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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Pesquisa conclui que o consumo de brócolis combate inflamações respiratórias

Pesquisadores da University of California – Los Angeles, UCLA, relatam que um composto naturalmente encontrado em crucíferos, como brócolis e outros vegetais, pode ajudar a proteger contra inflamações respiratórias, que provocam asma, rinite alérgica e doença pulmonar obstrutiva crônica.

Publicada na edição de março da revista Clinical Immunology, a pesquisa mostra que sulforaphane, um produto químico no brócolis, desencadeia um aumento de enzimas antioxidantes nas vias respiratórias humanas, oferecendo proteção contra o ataque dos radicais livres que respiramos diariamente com o ar poluído , pólen, escape de diesel e fumo do tabaco.

“Este é um dos primeiros estudos mostrando que brócolis, amplamente disponível como fonte alimentar , ofereceu potentes efeitos biológicos para estimular uma resposta antioxidante em seres humanos”, disse o Dr. Marc Riedl, pesquisador líder do estudo e professor assistente de Imunologia Clínica e Alergia na David Geffen School of Medicine, da UCLA.

“Encontramos de duas a três vezes mais enzimas antioxidantes nas celular da via aérea nasal nos participantes do estudo, que tinham comido uma preparação de brócolis”, diz Riedl. “Essa estratégia pode oferecer proteção contra processos inflamatórios e poderia conduzir a potenciais tratamentos para uma variedade de condições respiratórias.”

A equipe trabalhou com 65 voluntários, que foram dadas diferentes doses orais de alfafa ou brócolis. Brócolis é a mais rica fonte natural de sulforaphane e a alfafa, que não contêm o composto, serviu como um placebo.

Lavagens de fossas nasais foram coletadas no início e no final do estudo para avaliar a expressão gênica de enzimas antioxidantes em células das vias aéreas superiores. Os investigadores encontraram um aumento significativo das enzimas antioxidantes nos que consumiram brócolis, em doses de 100 gramas ou mais, em comparação com o grupo placebo.

A dose máxima de 200 gramas gerou um aumento de 101% de uma enzima antioxidante chamada GSTP1 e um aumento de 199% outra enzima chamada NQO1.

“Uma grande vantagem do sulforaphane é que ele parece aumentar uma ampla gama de enzimas antioxidantes, compostos que podem ajudar a sua eficácia em bloquear os efeitos nocivos da poluição do ar”, disse Riedl.

Segundo os autores, não foram identificados efeitos colaterais graves nos participantes do estudo, demonstrando que esta pode ser uma forma eficaz, segura de estratégia de estimula antioxidante, para ajudar a reduzir o impacto inflamatórias dos radicais livres.

O estudo não permite identificar uma posologia específica mas, ainda assim, os pesquisadores destacam a recomendação do consumo diário de crucíferos, incluindo brócolis e outros vegetais, como parte de uma dieta saudável.

O estudo foi financiado pelo National Institutes of Health, pelo National Institute of Environmental Health Sciences e pela U.S. Environmental Protection Agency (EPA).

O artigo “Oral sulforaphane increases Phase II antioxidant enzymes in the human upper airway“, publicado na revista Clinical Immunology, Volume 130, Issue 3, March 2009, Pages 244-251, apenas está disponível para assinantes.

Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2009/03/05/pesquisa-conclui-que-o-consumo-de-brocolis-combate-inflamacoes-respiratorias/

Obs: Para ler mais sobre Antioxidantes no blog, veja o post: http://www.ecologiamedica.net/2010/11/antioxidantes.html

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Confira os benefícios dos alimentos que compõem a ceia de Natal e Ano Novo...


Conheça alguns alimentos da ceia que além de serem tradição são saudáveis e ricos em propriedades antioxidantes.

Romã: rico em antioxidantes contribui para o controle do mau colesterol, além disso, seu consumo diário ajuda a combater a formação de coágulos sanguíneos, responsáveis pelos enfartes. Reduz a inflamação das articulações (artrite, reumatismo); ajuda no alívio de diarreias; ajuda a aliviar sinais de cansaço e atrasa o aparecimento dos sinais de envelhecimento.

Nozes: contêm duas vezes mais antioxidantes do que castanhas, amêndoas, amendoins, pistaches, avelãs, castanhas-do-pará e castanhas de caju. Além disso, os antioxidantes presentes nas nozes têm maior qualidade e potência do que os dos outros frutos secos. Esses antioxidantes são entre duas a 15 vezes mais poderosos do que os da vitamina E. Os antioxidantes impedem reações químicas que ocasionam mudanças na estrutura molecular das células do corpo. O consumo regular pode reduzir o risco de doenças cardíacas, alguns tipos de câncer, diabetes tipo 2 e outros problemas de saúde. As porções dessas frutas consumidas devem ser pequenas, sete ao dia são o suficiente para obter os benefícios necessários.

Lentilha: Uma pena ser apenas lembrada nas festividades de final de ano. Ela ajuda a reduzir e a prevenir o colesterol elevado e controla o diabetes. O alto teor de ferro, vitaminas do complexo B e fibras, contribuem para o bom funcionamento do intestino.

Uva: Contém vitamina C e vitaminas do complexo B, mas o grande benefício da uva é ser rica em resveratrol, que está contido na sua casca, responsável pela melhoria da saúde cardíaca, prevenindo para vários tipos de câncer e aumenta a longevidade. Além disso, é diurética e laxante.

Ameixa: Outra fruta que faz parte da ceia tanto no Natal como no ano novo é a ameixa. Esta fruta tem poucas calorias e é uma boa fonte de fibras importantes para a dieta, como a celulose e a pectina. Melhora o trânsito intestinal e melhora a digestão. Outra de suas riquezas são as vitaminas A, E, e C, cálcio, potássio, ferro e magnésio. Por tudo isso vale a pena consumi-la na ceia e sempre.

Um Natal com muita saúde para todos!!!

Autora: Dra. Cristiane Spricigo

Fonte: http://ligadasaude.blogspot.com.br/2012/12/confira-os-beneficios-dos-alimentos-que.html

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Veja os alimentos que podem minimizar os efeitos dos poluentes no organsimo


Consumir alimentos saudáveis pode proteger seu corpo dos poluentes. E, por outro lado, comer mal pode aumentar os efeitos negativos dos poluentes no corpo, de acordo com um trabalho publicado na revista "Environmental Health Perspectives".

Toxinas presentes no meio ambiente se acumulam no corpo e causam um aumento de radicais livres e de inflamações. Comer alimentos ricos ácidos graxos ômega 3 e antioxidantes, os autores dizem, pode proteger contra esses efeitos negativos, enquanto comer itens ricos com muito ácidos graxos ômega 6 pode piorar a situação. Aqui estão alguns alimentos ricos em antioxidantes você pode tentar:

Arroz negro
De acordo com cientistas do Centro de Agricultura da Universidade do Estado da Louisiana, nos Estados Unidos, arroz negro integral é rico em antocianinas, que são responsáveis pela cor viva e os antioxidantes.
- Esses são os mesmos antioxidantes poderosos presentes em mirtilos e amoras que já se mostraram bons protetores contra doenças como câncer e doenças cardíacas - diz a nutricionista Tara Gidus, ao site Runner's World.
Dica extra: Combine arroz negro cozido com rabanete, cenoura e pimentão: regue com azeite e monte uma salada.

Castanha
Embora muitas vezes preterida por amêndoas e nozes, a castanha é uma das mais ricas fontes da natureza de selênio. Uma castanha oferece mais de 100% da sua necessidade diária deste vegetal. O corpo usa selênio para criar compostos chamados selenoproteínas, um tipo de enzima antioxidante crucial.
Dica extra: Pique castanha e misture em saladas, ou bata com leite e frutas da estação para uma vitamina.

Gema de ovo
Gema de ovo é a principal fonte de luteína e zeaxantina, um duo de antioxidantes dinâmicos que se acumulam na retina, onde protegem a saúde dos olhos. Pesquisadores da Universidade Tufts descobriram que a luteína é melhor absorvida de ovos do que de outras fontes, como espinafre. Gemas também fornecem selênio, vitamina E, proteínas de alta qualidade, e colina, um nutriente que pode ajudar a melhorar a saúde do coração.
Dica extra: Faça um almoço mexicano: use tortilhas com ovos mexidos, tomates picados e manjericão

Fonte: http://oglobo.globo.com/saude/veja-os-alimentos-que-podem-minimizar-os-efeitos-dos-poluentes-no-organsimo-5192338#ixzz1yqcFOQVz

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Chocolate pode conter mais antioxidantes que suco de frutas, diz pesquisa

Cientistas vêm atribuindo aos antioxidantes - como os flavanoides, substância da classe dos polifenóis - um grande número de benefícios à saúde, entre eles a prevenção de males cardíacos, de alterações no sistema nervoso e até mesmo do surgimento de rugas.

No estudo, pesquisadores do Centro para Saúde e Nutrição da Hershey, uma companhia americana fabricante de chocolates, analisaram e compararam a capacidade antioxidante, o conteúdo total de polifenóis e o conteúdo total de flavonoides de sucos e pós de frutas, cacau em pó natural, chocolate amargo (com maior porcentagem de cacau do que o chocolate ao leite) e um pó industrializado para fazer chocolate quente.

As frutas incluídas no estudo foram açaí, romã, oxicoco (cranberry) e mirtilo (blueberry), chamadas de “superfrutas” devido às suas capacidades antioxidantes.

Debra Miller, uma das líderes da pesquisa, afirmou que, com base no valor nutritivo verificado no estudo, "as sementes de cacau devem ser consideradas uma 'superfruta' e produtos derivados do extrato de semente de cacau, como pó de cacau e chocolate escuro, como 'superalimentos'".

A pesquisa foi divulgada na publicação especializada Chemistry Central Journal.

Chocolate quente

A análise demonstrou que a capacidade antioxidante do cacau em pó foi maior do que as dos pós de mirtilo, oxicoco e de romã, na comparação por grama.

Em relação ao chocolate amargo, a análise não mostrou uma capacidade antioxidante ou presença de polifenóis significativamente maior do que a do pó de romã, mas ela foi maior do que a de todos os outros pós testados.

Mas no chocolate amargo, como no caso do pó de cacau, a presença de flavonoides foi maior do que todos os pós de frutas e o achocolatado.

Na comparação com sucos de frutas, o chocolate amargo e bebidas feitas com o pó de cacau natural mostraram ter maior total de flavanoides. No total, o chocolate só perdeu em capacidade antioxidante e total de polifenois para o suco de romã.

Os cientistas também notaram que o achocolatado fabricado para fazer chocolate quente não tem tantos benefícios oxidantes.

O problema com esses pós é que eles passam por um processo de alcalinização para suavizar o sabor do cacau. Mas, neste processo, os compostos de polifenóis são destruídos.

"Os produtos feitos com cacau alcalinizado têm valores baixos de atividade antioxidante, conteúdo total de polifenóis e conteúdo total de flavonoides", afirma o estudo.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/02/110207_chocolate_superfruta_fn.shtml

Obs: Para ler mais sobre Antioxidantes no blog, veja o post: http://www.ecologiamedica.net/2010/11/antioxidantes.html

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Romã - Excelente fonte de antioxidantes

Considerada desde o império romano como um símbolo de riqueza, a romã contém, entre os diversos compostos bioativos, as antocianinas. Assim como a vitamina C, vitamina E e o betacaroteno, por terem deficiência de elétrons, as antocianinas captam facilmente os radicais livres.

Esses radicais, se produzidos ou absorvidos em excesso, aumentam os riscos para doenças como hipertensão, cataratas, artrite e envelhecimento precoce.

Isso pode ocorrer principalmente quando há demasiada ingestão de bebidas alcoólicas, estresse intenso e muita exposição à poluição, ao tabaco e ao Sol, situações que danificam as células saudáveis.

De acordo com estudos da Universidade de Baroda, na Índia, o fruto tem três vezes mais capacidade antioxidante do que o vinho e o chá verde. Não é por acaso que os povos árabes acreditavam em suas propriedades para fins medicinais.

Compostos da romã

Agora, a Embrapa, juntamente com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), está tentando desenvolver novas técnicas para o aproveitamento desses elementos da fruta.

O mercado para a romã no Brasil tem crescido consistentemente, o que tem ampliado as áreas cultivadas com o fruto.

A pesquisadora Regina Isabel Nogueira, da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro), espera obter a antocianina e outros compostos bioativos concentrando-os e estabilizando-os por microencapsulação por um processo chamado spray drier.

Nesse processo, pequenas gotas de material líquido são recobertas com um fino filme protetor.

Os materiais microencapsulados (material ativo ou núcleo) são envoltos num material formador de filme (material de parede ou agente encapsulante) onde cápsulas extremamente pequenas podem liberar o conteúdo de forma controlada e sob condições específicas.

Trata-se de uma tecnologia inovadora que tem sido empregada com êxito na indústria de cosméticos, farmacêutica e alimentícia.

Óleo de romã

Também será estudado o óleo obtido por prensagem das sementes da fruta com o objetivo de caracterizar o perfil dos ácidos graxos e as propriedades que possam interessar à indústria de alimentos.

A pesquisadora ainda prevê a opção de cristalizar a casca da romã, expondo-a em contato com a calda de açúcar para reduzir em até 50% o teor de água. Com isto, a fruta aumenta seu tempo de conservação e diminui seu peso e volume, gerando economia no custo de transporte, além de adocicar seu sabor levemente ácido.

Este processo, por ser muito simples, poderá despertar o interesse de produtores como uma forma de apresentar a fruta para consumo de forma semelhante à encontrada hoje por meio do gengibre cristalizado.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=antioxidantes-roma&id=6163

Obs: 2011 mal começou e a Pubmed está cheia de artigos sobre A Romã http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=pomegranate

Obs2: Para ler mais sobre Antioxidantes no blog, veja o post: http://www.ecologiamedica.net/2010/11/antioxidantes.html

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Castanhas: comparação entre elas


Elas são gostosas, saudáveis, já foram capa de várias revistas, sim as castanhas ou oleaginosas são muito famosas por seus benefícios. Mas, existe muita dúvida, como por exemplo: elas são todas iguais? E o que mais ouço...elas engordam?! Então, vamos esclarecer as diferenças entre elas.

Um recente estudo da Universidade de Scranton, nos Estados Unidos, mostrou que uma determinada quantidade de nozes contém duas vezes mais antioxidantes do que a mesma quantidade de castanhas, amêndoas, amendoins, pistaches, avelãs, castanhas-do-pará, castanhas de caju, macadâmias. Além disso, os antioxidantes presentes nas nozes têm maior qualidade e potência do que os dos outros frutos secos analisados.

Os antioxidantes encontrados nas nozes são entre duas a 15 vezes mais poderosos do que os da vitamina E, também conhecida pelo seu benefício antioxidante. Os antioxidantes impedem reações químicas que ocasionam mudanças na estrutura molecular das células do corpo.

Pesquisas anteriores demonstraram que o consumo regular de pequenas quantidades de frutas oleaginosas pode reduzir o risco de doenças cardíacas, alguns tipos de câncer, diabetes tipo 2 e outros problemas de saúde. As porções dessas frutas consumidas devem ser pequenas. Sete ao dia são o suficiente para obter os benefícios para a saúde descobertos nos estudos.

A castanha do Pará rebatizada recentemente como castanha do Brasil (mas ninguém a chama desta forma), é uma excelente fonte de selênio, 1 castanha contém a recomendação diária deste mineral. O selênio participa da formação de diversas enzimas no nosso organismo, inclusive dos hormônios da tireóide. Além disso, é um excelente antioxidante que combate o envelhecimento celular. Além disso, trabalha para manter mais ativo nosso sistema imunológico, também acaba por proteger as células do sistema nervoso das doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer e também está associado à capacidade do organismo de eliminar metais pesados.

Segundo estudo americano publicado no periódico especializado Journal of the American College of Nutrition, a amêndoa tem propriedades que protegem o corpo contra o diabetes tipo 2 e as doenças cardíacas. Os médicos verificaram que após a introdução no cardápio, houve nos pacientes um aumento da sensibilidade à insulina, o que melhora o processamento de açúcares pelo corpo. Os voluntários apresentaram também uma significativa redução dos níveis de LDL, o chamado mau colesterol, no sangue.

Outra pesquisa desenvolvida no City of Hope National Medical Center in Duarte, Califórnia, nos Estados Unidos, e publicado no International Journal of Obesity. Mostrou que um farto punhado de amêndoas, cheia de gorduras benéficas é capaz de reduzir o peso. Em seis meses, os pacientes que adotaram diariamente a fruta oleaginosa reduziram 18% do peso e 14% da medida na cintura. O colesterol ruim (LDL) também diminuiu 15% e os triglicérides, 29%. Além das fibras, que afastam a fome por mais tempo, a amêndoa contém ômega-3, gordura do bem que ajuda a estimular os hormônios da saciedade.

Outra descoberta da ciência publicada na Applied and Environmental Microbiology é de que as amêndoas são sementes e não frutos como se pensava. Mas o que foi descoberto também é que elas melhoram o processo digestivo e reforçam o sistema imunológico, por aumentarem os níveis de bactérias que auxiliam o trato digestivo. Recentemente, o Intitute of Food Research identificou potenciais efeitos prebióticos das amêndoas, ufa, elas são maravilhosas!

Mas, nem tudo são flores ou praticidade, o ideal seria comprar as castanhas em suas cascas e descascá-las no momento do consumo (não briguem comigo!). Isso seria o ideal! Todas as castanhas são compostas basicamente de óleo, e o maior inimigo dele é a luz e o oxigênio. Como são difíceis de achar com casca e nada práticas, siga estas dicas para que elas fiquem ricas em nutrientes por mais tempo: ao comprar as castanhas em potinhos transparentes, prefira os que estão no fundo da prateleira (mais protegidos da luz), evite as com aspecto muito amarelado ou furinhos, armazene na geladeira em um pote escuro (ficam bem conservadas por até dois meses) e prefira as que foram embaladas recentemente.

Uma dica importante: Preste atenção no tipo de castanha que foi recomendado em seu Plano Alimentar, pois é comum a confusão. Muitas vezes recomendo castanha do Brasil e meus pacientes compram castanha de caju e comem felizes achando que é a mesma coisa. Cada uma será recomendada para um objetivo específico, portanto consumir a certa fará toda diferença!

Não abuse deste alimento, pois são muito calóricos, e seu excesso ao invés de trazer benefícios irá aumentar seu peso corporal. Eu costumo dizer aos meus pacientes para não encarar as castanhas como um alimento, já que todos gostam, pense nelas como um complemento/suplemento e por isso as quantidades devem ser restritas. As castanhas não devem ser consumidas de form abusiva porque podem também desencadear alergias.

Abaixo, fiz uma tabela para que você possa visualizar qual nutriente se destaca em cada tipo de castanha:


**Adaptado da Tabela de Composição dos Alimentos da Unifesp.
(Clique para ampliar)


























Fontes:

*Escola Paulista de Medicina – Unifesp. Departamento de Informática em Saúde. Tabela de Composição Química dos Alimentos. 
*Nuts and Plasma Lipids: An Almond-Based Diet Lowers LDL-C while Preserving HDL-C: http://www.jacn.org/content/17/3/285.short
*Effect on Body Weight of a Free 76 Kilojoule (320 Calorie) Daily Supplement of Almonds for Six Months: http://www.jacn.org/content/21/3/275.short
*Investigation of the potential prebiotic properties of almond (Amygdalus communis L.) seeds. G. Mandalari, C. Nueno-Palop, G. Bisignano, M. S.J. Wickham, and A. Narbad. Applied and Environmental Microbiology July 2008. Published online ahead of print 23rd May 2008 doi:10.1128/AEM.00739-08
* For Heart Healthy Antioxidants, Walnut are number one: 


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Conhecendo as Sementes de Chia!

O texto abaixo foi elaborado pela Dr. Carol Morais, nutricionista especialista em nutrição funcional. 
O mesmo foi publicado no Blog da VP

SEMENTE DE CHIA

A semente de chia é a nova “comprovação” da ciência em termos de alimento saudável. Por essa razão ela vem aparecendo em várias reportagens e blogs sobre alimentação, como por exemplo, na sessão Prato Saudável da revista Boa Forma de outubro de 2011. Os principais benefícios já relatados são, principalmente, sobre as sementes da planta Salvia Hispanica ou chia, como está sendo mais chamada.

A Salvia Hispânica é uma planta originária da região andina do México e da Guatemala, com sementes ovais e pequenas de coloração variada (preta, marrom escura, branca ou cinza). Reza a lenda que os guerreiros maias consumiam apenas um punhado de suas sementes e guerreavam por 2 dias – por essa razão o nome chia, que significa força. Eles valorizavam tanto essas sementes que a utilizavam também como moeda.

Lendas à parte, os estudos de composição demonstraram que a semente parece ser uma boa fonte de ômega 3, antioxidantes, fibras e aminoácidos. Segundo a literatura, a composição varia de acordo com a origem da semente. Por exemplo, o teor proteico e a concentração de ômega 3 é maior nas sementes que crescem em regiões mais secas.

O perfil de aminoácidos (Isoleucina, Leucina, Valina, Lisina, Metionina, Fenilalanina, Treonina, Triptofano) da semente de chia permite que ela seja uma boa opção como fonte proteica.

Outra vantagem da semente é sua atuação no estômago, parecido com as mucilagens, que promove uma conversão mais lenta de carboidratos em açúcar, podendo ser, dessa forma, utilizado no auxílio do controle da glicemia sanguínea. Um estudo canadense1 evidenciou um auxílio na manutenção de um bom controle glicêmico e lipídico em pacientes portadores de diabetes tipo 2, previamente compensados.

Já um estudo feito em ratos mostrou que animais submetidos à dieta rica em sucrose, porém recebendo semente de chia, não desenvolveram hiperlipidemia nem resistência insulínica, mas os níveis glicêmicos não se alteraram. Os autores acreditam que isso seja decorrente da presença de ácido linolênico.

Por apresentar uma boa concentração de ácido linolênico, consiste em uma ótima fonte vegetal de ômega 3. Apresenta ainda os seguintes ácidos graxos: alfa-linoleico, oleico, esteárico, palmítico. Na literatura há estudos evidenciando que a suplementação de 3,7 a 4 gramas/dia reduziu a pressão arterial sistólica, níveis de PCR ultra-sensível e fator de Von Willebrand, além de elevar os níveis plasmáticos de EPA.

Por ser uma das principais fontes vegetais de ômega 3, torna-se um alimento auxiliar no tratamento de pacientes portadores de alergias, dislipidemias, insuficiência coronariana, risco cardiovascular elevado, diabetes tipo 2, situações em que há presença de resistência insulínica e/ou distúrbios endócrinos. Entretanto, não há estudos científicos mostrando resultados em obesidade.

A presença de alguns antioxidantes (ácido clorogênico, ácido cafeico, miricetina, quercetina e flavonoides) torna a semente de chia um alimento com potencial anti-inflamatório, podendo ser utilizado em situações caracterizadas pela inflamação crônica. Estudos epidemiológicos indicam que um consumo adequado de flavonoides pode atuar positivamente na prevenção de algumas doenças, como as cardiovasculares, embolia, câncer de pulmão e de estômago.

Com relação à sua estabilidade, a oxidação na chia é de mínima a nula, mantém um grande potencial dentro da indústria alimentícia, comparada com outras fontes de ácido graxo alfa-linolênico, como a linhaça, que mostra uma decomposição rápida devido à ausência de antioxidantes próprios da semente.

Além do perfil de ácidos graxos, a chia possui boa concentração de minerais (potássio, cálcio, ferro, magnésio e fósforo), além de vitaminas (vitamina A, tiamina, riboflavina, nianica, cobalamina, ácido ascórbico e alfa-tocoferol).

Diante de todas essas vantagens, esse alimento pode ser visto como mais um coadjuvante na busca pela saúde e não como redentor e único responsável por um bom estado de saúde. Afinal, saúde é um estado dependente de vários fatores.

*Texto elaborado pela Dra Carol Morais, aluna bolsista do curso de Pós-graduação em Nutrição Esportiva Funcional pela VP Consultoria Nutricional/ Divisão Ensino e Pesquisa.

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quinta-feira, 21 de maio de 2015

Radicais livres: será que devemos combatê-los ? por Prof. Guilherme Artioli

Esse é o 1o de 2 posts sobre o tema - Essas pequenas partículas subatômicas têm dado o que falar, e não por menos. Sua principal característica físico-química chega a assustar: são altamente instáveis e, portanto, altamente reativas, podendo se ligar a vários tipos de moléculas a fim de tornarem-se estáveis.

O problema é que a reação entre um radical livre e uma molécula qualquer pode modificar a estrutura e a função dessa molécula. A consequência? Perdas funcionais.


Mas será que precisamos deliberadamente tomar medidas para combatê-los? As espécies reativas de oxigênio são produtos naturais dos processos oxidativos que ocorrem em nossas células, nas mitocôndrias. Portanto, produzir energia implica em produzir radicais livres, e não há como evitar tal produção. Uma vez que os músculos produzem muita e são dotados de muitas mitocôndrias, eles acabam sendo um dos principais locais de produção das EROs.

O problema é que, dentro das mitocôndrias, existe muito DNA, que pode sofrer danos. Outro problema é que as mitocôndrias se renovam e, para tanto, precisam copiar o material genético (DNA) das mitocôndrias já existentes. Se o DNA já estiver danificado, a cópia conterá os danos anteriores, os que se somarão aos novos danos. O resultado desse acúmulo de danos ao DNA ao longo do tempo é a diminuição da função da mitocôndria.

Em outras palavras, ao longo do tempo (leia-se envelhecimento), ocorre um acúmulo de danos ao DNA mitocondrial, os quais resultam em diminuição da capacidade de produzir energia. Essa é a base da teoria do envelhecimento mitocondrial e, não ao acaso, ao envelhecer, perde-se progressivamente sua capacidade de produzir energia e de realizar exercícios que dependem do metabolismo aeróbio.

Por esse mesmo motivo, o combate aos radicais livres promete efeitos “antienvelhecimento”. Mas já iremos abordar essa questão em mais detalhes. Em outros tecidos, eles também podem ter efeitos deletérios -cerca de 50 doenças já foram associadas a algum tipo de desequilíbrio entre produção de radicais livres.

Amanhã discutiremos a relevância para o exercício e se a suplementação pode ou não trazer benefício.

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Continuando o post de ontem - Embora os radicais livres (RL) e EROs tenham sim papel em diversas doenças e no envelhecimento, é importante fazermos uma distinção entre produção fisiológica de radicais livres e estresse oxidativo.

Nosso organismo é dotado de diversos sistemas de defesa contra os danos provocados pelos RL, e eles funcionam muito bem quando estão em equilíbrio. Mais ainda, os RLs atuam como desencadeadores de efeitos benéficos, especialmente no contexto do exercício físico.

Estudos mostram que o exercício aumenta a produção de RLs, mas que aumentam também as defesas antioxidantes naturais, de tal forma que o equilíbrio se mantém. Mostram ainda que os RLs SÃO NECESSÁRIOS PARA QUE O ORGANISMO SE ADAPTE AO EXERCÍCIO.

Ao combater artificialmente os RLs, combatemos adaptações que são benéficas. É como se o tiro saísse pela culatra. Em um outra situação bastante diferente, existe o estresse oxidativo.

Nesses casos, a produção de RLs excede em muito a capacidade do organismos de neutralizá-los. Isso pode acontecer em doenças que resultam em perda das defesas antioxidantes ou em aumento da produção de RLs.

Outra situação comum é quando há excesso de exercício físico, especialmente o aeróbio intenso de longa duração (duas horas, ou mais). Embora volumes de treino assim elevados sejam raros, atletas de longa duração estão muito sujeitos aos danos causados pelo estresse oxidativo.

Como sempre dizemos: esporte de alto-nível está longe de ser saudável. Mas para o indivíduo comum, que simplesmente vai à academia e pratica seus treinos aeróbios 2-4 vezes na semana, os RLs são mais benéficos do que maléficos e, logo, não há porque combatê-los.

Para quem não se sujeita às rotinas de treino de atletas de competição, a literatura é bastante clara: NÃO EXISTEM BENEFÍCIOS COM A SUPLEMENTAÇÃO DE ANTIOXIDANTES (vitaminas A, C e E e coenzima Q10, entre outros). Ao contrário, ela pode até atrapalhar as adaptações ao exercício.

Para quem é atleta, apesar do estresse oxidativo ser uma preocupação legítima, o uso de suplementos também não parece ser muito efetivo. É o que mostram diferentes estudos. Prof. Guilherme Artioli

domingo, 21 de agosto de 2022

Tomar café diminui em até 30% o risco de morte, sugere estudo

Estudo foi observacional, ou seja, dados não são conclusivos; informações de mais de 170 mil pessoas foram consideradas

Aquela xícara de café de manhã pode estar ligada a um menor risco de morte, concluíram pesquisadores de um estudo publicado em julho The Annals of Internal Medicine.

As pessoas que beberam de 1,5 a 3,5 xícaras de café por dia, mesmo com uma colher de chá de açúcar, tiveram uma probabilidade até 30% menor de morrer durante o período do estudo do que as que não tomaram café.

As que bebiam café sem açúcar eram 16% a 21% menos propensas a morrer durante o período do estudo, e as que bebiam cerca de três xícaras por dia tinham o menor risco de morte quando comparadas às que não tomavam café.

Os pesquisadores analisaram dados de consumo de café coletados no UK Biobank, um grande banco de dados médicos com informações de saúde de pessoas de todo o Reino Unido.

Eles examinaram informações demográficas, de estilo de vida e dietéticas coletadas de mais de 170 mil pessoas entre 37 e 73 anos de idade, durante um período médio de acompanhamento de sete anos. O risco de mortalidade permaneceu menor para as pessoas que bebiam café, descafeinado ou cafeinado. Os dados foram inconclusivos sobre as que tomavam café com adoçantes artificiais.

"É fantástico", disse Christina Wee, professora associada de medicina em Harvard e editora adjunta da revista científica que publicou o estudo. "Há muito poucas coisas que reduzem a mortalidade humana em 30%".

Wee editou o estudo e publicou um editorial correspondente na mesma revista.

No entanto, há ressalvas importantes para interpretar esta pesquisa, acrescentou ela. É um estudo observacional, o que significa que os dados não podem provar conclusivamente que o café propriamente reduz o risco de morte; pode haver outros fatores de estilo de vida que contribuam para esse menor risco de mortalidade entre as pessoas que tomam café, como uma dieta saudável ou uma rotina consistente de exercícios.

A quantidade média de açúcar adicionada a cada xícara de café no estudo foi de pouco mais de uma colher de chá –muito menos do que a quantidade normalmente adicionada a muitas bebidas açucaradas nas redes de café. Um Caramel Macchiato grande da rede Starbucks, por exemplo, contém 25 gr de açúcar, cerca de cinco vezes mais que uma xícara de café adoçada do estudo.

"Todas as apostas erram quando se tenta comparar isso com um 'latte', um Frappuccino, um 'supermocha' batido ou qualquer outro", disse Eric Goldberg, professor clínico associado na Escola de Medicina Grossman da Universidade de Nova York. Essas bebidas tendem a ser ricas em calorias e gorduras, disse ele, o que potencialmente elimina ou pelo menos diminui qualquer benefício do café.

Esse estudo é o mais recente de uma robusta linha de pesquisa que mostra as potenciais vantagens do café para a saúde, disse ele. Pesquisas anteriores associaram o consumo de café a um menor risco de doença de Parkinson, doenças cardíacas, diabetes tipo 2, câncer de fígado e próstata e outros problemas de saúde.

Os cientistas não sabem exatamente o que torna o café tão benéfico, disse Goldberg, mas a resposta talvez esteja em suas propriedades antioxidantes, que podem prevenir ou retardar os danos celulares.

Os grãos de café contêm grande quantidade de antioxidantes, disse Beth Czerwony, nutricionista registrada no Centro de Nutrição Humana da Clínica Cleveland, que pode ajudar a decompor os radicais livres que causam danos às células.

Com o tempo, um acúmulo de radicais livres pode aumentar a inflamação no corpo, o que pode causar a formação de placas relacionadas a doenças cardíacas, disse ela, então os nutricionistas recomendam consumir alimentos e bebidas ricos em antioxidantes.

Há também a possibilidade de que os tomadores de café tendam a fazer escolhas mais saudáveis em geral. Eles podem optar por um café gelado ou um 'espresso' no lugar de uma fonte menos saudável de cafeína, como uma bebida energética ou um refrigerante, disse Goldberg.

"Se você está tomando Mountain Dew, Coca-Cola, Red Bull ou qualquer dessas bebidas, elas têm muito mais açúcar. Todas as coisas artificiais –ao contrário do café, que geralmente é um alimento não processado."

Apesar das evidências animadoras sobre o café, não há dados suficientes para sugerir que as pessoas que atualmente não bebem café devam parar no Starbucks durante suas tarefas matinais, disse Wee. E mesmo os ávidos bebedores de café não devem usar o estudo para justificar xícaras intermináveis.

O estudo mostrou que os benefícios do café diminuíram entre as pessoas que bebiam mais de 4,5 xícaras de café por dia. Estudos anteriores mostraram que consumir "quantidades extremas" –mais de 7 xícaras por dia– pode ser prejudicial, disse ela.

"A moderação é boa", disse Goldberg. "Mas uma coisa boa em excesso não é necessariamente boa.”

“Compartilhar é se importar”
EndoNews: Lifelong Learning
Inciativa premiada no Prêmio Euro - Inovação na Saúde
By Alberto Dias Filho 
twitter: @albertodiasf

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sementes de chia

O texto abaixo foi elaborado pela Dr. Carol Morais, nutricionista especialista em nutrição funcional, detox, fitoterapia. O mesmo foi publicado no Blog da VP

SEMENTE DE CHIA

A semente de chia é a nova “comprovação” da ciência em termos de alimento saudável. Por essa razão ela vem aparecendo em várias reportagens e blogs sobre alimentação, como por exemplo, na sessão Prato Saudável da revista Boa Forma de outubro de 2011. Os principais benefícios já relatados são, principalmente, sobre as sementes da planta Salvia Hispanica ou chia, como está sendo mais chamada.

A Salvia Hispânica é uma planta originária da região andina do México e da Guatemala, com sementes ovais e pequenas de coloração variada (preta, marrom escura, branca ou cinza). Reza a lenda que os guerreiros maias consumiam apenas um punhado de suas sementes e guerreavam por 2 dias – por essa razão o nome chia, que significa força. Eles valorizavam tanto essas sementes que a utilizavam também como moeda.

Lendas à parte, os estudos de composição demonstraram que a semente parece ser uma boa fonte de ômega 3, antioxidantes, fibras e aminoácidos. Segundo a literatura, a composição varia de acordo com a origem da semente. Por exemplo, o teor proteico e a concentração de ômega 3 é maior nas sementes que crescem em regiões mais secas.

O perfil de aminoácidos (Isoleucina, Leucina, Valina, Lisina, Metionina, Fenilalanina, Treonina, Triptofano) da semente de chia permite que ela seja uma boa opção como fonte proteica.

Outra vantagem da semente é sua atuação no estômago, parecido com as mucilagens, que promove uma conversão mais lenta de carboidratos em açúcar, podendo ser, dessa forma, utilizado no auxílio do controle da glicemia sanguínea. Um estudo canadense1 evidenciou um auxílio na manutenção de um bom controle glicêmico e lipídico em pacientes portadores de diabetes tipo 2, previamente compensados.

Já um estudo feito em ratos mostrou que animais submetidos à dieta rica em sucrose, porém recebendo semente de chia, não desenvolveram hiperlipidemia nem resistência insulínica, mas os níveis glicêmicos não se alteraram. Os autores acreditam que isso seja decorrente da presença de ácido linolênico.

Por apresentar uma boa concentração de ácido linolênico, consiste em uma ótima fonte vegetal de ômega 3. Apresenta ainda os seguintes ácidos graxos: alfa-linoleico, oleico, esteárico, palmítico. Na literatura há estudos evidenciando que a suplementação de 3,7 a 4 gramas/dia reduziu a pressão arterial sistólica, níveis de PCR ultra-sensível e fator de Von Willebrand, além de elevar os níveis plasmáticos de EPA.

Por ser uma das principais fontes vegetais de ômega 3, torna-se um alimento auxiliar no tratamento de pacientes portadores de alergias, dislipidemias, insuficiência coronariana, risco cardiovascular elevado, diabetes tipo 2, situações em que há presença de resistência insulínica e/ou distúrbios endócrinos. Entretanto, não há estudos científicos mostrando resultados em obesidade.

A presença de alguns antioxidantes (ácido clorogênico, ácido cafeico, miricetina, quercetina e flavonoides) torna a semente de chia um alimento com potencial anti-inflamatório, podendo ser utilizado em situações caracterizadas pela inflamação crônica. Estudos epidemiológicos indicam que um consumo adequado de flavonoides pode atuar positivamente na prevenção de algumas doenças, como as cardiovasculares, embolia, câncer de pulmão e de estômago.

Com relação à sua estabilidade, a oxidação na chia é de mínima a nula, mantém um grande potencial dentro da indústria alimentícia, comparada com outras fontes de ácido graxo alfa-linolênico, como a linhaça, que mostra uma decomposição rápida devido à ausência de antioxidantes próprios da semente.

Além do perfil de ácidos graxos, a chia possui boa concentração de minerais (potássio, cálcio, ferro, magnésio e fósforo), além de vitaminas (vitamina A, tiamina, riboflavina, nianica, cobalamina, ácido ascórbico e alfa-tocoferol).

Diante de todas essas vantagens, esse alimento pode ser visto como mais um coadjuvante na busca pela saúde e não como redentor e único responsável por um bom estado de saúde. Afinal, saúde é um estado dependente de vários fatores.

*Texto elaborado pela Dra Carol Morais, aluna bolsista do curso de Pós-graduação em Nutrição Esportiva Funcional pela VP Consultoria Nutricional/ Divisão Ensino e Pesquisa.

Onde encontrar em Goiânia:
  1. Armazém Saúde. Rua 12 c/ Av. Portugal Nº 280 Qd. K6 - Setor Oeste, - Goiânia – GO. Fone: 62-3541-6016
  2. Farmácia Verde shop. Av Rio Verde (em frente ao Buriti Shopping) - Parque Amazonas. Fone: 62-3548-2600

domingo, 2 de setembro de 2012

Vitamina C protege pulmão da poluição, diz estudo britânico



Uma dieta rica em antioxidantes ajuda a proteger o pulmão da poluição do ar, indica um novo estudo britânico.

Pesquisadores do Imperial College London, no Reino Unido, verificaram que os hospitais da capital recebem mais pacientes de asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (síndrome que engloba bronquite crônica e enfisema) durante os dias em que há maior concentração de partículas suspensas no ar.

Mas quando as pessoas tinham altos níveis de vitamina C no sangue, elas foram menos vezes aos postos durante os dias poluídos e secos, afirma o texto publicado no journal Epidemiology e feito com 209 pessoas atendidas pelo sistema de saúde de Londres.

O grupo testou a relação da baixa internação hospitalar com outros antioxidantes, mas não teve bons resultados. Eles descobriram poucos indícios entre as taxas de ácido úrico e vitamina E (presente em cereais e castanhas) e nenhuma relação nos pacientes internados com a presença de vitamina A (achada na gema do ovo, no leite e seus derivados e no fígado).

A descoberta do grupo dá uma “pequena, mas importante evidência sobre os efeitos da poluição podem ser modificados por antioxidantes”, afirma Michael Brauer, pesquisador de saúde ambiental da UniversidadeBritish Columbia, no Canadá.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2012/08/21/vitamina-c-protege-pulmao-da-poluicao.htm

Dicas do Dr. Frederico Lobo e da Nutricionista Isis Moreira: 

  1. Não adianta consumir em uma única dose mais que 250mg de Vitamina C. Você perderá o restante na urina. 
  2. Nunca um suplemento de Vitamina C substituirá a vitamina C natural dos alimentos, por um simples motivo: no alimento existe o que chamamos de complexo C, que consiste em uma sinergia de compostos que melhoram a biodisponibilidade da Vitamina C, como por exemplo: quercetina, hesperidina e outros bioflavonóides. 
  3. Se quer ter os benefícios da Vitamina C, uma dica que damos pros nossos pacientes da Clínica de Ecologia Médica: suplementação natural de acerola => pegue acerola, bata com um pouco de água e congele na forma de cubinhos de gelo (formas pequenas). Use 1 cubinho de 4 a 6 vezes ao dia. Aí sim, a vitamina C irá ser aproveitada.
  4. Existe um estudo interessante, feito no Brasil, pra comparar o teor de vitamina C na acerola em suas várias formas. Os teores de vitamina C das acerolas congeladas in natura, da polpa pasteurizada congelada e do suco pasteurizado em garrafa, determinado no início do experimento, foram de 1.511±56, 1.360±26 e 988±50 mg vit.C/100g amostra, respectivamente, caracterizando a acerola como uma ótima fonte desta vitamina, mesmo após sofrer processamento térmico. Para se ter uma idéia, 100gramas de acerola in natura fresca, possui 2800mg de vitamina C.  Link pro estudo:  http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20612003000100019




domingo, 3 de janeiro de 2016

A importância do mineral cobre

Cobre é importante para a saúde da pele e cérebro. Mineral também melhora a imunidade e a saúde do coração e tem ação antioxidante.

O cobre é um mineral considerado essencial para o organismo. Ele é um oligoelemento, elemento químico essencial para os seres vivos encontrado em baixa concentração nos organismos, porém de fundamental importância biológica. 
O corpo humano não consegue produzir o cobre, ele é obtido por meio da alimentação. O cobre ajuda na formação de algumas células sanguíneas, hormônios e enzimas antioxidantes, também contribui para a síntese de neurotransmissores, formação da bainha de mielina e regulação da expressão gênica. O cobre ainda ajuda a regular a quantidade de ferro no organismo e na formação de tecidos conjuntivos. 

Benefícios comprovados do cobre

Bom para a pele: O cobre é bom para a pele por alguns motivos. Ele é importante para a formação de melanina, que desempenha um papel na pigmentação da pele, cabelos e olhos, impedindo, por exemplo, a formação de manchas de pele, melasma. 
A lisil oxidase, é uma enzima dependente de cobre responsável pela ligação cruzada de colágeno e elastina, que são essenciais para a formação de tecido conjuntivo forte e flexível. Por fim, a ação antioxidante que o cobre proporciona por meio das enzimas antioxidantes também irá contribuir para uma pele mais saudável e bonita. 
Bom para o cérebro: Muitas cuproenzimas, enzimas dependentes de cobre, são responsáveis por diversas reações essenciais para a função normal do cérebro e do sistema nervoso. Estas enzimas dependentes de cobre são responsáveis pela síntese de neurotransmissores. Além disso, a formação e manutenção da bainha de mielina, bainha protetora que cobre os nervos, é feita de fosfolípidos cuja síntese depende da atividade do citocromo c oxidase, enzima dependente de cobre. A forte ação antioxidante que o cobre proporciona indiretamente também irá prevenir doenças cerebrais degenerativas. 
Bom para a imunidade: O cobre é essencial para que as pessoas tenham um bom aproveitamento da vitamina C. Esta vitamina aumenta a produção de glóbulos brancos, células que fazem parte do sistema imunológico e que tem a função de combater microorganismo e estruturas estranhas ao corpo. A vitamina C também aumenta os níveis de anticorpos no organismo. Assim, ela ajuda a fortalecer o sistema imunológico, deixando nosso corpo menos suscetível a doenças. A poderosa ação antioxidante que o cobre proporciona indiretamente também age de forma positiva na imunidade. 
Bom para o coração: O cobre é um mineral essencial para enzimas antioxidantes como a superóxido dismutase e a celuroplasmina, que impedem a ação dos radicais livres sobre a oxidação de lipídeos, diminuindo o risco de doenças cardíaca, uma vez que as gorduras oxidadas podem levar ao entupimento de artérias. 
Além disso, a lisil oxidase, é uma enzima dependente de cobre responsável pela ligação cruzada de colágeno e elastina. A ação da lisil oxidase ajuda a manter a integridade do tecido conjuntivo no coração e nos vasos sanguíneos e também desempenha um papel na formação dos ossos. 

Deficiência de cobre

A deficiência de cobre no organismo pode causar problemas como manchas na pele, neutropenia (anormalmente baixo número de glóbulos brancos chamados neutrófilos), osteoporose e doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson. Problemas na tireoide também podem ocorrer diante da carência de cobre. 

Farinha de soja possui boas quantidades de cobre - Foto: Getty Images
Farinha de soja possui boas quantidades de cobre
Foi verificado que os animais que consumiam dietas deficientes em cobre morriam repentinamente de hemorragia interna causada por defeitos estruturais das artérias, uma vez que a concentração de colágeno e elastina diminuíam significativamente neste grupo deficiente de cobre. Assim, descobriu-se que o cobre participa indiretamente da formação de elastina e colágeno, uma vez que este mineral é importante para a formação da enzima lisil oxidase, responsável pela formação de colágeno. 

Existem vários exames que podem ser solicitados por médico ou nutricionista para identificar a carência de ferro, como o cobre urinário de 24 horas, cobre total, cobre plasmático não ligado à ceruloplasmina, cobre livre, cobre hepático, verificando assim a real necessidade do indivíduo deste mineral. 

Interações com o cobre

Zinco: Altas ingestões dietéticas de zinco podem aumentar a síntese de uma proteína chamada de metalotioneína intestinal, que se liga ao cobre impedindo sua absorção intestinal. 
Açúcar mascavo possui boas quantidades de cobre - Foto: Getty Images
Açúcar mascavo possui boas quantidades de cobre
Vitamina C: Pesquisas em animais apontaram que o suplemento de vitamina C pode diminuir a quantidade de cobre no organismo. 
Medicamentos: A penicilamina aumenta a excreção urinária de cobre, os indivíduos que tomam a medicação para fins diferentes da sobrecarga de cobre podem ter uma maior exigência nutricional do mineral. Além disso, os antiácidos podem interferir com a absorção do cobre quando usados em quantidades muito elevadas. 

Fontes de cobre

Confira a quantidade de cobre presente nas principais fontes do mineral:  
Fontemg/100g
Cacau em pó4,40 mg
Farinha de Soja2,88 mg
Açúcar mascavo2,41 mg
Lentilha1,31 mg
Chocolate1,21 mg
Amendoim torrado1,10 mg
Aveia1,00 mg
Amêndoa1,00 mg
Brócolis0,84 mg
Castanha-do-pará0,66 mg
Cogumelo0,65 mg
Carne bovina0,65 mg
Amendoim cru0,62 mg
Pão de centeio0,61 mg
Arroz0,58 mg
Ervilha verde0,57 mg
Caranguejo0,57 mg
Ovo de galinha, gema0,57 mg
Rabanete0,50 mg
Favas0,50 mg
Cevada0,50 mg
Alcachofra0,50 mg
Fonte: Tabela Brasileira de Composição de Alimentos ? TACO - 4ª edição revisada e ampliada. 

Quantidade recomendada de cobre

IdadeHomens (mcg/dia)Mulheres (mcg/dia)
0 - 6 meses200200
7-12 meses220220
1- 3 anos340340
4 - 8 anos440440
9 -13 anos700700
14 -18 anos890890
19 anos ou mais900900
Gravidez-1000
Lactação-1300
Fonte: Departamento de agricultura dos Estados Unidos 

O uso do suplemento de cobre

O suplemento de cobre é recomendado quando a pessoa não consegue obter quantidades suficientes do mineral na alimentação. É comum veganos apresentarem deficiência do nutriente. A suplementação de cobre só pode ser realizada após a orientação de uma nutricionista ou médico. 

Riscos do consumo em excesso

O excesso de cobre ocorre normalmente por meio da suplementação. Os sintomas de toxicidade aguda de cobre incluem dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia. Sinais mais graves de toxicidade aguda de cobre incluem danos severos no fígado, insuficiência renal e coma. O excesso de cobre pode causar também a diminuição da absorção de vitamina C. 

Máximo de Ingestão Tolerável (UL) para cobre

IdadeUL (mcg/dia)
0 -12 mesesNão estabelecido
1-3 anos1000
4 - 8 anos3000
9 - 13 anos5000
14 - 18 anos8000
Acima de 19 anos10000
Fonte: Departamento de agricultura dos Estados Unidos 

Fontes consultadas:

Nutricionista Karina Valentim da PB Consultoria em Nutrição 
Nutróloga Marcella Garcez, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) 

domingo, 29 de agosto de 2021

Dieta antiinflamatória na artrite reumatoide (ADIRA)

A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune crônica caracterizada por inflamação sinovial frequentemente seguida por erosão da cartilagem e óssea. Os pacientes sofrem de redução da capacidade funcional, dor e rigidez que muitas vezes levam à diminuição da qualidade de vida. A prevalência de AR é de 0,5% a 1% da população ocidental e a doença é mais comum entre mulheres e idosos. 

O tratamento atual é baseado em imunossupressão, que visa evitar mais destruição articular, reduzir os sintomas e alcançar remissão. No entanto, muitos não alcançam remissão sustentada e, mesmo que a atividade da doença seja reduzida, muitos ainda sofrem de sintomas incapacitantes, incluindo dor e fadiga.

Os pacientes com AR geralmente pedem conselhos médicos específicos sobre a dieta e muitos relatam que diferentes itens alimentares melhoram ou pioram os sintomas da doença. Carne vermelha, álcool e refrigerantes são exemplos de alimentos que pioram os sintomas, enquanto peixes e frutas vermelhas melhoram os sintomas. 

Existem poucos estudos investigando dietas inteiras, mas efeitos benéficos sobre a atividade da doença foram observados em estudos de intervenção com uma dieta mediterrânea, bem como com o jejum seguido por uma dieta vegetariana e uma dieta vegana sem glúten.

A pesquisa sobre os efeitos dos componentes alimentares na inflamação e nos sintomas percebidos pelo paciente inclui ácidos graxos n-3, probióticos, vitamina D e antioxidantes. Ácidos graxos n-3 parecem ter efeitos positivos em vários desfechos, como na taxa de sedimentação de eritrócitos (VHS) e na contagem de articulações dolorosas, e vários ensaios com probióticos mostraram efeitos positivos na atividade da doença. 

Parece haver potencial para a vitamina D também reduzir a atividade da doença, mas muito poucos estudos foram realizados. Além disso, vários antioxidantes e fontes de compostos bioativos com efeitos antioxidantes foram avaliados e alguns estudos obtiveram redução nos sintomas, bem como menor atividade da doença com esses alimentos e suplementos. Muitas dessas intervenções alimentares na AR tinham pequenas populações de estudo e sofriam de um design inadequado. 

No entanto, eles indicam que vários alimentos e componentes alimentares têm potencial para reduzir a atividade da doença da AR, diminuindo o grau de inflamação ou aliviando sintomas como dor nas articulações. Ainda assim, faltam estudos que investigam os efeitos de uma dieta abrangente de portfólio anti-inflamatório para a AR.

Uma dieta de portfólio contém uma combinação de alimentos que podem potencializar os efeitos à saúde um do outro e é necessário estudos de alta qualidade para investigar se uma dieta de portfólio com alimentos anti-inflamatórios pode complementar o tratamento farmacológico da AR e reduzir ainda mais os sintomas.

OBJETIVOS DO ESTUDO

O objetivo do estudo ADIRA (Dieta Anti-inflamatória na Artrite Reumatoide) (NCT02941055) foi investigar se uma dieta portfólio anti-inflamatória, rica em ácidos graxos n-3, fibras alimentares e probióticos, em comparação com uma dieta controle nutricionalmente semelhante a uma dieta típica sueca rica em ácidos graxos essenciais, mas com proporções de proteína, gordura total e carboidratos, de acordo com as recomendações, pode atuar como terapia adjuvante e diminuir a atividade da doença em pacientes com AR.

MÉTODOS

Neste estudo cruzado, cego, 50 pacientes com AR foram aleatoriamente designados para uma dieta de intervenção contendo um portfólio de alimentos anti-inflamatórios sugeridos, ou uma dieta controle semelhante à ingestão alimentar geral na Suécia, por 10 semanas. Após um intervalo de quatro meses, os participantes trocaram a dieta. Alimentos equivalentes a 50% das necessidades de energia eram entregues semanalmente em suas casas. Nas demais refeições, foram incentivados a consumir o mesmo tipo de alimento que os fornecidos durante cada dieta. O desfecho primário foi a alteração no escore de atividade da doença em 28 articulações – taxa de sedimentação de eritrócitos (DAS28-VHS). Os desfechos secundários foram alterações nos componentes do DAS28-VHS (articulações sensíveis e inchadas, VHS e escala visual analógica para a saúde geral) e da proteína C reativa ao DAS28-PCR.

RESULTADOS

Na análise principal, um modelo linear ANCOVA misto, incluindo os 47 participantes que completaram ≥1 período de dieta, não houve diferença significativa no DAS28-VHS entre os períodos de intervenção e controle (P = 0,116). No entanto, em análises não ajustadas, o DAS28-VHS diminuiu significativamente durante o período de intervenção e foi significativamente menor após a intervenção do que após o período de controle nos participantes que completaram os dois períodos (n = 44; mediana: 3,05; IQR: 2,41, 3,79 em comparação com mediana: 3,27; IQR: 2,69, 4,28; P = 0,04, teste de Wilcoxon). Não foram observadas diferenças significativas nos componentes.

CONCLUSÕES

Este estudo indica efeitos positivos de uma dieta anti-inflamatória proposta na atividade da doença em pacientes com AR. Estudos adicionais são necessários para determinar se essa dieta pode causar melhorias clinicamente relevantes. Este estudo foi registrado no clinictrials.gov como NCT02941055. Am J Clin Nutr 2020; 111: 1203–1213.


domingo, 3 de janeiro de 2016

Castanha-Do-Pará

A castanha-do-pará (ou castanha do Brasil) é uma semente do mesmo grupo das nozes, amêndoas e outras oleaginosas. Ela é rica em gorduras boas, minerais e fitoquímicos e tem elevado valor nutritivo. 
Este alimento contém substâncias antioxidantes abundantes, especialmente selênio. Uma única castanha fornece quase 100 mcg de selênio, que corresponde a 150% da dose diária recomendada. As castanhas possuem compostos fenólicos e flavonoides e são ricas em vitamina E, fitosteróis e esqualeno. Seus efeitos benéficos são devido à sua ação antioxidante e antiproliferativa, o que reduz o risco de aterosclerose e câncer. 
A castanha-do-pará ainda é importante para a saúde do sistema cardiovascular, ajuda a baixar o colesterol, é boa para a imunidade e ativa o metabolismo da tireoide. 

Principais nutrientes da castanha-do-pará

Castanha-do-pará - 10 gramas (uma porção)
Calorias66 kcal
Gorduras totais6.71 g
Gorduras saturadas1.6 g
Gorduras monoinsaturadas2.38 g
Gorduras poli-insaturadas2.4 g
Proteínas1.43 g
Carboidratos1.17 g
Cálcio16 mg
Ferro0.24 mg
Fósforo72 mg
Magnésio38 mg
Potássio66 mg
Zinco0.41 mg
Vitamina E0.57 mg
Fonte: Tabela do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. 
A castanha-do-pará possui boas quantidades de potássio. Os benefícios deste nutriente vão desde o controle da pressão arterial até a diminuição do risco de doenças cardiovasculares, também diminui a excreção de cálcio pela urina. 
As castanhas contêm substâncias antioxidantes abundantes, especialmente selênio. Uma única castanha fornece quase 100 mcg de selênio, que corresponde a 150% da dose diária recomendada. O alimento também conta com fósforo, que é bom para a saúde dos ossos. 
As castanhas possuem fenólicos e flavonoides e são ricas em vitamina E, fitosteróis e esqualeno. Seus efeitos benéficos são devido a sua ação antioxidante e antiproliferativa, o que reduz o risco de aterosclerose e câncer. 
Essa castanha ainda contém um alto teor de glutationa peroxidase, um poderoso antioxidante, que beneficia a saúde de várias formas: reforça o sistema imunológico, protege contra doenças cardiovasculares, tem ação anticancerígena, ativa o metabolismo da tireoide. O ômega 9 também está presente em boas quantidades na castanha-do-pará. 

Benefícios da castanha-do-pará

Boa para o coração: Por ter ação antioxidante e ainda ser rica em gorduras insaturadas, a castanha-do-pará favorece a saúde do coração, reduzindo o colesterol ruim, LDL, e aumentando os níveis do colesterol bom, HDL. 

Protege o cérebro: A castanha-do-pará é rica em gorduras boas que compõem parte do cérebro e ajudam a ter uma melhor memória e raciocínio. Além disso, a ação antioxidante da castanha-do-pará evita a oxidação excessiva dos neurônios, prevenindo doenças cerebrais degenerativas como Alzheimer e Parkinson. Esta mesma ação também previne derrames cerebrais. 

Bom para a tireoide: A tireoide depende de alguns minerais para o seu perfeito funcionamento, principalmente selênio, zinco e iodo. Eles fazem parte de reações bioquímicas que permitem a produção dos hormônios tireoidianos. Muitas vezes o hipotireoidismo inicial pode ser corrigido com um nível ideal destes minerais. A castanha-do-pará se torna uma aliada da tireoide por conter boas quantidades de selênio. 

A castanha-do-pará possui ação antioxidante - Foto: Getty Images
A castanha-do-pará possui ação antioxidante
Previne o câncer: A oxidação do DNA das células aumenta as chances de câncer. Por isso, a ação antioxidante que a castanha-do-pará ajuda a prevenir o câncer. 

Melhora a imunidade: Por seu alto teor de ômega-9 e por fornecer antioxidantes diversos como vitamina E, selênio, glutationa e esqualeno, a castanha-do-pará também colabora para a melhor imunidade. 

Ação antioxidante: Por conter boas quantidades de selênio, vitamina E, compostos fenólicos e flavonoides, fitosteróis e esqualeno a castanha-do-pará possui forte ação antioxidante que será benéfica para a saúde do coração, cérebro, irá prevenir o câncer e melhorar a imunidade. 

Quantidade recomendada de castanha-do-pará

A orientação é consumir entre uma e duas castanhas-do-pará por dia, considerando que cada castanha tem cerca de 5 gramas, consuma até 10 gramas. Fique pelo menos dois dias da semana sem consumir este alimento para evitar excesso de selênio. 

Riscos do consumo excessivo

Consumir além de seis castanhas-do-pará pode ser prejudicial para a saúde. Isto porque esta quantidade do alimento possui 542 mcg de selênio, 774% da recomendação diária. O consumo ocasional de uma quantidade maior não vai causar nenhum problema, o que complica é o consumo crônico de altas quantidades da castanha. Pode ocorrer uma overdose de selênio que leva a uma condição tóxica conhecida como selenose. Os sintomas deste problema são náuseas, vômitos, dor abdominal, fadiga, irritabilidade, descamação das unhas, perda de cabelo, mau hálito, distúrbios gastrointestinais e danos ao sistema nervoso. 

Como consumir a castanha-do-pará

A melhor maneira de consumir a castanha-do-pará é in natura e sem sal, pois irá evitar excesso de sódio e consequentemente de problemas cardiovasculares. A castanha deve estar sem a presença de ranço e é interessante adquirir as versões que já vem embaladas. Isto porque as versões à granel tem maior risco de contaminação, pois são manipuladas por várias pessoas e nem sempre há o controle de validade e exposição do ambiente. 
A castanha-do-pará é boa para a tireoide - Foto: Getty Images
A castanha-do-pará é boa para a tireoide
Além disso, a umidade no local onde a oleaginosa é armazenada pode aumentar o risco da proliferação de fungos no alimento, como o Aspergillus flavus e o Aspergillus parasiticus, que produzem substâncias tóxicas. 
Se não tiver outra alternativa para a venda à granel, prefira comprar em locais em que a rotatividade do produto é alta e se informe sobre o dia da semana em que o produto novo é entregue e faças as compras neste dia. 

Interações

A castanha-do-pará possui o ácido fítico, substância que poderia interferir na absorção de outros minerais. O ácido fítico também está presente em inúmeros alimentos tais como nozes diversas, amendoim, sementes, feijão/legumes e grãos, cereais, tubérculos e folhas verdes. Esta é a forma com que os vegetais armazenam o fósforo, um mineral essencial para a produção de energia. Apesar de sua aparente desvantagem, o ácido fítico é semelhante em alguns aspectos a uma vitamina, e metabólitos do ácido fítico têm funções necessárias nas células. 
Os estudos sugerem que o ácido fítico confere propriedades protetoras contra doenças cardiovasculares, câncer e diabetes. Portanto, a quantidade recomendada de castanha-do-pará não pode causar nenhum problema de absorção mineral e não há problemas em ingerir a castanha com outros alimentos. 

Contraindicações

A castanha-do-pará só não é indicada para pessoas que têm alergia a este alimento. 

Onde encontrar

A castanha-do-pará pode ser encontrada em supermercados, mercados, hortifrútis e lojas de produtos naturais. 

Fonte: http://yahoo.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/17977-castanha-do-para-e-benefica-para-o-coracao-e-o-cerebro