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segunda-feira, 31 de julho de 2023

Salada 7: Salada cítrica de grão de bico


O inverno chegou em algumas partes do Brasil e com isso vem sempre a mesma reclamação dos pacientes: “tá difícil comer salada com esse frio”

Mas porque os pacientes reclamam? A explicação está na temperatura das folhagens, nos ingredientes utilizados e até mesmo na textura dos ingredientes utilizados. Então vamos utilizar alguns ingredientes para “aquecerem” a nossa língua e com isso “suportarmos” as folhagens cruas.  

Salada de grão de bico cítrica

Ingredientes
  • 250g de grão de bico
    250g de peito de frango (se você é vegetariano ou não gosta de frango, pode retirar o frango e fazer só com o grão de bico)
  • 500 ml de água com sal
  • 1 cebola roxa cortada em tiras finas
  • 20 tomates cereja cortado em 4
  • 1 cenoura ralada
  • 1/4 de repolho cortado bem fino. Pode ser acelga também. 
  • 3 colheres de sopa de castanha de caju triturada 
  • Coentro ou salsinha com cebolinha verde (a gosto a quantidade)
  • 1 colher de café de pimenta do reino a gosto
  • 2 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem
  • 200ml de coalhada natural 
  • Suco de 2 limões tahiti
  • 2 colheres de sopa de maionese light
  • 1 colher de sopa de psyllium em pó
Modo de Preparo

Deixe o grão de bico de molho por 12 horas, com algumas gotas de limão. 
Prepare em um recipiente um marinado de peite de frango (tiras), cebola roxa, pimenta do reino e 1 sumo de limão tahiti (10 a 12 horas na geladeira)
No outro dia, escorra a água do grão de bico e coloque na panela para cozinhar por 15 minutos. Depois escorra e reserve. 
Em uma frigideira ou panela wok, coloque 1 colher de sopa de azeite e jogue o frango com o marinado. Quando estiver quase dourando, acrescente o grão de bico e o repolho cortado. Mexa bastante para o grão de bico puxar o tempero do marinado. Acerte o sal só no final. 

O molho é cremoso mas geralmente fica um pouco ralo (se quiser que fique mais encorpado, aí precisa botar psyllium e mais maionese light). Consiste em bater no liquidificador os 200ml de coalhada, colocar 2 colheres de sopa de maionese, sumo de 1 limão, um pouco de pimenta do reino, bastante coentro ou salsinha com cebolinha (eu gosto muito, então coloco bastante). Bater bastante até formar uma mistura homogênea. Ir acrescentando a colher psylllium à medida que bate.

Acrescente o molho à mistura do grão de bico com frango. Mexa bem para o molho impregnar a mistura. Depois salpique  as castanhas de caju. 

Há quem prefira acrescentar alface ou rúcula. Como está no frio e a salada ja fica um pouco fria, particularmente não gosto. 

Outro ingredientes que também dão um toque especial e podem ser acrescentados no final: 
2 damascos secos cortados em tirar finas
Alho frito crocante (vende em lojas de produtos naturais)
Ao invés do limão tahiti, pode se trocar pelo limão china (amarelo) ou siciliano ou laranja. Todos eles darão o toque cítrico ao molho.

É uma salada bastante nutritiva, rica em proteína, fibra, fitoquímicos, com muito sabor. Durante até 1 dia na geladeira. 

Espero que gostem.

Quem fizer poste nas redes sociais e me marque (@drfredericolobo). 

Autor: Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM-GO 13192 - RQE 11915 / CRM-SC 32949 - RQE 22416
Revisores: 
Márcio José de Souza - Profissional de Educação física e Graduando em Nutrição.
Dra. Lia Bataglini - Médica residente de Nutrologia (HCFMUSP)

Esse post faz parte de uma série que estou montando com alguns amigos. Os posts anteriores são:

quinta-feira, 27 de julho de 2023

Salada 6 - Salada vegana de lentilha crocante



O inverno chegou em algumas partes do Brasil e com isso vem sempre a mesma reclamação dos pacientes: “tá difícil comer salada com esse frio”

Mas porque os pacientes reclamam? A explicação está na temperatura das folhagens, nos ingredientes utilizados e até mesmo na textura dos ingredientes utilizados. Então vamos utilizar alguns ingredientes para “aquecerem” a nossa língua e com isso “suportarmos” as folhagens cruas.  

Salada de lentilha crocante

Ingredientes
  • 200g de lentilha vermelha ou verde
  • 500 ml de água com sal
  • 1 cebola branca cortada em cubos bem pequenos
  • 1 tomate grande cortado em cubos bem pequenos (tipo vinagrete)
  • 1 pêra ou maçã, cortadas em cubos bem pequenos (para dar crocância)
  • 3 colheres de sopa de amêndoas laminadas ou 3 castanhas do pará trituradas (para dar crocância)
  • Coentro ou salsinha com cebolinha verde (a gosto a quantidade)
  • 1/2 colher de café de pimenta do reino a gosto
  • 1 colher de café de tempero sírio (vende em empórios árabes)
  • 2 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem
  • Suco de 1/2 limão tahiti
Modo de Preparo

Cozinhe a lentilha por aproximadamente 15 minutos em 500ml de água com sal. Depois escorra em peneira e reserve.
Em um recipiente adicione todos os demais ingredientes e misture bem.
Em seguida, acrescente a lentilha e misture. 
Adicione o suco do limão e sal a gosto. Sirva frio. 

Espero que gostem.

Quem fizer poste nas redes sociais e me marque (@drfredericolobo). 

Autor: Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM-GO 13192 - RQE 11915 / CRM-SC 32949 - RQE 22416
Revisores: 
Márcio José de Souza - Profissional de Educação física e Graduando em Nutrição.
Dra. Lia Bataglini - Médica residente de Nutrologia (HCFMUSP)

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quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

#BoraComerSalada - Como aprender a gostar de saladas?


Meu nutricionista odeia salada! Quando pedimos nosso almoço, ele sempre me dá a dele. Já eu, sempre fui um coelho. Talvez por estímulo do meu pai, que sempre foi natureba. Então o gosto amargo nunca foi problema pra mim, como é para muitos.

Desde pequeno, fui familiarizado com a rúcula, o espinafre, o agrião... e era sempre no café da manhã. Não me esqueço que, durante a minha primeira infância, meu café da manhã era beterraba batida com agrião, laranja, maçã e própolis. Não era fã de leite, então era o que nossa babá nos dava. Resultado: hoje continuo sendo um coelho. Como salada porque gosto, não só porque precisamos.

Pensando nisso, resolvi lançar aqui um e-book de saladas (50 ao todo), ao longo de 2022. Toda semana uma salada e se der tempo, eu, Rodrigo Lamonier e o Márcio de Souza falaremos um pouco sobre os nutrientes. Toda essa empreitada, com auxílio do meu amigo Yuri Rocha (@eatnicely). Final do ano compilarei todas e lançarei o e-book gratuito para vocês. Espero que gostem e permitam-se conhecer novos sabores. 

A ideia surgiu por alguns motivos:

1) Parte meu coração quando ouço um paciente falando que come salada e a salada é só alface e tomate. 

2) A ingestão de fibra é muito baixa na população mundial, em especial no Brasil. Fibra é um dos nutrientes mais negligenciados. Fibras são transformadoras. Fibras são sinônimos de maior longevidade. 

3) As pessoas não conseguem combinar alimentos e por isso, para ficar palatável recorrem aos molhos, quase sempre hipercalóricos e isso é um tiro no pé. O molhinho inocente tem a capacidade de aumentar muito o valor calórico da salada. Lembre-se: 1g de gordura = 9kcal. 1 g de proteína ou carboidrato = 4kcal. 

4) O paciente precisa se permitir conhecer novos sabores, com atenção plena aprender a explorar a parte sensorial. Salada tem visual, aroma, textura, temperatura e pode transformar uma refeição. 

5) Inúmeros trabalhos tem mostrado que começar a refeição pela salada mudará totalmente a elevação da glicemia. Quando se inicia um almoço pela salada, reduz-se o pico de glicemia e de insulina. Isso é excelente para pacientes portadores de diabetes, esteatose hepática, obesidade. Promove maior saciedade. 

Sejamos francos, a grande maioria das pessoas não gostam de comer salada. Razão? Inúmeras. 

1)Criação: se os pais não consomem e não estimulam os filhos, o hábito nada salutar passará de geração para geração. Pais precisam dar exemplo. 

2)Preguiça: de comprar, higienizar e picar os ingredientes. Na correria do cotidiano isso pode acontecer. Realidade, males da vida moderna. 

3)Paladar:  se não acostumou a comer, a tendência é rejeitar. A boa notícia é que paladar é treinável. 

4)Custo dos vegetais: em uma cenário de insegurança alimentar, consumir salada pode se tornar um luxo. Trabalho em um ambulatório de Nutrologia no SUS e essa é a minha realidade ao atender esses pacientes. Mas se a pessoa entende a importância do consumo de fibras, vegetais, a pessoa arruma um jeito. Vai à xepa, compra hortaliças mais baratas, reduz na carne, troca a carne por ovos.

5)Temperatura: algumas pessoas simplesmente odeiam consumir alimentos que não são quentes, principalmente em lugares mais frios. Mas até pra isso tem jeito.

6)Monotonia alimentar: há indivíduos que não sabem preparar nada além do trivial e aí essa monotonia alimentar enjoa. Comer salada de alface com tomate cansa. Brinco com meus pacientes que alface + tomate é alface com tomate e não salada. Então toda vez que você olhar pra sua geladeira e tiver só alface com tomate, lembre-se que isso não é salada. Mistura alguma coisa pra virar salada rs.

7)Sintomas desencadeados: alguns pacientes apresentam sintomas quando consomem saladas, alimentos ricos em fibras. Principalmente os que possuem quadro diarreico crônico ou intolerância a FODMAPS, Intestino irritável, doenças inflamatórias intestinais. Aí o nutricionista tem o dever de tentar contornar essa situação. 

Não ensinaremos apenas receitas de saladas. Falaremos sobre:
  • Os 2 tipos de saladas:
    1) Saladas verdes, feitas principalmente de folhas frescas, que são as mais simples.
    2) Saladas de acompanhamento. Podem ser quentes ou frias, normalmente elaboradas com legumes, frutas, hortaliças, oleaginosas, grãos, leguminosas, proteínas ou massas.
  • O horário em que se consumirá a salada: almoço, lanche, jantar?
  • A temperatura da salada: quente, fria, morna.
  • Os ingredientes que irão compor a salada. A lista é vasta, o segredo está na combinação. Listamos 190 ingredientes.
  • Os gostos e sabores: Muitos não sabem mas o gosto é dividido em amargo, ácido, salgado, doce e umami, e surge na boca através de uma reação química entre o alimento e as papilas gustativas presentes na língua. Já o sabor é a soma do aroma, dos gostos e das muitas sensações táteis, cinéticas, viscosas, térmicas etc. O sabor começa quando sentimos o cheiro da comida no prato se aproximando e termina com o residual deixado na boca. A salada deve ser rica em sabores, para ativar áreas cerebrais relacionadas ao prazer. Ou seja, quanto maior o estímulo, melhor. 
  • As texturas presentes nos ingredientes e como contrastá-las. Exemplos:
    A) Ingredientes firmes, como castanhas, misturadas com outros mais macios, como legumes cozidos e frutas.
    B) Ingredientes cozidos, como pennes, lentilha e couscous marroquino com legumes e frutas crus picados em pedaços menores.
    C) Ingredientes comuns a saladas, como folhas, com molhos mais pesados - de queijos, por exemplo - e embutidos.
    Combinações que curam as dores das saladas sem graça e delineiam um perfil alimentar mais rico e elaborado.
  • Os molhos: são preparos essenciais na finalização das saladas. Podem trazer em sua composição gostos mais ácidos, amargos, doces, salgados e com umami, e ainda sensações de cremosidade, adstringência, picância, temperaturas mais quentes ou mais frios e aspectos gordurosos.
  • Temperos: podemos variar o sabor com ervas frescas, especiarias e condimentos.
Bora comer salada? 

Autor: Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM 13192 - RQE 11915 @drfredericolobo
Revisores e co-autores:
Márcio José de Souza - Profissional da Educação física - 021489-G/SC - Graduando em Nutrição @profmarciosouza
Rodrigo Lamonier - Nutricionista - CRN 14395 - Profissional da Educação física @rodrigolamoniernutri
Yuri Rocha - Empresário frente aos Temperos do Yuri e digital influencer frente ao @eatnicely