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sábado, 8 de março de 2025

Tenho diabetes mellitus, precisarei usar insulina?



História das insulinas

A descoberta da insulina é uma das maiores conquistas da medicina, causaram uma verdadeira revolução no tratamento do diabetes mellitus. Antes da insulina, o diagnóstico de diabetes tipo 1 era praticamente uma sentença de morte, pois, não havia tratamento eficaz que conseguisse controlar os níveis de glicose no sangue.

Os Primeiros Estudos sobre o Pâncreas: No século XIX, cientistas já suspeitavam que o pâncreas desempenhava um papel no metabolismo do açúcar. Em 1869, o patologista alemão Paul Langerhans identificou células específicas no pâncreas (mais tarde chamadas de ilhotas de Langerhans), mas sua função ainda era desconhecida. Em 1889, Oskar Minkowski e Joseph von Mering, pesquisadores alemães, removeram o pâncreas de cães e observaram que eles desenvolviam sintomas semelhantes ao diabetes, como aumento da sede e eliminação de açúcar na urina. Isso demonstrou que o pâncreas produzia algo essencial para o controle da glicose.

A Descoberta da Insulina

O grande avanço veio na década de 1920, no Canadá. Em 1921, Frederick Banting, um jovem cirurgião, e Charles Best, seu assistente, conseguiram extrair uma substância das ilhotas pancreáticas que reduzia os níveis de glicose no sangue de cães diabéticos. Eles trabalharam no laboratório do professor John Macleod, que forneceu suporte técnico e estrutura para a pesquisa. O bioquímico James Collip ajudou a purificar a substância, tornando-a segura para uso em humanos.

Em janeiro de 1922, a insulina foi testada com sucesso no primeiro paciente humano, Leonard Thompson, um jovem de 14 anos com diabetes tipo 1. Os resultados foram impressionantes: os sintomas do diabetes regrediram, e a insulina se tornou uma terapia revolucionária.


Evolução da Insulina

Inicialmente, a insulina era extraída de pâncreas de bois e porcos, mas isso apresentava desafios na produção e podia causar reações imunológicas. Na década de 1980, com os avanços da engenharia genética, foi desenvolvida a insulina humana recombinante, produzida por bactérias geneticamente modificadas, tornando o tratamento mais seguro e eficiente.

Hoje, contamos com diversos tipos de insulina, como as de ação rápida, intermediária e prolongada, permitindo um controle mais preciso do diabetes e melhor qualidade de vida para os pacientes.

A descoberta da insulina rendeu o Prêmio Nobel de Medicina em 1923 a Banting e Macleod (que dividiram o prêmio com Best e Collip), marcando um dos maiores avanços da história da endocrinologia e da medicina.

Apesar de terem sido o primeiro tratamento medicamentoso desenvolvido para tratamento do diabetes e de terem dado nova vida às pessoas que até antes da sua criação estavam fadadas a aguardar a morte por cetoacidose, as insulinas ainda são rodeadas por medos, mitos , estigmas e muitas falácias

Nesse texto abordarei os principais tipos de insulinas disponíveis no mercado e suas indicações de uso.

Insulinas de Ação Basal

Essas insulinas são utilizadas para manter níveis estáveis de glicose durante o dia e a noite.
  • Glargina
Duração: 24 horas ou mais.
Características: Liberação contínua, sem picos significativos.
  • Detemir (retirada do mercado):
Duração: 18-24 horas.
Características: Liberação gradual, pode ter um leve pico.
  • NPH
Duração: 10-16 horas.
Características: Ação intermediária com picos de ação.
  • Degludeca
Início de Ação: Aproximadamente 30-90 minutos após a injeção.
Duração de Ação: Pode durar mais de 42 horas, permitindo que seja administrada uma vez ao dia, em horários flexíveis.
Perfil de Ação: Oferece uma liberação contínua e estável de insulina, minimizando o risco de hipoglicemia.

Insulinas de Ação Rápida

Essas insulinas são utilizadas para controlar os picos de glicose que ocorrem após as refeições.

  • Aspart :
Início: 10-20 minutos.
Duração: 3-5 horas.
Características: Ação rápida para controle pós-prandial.
  • Lispro :
Início: 15-30 minutos.
Duração: 3-5 horas.
Características: Semelhante à aspart, com início rápido.
  • Glulisina :
Início: 10-15 minutos.
Duração: 3-5 horas.
Características: Ação rápida, ideal para uso próximo às refeições.


Quando está indicado insulinização no diabetes tipo 1 e tipo 2 ?

A insulina é um tratamento essencial para o diabetes, especialmente em casos específicos. Aqui está quando ela está indicada para os tipos 1 e 2:

Diabetes Tipo 1

No diabetes tipo 1, a produção de insulina pelo pâncreas é praticamente inexistente. Portanto, a insulina é sempre necessária desde o diagnóstico. As indicações incluem:

  • Diagnóstico de Diabetes Tipo 1: Pacientes devem iniciar a terapia com insulina imediatamente após o diagnóstico.
  • Cetoacidose Diabética: Em situações de emergência, como cetoacidose, a insulina é vital e geralmente administrada em ambiente hospital via endovenosa.

Diabetes Tipo 2

No diabetes tipo 2, a insulina pode ser necessária em várias situações:

  • Quando a Metformina e Outros Antidiabéticos Orais ou injetáveis Não São Suficientes: 
Se o controle glicêmico não for alcançado com medicamentos orais, a insulina pode ser introduzida.
  • Aumento da Necessidade de Insulina:
Em situações de estresse, doença ou cirurgia, pode haver um aumento temporário da necessidade de insulina.
  • Hiperglicemia Persistente:
Se os níveis de glicose no sangue permanecerem elevados, mesmo com a combinação de medicamentos orais.
  • Cetoacidose Diabética ou Hiperosmolaridade Hiperglicêmica:
Em emergências, a insulina pode ser necessária para tratar essas condições.
  • Progressão da Doença:
Com o tempo, muitos pacientes com diabetes tipo 2 podem precisar de insulina à medida que a função das células beta do pâncreas diminui.


Qual melhor forma de uso das insulinas?

No tratamento do diabetes queremos mimetizar o funcionamento normal do pâncreas , esse órgão responsável pela produção e liberação da insulina é estimulado principalmente durante a alimentação, quando então secreta insulina de forma rápida para que a glicose dos alimentos consiga adentrar as células do nosso corpo ,garantindo assim sua homeostase

Agora que já expliquei como é o perfil de ação de cada insulina, conseguimos entender que o foco do tratamento está no uso adequado das insulinas de ação rápida ( aspart, lispro e glulisina ) , para que não ocorra picos de glicose após as refeições .

As insulinas de ação mais lenta devem ser usadas com equilíbrio para que as glicemias durante o jejum , principalmente ao acordar estejam dentro dos níveis desejáveis, mas nunca em excesso causando indesejáveis e persistentes hipoglicemias .

Portanto o habitual seria usar uma maior quantidade de insulina rápida do que de insulina basal, mas uma relação entre basal/bolus de até 50% está adequada, se você usa uma grande quantidade de insulina lenta e pouca insulina para bolus das refeições suas chances de hipoglicemias severas aumentam assim como de hiperglicemias pós prandiais . Para atingir maiores proporções no uso das insulinas rápidas o paciente deve ser educado a fazer a contagem de carboidratos e correção da glicemia sempre antes de se alimentar , esses dois assuntos serão temas de um próximo post ! 

Autora: Dra. Natália Jatene - Médica Endocrinologista em Goiânia

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Diagnóstico de diabetes é atualizado- Por Dra. Natália Jatene - Endocrinologista


O diabetes é uma condição de saúde crônica que tem impactado cada vez mais pessoas em todo o mundo, inclusive no Brasil, de acordo com a endocrinologista Dra Natália Jatene. 

A doença é caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose (açúcar) no sangue, que ocorre devido a problemas na produção ou ação da insulina, um hormônio essencial para o metabolismo energético do organismo. A insulina é responsável por permitir que a glicose entre nas células, onde será usada como fonte de energia. Quando há um desequilíbrio nessa função, os níveis de glicose no sangue ficam altos, gerando uma série de complicações ao longo do tempo.

Incidência e Prevalência

A incidência e a prevalência do diabetes têm crescido de forma alarmante nos últimos anos. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), atualmente mais de 16 milhões de brasileiros vivem com essa condição, e estima-se que cerca de 8% da população adulta seja afetada pela doença. Esse aumento é atribuído principalmente a mudanças no estilo de vida, como sedentarismo, má alimentação e aumento da obesidade, que são fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2.

O diabetes é uma das principais causas de complicações como doenças cardiovasculares, amputações, cegueira e insuficiência renal. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas com diabetes quadruplicou nas últimas décadas, com cerca de 422 milhões de adultos afetados globalmente. Isso mostra a necessidade urgente de medidas preventivas e de conscientização, além de um cuidado médico adequado para os que já convivem com a doença.

Sinais e Sintomas

Os sintomas podem variar dependendo do tipo da doença e da gravidade. No entanto, alguns sinais clássicos e iniciais podem indicar a presença da condição:
1. Poliúria (aumento da frequência urinária)
2. Polidipsia (sede excessiva):
3. Polifagia (fome excessiva):
4. Perda de peso inexplicável
5. Cansaço e fraqueza
6. Infecções frequentes

Além desses sinais, o diabetes tipo 2 pode ser assintomático em suas fases iniciais, o que torna o diagnóstico precoce mais difícil. Por isso, muitas vezes o diabetes tipo 2 só é descoberto quando surgem complicações mais graves, como problemas cardíacos, renais ou visão prejudicada.

Principais Tipos de Diabetes

Diabetes Tipo 1: É uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. A causa exata do diabetes tipo 1 não é conhecida, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais estejam envolvidos. Esse tipo é mais comum em crianças, adolescentes e jovens adultos, e os sintomas costumam aparecer rapidamente.


Diabetes Tipo 2: Este é o tipo mais comum, representando cerca de 90% dos casos. Ele ocorre devido à resistência à insulina, onde as células não respondem adequadamente ao hormônio, além de uma produção insuficiente de insulina. O tipo 2 está fortemente associado ao excesso de peso, sedentarismo e fatores genéticos.

Diabetes Gestacional: Esse tipo ocorre durante a gravidez e é caracterizado pela hiperglicemia (alta concentração de glicose no sangue) que surge pela primeira vez durante a gestação. Ele aumenta o risco de complicações tanto para a mãe quanto para o bebê, e a mulher que teve diabetes gestacional tem mais chances de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro.

Outros Tipos de Diabetes: Há outros tipos menos comuns, que podem ser causados por condições genéticas, uso de medicamentos como corticosteroides, doenças do pâncreas e algumas síndromes endócrinas.

Fisiopatologia do Diabetes

A fisiopatologia do diabetes varia de acordo com o tipo. No diabetes tipo 1, o sistema imunológico destrói as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Com isso, há um déficit absoluto de insulina, o que impede o transporte da glicose para as células. No diabetes tipo 2, o problema é a resistência das células à insulina e uma secreção inadequada do hormônio pelo pâncreas. A insulina é produzida, mas as células do corpo não conseguem responder a ela adequadamente, o que resulta na permanência de glicose elevada no sangue.

No diabetes gestacional, acredita-se que os hormônios da placenta criem uma resistência temporária à insulina, comprometendo o controle da glicose durante a gravidez. O controle inadequado desses níveis pode trazer consequências graves tanto para a mãe quanto para o bebê, como macrossomia fetal (bebês muito grandes), hipertensão e risco de pré-eclâmpsia.

Diagnóstico do Diabetes

As novas diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) de 2024 introduziram mudanças importantes nos critérios diagnósticos do diabetes mellitus (DM) e pré-diabetes, destacando avanços para uma detecção mais precoce da condição:

Principais atualizações:
Incorporação do TTGO-1h:
A glicemia de 1 hora após a ingestão de 75 g de glicose no Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG, agora chamado TTGO) foi incluída nos critérios diagnósticos:
Diabetes: ≥ 209 mg/dL.
Pré-diabetes (hiperglicemia intermediária): 155-208 mg/dL.
Este critério é mais sensível e prático que o de 2 horas, permitindo diagnóstico precoce e intervenções mais eficazes.

Critérios diagnósticos revisados:
Glicemia de jejum: ≥ 126 mg/dL.
HbA1c: ≥ 6,5%.
Glicemia ao acaso com sintomas típicos: ≥ 200 mg/dL.
Glicemia após 2h no TTGO: ≥ 200 mg/dL.

Recomendações para rastreamento do Diabetes:
Indicado a partir dos 35 anos ou em indivíduos mais jovens com sobrepeso/obesidade e ao menos um fator de risco adicional (ex.: histórico familiar, hipertensão, dislipidemias, sedentarismo, SOP, entre outros).
Uso do questionário FINDRISC para avaliar o risco de diabetes tipo 2 em pessoas com menos de 35 anos, complementando a triagem.

Reforço na confirmação diagnóstica:
Exige-se a repetição de qualquer exame alterado, salvo em casos específicos (ex.: combinação de glicemia de jejum elevada e HbA1c ≥ 6,5%).
Essas mudanças visam ampliar a precisão e a praticidade no diagnóstico, além de permitir intervenções preventivas mais cedo, reduzindo riscos de complicações graves associadas a condição

Tratamento e Importância do Endocrinologista

O tratamento da doença varia conforme o tipo e a gravidade da condição. Para o diabetes tipo 1, a única opção de tratamento é a insulina, que pode ser administrada por injeções ou bombas de insulina. Já o diabetes tipo 2 pode ser tratado com mudanças no estilo de vida, medicamentos orais (como metformina) e, em alguns casos, com insulina ou outros injetáveis, caso o controle glicêmico não seja atingido com as medicações orais.

Nos últimos anos houve um grande avanço no tratamento da hiperglicemia , com medicamentos que trazem benefícios além do controle glicêmico como a redução do peso , mortalidade cardiovascular, impedir progressão de doença renal e também em tratar a doença gordurosa do fígado

O desconhecimento dos sintomas, e os inúmeros mitos e estigmas que envolvem a doença muitas vezes levam o paciente a não buscar atendimento especializado em tempo hábil de se prevenir as complicações

O médico endocrinologista é de fundamental importância no diagnóstico e acompanhamento da doença pois o tratamento requer monitorização contínua e a realização de exames periódicos para avaliar o controle glicêmico e a presença de complicações. O endocrinologista também orienta o paciente sobre a importância de aderir ao tratamento, manter uma alimentação saudável, praticar atividade física e realizar a automonitorização da glicose, especialmente para os que usam insulina.

A Importância do Estilo de Vida e Prevenção

Para prevenção as mudanças no estilo de vida são essenciais. Uma alimentação equilibrada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, ajuda a manter o peso adequado e reduz o risco de resistência à insulina. A prática regular de atividade física, de preferência 150 minutos semanais de atividades aeróbicas, também é recomendada. Para aqueles com histórico familiar ou que apresentem fatores de risco, como obesidade ou hipertensão, a realização de exames periódicos pode ajudar a identificar precocemente a condição e prevenir complicações.

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Dia do Endocrinologista e do Profissional da Educação física - 01 de Setembro



No dia Primeiro de Setembro comemoramos o dia desses dois grandes profissionais. 

Pra mim, é uma honra homenageá-los. Minha relação com a Endocrinologia é antiga. Metade da minha faculdade eu quis ser Endocrinologista. Meu currículo quase todo durante a graduação foi pautado em publicar trabalhos relacionados à área de Endocrinologia. Minha monografia durante a graduação foi com tema de endocrinologia. E a da pós de Nutrologia também foi de forma indireta relacionadas à Endocrinologia (Vitamina D e Diabetes mellitus). 

Admiro muito endócrino, gosto de estudar fisiologia hormonal, mas como Nutrólogo não me sinto seguro e muito menos habilitado para a prescrição de hormônios. Desde 2014 bato sempre nessa tecla, pois acho que devemos respeitar quem tanto estuda determinado assunto. 

Consigo fazer investigações de déficits? Sim, mas a prescrição acho que deve ser reservada ao endocrinologista. Tenho grandes amigos endocrinologistas e trabalho em parceria com eles. Acho endócrino legal, mas minha paixão é a Nutrologia. Eu gosto de estudar doenças Nutricionais. Prescrever Nutrientes e acompanhar o quão fabuloso é o impacto dos nutrientes na saúde humana. 

O Endocrinologista é o profissional que estuda as pequenas substâncias que regem a humanidade rs. O Nutrólogo é o médico que estuda as pequenas substâncias que nutrem os seres vivos. Ambos se complementam. 

Graças a Deus que consigo trabalhar em harmonia com a maioria dos endocrinologistas que atendem meus pacientes. Em especial Dra. Natalia Jatene e Dra. Tanise Damas. Dizem as más línguas que Endócrino não gosta de Nutrólogos, talvez porque muitos Nutrólogos invadam a área da Endocrinologia ou por pura ignorância, da real função do Nutrólogo. Já que hoje, criou-se um mito de que a função do Nutrólogo é tratar obesidade, hipertrofia muscular e prescrever hormônios. Grande engano! Obesidade corresponde a apenas uma parcela das doenças que tratamos. Muitos Nutrólogos como eu, sequer tratamos a parte de hipertrofia muscular em indivíduos saudáveis ou trabalhamos com melhora de performance em atletas. Tem Nutrólogo para todos os gostos.


Já os profissionais da Educação física arrumam "confusão" com médicos Ortopedistas, Físiatras, Médicos do Esporte e até mesmo com Nutrólogos. Mas nós não vivemos sem o trabalho deles. São peça fundamental nesse quebra-cabeça que é a busca por mais vitalidade, funcionalidade e saúde. Auxiliam na reabilitação, prevenção e tratamento de inúmeras doenças.

Valorizem-se cada dia mais, é essa a dica que dou para vocês. Tenho uma admiração pelo trabalho de vocês. 

Por isso o meu nutricionista (Rodrigo Lamonier) que atende junto comigo, também é graduado em Educação Física, assim como o meu futuro nutricionista que atenderá comigo em Joinville (Prof. Márcio Souza) é graduado em Educação física e quase finalizando a graduação em Nutrição. Assim eles conseguem orientar melhor nossos pacientes quando o assunto é atividade física. 

Parabéns a esses profissionais !

Autor: Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo
CRM-GO 13.192 | RQE 11.915 / CRM-SC 32.949 | RQE 22.416 

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

01 de Setembro - Dia do Endocrinologista e do Profissional de Educação física


Ontem foi comemorado o dia desses dois grandes profissionais. E é uma honra pra mim homenagear ambos. Minha relação com a Endocrinologia é antiga. Metade da minha faculdade eu quis ser Endocrinologista. Meu currículo quase todo durante a graduação foi pautado em publicar trabalhos relacionados à área de Endocrinologia. Minha monografia durante a graduação foi com tema de endocrinologia. E a da pós de Nutrologia também foi de forma indireta relacionadas à Endocrinologia (Vitamina D e Diabetes mellitus). 

Admiro muito endócrino, gosto de estudar fisiologia hormonal, mas como Nutrólogo não me sinto seguro e muito menos habilitado para prescrever hormônios. Bato sempre nessa tecla, pois acho que devemos respeitar quem tanto estuda determinado assunto. Consigo fazer investigações de déficits? Sim, mas a prescrição acho que deve ser reservada ao endocrinologista. Tenho grandes amigos endocrinologistas e trabalho em parceria com eles. Acho endócrino legal, mas minha paixão é a Nutrologia. Eu gosto de estudar doenças Nutricionais. Prescrever Nutrientes e acompanhar o quão fabuloso é o impacto dos nutrientes na saúde humana. 

O Endocrinologista é o profissional que estuda as pequenas substâncias que regem a humanidade rs. O Nutrólogo é o médico que estuda as pequenas substâncias que nutrem os seres vivos. Ambos se complementam. 

Graças a Deus que consigo trabalhar em harmonia com a maioria dos endocrinologistas que atendem meus pacientes.Dizem as más línguas que Endócrino não gosta de Nutrólogos. Talvez porque muitos Nutrólogos invadam a área da Endocrinologia ou por pura ignorância, da real função do Nutrólogo. Já que hoje, criou-se um mito de que a função do Nutrólogo é tratar obesidade, hipertrofia muscular e prescrever hormônios. Grande engano! Obesidade corresponde a apenas uma parcela das doenças que tratamos. Muitos Nutrólogos como eu, sequer tratamos a parte de hipertrofia muscular em indivíduos saudáveis ou trabalhamos com melhora de performance em atletas. Tem Nutrólogo para todos os gostos.

Já os profissionais da Educação física arrumam "confusão" com médicos Ortopedistas, Físiatras, Médicos do Esporte e até mesmo com Nutrólogos. Mas nós não vivemos sem o trabalho de vocês. Eles são peça fundamental nesse quebra-cabeça que é a busca por mais vitalidade, funcionalidade e saúde. Auxiliam na reabilitação, prevenção e tratamento de inúmeras doenças. Valorizem-se cada dia mais, é essa a dica que dou para vocês. Tenho uma admiração pelo trabalho de vocês e por isso o meu Nutricionista (Rodrigo Lamonier) que atende junto comigo, também é graduado em Educação Física. Assim ele consegue orientar melhor nossos pacientes quando o assunto é atividade física. 

Parabéns a esses profissionais !