Existem alguns compostos químicos, utilizados na fabricação de diversos produtos, que podem ser extremamente prejudiciais à saúde por funcionarem como desreguladores endócrinos. Ou seja, imitam a ação de alguns hormônios naturais do organismo, podendo provocar uma série de complicações. Um deles é o bisfenol A (BPA), substância presente em alguns plásticos, principalmente nos transparentes e mais rígidos, como mamadeiras e recipientes de alimentos. Esse composto, após ter sido relacionado por diversas pesquisas com incidência de cânceres, puberdade precoce, Síndrome de Down, obesidade e hiperatividade em crianças, foi proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de estar presente na fabricação das mamadeiras.
Além do BPA, há outra substância que funciona da mesma maneira no corpo e também pode ser encontrada em produtos de plástico, mas, ao contrário do bisfenol A, é utilizada para deixar os objetos mais maleáveis. Trata-se dos ftalatos.
É autorizada no Brasil a utilização dos ftalatos na fabricação de embalagens de plástico, inclusive naquelas que costumam entrar em contato com "alimentos, matérias-primas para alimentos, águas minerais e de mesa, assim como as embalagens e equipamentos de uso doméstico, elaborados ou revestidos com material plástico", segundo a Resolução nº 105 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 19 de maio de 1999.
Os ftalatos correspondem a um grupo de compostos químicos presente em materiais como revestimento de pisos e paredes, equipamentos médicos e produtos de cuidado pessoal. Um novo estudo, feito no Centro Médico Monte Sinai, em Nova York, encontrou uma associação entre a exposição a essa substância e o aumento da obesidade infantil. A pesquisa foi divulgada neste mês no periódico Environmental Research.
Os autores do estudo mediram a concentração de ftalato na urina de 387 crianças negras e hispânicas. Os testes de urina revelaram que 97% dos participantes haviam sido expostos a algum tipo do composto, normalmente encontrado em produtos de cuidados pessoais como perfume, loções e outros cosméticos; e também em vernizes.
Um ano após medirem a concentração do composto na urina das crianças, os pesquisadores calcularam o índice de massa corporal (IMC), a altura e a medida da circunferência da cintura de cada uma delas. Eles observaram que, entre as crianças com sobrepeso, o IMC era 10% maior naquelas que tinham a maior concentração da substância em relação às que tinham menores níveis de ftalato.
"Essa pesquisa mostra que a exposição a esses produtos químicos todos os dias pode prejudicar o desenvolvimento infantil e, pela primeira vez, demonstra que esses compostos podem contribuir para a obesidade infantil", afirma Susan Teitelbaum, uma das autoras do estudo e professora associada do Departamento de Medicina Preventiva da Escola de Medicina de Mount Sinai. "Este estudo também enfatiza a importância de reduzir a exposição a esses produtos químicos sempre que possível. Porém, mais pesquisas são necessárias para determinar definitivamente se a exposição ao ftalato causa aumento no tamanho do corpo", afirma.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/composto-presente-em-plasticos-pode-contribuir-para-a-obesidade-infantil
Obs: leia também o Post sobre Causas não-clássicas de obesidade
sábado, 28 de janeiro de 2012
Composto presente em plásticos pode contribuir para a obesidade infantil
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Dr. Frederico Lobo
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23:29
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10 motivos médicos por trás da fadiga
Ela parece uma companheira chata que insiste em não se ausentar. Durante o dia, à noite, no trabalho e até mesmo logo após acordar, marca presença e teima em sugar as nossas energias. Estamos falando da fadiga, aquele cansaço interminável e persistente que dá a sensação de que qualquer atividade cotidiana exige um esforço sobre- humano para ser realizada.
O problema pode ser, sem dúvida, um reflexo da vida moderna. Afinal, passar horas no trânsito todos os dias, trabalhar demais e viver naquele estresse constante acaba levando ao esgotamento do corpo e da mente. Porém, existem outros casos em que a fadiga pode ser consequência de uma noite maldormida ou, mais grave ainda, sintoma de uma doença. "Muitas vezes, os pacientes se queixam de falta de energia. Mas trata-se de uma expressão muito vaga, capaz de indicar desde sonolência até depressão", analisa o neurologista Israel Roitman, especialista em medicina do sono do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista.
O fato é que a canseira exacerbada tem origem de fato no cérebro. Ele envia a todo momento impulsos elétricos para o corpo, e esses impulsos, ao chegarem aos músculos, sofrem reações químicas, resultando em energia mecânica — ou seja, nos movimentos. "A fadiga é fruto de um desequilíbrio, ou seja, quando não há harmonia entre esses estímulos", afirma Cláudio Pavanelli, fisiologista do Flamengo, no Rio de Janeiro.
É claro que ninguém está fadado a viver lutando para manter o pique em alta. Algumas mudanças no estilo de vida já ajudam a repor o gás total. Além disso, entender as causas do esgotamento é primordial para domá-lo, principalmente nos casos em que ele vem de enfermidades. Por isso, nada de desanimar: o importante é se mexer e recarregar as baterias.
A síndrome da fadiga crônica Quando o cansaço persiste por meses a fio e não tem causa definida, ele pode ganhar essa alcunha. Apesar de não ter sido completamente desvendada, os pesquisadores acreditam que a síndrome da fadiga crônica decorre de infecções e doenças autoimunes. Para contorná-la, exercícios físicos e hábitos alimentares saudáveis são essenciais.
Por que a pilha fica fraca?
1. Pré-diabetes e Diabetes
Como a principal marca da doença é a dificuldade de o açúcar entrar nas células, seja pela falta de produção de insulina, seja pela incapacidade desse hormônio de trabalhar, a glicose no sangue se eleva. "e a glicemia alta faz o indivíduo urinar mais, emagrecer e perder massa magra. Por isso, é comum diabéticos terem cansaço muscular", afirma Maria Ângela Zaccarelli, euroendocrinologista do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Além disso pacientes diabéticos frequentemente apresentam deficiência de magnésio, zinco e vitaminas do complexo B, o que por sí só ja determina a fadiga.
2. Anemia
A escassez de ferro não tem como sinal único a pele pálida. a fadiga é uma de suas características predominantes. "a anemia pode causar cansaço, sono, desânimo, queda de cabelos e até mesmo falta de ar", afirma a nutricionista Roseli Ueno, da Universidade de São Paulo. Nas mulheres, é um fenômeno mais recorrente durante a menstruação, quando a perda de sangue aumenta o déficit de ferro no organismo.
3. Apnéia
O popular ronco destrói a qualidade do sono do indivíduo. ele é duas vezes mais frequente nos homens do que nas mulheres e, por se distinguir pela interrupção da passagem do ar pela garganta, provoca o ruído e despertares breves durante a noite. essa insconstância durante o repouso noturno pode ter como consequência uma leseira sem hora para acabar no dia seguinte.
4. Depressão
Vigor abaixo de zero é um traço de quem padece desse problema. apesar de ser uma doença de origem psíquica, a depressão mina a disposição física. "Nela, ocorre um processo inflamatório dentro dos neurônios que atrapalha seu funcionamento. e isso acaba gerando o cansaço", afirma o psiquiatra teng Chei tung, do instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
5. Fibromialgia
Essa síndrome aflora a sensibilidade para a dor. estima-se que apenas um homem a cada oito mulheres apresenta a doença, que tem raiz genética, podendo passar de mãe para filha. as dores constantes levam à debilitação. "a pessoa pode ter o sono perturbado e levantar fatigada, sem falar que a própria dor já gera indisposição", explica o reumatologista Roberto Heymann, da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
6. Doença cardíaca
Piripaques no peito também estão na lista dos motivos por trás de uma letargia. arritmia e entupimento de artérias são alguns dos precursores da canseira exacerbada. "o coração problemático não bombeia direito o sangue para todos os órgãos. Com isso, eles tendem a entrar em falência", avisa Ricardo Pavanello, supervisor de cardiologia do Hospital do Coração de São Paulo. Sinal do perigo: uma baita fadiga
7. Distúrbios da tireóide
os hormônios tireoidianos são vitais para manter o metabolismo aceso. Uma característica comum entre o hipertireoidismo, quando a tireoide trabalha demais, e o hipotireoidismo, situação em que a glândula fica lenta, é a apatia total. "o coração bate muito rápido e o indivíduo se queixa de cansaço extremo", afirma Maria Ângela Zaccarelli.
8. Infecções
Além da febre, outro sinal que deve ser notado nesses casos é a diminuição, por assim dizer, da vitalidade. Seja naquela gripe passageira, seja em um quadro mais severo, como a hepatite, a pessoa fica enfraquecida, em maior ou menor grau. "é que o organismo concentra suas forças na luta contra o agente infeccioso", justifica o infectologista Plínio trabasso, da Universidade estadual de Campinas, no interior paulista. daí o esgotamento do indivíduo.
10. Síndrome da Fadiga crônica
Patologia ainda pouco estudada, mas que determinada uma sensação de cansaço sem fim, no qual mesmo após o repouso físico e mental a sensação persiste. Existem várias possíveis etiologias, porém nada 100% estabelecido pela ciência.
11. Deficiência nutricional
Diversas vitaminas, minerais, aminoácidos e ácidos graxos quando em deficiência, podem ocasionar a sensação de cansaço. O nosso solo está cada vez mais desgastado, a reposição correta de tais substâncias não é feita de forma adequada e as pessoas também não ingerem diariamente quantidades suficientes de inúmeros micronutrientes, o que favorece a sensação. Muitas vezes as dosagem sanguíneas de minerais, vitaminas e aminoácidos não corresponde à realidade no tecido, então é comum pacientes apresentarem por exemplo, baixa de magnésio e no exame de sangue o mesmo apresentar-se dentro dos níveis de referência.
6 táticas para recarregar as baterias: Hábitos e atitudes que energizam o dia a dia
1.Checkups
Se a fadiga não vai embora, o importante é procurar auxílio de um médico. ele poderá pedir exames como hemograma, teste de glicemia, dosagem hormonal e outros mais específicos, caso do eletrocardiograma e do teste de função hepática, que ajudam a identificar o que está prejudicando a disposição.
2. Hidratação
Para quem não quer se cansar, um conselho: manter o corpo abastecido de líquidos pode ser uma tática de sucesso. "Se a pessoa não se hidratar, as células vão extrair a água da circulação. o sangue se torna mais denso e a absorção da energia também vai ser dificultada", explica o fisiologista Cláudio Pavanelli.
3. Alimentar-se regularmente
Fazer refeições a cada três horas é outro segredo para afastar a fadiga ao evitar a queda brusca das taxas de açúcar no sangue. "a maioria dos indivíduos que reclamam de falta de energia não come direito", ressalta Roseli Ueno. Proteínas, carboidratos, fibras e gorduras como o ômega-3 devem estar no cardápio.
4. Exercícios físicos
Exercitar o corpo melhora a captação, o transporte e a utilização do oxigênio em nosso organismo. Coração, pulmão e músculos conseguem converter mais desse gás em energia. Por isso, deixar a preguiça de lado e mexer o corpo é um excelente começo para driblar o cansaço constante.
5. Dormir bem
Pregar os olhos por pelo menos oito horas é sinônimo de disposição. o neurologista israel Roitman dá a receita do bom sono: evitar álcool, bebidas cafeinadas e refeições pesadas; ir para a cama sempre no mesmo horário; por fim, nada de ver tv, usar o computador e se exercitar até três horas antes de dormir.
6. Atividades prazerosas
Atenuar o estresse é fundamental para fugir da indisposição. e nada melhor do que fazer aquilo de que se gosta para chacoalhar a rotina. "as atividades prazerosas são estimulantes para o cérebro e para o corpo. enfim, evitam que a gente enferruje", afirma o psiquiatra teng Chei tung.
Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0340/medicina/motivos-medicos-fadiga-637065.shtml
O problema pode ser, sem dúvida, um reflexo da vida moderna. Afinal, passar horas no trânsito todos os dias, trabalhar demais e viver naquele estresse constante acaba levando ao esgotamento do corpo e da mente. Porém, existem outros casos em que a fadiga pode ser consequência de uma noite maldormida ou, mais grave ainda, sintoma de uma doença. "Muitas vezes, os pacientes se queixam de falta de energia. Mas trata-se de uma expressão muito vaga, capaz de indicar desde sonolência até depressão", analisa o neurologista Israel Roitman, especialista em medicina do sono do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista.
O fato é que a canseira exacerbada tem origem de fato no cérebro. Ele envia a todo momento impulsos elétricos para o corpo, e esses impulsos, ao chegarem aos músculos, sofrem reações químicas, resultando em energia mecânica — ou seja, nos movimentos. "A fadiga é fruto de um desequilíbrio, ou seja, quando não há harmonia entre esses estímulos", afirma Cláudio Pavanelli, fisiologista do Flamengo, no Rio de Janeiro.
É claro que ninguém está fadado a viver lutando para manter o pique em alta. Algumas mudanças no estilo de vida já ajudam a repor o gás total. Além disso, entender as causas do esgotamento é primordial para domá-lo, principalmente nos casos em que ele vem de enfermidades. Por isso, nada de desanimar: o importante é se mexer e recarregar as baterias.
A síndrome da fadiga crônica Quando o cansaço persiste por meses a fio e não tem causa definida, ele pode ganhar essa alcunha. Apesar de não ter sido completamente desvendada, os pesquisadores acreditam que a síndrome da fadiga crônica decorre de infecções e doenças autoimunes. Para contorná-la, exercícios físicos e hábitos alimentares saudáveis são essenciais.
Por que a pilha fica fraca?
1. Pré-diabetes e Diabetes
Como a principal marca da doença é a dificuldade de o açúcar entrar nas células, seja pela falta de produção de insulina, seja pela incapacidade desse hormônio de trabalhar, a glicose no sangue se eleva. "e a glicemia alta faz o indivíduo urinar mais, emagrecer e perder massa magra. Por isso, é comum diabéticos terem cansaço muscular", afirma Maria Ângela Zaccarelli, euroendocrinologista do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Além disso pacientes diabéticos frequentemente apresentam deficiência de magnésio, zinco e vitaminas do complexo B, o que por sí só ja determina a fadiga.
2. Anemia
A escassez de ferro não tem como sinal único a pele pálida. a fadiga é uma de suas características predominantes. "a anemia pode causar cansaço, sono, desânimo, queda de cabelos e até mesmo falta de ar", afirma a nutricionista Roseli Ueno, da Universidade de São Paulo. Nas mulheres, é um fenômeno mais recorrente durante a menstruação, quando a perda de sangue aumenta o déficit de ferro no organismo.
3. Apnéia
O popular ronco destrói a qualidade do sono do indivíduo. ele é duas vezes mais frequente nos homens do que nas mulheres e, por se distinguir pela interrupção da passagem do ar pela garganta, provoca o ruído e despertares breves durante a noite. essa insconstância durante o repouso noturno pode ter como consequência uma leseira sem hora para acabar no dia seguinte.
4. Depressão
Vigor abaixo de zero é um traço de quem padece desse problema. apesar de ser uma doença de origem psíquica, a depressão mina a disposição física. "Nela, ocorre um processo inflamatório dentro dos neurônios que atrapalha seu funcionamento. e isso acaba gerando o cansaço", afirma o psiquiatra teng Chei tung, do instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
5. Fibromialgia
Essa síndrome aflora a sensibilidade para a dor. estima-se que apenas um homem a cada oito mulheres apresenta a doença, que tem raiz genética, podendo passar de mãe para filha. as dores constantes levam à debilitação. "a pessoa pode ter o sono perturbado e levantar fatigada, sem falar que a própria dor já gera indisposição", explica o reumatologista Roberto Heymann, da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
6. Doença cardíaca
Piripaques no peito também estão na lista dos motivos por trás de uma letargia. arritmia e entupimento de artérias são alguns dos precursores da canseira exacerbada. "o coração problemático não bombeia direito o sangue para todos os órgãos. Com isso, eles tendem a entrar em falência", avisa Ricardo Pavanello, supervisor de cardiologia do Hospital do Coração de São Paulo. Sinal do perigo: uma baita fadiga
7. Distúrbios da tireóide
os hormônios tireoidianos são vitais para manter o metabolismo aceso. Uma característica comum entre o hipertireoidismo, quando a tireoide trabalha demais, e o hipotireoidismo, situação em que a glândula fica lenta, é a apatia total. "o coração bate muito rápido e o indivíduo se queixa de cansaço extremo", afirma Maria Ângela Zaccarelli.
8. Infecções
Além da febre, outro sinal que deve ser notado nesses casos é a diminuição, por assim dizer, da vitalidade. Seja naquela gripe passageira, seja em um quadro mais severo, como a hepatite, a pessoa fica enfraquecida, em maior ou menor grau. "é que o organismo concentra suas forças na luta contra o agente infeccioso", justifica o infectologista Plínio trabasso, da Universidade estadual de Campinas, no interior paulista. daí o esgotamento do indivíduo.
10. Síndrome da Fadiga crônica
Patologia ainda pouco estudada, mas que determinada uma sensação de cansaço sem fim, no qual mesmo após o repouso físico e mental a sensação persiste. Existem várias possíveis etiologias, porém nada 100% estabelecido pela ciência.
11. Deficiência nutricional
Diversas vitaminas, minerais, aminoácidos e ácidos graxos quando em deficiência, podem ocasionar a sensação de cansaço. O nosso solo está cada vez mais desgastado, a reposição correta de tais substâncias não é feita de forma adequada e as pessoas também não ingerem diariamente quantidades suficientes de inúmeros micronutrientes, o que favorece a sensação. Muitas vezes as dosagem sanguíneas de minerais, vitaminas e aminoácidos não corresponde à realidade no tecido, então é comum pacientes apresentarem por exemplo, baixa de magnésio e no exame de sangue o mesmo apresentar-se dentro dos níveis de referência.
6 táticas para recarregar as baterias: Hábitos e atitudes que energizam o dia a dia
1.Checkups
Se a fadiga não vai embora, o importante é procurar auxílio de um médico. ele poderá pedir exames como hemograma, teste de glicemia, dosagem hormonal e outros mais específicos, caso do eletrocardiograma e do teste de função hepática, que ajudam a identificar o que está prejudicando a disposição.
2. Hidratação
Para quem não quer se cansar, um conselho: manter o corpo abastecido de líquidos pode ser uma tática de sucesso. "Se a pessoa não se hidratar, as células vão extrair a água da circulação. o sangue se torna mais denso e a absorção da energia também vai ser dificultada", explica o fisiologista Cláudio Pavanelli.
3. Alimentar-se regularmente
Fazer refeições a cada três horas é outro segredo para afastar a fadiga ao evitar a queda brusca das taxas de açúcar no sangue. "a maioria dos indivíduos que reclamam de falta de energia não come direito", ressalta Roseli Ueno. Proteínas, carboidratos, fibras e gorduras como o ômega-3 devem estar no cardápio.
4. Exercícios físicos
Exercitar o corpo melhora a captação, o transporte e a utilização do oxigênio em nosso organismo. Coração, pulmão e músculos conseguem converter mais desse gás em energia. Por isso, deixar a preguiça de lado e mexer o corpo é um excelente começo para driblar o cansaço constante.
5. Dormir bem
Pregar os olhos por pelo menos oito horas é sinônimo de disposição. o neurologista israel Roitman dá a receita do bom sono: evitar álcool, bebidas cafeinadas e refeições pesadas; ir para a cama sempre no mesmo horário; por fim, nada de ver tv, usar o computador e se exercitar até três horas antes de dormir.
6. Atividades prazerosas
Atenuar o estresse é fundamental para fugir da indisposição. e nada melhor do que fazer aquilo de que se gosta para chacoalhar a rotina. "as atividades prazerosas são estimulantes para o cérebro e para o corpo. enfim, evitam que a gente enferruje", afirma o psiquiatra teng Chei tung.
Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0340/medicina/motivos-medicos-fadiga-637065.shtml
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Dr. Frederico Lobo
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Qual a diferença entre sucos naturais, polpa congelada, néctar...
Especialistas comparam o suco natural, a polpa congelada e o néctar
Você ainda tem dúvida sobre qual suco é a melhor opção (especialmente quando a possibilidade de preparar uma bebida fresquinha com frutas in natura é remota)?
Confira os esclarecimentos de experts no assunto e entenda os benefícios, características e “poréns” do suco natural, o néctar, o suco de caixinha e a polpa congelada
Suco natural
O QUE É: o líquido que vem do esmagamento da fruta. De acordo com a legislação brasileira, a maioria dos sucos não pode conter água para pertencer à categoria. “Isso só não vale para os sucos feitos de frutas tropicais, como pitanga, tamarindo, caju, cupuaçu. Neste caso, sem adicionar água não é possível extrair o suco”, observa o coordenador geral de vinhos e bebidas do Ministério da Agricultura, Helder Moreira Borges.
CONTRAS: em termos de composição nutricional rica em vitaminas, o suco é sempre campeão. “Mas, por ser mais concentrado, tem mais calorias, o que pode ser ruim para quem precisa emagrecer. Além disso, algumas frutas têm índice glicêmico alto, o que dificulta o controle da diabete. Este é o caso de uva, pêssego, goiaba e laranja. Prefira manga”, indica o médico Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrição (Abran).
Néctar
O QUE É: já ouviu a expressão ‘néctar dos deuses’? Ela tem um sentido muito positivo. É por isso que o governo estuda outra nomenclatura para classificar este tipo de bebida. “O nome sugere que o néctar é superior ao suco, o que não é verdade”, diz Moreira Borges, do Ministério da Agricultura. “Néctar significa doce. É uma bebida que já vem adoçada e diluída em água, pronta para consumir”, diz Vera Barral, do Idec.
CONTRAS: O teor de polpa é menor do que no suco. “No néctar, coloca-se de 20% a 30% de polpa, o resto é água e açúcar”, diz Ribas Filho, da Abran. Além disso, os produtos nacionais ainda não trazem no rótulo o volume de açúcar. “A dica é escolher frutas pouco ácidas, que precisem de menos açúcar. O néctar de limão sempre levará mais açúcar do que o néctar de banana ou goiaba, naturalmente doces”, lembra o pesquisador Rogério Tochinni, consultor técnico do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital).
Bebida de fruta (em caixinha)
O QUE É: Também aparece no mercado com o nome de refresco de fruta. “É a bebida com a menor concentração de fruta da categoria. Pode ser até levemente gaseificada”, detalha Vera Barral. “Cerca de 8% de sua composição corresponde à polpa de fruta”, frisa o médico Ribas Filho, da Abran.
CONTRAS: Nesta versão está liberado o uso de corantes artificiais - substâncias proibidas tanto no suco como no néctar. “Alguns são especialmente nocivos para as crianças, pois podem provocar alergias”, salienta Vera. “Por outro lado, costumam ser menos calóricos, o que favorece adultos que precisam controlar o peso”, completa Ribas Filho.
Polpa congelada
O QUE É: Suco ou néctar de fruta vendida em porções individuais, em saquinhos. Em geral, é batida com água no liquidificador. “Se não tiver açúcar, é boa opção”, indica Vera.
CONTRA: Para o consumo fora de casa, a preocupação é com a qualidade da água. “Se ela for ruim, clorada, altera o sabor do suco. Prefira a mineral”, diz Tochinni, do Ital. “O mecanismo de conservação é rústico, com difícil comercialização e transporte. No processo de congelamento a fruta perde algumas propriedades nutricionais , fica mais suscetível à oxidação”, explica Ribas Filho.
Desidratado
O QUE É: Conhecido como suco de pozinho, para diluição em água, embora não devesse ser chamado de suco. É bastante artificial. “Para cada 100g de produto seco (pó) há só 1g de polpa de fruta - o que equivale ao teor de um refrigerante à base de fruta”, compara Tochinni, do Ital.
CONTRAS: Nem todas as frutas podem ser convertidas em pó com facilidade. “Essa questão limita um pouco a diversidade de sabores. Além disso, não me lembro de ver suco integral em pó, apenas bebidas com baixíssima quantidade de polpa”, completa Tochinni.
Orgânico
O QUE É: Feito a partir de frutas cultivadas sem agrotóxicos. “Quando você compra um orgânico, leva mais do que um produto, compra uma filosofia de produto. Não é só um item que não recebeu defensivos agrícolas no plantio. Também há condições de trabalho adequadas para quem está envolvido na produção e um mecanismo de transporte e distribuição que respeita o meio ambiente. Para crianças, mais sensíveis aos agrotóxicos, são bem-vindos”, diz Tochinni, do Ital.
CONTRAS: Como não levam conservantes, tendem a durar menos que itens tradicionais e costumam ser mais caros
Fonte: http://www.nutricaosadia.com.br/2010/03/qual-diferenca-entre-eles.html#!/2010/03/qual-diferenca-entre-eles.html
Você ainda tem dúvida sobre qual suco é a melhor opção (especialmente quando a possibilidade de preparar uma bebida fresquinha com frutas in natura é remota)?
Confira os esclarecimentos de experts no assunto e entenda os benefícios, características e “poréns” do suco natural, o néctar, o suco de caixinha e a polpa congelada
Suco natural
O QUE É: o líquido que vem do esmagamento da fruta. De acordo com a legislação brasileira, a maioria dos sucos não pode conter água para pertencer à categoria. “Isso só não vale para os sucos feitos de frutas tropicais, como pitanga, tamarindo, caju, cupuaçu. Neste caso, sem adicionar água não é possível extrair o suco”, observa o coordenador geral de vinhos e bebidas do Ministério da Agricultura, Helder Moreira Borges.
CONTRAS: em termos de composição nutricional rica em vitaminas, o suco é sempre campeão. “Mas, por ser mais concentrado, tem mais calorias, o que pode ser ruim para quem precisa emagrecer. Além disso, algumas frutas têm índice glicêmico alto, o que dificulta o controle da diabete. Este é o caso de uva, pêssego, goiaba e laranja. Prefira manga”, indica o médico Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrição (Abran).
Néctar
O QUE É: já ouviu a expressão ‘néctar dos deuses’? Ela tem um sentido muito positivo. É por isso que o governo estuda outra nomenclatura para classificar este tipo de bebida. “O nome sugere que o néctar é superior ao suco, o que não é verdade”, diz Moreira Borges, do Ministério da Agricultura. “Néctar significa doce. É uma bebida que já vem adoçada e diluída em água, pronta para consumir”, diz Vera Barral, do Idec.
CONTRAS: O teor de polpa é menor do que no suco. “No néctar, coloca-se de 20% a 30% de polpa, o resto é água e açúcar”, diz Ribas Filho, da Abran. Além disso, os produtos nacionais ainda não trazem no rótulo o volume de açúcar. “A dica é escolher frutas pouco ácidas, que precisem de menos açúcar. O néctar de limão sempre levará mais açúcar do que o néctar de banana ou goiaba, naturalmente doces”, lembra o pesquisador Rogério Tochinni, consultor técnico do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital).
Bebida de fruta (em caixinha)
O QUE É: Também aparece no mercado com o nome de refresco de fruta. “É a bebida com a menor concentração de fruta da categoria. Pode ser até levemente gaseificada”, detalha Vera Barral. “Cerca de 8% de sua composição corresponde à polpa de fruta”, frisa o médico Ribas Filho, da Abran.
CONTRAS: Nesta versão está liberado o uso de corantes artificiais - substâncias proibidas tanto no suco como no néctar. “Alguns são especialmente nocivos para as crianças, pois podem provocar alergias”, salienta Vera. “Por outro lado, costumam ser menos calóricos, o que favorece adultos que precisam controlar o peso”, completa Ribas Filho.
Polpa congelada
O QUE É: Suco ou néctar de fruta vendida em porções individuais, em saquinhos. Em geral, é batida com água no liquidificador. “Se não tiver açúcar, é boa opção”, indica Vera.
CONTRA: Para o consumo fora de casa, a preocupação é com a qualidade da água. “Se ela for ruim, clorada, altera o sabor do suco. Prefira a mineral”, diz Tochinni, do Ital. “O mecanismo de conservação é rústico, com difícil comercialização e transporte. No processo de congelamento a fruta perde algumas propriedades nutricionais , fica mais suscetível à oxidação”, explica Ribas Filho.
Desidratado
O QUE É: Conhecido como suco de pozinho, para diluição em água, embora não devesse ser chamado de suco. É bastante artificial. “Para cada 100g de produto seco (pó) há só 1g de polpa de fruta - o que equivale ao teor de um refrigerante à base de fruta”, compara Tochinni, do Ital.
CONTRAS: Nem todas as frutas podem ser convertidas em pó com facilidade. “Essa questão limita um pouco a diversidade de sabores. Além disso, não me lembro de ver suco integral em pó, apenas bebidas com baixíssima quantidade de polpa”, completa Tochinni.
Orgânico
O QUE É: Feito a partir de frutas cultivadas sem agrotóxicos. “Quando você compra um orgânico, leva mais do que um produto, compra uma filosofia de produto. Não é só um item que não recebeu defensivos agrícolas no plantio. Também há condições de trabalho adequadas para quem está envolvido na produção e um mecanismo de transporte e distribuição que respeita o meio ambiente. Para crianças, mais sensíveis aos agrotóxicos, são bem-vindos”, diz Tochinni, do Ital.
CONTRAS: Como não levam conservantes, tendem a durar menos que itens tradicionais e costumam ser mais caros
Fonte: http://www.nutricaosadia.com.br/2010/03/qual-diferenca-entre-eles.html#!/2010/03/qual-diferenca-entre-eles.html
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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Químico de panela reduz efeito de vacina em criança, diz estudo
Um novo estudo afirma que uma classe de compostos químicos, usados para revestir panelas antiaderentes, está associada a uma menor resposta imunológica às vacinas em crianças. É o que mostra uma pesquisa publicada no "Journal of the American Medical Association".
Essa é a primeira abordagem a descrever esse efeito em humanos. Antes, ficou demonstrado que os compostos perfluorados (PFC, na sigla em inglês) suprimiam a resposta imune em ratos, mas as informações sobre a ação em pessoas eram insuficientes.
Os pesquisadores analisaram dados de recém-nascidos entre 1999 e 2001 nas ilhas Faroe, território da Dinamarca. Cerca de 580 participaram dos exames seguintes e fizeram testes para verificar a resposta imunológica às vacinas contra tétano e difteria quando tinham cinco e sete anos.
O nível do composto químico foi medido durante a gravidez e nas crianças de cinco anos.
Os resultados indicaram que a exposição ao químico estava relacionada a uma menor eficácia da vacina e a um risco maior de a criança ter níveis de anticorpos menores que o necessário para oferecer proteção a longo prazo.
Uma concentração duas vezes maior de três tipos dos compostos perfluorados interferiu em uma resposta imunológica 49% menor em crianças de sete anos.
Os estudiosos, no entanto, não avaliaram se as crianças com resposta imunológica menor de fato desenvolveram tétano ou difteria mais tarde.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1039408-quimico-de-panela-reduz-efeito-de-vacina-em-crianca-diz-estudo.shtml
Essa é a primeira abordagem a descrever esse efeito em humanos. Antes, ficou demonstrado que os compostos perfluorados (PFC, na sigla em inglês) suprimiam a resposta imune em ratos, mas as informações sobre a ação em pessoas eram insuficientes.
Os pesquisadores analisaram dados de recém-nascidos entre 1999 e 2001 nas ilhas Faroe, território da Dinamarca. Cerca de 580 participaram dos exames seguintes e fizeram testes para verificar a resposta imunológica às vacinas contra tétano e difteria quando tinham cinco e sete anos.
O nível do composto químico foi medido durante a gravidez e nas crianças de cinco anos.
Os resultados indicaram que a exposição ao químico estava relacionada a uma menor eficácia da vacina e a um risco maior de a criança ter níveis de anticorpos menores que o necessário para oferecer proteção a longo prazo.
Uma concentração duas vezes maior de três tipos dos compostos perfluorados interferiu em uma resposta imunológica 49% menor em crianças de sete anos.
Os estudiosos, no entanto, não avaliaram se as crianças com resposta imunológica menor de fato desenvolveram tétano ou difteria mais tarde.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1039408-quimico-de-panela-reduz-efeito-de-vacina-em-crianca-diz-estudo.shtml
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terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Os benefícios dos agrotóxicos no ‘Mundo de Veja’, artigo de Flavia Londres
“A revista Veja afirma que chamar os venenos da agricultura de “agrotóxicos” seria uma imprecisão ultrapassada.”
A revista Veja publicou uma matéria buscando “esclarecer” os brasileiros sobre os alegados “mitos” que vêm sendo difundidos sobre os agrotóxicos desde a divulgação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), dos dados Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos referentes ao ano 2010. A revista se propõe a tranquilizar a população, certamente alarmada pelo conhecimento dos níveis de contaminação da comida que põe à mesa.
Os entrevistados na matéria são conhecidos defensores dos venenos agrícolas, alguns dos quais com atuação direta junto a indústrias do ramo – como é o caso do Prof. José Otávio Menten, que já foi diretor executivo da ANDEF (Associação Nacional de Defesa Vegetal), que reúne as empresas fabricantes de veneno.
A revista afirma que chamar os venenos da agricultura de “agrotóxicos” seria uma imprecisão ultrapassada e injustamente pejorativa, alertando os leitores que “o certo” seria adotar o termo “defensivos agrícolas”. Não menciona que a própria legislação sobre a matéria refere-se aos produtos como agrotóxicos mesmo.
A Veja passa então para a relativização dos resultados apresentados pelo relatório do Programa de Análise, elaborado pela Anvisa, fundamentalmente minimizando a gravidade da presença de resíduos de agrotóxicos acima dos limites permitidos. Para isso, cita especialistas alegando que os limites seriam “altíssimos”, e que, portanto, quando “um pouco ultrapassados”, não representariam qualquer risco para a saúde dos consumidores.
A verdade é que a ciência que embasa a determinação desses limites é imprecisa e fortemente criticada. Evidência disso é o fato de os limites comumente variarem ao longo do tempo – à medida que novas descobertas sobre riscos relacionados aos produtos são divulgadas, os limites tendem a ser diminuídos. Os limites “aceitáveis” no Brasil são em geral superiores àqueles permitidos na Europa – isso pra não dizer que aqui ainda se usa produtos já proibidos em quase todo o mundo.
A revista também relativiza os riscos de longo prazo para a saúde dos consumidores, bem como os riscos para os trabalhadores expostos aos agrotóxicos nas lavouras. Mesmo diante de tantas provas, a Veja alega que, não haveria comprovações científicas nesse sentido.
A reportagem termina tentando colocar em cheque as reais vantagens do consumo de alimentos orgânicos, a eficácia dos sistemas de certificação e mencionando supostos “riscos” do consumo de orgânicos. A revista alega que esses alimentos “podem ser contaminadas por fungos ou por bactérias como a salmonela e a Escherichia coli.” Só não esclarece que, ao contrário dos resíduos de agrotóxicos, esses patógenos – que também ocorrem nos alimentos produzidos com agrotóxicos – podem ser eliminados com a velha e boa lavagem ou com o simples cozimento.
Da revista Veja, sabemos, não se poderia esperar nada diferente. Trata-se do principal veículo de comunicação da direita conservadora e dos grandes conglomerados multinacionais no País. Mas podemos destacar que a publicação desse suposto “guia de esclarecimento” revela que o alerta sobre os impactos do modelo da agricultura industrial está se alastrando e informações mais independentes estão alcançando mais setores da população – ao ponto de merecerem tentativa de desmentido pela Veja e pela indústria.
Flavia Londres é engenheira agrônoma e consultora da AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia.
Fonte: http://www.radioagencianp.com.br/node/10520
A revista Veja publicou uma matéria buscando “esclarecer” os brasileiros sobre os alegados “mitos” que vêm sendo difundidos sobre os agrotóxicos desde a divulgação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), dos dados Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos referentes ao ano 2010. A revista se propõe a tranquilizar a população, certamente alarmada pelo conhecimento dos níveis de contaminação da comida que põe à mesa.
Os entrevistados na matéria são conhecidos defensores dos venenos agrícolas, alguns dos quais com atuação direta junto a indústrias do ramo – como é o caso do Prof. José Otávio Menten, que já foi diretor executivo da ANDEF (Associação Nacional de Defesa Vegetal), que reúne as empresas fabricantes de veneno.
A revista afirma que chamar os venenos da agricultura de “agrotóxicos” seria uma imprecisão ultrapassada e injustamente pejorativa, alertando os leitores que “o certo” seria adotar o termo “defensivos agrícolas”. Não menciona que a própria legislação sobre a matéria refere-se aos produtos como agrotóxicos mesmo.
A Veja passa então para a relativização dos resultados apresentados pelo relatório do Programa de Análise, elaborado pela Anvisa, fundamentalmente minimizando a gravidade da presença de resíduos de agrotóxicos acima dos limites permitidos. Para isso, cita especialistas alegando que os limites seriam “altíssimos”, e que, portanto, quando “um pouco ultrapassados”, não representariam qualquer risco para a saúde dos consumidores.
A verdade é que a ciência que embasa a determinação desses limites é imprecisa e fortemente criticada. Evidência disso é o fato de os limites comumente variarem ao longo do tempo – à medida que novas descobertas sobre riscos relacionados aos produtos são divulgadas, os limites tendem a ser diminuídos. Os limites “aceitáveis” no Brasil são em geral superiores àqueles permitidos na Europa – isso pra não dizer que aqui ainda se usa produtos já proibidos em quase todo o mundo.
A revista também relativiza os riscos de longo prazo para a saúde dos consumidores, bem como os riscos para os trabalhadores expostos aos agrotóxicos nas lavouras. Mesmo diante de tantas provas, a Veja alega que, não haveria comprovações científicas nesse sentido.
A reportagem termina tentando colocar em cheque as reais vantagens do consumo de alimentos orgânicos, a eficácia dos sistemas de certificação e mencionando supostos “riscos” do consumo de orgânicos. A revista alega que esses alimentos “podem ser contaminadas por fungos ou por bactérias como a salmonela e a Escherichia coli.” Só não esclarece que, ao contrário dos resíduos de agrotóxicos, esses patógenos – que também ocorrem nos alimentos produzidos com agrotóxicos – podem ser eliminados com a velha e boa lavagem ou com o simples cozimento.
Da revista Veja, sabemos, não se poderia esperar nada diferente. Trata-se do principal veículo de comunicação da direita conservadora e dos grandes conglomerados multinacionais no País. Mas podemos destacar que a publicação desse suposto “guia de esclarecimento” revela que o alerta sobre os impactos do modelo da agricultura industrial está se alastrando e informações mais independentes estão alcançando mais setores da população – ao ponto de merecerem tentativa de desmentido pela Veja e pela indústria.
Flavia Londres é engenheira agrônoma e consultora da AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia.
Fonte: http://www.radioagencianp.com.br/node/10520
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Psiquiatra aponta prescrição indiscriminada de ansiolíticos no país
Prescrição indiscriminada e uso excessivo podem ser algumas das explicações para o alto consumo de ansiolíticos, remédios usados para controlar ansiedade e tensão. A avaliação é do psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Dados divulgados nesta sexta-feira (20) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que os ansiolíticos foram os medicamentos com receita controlada mais consumidos no país entre 2007 e 2010. O princípio ativo clonazepam, base do remédio Rivotril, lidera o ranking, com cerca de 10 milhões de caixas vendidas somente em 2010.
Segundo o psiquiatra, os ansiolíticos têm sido indicados por profissionais de diversas áreas. “Sabemos que médicos de várias especialidades prescrevem esses remédios, sem necessariamente ser psiquiatras. Não há restrição, mas é como se eu [psiquiatra] passasse a receitar antibiótico. Não sou a pessoa mais adequada”, diz Silveira.
O psiquiatra citou pesquisa feita em 2011 pela Unifesp, segundo a qual os ansiolíticos, conhecidos como calmantes, correspondem a 35% dos medicamentos psiquiátricos prescritos nos hospitais gerais da cidade de São Paulo.
Este não é, porém, o único fator que pode explicar o boom dos calmantes no Brasil, ressalta Silveira. O uso descontrolado também está entre os fatores. É cada vez mais comum recorrer aos tranquilizantes para enfrentar o estresse e as dificuldades da vida cotidiana. O pior é esse tipo de remédio provoca dependência. “As pessoas tendem a buscar uma pílula mágica para lidar com os problemas”, diz o médico.
De acordo com Silveira, das 600 consultas mensais feitas pelo Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Unifesp, 50 são de pessoas viciadas em calmantes. A princípio, a maioria usa o remédio com indicação médica. Depois, passa a querer doses maiores e acaba partindo para a compra ilegal.
Para Dartiu Silveira, o melhor monitoramento do consumo dos ansiolíticos no país reflete também os números elevados. Atualmente, o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) da Anvisa têm cadastradas 41.032 farmácias e drogarias, equivalente a 58,2% do total dos estabelecimentos autorizados pela agência reguladora a vender medicamentos controlados.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2012/01/23/psiquiatra-aponta-prescricao-indiscriminada-de-ansioliticos-no-pais/
Dados divulgados nesta sexta-feira (20) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que os ansiolíticos foram os medicamentos com receita controlada mais consumidos no país entre 2007 e 2010. O princípio ativo clonazepam, base do remédio Rivotril, lidera o ranking, com cerca de 10 milhões de caixas vendidas somente em 2010.
Segundo o psiquiatra, os ansiolíticos têm sido indicados por profissionais de diversas áreas. “Sabemos que médicos de várias especialidades prescrevem esses remédios, sem necessariamente ser psiquiatras. Não há restrição, mas é como se eu [psiquiatra] passasse a receitar antibiótico. Não sou a pessoa mais adequada”, diz Silveira.
O psiquiatra citou pesquisa feita em 2011 pela Unifesp, segundo a qual os ansiolíticos, conhecidos como calmantes, correspondem a 35% dos medicamentos psiquiátricos prescritos nos hospitais gerais da cidade de São Paulo.
Este não é, porém, o único fator que pode explicar o boom dos calmantes no Brasil, ressalta Silveira. O uso descontrolado também está entre os fatores. É cada vez mais comum recorrer aos tranquilizantes para enfrentar o estresse e as dificuldades da vida cotidiana. O pior é esse tipo de remédio provoca dependência. “As pessoas tendem a buscar uma pílula mágica para lidar com os problemas”, diz o médico.
De acordo com Silveira, das 600 consultas mensais feitas pelo Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Unifesp, 50 são de pessoas viciadas em calmantes. A princípio, a maioria usa o remédio com indicação médica. Depois, passa a querer doses maiores e acaba partindo para a compra ilegal.
Para Dartiu Silveira, o melhor monitoramento do consumo dos ansiolíticos no país reflete também os números elevados. Atualmente, o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) da Anvisa têm cadastradas 41.032 farmácias e drogarias, equivalente a 58,2% do total dos estabelecimentos autorizados pela agência reguladora a vender medicamentos controlados.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2012/01/23/psiquiatra-aponta-prescricao-indiscriminada-de-ansioliticos-no-pais/
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Oceanos já estão até cem vezes mais ácidos devido a emissões de CO2
Emissão de CO2 aumenta acidez do oceano e prejudica corais, diz estudo. Mudanças causadas pelo homem são cem vezes maiores que as naturais. Em 90 anos, a calcificação de corais e moluscos pode cair 40%, afirma estudo científico. Do Globo Natureza.
O aumento da acidez dos oceanos verificado nos últimos 100 a 200 anos foi muito maior que as transformações que ocorreriam naturalmente, sem a interferência da ação do homem. A conclusão é de um time de cientistas internacionais ligados ao Centro de Pesquisa Internacional do Pacífico, da Universidade do Havaí, em um estudo publicado neste domingo (22), na “Nature Climate Change”.
De acordo com a pesquisa, cerca de 65% do gás proveniente de atividades humanas entram no mar e, em contato com a água salgada, aumentam sua acidez. O fenômeno reduz a taxa de calcificação de organismos marinhos, como corais e moluscos.
As conclusões do estudo são baseadas em simulações de condições do clima e do oceano verificadas na Terra nos últimos 21 mil anos, desde a última Era Glacial até o século 21. Durante as simulações, os pesquisadores analisaram o nível de concentração do aragonito, um tipo de carbonato de sódio que ajuda a medir a acidez dos oceanos. Quanto mais ácida é a água do mar, menor é a quantidade de aragonito.
Os resultados obtidos revelaram que o nível atual de aragonito é cinco vezes menor que o verificado na fase pré-industrial. De acordo com a pesquisa, essa redução pode representar uma queda de 15% na calcificação de corais e moluscos. Já nos próximos 90 anos, a redução da calcificação pode cair 40% em relação aos valores pré-industriais, considerando o contínuo uso de combustíveis fósseis, que emitem CO2.
“Em algumas regiões, as mudanças na acidez do oceano provocadas pelo homem desde a Revolução Industrial são cem vezes maiores que as mudanças naturais verificadas entre a última Era Glacial e os tempos pré-industriais”, disse Tobias Friedrich, um dos cientistas que lideraram a pesquisa, em material de divulgação.
Segundo ele, após o fim do último período glacial, a concentração de CO2 atmosférico aumentou de 190 partes por milhão (ppm) para 280 ppm ao longo de seis mil anos. Assim, os ecossistemas marinhos tiveram tempo suficiente para se adaptar. Já o aumento para o nível atual, de 392 ppm, levou apenas entre 100 e 200 anos, prejudicando a vida marinha.
De acordo com a pesquisa, os corais são vistos em locais com concentração de aragonito presentes em 50% do oceano atualmente. Até o final do século 21, essas condições seriam encontradas em apenas 5%.
“Nosso estudo sugere que severas reduções devem ocorrer na diversidade, complexidade e resistência dos corais até metade deste século”, afirmou o co-autor do estudo, Alex Timmermann.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2012/01/24/oceanos-ja-estao-ate-cem-vezes-mais-acidos-devido-a-emissoes-de-co2/
O aumento da acidez dos oceanos verificado nos últimos 100 a 200 anos foi muito maior que as transformações que ocorreriam naturalmente, sem a interferência da ação do homem. A conclusão é de um time de cientistas internacionais ligados ao Centro de Pesquisa Internacional do Pacífico, da Universidade do Havaí, em um estudo publicado neste domingo (22), na “Nature Climate Change”.
De acordo com a pesquisa, cerca de 65% do gás proveniente de atividades humanas entram no mar e, em contato com a água salgada, aumentam sua acidez. O fenômeno reduz a taxa de calcificação de organismos marinhos, como corais e moluscos.
As conclusões do estudo são baseadas em simulações de condições do clima e do oceano verificadas na Terra nos últimos 21 mil anos, desde a última Era Glacial até o século 21. Durante as simulações, os pesquisadores analisaram o nível de concentração do aragonito, um tipo de carbonato de sódio que ajuda a medir a acidez dos oceanos. Quanto mais ácida é a água do mar, menor é a quantidade de aragonito.
Os resultados obtidos revelaram que o nível atual de aragonito é cinco vezes menor que o verificado na fase pré-industrial. De acordo com a pesquisa, essa redução pode representar uma queda de 15% na calcificação de corais e moluscos. Já nos próximos 90 anos, a redução da calcificação pode cair 40% em relação aos valores pré-industriais, considerando o contínuo uso de combustíveis fósseis, que emitem CO2.
“Em algumas regiões, as mudanças na acidez do oceano provocadas pelo homem desde a Revolução Industrial são cem vezes maiores que as mudanças naturais verificadas entre a última Era Glacial e os tempos pré-industriais”, disse Tobias Friedrich, um dos cientistas que lideraram a pesquisa, em material de divulgação.
Segundo ele, após o fim do último período glacial, a concentração de CO2 atmosférico aumentou de 190 partes por milhão (ppm) para 280 ppm ao longo de seis mil anos. Assim, os ecossistemas marinhos tiveram tempo suficiente para se adaptar. Já o aumento para o nível atual, de 392 ppm, levou apenas entre 100 e 200 anos, prejudicando a vida marinha.
De acordo com a pesquisa, os corais são vistos em locais com concentração de aragonito presentes em 50% do oceano atualmente. Até o final do século 21, essas condições seriam encontradas em apenas 5%.
“Nosso estudo sugere que severas reduções devem ocorrer na diversidade, complexidade e resistência dos corais até metade deste século”, afirmou o co-autor do estudo, Alex Timmermann.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2012/01/24/oceanos-ja-estao-ate-cem-vezes-mais-acidos-devido-a-emissoes-de-co2/
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Anvisa constata uso de agrotóxicos não autorizados no plantio de diversos alimentos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) constatou que os produtores rurais têm usado agrotóxicos não autorizados no plantio de determinados alimentos. Em 2010, a Vigilâncias Sanitária avaliou 2.488 amostras de alimentos, sendo que 28% apresentaram resultado insatisfatório para a presença de resíduos dos produtos. Deste total, 605 (24,3%) amostras estavam contaminadas com agrotóxicos não autorizados.
Quando o uso de um agrotóxico é autorizado no país, os órgãos responsáveis por essa liberação, indicam para que tipo de plantação ele é adequado e em que quantidade pode ser aplicado.
Em 42 amostras (1,7%), o nível de agrotóxico estava acima do permitido. Em 37% dos lotes avaliados, não foram detectados resíduos de agrotóxicos.
“Os resultados insatisfatórios devido à utilização de agrotóxicos não autorizados resultam de dois tipos de irregularidades, seja porque foi aplicado um agrotóxico não autorizado para aquela cultura, mas cujo [produto] está registrado no Brasil e com uso permitido para outras culturas, ou seja, porque foi aplicado um agrotóxico banido do Brasil ou que nunca teve registro no país, logo, sem uso permitido em nenhuma cultura”, conclui o relatório do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos (Para).
O pimentão lidera a lista dos alimentos com grande número de amostras contaminadas por agrotóxico. Em quase 92% das amostras foram identificados problemas. Em seguida, aparecem o morango e o pepino, com 63% e 57% das amostras com avaliação ruim.
Em uma amostra de pimentão, foram encontrados sete tipos diferentes de agrotóxicos irregulares. A batata foi o único alimento sem nenhum caso de contaminação nas 145 amostras analisadas.
A agência reguladora constatou também que, das 684 amostras consideradas insatisfatórias, 208 (30%) tinham resíduos de produtos que estão sendo revistos pela Vigilância Sanitária ou serão banidos do país, como é o caso do endossulfan e do metamidófos, que serão proibidos no Brasil nos próximos dois anos.
Em 2010, foram avaliados resíduos de agrotóxicos em 18 tipos de alimentos em 25 estados e no Distrito Federal. São Paulo não participou do programa.
A lista com os dez alimentos com mais amostras contaminadas com resíduos de agrotóxicos é a seguinte:
1) pimentão
2) morango
3) pepino
4) cenoura
5) alface
6) abacaxi
7) beterraba
8) couve
9) mamão
10) tomate
Reportagem de Carolina Pimentel, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 24/01/2012
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2012/01/24/anvisa-constata-uso-de-agrotoxicos-nao-autorizados-no-plantio-de-diversos-alimentos/
Quando o uso de um agrotóxico é autorizado no país, os órgãos responsáveis por essa liberação, indicam para que tipo de plantação ele é adequado e em que quantidade pode ser aplicado.
Em 42 amostras (1,7%), o nível de agrotóxico estava acima do permitido. Em 37% dos lotes avaliados, não foram detectados resíduos de agrotóxicos.
“Os resultados insatisfatórios devido à utilização de agrotóxicos não autorizados resultam de dois tipos de irregularidades, seja porque foi aplicado um agrotóxico não autorizado para aquela cultura, mas cujo [produto] está registrado no Brasil e com uso permitido para outras culturas, ou seja, porque foi aplicado um agrotóxico banido do Brasil ou que nunca teve registro no país, logo, sem uso permitido em nenhuma cultura”, conclui o relatório do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos (Para).
O pimentão lidera a lista dos alimentos com grande número de amostras contaminadas por agrotóxico. Em quase 92% das amostras foram identificados problemas. Em seguida, aparecem o morango e o pepino, com 63% e 57% das amostras com avaliação ruim.
Em uma amostra de pimentão, foram encontrados sete tipos diferentes de agrotóxicos irregulares. A batata foi o único alimento sem nenhum caso de contaminação nas 145 amostras analisadas.
A agência reguladora constatou também que, das 684 amostras consideradas insatisfatórias, 208 (30%) tinham resíduos de produtos que estão sendo revistos pela Vigilância Sanitária ou serão banidos do país, como é o caso do endossulfan e do metamidófos, que serão proibidos no Brasil nos próximos dois anos.
Em 2010, foram avaliados resíduos de agrotóxicos em 18 tipos de alimentos em 25 estados e no Distrito Federal. São Paulo não participou do programa.
A lista com os dez alimentos com mais amostras contaminadas com resíduos de agrotóxicos é a seguinte:
1) pimentão
2) morango
3) pepino
4) cenoura
5) alface
6) abacaxi
7) beterraba
8) couve
9) mamão
10) tomate
Reportagem de Carolina Pimentel, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 24/01/2012
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2012/01/24/anvisa-constata-uso-de-agrotoxicos-nao-autorizados-no-plantio-de-diversos-alimentos/
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Tratar insônia pode reduzir o risco de desenvolver outras doenças, diz estudo
A insônia é o distúrbio do sono mais comum que existe e também um dos mais fáceis de ser diagnosticado. Apesar disso, a demora em aceitar o problema e em iniciar um tratamento pode aumentar o risco de desenvolver outras doenças, como a depressão, a diabetes, a hipertensão e até mesmo a morte - no caso de adultos com idade avançada -, diz um novo estudo, publicado na versão online da revista inglesa The Lancet.
De acordo com o texto, é preciso identificar e tratar a insônia inicial com diretrizes clínicas, de modo a garantir o bem-estar dos pacientes e evitar o uso de medicamentos que não têm eficácia comprovada. "Tendo em vista a alta prevalência e morbidade significativa da insônia, os pacientes devem ser rotineiramente questionados pelos médicos sobre possíveis problemas no sono", dizem os pesquisadores e autores Charles Morin, da Universidade Laval, em Quebec, no Canadá, e Benca Ruth, da Universidade de Wisconsin, em Madison, nos Estados Unidos.
Aproximadamente um quarto da população adulta tem dificuldades na hora de dormir e uma estimativa aponta que de 6% a 10% vivem um transtorno de insônia. Indivíduos com insônia ou dificuldade para dormir bem sofrem com a falta do sono reparador e apresentam sintomas diurnos, tais como fadiga, dificuldade de concentração e distúrbios de humor.
Segundo o estudo, pessoas com insônia têm mais do que cinco vezes mais chances de desenvolver ansiedade e depressão, mais que o dobro do risco de sofrer com insuficiência cardíaca congestiva e diabetes, além de viver com um elevado risco de morte. Ainda de acordo com a análise, pessoas que dormem pouco e mal são sete vezes mais propensas ao abuso de álcool ou drogas durante os próximos três anos e meio em comparação com aqueles sem a condição.
A insônia também resulta em problemas econômicos para a sociedade em geral: baixa de produtividade, faltas ao trabalho e alta dos custos de saúde.
Dados da pesquisa sugerem que a maioria das pessoas com a doença são vulneráveis a episódios recorrentes. Segundo uma pesquisa longitudinal, cerca de 70% continuam a sentir os sintomas da insônia um ano depois. Além disso, metade deles ainda sofre de insônia até 3 anos mais tarde.
Para os autores, o uso de remédios, com ou sem prescrição médica, não se mostra benéfico, já que há pouca evidência de que realmente funcionem.
Além disso, acrescentam, alguns dos medicamentos mais comumente prescritos (antidepressivos e anti-histamínicos) ainda precisam ser aprovados para o tratamento da insônia. Para os estudiosos, é necessário que hajam mais pesquisas para avaliar a efetiva ação das drogas no tratamento desta doença.
Isso levou o Instituto Nacional de Saúde, nos EUA, a afirmar que existem apenas duas opções eficazes parar o tratamento da insônia: terapia cognitivo-comportamental e drogas hipnóticas aprovadas.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é um tratamento que utiliza métodos psicológicos, como técnicas de relaxamento, restrição de sono, controle de estímulos e educação sobre higiene do sono (por exemplo, dieta e exercício). Segundo os especialistas, TCC é altamente eficaz no tratamento da insônia e não apresenta riscos de efeitos colaterais adversos, além de ter benefícios duradouros - que é uma clara vantagem em comparação com o tratamento medicamentoso. Entretanto, no momento, há uma escassez de profissionais de saúde treinados neste tipo de terapia.
Para os autores, "embora a terapia cognitivo-comportamental não esteja prontamente disponível na maior parte das clínicas, o acesso pode ser facilitado por meio de métodos inovadores, tais como consultas telefônicas, terapia de grupo e abordagens psicológicas feitas pela internet".
Eles concluem: "há uma necessidade urgente de mais educação pública sobre o sono e maior divulgação de terapias baseadas em evidências científicas para tratar a insônia. Além disso, é importante haver formação para preparar os profissionais de saúde que desejam atender e tratar queixas de insônia".
Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=13564
De acordo com o texto, é preciso identificar e tratar a insônia inicial com diretrizes clínicas, de modo a garantir o bem-estar dos pacientes e evitar o uso de medicamentos que não têm eficácia comprovada. "Tendo em vista a alta prevalência e morbidade significativa da insônia, os pacientes devem ser rotineiramente questionados pelos médicos sobre possíveis problemas no sono", dizem os pesquisadores e autores Charles Morin, da Universidade Laval, em Quebec, no Canadá, e Benca Ruth, da Universidade de Wisconsin, em Madison, nos Estados Unidos.
Aproximadamente um quarto da população adulta tem dificuldades na hora de dormir e uma estimativa aponta que de 6% a 10% vivem um transtorno de insônia. Indivíduos com insônia ou dificuldade para dormir bem sofrem com a falta do sono reparador e apresentam sintomas diurnos, tais como fadiga, dificuldade de concentração e distúrbios de humor.
Segundo o estudo, pessoas com insônia têm mais do que cinco vezes mais chances de desenvolver ansiedade e depressão, mais que o dobro do risco de sofrer com insuficiência cardíaca congestiva e diabetes, além de viver com um elevado risco de morte. Ainda de acordo com a análise, pessoas que dormem pouco e mal são sete vezes mais propensas ao abuso de álcool ou drogas durante os próximos três anos e meio em comparação com aqueles sem a condição.
A insônia também resulta em problemas econômicos para a sociedade em geral: baixa de produtividade, faltas ao trabalho e alta dos custos de saúde.
Dados da pesquisa sugerem que a maioria das pessoas com a doença são vulneráveis a episódios recorrentes. Segundo uma pesquisa longitudinal, cerca de 70% continuam a sentir os sintomas da insônia um ano depois. Além disso, metade deles ainda sofre de insônia até 3 anos mais tarde.
Para os autores, o uso de remédios, com ou sem prescrição médica, não se mostra benéfico, já que há pouca evidência de que realmente funcionem.
Além disso, acrescentam, alguns dos medicamentos mais comumente prescritos (antidepressivos e anti-histamínicos) ainda precisam ser aprovados para o tratamento da insônia. Para os estudiosos, é necessário que hajam mais pesquisas para avaliar a efetiva ação das drogas no tratamento desta doença.
Isso levou o Instituto Nacional de Saúde, nos EUA, a afirmar que existem apenas duas opções eficazes parar o tratamento da insônia: terapia cognitivo-comportamental e drogas hipnóticas aprovadas.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é um tratamento que utiliza métodos psicológicos, como técnicas de relaxamento, restrição de sono, controle de estímulos e educação sobre higiene do sono (por exemplo, dieta e exercício). Segundo os especialistas, TCC é altamente eficaz no tratamento da insônia e não apresenta riscos de efeitos colaterais adversos, além de ter benefícios duradouros - que é uma clara vantagem em comparação com o tratamento medicamentoso. Entretanto, no momento, há uma escassez de profissionais de saúde treinados neste tipo de terapia.
Para os autores, "embora a terapia cognitivo-comportamental não esteja prontamente disponível na maior parte das clínicas, o acesso pode ser facilitado por meio de métodos inovadores, tais como consultas telefônicas, terapia de grupo e abordagens psicológicas feitas pela internet".
Eles concluem: "há uma necessidade urgente de mais educação pública sobre o sono e maior divulgação de terapias baseadas em evidências científicas para tratar a insônia. Além disso, é importante haver formação para preparar os profissionais de saúde que desejam atender e tratar queixas de insônia".
Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=13564
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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
As plantas e a guerra química no escritório
As plantas e a guerra química no escritório
Extraído de: http://arvoresnacidade.blogspot.com/2009/10/plantas-que-filtram.html
http://www.jardimdeflores.com.br/ESPECIAIS/A21florespurificam.html
Bill Wolverton, cientista da Nasa, foi durante muito tempo encarregado de cuidar do ambiente hermético das naves espaciais que conduziam tripulantes, bem como de estudar as reações destes. Mesmo com todos os cuidados, o espaço fechado das naves das missões Skylab ainda continha mais de trezentos compostos voláteis orgânicos. E o melhor caminho encontrado pelo cientista para anular os efeitos desses compostos foi o de colocar nas espaçonaves prosaicas plantas domésticas.
Por: Washington Novaes
No final da década de 60, provocou muitas discussões um artigo publicado no jornal The New York Times em que o jornalista concluía que "viver dá câncer e leva à morte". A tal conclusão ele chegava depois de lembrar que cigarro dá câncer, agrotóxicos nos alimentos provocam vários tipos de câncer, amianto pode causar câncer no pulmão, várias substâncias emitidas pelos canos de descarga dos veículos também geram câncer. E ainda havia o açúcar, os adoçantes artificiais, vários outros produtos químicos.
É isso mesmo. Na verdade, grande parte dos produtos do engenho humano que nos rodeiam no cotidiano pode provocar câncer ou outras doenças. E com a agravante de que os nossos modos de viver - em concentrações humanas cada vez maiores - complicam muito os problemas. Prometem até complicar mais: uma pessoa que tenha hoje 60 anos de idade nasceu num mundo que tinha pouco mais de 2 bilhões de pessoas; agora, a população já vai cruzar a faixa dos 6 bilhões, e a cada década quase 1 bilhão mais de pessoas se soma. Cada vez mais pessoas ocupando o mesmo espaço, respirando o mesmo ar, consumindo a mesma água e os mesmos recursos vegetais e minerais. Nesse nível, tudo fica muito mais difícil, mais complexo, mais ameaçador e as pessoas tendem a confinar-se em suas casas e no seu trabalho, na tentativa de escapar aos dramas da concentração urbana - a poluição, a insegurança, o barulho, o desconforto. Mas nem aí elas estão mais seguras.
A repórter Regina Scharf levantou tema raríssimamente tratado na comunicação brasileira, mas nem por isso menos relevante, tanto que ocupa espaço cada vez maior em publicações especializadas fora daqui: a "guerra química" nos ambientes comerciais e industriais fechados, que tanto atinge pessoas como provoca perdas econômicas substanciais e progressivamente maiores. Em seu texto, a Gazeta Mercantil destacou principalmente o problema da mistura, nos escritórios e instalações industriais, de ácaros, fungos e larvas com gases trazidos do exterior pelos sistemas de ar condicionado e com as substâncias desprendidas de móveis, tapetes, carpetes, pintura de parede, cortinas e também equipamentos eletrônicos.
Grande parte dos produtos do engenho humano que nos rodeiam no cotidiano pode provocar câncer e outras doenças Ainda há poucas semanas, revistas científicas publicaram relatos impressionantes sobre o tema, que dão ênfase a mais um ângulo desse problema: as substâncias químicas emitidas por pessoas e que reagem com outras na atmosfera fechada, gerando processos altamente nocivos aos próprios seres humanos e equipamentos (chegam a apagar registros de computadores e a afetar aparelhos de telefone e fax; nas pessoas, provocam vários tipos de problema, como cansaço, irritação, dores de cabeça, torpor, dor de garganta, nariz afetado, irritações na pele, etc.).
A suspeita maior recai sobre os chamados compostos orgânicos voláteis, dos quais já se identificaram mais de 250 na atmosfera de escritórios, desprendidos dos materiais e (descoberta mais recente) das pessoas. Tanto assim, que nos lugares de alta taxa de ocupação humana a presença desses compostos é observada em níveis que podem chegar ao dobro dos observados em lugares pouco freqüentados por pessoas. O fato é que as roupas usadas por pessoas desprendem substâncias químicas, assim como do próprio corpo humano se soltam moléculas e produtos químicos encontráveis no xampu, no sabonete, no desodorante, nos perfumes. Estes últimos podem ser particularmente complicados, já que em alguns deles se encontram até cem ingredientes. O próprio corpo humano produz acetona e isoprene.
Os piores agentes, ao que parece, são os radicais que juntam um átomo de hidrogênio e um de oxigênio, com um só elétron, que busca um parceiro e reage rapidamente com os compostos orgânicos voláteis. Forma-se, assim, um "smog" fotoquímico, que se pensava só era encontrável na atmosfera poluída das ruas. Em um metro cúbico de ar de um escritório pode ser encontrado até 1 trilhão desses radicais - uma densidade que, embora inferior à da cidade poluída, à luz do dia, pode ser mais alta que a da atmosfera externa noturna.
Um dos problemas mais complicados parece ser a reação entre esses compostos e o ozônio emitido por equipamentos como fotocopiadoras e outros ou sugado pelos aparelhos de ar condicionado. Nessa reação, liberam-se formaldeídos, ácido acético, ácido nítrico e outros, que podem danificar equipamentos ou paralisar circuitos eletrônicos. Em casos extremos chegam a por fora de combate até estações telefônicas inteiras. Calculam os especialistas que em dez anos esse tipo de problema gerou nos Estados Unidos perdas superiores a US$ 100 milhões para empresas de telecomunicações.
Quanto à saúde humana, ainda parece difícil estabelecer relações conclusivas, embora os indícios sejam muito fortes. Isso porque a composição atmosférica dos lugares afetados muda de hora em hora e cada pessoa reage de um modo. Além do mais, do ponto de vista ético, seria complicado criar ambientes ofensivos e expor pessoas a eles, para estudar as conseqüências com maior segurança. Os especialistas em interiores vêm propondo vários caminhos para enfrentar o problema, alguns deles mencionados por Regina Scharf.
Uma das propostas mais curiosas, entretanto, vem de um cientista aposentado da Nasa, chamado Bill Wolverton, que durante muito tempo foi encarregado exatamente de cuidar do ambiente hermético das naves espaciais que conduziam tripulantes bem como de estudar as reações destes. Mesmo com todos os cuidados, o espaço fechado das naves das missões Skylab ainda continha mais de trezentos compostos voláteis orgânicos. E o melhor caminho encontrado pelo cientista para anular os efeitos desses compostos foi o de colocar nas espaçonaves prosaicas plantas domésticas - como a azaléia, a tulipa, o bambu e a poinsetia (também chamada de folha-de-sangue), além da seringueira - todas elas capazes de remover formaldeídos da atmosfera. Depois, ele foi acrescentando outras plantas. Lírios, por exemplo, gostam de acetona, metanol, etanol, benzeno, formaldeídos e tolueno. Essas substâncias alimentam a fauna de microorganismos que vive nas raízes dessas plantas. Filodendros, trepadeiras e bananeiras também são muito úteis.
Depois de provar suas teses na Nasa, Wolverton transformou sua própria casa num "ecossistema limpo", graças às plantas. Agora, acaba de publicar um livro - "How to grow fresh air" ("Como cultivar ar puro"), que está fazendo sucesso nos EUA. O filósofo Rousseau com certeza gostaria dessas notícias, que sugerem uma espécie de retorno à natureza. Talvez até dissesse, se vivesse no nosso tempo, que o Brasil é um dos pouquíssimos países que ainda têm condições de rever seus caminhos e optar não exatamente por um retorno completo (não teríamos competência para ser índios, viver na auto-suficiência individual e coletiva em que vivem), mas por um formato mais adequado. Um modelo que com políticas desconcentradoras (de tudo), induzisse uma ocupação mais adequada do território, não a selvageria predatória que impera.
Estrategistas do País insistem com freqüência em que o "status" ambiental é nossa grande vantagem comparativa. Estudiosos mais próximos, como lgnacy Sachs, sempre lembram a nossa possibilidade - talvez única no mundo - de caminhar em direção a uma civilização que tenha sua matriz energética fundada na biomassa e renuncie a padrões consumistas insustentáveis. Estrategistas como Eliezer Baptista da Silva insistem com freqüência em que o "status" ambiental é nossa grande vantagem comparativa - não teremos, ao contrário de norte-americanos, europeus e asiáticos, de arcar com altíssimos custos de reparação ambientais (sempre muitas vezes maiores que os custos de prevenção).
Mas faltam-nos estratégias adequadas. Continuamos a correr atrás de truques inventados por águias, tigres e leões, para suprir, à nossa custa, o que lhes falta. E com isso continuamos a bancar, com a predação aqui, o que é insustentável nos lugares que bolam a regra do jogo. Por tudo isso, alguém sugerir que a solução para tantos dramas do nosso tempo - como a "guerra química" dos ambientes fechados - esteja num simples reencontro com as plantas domésticas, as flores, a natureza pode ser muito útil. Quem sabe não seremos capazes de a partir do olhar doméstico, erguer a vista e enxergar um pouco mais além do horizonte?
Fonte: Artigo publicado na Gazeta Mercantil, em 16/09/1997
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http://www.canalrh.com.br/Mundos/vidaetrabalho_artigo.asp?ace_news=%7B70B0C6E3-EC2C-4B4F-8C16-FB6CCD499520%7D&o=%7B7F77844B-CF8E-4DC9-87C5-D1BCED4FE5C4%7D&sp=IKUV.xOIOBBK4?166p:BT=PTXB=I5yA0H.0
Plantas ajudam a reduzir a poluição nos escritórios
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
por Valéria Ignácio
É possível identificar, em ambientes comerciais e industriais fechados, até 900 diferentes tipos de poluentes do ar, como ácaros, fungos e larvas com gases trazidos por sistemas de ar-condicionado, além de substâncias tóxicas que se desprendem de móveis, tapetes, carpetes, pintura de parede, cortinas e equipamentos eletrônicos. A boa notícia é que é possível utilizar plantas prosaicas para limpar o ar.
Esse é um dos principais resultados apontados em pesquisas realizadas nos Estados Unidos desde a década de 80, quando o engenheiro ambiental Bill Wolverton, ex-pesquisador da Nasa, dedicou-se à purificação do ar no espaço fechado das naves espaciais das missões Skylab. Em abril de 2009, ele estará lançando, nos EUA, o livro Plants: how they contribute to human health and well-being (Plantas, como elas contribuem para a saúde e o bem-estar).
A curiosidade da proposta de Wolverton é que espécies conhecidas, como azaléia, tulipa, bambu, lírio, filodendros e trepadeiras, de fácil cultivo em ambientes internos, têm filtros naturais capazes de neutralizar a poluição em locais fechados. Segundo o biólogo André Camilli, pesquisador da Faculdade de Medicina da USP, que desenvolve nos parques municipais de São Paulo uma pesquisa de biomonitoramento, com plantas capazes de identificar a poluição atmosférica, a resposta de algumas plantas à exposição permite, inclusive, quantificar os níveis de poluentes.
Seu estudo, explica, utiliza a Tradescantia pallida, mais conhecida como coração-roxo, em parques localizados em seis diferentes regiões da cidade, e permite a identificação dos níveis de poluição pela análise das folhas, levando em conta o acúmulo de material particulado na sua superfície, e de mutações gênicas em algumas espécies. Apesar de dedicar-se a uma pesquisa realizada em áreas externas, Camilli afirma que a qualidade do ar em cada região influencia diretamente na poluição interna dos ambientes fechados.
Elementos tóxicos
Em análises realizadas em prédios públicos norte-americanos, o elemento tóxico predominantemente presente é o formaldeído, composto utilizado em materiais de construção, móveis, vidros, espelhos e até no papel higiênico. Tintas, monitores, fotocopiadoras e cigarros têm presentes em sua composição benzeno, xileno e tricloroetileno. Na água potável, encontra-se o clorofórmio e, em carpetes e cosméticos, elementos como amoníaco, álcool e acetona.
A presença dessas substâncias tóxicas em ambientes internos pode provocar nas pessoas reações como irritação, dores de cabeça e de garganta, cansaço, torpor, irritação das mucosas nasais e da pele. Apesar dos resultados não conclusivos sobre como a saúde humana é afetada, vale observar que cada indivíduo reage de forma diferente.
Os estudos desenvolvidos até agora, entretanto, são assertivos ao afirmar que as substâncias tóxicas presentes nos ambientes internos alimentam a fauna de microorganismos que vivem nas raízes das plantas e estas removem formaldeídos da atmosfera. No entendimento do engenheiro da Nasa, todas as plantas são capazes de remover poluentes transportados pelo ar.
Segundo o biólogo André Camilli, também o processo da fotossíntese contribui para a melhoria da qualidade do ar nos escritórios e ambientes industriais, uma vez que ao absorver a luz e promover a reação do gás carbônico com a água, as plantas liberam oxigênio. Além disso, pesquisas já comprovaram que as plantas aumentam a umidade dos ambientes internos em até 15% e retiram cerca de 20% da poeira do ar.
A chamada fitoremediação ganha a cada dia mais adeptos e contribui também para melhorar a percepção nos ambientes, inclusive, atuando como fator de redução do estresse. O tema tem sido objeto de estudo em diferentes comunidades acadêmicas e já está em pauta na Escola Politécnica da USP, que lançou, em 2007, o curso Difusão Tecnológica de Qualidade do Ar e Poluição em Ambientes Internos.
Enquanto o promissor livro do pesquisador Bill Wolverton não chega às livrarias brasileiras, fica a dica de dizer não à “guerra química”. Para isso, basta pesquisar as espécies mais adequadas para o ambiente de trabalho, apostar nos filtros naturais e investir num paisagismo interno que só trará benefícios.
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http://erasmonascimento.zip.net/
Plantas que filtram poluentes e bolor de interiores
Qual é a resposta simples para a melhoria da qualidade do ar interior? Plantas de interior, diz Bill Wolverton, autor de How to Grow Fresh Air: 50 Houseplants That Purify Your Home or Office (Como Cultivar Ar Fresco: 50 Plantas de Interior que Purificam a Vossa Casa ou Escritório) (Penguin, 1997).
Wolverton trabalhou quase 20 anos para a NASA, desenvolvendo tecnologia que permitisse que os seres humanos vivessem num ambiente fechado na Lua ou em Marte. Através desse trabalho pioneiro descobriu que as plantas de interior são os filtros mais rápidos e eficientes dos poluentes comuns e perigosos. Esses poluentes incluem formaldeído, benzina, xilene e amoníaco. Todos eles causam uma série de doenças, tais como a asma, alergia e doenças mais vastas agora conhecidas como síndroma de edifícios doentes.
Wolverton e os seus colegas colocaram plantas de interior em câmaras seladas e expuseram-nas a centenas de produtos químicos. "Descobrimos que as plantas absorvem estes produtos químicos do ar", diz ele. "Depois de algum estudo, desvendámos o mistério de como as plantas podem actuar como pulmões e rins dos prédios."As plantas limpam o ar interior de duas maneiras. Absorvem os poluentes pelas folhas e transmitem as toxinas às raízes onde são transformadas numa fonte de alimento para a planta. E emitem vapores de água que criam uma acção de bombeamento que puxa o ar sujo para a zona à volta das raízes, onde é, uma vez mais, convertido em alimento para a planta."As plantas diminuem os poluentes gasosos do ar, tais como o amoníaco," diz Bob Phalen, director do Laboratório de Efeitos da Poluição do Ar Sobre a Saúde, da Universidade da Califórnia, em Irvine. "A parte desagradável do assunto é que a humidade na terra e à volta dos vasos pode criar bolor, e algumas plantas emitem elergéneos e pólen, que podem ser catastróficos para as pessoas com problemas respiratórios."De acordo com Wolverton, é o falatório sobre o bolor que tem limitado o uso de plantas como limpadoras do ar."Não são as plantas que libertam esporos de bolor e míldio, mas a terra.
As plantas, na realidade, diminuem o bolor e o míldio no ar," diz. "As investigações mostram que quartos cheios de plantas contêm 50 a 60 por cento menos bolores e bactérias transportadas pelo ar do que os quartos sem plantas."Wolverton e os seus colegas de investigação desenvolveram uma solução para a questão do bolor."Criámos seixos livres de terra que podem ser usados para cultivar plantas em água e eliminar a ameaça do bolor," diz-nos. Quem não quiser utilizar estes seixos poderá, se o desejar, cobrir a terra com cascalho, que secará pouco depois de ser regado.Está, ainda, a desenvolver um sistema de vasos que contêm filtros de carvão activado, ventoinhas e luzes que ele diz poderem triplicar a capacidade de limpeza do ar da planta.As plantas são especialmente necessárias em prédios de escritórios onde o síndroma de edifício doente é comum, devido às toxinas libertadas pelas máquinas de escritório e pelas mobílias de contraplacado.Por esta razão, Wolverton sugere que todos tenham uma planta na sua secretária, dentro do que ele chama "zona de respiração pessoal". Esta é uma área de 1,80 a 2,40 m3 onde se passe várias horas numa base regular.Em casa, este espaço é perto da cama. "Quanto mais perto de si estiver a planta, melhor", diz Wolverton. "Mesmo nos grandes quartos abertos, uma planta dentro da sua zona de respiração pessoal melhorará, realmente, o ar que respira."Pat Gosnel, uma florista de Orange, Califórnia sabe, por experiência própria, que as plantas limpam o ar."Temos muitas plantas de interior à entrada da loja e quando os clientes entram, comentam sempre sobre quão fresco o ar é," diz Gosnel. "Eu gosto de dizer aos clientes que quando eles estão a dormir, as suas plantas estão a trabalhar, tirando todas as toxinas sujas e o dióxido de carbono do ar que eles respiram e a reciclarem-nos de novo para oxigénio."Muitas plantas de interior comuns limpam o ar interior.
Tipos de plantas e cuidados:
A palmeira-bambu, a árvore da borracha e a dracaena são escolhas grandes. O lírio, a avenca e o feto são boas escolhas mais pequenas.Plantas de exterior, incluindo azáleas, gerberas, cíclames e túlipas, levadas para o interior por um curto espaço de tempo, também limpam o ar. Algumas plantas, especializam-se. O feto de Boston, por exemplo, remove formaldeído, e o lírio retira a acetona.As plantas precisam de estar limpas e saudáveis, diz Steve Kawaratani, dono de um viveiro em Laguna, Califórnia. Para limpar as folhas das plantas, ele sugere que se use um pano húmido e que não se aplique qualquer óleo ou cera, que poderá causar queimaduras na planta.A mais importante chave para a sobrevivência das plantas de interior é a luz certa, diz Kawaratani, que sugere o teste da sombra para determinar quanta luz se tem num quarto.A melhor luz para a maior parte das plantas de interior é a luz difusa, que faz uma sombra numa parede perto, mas que não aquece a sua mão. Se a sombra for muito fraca, terá de colocar aí uma planta que precise de pouca luz."Se puser a sua mão em frente de uma janela e ela ficar quente, então a intensidade do sol é demasiada para a maior parte das plantas de interior," diz Kawaratani.
Afaste a planta ou use estores para ajustar a luz.As plantas completamente verdes são mais tolerantes às condições de pouca luz. As de folha pintalgada ou multicolorida requerem mais luz porque não são tão eficientes na sua capacidade de fotosíntese.Algumas plantas de interior também requerem muita humidade, que pode ser criada borrifando a sua planta regularmente ou colocando cada vaso num recipiente de seixos cheio de água. O fundo do vaso deve tocar os seixos mas não a água.Agrupar plantas também aumenta a humidade. Mantenha as plantas longe dos aquecedores ou aparelhos de ar condicionado, que as secam rapidamente."Certifique-se de que as suas plantas estão em recipientes com uma boa drenagem," diz Kawaratani. "Não se pode ter uma planta assente em água sem consequências adversas. Como digo aos meus clientes, tente meter o seu pé num balde de água e mantê-lo ali durante uma semana; veja como ele está quando, finalmente, o tirar de lá."Ao mesmo tempo, não deixe as suas plantas secar. Para ver se a sua planta precisa de ser regada, levante-a. Se estiver leve, regue-a.
Para plantas grandes, meta o dedo na terra cerca de um centímetro. Regue se a terra estiver seca.Quando regar uma planta, deixe que a água a lave toda, ou mergulhe o vaso num balde de água e deixe-a beber até deixar de fazer bolhas. Qualquer que seja o método que utilize, deixe a água escoar completamente antes de voltar a pôr a planta no sítio.Inspeccione as plantas à procura de insectos daninhos na parte de trás das folhas. Periodicamente, se puder, lave-as com uma mangueira. Faça-o lá fora, de manhã ou num dia enevoado.
Valdinei Calvento disse:
15 de maio de 2009 às 11:16
Plantas em casa! Tem que ter um post sobre isso, né?
Limpa o ar e aumenta muito a qualidade de vida em nosso lar.
Seguem alguns “atalhos” aí:
http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/2008/12/03/ult4477u1170.jhtm
http://ecologicamentesustentavel.blogspot.com/2009/02/plantas-da-nasa.html
http://blogdapaisagista.blogspot.com/2009/03/pesquisa-da-nasa-indica-as-melhores.html
Extraído de: http://arvoresnacidade.blogspot.com/2009/10/plantas-que-filtram.html
http://www.jardimdeflores.com.br/ESPECIAIS/A21florespurificam.html
Bill Wolverton, cientista da Nasa, foi durante muito tempo encarregado de cuidar do ambiente hermético das naves espaciais que conduziam tripulantes, bem como de estudar as reações destes. Mesmo com todos os cuidados, o espaço fechado das naves das missões Skylab ainda continha mais de trezentos compostos voláteis orgânicos. E o melhor caminho encontrado pelo cientista para anular os efeitos desses compostos foi o de colocar nas espaçonaves prosaicas plantas domésticas.
Por: Washington Novaes
No final da década de 60, provocou muitas discussões um artigo publicado no jornal The New York Times em que o jornalista concluía que "viver dá câncer e leva à morte". A tal conclusão ele chegava depois de lembrar que cigarro dá câncer, agrotóxicos nos alimentos provocam vários tipos de câncer, amianto pode causar câncer no pulmão, várias substâncias emitidas pelos canos de descarga dos veículos também geram câncer. E ainda havia o açúcar, os adoçantes artificiais, vários outros produtos químicos.
É isso mesmo. Na verdade, grande parte dos produtos do engenho humano que nos rodeiam no cotidiano pode provocar câncer ou outras doenças. E com a agravante de que os nossos modos de viver - em concentrações humanas cada vez maiores - complicam muito os problemas. Prometem até complicar mais: uma pessoa que tenha hoje 60 anos de idade nasceu num mundo que tinha pouco mais de 2 bilhões de pessoas; agora, a população já vai cruzar a faixa dos 6 bilhões, e a cada década quase 1 bilhão mais de pessoas se soma. Cada vez mais pessoas ocupando o mesmo espaço, respirando o mesmo ar, consumindo a mesma água e os mesmos recursos vegetais e minerais. Nesse nível, tudo fica muito mais difícil, mais complexo, mais ameaçador e as pessoas tendem a confinar-se em suas casas e no seu trabalho, na tentativa de escapar aos dramas da concentração urbana - a poluição, a insegurança, o barulho, o desconforto. Mas nem aí elas estão mais seguras.
A repórter Regina Scharf levantou tema raríssimamente tratado na comunicação brasileira, mas nem por isso menos relevante, tanto que ocupa espaço cada vez maior em publicações especializadas fora daqui: a "guerra química" nos ambientes comerciais e industriais fechados, que tanto atinge pessoas como provoca perdas econômicas substanciais e progressivamente maiores. Em seu texto, a Gazeta Mercantil destacou principalmente o problema da mistura, nos escritórios e instalações industriais, de ácaros, fungos e larvas com gases trazidos do exterior pelos sistemas de ar condicionado e com as substâncias desprendidas de móveis, tapetes, carpetes, pintura de parede, cortinas e também equipamentos eletrônicos.
Grande parte dos produtos do engenho humano que nos rodeiam no cotidiano pode provocar câncer e outras doenças Ainda há poucas semanas, revistas científicas publicaram relatos impressionantes sobre o tema, que dão ênfase a mais um ângulo desse problema: as substâncias químicas emitidas por pessoas e que reagem com outras na atmosfera fechada, gerando processos altamente nocivos aos próprios seres humanos e equipamentos (chegam a apagar registros de computadores e a afetar aparelhos de telefone e fax; nas pessoas, provocam vários tipos de problema, como cansaço, irritação, dores de cabeça, torpor, dor de garganta, nariz afetado, irritações na pele, etc.).
A suspeita maior recai sobre os chamados compostos orgânicos voláteis, dos quais já se identificaram mais de 250 na atmosfera de escritórios, desprendidos dos materiais e (descoberta mais recente) das pessoas. Tanto assim, que nos lugares de alta taxa de ocupação humana a presença desses compostos é observada em níveis que podem chegar ao dobro dos observados em lugares pouco freqüentados por pessoas. O fato é que as roupas usadas por pessoas desprendem substâncias químicas, assim como do próprio corpo humano se soltam moléculas e produtos químicos encontráveis no xampu, no sabonete, no desodorante, nos perfumes. Estes últimos podem ser particularmente complicados, já que em alguns deles se encontram até cem ingredientes. O próprio corpo humano produz acetona e isoprene.
Os piores agentes, ao que parece, são os radicais que juntam um átomo de hidrogênio e um de oxigênio, com um só elétron, que busca um parceiro e reage rapidamente com os compostos orgânicos voláteis. Forma-se, assim, um "smog" fotoquímico, que se pensava só era encontrável na atmosfera poluída das ruas. Em um metro cúbico de ar de um escritório pode ser encontrado até 1 trilhão desses radicais - uma densidade que, embora inferior à da cidade poluída, à luz do dia, pode ser mais alta que a da atmosfera externa noturna.
Um dos problemas mais complicados parece ser a reação entre esses compostos e o ozônio emitido por equipamentos como fotocopiadoras e outros ou sugado pelos aparelhos de ar condicionado. Nessa reação, liberam-se formaldeídos, ácido acético, ácido nítrico e outros, que podem danificar equipamentos ou paralisar circuitos eletrônicos. Em casos extremos chegam a por fora de combate até estações telefônicas inteiras. Calculam os especialistas que em dez anos esse tipo de problema gerou nos Estados Unidos perdas superiores a US$ 100 milhões para empresas de telecomunicações.
Quanto à saúde humana, ainda parece difícil estabelecer relações conclusivas, embora os indícios sejam muito fortes. Isso porque a composição atmosférica dos lugares afetados muda de hora em hora e cada pessoa reage de um modo. Além do mais, do ponto de vista ético, seria complicado criar ambientes ofensivos e expor pessoas a eles, para estudar as conseqüências com maior segurança. Os especialistas em interiores vêm propondo vários caminhos para enfrentar o problema, alguns deles mencionados por Regina Scharf.
Uma das propostas mais curiosas, entretanto, vem de um cientista aposentado da Nasa, chamado Bill Wolverton, que durante muito tempo foi encarregado exatamente de cuidar do ambiente hermético das naves espaciais que conduziam tripulantes bem como de estudar as reações destes. Mesmo com todos os cuidados, o espaço fechado das naves das missões Skylab ainda continha mais de trezentos compostos voláteis orgânicos. E o melhor caminho encontrado pelo cientista para anular os efeitos desses compostos foi o de colocar nas espaçonaves prosaicas plantas domésticas - como a azaléia, a tulipa, o bambu e a poinsetia (também chamada de folha-de-sangue), além da seringueira - todas elas capazes de remover formaldeídos da atmosfera. Depois, ele foi acrescentando outras plantas. Lírios, por exemplo, gostam de acetona, metanol, etanol, benzeno, formaldeídos e tolueno. Essas substâncias alimentam a fauna de microorganismos que vive nas raízes dessas plantas. Filodendros, trepadeiras e bananeiras também são muito úteis.
Depois de provar suas teses na Nasa, Wolverton transformou sua própria casa num "ecossistema limpo", graças às plantas. Agora, acaba de publicar um livro - "How to grow fresh air" ("Como cultivar ar puro"), que está fazendo sucesso nos EUA. O filósofo Rousseau com certeza gostaria dessas notícias, que sugerem uma espécie de retorno à natureza. Talvez até dissesse, se vivesse no nosso tempo, que o Brasil é um dos pouquíssimos países que ainda têm condições de rever seus caminhos e optar não exatamente por um retorno completo (não teríamos competência para ser índios, viver na auto-suficiência individual e coletiva em que vivem), mas por um formato mais adequado. Um modelo que com políticas desconcentradoras (de tudo), induzisse uma ocupação mais adequada do território, não a selvageria predatória que impera.
Estrategistas do País insistem com freqüência em que o "status" ambiental é nossa grande vantagem comparativa. Estudiosos mais próximos, como lgnacy Sachs, sempre lembram a nossa possibilidade - talvez única no mundo - de caminhar em direção a uma civilização que tenha sua matriz energética fundada na biomassa e renuncie a padrões consumistas insustentáveis. Estrategistas como Eliezer Baptista da Silva insistem com freqüência em que o "status" ambiental é nossa grande vantagem comparativa - não teremos, ao contrário de norte-americanos, europeus e asiáticos, de arcar com altíssimos custos de reparação ambientais (sempre muitas vezes maiores que os custos de prevenção).
Mas faltam-nos estratégias adequadas. Continuamos a correr atrás de truques inventados por águias, tigres e leões, para suprir, à nossa custa, o que lhes falta. E com isso continuamos a bancar, com a predação aqui, o que é insustentável nos lugares que bolam a regra do jogo. Por tudo isso, alguém sugerir que a solução para tantos dramas do nosso tempo - como a "guerra química" dos ambientes fechados - esteja num simples reencontro com as plantas domésticas, as flores, a natureza pode ser muito útil. Quem sabe não seremos capazes de a partir do olhar doméstico, erguer a vista e enxergar um pouco mais além do horizonte?
Fonte: Artigo publicado na Gazeta Mercantil, em 16/09/1997
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http://www.canalrh.com.br/Mundos/vidaetrabalho_artigo.asp?ace_news=%7B70B0C6E3-EC2C-4B4F-8C16-FB6CCD499520%7D&o=%7B7F77844B-CF8E-4DC9-87C5-D1BCED4FE5C4%7D&sp=IKUV.xOIOBBK4?166p:BT=PTXB=I5yA0H.0
Plantas ajudam a reduzir a poluição nos escritórios
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
por Valéria Ignácio
É possível identificar, em ambientes comerciais e industriais fechados, até 900 diferentes tipos de poluentes do ar, como ácaros, fungos e larvas com gases trazidos por sistemas de ar-condicionado, além de substâncias tóxicas que se desprendem de móveis, tapetes, carpetes, pintura de parede, cortinas e equipamentos eletrônicos. A boa notícia é que é possível utilizar plantas prosaicas para limpar o ar.
Esse é um dos principais resultados apontados em pesquisas realizadas nos Estados Unidos desde a década de 80, quando o engenheiro ambiental Bill Wolverton, ex-pesquisador da Nasa, dedicou-se à purificação do ar no espaço fechado das naves espaciais das missões Skylab. Em abril de 2009, ele estará lançando, nos EUA, o livro Plants: how they contribute to human health and well-being (Plantas, como elas contribuem para a saúde e o bem-estar).
A curiosidade da proposta de Wolverton é que espécies conhecidas, como azaléia, tulipa, bambu, lírio, filodendros e trepadeiras, de fácil cultivo em ambientes internos, têm filtros naturais capazes de neutralizar a poluição em locais fechados. Segundo o biólogo André Camilli, pesquisador da Faculdade de Medicina da USP, que desenvolve nos parques municipais de São Paulo uma pesquisa de biomonitoramento, com plantas capazes de identificar a poluição atmosférica, a resposta de algumas plantas à exposição permite, inclusive, quantificar os níveis de poluentes.
Seu estudo, explica, utiliza a Tradescantia pallida, mais conhecida como coração-roxo, em parques localizados em seis diferentes regiões da cidade, e permite a identificação dos níveis de poluição pela análise das folhas, levando em conta o acúmulo de material particulado na sua superfície, e de mutações gênicas em algumas espécies. Apesar de dedicar-se a uma pesquisa realizada em áreas externas, Camilli afirma que a qualidade do ar em cada região influencia diretamente na poluição interna dos ambientes fechados.
Elementos tóxicos
Em análises realizadas em prédios públicos norte-americanos, o elemento tóxico predominantemente presente é o formaldeído, composto utilizado em materiais de construção, móveis, vidros, espelhos e até no papel higiênico. Tintas, monitores, fotocopiadoras e cigarros têm presentes em sua composição benzeno, xileno e tricloroetileno. Na água potável, encontra-se o clorofórmio e, em carpetes e cosméticos, elementos como amoníaco, álcool e acetona.
A presença dessas substâncias tóxicas em ambientes internos pode provocar nas pessoas reações como irritação, dores de cabeça e de garganta, cansaço, torpor, irritação das mucosas nasais e da pele. Apesar dos resultados não conclusivos sobre como a saúde humana é afetada, vale observar que cada indivíduo reage de forma diferente.
Os estudos desenvolvidos até agora, entretanto, são assertivos ao afirmar que as substâncias tóxicas presentes nos ambientes internos alimentam a fauna de microorganismos que vivem nas raízes das plantas e estas removem formaldeídos da atmosfera. No entendimento do engenheiro da Nasa, todas as plantas são capazes de remover poluentes transportados pelo ar.
Segundo o biólogo André Camilli, também o processo da fotossíntese contribui para a melhoria da qualidade do ar nos escritórios e ambientes industriais, uma vez que ao absorver a luz e promover a reação do gás carbônico com a água, as plantas liberam oxigênio. Além disso, pesquisas já comprovaram que as plantas aumentam a umidade dos ambientes internos em até 15% e retiram cerca de 20% da poeira do ar.
A chamada fitoremediação ganha a cada dia mais adeptos e contribui também para melhorar a percepção nos ambientes, inclusive, atuando como fator de redução do estresse. O tema tem sido objeto de estudo em diferentes comunidades acadêmicas e já está em pauta na Escola Politécnica da USP, que lançou, em 2007, o curso Difusão Tecnológica de Qualidade do Ar e Poluição em Ambientes Internos.
Enquanto o promissor livro do pesquisador Bill Wolverton não chega às livrarias brasileiras, fica a dica de dizer não à “guerra química”. Para isso, basta pesquisar as espécies mais adequadas para o ambiente de trabalho, apostar nos filtros naturais e investir num paisagismo interno que só trará benefícios.
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http://erasmonascimento.zip.net/
Plantas que filtram poluentes e bolor de interiores
Qual é a resposta simples para a melhoria da qualidade do ar interior? Plantas de interior, diz Bill Wolverton, autor de How to Grow Fresh Air: 50 Houseplants That Purify Your Home or Office (Como Cultivar Ar Fresco: 50 Plantas de Interior que Purificam a Vossa Casa ou Escritório) (Penguin, 1997).
Wolverton trabalhou quase 20 anos para a NASA, desenvolvendo tecnologia que permitisse que os seres humanos vivessem num ambiente fechado na Lua ou em Marte. Através desse trabalho pioneiro descobriu que as plantas de interior são os filtros mais rápidos e eficientes dos poluentes comuns e perigosos. Esses poluentes incluem formaldeído, benzina, xilene e amoníaco. Todos eles causam uma série de doenças, tais como a asma, alergia e doenças mais vastas agora conhecidas como síndroma de edifícios doentes.
Wolverton e os seus colegas colocaram plantas de interior em câmaras seladas e expuseram-nas a centenas de produtos químicos. "Descobrimos que as plantas absorvem estes produtos químicos do ar", diz ele. "Depois de algum estudo, desvendámos o mistério de como as plantas podem actuar como pulmões e rins dos prédios."As plantas limpam o ar interior de duas maneiras. Absorvem os poluentes pelas folhas e transmitem as toxinas às raízes onde são transformadas numa fonte de alimento para a planta. E emitem vapores de água que criam uma acção de bombeamento que puxa o ar sujo para a zona à volta das raízes, onde é, uma vez mais, convertido em alimento para a planta."As plantas diminuem os poluentes gasosos do ar, tais como o amoníaco," diz Bob Phalen, director do Laboratório de Efeitos da Poluição do Ar Sobre a Saúde, da Universidade da Califórnia, em Irvine. "A parte desagradável do assunto é que a humidade na terra e à volta dos vasos pode criar bolor, e algumas plantas emitem elergéneos e pólen, que podem ser catastróficos para as pessoas com problemas respiratórios."De acordo com Wolverton, é o falatório sobre o bolor que tem limitado o uso de plantas como limpadoras do ar."Não são as plantas que libertam esporos de bolor e míldio, mas a terra.
As plantas, na realidade, diminuem o bolor e o míldio no ar," diz. "As investigações mostram que quartos cheios de plantas contêm 50 a 60 por cento menos bolores e bactérias transportadas pelo ar do que os quartos sem plantas."Wolverton e os seus colegas de investigação desenvolveram uma solução para a questão do bolor."Criámos seixos livres de terra que podem ser usados para cultivar plantas em água e eliminar a ameaça do bolor," diz-nos. Quem não quiser utilizar estes seixos poderá, se o desejar, cobrir a terra com cascalho, que secará pouco depois de ser regado.Está, ainda, a desenvolver um sistema de vasos que contêm filtros de carvão activado, ventoinhas e luzes que ele diz poderem triplicar a capacidade de limpeza do ar da planta.As plantas são especialmente necessárias em prédios de escritórios onde o síndroma de edifício doente é comum, devido às toxinas libertadas pelas máquinas de escritório e pelas mobílias de contraplacado.Por esta razão, Wolverton sugere que todos tenham uma planta na sua secretária, dentro do que ele chama "zona de respiração pessoal". Esta é uma área de 1,80 a 2,40 m3 onde se passe várias horas numa base regular.Em casa, este espaço é perto da cama. "Quanto mais perto de si estiver a planta, melhor", diz Wolverton. "Mesmo nos grandes quartos abertos, uma planta dentro da sua zona de respiração pessoal melhorará, realmente, o ar que respira."Pat Gosnel, uma florista de Orange, Califórnia sabe, por experiência própria, que as plantas limpam o ar."Temos muitas plantas de interior à entrada da loja e quando os clientes entram, comentam sempre sobre quão fresco o ar é," diz Gosnel. "Eu gosto de dizer aos clientes que quando eles estão a dormir, as suas plantas estão a trabalhar, tirando todas as toxinas sujas e o dióxido de carbono do ar que eles respiram e a reciclarem-nos de novo para oxigénio."Muitas plantas de interior comuns limpam o ar interior.
Tipos de plantas e cuidados:
A palmeira-bambu, a árvore da borracha e a dracaena são escolhas grandes. O lírio, a avenca e o feto são boas escolhas mais pequenas.Plantas de exterior, incluindo azáleas, gerberas, cíclames e túlipas, levadas para o interior por um curto espaço de tempo, também limpam o ar. Algumas plantas, especializam-se. O feto de Boston, por exemplo, remove formaldeído, e o lírio retira a acetona.As plantas precisam de estar limpas e saudáveis, diz Steve Kawaratani, dono de um viveiro em Laguna, Califórnia. Para limpar as folhas das plantas, ele sugere que se use um pano húmido e que não se aplique qualquer óleo ou cera, que poderá causar queimaduras na planta.A mais importante chave para a sobrevivência das plantas de interior é a luz certa, diz Kawaratani, que sugere o teste da sombra para determinar quanta luz se tem num quarto.A melhor luz para a maior parte das plantas de interior é a luz difusa, que faz uma sombra numa parede perto, mas que não aquece a sua mão. Se a sombra for muito fraca, terá de colocar aí uma planta que precise de pouca luz."Se puser a sua mão em frente de uma janela e ela ficar quente, então a intensidade do sol é demasiada para a maior parte das plantas de interior," diz Kawaratani.
Afaste a planta ou use estores para ajustar a luz.As plantas completamente verdes são mais tolerantes às condições de pouca luz. As de folha pintalgada ou multicolorida requerem mais luz porque não são tão eficientes na sua capacidade de fotosíntese.Algumas plantas de interior também requerem muita humidade, que pode ser criada borrifando a sua planta regularmente ou colocando cada vaso num recipiente de seixos cheio de água. O fundo do vaso deve tocar os seixos mas não a água.Agrupar plantas também aumenta a humidade. Mantenha as plantas longe dos aquecedores ou aparelhos de ar condicionado, que as secam rapidamente."Certifique-se de que as suas plantas estão em recipientes com uma boa drenagem," diz Kawaratani. "Não se pode ter uma planta assente em água sem consequências adversas. Como digo aos meus clientes, tente meter o seu pé num balde de água e mantê-lo ali durante uma semana; veja como ele está quando, finalmente, o tirar de lá."Ao mesmo tempo, não deixe as suas plantas secar. Para ver se a sua planta precisa de ser regada, levante-a. Se estiver leve, regue-a.
Para plantas grandes, meta o dedo na terra cerca de um centímetro. Regue se a terra estiver seca.Quando regar uma planta, deixe que a água a lave toda, ou mergulhe o vaso num balde de água e deixe-a beber até deixar de fazer bolhas. Qualquer que seja o método que utilize, deixe a água escoar completamente antes de voltar a pôr a planta no sítio.Inspeccione as plantas à procura de insectos daninhos na parte de trás das folhas. Periodicamente, se puder, lave-as com uma mangueira. Faça-o lá fora, de manhã ou num dia enevoado.
Valdinei Calvento disse:
15 de maio de 2009 às 11:16
Plantas em casa! Tem que ter um post sobre isso, né?
Limpa o ar e aumenta muito a qualidade de vida em nosso lar.
Seguem alguns “atalhos” aí:
http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/2008/12/03/ult4477u1170.jhtm
http://ecologicamentesustentavel.blogspot.com/2009/02/plantas-da-nasa.html
http://blogdapaisagista.blogspot.com/2009/03/pesquisa-da-nasa-indica-as-melhores.html
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
23:38
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