quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Salada 31: Sunomono sem açúcar




Hoje a salada não é bem uma salada propriamente dita, é o Sunomono. Consiste em uma salada japonesa avinagrada, tradicionalmente feita com pepino japonês fatiado bem fino e temperado com um molho chamado amazu (vinagre de arroz, açúcar e uma pitada de sal). 

É leve, refrescante, crocante e costuma ser servida como entrada ou acompanhamento em restaurantes japoneses. Mas esse é um blog de um Nutrólogo e cabe a mim falar sobre aspectos nutricionais do ator principal, o pepino. 

Quem é o pepino ?


O pepino (Cucumis sativus) é um vegetal rico em água, cerca de 95% da sua composição é água. Por isso, ajuda a hidratar, confere crocância e frescor a preparações frias. É versátil, barato e fácil de encontrar o ano inteiro. 

Ou seja, é um coringa na cozinha do dia a dia. Inclusive já teve salada Grega com pepino aqui na série: https://www.ecologiamedica.net/2024/07/salada-18-salada-grega.html e também na salada de Picles de pepino https://www.ecologiamedica.net/2023/04/salada-5-salada-de-picles-de-pepino-com.html

Aspectos nutricionais do pepino


Em termos calóricos, é um alimento pobre em calorias: aproximadamente 10kcal a cada 100 g. Possui baixo teor de carboidratos e praticamente não contém gorduras, sendo uma opção interessante para quem busca volume no prato com poucas calorias. O índice glicêmico é baixo, favorecendo refeições mais estáveis para quem controla glicemia.

De acordo com a tabela de composição de alimentos (TACO)
100gramas de pepino cru, fornece:
  • 10kcal
  • 2g de carboidrato
  • 0,9g de proteína
  • 0g de gordura
  • 1,1g de fibra alimentar
  • 10mg de cálcio
  • 9mg de Magnésio

Quanto às fibras, oferece cerca de 1,1 g por 100 g, concentradas principalmente na casca. Mesmo não sendo um “campeão” de fibras, sua crocância ajuda na mastigação e na sensação de saciedade, especialmente quando combinado a folhas, leguminosas e grãos integrais. Para aproveitar melhor, evite descascar quando a casca estiver tenra. Lembre-se do poder do CROC, abordado aqui: https://www.ecologiamedica.net/2025/09/salada-vietnamita_15.html

No perfil de compostos bioativos, possui cucurbitacinas e flavonoides, estes presentes na casca e nas sementes. Esses nutrientes se somam ao alto teor de água para compor um vegetal leve e funcional. Porém, não é incomum pacientes relatarem que não se dão bem com o pepino. Podendo ser indigesto para alguns e ser gatilho para enxaqueca. Então, cuidado. 

Quem vai bem com o pepino?


Na harmonização de sabores, combina muito bem com acidez (limão, vinagre de arroz), laticínios leves (iogurte, queijo minas, feta), ervas frescas (hortelã, endro/dill, salsinha), azeite de oliva, gergelim e especiarias como pimenta-do-reino e cominho. Também vai bem com ingredientes “umami”, como tomate, missô, shoyu e atum, criando contraste entre frescor e profundidade de sabor.

Em saladas, é protagonista da salada grega (com tomate, cebola roxa, azeitona e feta) e do tabule (com trigo para quibe e salsinha). Entra em versões simples com folhas verdes, grão-de-bico, quinoa ou arroz integral, trazendo textura e frescor. Um toque de iogurte, limão e dill transforma qualquer salada básica em algo mais cremoso e aromático.

Em receitas, brilha no tzatziki (iogurte, alho, pepino ralado e dill), no sunomono (laminado fino com vinagre de arroz e gergelim), no kappa maki (sushi de pepino), no gazpacho verde, em sanduíches e wraps, e em picles rápidos (conserva de 24–48 h). Também funciona em “carpaccios” de pepino, laminado bem fino, finalizado com vinagrete leve e sementes.

Salada Sunomono sem açúcar (mas pode fazer com açúcar também)

Ingredientes:
3 pepinos japoneses
3 colher de chá de sal
100ml de vinagre de arroz
30 gotas de adoçante sem gosto residual (pode ser Color Andina ou Sucralose) OU 2 colheres de sopa de açúcar

Modo de preparo:
Com auxílio de um mandolim ou ralador, fatie o pepino na diagonal, bem fininho. Misture com 2 colheres de sal. Deixe descansar por 10 minutos. O sal ajudará a tirar parte da água do pepino.
Depois escorra o excesso de líquido e comece a apertar o pepino, para retirar o restante da água e do sal.
Prepare o Amazu: a mistura que dará o sabor. É composto por vinagre de arroz, açucar e sal. Mas na nossa versão sem açucar terá:  100ml de vinagre de arroz, 30 gotas de adoçante e 1 colher de chá de sal. Misture até dissolver o sal e o adoçante. Depois jogue no pepino e misture. 
Leve à geladeira por cerca de 30 minutos. 
Na hora de servir, coloque gergelim preto e prato levemente tostado. Isso ajudará aind mais na crocância. 
Um dica importante, não use adoçante em pó, por que ele pode não dissolver e ficar grudado no fundo do bowl. Use adoçante líquido!
Ele pode durar tranquilamente 2 dias na geladeira.



O Sunomono e algumas variações


Variação 1: Misturar com Wakame hidratada (um tipo alga japonesa), gengibre ralado, pimenta dedo-de-moça em lâminas.
Variação 2: Misturado com alguma das seguintes proteínas: kani, polvo cozido, camarão ou tofu firme em cubinhos. Ficará tipo um Poke
Variação 3: Um toque de shoyu (1 a 2 colheres de chá) deixa mais salgado e acrescenta o umami; ajuste o adoçante ou açúcar pra equilibrar.

Autor: Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM-GO 13192 - RQE 11915 - Gostou do texto e quer conhecer mais sobre minha pratica clínica (presencial/telemedicina), clique aqui. 
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Revisor e imagens:
Dra. Theresa Leo - Médica Nutróloga, Ginecologista e Obstetra - CRM-ES 8903 RQE 15007

Para acessar todo o arquivo de salada: 

Salada 1: Berinjela com castanha do Pará (ou castanha do Brasil), uva-passa e hortelã:

https://www.nutrologogoiania.com.br/salada-1-berinjela-com-castanha-do-para-ou-castanha-do-brasil-uva-passa-e-hortela

Salada 2: Salada de inverno de abacate com frango cítrico:

http://www.ecologiamedica.net/2022/06/salada-2-salada-de-inverno-de-abacate.html?m=0

Salada 3: Salada de inverno de rúcula:

https://www.ecologiamedica.net/2022/06/salada-3-salada-de-inverno-de-rucula.html

Salada 4: Salada com legumes assados:

https://www.ecologiamedica.net/2022/07/salada-4-salada-de-legumes-assados.html

Salada 5: Salada de Picles de pepino com molho de alho:

https://www.ecologiamedica.net/2023/04/salada-5-salada-de-picles-de-pepino-com.html

Salada 6: Salada vegana de lentilha crocante:

https://www.ecologiamedica.net/2023/07/salada-6-salada-vegana-de-lentilha.html

Salada 7: Salada cítrica de grão de bico:

https://www.ecologiamedica.net/2023/07/salada-7-salada-de-grao-de-bico-citrica.html

Salada 8: Salada de frango com molho pesto de abacate:

https://www.ecologiamedica.net/2023/08/salada-8-salada-de-frango-com-molho-de.html

Salada 9: Salada de berinjela com passas e amêndoas:

https://www.ecologiamedica.net/2023/11/salada-9-salada-de-berinjela-com-passas.html?m=0

Salada 10: Salada com molho homus

https://www.ecologiamedica.net/2023/11/salada-10-salada-com-molho-homus.html

Salada 11: Salada de atum crocante:

https://www.ecologiamedica.net/2023/12/salada-11-salada-crocante-de-atum.html

Salada 12: Trigo cozido com especiarias

https://www.ecologiamedica.net/2024/02/salada-12-trigo-cozido-com-especiarias.html

Salada 13: Salada de Pequi com molho de mostarda e mel

https://www.ecologiamedica.net/2024/04/salada-13-salada-de-pequi-ao-molho-de.html

Salada 14: Salada de Quinoa com frango dourado

https://www.ecologiamedica.net/2024/05/salada-14-salada-de-quinoa-com-frango.html

Salada 15: Salada Waldorf

https://www.ecologiamedica.net/2024/05/salada-15-salada-waldorf.html

Salada 16: Salada de inverno cítrica

https://www.ecologiamedica.net/2024/06/salada-16-salada-de-inverno-citrica.html

Salada 17: Salada de inverno de cogumelos

https://www.ecologiamedica.net/2024/06/salada-17-salada-de-inverno-de-cogumelos.html

Salada 18: Salada Grega

https://www.ecologiamedica.net/2024/07/salada-18-salada-grega.html

Salada 19: Salada de Chicória (escarola) com páprica defumada

https://www.ecologiamedica.net/2024/08/salada-19-salada-de-chicoria-escarola.html

Salada 20: Salada de chicória com tahine

https://www.ecologiamedica.net/2024/08/salada-20-salada-de-chicoria-com-tahine.html

Salada 21: Salada de chicória com tofu amassado

https://www.ecologiamedica.net/2024/09/salada-21-salada-de-escarola-com-tofu.html

Salada 22: Tabule tradicional

https://www.ecologiamedica.net/2024/09/salada-22-tabule-tradicional.html

Salada 23: Salada Natalina em formato de guirlanda

https://www.ecologiamedica.net/2024/12/salada-23-salada-guirlanda-natalina.html

Salada 24: Salada coleslaw (salada de repolho americana)

https://www.ecologiamedica.net/2025/03/salada-24-salada-coleslaw-salada-de.html

Salada 25: Salada Thai de bifum (salada oriental)

https://www.ecologiamedica.net/2025/03/salada-25-salada-thai-de-bifum-salada.html

Salada 26: Salpicão vegano com veganese

https://www.ecologiamedica.net/2025/03/salada-26-salpicao-vegano-com-veganese.html

Salada 27: Salada de salmão grelhado com rúcula e feijão branco

https://www.ecologiamedica.net/2025/04/salada-27-salada-de-salmao-grelhado-com.html

Salada 28: Salada Niçoise ou Salada Francesa

https://www.ecologiamedica.net/2025/05/salada-28-salada-nicoise-ou-salada.html

Salada 29: Salada italiana de batatas

https://www.ecologiamedica.net/2025/08/salada-29-salada-italiana-de-batatas.html

Salada 30: Salada Vietnamita da Carol Morais

https://www.ecologiamedica.net/2025/09/salada-vietnamita_15.html

Salada 31: Salada Sunomono sem açúcar

https://www.ecologiamedica.net/2025/09/sunomono-sem-acucar.html


Saúde Cardiometabólica da Mulher - Resumo das recomendações da SBC



Coração e metabolismo caminham juntos. Este guia prático traduz o Posicionamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) para uma linguagem direta, focada na mulher. Saiba o que acompanhar em cada fase da vida e por que agendar seu check‑up cardiológico anual muda destinos.

Por que este posicionamento importa para você (mulher)?


A saúde do coração e do metabolismo andam juntas, e cuidar de ambas reduz drasticamente o risco de infartos e derrames ao longo da vida. O posicionamento de 2025 da SBC coloca as mulheres no centro de um plano prático, olhando para prevenção em todas as fases. A mensagem é direta: agir agora significa ganhar qualidade de vida e anos com mais energia, autonomia e segurança.

Mulheres ainda são menos estudadas em muitos ensaios clínicos, o que pode atrasar diagnósticos e tratamentos eficazes. Isso torna a consulta preventiva ainda mais valiosa, porque fecha lacunas e antecipa decisões. Não espere sintomas para se cuidar: check-up anual é investimento, não gasto.

Este resumo foi pensado para facilitar sua próxima consulta, transformando recomendações técnicas em passos simples e realistas. Leve suas dúvidas, seu histórico de saúde e metas pessoais. Juntas, você e sua equipe de saúde constroem um plano objetivo, com acompanhamento ao longo do ano.

O que é “saúde cardiometabólica”


Saúde cardiometabólica é o equilíbrio entre pressão arterial, açúcar no sangue, gorduras (colesterol e triglicerídeos) e composição corporal. Quando esses pilares estão alinhados, o corpo funciona com mais eficiência e o coração trabalha sem sobrecarga. Quando saem do eixo, aumentam o risco de infarto, AVC, insuficiência cardíaca e doença renal.

O olhar cardiometabólico é integrado: em vez de analisar cada exame isoladamente, o time de saúde observa o conjunto. Entram nessa avaliação medidas como IMC, circunferência da cintura, colesterol total e frações, triglicerídeos, glicemia e hemoglobina glicada. Com esse painel, definem-se metas realistas e um plano de ação sob medida.

Medidas simples orientam mudanças de estilo de vida e, quando necessário, o uso de medicamentos de alto impacto. O plano pode incluir alimentação balanceada, atividade física, sono de qualidade e manejo do estresse. O acompanhamento periódico ajusta rotas com rapidez e evita que pequenos desvios virem grandes problemas.

Mulheres: subdiagnóstico e subtratamento


Mesmo com avanços, muitas mulheres seguem menos diagnosticadas e menos tratadas para doenças cardiovasculares. Isso ocorre por diferenças biológicas, vieses históricos na pesquisa e sinais atípicos em comparação aos homens. Resultado: terapias eficazes podem ser iniciadas mais tarde do que deveriam.

Saber disso muda o jogo porque traz urgência para a prevenção. Não espere dor no peito para procurar ajuda, pois o primeiro sintoma às vezes já é um evento grave. O check-up anual identifica riscos silenciosos e cria um plano prático de proteção.

Na consulta, leve histórico menstrual, gestações, menopausa, métodos contraceptivos e tratamentos hormonais. Esses eventos moldam seu risco cardiometabólico e ajudam a personalizar decisões. Quanto mais informação, mais preciso será o seu plano.

Inflamação: o “fogo baixo” que acelera doenças


A inflamação crônica é um “fogo baixo” que alimenta hipertensão, resistência à insulina e placas de gordura nas artérias. Ela pode aumentar em fases específicas da vida, como gravidez, pós-parto e menopausa. Se não é controlada, acelera o envelhecimento dos vasos e aumenta eventos cardiovasculares.

Cuidar do peso, dormir bem e tratar condições inflamatórias faz diferença concreta nos marcadores do sangue. Pequenas vitórias diárias, como regularidade no sono e alimentação rica em fibras, baixam esse “fogo” silencioso. Seu time de saúde pode incluir exames inflamatórios quando indicados.

Algumas condições ginecológicas, como endometriose, têm forte componente inflamatório com impacto no coração. Reconhecer e tratar reduz dor, melhora qualidade de vida e protege os vasos sanguíneos. O check-up é a ponte entre sintomas cotidianos e prevenção de longo prazo.

Hormônios femininos e o coração


Estrogênio, progesterona e andrógenos influenciam pressão, perfil de colesterol e sensibilidade à insulina. Alterações hormonais da adolescência à menopausa mexem com metabolismo, composição corporal e bem-estar. Por isso, decisões sobre anticoncepção e terapia hormonal precisam ser personalizadas.

Na síndrome dos ovários policísticos, o desequilíbrio hormonal pode elevar inflamação e resistência à insulina. Isso favorece ganho de gordura central e alterações nas gorduras do sangue. Mudanças de estilo de vida e, quando necessário, medicações direcionadas reduzem esse risco.

Anticoncepcionais e terapia hormonal da menopausa têm perfis diferentes conforme dose, via e tempo de uso. A avaliação anual pondera benefícios e riscos de acordo com idade, sintomas e fatores individuais. Informação clara e acompanhamento próximo deixam as escolhas mais seguras.

Indicadores que você deve acompanhar


Peso e composição corporal importam, mas o IMC isolado não conta toda a história. A circunferência da cintura e a relação cintura–quadril estimam melhor a gordura abdominal, que é mais ativa e inflamatória. A meta é reduzir a gordura central, preservando massa muscular.

Seu painel laboratorial inclui colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos, além de glicemia e hemoglobina glicada. Esses números, vistos em conjunto, apontam prioridades e metas de curto prazo. Em alguns casos, a proteína C reativa e outros marcadores ajudam na estratificação.

Anote seus resultados e leve-os na consulta para comparar ao longo do tempo. Estabeleça metas trimestrais e semestrais realistas, evitando mudanças radicais e insustentáveis. O progresso consistente supera soluções rápidas que não duram.

Adolescência e início da vida reprodutiva


A saúde cardiometabólica começa cedo, ainda na adolescência. Menarca muito precoce ou tardia e ciclos irregulares persistentes merecem atenção, porque podem sinalizar alterações metabólicas. Intervir cedo evita “efeito bola de neve” na vida adulta.

A escola e a família têm papel essencial na formação de hábitos duradouros. Rotina ativa, sono regular e alimentação com comida de verdade constroem resiliência metabólica. Consultas anuais abrem espaço para educação em saúde e autonomia.

Se houver sinais de SOP, investigue e trate de forma multidisciplinar. É possível reduzir resistência à insulina e equilibrar hormônios com mudanças graduais e consistentes. Quanto antes começar, mais fácil manter o caminho.

SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos)


A SOP é mais do que pele e ciclo menstrual: é uma condição cardiometabólica de atenção permanente. O quadro costuma envolver inflamação, resistência à insulina e maior tendência a dislipidemia. O cuidado é contínuo, com metas claras e reavaliações frequentes.

Mudanças no estilo de vida têm efeito potente e somam com as medicações quando indicadas. Alimentação com fibras, proteína suficiente e gorduras de qualidade melhora saciedade e exames. Atividade física regular preserva massa magra e sensibiliza o organismo à insulina.

O acompanhamento anual evita surpresas e permite ajustes finos nas metas. O objetivo é reduzir gordura central, melhorar marcadores no sangue e estabilizar o ciclo. Com consistência, os resultados aparecem de forma sustentável.

Infertilidade e risco cardiometabólico


Tratamentos para infertilidade podem se associar a riscos como diabetes gestacional e hipertensão na gravidez. Isso não é motivo para adiar o sonho, mas para planejar com mais cuidado. O pré-natal começa antes de engravidar, no check-up de rotina.

Estilo de vida saudável melhora fertilidade e protege o coração ao mesmo tempo. Em caso de excesso de peso, perder alguns quilos pode aumentar as chances reprodutivas e reduzir complicações. Pequenas mudanças somadas trazem grandes resultados.

Mesmo quando os benefícios sobre taxas de fertilização não são garantidos, o ganho para saúde geral é claro. A conversa franca com sua equipe alinha expectativas e decisões seguras. Planejar vale ouro para a mãe e para o bebê.

Gestação: ganho de peso adequado


O IMC pré-gestacional e o ganho de peso durante a gravidez influenciam desfechos para mãe e bebê. Excesso de ganho aumenta cesárea, hipertensão e internação neonatal; ganho insuficiente também traz riscos. Curvas brasileiras orientam metas individualizadas para cada trimestre.

Monitorar o peso em todas as consultas do pré-natal é uma medida simples e poderosa. O foco é favorecer crescimento fetal saudável e preservar a saúde materna. Alimentação balanceada e atividade física segura fazem parte do plano.

O acompanhamento multiprofissional ajuda a resolver dúvidas do dia a dia. Ajustes na rotina e no cardápio, com metas realistas, evitam sustos no final da gestação. O pós-parto já começa a ser planejado durante a gravidez.

Gestação: glicose e gorduras


Alterações de glicose na gestação aumentam o risco de diabetes no futuro, por isso o rastreio pós-parto é essencial. Dislipidemia gestacional pode impactar vasos da mãe e do bebê, especialmente em níveis muito elevados. Atenção e manejo precoce reduzem complicações.

Em quadros graves, crescem as chances de pré-eclâmpsia e parto prematuro. O acompanhamento obstétrico integrado à cardiologia e à nutrologia melhora a segurança. Cada consulta é uma oportunidade de ajuste fino no cuidado.

Filhos de mães com lipídios elevados podem carregar maior risco de aterosclerose no futuro. Prevenir hoje protege gerações. O puerpério é uma janela de ouro para consolidar hábitos saudáveis.

Pós-parto: janela de ouro


Após o parto, a recuperação do peso costuma ser incompleta sem um plano estruturado. Vigiar marcadores cardiometabólicos e hábitos reduz a chance de hipertensão e síndrome metabólica adiante. O cuidado continua, agora com novas prioridades.

Quem teve diabetes gestacional deve manter acompanhamento próximo, porque o risco futuro de diabetes sobe. Amamentar ajuda no gasto energético e melhora o metabolismo da glicose e dos lipídios. Esses benefícios se somam a impactos emocionais positivos.

A prolactina elevada no puerpério também se relaciona a melhor sensibilidade à insulina. Com orientação, esse período pode redefinir sua saúde para a próxima década. Inclua metas de sono, alimentação e movimento no novo ritmo da família.

Endometriose e o coração


A endometriose tem forte componente inflamatório que pode dialogar com o sistema cardiovascular. Mulheres com endometriose apresentam maior risco de hipertensão e alterações de lipídios em alguns estudos. O manejo adequado reduz dor e pode proteger o coração.

Marcadores como interleucinas e fatores angiogênicos ajudam a entender essa ponte entre útero e vasos. Embora nem sempre medidos na rotina, lembram que o corpo funciona como um todo integrado. Tratar a base inflamatória é estratégico para longo prazo.

Inclua a endometriose no seu histórico durante o check-up anual e discuta sintomas persistentes. Estratégias anti-inflamatórias de estilo de vida, analgesia adequada e acompanhamento ginecológico fazem diferença. Prevenir complicações é um cuidado de corpo inteiro.

Transição menopausal e pós-menopausa


A queda do estradiol na transição menopausal favorece ganho de gordura central, dislipidemia e resistência à insulina. Essas mudanças aumentam risco cardiometabólico, mesmo com peso na balança aparentemente estável. É hora de olhar com lupa para cintura, exames e hábitos.

Sintomas vasomotores intensos pedem avaliação de risco global antes de escolher tratamento. A terapia hormonal pode ser considerada caso a caso, conforme idade, tempo de menopausa e perfil individual. Via de administração e dose influenciam o perfil de segurança.

Reavaliar anualmente mantém o equilíbrio entre benefícios e riscos. Ajustes são comuns e fazem parte do processo de cuidado. O objetivo é qualidade de vida com proteção cardiovascular.

Estilo de vida que protege


Atividade física regular preserva massa magra, melhora condicionamento e reduz resistência à insulina. O ideal é somar exercícios aeróbicos e de força, respeitando condições pessoais e preferências. Comece pequeno, mas comece hoje, e progrida com consistência.

Dormir bem é terapêutico: menos de cinco horas por noite desorganiza hormônios e favorece ganho de peso. Higiene do sono, rotina estável e exposição à luz natural ajudam a regular o relógio biológico. Seu coração sente a diferença quando o descanso é prioridade.

Na alimentação, pense em comida de verdade, fibras, proteína adequada e gorduras de qualidade. Reduza bebidas açucaradas e excesso de frutose para aliviar o fígado e o pâncreas. Pequenos cortes diários somam grandes resultados em poucos meses.

Tabaco e álcool: vilões silenciosos


O cigarro aumenta inflamação, estresse oxidativo e danos às paredes dos vasos. Parar de fumar traz benefícios medidos em semanas e meses, e o suporte profissional aumenta a taxa de sucesso. Se você fuma, faça do check-up o ponto de virada.

O álcool em excesso eleva o risco de síndrome metabólica, hipertensão e gordura no fígado. Estabeleça limites claros e adequados à sua realidade de saúde e rotina. Conversar abertamente sobre consumo é parte do cuidado integral.

Microvitórias importam: cada mês sem cigarro e cada semana com consumo mais consciente já melhoram o perfil de risco. Use metas curtas e recompensas saudáveis para manter a motivação. Seu futuro agradece as escolhas do presente.

Medicamentos que salvam vidas (quando indicados)


Quando mudanças de estilo de vida não bastam, medicamentos bem indicados fazem enorme diferença. Em diabetes, metformina é base frequente, enquanto iSGLT2 e análogos de GLP‑1 protegem coração e rins. Em pessoas com obesidade, tirzepatida e GLP‑1 ajudam no peso, glicose e desfechos cardiovasculares.

Cada classe tem benefícios e cuidados próprios, como risco de hipoglicemia com algumas opções antigas. Por isso, a prescrição é personalizada e alinhada ao seu perfil e às suas metas. Monitorar efeitos e resultados é parte do tratamento.

Na esteatose hepática metabólica, o plano inclui reduzir álcool e bebidas açucaradas e, em casos selecionados, usar medicações específicas. Cirurgia bariátrica pode ser opção em obesidade grave, conforme critérios e avaliação de equipe especializada. O objetivo é sempre equilibrar eficácia e segurança.

Particularidades femininas no tratamento


Mulheres em uso de análogos de GLP‑1 ou tirzepatida devem alinhar anticoncepção e planejamento reprodutivo. Algumas medicações exigem pausas antes de tentativas de gravidez, e isso precisa ser conversado. Informação evita sustos e aumenta a segurança.

O manejo ideal combina remédios com metas realistas e apoio comportamental contínuo. Técnicas estruturadas de mudança de hábito ajudam a transformar intenção em rotina. Consultas de acompanhamento mantêm a motivação alta e ajustam o plano.

Individualização é a palavra-chave: o que funciona para sua amiga pode não ser o melhor para você. Idade, histórico, exames e preferências pesam na balança das decisões. Seu plano é único, como você.

Organizando seu check-up anual


Leve anotações sobre ciclo, gestações, contracepção, sintomas de menopausa, histórico familiar e exames anteriores. Esses dados encurtam o caminho entre avaliação e decisão. Quanto mais completo o retrato, mais certeiro o plano.

Peça avaliação antropométrica completa com metas de cintura e de peso acordadas. Estabeleça indicadores intermediários para acompanhar a evolução a cada três e seis meses. A previsibilidade das metas facilita manter o foco.

Converse sobre sono, atividade física, alimentação e saúde emocional. Esses pilares têm peso igual ao dos remédios e impactam diretamente seus exames. Transformar o cuidado em rotina é o verdadeiro segredo de longo prazo.

Mulher, faça o seu check-up anual


Não espere sintomas para agir, porque o primeiro sinal pode ser um evento sério. O check-up anual encurta o caminho entre risco silencioso e solução prática. Com informação, você ganha autonomia e evita surpresas.

Se você teve diabetes gestacional, pré‑eclâmpsia ou SOP, seu acompanhamento precisa ser ainda mais próximo. Na transição menopausal, ajustes de metas são essenciais porque o corpo muda e o plano acompanha. A prevenção certa no momento certo muda destinos.

Marque seu check-up ginecológico e cardiológico anual. Leve este material para uma consulta objetiva. Saia com metas em 3, 6 e 12 meses e combine um retorno para celebrar avanços. Seu coração e sua qualidade de vida merecem essa prioridade.

Autor: Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM-GO 13192 - RQE 11915 - Gostou do texto e quer conhecer mais sobre minha pratica clínica (presencial/telemedicina), clique aqui. 
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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Canais e redes sociais

Tenho recebido algumas mensagens de pacientes perguntando se saí do instagram. Sim, desativei tanto o perfil @nutrologo quanto o @drfredericolobo

Comecei no instagram em 2012 e fui um dos primeiros perfis do Brasil a falar sobre Nutrologia, alimentação e medicina ambiental. Na época o instagram era uma rede social saudável. Fazia postagens elaboradas, organizava as referências bibliográficas, fazia as imagens no photoshop. Um post gerava centenas de curtidas, bem como centenas de comentários. Não existia algoritmo. Era orgânico. Fiz grandes amigos, conheci centenas de seguidores que depois se tornaram pacientes. Porém, o brilho daquela rede social se apagou. 

O que era um prazer, tornou-se um martírio. É injusto com o produtor consciente de conteúdo o que o maldito algoritmo faz. Você preparar um conteúdo de qualidade e receber poucas curtidas, poucos comentários, mesmo possuindo mais de 40 mil seguidores orgânicos. E tudo isso aconteceu porque o algoritmo mudou. Virar refém de posts patrocinados para ter um maior alcance eu me nego.  

Esse blog escrevo desde 2010, tenho constância, consigo escrever de forma ilimitada, expor minhas idéias sem censura e sem a pressão de ter comentários, curtidas e compartilhamentos. Porém, o blog eu consigo monitorar e vejo que diariamente passam por aqui no mínimo 2 mil pessoas. Aqui consigo desenvolver um trabalho de educação em saúde mais eficiente. Tenho um alcance muito maior, infinitamente superior ao do instagram. Portanto, desativei lá e continuarei só aqui. Aqui exerço minha criatividade e minha alma de escritor. 

Mas e meus seguidores? Uma parcela deles me conheceram primeiramente pelo blog, então continuam me acompanhando. Mas muitos não possuem a paciência de diariamente entrar aqui e acompanhar nas novidades. Pensando nisso, a pedido de alguns pacientes, criei 2 canais: um no whatsapp e outro no telegram. Entre no que você desejar. Em ambos postarei informação de qualidade, esse é meu compromisso. Levar educação em saúde a quem não pode pagar uma consulta particular ou ir até o ambulatório de Nutrologia no SUS. 

Canal no Telegram: https://t.me/drfredericolobo

Autor: 
Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM-GO 13192 - RQE 11915 

Do “efeito sanfona” à estabilidade: por que considerar medicamentos para o tratamento da obesidade



Pergunta recorrente no consultório particular e no ambulatório no SUS: "Dr. mas eu se eu não quiser usar remédio pra emagrecer? Consigo ou não?"

Pausa, inspiro, expiro e respondo: Não sei. Por mais que eu tenha experiência clínica de 17 anos, coordene um ambulatório de Nutrologia (60% só Obesidade) desde 2015, não posso responder essa pergunta. Por um simples motivo: o que existe de real é o paciente. Cada paciente é único. Não é porquê um paciente perdeu uma grande quantidade de peso só com dieta combinada com atividade física, que todos responderão de maneira semelhante. 

Então, após esse banho de água gelada, explico o que a ciência nos diz sobre o assunto.

Obesidade como uma doença

Obesidade é uma doença crônica, não um “hábito ruim”. Ela envolve circuitos de fome, saciedade e recompensa que podem ficar desregulados. Quando isso ocorre, a balança vira um elástico puxando você de volta. O tratamento farmacológico corta a força desse elástico. Ele cria condições biológicas para que seu esforço finalmente conte.

Pense no corpo como um termostato do peso. Ao perder quilos, ele “sente frio” e tenta reaquecer com mais fome e menos gasto. Alguns medicamentos reajustam esse termostato interno. Com o ponto de equilíbrio mais baixo, manter a perda vira possível. Você deixa de remar contra a corrente o tempo todo.

“Eu já tentei de tudo.” Essa frase é comum e legítima — e não é fracasso pessoal. Dieta, sono e movimento continuam sendo a base. Os fármacos entram como uma chave que destrava a porta. A soma das estratégias é que gera resultados sustentáveis.

Metas factíveis

O objetivo não é magreza instantânea, é saúde duradoura. Reduzir 5% a 15% do peso já impacta positivamente na pressão arterial, glicemia e apneia. Reduz colesterol, triglicérides, ácido úrico, enzimas do fígado que estão aumentadas na esteatose hepática. Os remédios ajudam a alcançar e sustentar essas metas clínicas. Menos dor nos joelhos, mais fôlego nas escadas, noites melhores. Qualidade de vida é o desfecho que mais importa, não um número na balança. E digo mais, manter o foco em número na balança pode atrapalhar o processo, gerar mais ansiedade, apreensão, aumentando as chances de desistência. 

Qual o melhor remédio para o meu caso?

Segurança vem primeiro. Indicação depende de IMC, comorbidades e avaliação médica. Escolhe-se o fármaco conforme perfil, preferências e riscos. Começa-se com doses baixas e ajustes graduais. A isso denominamos de escalonamento. Aqui reforço que o acompanhamento periódico (alguns ficam revoltados porque peço para voltar todos os meses) garante eficácia, minimiza efeitos colaterais das medicações, possibilita mudar o percurso mais rapidamente quando o tratamento não está gerando o efeito desejado. Baseado nisso, para cada consulta, dou direito a 1 retorno gratuito em até 30-45 dias, justamente para não pesar no bolso do paciente e eu vê-lo mensalmente. 

Muito além da força de vontade

Fome não é só “força de vontade”; é sinal químico. Hormônios como grelina, GLP-1 e leptina modulam esse apetite. Alguns medicamentos atuam nessas vias, ampliando saciedade. Outros reduzem recompensas por comer em excesso. O resultado é comer melhor, não apenas comer menos. Ignorar a fisiopatologia da obesidade em pleno 2025 é pura ignorância. Desconhecimento total do que a ciência nos mostra. 

Metáfora prática para entender o tratamento medicamentoso, é como se ele fosse um guarda-chuva na tempestade. A dieta e os exercícios são a capa; o remédio é o guarda-chuva. 

Sem o guarda-chuva, só com a capa, você se molha menos, mas ainda assim pode encharcar os pés, cabelo, molhar o rosto. Com ele, você consegue atravessar a rua com mais controle, até pode molhar o sapato na enxurrada. A chuva pode continuar, mas você chegará menos ensopada ao seu destino.

O "poder" dos fármacos no tratamento da obesidade

Os medicamentos mais atuais para tratamento da obesidade, ajudar a evitar que o paciente belisque, reduza o que chamamos de food noise (pensar excessivamente em comida). Ajudam no comer emocional, quem comia por ansiedade percebe pausa para escolher. Fazem o paciente perceber o que é saciedade, que não precisa repetir um prato. Ensinam (educam) o paciente a entender o que é fome real. Quem vivia no efeito sanfona encontra estabilidade graças aos fármacos. Pequenas vitórias acumuladas viram novos hábitos. É uma muleta? Talvez, mas salva vidas.

Mas lembre-se: hábitos não são medicalizáveis. Ou seja, não existe nenhum medicamento que fará você ir praticar a sua atividade física. Nem fará você estabelecer rotinas, planejar suas refeições. 

Efeitos colaterais do tratamento da obesidade

Efeitos adversos existem e precisam de manejo. Náuseas iniciais? Ajuste de dose e educação alimentar ajudam. Constipação ou refluxo? Estratégias dietéticas e fracionamento. Insônia ou palpitações? Reavaliar escolhas e horários. Transparência com a equipe acelera ajustes e conforto. Mas tudo isso é "fichinha" perto dos efeitos colaterais psiquiátricos dos famigerados anorexígenos anfetamínico utilizados décadas atrás. Estarei contrariando alguns professores ao afirmar isso. Mas a proibição dos mesmos foi uma decisão acertada da ANVISA

Quem vivenciou a época da prescrição de anfepramona, femproporex e mazindol e os efeitos colaterais que essas medicações geravam, agradecem o surgimento de classes mais eficazes e mais seguras, principalmente do ponto de vista psiquiátrico e cardiovascular. 

Expectativas

Acho válido reforçar para os pacientes que expectativas realistas protegem contra frustração. Perdas rápidas demais tendem a ser insustentáveis para alguns pacientes. Sempreço friso para os meus pacientes, que eles devem buscar curvas suaves e consistentes de emagrecimento. A sustentabilidade do processo é uma das chaves para o sucesso e maior adesão. Progresso é mais que um número na balança.

Evite o “tudo ou nada”. Se um dia saiu do trilho, não jogue a semana fora. Use o método do “próximo melhor passo possível”. Volte à rotina na refeição seguinte. Consistência (constância) vence perfeição, sempre! 

Combo do sucesso: Dieta + exercício físico

Usar somente medicação, sem associar dieta, prática regular de exercícios e mudança de hábitos, é um tiro no pé. Sendo curto e grosso, é rasgar dinheiro, jogar no lixo. É correr risco de perder músculo e depois numa mais recuperá-lo. TODO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA OBESIDADE PRECISA SER ASSOCIADO A ESSE COMBO: dieta e exercícios. 

Alimentação é um coadjuvante essencial. Mais proteína ajuda a preservar massa magra. Fibra dá volume e prolonga saciedade. Gorduras boas estabilizam o apetite e o paladar. Água, frutas e verduras completam o ecossistema metabólico. Logo, o nutricionista tem papel primordial nisso. Evita que o paciente faça déficits nutricionais, muito comuns (que por anos foi negligenciado) em quem perde quantidade significativa de gordura. 

Movimento é remédio que potencializa o remédio. Caminhadas regulares melhoram humor e glicemia. Treino de força protege músculos durante a perda. Alongamento e mobilidade reduzem dores limitantes. Escolha atividades que você realmente goste. "Mas doutor, eu não gosto de nenhuma". Minha resposta: faça a que você menos odeia. Agora se você deseja recomendação médica, baseada em evidências: faça treino de força e aeróbico. 

O sono como pilar da saúde

Sono e estresse são reguladores de apetite. Dormir pouco aumenta hormônios da fome: grelina. Estresse crônico impulsiona escolhas impulsivas. Higiene do sono e técnicas de relaxamento ajudam. O medicamento funciona melhor num terreno fértil. Tem texto aqui no blog. https://www.ecologiamedica.net/2023/07/higiene-do-sono.html

Sabotadores e rede de apoio

Planejamento social é parte do tratamento da obesidade. Combine estratégias para restaurantes e eventos. Use o “prato de prioridades”: proteína, vegetais, carboidrato. Comunique seus objetivos a quem importa. Apoio social reduz sabotagens involuntárias.

Cuidado com os perigos que surgem no percurso 

Cuidado com atalhos perigosos. Produtos “milagrosos” e fórmulas sem evidência. Eles trazem risco para a sua saúde. Automedicação pode mascarar doenças e ocasionar interações medicamentosas. O caminho mais seguro é o baseado em ciência e acompanhamento.

A jornada tem fases: início, consolidação e manutenção. No começo, educação e ajuste de dose são centrais. Depois, vem a lapidação de hábitos e metas. Na manutenção, revisa-se necessidade de seguir ou pausar. Tudo decidido em conjunto, com dados e bom senso.

Seu porquê sustenta a disciplina. Mais energia para brincar com os filhos. Menos falta de ar para viajar , caminhar e desvendar novos lugares. Alívio das dores que roubam prazer cotidiano. Transforme metas clínicas em metas de vida.

Tratar a obesidade com fármacos é um ato de cuidado. É reconhecer a biologia por trás da dificuldade. É escolher estratégias que conversam com seu corpo. É construir saúde com passos possíveis e monitorados. É dar a si mesmo a chance de recomeçar e continuar.

Autor: Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM-GO 13192 - RQE 11915 - Gostou do texto e quer conhecer mais sobre minha pratica clínica (presencial/telemedicina), clique aqui. 
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Para ler mais sobre o tema:

Tirzepatida: como funciona o “remédio revolucionário” para emagrecer e controlar a diabetes:
https://www.ecologiamedica.net/2025/08/tirzepatida-como-funciona-o-remedio.html
GLP-1: O Segredo Não Está Só no Remédio: Como a alimentação e a atividade física fazem toda a diferença no emagrecimento:
https://www.ecologiamedica.net/2025/08/glp-1-o-segredo-nao-esta-so-no-remedio.html
A Tirzepatida queima gordura?
https://www.ecologiamedica.net/2025/09/a-tirzepatida-queima-gordura.html
Liraglutida, Semaglutida e Tirzepatida: como emagrecer sem perder massa magra?
https://www.ecologiamedica.net/2025/09/mounjaro-ozempic-massa-magra.html
Hara hachi bu na prática clínica
https://www.ecologiamedica.net/2025/09/hara-hachi-bu-na-pratica-clinica.html
Tirzepatida: o uso indiscriminado chama atenção de especialistas
https://www.ecologiamedica.net/2023/05/tirzepatida-o-uso-indiscriminado-chama.html
Novo medicamento para obesidade (Retatrutida) reduz até 24% do peso, mostra estudo
https://www.ecologiamedica.net/2023/06/novo-medicamento-para-obesidade.html
Tirzepatida e seu impacto no peso - Por. Dra. Lia Bataglini
https://www.ecologiamedica.net/2023/09/tirzepatida-e-seu-impacto-no-peso-por.html
Ajudando a prevenir o reganho de peso após a retirada dos agonistas do receptor de GLP-1
https://www.ecologiamedica.net/2024/03/ajudando-prevenir-o-reganho-de-peso.html
Análogos de GLP1 no tratamento da dependência
https://www.ecologiamedica.net/2024/10/analogos-de-glp1-no-tratamento-da.html
Perda de músculo e sarcopenia no tratamento medicamentoso da obesidade
https://www.ecologiamedica.net/2024/10/perda-de-musculo-e-sarcopenia-no.html
A concorrência tornará os medicamentos para obesidade melhores, mais baratos e mais acessíveis
https://www.ecologiamedica.net/2024/10/a-concorrencia-tornara-os-medicamentos.html
Medicamentos para obesidade podem ajudar a reduzir o consumo de álcool
https://www.ecologiamedica.net/2024/11/medicamentos-para-obesidade-podem.html
O que você precisa saber sobre a Tirzepatida (Mounjaro, Zepbound)?
https://www.ecologiamedica.net/2025/05/o-que-voce-precisa-saber-sobre.html
Estou tomando uma medicação para perda de peso à base de GLP-1 — o que devo saber? (JAMA, 2025)
https://www.ecologiamedica.net/2025/07/estou-tomando-uma-medicacao-para-perda.html
A febre dos medicamentos contra obesidade no Brasil
https://www.ecologiamedica.net/2025/05/a-febre-dos-medicamentos-contra.html
Eficácia e Segurança dos Análogos de GLP-1 no manejo do reganho de peso ou resposta clínica sub-ótima após cirurgias bariátricas metabólicas: uma Meta-Análise
https://www.ecologiamedica.net/2025/05/eficacia-e-seguranca-dos-analogos-de.html
Como manter o peso após o uso de medicamentos para obesidade
https://www.ecologiamedica.net/2025/06/como-manter-o-peso-apos-o-uso-de.html
Análogos de GLP-1: gestação, amamentação e redução do efeito dos anticoncepcionais orais
https://www.ecologiamedica.net/2025/06/semaglutida-gestacao-amamentacao-e.html
Impacto a curto prazo da Tirzepatida no hipogonadismo metabólico e na composição corporal em homens obesos
https://www.ecologiamedica.net/2025/07/impacto-curto-prazo-da-tirzepatida-no.html
Semaglutida recebe aprovação do FDA para MASH (esteato-hepatite associada à disfunção metabólica)
https://www.ecologiamedica.net/2025/08/semaglutida-recebe-aprovacao-do-fda.html
"Não emagreci com Semaglutida e agora?"
https://www.ecologiamedica.net/2024/06/nao-emagreci-com-ozempic-e-agora.html
Semaglutida é uma nova droga antiinflamatória?
https://www.ecologiamedica.net/2024/05/ozempic-e-uma-nova-droga.html
Semaglutida 2,4mg - 9 fatos que você precisa saber sobre o mais novo fármaco antiobesidade do mercado
https://www.ecologiamedica.net/2023/01/semaglutida-ozempic-wegovy-9-fatos-que.html
Liraglutida x Semaglutida
https://www.ecologiamedica.net/2022/01/conteudo-exclusivo-para-medicos_14.html

O prato compatível com análogos de GLP-1




O vídeo abaixo é da Dra. Andressa Heimbecher, médica endocrinologista, proprietária da academia do Padrão alimentar. No vídeo abaixo ela explica como deve ser o prato ideal do paciente em uso de análogos de GLP-1. 

Como já abordado aqui no blog, existem algumas particularidades na dieta do paciente em uso de análogos. Se assemelha um pouco ao que fazemos com os pacientes pós-bariátrica. Motivos:

1 - Maior risco de perda de massa muscular: ou seja, devemos priorizar proteína

2 - Maior risco de constipação intestinal: deve ter fibras, mas se ingerir bastante fibra, combinado ao retardo no esvaziamento do estômago, pode ter piora dos sintomas digestivos: empachamento, arrotos, náuseas, vômitos, queimação, refluxo. Ou seja, a prioridade são as proteínas, por ter uma maior densidade nutricional.

3 - Maior risco de déficit de nutrientes: deve-se priorizar alimentos com maior densidade nutricional, ou seja, em um volume menor o alimento deverá ter uma concentração maior de vitaminas, minerais. 

4 - Como há os efeitos colaterais digestivos: o volume da refeição não pode ser grande, a fim do paciente tolerar a refeição, nutrir-se e não permanecer o dia passando mal: arrotos, empachamento, sensação de má digestão, náuseas, fraqueza, vomitos. 

Precisamos de fibras? Sim. Precisamos de carboidratos? Sim. Mas precisamos principalmente de um bom aporte proteico. 

Mas Dr, eu sou vegano? Um bom nutricionista saberá incorporar fontes vegetais de proteína: tofu firme, temeh, missô, soja em grãos, grão de bico, lentilha, ervilha, feijão, proteína de soja texturizada, edamame, seitan. Por isso bato na tecla, tomar análogo de GLP-1 para tratar obesidade exige acompanhamento nutricional com Nutricionista expert no manejo dos colaterais da Medicação.

Para ler mais sobre o tema:

Tirzepatida: como funciona o “remédio revolucionário” para emagrecer e controlar a diabetes:
https://www.ecologiamedica.net/2025/08/tirzepatida-como-funciona-o-remedio.html
GLP-1: O Segredo Não Está Só no Remédio: Como a alimentação e a atividade física fazem toda a diferença no emagrecimento:
https://www.ecologiamedica.net/2025/08/glp-1-o-segredo-nao-esta-so-no-remedio.html
A Tirzepatida queima gordura?
https://www.ecologiamedica.net/2025/09/a-tirzepatida-queima-gordura.html
Liraglutida, Semaglutida e Tirzepatida: como emagrecer sem perder massa magra?
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Novo medicamento para obesidade (Retatrutida) reduz até 24% do peso, mostra estudo
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Tirzepatida e seu impacto no peso - Por. Dra. Lia Bataglini
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Semaglutida recebe aprovação do FDA para MASH (esteato-hepatite associada à disfunção metabólica)
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"Não emagreci com Semaglutida e agora?"
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Liraglutida x Semaglutida
https://www.ecologiamedica.net/2022/01/conteudo-exclusivo-para-medicos_14.html

 Autor: Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM-GO 13192 - RQE 11915 - Gostou do texto e quer conhecer mais sobre minha pratica clínica (presencial/telemedicina), clique aqui. 



terça-feira, 16 de setembro de 2025

NutroCast para Médicos e Nutricionistas: Pancreatite aguda e crônica (ESPEN)

 

Por que procurar um nutrólogo ?




Quando você sente que “está tudo ok” nos exames, mas o corpo não acompanha, a Nutrologia entra como lupa. Ela enxerga o que os números não contam e traduz sinais silenciosos. É a medicina que usa alimentos, hábitos e, quando indicado, suplementos como ferramentas terapêuticas. 

Nutrologia está longe de ser dieta da moda; é estratégia clínica personalizada. É cuidado que começa no prato e reverbera no resto da vida. É a verdadeira longevidade saudável, ética, sustentável para si e para o planeta. 

Pense no seu organismo como uma orquestra. Se um instrumento desafina, a música inteira perde brilho. O nutrólogo identifica qual seção precisa de ajuste: metabolismo, intestino, sono, inflamação. Depois afina cada parte com intervenções precisas. Resultado: sinfonia coerente entre energia, humor e desempenho. 

Exemplo prático: fadiga que não melhora com café. Exames “normais” podem esconder deficiência  de ferro, B12, magnésio ou ácido fólico.

O nutrólogo investiga além do básico, correlacionando sintomas e estilo de vida. Propõe correções alimentares, reposições seguras e metas objetivas. Você sente o dia render sem empurrar com estimulantes. 

Outro caso comum: dores articulares que limitam treinos e trabalho. Padrões alimentares pró-inflamatórios, microbiota desequilibrada e excesso de ultraprocessados pioram o quadro. A Nutrologia ajusta macro e micronutrientes e organiza anti-inflamatórios culinários. Às vezes inclui perda de peso estratégica para aliviar as articulações. Dor cede, mobilidade volta e a rotina recupera fluidez. 

E o intestino, esse “segundo cérebro”, fala alto. Inchaço, constipação ou diarreia sabotam humor, foco e imunidade. O nutrólogo identifica gatilhos alimentares, orienta fibras certas e timing das refeições. Pode sugerir probióticos específicos, não “qualquer um”. Quando o intestino sorri, o resto do corpo agradece. Sono ruim não é azar: é sinal. Jantar tardio, álcool “para relaxar” e telas viram ladrões de melatonina. A Nutrologia redesenha o ritual noturno com timing de carboidratos, métodos de higiene do sono. Pequenas mudanças desbloqueiam ciclos profundos. Dormir bem pode transformar a sua vida.

Emagrecimento sustentável não é punir o corpo. É negociar com a fisiologia para reduzir fome e compulsão. O nutrólogo calibra proteína, saciedade e prazer alimentar, respeitando sua cultura culinária. Avalia medicamentos quando realmente necessários e seguros. Você perde gordura preservando massa magra e alegria de comer. 

Ganho de massa sem “atalhos” também é ciência aplicada. Proteína suficiente, distribuição ao longo do dia e estímulos de treino corretos contam. A Nutrologia calcula suas metas e protege o fígado e o intestino nesse processo. Monitora exames e ajusta creatina, vitamina D e ômega-3 conforme o caso. Músculo cresce, saúde fica em primeiro plano. Sem utilizar hormônios ou substâncias deletérias para a saúde. 

Para quem tem doenças crônicas, cada garfada é intervenção. Diabetes, hipertensão, esteatose e dislipidemia melhoram com planos consistentes. O nutrólogo com auxílio do nutricionista periodiza sua alimentação como um treinador periodiza treinos. Reduz remédios quando possível, sempre com segurança e equipe integrada. Você volta a influenciar o curso da própria doença. 

Saúde é GPS e combustível. Sem mapa, você roda em círculos; sem combustível de qualidade, o motor falha. A Nutrologia te dá rota, checkpoints e combustível certo para o seu corpo. Com reavaliações, recalcula quando necessário. Chegar bem importa tanto quanto a velocidade.

Você merece acordar leve. Merece subir escadas sem ofegar e brincar no chão com seus filhos. Merece almoçar sem culpa e jantar sem estufamento. Merece trabalhar focado sem travar às 15h. Merece um corpo que coopera, não que sabota. Na transição de fases, o cuidado muda. Adolescência, gestação, climatério e pós-menopausa pedem ajustes finos na alimentação. O nutrólogo antecipa necessidades e previne deficiências silenciosas. Protege osso, músculo, pele e cérebro com planos realistas. Você atravessa fases com estabilidade e confiança. 

Performance cognitiva também tem cardápio. Picos e quedas de glicose sequestram a atenção. A Nutrologia estrutura refeições que dão “combustão estável”. Hidratação, cafeína bem usada e micronutrientes viram aliados do foco. Sua mente rende mais horas com menos esforço. Imunidade não mora só em cápsulas. Ela nasce de proteína adequada, sono regular e intestino em ordem. 

O nutrólogo revisa zinco, vitamina D e outros pilares, sem exageros. Cria um plano que resiste ao inverno e à agenda apertada. Menos infecções, mais continuidade na vida real. Saúde do fígado pede escolhas inteligentes, não perfeição. Álcool, frutose em excesso e sedentarismo inflamam silenciosamente. A Nutrologia desenha um “detox factível”: rotina, não moda passageira. Prioriza perda de gordura visceral e melhora da sensibilidade à insulina. O fígado responde rápido quando você dá condições. Quem vive na correria precisa de soluções práticas. Marmitas inteligentes, lanches de bolso e cardápios de restaurantes entram no plano. O nutrólogo negocia com sua agenda real, não com uma agenda ideal. Ensina atalhos saudáveis para dias caóticos. Você ganha autonomia em vez de mais regras. 

Exemplo realista: Maria, 42, dores, cansaço, exames “ok”. Avaliação nutrológica encontrou anemia leve e vitamina D baixa. Plano alimentar, ferro correto e exposição solar guiada mudaram o jogo. Três meses depois, Maria voltou a caminhar e trabalhar sem se arrastar, ofegar, cabelo e unhas fortes. Não foi mágica; foi método. 

Outro exemplo: João, 35, sobrepeso e apneia do sono. A Nutrologia alinhou jantares mais cedo, proteína adequada e perda de 8%. Apneia melhorou, pressão caiu e o humor estabilizou. A produtividade disparou sem aumentar horas de trabalho. Foi a fisiologia a seu favor, não força de vontade cega. E quando suplementos entram, entram com propósito. Não se trata de “pilhas” de cápsulas, mas de precisão. O nutrólogo escolhe dose, forma química e tempo de uso. Monitora resposta e descontinua quando não é mais necessário. Menos é mais quando é o suficiente. Prevenção é o grande prêmio invisível. Corrigir deficiências, preservar massa magra e educar o paladar muda o futuro. 

A Nutrologia abre espaço para envelhecer com potência. Você tenta adiar doenças e aproxima projetos. A melhor hora para plantar foi ontem; a segunda melhor é hoje. 

Então, por que procurar um nutrólogo? Porque você quer resultados que façam sentido na sua vida e durem. Porque precisa de alguém que una ciência, estratégia e humanidade. Porque seu corpo está pedindo uma bússola e confiar em influenciadores ou profissionais inescrupulosos pode custar caro. 

Quer conhecer a condições que trato, acesse: https://www.nutrologogoiania.com.br/tratamentos/o-que-trato/

Autor: Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM-GO 13192 - RQE 11915 - Gostou do texto e quer conhecer mais sobre minha pratica clínica (presencial/telemedicina), clique aqui.