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quarta-feira, 15 de março de 2023

Dieta Cetogênica pode dobrar o risco de doença cardíaca



Tema que chamou atenção no Congresso Mundial de Cardiologia (WCC) em 2023, foi o aumento do risco cardiovascular promovido pelas dietas cetogênicas. 

Uma dieta com baixo teor de carboidratos e alto teor de gordura, apelidada de dieta "tipo Keto ou Keto Diety", foi associada a um aumento nos níveis de LDL e a um aumento de duas vezes no risco de futuros eventos cardiovasculares, em um novo estudo observacional.

"Até onde sabemos, este é o primeiro estudo a demonstrar uma associação entre uma plataforma alimentar restrita em carboidratos e maior risco de doença cardiovascular aterosclerótica", disse a coordenadora do estudo Iulia Iatan, MD, PhD,  da University of British Columbia, Vancouver, Canadá.

“A hipercolesterolemia que ocorre durante uma Keto diet não deve ser considerada benigna”, concluiu ela. O estudo foi apresentado dia 5 de março na Sessão Científica do American College of Cardiology (ACC) no congresso mundial de cardiologia. 

A apresentação recebeu muita atenção da mídia, com manchetes sugerindo uma relação causal com eventos cardíacos com base nesses resultados observacionais. Mas o especialista em lipídios Steven Nissen, MD, Cleveland Clinic, Cleveland, Ohio, alertou contra prestar muita atenção às manchetes ou às conclusões do estudo.

Alguns especialistas na área de lipídios apontaram que o aumento do LDL no grupo de dieta "tipo Keto" foi relativamente pequeno e "certamente não é suficiente para produzir uma duplicação do risco cardiovascular".

Existem vários vieses no estudo. As pessoas que estavam na Keto diet neste estudo eram diferentes daquelas que estavam na dieta padrão. Além disso aqueles que seguiam a dieta keto faziam isso por um motivo (comorbidade) - maior prevalência de sobrepeso/obesidade tinham uma incidência maior de diabetes mellitus, sendo assim, o perfil era completamente diferente e altamente favorável para um maior risco cardiovascular. Mesmo que os pesquisadores tenham tentado ajustar para outros fatores de risco cardiovascular , haverá confusão não medida em um estudo como este.

Para Niesen (correspondente do Medscape cardiology(, este estudo não "responde a quaisquer perguntas significativas da maneira que queremos que sejam respondidas. Não sou um grande fã desse tipo de dieta, mas não acho que duplique o risco de efeitos adversos eventos cardiovasculares, e não acho que este estudo nos diga uma coisa ou outra". 


Para o estudo, Iatan e seus colegas definiram uma dieta com baixo teor de carboidratos e alto teor de gordura consistindo em não mais que 25% da energia diária total de carboidratos e mais de 45% do total de calorias diárias de gordura. Isso é um pouco maior em carboidratos e menor em gordura do que uma dieta cetogênica estrita, mas pode ser considerada uma dieta 'semelhante ao Keto'.

Eles analisaram dados do UK Biobank, um banco de dados prospectivo em larga escala com informações de saúde de mais de meio milhão de pessoas que vivem no Reino Unido e foram acompanhadas por pelo menos 10 anos.

Ao se inscrever no Biobank, os participantes preencheram um questionário de dieta de 24 horas auto-relatado e, ao mesmo tempo, tiveram sangue coletado para verificar seus níveis de colesterol. Os pesquisadores identificaram 305 participantes cujas respostas ao questionário indicavam que eles seguiam uma dieta pobre em carboidratos e rica em gorduras. Esses participantes foram pareados por idade e sexo com 1.220 indivíduos que relataram comer uma dieta padrão.

Da população estudada, 73% eram mulheres e a média de idade foi de 54 anos. Aqueles em uma dieta pobre em carboidratos e rica em gordura tiveram um índice de massa corporal médio mais alto (27,7 vs 26,7) e uma maior incidência de diabetes (4,9% vs 1,7%).

Os resultados mostraram que, em comparação com os participantes em uma dieta padrão, aqueles na dieta "tipo ceto" apresentaram níveis significativamente mais altos de colesterol LDL e apolipoproteína B (ApoB).

Os níveis de LDL foram de 3,80 mmol/L (147 mg/dL) no grupo tipo ceto versus 3,64 mmol/L (141 mg/dL) no grupo padrão (P = 0,004 ) . Os níveis de ApoB foram 1,09 g/L (109 mg/dL) no grupo ceto-like e 1,04 g/L (104 mg/dL) no grupo padrão (P < 0,001 ) .

Após uma média de 11,8 anos de acompanhamento, 9,8% dos participantes da dieta com baixo teor de carboidratos/alto teor de gordura versus 4,3% do grupo da dieta padrão experimentaram um dos eventos incluídos no desfecho composto do evento: angina, infarto do miocárdio, doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral isquêmico, doença arterial periférica ou revascularização coronariana/carotídea.

Após o ajuste para outros fatores de risco para doenças cardíacas – diabetes, hipertensão, obesidade e tabagismo – descobriu-se que os indivíduos com uma dieta pobre em carboidratos e rica em gorduras têm um risco duplo de ter um evento cardiovascular (HR, 2,18; P < 0,000 ) . 001).

"Monitoramento mais próximo necessário"

O autor sênior Liam Brunham, MD, University of British Columbia, comentou com theheart.org | Medscape Cardiology : "Nossos resultados mostraram, acho que pela primeira vez, que existe uma associação entre esse padrão alimentar cada vez mais popular e o colesterol LDL alto e um risco futuro aumentado de eventos cardiovasculares. Isso é preocupante, pois há muitas pessoas por aí seguindo esse tipo de dieta, e acho que sugere a necessidade de um acompanhamento mais próximo dessas pessoas”.

Ele explicou que, embora seja esperado que os níveis de colesterol aumentem com uma dieta rica em gordura, "há uma percepção de que isso não é preocupante, pois reflete certas alterações metabólicas. O que mostramos neste estudo é que se o seu colesterol aumentar significativamente com esta dieta, você não deve assumir que isso não é um problema.

"Para algumas pessoas com diabetes esta dieta pode ajudar a baixar o açúcar no sangue e algumas pessoas podem perder peso com ela", observou ele, "mas o que nossos dados mostram é que há um subgrupo de pessoas que apresentam altos níveis de LDL e Apo B e isso parece estar conduzindo o risco."

Ele apontou que, em geral, o nível médio de LDL aumentou apenas ligeiramente nos indivíduos com dieta pobre em carboidratos/alto teor de gordura, mas o colesterol alto grave (mais de 5 mmol/L ou 190 mg/dL) foi quase o dobro nesse grupo (10% vs 5%). E esses pacientes tiveram um aumento de seis vezes no risco de doença cardiovascular ( P <0,001).   

“Isso sugere que existe um subgrupo de pessoas que são suscetíveis a essa exacerbação da hipercolesterolemia em resposta a uma dieta pobre em carboidratos e rica em gorduras”.

Brunham disse que seu conselho seria que, se as pessoas optarem por seguir essa dieta, elas deveriam ter seu colesterol monitorado e gerenciar seus fatores de risco cardiovascular.

"Eu não diria que não é apropriado seguir esta dieta com base neste estudo", acrescentou. "Este é apenas um estudo observacional. Não é definitivo. Mas se as pessoas querem seguir esse padrão alimentar porque sentem que haverá alguns benefícios, então devem estar cientes dos riscos potenciais e tomar medidas para mitigar esses riscos."

Nissen disse que, em sua opinião, "o júri ainda não decidiu" sobre esse tipo de dieta. "Estou aberto à possibilidade de que, particularmente a curto prazo, uma dieta 'tipo ceto' possa ajudar algumas pessoas a perder peso e isso é bom. Mas geralmente não recomendo esse tipo de dieta."

Em vez disso, ele aconselha os pacientes a seguir uma dieta mediterrânea, que comprovadamente reduz os eventos cardiovasculares em um estudo randomizado, o estudo PREDIMED .

“Não podemos tomar decisões sobre que tipo de dieta recomendar aos pacientes com base em estudos observacionais como este, onde faltam muitas sutilezas. Mas quando estudos como este são relatados, a mídia de massa se aproveita disso. o público precisa ser educado", comentou Nissen. 

"Nós nos referimos a esse tipo de estudo como gerador de hipóteses. Ele levanta uma hipótese. Não responde à pergunta. Vale a pena examinar a questão de saber se uma dieta tipo cetogênica é prejudicial. Não sabemos no momento , e acho que não sabemos mais nada depois deste estudo", acrescentou.

Os autores do estudo não relatam relações financeiras relevantes.


terça-feira, 15 de novembro de 2022

Por que consumir ORGÂNICOS ?

A produção de orgânicos sempre que possível, baseia-se no uso de estercos animais, rotação de culturas, adubação verde, compostagem e controle biológico de pragas e doenças. Busca manter a estrutura e produtividade do solo, trabalhando em harmonia com a natureza. Equilíbrio Homem/ecossistema, integração ! De formal geral, a agricultura orgânica é baseada em três idéias. 

São elas: 

1) Cultivo natural: é proibido o uso de agrotóxicos, adubos químicos e artificiais e conservantes no processo de produção. 

2) Equilíbrio ecológico: A produção respeita o equilíbrio microbiológico do solo e as diferentes épocas de safra. O processo fica mais sustentável, não degradando a biodiversidade. 

3) Respeito ao homem: o trabalhador tem que ser respeitado (leis trabalhistas, ganho por produtividade, treinamento profissional e qualidade de vida). Para se obter um alimento verdadeiramente orgânico, é necessário conhecer diversas ciências (agronomia, ecologia, nutrição, medicina, economia, entre outras). 

Assim, o agricultor, através de um trabalho harmonizado com a natureza, tem condições de oferecer ao consumidor alimentos que promovam não apenas a saúde deste último, mas também do planeta em que vivemos. O número crescente de produtores orgânicos no Brasil está dividido basicamente em dois grupos: pequenos produtores familiares ligados a associações e grupos de movimentos sociais, que representam 90% do total de agricultores, sendo responsáveis por cerca de 70% da produção orgânica brasileira, e grandes produtores empresariais (10%) ligados a empresas privadas. 

Enquanto na região sul cresce o número de pequenas propriedades familiares que aderem ao sistema, no sudeste a adesão é representada em sua maioria por grandes propriedades. Atualmente, o Brasil ocupa a 34ª posição no mundo no ranking dos países exportadores de produtos orgânicos, sendo que na última década foi assistido um crescimento de 50%nas vendas por ano. 

Calcula-se que já estão sendo cultivados perto de 100 mil há (hectares) em cerca de 4.500 unidades de produção orgânica espalhadas por todo o país. A maior parte da produção brasileira (cerca de 70%) encontra-se nos estados do Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo. Apesar da tendência de crescimento, o Brasil ainda perde para a vizinha Argentina em termos de área certificada para o cultivo de orgânicos na América do Sul. 

Da produção nacional de orgânicos, cerca de 75% é exportada, principalmente para a Europa, Estados Unidos e Japão. A soja, o café e o açúcar lideram as exportações. No mercado interno, os produtos mais comuns são as hortaliças, seguidos de café, açúcar, sucos, mel, geleias, feijão, cereais, laticínios, doces, chás e ervas medicinais. Infelizmente ainda não temos muitas frutas produzidas nos moldes correto. Os países com maiores áreas de produção orgânicas são, respectivamente: 
1) Austrália com 12,29 milhões de ha; 
 2) China com 2,3 milhões de ha; 
 3) Argentina com 2,22 milhões de ha. 

Esses países têm como principal atividade nessas áreas orgânicas a pastagem não intensiva. Entretanto, alguns cuidados devem ser tomados na comparação entre países, pois a produtividade é extremamente variável entre eles. O Brasil se encontra na oitava posição, com 880 mil ha. 

Em termos de continente, a Oceania detém 40,7% da área sob manejo orgânico, seguida da Europa com 24,3%, América Latina com 16,2%, Ásia com 10,2%, América do Norte com 7,3% e África com 1,4%. O Japão hoje é considerado um dos maiores mercados mundiais para produtos orgânicos. Devido à pequena dimensão territorial, a produção orgânica própria é pequena, principalmente se comparada à variedade e volume de produtos que importam, como cereais, legumes, frutas frescas, carne bovina, frango, queijo, entre outros. Nos Estados Unidos, os produtores orgânicos certificados produzem principalmente cereais, com destaque para soja e trigo.

O desenvolvimento da agricultura orgânica americana tem sido comparado ao da Europa, assistindo um volume de venda próximo dos U$5 bilhões anuais. Segundo dados da Organic Farming Research Fundation (Fundação de Pesquisa em Agricultura Orgânica), aproximadamente 1% do mercado americano de alimentos é proveniente de métodos orgânicos de produção. Na Europa o desenvolvimento da agricultura orgânica e do consumo de produtos sem agrotóxico cresce a passos largos. No final de 2009, na França, havia 16.446 fazendas orgânicas, um aumento de 23,7% em relação a 2008, e 677.513 hectares de terra orgânica, um aumento de 16% comparado a 2008. 

O país obteve destaque devido ao aumento significativo de algumas produções animais na linha orgânica, sobretudo o frango orgânico, que teve taxas de crescimento de 135% nos últimos dois anos. A Alemanha foi o primeiro país do mundo a criar um organismo para inspeção e controle da produção orgânica e hoje o mercado alemão de produtos orgânicos é considerado um dos mais importantes da Europa. Em 1998, foram contabilizadas cerca de 6.786 unidades de produção (1,9% de sua área total). 

COMO SABER SE É ORGÂNICO? 

Se você pretende consumir alimentos orgânicos fique atento para não ser enganado. Procure sempre pelo selo de qualidade emitido por certificadoras reconhecidas pelo Ministério da Agricultura. São entidades como a Associação de Agricultura Orgânica (AAO), o Instituto Biodinâmico (IBD), entre outros. Essas entidades, ao todo cerca de 30 em todo Brasil, avaliam se a produção do alimento segue os critérios estabelecidos pela agricultura orgânica. Para ganhar o selo, os produtores seguem várias precauções e têm suas lavouras fiscalizadas a cada semestre. A presença do selo garante, portanto, a procedência e a qualidade dos produtos. 

10 MOTIVOS PARA CONSUMIR PRODUTOS ORGÂNICOS 

1) SÃO ALIMENTOS NUTRITIVOS E SABOROSOS: Com solos balanceados e fertilizados com adubos naturais, se obtém alimentos mais nutritivos. A comida fica mais saborosa, conservam-se suas propriedades naturais como vitaminas, sais minerais, carboidratos e proteínas. Um alimento orgânico não contém substâncias tóxicas e nocivas à saúde. Em solos equilibrados as plantas crescem mais saudáveis, preservam-se suas características originais como aroma, cor e sabor. Consumindo produtos orgânicos é possível apreciar o sabor natural dos alimentos. Além disso, quando se utiliza o sistema de Rochagem na adubagem o alimento fica mais rico devido a inserção de minerais ESSENCIAIS na composição do solo. Pesquisas internacionais demonstram que alimentos orgânicos apresentam, em média, 63% a mais cálcio, 73% mais ferro, 118% mais magnésio, 178% mais molibdênio, 91% mais fósforo, 125% mais potássio, 60% mais zinco que os alimentos convencionais. Possuem menor quantidade de mercúrio (29%), substancia que pode causar doenças graves (informação publicada no Journal of Applied Nutricion, 1993). No ano passado pesquisadores da London School of Hygiene & Tropical Medicine, em Londres, Inglatrra, realizaram um levantamento com 162 artigos científicos publicadas nos últimos 50 anos, que mostrou que não existe uma diferença tão grande entre o alimento orgânico e o normal. Erro na metodologia ? Interesses exclusos ? Mesmo que não tivesse superioridade nutricional, só de não conter agrotóxicos ja É SUPERIOR ! 

2) SAÚDE GARANTIDA: Vários pesticidas utilizados hoje em dia no Brasil estão proibidos em muitos países, em razão de consequências provocadas à saúde, tais como: 1) Cânceres dos mais viversos tipos 2) Alergias alimentares 3) Asma 4) Infertilidade 5) Alterações hormonais principalmente quando se trata de hormônios sexuais 6) Hiperatividade em adultos e crianças 7) Déficit de atenção 8) Doenças neurodegenerativas 9) Aumento da produção de radicais livres e diminuição da produção de antioxidantes. 10) Intoxicação por metais pesados Um relatório da Academia Americana de Ciências, de 1982, calculou em 1.400.000 o número de novos casos de câncer provocados por agrotóxicos. Além disso, os alimentos de origem animal estão contaminados pela ação dos perigosos coquetéis de antibióticos, hormônios e outros medicamentos que são aplicados na pecuária convencional, quer o animal esteja doente ou não. Consumindo orgânicos protegemos nossa saúde e a saúde de nossos familiares com a garantia adicional de não estarmos consumindo alimentos geneticamente modificados. Vale a pena ler o Post sobre a recente pesquisa da Anvisa, na qual a mesma detectou irregularidade em 29% dos alimentos analisados. 

3) PROTEÇÃO ÀS FUTURAS GERAÇÕES: As crianças são os alvos mais vulneráveis da agricultura com agrotóxicos. “Quando uma criança completa um ano de idade, já recebeu a dose máxima aceitável para uma vida inteira, de agrotóxicos que provocam câncer”, diz um relatório recente do Environmental Working Group (Grupo de Trabalho Ambiental). A agricultura orgânica, além disso mais, tem a grande tarefa de legar às futuras gerações um planeta reconstruído. 

 4) AMPARO AO PEQUENO PRODUTOR: O trabalhador rural precisa ser preservado, tanto quanto a qualidade ecológica dos alimentos. Adquirindo produtos ecológicos, contribuímos com a redução da migração de famílias para as cidades, evitando o êxodo rural e ajudando a acabar com o envenenamento por agrotóxicos sofrido por cerca de 1 milhão de agricultores no mundo inteiro. 

5) SOLOS FÉRTEIS: Uma das principais preocupações da Agricultura Orgânica é o solo. O mundo presencia a maior perda de solo fértil pela erosão em função do uso inadequado de práticas agrícolas convencionais. Com a Agricultura Orgânica é possível reverter essa situação.

6) ÁGUA PURA: Quando são utilizados agrotóxicos e grande quantidade de nitrogênio, ocorre a contaminação nas fontes de água potável. Cuidando desse recurso natural, garante-se o consumo de água pura para o futuro.

7) BIODIVERSIDADE: A perda das espécies é um dos principais problemas ambientais. A Agricultura Orgânica preserva sementes por muitos anos e impede o desaparecimento de numerosas espécies, incentivando as culturas mistas e fortalecendo o ecossistema. A Fauna permanece em equilíbrio e todos os seres convivem em harmonia, graças à não utilização de agrotóxicos. A Agricultura Orgânica respeita o equilíbrio da natureza e cria ecossistemas saudáveis.

8) REDUÇÃO DO AQUECIMENTO GLOBAL E ECONOMIA DE ENERGIA: O solo tratado com substâncias químicas libera uma quantidade enorme de gás carbônico, gás metano e óxido nitroso. A agricultura e administração florestal sustentáveis podem eliminar 25% do aquecimento global. Atualmente, mais energia é consumida para produzir fertilizantes artificiais do que para plantar e colher todas as safras.

9) CUSTO SOCIAL E AMBIENTAL: O alimento orgânico não é, na realidade, mais caro que o alimento convencional se consideramos que, indiretamente, estaremos reduzindo: 1) Gastos com MÉDICOS e MEDICAMENTOS 2) CUSTOS com a recuperação ambiental.

10) CIDADANIA E RESPONSABILIDADE SOCIAL: Consumindo orgânicos, estamos exercitando nosso papel social, contribuindo com a conservação e preservação do meio ambiente e apoiando causas sociais relacionadas com a proteção do trabalhador e com a eliminação da mão-de-obra infantil. 

domingo, 13 de novembro de 2022

[Conteúdo exclusivo para médicos] Dica de livro - Anabolizantes - Evidências científicas: riscos e benefícios


Parte dos leitores desse blog são médicos. Então aproveitarei esse espaço para divulgar um excelente livro. Principalmente para aqueles que ainda acreditam em segurança na prescrição de esteroides anabolizantes para fins estéticos ou para melhora de performance. 

Não trabalho com hormônios, acredito que o profissional mais habilitado para manejar as desordens hormonais seja o Endocrinologia ou Urologista/Ginecologista. 

Apesar de não trabalhar, semanalmente atendo pacientes que fizeram uso (desnecessário) e apresentaram efeitos adversos desse tipo de terapia. 

Então me sinto no dever de orientar meus leitores sobre os riscos dessas terapias, na maioria das vezes sem respaldo cientifico. 

Aproveito para divulgar um Podcast excelente no qual o autor do livro fala sobre o tema:  https://open.spotify.com/episode/1Ys6cokvO8EekQVPyhkdTE?si=neGQFSGgTRm6g4ALDhyIMQ



Por que ler esse livro?

Anabolizantes, evidências científicas: riscos e benefícios aborda os principais aspectos da indicação dos anabolizantes como tratamento de reposição hormonal, além dos efeitos adversos pelo uso indiscriminado por jovens atletas e frequentadores de academias com objetivos estéticos.

De maneira didática, prática e com base nas melhores evidências de pesquisas, o livro reúne temas como o doping nos esportes, farmacocinética e farmacodinâmica, o uso de esteroides androgênicos anabolizantes (EAA) como tratamento em pacientes cardiopatas e oncológicos, com destaque para a síndrome da caquexia. Este livro é pioneiro na abordagem do uso de EAA para a população de transgêneros e seus principais efeitos sobre a saúde cardiovascular e metabólica.

O livro está dividido nos grandes temas:

• Aspectos funcionais dos anabolizantes.
• Indicações clínicas para reposição hormonal de testosterona (riscos e benefícios).
• Efeitos adversos do uso suprafisiológico de anabolizantes.

Após anos de pesquisa, os autores desta obra buscaram sanar uma lacuna no conhecimento de médicos, profissionais de educação física, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais da saúde, quanto ao uso da terapia hormonal de testosterona (e seus derivados), a fim de fornecer um conhecimento prático-científico para que seja possível ter uma conduta ética e assertiva acerca do uso de anabolizantes.

Sobre os autores

Maria Janieire de Nazaré Nunes Alves: Coordenadora responsável pelo Centro de Avaliação Metabólica do centro de pesquisa do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (InCor/HC-FMUSP). Professora colaboradora do Departamento de Cardiopneumologia e Fisiopatologia experimental da Faculdade de Medicina da USP. Médica assistente e pesquisadora da Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício do InCor/HC-FMUSP.

Marcelo Rodrigues dos Santos: Pós-doutorado no Brigham and Women’s Hospital, Research Program in Men’s Health: Aging and Metabolism, Harvard Medical School, Boston, EUA. Pós-doutorado pela Georg-August-Universität em Göttingen, Alemanha (Innovative Clinical Trials, Department of Cardiology and Pneumology). Doutor em Ciências, área de concentração: ardiologia, pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – Instituto do Coração (InCor/HC-FMUSP). Professor orientador de mestrado do programa de pós-graduação em Ciências Médicas da FMUSP (Distúrbios Genéticos de Desenvolvimento e Metabolismo). Pesquisador visitante do Hospital Israelita Albert Einstein e pesquisador colaborador da Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício do InCor/HC-FMUSP . Possui graduação em Educação Física pela Universidade Bandeirante de São Paulo.

Sumário do livro:

Prefácio. XIX
Seção 1 - Aspectos funcionais dos anabolizantes
1. O que são os esteroides androgênicos anabolizantes?
2. Farmacocinética e farmacodinâmica dos esteroides androgênicos anabolizantes
3. Fisiologia do eixo hipotálamo-hipofisário-gonadal
4. Vias biomoleculares da ação de esteroides androgênicos anabolizantes na hipertrofia muscular
5. Controle antidoping de esteroides androgênicos anabolizantes no esporte.
Seção 2 - Indicações clínicas para reposição hormonal de testosterona (riscos e benefícios)
6. Reposição de testosterona em idosos
7. Reposição de testosterona em pacientes com insuficiência cardíaca
8. Reposição de testosterona em pacientes com doença arterial coronariana
9. Reposição de testosterona em pacientes com síndrome metabólica
10. Reposição de testosterona em pacientes com osteoporose.
11. Reposição de testosterona em pacientes com câncer e caquexia
12. Reposição de testosterona em mulheres cisgênero
13. Efeitos cardiovasculares do uso terapêutico de testosterona em homens transgêneros
Seção 3 - Efeitos adversos do uso suprafisiológico de anabolizantes
14. Efeitos adversos do uso suprafisiológico de anabolizantes no perfil lipídico
15. Efeitos adversos do uso suprafisiológico de anabolizantes na hipertrofia miocárdica e na função cardíaca
16. Efeitos adversos do uso suprafisiológico de anabolizantes na doença arterial coronariana e no infarto.
17. Efeitos adversos do uso suprafisiológico de anabolizantes no controle autonômico
18. Efeitos adversos do uso suprafisiológico de anabolizantes nas alterações hemodinâmicas e na hipertensão arterial
19. Efeitos adversos do uso suprafisiológico de anabolizantes na função vascular
20. Efeitos adversos do uso suprafisiológico de anabolizantes nas alterações eletrocardiográficas
21. Efeitos adversos do uso suprafisiológico de anabolizantes e interações medicamentosas – polifarmácia
22. Suplementos nutricionais associados ao uso de anabolizantes: efeitos sobre a hipertrofia muscular
23. Aspectos, sintomas e características psicológicas do uso suprafisiológico de anabolizantes
24. Efeitos adversos do uso suprafisiológico de anabolizantes na função hepática
25. Efeitos adversos do uso suprafisiológico de anabolizantes na função renal
26. Efeitos adversos do uso suprafisiológico de anabolizantes nas alterações hematológicas e trombogênicas.
Índice remissivo




quinta-feira, 10 de março de 2022

Devemos indicar probióticos para todo mundo ?


Com uma rápida pesquisa nas ferramentas de busca, é provável que você encontre milhares de marcas de diferentes tipos de suplementos probióticos, todos com descrições prometendo infinitos benefícios à saúde (de forma generalizada). E isso ocorrerá tanto nas prateleiras dos supermercados como em lojas de suplementos/farmácias. Um grande apelo comercial, já que essa área vem crescendo anualmente. 

Mas será que todo mundo precisa utilizar probióticos?

A resposta é: NÃO! O campo que estuda a microbiota intestinal e a suplementação de cepas específicas para determinadas condições de saúde ainda está MUITO longe de ter todas as hipóteses elucidadas, logo, suplementar para todos pode até trazer consequências negativas.

As promessas que são divulgadas sobre a suplementação com probióticos para curar doenças e condições clínicas como o câncer, diabetes, dislipidemias, a obesidade, dentre outras, são totalmente equivocadas! Ainda não há evidências suficientes de que essas estratégias sejam efetivas isoladamente, muito menos que são seguras para todo mundo!

Há, por exemplo, estudos que desaconselham a utilização de probióticos em indivíduos que possuam a integridade das mucosas intestinais prejudicadas, o que pode acontecer em casos de desnutrição, cânceres, pacientes hospitalizados por longos períodos, dentre outros. Essa suplementação poderia até mesmo agravar o estado do paciente.

Em casos de supercrescimento bacteriano, uma condição que é cada vez mais comum na nossa prática clínica, o uso desses suplementos podem também agravar o quadro. Toda semana recebemos pacientes encaminhados de outros profissionais, em uso de probióticos e com piora significativa dos gases. 

Portanto, antes de utilizar qualquer tipo de probiótico por conta própria, busque sempre orientação profissional de um Nutrólogo e de um Nutricionista, sabendo se, para o seu caso, realmente haverá benefícios ou há indicação.

Se você é saudável, sem sintomas, pode ser que não faça mal. Porém, se você é portador de algum sintoma no trato gastrintestinal, primeiramente você necessita de um DIAGNÓSTICO médico e só então iniciar o tratamento, que muitas vezes não é apenas com probióticos. 

Autor: Rodrigo Lamonier - Nutricionista e Profissional da Educação física
Revisor: Dr, Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM 13192 - RQE 11915

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Movimento apenas 2% - Nutrólogo Goiânia

O movimento apenas 2% foi idealizado por uma amiga e professora, Dra. Juliana Machado em parceria com a Nutrology Academy. 

Vale a pena assistir ao vídeo que coloquei no meu canal do YouTube. Conheça também o movimento #ToPagando do meu professor e amigo Dr. Guilherme Giorelli.



att
Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM-GO 13192 - RQE 115195
Face: Dr. Frederico Lobo
YouTube: Dr. Frederico Lobo