quinta-feira, 30 de março de 2023

40 anos da Associação de Artistas Plásticos de Joinville (AAPLAJ)

O Museu de Arte de Joinville (MAJ) recebe nesta sexta-feira (31) a abertura da exposição em comemoração aos 40 anos da Associação de Artistas Plásticos de Joinville (AAPLAJ). 

A entidade celebra a data com uma seleção de obras que retratam o talento dos seus associados ao longo das últimas quatro décadas. Serão 30 trabalhos entre eles: Adriano Horn, Antônio Mir, Charles Narloch, Edith Wetzel, Eladir Skibinski, Helena Montenegro, José Sgrott, Linda Poll, Marc Engler, Moa, Regina Marcis, Silvio Parucker e Tirotti. A cerimônia de abertura inicia às 19h e contará com a presença de artistas, convidados e comunidade.

O evento também marca a abertura do Porão do MAJ para exposições itinerantes, a iniciativa é a primeira deste tipo desde que o museu foi reaberto em novembro do ano passado.

De acordo com a coordenadora do MAJ, Angela Peyerl, a escolha de celebrar a AAPLAJ é fruto da parceria da associação com o museu ao longo dos anos. “Nos anos 1990, por exemplo, as reuniões da Aaplaj aconteciam no espaço do museu, aprofundando esse vínculo entre as instituições”, exemplifica. Em relação aos trabalhos selecionados para fazerem parte da exposição, a gestora afirma que eles representam a história da associação e fragmentos de uma poética dos artistas participantes. “Essas obras narram a história pictórica da arte de Joinville, sejam elas em tela ou em vídeo”, pontua Angela.

A exposição 40 anos da AAPLAJ ficará no porão do MAJ até o dia 5 de maio. O espaço está aberto para visitação de terça a domingo, das 10h às 16h. A entrada é gratuita.











quarta-feira, 29 de março de 2023

Tomar colágeno funciona?

 



Com base nos ensaios clínicos e revisões científicas existentes sobre esse tema, NÃO vemos bons motivos (resultados positivos x custo benefícios) em prescrever colágeno hidrolisado, principalmente quando o assunto é a melhora dos aspectos/saúde da pele. Apesar de alguns dermatos insistirem em prescrever.

Algumas revisões até trazem resultados de um leve benefício da suplementação com o colágeno para a pele, porém, ao avaliar os estudos que compõem esses trabalhos, é perceptível que há muitas falhas metodológicas (desconsideram fatores importantes, como alimentação e hidratação), além de uma boa parte ser patrocinada por empresas que produzem e comercializam colágeno.

Então, ao contrário de investir em colágeno para a pele, indicamos que nossos pacientes que tolerem, deem preferência a um melhor consumo de outras proteínas de alto valor biológico ao longo do dia (ovos, carnes magras, peixes, leguminosas, laticínios).

Com relação a utilização de alguns tipos de colágeno para alterações ortopédicas (UC-II, por exemplo), já existem estudos um pouco melhores e, em alguns casos, cabe a suplementação. Mas cada paciente é único e isso só poderá ser decidido após uma avaliação profissional (nutricionista e médico).

Autor: Rodrigo Lamonier - Nutricionista e Profissional da Educação física
Revisores: 
Dr, Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM 13192 - RQE 11915
Márcio José de Souza - Profissional de Educação física e Graduando em Nutrição.
Dra. Edite Melo Magalhães - Médica especialista em Clínica médica - CRM-PE 23994 - RQE 9351 
Dr. Leandro Houat - Médico especialista em Medicina de família e comunidade - CRM-SC 27920 - RQE 20548 

terça-feira, 28 de março de 2023

#VotaCFM



No dia 30/03, os conselheiros do CFM vão votar a proposta de regulamentação do uso indevido de esteroides anabolizantes e similares para fins estéticos. 

Essa regulamentação foi amplamente discutida e partiu da demanda das especialidades médicas envolvidas e extremamente preocupadas com a situação atual alarmante dessa má prática. 

Compartilhe a #votacfm! 

Abrace essa causa! 

domingo, 26 de março de 2023

Carta conjunta de sociedades médicas do CFM

 


Para acessar o documento em PDF clique aqui.


sexta-feira, 24 de março de 2023

Pular refeições vai te ajudar no processo de emagrecimento? Por Rodrigo Lamonier (Nutricionista da Clínica Medicare)


Muitas pessoas que visam acelerar os resultados do emagrecimento começam com um comportamento problemático de pular determinadas refeições para compensar os excessos de outras situações (mesmo sentindo fome). E acredite, essa estratégia provavelmente NÃO vai te auxiliar no processo de emagrecimento e pode ser um grande tiro no pé.

O mais importante é que você não se coloque em situações que sabe que dificultará o seu processo (ex: rodízios, compras de alimentos "gatilhos" para a dispensa). E para saber manejar isso, é importante acompanhamento profissional!

E para minimizar saídas excessivas da dieta, antes de sair de casa:

-Faça uma refeição completa da forma mais natural possível (com carboidratos, proteínas, gorduras e fibras);

-Beba bastante água ao longo de todo o dia e, caso tenha bebidas alcoólicas, limite e/ou intercale com água;

-Evite ficar beliscando alimentos de alta densidade calórica durante o dia todo (ex: amendoim, torresmo, carnes gordas, preparações açucaradas);

-Caso viaje, não fique totalmente sedentário (a). Separe algum momento do dia para se movimentar, nem que seja uma simples caminhada;

-Não faça com que situações comemorativas sejas desculpas para você perder totalmente sua boa rotina, já que se isso acontecer, as comemorações serão sempre um gatilho para que você não evolua no processo de reeducação alimentar.

O que mais atrapalha na adesão a um plano alimentar?

Desde 2010 quando comecei o consultório, sempre busquei tentar entender o porquê de alguns pacientes não conseguirem seguir um plano alimentar prescrito pelo nutricionista. Os motivos são diversos mas os principais abordarei nesse texto.

Dieta muito restritiva

Quando o plano alimentar é muito restritivo e elimina completamente determinados alimentos, pode ser difícil para o paciente manter a adesão a longo prazo, especialmente se ele gostar desses alimentos. É importante encontrar um equilíbrio e permitir algumas indulgências ocasionalmente. O paciente fica com a sensação de estar vivenciando uma prisão e logo abandonará a dieta. Pior: isso pode ser o começo de um transtorno alimentar grave em indivíduos com predisposição. Então sempre friso para o Rodrigo (o Nutricionista que atende meus pacientes): O processo não pode ser um martírio. O paciente precisa ter vida social.

Planejamento inadequado

A falta de planejamento pode levar a escolhas alimentares inadequadas e excessos, especialmente quando o paciente está em situações sociais (festas, eventos, restaurantes) ou em viagens. É importante ensinar o paciente a planejar antecipadamente e a ter opções saudáveis sempre disponíveis. Isso chama-se planejamento. Sendo dever do nutricionista orientar o paciente sobre como planejar. O planejamento deve ser feito em 2 âmbitos: planejamento do cardápio da semana e o planejamento de situações.

Expectativas irrealistas

Quando o paciente espera resultados rápidos e significativos, pode se desmotivar se não conseguir atingir suas metas no tempo desejado. É importante estabelecer expectativas realistas e ajudar o paciente a celebrar pequenas conquistas ao longo do caminho. O paciente geralmente não levou 1 ano para engordar 30kg, ou seja, não será rapidamente que ele perderá esse peso. Muitas vezes atendo pacientes descontentes porque eliminaram 4kg em 1 mês. O que para os parâmetros dos meus pacientes considero um ótimo resultado. Ou seja, é preciso ter pé no chão e entender que obstáculos existem no processo. Não é porque aos 20 anos você perdia 8kg em 1 mês que aos 50 o resultado será semelhante.

Dificuldades emocionais

Muitas pessoas usam a comida como uma forma de lidar com vazios emocionais, situações de frustração, estresse, tristeza ou tédio. É importante abordar essas questões emocionais para ajudar o paciente a encontrar outras estratégias e evitar o uso da comida como uma solução. A psicoterapia tem um lugar de destaque para os pacientes com "fome emocional". Sempre que possível solicito para os meus pacientes que façam acompanhamento com psicólogo, entretanto muitos ainda possuem preconceito.

Falta de apoio social

A falta de apoio social pode tornar difícil para o paciente manter a motivação e a adesão ao plano alimentar. É importante encorajar o paciente a buscar apoio de amigos e familiares, ou até mesmo considerar a participação em grupos de apoio a pessoas que buscam emagrecer. Cônjuge não colaborador infelizmente existe! 

Questões físicas e médicas

Algumas pessoas podem ter problemas de saúde subjacentes (comorbidades) que tornam a perda de peso mais difícil. É importante avaliar e tratar essas comorbidades para ajudar o paciente a alcançar seus objetivos de emagrecimento.

Autor: Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM-GO 13192 - RQE 11915 / CRM-SC 32949 - RQE 22416
Revisores: 
Rodrigo Lamonier - Nutricionista e Profissional da Educação física

30 vantagens de seguir a Nutrologia e 30 desvantagens de acordo com o ChatGTP

Vantagens da Nutrologia segundo o ChatGTP

  1. Possibilidade de ajudar as pessoas a melhorar sua saúde e qualidade de vida.
  2. Possibilidade de atuar em diferentes áreas, como emagrecimento, esportes, envelhecimento saudável, doenças metabólicas, entre outras.
  3. Alta demanda por profissionais de nutrologia em todo o mundo.
  4. Remuneração financeira atraente.
  5. Oportunidade de trabalhar com pacientes de diferentes idades e perfis.
  6. Possibilidade de desenvolver seu próprio negócio na área de nutrologia.
  7. Trabalho em equipe com outros profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, psicólogos, educadores físicos, entre outros.
  8. Aprendizado contínuo e atualização constante em relação às pesquisas e avanços na área de nutrição e saúde.
  9. Possibilidade de trabalhar em clínicas, hospitais, academias, empresas e outros locais.
  10. Capacidade de prevenir doenças relacionadas à nutrição, como obesidade, diabetes, hipertensão, entre outras.
  11. Possibilidade de desenvolver um plano alimentar personalizado para cada paciente.
  12. Ajudar a melhorar o desempenho de atletas e praticantes de atividades físicas.
  13. Possibilidade de contribuir para a melhoria da saúde pública por meio de campanhas e programas de conscientização.
  14. Trabalho com uma variedade de alimentos e receitas.
  15. Possibilidade de atuar como consultor ou palestrante em eventos de nutrição e saúde.
  16. Aprendizado sobre nutrição clínica e sua aplicação no tratamento de doenças.
  17. Possibilidade de trabalhar com pacientes com transtornos alimentares, como anorexia e bulimia.
  18. Possibilidade de desenvolver pesquisas e estudos na área de nutrição.
  19. Acompanhamento de pacientes em diferentes fases da vida, como gestantes, bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos.
  20. Possibilidade de trabalhar em parceria com nutricionistas e outros profissionais da área de saúde.
  21. Trabalho com a alimentação saudável e sustentável.
  22. Possibilidade de atuar em programas de emagrecimento saudável.
  23. Contribuição para o tratamento de doenças crônicas, como câncer e doenças cardiovasculares.
  24. Ajuda para pacientes que buscam mudanças de hábitos alimentares para melhorar sua saúde.
  25. Possibilidade de desenvolver receitas saudáveis e saborosas para os pacientes.
  26. Aprendizado sobre suplementação e sua aplicação na nutrição.
  27. Trabalho em equipe com cozinheiros e chefs para desenvolver pratos saudáveis.
  28. Oportunidade de desenvolver projetos sociais que envolvam a alimentação e a nutrição.
  29. Capacidade de atuar como influenciador digital ou em mídias sociais, disseminando informações sobre nutrição e saúde.
  30. Possibilidade de atuar em clínicas de estética, contribuindo para melhorias na aparência e autoestima dos pacientes.

Desvantagens da Nutrologia segundo o ChatGTP, ele só conseguiu enumerar 22. Precisa melhorar muito rs.

  1. Exigência de alto nível de conhecimento e atualização constante para acompanhar as novas pesquisas e descobertas na área de nutrição e saúde.
  2. Dificuldade em lidar com pacientes que não seguem as orientações nutricionais e desistem do tratamento.
  3. Possibilidade de enfrentar situações de conflito ético, especialmente no que diz respeito ao uso de suplementos e medicações.
  4. Pressão por resultados rápidos e eficazes, o que pode gerar frustrações no tratamento dos pacientes.
  5. Necessidade de seguir rigorosas normas sanitárias e de higiene em clínicas e hospitais.
  6. Possibilidade de lidar com pacientes que possuem doenças crônicas e complexas, o que exige uma abordagem multidisciplinar e individualizada.
  7. Dificuldade em lidar com pacientes que possuem transtornos alimentares, como anorexia e bulimia.
  8. Carga horária de trabalho elevada, especialmente em clínicas e hospitais que atendem pacientes com horários diferenciados.
  9. Possibilidade de lidar com pacientes que possuem restrições alimentares devido a condições médicas específicas, o que pode ser um desafio para o desenvolvimento de um plano alimentar adequado.
  10. Dificuldade em lidar com pacientes que possuem comportamentos alimentares compulsivos e tendências a vícios alimentares.
  11. Necessidade de lidar com casos de obesidade extrema, o que pode exigir o uso de técnicas invasivas, como cirurgia bariátrica.
  12. Necessidade de seguir rígidas normas de ética e conduta, especialmente quando se lida com pacientes de outras especialidades médicas.
  13. Possibilidade de lidar com pacientes que possuem alergias ou intolerâncias alimentares, o que exige um conhecimento aprofundado das diferentes fontes de alérgenos.
  14. Dificuldade em lidar com pacientes que possuem dificuldade em seguir um plano alimentar, o que pode resultar em fracasso no tratamento.
  15. Possibilidade de lidar com pacientes que possuem hábitos alimentares culturalmente diferentes, o que pode exigir um conhecimento específico de diferentes práticas culinárias.
  16. Dificuldade em lidar com pacientes que possuem restrições alimentares devido a questões religiosas, o que pode exigir adaptações no plano alimentar.
  17. Possibilidade de enfrentar desafios financeiros, especialmente em casos de pacientes que não possuem condições de pagar por consultas e tratamentos.
  18. Necessidade de trabalhar em equipe com outros profissionais de saúde, o que pode exigir uma comunicação clara e eficaz.
  19. Dificuldade em lidar com pacientes que possuem dificuldades em compreender as orientações nutricionais, como idosos ou pessoas com problemas cognitivos.
  20. Possibilidade de lidar com pacientes que possuem transtornos psicológicos, o que pode exigir um conhecimento aprofundado em psicologia.
  21. Dificuldade em lidar com pacientes que possuem expectativas irreais em relação aos resultados do tratamento.
  22. Necessidade de seguir rigorosas normas de segurança alimentar, especialmente em casos de pacientes imunocomprometidos.



30 motivos para se fazer caridade e 30 formas de se fazer caridade.


Tempos atrás preparei um post sobre caridade (https://www.ecologiamedica.net/2022/05/instituicoes-de-caridade-goiania.html?m=0) . Lugares para se fazer caridade em Goiânia etç... então resolvi perguntar pro ChatGTP 30 motivos para se fazer caridade e 30 formas de se praticar a caridade... mas o CHATGTP só forneceu 29 e algumas desconexas. Mas vamos lá:

 Aqui estão 30 motivos para se fazer caridade no Brasil:
  1. Contribuir para a redução da desigualdade social e econômica no país.
  2. Ajudar a combater a fome e a pobreza, que ainda afetam milhões de brasileiros.
  3. Proporcionar acesso à educação, saúde e outros direitos básicos a pessoas em situação de vulnerabilidade.
  4. Ajudar a promover a inclusão social de grupos marginalizados, como pessoas com deficiência e LGBT.
  5. Contribuir para a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais do país.
  6. Apoiar a cultura local e regional, por meio do patrocínio a projetos culturais.
  7. Ajudar a combater a violência e a criminalidade, por meio de projetos de segurança comunitária.
  8. Proporcionar oportunidades de trabalho e renda para pessoas em situação de desemprego.
  9. Apoiar projetos de habitação popular e de combate à moradia precária.
  10. Ajudar a combater a discriminação e o preconceito, por meio de projetos de educação e conscientização.
  11. Promover o voluntariado e a participação cívica na sociedade.
  12. Fomentar o desenvolvimento econômico e social de regiões menos favorecidas do país.
  13. Apoiar projetos de desenvolvimento sustentável, como a agricultura familiar e a produção de alimentos orgânicos.
  14. Ajudar a combater a exclusão digital e a promover o acesso à tecnologia para todos.
  15. Apoiar projetos de defesa dos direitos humanos, da criança e do adolescente, da mulher e da diversidade religiosa e cultural.
  16. Contribuir para a proteção e o bem-estar dos animais, por meio de projetos de proteção animal.
  17. Apoiar projetos de pesquisa científica e tecnológica, visando ao desenvolvimento do país.
  18. Proporcionar atendimento médico e odontológico de qualidade para pessoas em situação de vulnerabilidade.
  19. Apoiar projetos de assistência social, como creches e abrigos para idosos e pessoas com deficiência.
  20. Fomentar a educação e a capacitação profissional, por meio de projetos de ensino e treinamento.
  21. Apoiar projetos de proteção e preservação do patrimônio histórico e cultural do país.
  22. Ajudar a combater o abuso e a exploração sexual, por meio de projetos de prevenção e conscientização.
  23. Proporcionar apoio emocional e psicológico para pessoas em situação de crise ou traumas.
  24. Fomentar a prática do esporte e do lazer, por meio de projetos de incentivo e patrocínio.
  25. Apoiar projetos de reciclagem e de gestão de resíduos, visando à proteção do meio ambiente.
  26. Ajudar a combater o trabalho infantil e a exploração do trabalho escravo.
  27. Apoiar projetos de promoção da arte e da cultura popular, como festivais e feiras.
  28. Proporcionar acesso à justiça e ao amparo legal para pessoas em situação de vulnerabilidade.
  29. Ajudar a combater a dependência química
Continuei e perguntei 30 maneiras de se fazer caridade:

Aqui estão 30 exemplos de atos de caridade que você pode fazer:
  1. Doar alimentos a pessoas em situação de vulnerabilidade social.
  2. Oferecer roupas e agasalhos a pessoas em situação de rua.
  3. Realizar doações para instituições de caridade e projetos sociais.
  4. Voluntariar em abrigos, asilos e hospitais.
  5. Visitar e fazer companhia a idosos que vivem sozinhos.
  6. Oferecer serviços de consultoria ou mentoria gratuitamente para empreendedores sociais.
  7. Participar de campanhas de doação de sangue.
  8. Fazer doações de brinquedos, livros e material escolar para crianças carentes.
  9. Participar de mutirões de limpeza em áreas degradadas ou praias poluídas.
  10. Oferecer serviços de corte de cabelo e barbearia para pessoas em situação de rua.
  11. Oferecer ajuda financeira ou material para famílias que perderam tudo em enchentes ou desastres naturais.
  12. Fazer visitas regulares a hospitais para levar mensagens de esperança e conforto a pacientes e suas famílias.
  13. Oferecer ajuda para cuidar de animais abandonados ou em abrigos.
  14. Oferecer transporte gratuito para pessoas idosas ou com deficiência.
  15. Realizar doações para entidades que cuidam de pessoas com doenças crônicas.
  16. Fazer doações de equipamentos e materiais para escolas públicas.
  17. Oferecer serviços de reparos domésticos para famílias que não têm condições de pagar por esses serviços.
  18. Realizar mutirões de plantio de árvores em áreas degradadas.
  19. Oferecer ajuda financeira ou material para pessoas em situação de vulnerabilidade que estão lutando contra doenças graves.
  20. Oferecer ajuda para famílias que precisam cuidar de um ente querido com deficiência ou doença crônica.
  21. Realizar doações de medicamentos e equipamentos hospitalares para instituições que cuidam de pessoas doentes.
  22. Oferecer serviços de tradução ou interpretação gratuitamente para pessoas que não falam a língua local.
  23. Oferecer ajuda para limpar e manter parques e jardins públicos.
  24. Fazer doações de alimentos e produtos de higiene para abrigos de animais.
  25. Oferecer ajuda para pessoas que precisam se mudar ou se realocar por motivos de trabalho ou estudos.
  26. Participar de projetos que visam melhorar a qualidade de vida de comunidades carentes.
  27. Fazer doações de computadores e equipamentos de informática para escolas e bibliotecas públicas.
  28. Oferecer serviços de consultoria financeira ou jurídica gratuitamente para pessoas carentes.
  29. Realizar doações de brinquedos e presentes para crianças em hospitais ou abrigos.
  30. Oferecer ajuda para pessoas que precisam de acompanhamento médico ou terapêutico, mas não têm condições de pagar por isso.

quinta-feira, 23 de março de 2023

Sou vegetariano e agora? Como obter ômega 3?



Os ácidos graxos poli-insaturados abrangem as famílias do ômega 3 e ômega 6. O nosso corpo não consegue sintetizar      esses lipídeos, por isso estes são considerados ácidos graxos essenciais, o que torna necessário obtê-los por meio da dieta.

Existem 3 tipos de ômega 3: ALA (ácido alfa-linolênico), EPA (ácido eicosapentanóico) e DHA (ácido docosahexanóico). É fundamental para a manutenção das funções das membranas celulares, para o desenvolvimento e funcionamento do cérebro e do sistema nervoso central, para a produção de eicosanoides (mediadores inflamatórios), agregação plaquetária e coagulação, resposta imune e a regulação das secreções hormonais.

Dietas vegetarianas e veganas podem ser ricas em ALA que está presente em alimentos de origem vegetal, principalmente, em sementes, como chia e linhaça. A maioria dos estudos mostra maior ingestão de ALA por veganos e alguns mostram ingestão menor ou igual quando comparados com onívoros. Isso é devido as diferentes escolhas alimentares individuais.

Como deve ser o equilíbrio entre ômega-3 e ômega-6?

Além das fontes alimentares, é necessário atentar-se à proporção de ômega 3 e ômega 6 ingeridos, pois é essencial para o equilíbrio de funções do organismo como reações imunológicas e inflamatórias.

O ômega 3 (ALA), quando ingerido, precisa ser convertido em outros dois compostos (suas formas ativas): DHA e EPA, mas, a eficiência desse processo é baixa em humanos e depende de fatores como a quantidade consumida e da ingestão de outros nutrientes.

Essa conversão pode ser otimizada quando a quantidade de ômega 6 ingerido não é elevado. Se esse consumo for elevado, a conversão do ômega 3 para sua forma ativa EPA e DHA fica mais difícil. As conclusões dos estudos, ainda, diferem quando se trata das recomendações de proporção ômega 3 e ômega 6, em geral, as recomendações sugeridas por pesquisadores são de 4:1 (e sempre abaixo de 10:1).

Alguns pontos importantes devem ser considerados no balanço de ácidos graxos ômega 3. É fundamental a inclusão diária de fontes de ALA na alimentação como semente de linhaça (22,8g de ALA em 100g), semente de chia (17,8g de ALA em 100g) e óleo de linhaça (53,4g de ALA em 100g) que são fontes com maiores concentrações e as nozes (9g de ALA em 100g) com menor concentração.

Segundo alguns autores, a recomendação de ALA para adultos vegetarianos seria o dobro da recomendação para os onívoros, ou seja, de 1,1g/dia para 1,1g para cada 1.000 kcal ou 1% da energia para ácidos graxos ômega 3 para veganos e vegetarianos.

Isso garante, numa dieta de 2.000 kcal, a ingestão de pelo menos 2,2 g/dia (até 4,4 g/d) de ALA (que corresponde a 1-2% das kcal de ácidos graxos ômega 3). Isso é equivalente a, no mínimo, 1 a 2 colheres de sopa de sementes de linhaça moída ao dia ou 1 a 2 colheres de chá de óleo de linhaça.

Ainda buscando otimizar a conversão de ALA em EPA e DHA, além do consumo diário das fontes concentradas de ômega 3, é importante considerar a exclusão do consumo de produtos que contenham gordura trans (como alimentos ultraprocessados e margarina); a redução do consumo de ácidos graxos ômega 6 quando estiverem em excesso; controlar e limitar o consumo de alimentos fontes de gordura saturada e álcool; priorizar uma alimentação equilibrada e saudável com fontes de vitamina B3 e B6, vitamina C e minerais como o magnésio e o zinco.

Apenas vegetarianos e veganos devem suplementar ômega-3?

Em algumas fases da vida como gestação, lactação e crianças até 2 anos, devem ser usados fontes DHA na forma de suplementos microalgas. E, até o momento, não há evidência de que, fora dessas condições, vegetarianos e veganos devam suplementar EPA e DHA.

Como em outras situações, o equilíbrio e a priorização de uma alimentação variada garante a oferta de todos os nutrientes, promovendo saúde e bem estar.

Referências bibliográficas
  • Baker, E. J., et al. Metabolism and functional effects of plant-derived omega-3 fatty acids in humans. Progress in Lipid Research, 2016.
  • Burns-Whitmore, B., et al., Alpha-Linolenic and Linoleic Fatty Acids in the Vegan Diet: Do They Require Dietary Reference Intake/Adequate Intake Special Consideration? Nutrients, 2019. 11(10)
  • Greupner, T., et al. Effects of a low and a high dietary LA/ALA ratio on long-chain PUFA concentrations in red blood cells. Food & Function, 2018.
  • Miles, F.L., et al., Plasma, Urine, and Adipose Tissue Biomarkers of Dietary Intake Differ Between Vegetarian and Non-Vegetarian Diet Groups in the Adventist Health Study-2. J Nutr, 2019. 149(4): p. 667-675.
  • Plourde, M. and S.C. Cunnane, Extremely limited synthesis of long chain polyunsaturates in adults: implications for their dietary essentiality and use as supplements. Appl Physiol Nutr Metab, 2007. 32(4): p. 619-34.
  • Sarter, B., et al., Blood docosahexaenoic acid and eicosapentaenoic acid in vegans: sociations with age and gender and effects of an algal-derived omega-3 fatty acid supplement. Clin Nutr, 2015. 34(2): p. 212-8
  • Simopoulos, A.P., Human requirement for N-3 polyunsaturated fatty acids. Poult Sci, 2000. 79(7): p. 961-70.
  • Slywitch, Eric. Guia de Nutrição Vegana para Adultos da União Vegetariana Internacional (IVU). Departamento de Medicina e Nutrição. 1ª edição, IVU, 2022.
  • Welch, A.A., et al., Dietary intake and status of n-3 polyunsaturated fatty acids in a population of fish-eating and non-fish-eating meat-eaters, vegetarians, and vegans and the product-precursor ratio [corrected] of alpha-linolenic acid to long-chain n-3 polyunsaturated fatty acids: results from the EPIC-Norfolk cohort. Am J Clin Nutr, 2010. 92(5): p. 1040-51.

segunda-feira, 20 de março de 2023

Romantizar não, acolher sim - Por Rodrigo Lamonier (Nutricionista da Clínica Medicare)

 

sábado, 18 de março de 2023

Campanha Bomba tô fora: Efeitos neuropsiquiátricos do uso de anabolizantes

Você sabia que o nosso cérebro é cheio de receptores - pontos na célula onde os hormônios se ligam - para a testosterona e seus derivados? 

Ou seja, se você usa testosterona em doses altas ou sem ter deficiência desse hormônio, esses receptores vão ficar muito estimulados. Você vai ficar mais irritado, mais agressivo… com “pavio curto” e sujeito a comportamentos mais agressivos - com risco aumentado até mesmo de cometer crimes violentos. 

Seu cérebro pode ter um volume menor, você pode ficar mais depressivo, com oscilações de humor e até ter surtos psicóticos. 

A dependência também pode acontecer. Não entre nessa ou saia dessa se você já entrou. 

Sua saúde mental, sua segurança e sua integridade física valem mais do que possíveis benefícios do uso de esteroides anabolizantes. Informe-se. 

Visite o site www.bombatofora.com.br e acompanhe o programa #BombaTôFora nas redes sociais. 

Abrace essa causa.










Síndrome de Ehlers Danlos

Sou portador de síndrome de Ehlers Danlos e de intolerância histaminérgica e até chegar ao diagnóstico passei por vários médicos. 

Síndrome de Ehlers Danlos (SED) que consiste em um grupo de condições hereditárias raras que acometem o tecido conjuntivo. O tecido conjuntivo é um tecido de conexão, que possui uma diversidade muito grande de células e é composto por uma quantidade significativa de matriz extracelular, dividida em substância fundamental amorfa (SFA) e fibras. Esse tecido desempenha diversas funções no nosso organismo, como preenchimento, sustentação, defesa e armazenamento. 

O tecido conjunto é dividido em:
  1. Conjuntivo propriamente dito
  2. Conjuntivo especial, que inclui: tecido adiposo, tecido hematopoiético, tecido elástico, tecido cartilaginoso, tecido ósseo.
O tecido conjuntivo tem função de:
  • Preenchimento, 
  • Sustentação, 
  • Defesa, 
  • Armazenamento, 
  • Transporte
As células que compõem o tecido conjuntivo são: 
  • Fibroblastos, 
  • Plasmócitos, 
  • Mastócitos, 
  • Macrófagos, 
  • Leucócitos,
  • Células adiposas.
Existem vários tipos de SED e alguns sintomas podem ser comuns nos vários subtipos. Como por exemplo:
  • Uma maior amplitude de movimento articular (hipermobilidade articular = pessoas hipermóveis), que pode estar presente em até 330% de indivíduos "saudáveis". 
  • Pele mais elástica que o habitual
  • Pele frágil que lesiona facilmente
A SED pode afetar as pessoas de diferentes maneiras. Para alguns, a condição é relativamente leve, enquanto para outros os sintomas podem ser incapacitantes. 

Os diferentes tipos de EDS são causados ​​por falhas em certos genes que tornam o tecido conjuntivo mais fraco. Dependendo do tipo de EDS, o gene defeituoso pode ter sido herdado de um dos pais ou de ambos. 

Quando um dos pais tem hipermobilidade, maior a propensão dos filhos portarem os genes. Porém, as vezes, o gene alterado não é herdado, mas ocorre na pessoa pela primeira vez. Alguns dos tipos raros e graves podem ser fatais.

Existem 13 tipos de EDS, a maioria dos quais são raros. O SED hipermóvel  (SEDh = Tipo III) é o tipo mais comum 990%). Outros tipos de SED incluem:

O site EDS Support UK tem mais informações sobre os diferentes tipos de SED: https://www.ehlers-danlos.org/what-is-eds/information-on-eds/types-of-eds/

SED hipermóvel é o mais comum e o paciente pode apresentar:
  • Hipermobilidade articular
  • Articulações frouxas e instáveis ​​que podem sofrer luxação facilmente
  • Dores nas articulações e articulações estalando ou crepitando
  • Cansaço extremo (fadiga)
  • Pele que lesionada facilmente
  • Desmografismo (quando a pele é pressionada contra alguma quina de mesa ou sacola, a marca permanece um tempo)
  • Alterações no trato digestivos, como  refluxo (azia, pirose), epigastralgia (dor na região do estômago), gastroparesia (esvaziamento do conteúdo do estômago mais lento), enteroparesia (constipação), divertículose, doença hemorroidária.
  • Vertigens e aumento da frequência cardíaca depois de se levantar (o chamado POTS, que é a taquicardia postural)
  • Problemas com órgãos internos, como  problemas na válvula mitral  ou prolapso de órgãos (retal)
  • Problemas com o controle da bexiga (incontinência urinária)
SED clássico (SEDc) é menos comum que a a SEDh e tende a afetar mais a pele. Sendo assim, o paciente pode apresentar:
  • Hipermobilidade articular
  • Articulações frouxas e instáveis ​​que podem sofrer luxação facilmente
  • Dores nas articulações e articulações estalando ou crepitando
  • Pele mais elástica e frágil, principalmente na região da teste, joelhos, canelas e cotovelos
  • A pele é mais lisa e aveludada  e facilmente lesiona
  • Feridas que demoram a cicatrizar e deixam cicatrizes largas, hipertróficas, tipo quelóide.
  • Hérnias e prolapso de órgãos
SED vascular (SEDv) é um tipo raro de SED e é considerada de maior gravidade, já que afeta os vasos sanguíneos e os órgãos internos, o que pode fazer com que eles se abram e levem a sangramento com risco de vida. Os pacientes podem apresentar:
  • Pele que machuca muito facilmente
  • Pele fina com pequenos vasos sanguíneos visíveis, particularmente na parte superior do tórax e nas pernas
  • Vasos sanguíneos frágeis que podem inchar ou lacerar (romper), resultando em hemorragia interna grave. Varizes  e cicatrização retardada
  • Risco de lacerações intestinais, lacerações no útero (no final da gestação) e colapso parcial do pulmão
  • Os dedos das mãoes e dos pés são hipermóveis
  • Características faciais incomuns (como nariz e lábios finos, olhos grandes e lóbulos das orelhas pequenos),  
A SED cifoescoliótica é um subtipo raro e os pacientes podem ter:
  • Curvatura da coluna cervical - isso começa na primeira infância e muitas vezes piora na adolescência
  • Hipermobilidade articular
  • Articulações frouxas e instáveis ​​que se deslocam facilmente
  • Tônus ​​muscular fraco desde a infância (hipotonia) – isso pode causar um atraso em sentar e andar ou dificuldade em andar se os sintomas piorarem
  • Olhos frágeis que podem ser facilmente danificados
  • Pele macia e aveludada que é elástica, machuca facilmente e deixa cicatrizes
Transtorno do Espectro de Hipermobilidade (HSD)

Algumas pessoas têm problemas causados ​​por hipermobilidade, mas não têm nenhuma das condições específicas de SED. Eles podem ser diagnosticados com transtorno do espectro de hipermobilidade (HSD), que é tratado da mesma forma que a SEDh.

A hipermobilidade articular, por exemplo, é relativamente comum, afetando até 30-40% da população. 

Se houver a possibilidade de você ter um dos tipos raros de EDS, procure um geneticista. Ele questionará na anamnese o seu histórico médico, histórico familiar, avaliará seus sintomas e poderá realizar um  exame de sangue genético  para confirmar o diagnóstico.

Condições que podem ocorrer na SED 

Alguns sintomas podem acompanhar a SED e isso pode ajudar na suspeição de que se trata de um paciente com SED, são elas: 
  • Hipermobilidade, 
  • Síndrome de ativação mastocitária (SAM), 
  • Taquicardia postural ortostática (POTs), 
  • Intolerância histaminérgica ou intolerância à histamina (IH).
  • Síndrome de encefalite miálgica,
  • Disautonomia.



Diagnóstico da SED

O diagnóstico da SED se dá na maioria dos casos através da anamnese, exame físico.

Muitos me perguntam se o exame genético é importante? Se considerarmos que o tipo III (o mais comum) não tem nenhum gene relacionado e o tipo III corresponde a 90% dos casos, podemos ficar apenas com o diagnóstico clínico.

Entretanto, caso o paciente queira afastar os tipos mais raros, aí solicita-se o painel genético. Nesse caso o paciente deve procurar um geneticista. Os planos de saúde não cobrem o painel genético e o valor do exame é alto. 



No vídeo abaixo, uma amiga (Dra. Maike, médica fisiatra, para quem indico os meus pacientes com SED) ensina como identificar síndrome de hipermobilidade articular. Se você percebe que tem os sintomas acima, além de hipermobilidade, procure um fisiatra ou reumatologista ou ortopedista. Aqui vale uma adendo, tenho observado que crianças portadoras do TEA geralmente possuem mais hipermobilidade.


Tratamento para SED

Não há tratamento específico para SED , mas é possível gerenciar muitos dos sintomas com apoio e aconselhamento de profissionais que conheçam a síndrome.  

Por exemplo, o fisioterapeuta pode ensinar exercícios para ajudar a fortalecer suas articulações, evitar lesões e controlar a dor. 

Já o terapeuta ocupacional  pode ajudá-lo a gerenciar as atividades diárias e dar conselhos sobre equipamentos que podem ajudá-lo. 

Psicoterapia, em especial a terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode ser útil se o paciente estiver lutando para lidar com a dor a longo prazo. 

Nutrólogo ou Nutricionista podem identificar alimentos que fazem ativação mastocitária ou se o paciente tem intolerância histaminérgica. 

Live organizada pelo CREMEGO

No dia 19 de Março de 2023 o CRM-GO organizou uma live com duas especialistas em SED: https://www.facebook.com/cremego/videos/730481248707874

sexta-feira, 17 de março de 2023

Pouca carga durante o treino gera algum resultado? Por Rodrigo Lamonier - Nutricionista da Clínica Medicare

 

Se você acha que precisa levantar o máximo de carga na hora do treino para alcançar resultados satisfatórios no aumento da massa muscular, saiba que esse é um equívoco!

Os treinos de altíssimas intensidades podem sim ser interessantes em determinados períodos de periodização, mas treinar com uma carga mais pesada, é mais importante no aumento da força muscular do que da musculatura/hipertrofia propriamente dita.

Existem trabalhos comparando treinos realizados com cargas super leves (30% da força total daquela pessoa), cargas moderadas (70% da força total da pessoa) e cargas pesadas (90% da força total da pessoa). Ou seja, se uma pessoa utilizando sua força máxima, consegue fazer uma única repetição no legpress com 100kg, 30% da sua força total seria 30kg.

Nesses trabalhos são demonstrados que se o volume total de treino for equivalente (SÉRIES x REPETIÇÕES x CARGA), os resultados em hipertrofia muscular tendem a ser bem parecidos. No caso, um indivíduo que treina a 30%RM precisará fazer bem mais repetições do que alguém a 90%RM, mas no final, a hipertrofia não mudará de forma significativa.

Sendo assim, o ideal é que você faça os exercícios conforme prescritos pelo profissional de Educação física, que considerará suas necessidades/individualidades, não levando em consideração apenas a carga levantada.

quarta-feira, 15 de março de 2023

Prescrição de hormônios anabolizantes para fins estéticos é infração ética

 





Dieta Cetogênica pode dobrar o risco de doença cardíaca



Tema que chamou atenção no Congresso Mundial de Cardiologia (WCC) em 2023, foi o aumento do risco cardiovascular promovido pelas dietas cetogênicas. 

Uma dieta com baixo teor de carboidratos e alto teor de gordura, apelidada de dieta "tipo Keto ou Keto Diety", foi associada a um aumento nos níveis de LDL e a um aumento de duas vezes no risco de futuros eventos cardiovasculares, em um novo estudo observacional.

"Até onde sabemos, este é o primeiro estudo a demonstrar uma associação entre uma plataforma alimentar restrita em carboidratos e maior risco de doença cardiovascular aterosclerótica", disse a coordenadora do estudo Iulia Iatan, MD, PhD,  da University of British Columbia, Vancouver, Canadá.

“A hipercolesterolemia que ocorre durante uma Keto diet não deve ser considerada benigna”, concluiu ela. O estudo foi apresentado dia 5 de março na Sessão Científica do American College of Cardiology (ACC) no congresso mundial de cardiologia. 

A apresentação recebeu muita atenção da mídia, com manchetes sugerindo uma relação causal com eventos cardíacos com base nesses resultados observacionais. Mas o especialista em lipídios Steven Nissen, MD, Cleveland Clinic, Cleveland, Ohio, alertou contra prestar muita atenção às manchetes ou às conclusões do estudo.

Alguns especialistas na área de lipídios apontaram que o aumento do LDL no grupo de dieta "tipo Keto" foi relativamente pequeno e "certamente não é suficiente para produzir uma duplicação do risco cardiovascular".

Existem vários vieses no estudo. As pessoas que estavam na Keto diet neste estudo eram diferentes daquelas que estavam na dieta padrão. Além disso aqueles que seguiam a dieta keto faziam isso por um motivo (comorbidade) - maior prevalência de sobrepeso/obesidade tinham uma incidência maior de diabetes mellitus, sendo assim, o perfil era completamente diferente e altamente favorável para um maior risco cardiovascular. Mesmo que os pesquisadores tenham tentado ajustar para outros fatores de risco cardiovascular , haverá confusão não medida em um estudo como este.

Para Niesen (correspondente do Medscape cardiology(, este estudo não "responde a quaisquer perguntas significativas da maneira que queremos que sejam respondidas. Não sou um grande fã desse tipo de dieta, mas não acho que duplique o risco de efeitos adversos eventos cardiovasculares, e não acho que este estudo nos diga uma coisa ou outra". 


Para o estudo, Iatan e seus colegas definiram uma dieta com baixo teor de carboidratos e alto teor de gordura consistindo em não mais que 25% da energia diária total de carboidratos e mais de 45% do total de calorias diárias de gordura. Isso é um pouco maior em carboidratos e menor em gordura do que uma dieta cetogênica estrita, mas pode ser considerada uma dieta 'semelhante ao Keto'.

Eles analisaram dados do UK Biobank, um banco de dados prospectivo em larga escala com informações de saúde de mais de meio milhão de pessoas que vivem no Reino Unido e foram acompanhadas por pelo menos 10 anos.

Ao se inscrever no Biobank, os participantes preencheram um questionário de dieta de 24 horas auto-relatado e, ao mesmo tempo, tiveram sangue coletado para verificar seus níveis de colesterol. Os pesquisadores identificaram 305 participantes cujas respostas ao questionário indicavam que eles seguiam uma dieta pobre em carboidratos e rica em gorduras. Esses participantes foram pareados por idade e sexo com 1.220 indivíduos que relataram comer uma dieta padrão.

Da população estudada, 73% eram mulheres e a média de idade foi de 54 anos. Aqueles em uma dieta pobre em carboidratos e rica em gordura tiveram um índice de massa corporal médio mais alto (27,7 vs 26,7) e uma maior incidência de diabetes (4,9% vs 1,7%).

Os resultados mostraram que, em comparação com os participantes em uma dieta padrão, aqueles na dieta "tipo ceto" apresentaram níveis significativamente mais altos de colesterol LDL e apolipoproteína B (ApoB).

Os níveis de LDL foram de 3,80 mmol/L (147 mg/dL) no grupo tipo ceto versus 3,64 mmol/L (141 mg/dL) no grupo padrão (P = 0,004 ) . Os níveis de ApoB foram 1,09 g/L (109 mg/dL) no grupo ceto-like e 1,04 g/L (104 mg/dL) no grupo padrão (P < 0,001 ) .

Após uma média de 11,8 anos de acompanhamento, 9,8% dos participantes da dieta com baixo teor de carboidratos/alto teor de gordura versus 4,3% do grupo da dieta padrão experimentaram um dos eventos incluídos no desfecho composto do evento: angina, infarto do miocárdio, doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral isquêmico, doença arterial periférica ou revascularização coronariana/carotídea.

Após o ajuste para outros fatores de risco para doenças cardíacas – diabetes, hipertensão, obesidade e tabagismo – descobriu-se que os indivíduos com uma dieta pobre em carboidratos e rica em gorduras têm um risco duplo de ter um evento cardiovascular (HR, 2,18; P < 0,000 ) . 001).

"Monitoramento mais próximo necessário"

O autor sênior Liam Brunham, MD, University of British Columbia, comentou com theheart.org | Medscape Cardiology : "Nossos resultados mostraram, acho que pela primeira vez, que existe uma associação entre esse padrão alimentar cada vez mais popular e o colesterol LDL alto e um risco futuro aumentado de eventos cardiovasculares. Isso é preocupante, pois há muitas pessoas por aí seguindo esse tipo de dieta, e acho que sugere a necessidade de um acompanhamento mais próximo dessas pessoas”.

Ele explicou que, embora seja esperado que os níveis de colesterol aumentem com uma dieta rica em gordura, "há uma percepção de que isso não é preocupante, pois reflete certas alterações metabólicas. O que mostramos neste estudo é que se o seu colesterol aumentar significativamente com esta dieta, você não deve assumir que isso não é um problema.

"Para algumas pessoas com diabetes esta dieta pode ajudar a baixar o açúcar no sangue e algumas pessoas podem perder peso com ela", observou ele, "mas o que nossos dados mostram é que há um subgrupo de pessoas que apresentam altos níveis de LDL e Apo B e isso parece estar conduzindo o risco."

Ele apontou que, em geral, o nível médio de LDL aumentou apenas ligeiramente nos indivíduos com dieta pobre em carboidratos/alto teor de gordura, mas o colesterol alto grave (mais de 5 mmol/L ou 190 mg/dL) foi quase o dobro nesse grupo (10% vs 5%). E esses pacientes tiveram um aumento de seis vezes no risco de doença cardiovascular ( P <0,001).   

“Isso sugere que existe um subgrupo de pessoas que são suscetíveis a essa exacerbação da hipercolesterolemia em resposta a uma dieta pobre em carboidratos e rica em gorduras”.

Brunham disse que seu conselho seria que, se as pessoas optarem por seguir essa dieta, elas deveriam ter seu colesterol monitorado e gerenciar seus fatores de risco cardiovascular.

"Eu não diria que não é apropriado seguir esta dieta com base neste estudo", acrescentou. "Este é apenas um estudo observacional. Não é definitivo. Mas se as pessoas querem seguir esse padrão alimentar porque sentem que haverá alguns benefícios, então devem estar cientes dos riscos potenciais e tomar medidas para mitigar esses riscos."

Nissen disse que, em sua opinião, "o júri ainda não decidiu" sobre esse tipo de dieta. "Estou aberto à possibilidade de que, particularmente a curto prazo, uma dieta 'tipo ceto' possa ajudar algumas pessoas a perder peso e isso é bom. Mas geralmente não recomendo esse tipo de dieta."

Em vez disso, ele aconselha os pacientes a seguir uma dieta mediterrânea, que comprovadamente reduz os eventos cardiovasculares em um estudo randomizado, o estudo PREDIMED .

“Não podemos tomar decisões sobre que tipo de dieta recomendar aos pacientes com base em estudos observacionais como este, onde faltam muitas sutilezas. Mas quando estudos como este são relatados, a mídia de massa se aproveita disso. o público precisa ser educado", comentou Nissen. 

"Nós nos referimos a esse tipo de estudo como gerador de hipóteses. Ele levanta uma hipótese. Não responde à pergunta. Vale a pena examinar a questão de saber se uma dieta tipo cetogênica é prejudicial. Não sabemos no momento , e acho que não sabemos mais nada depois deste estudo", acrescentou.

Os autores do estudo não relatam relações financeiras relevantes.


sábado, 11 de março de 2023

Produtos tóxicos que utilizamos sem saber



Se a pandemia serviu como uma janela para a nossa saúde, o que ela revelou foi uma população americana que não só está doente, mas também parece estar cada vez mais doente. 

A expectativa de vida está caindo vertiginosamente. 3/4 dos americanos estão com sobrepeso ou obesidade, metade tem diabetes ou pré-diabetes e a maioria não é metabolicamente saudável.

Além disso, as taxas de doenças alérgicas, inflamatórias e autoimunes estão aumentando a taxas de 3% a 9% ao ano no Ocidente , muito mais rápido do que a velocidade da mudança genética nessa população.

Claro, a dieta e o estilo de vida são os principais fatores por trás dessas tendências, mas um fator totalmente subestimado no que nos aflige é o papel das toxinas ambientais e dos produtos químicos desreguladores do sistema endócrino.

Nos últimos anos, esses fatores escaparam amplamente do estabelecimento médico ocidental tradicional; no entanto, evidências crescentes agora apoiam sua importância na fertilidade, saúde metabólica e câncer.

Embora vários produtos químicos e toxinas industriais tenham sido identificados como cancerígenos e posteriormente regulamentados, muitos outros permanecem persistentes no meio ambiente e continuam a ser usados ​​livremente. 

Sendo assim, é responsabilidade tanto do público em geral quanto dos médicos estarem informados sobre essas exposições. 

Aqui, revisamos algumas das exposições mais comuns e os riscos substanciais à saúde associados a elas, juntamente com algumas orientações gerais sobre as melhores práticas sobre como minimizar a exposição.

Microplásticos

"Microplásticos" é um termo usado para descrever pequenos fragmentos ou partículas de decomposição de plástico ou microesferas de produtos domésticos ou de higiene pessoal, medindo menos de 5 mm de comprimento.

Os resíduos plásticos estão se acumulando em proporções alarmantes e devastadoras – até 2050, estima-se que, em peso, haverá mais plástico do que peixes nos oceanos. Isso se traduz em centenas de milhares de toneladas de microplásticos e trilhões dessas partículas nos mares. Um estudo recente demonstrou que os microplásticos estavam presentes na corrente sanguínea na maioria dos 22 participantes saudáveis.

Desde a década de 1950, a exposição ao plástico demonstrou promover a tumorigênese em estudos com animais, e estudos in vitro demonstraram a toxicidade dos microplásticos no nível celular. No entanto, não se sabe se o plástico em si é tóxico ou se serve simplesmente como um transportador para a bioacumulação de outras toxinas ambientais.

De acordo com Tasha Stoiber, cientista sênior do Environmental Working Group (EWG), "os microplásticos foram amplamente detectados em peixes e frutos do mar, bem como em outros produtos como água engarrafada, cerveja, mel e água da torneira". O EWG afirma que não há avisos formais sobre o consumo de peixe para evitar a exposição a microplásticos no momento.

A pressão também está aumentando para a proibição de microesferas em produtos de cuidados pessoais.

Até que essas proibições sejam implementadas, é aconselhável evitar plásticos descartáveis, favorecer sacolas reutilizáveis ​​para compras de supermercado em vez de sacolas plásticas e optar por chá de folhas soltas ou saquinhos de chá de papel em vez de alternativas à base de malha.

Ftalatos

Os ftalatos são produtos químicos usados ​​para tornar os plásticos macios e duráveis, bem como para fixar fragrâncias. Eles são comumente encontrados em itens domésticos, como vinil (por exemplo, piso, cortinas de chuveiro) e fragrâncias, purificadores de ar e perfumes.
Os ftalatos são substâncias químicas conhecidas que desregulam os hormônios, cuja exposição tem sido associada ao desenvolvimento sexual e cerebral anormal em crianças , bem como a níveis mais baixos de testosterona em homens . Acredita-se que as exposições ocorram por inalação, ingestão e contato com a pele; no entanto, estudos em jejum demonstram que a maior parte da exposição provavelmente está relacionada à alimentação.

Para evitar a exposição aos ftalatos, as recomendações incluem evitar plásticos de cloreto de polivinila (principalmente recipientes de alimentos, embalagens plásticas e brinquedos infantis), que são identificados pelo código de reciclagem número 3, bem como purificadores de ar e produtos perfumados.

O banco de dados Skin Deep do EWG fornece um recurso importante sobre produtos de cuidados pessoais livres de ftalatos.

Apesar da pressão de grupos de defesa do consumidor, a Food and Drug Administration dos EUA ainda não proibiu os ftalatos nas embalagens de alimentos.

Bisfenol A (BPA)

O BPA é um aditivo químico usado para fabricar plásticos de policarbonato transparentes e duros, bem como epóxi e papéis térmicos. O BPA é um dos produtos químicos de maior volume, com cerca de 6 bilhões de libras produzidas a cada ano . O BPA é tradicionalmente encontrado em muitas garrafas plásticas transparentes e copos com canudinho, bem como no revestimento de alimentos enlatados.

Estruturalmente, o BPA atua como um mimético do estrogênio e tem sido associado a doenças cardiovasculares , obesidade e disfunção sexual masculina . Desde 2012, o BPA foi banido em copinhos e mamadeiras, mas há algum debate sobre se seus substitutos (bisfenol S e bisfenol F) são mais seguros; eles parecem ter efeitos hormonais semelhantes aos do BPA .

Tal como acontece com os ftalatos, pensa-se que a maior parte da ingestão está relacionada com os alimentos. O BPA foi encontrado em mais de 90% de uma população de estudo representativa nos Estados Unidos.

A orientação orienta evitar plásticos de policarbonato (identificáveis ​​com o código de reciclagem número 7), bem como evitar o manuseio de papéis térmicos como tickets e recibos, se possível. Alimentos e bebidas devem ser armazenados em vidro ou aço inoxidável. Se for necessário usar plástico, opte por plásticos sem policarbonato e cloreto de polivinila, e alimentos e bebidas nunca devem ser reaquecidos em recipientes ou embalagens de plástico. Alimentos enlatados devem ser evitados, especialmente atum enlatado e sopas condensadas. Se forem comprados produtos enlatados, eles devem ser isentos de BPA.

Dioxinas e bifenilos policlorados (PCBs)

As dioxinas são principalmente subprodutos de práticas industriais ; eles são liberados após incineração, queima de lixo e incêndios. Os PCBs, que são estruturalmente relacionados às dioxinas, foram encontrados anteriormente em produtos como retardadores de chama e refrigerantes. As dioxinas e os PCBs são frequentemente agrupados na mesma categoria sob o termo genérico "poluentes orgânicos persistentes" porque se decompõem lentamente e permanecem no meio ambiente mesmo após a redução das emissões.

A tetraclorodibenzodioxina, talvez a dioxina mais conhecida, é um carcinógeno conhecido. As dioxinas também têm sido associadas a uma série de implicações para a saúde no desenvolvimento, imunidade e sistemas reprodutivo e endócrino. Níveis mais altos de exposição a PCB também foram associados a um risco aumentado de mortalidade por doenças cardiovasculares .

Notavelmente, as emissões de dioxinas foram reduzidas em 90% desde a década de 1980, e a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) proibiu o uso de PCBs na fabricação industrial desde 1979. No entanto, as dioxinas ambientais e os PCBs ainda entram na cadeia alimentar e se acumulam na gordura .

As melhores maneiras de evitar exposições são limitando o consumo de carne, peixe e laticínios e cortando a pele e a gordura das carnes. O nível de dioxinas e PCBs encontrados em carnes, ovos, peixes e laticínios é aproximadamente 5 a 10 vezes maior do que em alimentos de origem vegetal. A pesquisa mostrou que o salmão de viveiro provavelmente é a fonte de proteína mais contaminada com PCB na dieta dos EUA ; no entanto, formas mais recentes de aquicultura sustentável e baseada em terra provavelmente evitam essa exposição.

Pesticidas

O crescimento da monocultura moderna nos Estados Unidos no último século coincidiu com um aumento dramático no uso de pesticidas industriais. Na verdade, mais de 90% da população dos EUA tem pesticidas na urina e no sangue, independentemente de onde vivem. Acredita-se que as exposições estejam relacionadas com alimentos.

Aproximadamente 1 bilhão de libras de pesticidas são usados ​​anualmente nos Estados Unidos, incluindo quase 300 milhões de libras de glifosato , que foi identificado como um provável carcinógeno por agências europeias. A EPA ainda não chegou a essa conclusão, embora o assunto esteja atualmente sendo litigado.

Um grande estudo de coorte prospectivo europeu demonstrou um menor risco de câncer naqueles com maior frequência de auto-relato de consumo de alimentos orgânicos. Além do risco de câncer, níveis sanguíneos relativamente elevados de um pesticida conhecido como beta-hexaclorociclohexano (B-HCH) estão associados a maior mortalidade por todas as causas . Além disso, a exposição ao DDE – um metabólito do DDT, um pesticida clorado muito usado nas décadas de 1940 e 1960 que ainda persiste no meio ambiente hoje – demonstrou aumentar o risco de demência do tipo Alzheimer , bem como o declínio cognitivo geral.

Como esses pesticidas clorados geralmente são solúveis em gordura, eles parecem se acumular em produtos de origem animal. Portanto, descobriu-se que as pessoas que consomem uma dieta vegetariana têm níveis mais baixos de B-HCH. Isso levou à recomendação de que os consumidores de produtos devem preferir o orgânico ao convencional, se possível. Aqui também, o EWG fornece um recurso importante para os consumidores na forma de guias de compras sobre pesticidas em produtos .

Substâncias per e polifluoroalquil (PFAS)

Os PFAS são um grupo de compostos fluorados descobertos na década de 1930. Sua composição química inclui uma ligação carbono-fluoreto durável, dando-lhes uma persistência no meio ambiente que os levou a serem chamados de "produtos químicos eternos".

PFAS foram detectados no sangue de 98% dos americanos e na água da chuva de locais tão distantes quanto o Tibete e a Antártica . Mesmo níveis baixos de exposição têm sido associados a um risco aumentado de câncer, doença hepática, baixo peso ao nascer e distúrbios hormonais.

As propriedades do PFAS também os tornam duráveis ​​em altas temperaturas e repelentes à água. Notoriamente, o produto químico foi usado pela 3M para fazer Scotchgard para tapetes e tecidos e pela Dupont para fazer Teflon para revestimento antiaderente de panelas e frigideiras. Embora o ácido perfluorooctanóico (PFOA) tenha sido removido das panelas antiaderentes em 2013, o PFAS – uma família de milhares de compostos sintéticos – permanece comum em embalagens de fast-food, roupas repelentes de água e manchas, espuma de combate a incêndios e produtos de higiene pessoal. Os PFAS são liberados no meio ambiente durante a decomposição desses produtos de consumo e industriais, bem como no despejo de instalações de resíduos.

De forma alarmante, o EWG observa que até 200 milhões de americanos podem estar expostos ao PFAS em sua água potável . Em março de 2021, a EPA anunciou que regulamentará o PFAS na água potável; no entanto, os regulamentos não foram finalizados. Atualmente, cabe aos estados individuais testar sua presença na água. O EWG compilou um mapa de todos os locais conhecidos de contaminação por PFAS .

Para evitar ou prevenir exposições de PFAS, as recomendações incluem filtrar a água da torneira com osmose reversa ou filtros de carvão ativado, bem como evitar fast food e comida pronta, se possível, e produtos de consumo rotulados como "resistentes à água", "manchas resistente" e "antiaderente".

Em uma prova de como esses produtos químicos são prejudiciais, a EPA revisou recentemente seus alertas de saúde vitalícios para PFAS, como o PFOA, para 0,004 partes por trilhão, o que é mais de 10.000 vezes menor que o limite anterior de 70 partes por trilhão. A EPA também propôs designar formalmente certos produtos químicos PFAS como "substâncias perigosas".