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sábado, 29 de agosto de 2020

29 de agosto - Dia Nacional do Combate ao Tabagismo



A OMS considera o tabagismo a principal causa de morte evitável em todo o mundo. 

Alguns trabalhos estimam que um terço da população mundial adulta seja tabagista (1 bilhão e 200 milhões de pessoas), sendo 47% de toda população masculina e 12% da feminina. Felizmente o tabagismo vem reduzindo nas últimas décadas.

O cigarro possui inúmeras substâncias tóxicas diferentes, sendo a nicotina a droga responsável pela dependência. A fumaça que penetra os alvéolos carrega diversas substâncias tóxicas.

O cigarro pode provocar doenças cardiorrespiratórias, infartos fulminantes e câncer de pulmão. As substâncias tóxicas presentes na fumaça aumentam a predisposição ao câncer de boca e pele.

Além disso, o hábito de fumar também pode trazer consequências em vários aspectos nutricionais, pois o cigarro promove diversas alterações no organismo:
  1. Por atuar diretamente no sistema nervoso central, o cigarro causa uma diminuição do apetite e afeta a atividade da serotonina e dopamina, neurotransmissores responsáveis pelo controle da fome. Por isso é tão comum pacientes relatando que ganharam de 5 a 8kg após cessar o tabagismo.
  2. Com a alteração do paladar, as percepções olfativas e o aroma dos alimentos diminuem;
  3. O cigarro aumenta a formação de radicais livres e consequentemente eleva a demanda de nutrientes antioxidantes, os quais estão presentes em diversos alimentos, principalmente os de origem vegetal; 
  4. O hábito de fumar leva à enfermidade coronariana por meio de vários mecanismos. A nicotina estimula a liberação de adrenalina, catecolaminas, vasopressina e outros hormônios, provocando aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial, bem como a vasoconstrição das artérias coronarianas. O monóxido de carbono inalado reduz a disponibilidade de oxigênio ao miocárdio com conseqüente aumento da freqüência cardíaca. Soma-se a isso o efeito adverso do tabaco sobre as lipoproteínas, diminuindo as partículas de lipoproteínas de alta densidade (HDL) e o efeito trombogênico, por aumentar a agregação plaquetária
  5. Além disso, o cigarro contém substâncias oxidantes e pró-oxidantes que atuam na indução das doenças cardiovasculares (DCV) por promoverem e propagarem o aumento do estresse oxidativo. A produção de espécies reativas de oxigênio com o consumo de cigarro excede a capacidade antioxidante do organismo, comprometendo o status antioxidante do indivíduo, podendo ocorrer dano oxidativo nos lipídios plasmáticos e de membranas, propiciando o surgimento da aterosclerose. 
  6. A fumaça do cigarro provoca a morte celular e ocasiona o aparecimento de rugas. Pela alta temperatura, contribui também para o envelhecimento dos cabelos, que ficam opacos e caem com mais frequência;
  7. Unhas, dentes e pele amarelada são consequência do alcatrão presente.
  8. Pacientes tabagistas tendem a ter níveis plasmáticos menores das vitaminas C e E, além de elevação de substâncias indicativas de um maior estresse oxidativo (malondialdeído).
  9. Dois grandes estudos realizados no final dos anos 2010 evidenciaram que a suplementação de Vitamina A, C e E foram deletérias para pacientes com história de tabagismo. Favorecendo câncer de pulmão, principalmente a Vitamina A (sintética). O mesmo não foi observado no grupo que ingeria de fontes naturais. 

quinta-feira, 10 de março de 2011

Associação entre Tabagismo e artrite reumatóide

Um mecanismo que desencadeia a artrite reumatoide em fumantes foi identificado por pesquisa da FMRP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto), da USP.

Já se sabia que quem tem predisposição genética e fuma pode sofrer dessa doença inflamatória crônica, que causa dores e rigidez matinal nas mãos e nos pés.

Agora, o estudo do biomédico Jhimmy Talbolt, defendido como dissertação de mestrado na última semana, revela como isso acontece.

Quando a pessoa fuma, uma das células do sistema de defesa -a TH17- é sensibilizada e fica doente.

Ao ser estimulada pelos hidrocarbonetos aromáticos da fumaça do cigarro, a TH17 passa a orientar o sistema de defesa a destruir articulações das mãos, pés, joelhos, punhos, cotovelos e tornozelo.

O professor de reumatologia da FMRP e orientador de Talbot, Paulo Louzada Junior, disse que o resultado pode ser o ponto de partida para o desenvolvimento de uma droga que reduza os sintomas da doença com mais eficiência ou até interrompa o processo de deterioração das articulações periféricas.

Segundo Louzada Junior, a artrite reumatoide atinge 1% da população adulta brasileira e a descoberta é inédita na literatura científica.

A pesquisa, com financiamento do CNPq e da Fapesp, acompanhou durante dois anos 138 pacientes com artrite reumatoide (metade fumante) e um grupo-controle com 129 pessoas sadias.

Foram comparadas as mutações genéticas do sangue de pacientes fumantes e não fumantes com o sangue do grupo-controle.

Essas informações foram relacionadas aos dados clínicos de cada um, constatando que a fumaça do cigarro e a célula TH17 estavam ligadas à artrite reumatoide.

"Em modelos experimentais em camundongos, constatamos que os receptores de hidrocarboneto arila [da fumaça do cigarro] provocavam o aumento do número das células TH17 e a piora da doença", diz Talbot.

Louzada Junior explica que o receptor da célula TH17 se danifica com a fumaça porque é sensível ao hidrocarboneto arila.

"Esse receptor elimina poluentes dentro do corpo. Só que, se tiver essa alteração genética, o sistema pode estimular a célula do sistema de defesa a causar a doença."

FATOR AGRAVANTE

Para o reumatologista José Goldemberg, da Unifesp, conhecer esse mecanismo possibilita tratar o problema com conhecimento científico. "Sem a "achometria", que é a medida do achismo."

Segundo Ari Halpern, reumatologista do hospital Albert Einstein, muitos estudos têm demonstrado relação entre o cigarro e a artrite e, entre os fatores que alteram o prognóstico da doença, o fumo é um dos mais importantes.

Fonte: http://pheventosbr.com.br/ph-eventos-noticias-texto.asp?Noticia=238

Parar de fumar melhora o colesterol - Universidade americana avaliou o impacto do cigarro na produção do "bom colesterol"

O fim do hábito de fumar promove rapidamente outro benefício ao fumante logo de cara: a melhora de seu colesterol. Com o adeus ao cigarro, o ex-fumante observa a alta da taxa do bom colesterol. O HDL é uma proteção natural contra doenças cardiovasculares e baixas concentrações dele são um fator de risco para doenças como a arteriosclerose.

A nova descoberta lança luz sobre a relação do tabagismo com a saúde do coração. Quase 20% das mortes por essa doença são atribuídas ao cigarro, mas os cientistas ainda não têm uma compreensão clara sobre o que está por trás deste efeito.

Fumar afeta o sistema cardiovascular reduzindo os níveis de oxigênio. O teste para analisar o impacto do tabagismo sobre os níveis de colesterol de forma mais rigorosa feito pela University of Wisconsin School of Medicine, nos EUA, analisou 1.500 fumantes. A maioria apresentava sobrepeso. Os fumantes analisados consumiam cerca de 21 cigarros por dia antes do início do estudo.

Depois de um ano, em um dos cinco programas para pôr fim ao tabagismo, 334 tinham conseguido deixar o cigarro. Os que pararam tiveram um aumento de cerca de 5% ou 2,4 miligramas por decilitro do colesterol HDL.

Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=10255

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Fumo passivo pode levar ao desenvolvimento de Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade em crianças

Respirar a fumaça de cigarro fumado pelos outros – o chamado fumo passivo – pode levar a consequências negativas para a saúde mental em crianças, assim como físicas, aponta um estudo britânico publicado no periódico Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine.

Os autores da pesquisa afirmam que observaram que o fumo passivo pode levar ao estresse infantil e pais e cuidadores devem estar atentos para deixar as crianças o mais longe possível de ambientes onde haja fumaça do cigarro. Respirar essa fumaça pode contribuir para o aumento da incidência de transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtornos do comportamento e diversos problemas de saúde física.

Mark Hamer, da Universidade College London – um dos autores da pesquisa – e sua equipe analisaram dados de mais de 900 crianças com idades entre 4 e 8 anos observadas em outro estudo feito em 2003. Essas crianças moravam em lares onde as pessoas não eram fumantes, mas os questionários aplicados pediam para que os pais e cuidadores indicassem com qual periodicidade essas crianças frequentavam ambientes ou situações onde elas eram expostas ao fumo passivo (incluindo a própria casa, como em reuniões sociais e familiares). Todos os indivíduos foram testados para a cotinina, um subproduto do tabaco presente na fumaça do cigarro.

Além disso, os pais também responderam a um questionário que indicava o nível de estresse (o chamado Strengths and Difficulties Questionnaire ou SDQ) para determinar o comportamento emocional, variações comportamentais e problemas sociais das crianças e cuja pontuação máxima é 40 pontos. Ao menos 3% das crianças acompanhadas chegaram aos 20 pontos nesse teste. Além disso, um terço do total de crianças – e que frequentavam ambientes onde podia ocorrer o fumo passivo – tinham níveis de cotinina até 44% maior do que crianças que não frequentavam esse tipo de ambiente.

Os problemas mais comuns observados nessas crianças eram o TDAH e o estresse infantil, apesar dos pesquisadores afirmarem não saberem exatamente como essa relação entre fumo passivo e transtornos mentais ocorre. Uma hipótese é que as substâncias presentes no cigarro podem influenciar o desenvolvimento cerebral alterando níveis de substâncias no cérebro, como a produção de dopamina. Os pesquisadores dizem que é preciso mais estudos para confirmar esses resultados e determinar exatamente como e por que essa associação ocorre.

Abstract: http://archpedi.ama-assn.org/cgi/content/abstract/archpediatrics.2010.243v1?maxtoshow=&hits=10&RESULTFORMAT=&fulltext=passive&searchid=1&FIRSTINDEX=0&sortspec=date&resourcetype=HWCIT

Fonte: http://oqueeutenho.uol.com.br/portal/2011/01/13/fumo-passivo-pode-levar-ao-desenvolvimento-de-tdah-em-criancas/