpo através de dois pares de eletrodos (adesivos) colocados na mão e no pé direito. O exame é totalmente indolor. Quanto maior é o percentual de gordura, maior é a dificuldade para a corrente elétrica atravessar o corpo.

Existe alguma contra-indicação para realizar a BIA ?

Contra-Indicação absoluta para a realização do teste: portadores de marcapasso e gestantes.

Por que utilizar a BIA no emagrecimento ou quando se quer ganhar massa magra ?

A grande vantagem da BIA é nos processos de emagrecimento. Hoje ja se sabe que perda de peso não é sinônimo de emagrecimento, muitas vezes o paciente perde massa gorda (gordura), ganha massa magra e o peso não altera na balança (as vezes até aumenta). Com a análise pela BIA as chances de uma interpretação errônea é menor. Um outro exemplo é quando o paciente apresenta alto IMC, não se acha tão gordo e aí a BIA evidencia que há uma grande % de massa magra, sendo assim a quantidade de gordura a ser perdida não é a que era estimada de acordo com o IMC.

Considerações importantes sobre a BIA

Além de seguir o correto protocolo, faz-se necessário que o aparelho seja de boa qualidade e esteja calibrado. No Brasil a Ottoboni é representante da maior marca de BIA do mundo, a InBody. Portanto os aparelhos InBody possuem validação científica, sendo chancelados pelas maiores Instituições do Brasil, como a Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e GANEP.

Qualquer aparelho de BIA é fidedigno para análise da CC ?

Não. Quanto maior a tecnologia (número de polos, segmentos e frequências) melhor a acurácia do teste. Nosso aparelho é da marca InBody, tetrapolar, multisegmentar, multifrequencial. O exame dura cerca de 10 minutos e o resultado é impresso na hora.





Como o laudo é impresso?



Onde?
Na clínica Medicare, situada na rua 115H, nº 31, Setor Sul. Fones: (62) 98507-2066.



ORIENTAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DO EXAME DE BIOIMPEDÂNCIA

1. Traje a ser utilizado durante a avaliação física deve incluir:
• Homens: Sunga ou short leve (acima do joelho);
• Mulheres: Top ou parte de cima do biquini e short de academia.
2. Suspender o uso de medicamentos diuréticos de 24 horas antes do teste.
3. Estar em jejum de pelo menos 4 horas.
4. Estar em abstinência alcoólica por 48 horas.
5. Evitar o consumo de cafeína ou qualquer termogênico (chá-verde, chá-mate, coca-cola, guaraná em pó, chocolate) 24 horas antes do teste.
6. Estar fora do período pré-menstrual e menstrual (5 dias após).
7. Não ter praticado atividade física nas últimas 24 horas.
8. Ter ingerido pelo menos 2 litros de água nas últimas 24 horas.
9. Urinar pelo menos 30 minutos antes da medida.
10. Permanecer pelo menos 5 minutos de repouso absoluto em posição deitada antes de efetuar a medida
11. Retirar objetos de metálicos (brincos, anéis, colares, pulseiras, piercings, moedas...)
12. A utilização de cremes e loções corporais