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sábado, 30 de agosto de 2025
Doutor, eu devo tomar testosterona ?
Entenda quando a TRT é indicada, exames necessários, contraindicações, efeitos adversos e opções naturais. Conteúdo médico com evidências e segurança
O que é a terapia de reposição de testosterona?
A terapia de reposição de testosterona, conhecida como TRT, é um tratamento médico usado quando o corpo não produz esse hormônio em quantidades suficientes.
A testosterona é essencial para a energia, a força muscular, a saúde sexual e até o bem-estar emocional.
Muitos homens ouvem falar da TRT como solução rápida para melhorar a disposição e o físico, mas nem sempre isso é verdade.
Na prática, ela só é indicada em casos de deficiência comprovada. Por isso, não deve ser usada sem uma avaliação médica criteriosa. O uso indevido pode trazer mais riscos do que benefícios.
Por que a testosterona é importante para o corpo?
Esse hormônio influencia diretamente a massa muscular, a distribuição de gordura e a saúde óssea. Além disso, regula a libido, a função sexual e até a produção de espermatozoides. A testosterona também está ligada ao humor, à motivação e à memória. Quando ela está baixa, sintomas como cansaço, desânimo e perda de força podem aparecer. Ou seja, trata-se de um hormônio que impacta diversas áreas da vida. Por isso, qualquer alteração deve ser investigada de forma responsável.
Quando desconfiar de baixa testosterona?
Alguns sinais levantam a suspeita de que os níveis de testosterona podem estar baixos.
Entre eles estão a queda de libido, disfunção erétil e diminuição das ereções matinais.
Também são comuns o aumento da gordura abdominal, a redução da massa muscular e a fadiga persistente.
Mudanças no humor, como irritabilidade e tristeza, podem estar relacionadas.
Queda de pelos corporais e alterações no sono também chamam atenção.
Esses sintomas devem ser avaliados em conjunto e não isoladamente.
É verdade que todo homem mais velho precisa de reposição?
Não! Esse é um mito muito comum.
Com o passar da idade, é natural que os níveis de testosterona diminuam um pouco.
Mas isso não significa que todo homem mais velho precise de reposição hormonal.
A TRT só é indicada quando há sintomas associados a exames laboratoriais confirmando o déficit.
Muitos homens mais velhos mantêm bons níveis do hormônio sem precisar de tratamento.
Portanto, cada caso deve ser analisado individualmente.
Quais exames são necessários para investigar a testosterona?
O exame principal é a dosagem de testosterona total no sangue, coletada pela manhã.
Em alguns casos, também é importante avaliar a testosterona livre, que mostra a fração ativa do hormônio.
Além disso, o médico pode solicitar exames como LH, FSH, estradiol, prolactina e hormônios da tireoide.
Esses testes ajudam a entender se a baixa testosterona é causada por problemas nos testículos ou no cérebro.
Também pode ser necessário avaliar o PSA, importante para a saúde da próstata.
Ou seja, é uma investigação completa, que não pode ser feita às pressas.
Causas mais comuns da baixa testosterona
Entre os motivos estão doenças crônicas, obesidade, uso de certos medicamentos e o envelhecimento natural.
Infecções nos testículos, traumas e histórico de quimioterapia também podem estar envolvidos.
O uso de drogas como maconha, cocaína e álcool em excesso pode diminuir a produção do hormônio.
Outro fator importante é a falta de sono adequado, que reduz os pulsos naturais de testosterona.
O excesso de estresse também prejudica a saúde hormonal.
Muitas vezes, mudar o estilo de vida já ajuda a recuperar os níveis.
A obesidade pode diminuir a testosterona?
Sim, e isso é mais comum do que se imagina.
A gordura abdominal em excesso aumenta a transformação da testosterona em estrógeno, um hormônio feminino.
Além disso, o excesso de peso reduz os pulsos hormonais que estimulam a produção testicular.
Por isso, muitos homens obesos apresentam sintomas típicos de hipogonadismo.
A boa notícia é que perder peso ajuda a normalizar os níveis hormonais.
Muitas vezes, emagrecer é mais eficaz do que usar reposição.
O sono influencia nos níveis de testosterona?
Dormir bem é essencial para manter o equilíbrio hormonal.
Durante o sono profundo, o corpo libera os pulsos que estimulam a produção de testosterona.
Quem dorme mal ou tem apneia do sono tende a apresentar níveis mais baixos do hormônio.
Além disso, a falta de descanso aumenta o estresse e o cortisol, que competem com a testosterona.
Por isso, melhorar a qualidade do sono pode trazer benefícios significativos.
Antes de pensar em reposição, esse é um ponto a ser corrigido.
Quais riscos existem em usar testosterona sem necessidade?
Muitas pessoas acreditam que a testosterona só traz benefícios, mas isso é um grande engano.
O uso sem indicação pode aumentar o risco de problemas cardiovasculares, como infarto e AVC.
Também pode causar infertilidade, pois o corpo deixa de produzir espermatozoides naturalmente.
Outros efeitos incluem aumento do hematócrito, piora da queda de cabelo e ginecomastia (crescimento das mamas nos homens).
Além disso, pode prejudicar a próstata, aumentando risco de câncer ou hiperplasia.
Por isso, a automedicação nunca é uma opção segura.
Quem pode prescrever e acompanhar a TRT?
Somente médicos podem prescrever a reposição de testosterona.
Normalmente, essa função é de endocrinologistas ou urologistas.
O papel do nutrólogo ou do clínico é investigar sintomas, solicitar exames e encaminhar quando necessário.
É fundamental que o acompanhamento seja feito por um profissional capacitado.
O paciente deve ter consultas regulares e realizar exames de controle de forma periódica.
Isso garante que o tratamento seja eficaz e seguro ao mesmo tempo.
Medicamentos que podem reduzir a testosterona
Alguns remédios podem diminuir a produção ou a ação da testosterona no corpo.
Entre eles estão antidepressivos antigos, corticoides, opioides e certos medicamentos para pressão.
Até mesmo drogas comuns, como o álcool em excesso, podem afetar o equilíbrio hormonal.
Por isso, o médico sempre deve revisar a lista de medicamentos do paciente.
Em alguns casos, apenas trocar ou suspender um remédio já resolve o problema.
Isso mostra que nem sempre a solução está na reposição hormonal.
Hábitos de vida que afetam a testosterona
O estilo de vida moderno pode prejudicar bastante a saúde hormonal.
Dormir mal, ter má alimentação, usar álcool e tabaco são fatores que reduzem os níveis de testosterona.
A exposição a substâncias químicas chamadas de disruptores endócrinos também tem impacto negativo.
Essas substâncias estão em plásticos, pesticidas e alguns cosméticos.
A prática de atividade física regular ajuda a manter o equilíbrio hormonal.
Ou seja, cuidar do dia a dia já faz grande diferença para a saúde do homem.
O impacto da obesidade na produção hormonal
A obesidade é um dos principais inimigos da testosterona.
O excesso de gordura, especialmente na barriga, favorece a transformação desse hormônio em estrogênio.
Isso desequilibra ainda mais o metabolismo e gera sintomas de cansaço e baixa libido.
Além disso, a obesidade aumenta o risco de apneia do sono, que também reduz a testosterona.
Por isso, perder peso é uma estratégia fundamental antes de pensar em TRT.
Muitas vezes, só essa medida já traz melhora significativa.
Apneia do sono e baixa testosterona
A apneia do sono é caracterizada por pausas respiratórias durante a noite.
Esse distúrbio atrapalha o descanso profundo, que é essencial para a produção hormonal.
Homens com apneia tendem a ter níveis mais baixos de testosterona.
E se eles fazem reposição sem tratar a apneia, o problema respiratório pode piorar.
O diagnóstico é feito por exames específicos de sono, como a polissonografia.
Tratar a apneia pode melhorar não só o hormônio, mas também a qualidade de vida.
Reverter a causa ou repor o hormônio?
Antes de iniciar a reposição, é fundamental entender o motivo da queda da testosterona.
Se a causa for má qualidade do sono, obesidade ou uso de remédios, essas situações devem ser corrigidas.
Muitas vezes, só isso já é suficiente para normalizar os níveis.
A reposição é indicada apenas quando não há melhora mesmo após o tratamento da causa.
Isso evita que o paciente use hormônio sem necessidade e sofra os efeitos colaterais.
É sempre melhor atacar a raiz do problema do que apenas mascarar os sintomas.
Tratamentos que estimulam a produção natural
Em homens mais jovens, existem opções que estimulam o corpo a voltar a produzir testosterona sozinho. Entre elas está o uso de medicamentos como o citrato de clomifeno ou o hCG. Essas substâncias fazem o organismo retomar a produção natural do hormônio. Essa abordagem é especialmente útil para quem ainda deseja ter filhos. Isso porque a TRT pode reduzir ou até bloquear a produção de espermatozoides. Estimular a produção natural é uma forma mais segura nesses casos.
Formas de reposição de testosterona
Quando a reposição realmente é necessária, existem várias formas disponíveis.
As principais são: comprimidos, géis de uso diário, injeções e implantes subcutâneos.
Cada método tem vantagens e desvantagens em termos de praticidade e efeitos colaterais.
Por exemplo, os géis são mais fáceis de usar, mas podem passar hormônio para outras pessoas pelo contato da pele.
Já as injeções podem causar picos e quedas no humor e na disposição.
A escolha sempre deve ser feita junto com o médico.
A testosterona em comprimidos
As cápsulas ou comprimidos são uma opção de reposição, mas têm limitações.
Alguns tipos podem sobrecarregar o fígado e causar alterações no colesterol.
Por isso, não são a forma mais recomendada na maioria dos casos.
Existem versões mais modernas, como o undecanoato oral, que são menos agressivas.
Mesmo assim, elas exigem uso acompanhado de refeições ricas em gordura para melhor absorção.
Esse detalhe pode dificultar a adesão do paciente ao tratamento.
A testosterona em gel
O gel de testosterona é bastante usado porque mantém níveis mais estáveis no sangue.
A aplicação é feita todos os dias na pele, geralmente nos ombros ou abdômen.
Um dos principais cuidados é evitar o contato com crianças ou parceiros logo após o uso.
Isso porque o hormônio pode ser transferido pela pele e causar efeitos indesejados.
A adesão costuma ser boa, desde que o paciente siga corretamente as orientações.
É uma opção segura para muitos homens que necessitam de reposição.
A testosterona injetável
As injeções de testosterona são muito utilizadas por sua praticidade e baixo custo.
Existem opções de curta duração, aplicadas a cada 2 ou 3 semanas, e de longa duração, feitas a cada 3 meses.
O problema é que as de curta ação causam picos e quedas de humor e energia.
Já as de longa duração têm melhor estabilidade, mas custo mais alto.
Um dos riscos principais das injeções é o aumento do hematócrito, que engrossa o sangue.
Por isso, o acompanhamento médico regular é indispensável.
A testosterona em adesivos
Outra forma de reposição é o uso de adesivos transdérmicos.
Eles liberam o hormônio de forma contínua e estável na pele.
Apesar de práticos, podem causar irritações locais, como vermelhidão e coceira.
No Brasil, ainda não estão amplamente disponíveis, o que limita seu uso.
Além disso, costumam ter custo mais elevado em comparação a outras formas.
Mesmo assim, são uma alternativa válida em alguns casos específicos.
Implantes de testosterona (“chips”)
Os implantes, conhecidos popularmente como “chips”, ficam debaixo da pele e liberam testosterona por meses. Eles oferecem praticidade, pois não exigem aplicação frequente como os géis ou injeções.
Por outro lado, podem causar infecção no local ou serem expulsos pelo organismo.
Outra desvantagem é a dificuldade em ajustar a dose caso surjam efeitos colaterais. Por isso, só devem ser usados em situações muito bem indicadas. Porém, no Brasil não há produto disponível na indústria farmacêutica, ou seja, na minha visão não há segurança na prescrição de implantes manipulados. Por isso, endocrinologistas sérios não prescrevem.
Quem não pode usar testosterona?
A TRT não é indicada para todo mundo. Homens com câncer de próstata ou mama, nódulos suspeitos na próstata ou PSA alterado não devem usar. Também não é indicada em casos de apneia do sono não tratada, insuficiência cardíaca grave ou problemas no fígado. Outra contraindicação é o hematócrito muito elevado, que pode aumentar o risco de trombose. Essas situações precisam ser cuidadosamente avaliadas antes de iniciar o tratamento. A segurança do paciente deve vir sempre em primeiro lugar.
Exames antes de iniciar a reposição
Antes de começar a TRT, o médico deve pedir uma série de exames. Esses exames ajudam a identificar riscos e a garantir que o tratamento seja seguro. Também é importante fazer um exame físico completo e, se indicado, o toque retal. Em alguns casos, pode ser necessário avaliar a fertilidade com espermograma. Essa etapa de prevenção evita complicações futuras. O endocrinologista ou urologista saberão quais exames mais indicados para o seu caso.
Acompanhamento durante o tratamento
Depois que a TRT é iniciada, o acompanhamento médico deve ser contínuo. Os exames precisam ser repetidos a cada 3 a 6 meses no início do tratamento. Esse controle serve para ajustar a dose e evitar efeitos colaterais graves.
Além disso, sintomas como mudanças no humor, acne ou queda de cabelo devem ser monitorados.
O acompanhamento é tão importante quanto o início do tratamento.
Efeitos colaterais mais comuns da testosterona
O uso de testosterona pode trazer alguns efeitos indesejados.
Entre eles estão oleosidade na pele, acne, aumento da queda de cabelo e ginecomastia.
Alguns homens também podem notar alterações no humor e maior irritabilidade.
A longo prazo, a TRT pode reduzir a produção natural do esperma, levando à infertilidade.
Outro risco é o aumento do hematócrito, que engrossa o sangue.
Por isso, o tratamento nunca deve ser feito sem supervisão médica.
Efeitos colaterais de acordo com a forma usada
Cada forma de reposição tem seus efeitos adversos específicos.
Os comprimidos podem prejudicar o fígado e alterar o colesterol.
Os implantes podem causar infecção no local da aplicação.
As injeções podem gerar dor local e oscilações de humor e energia.
Os géis apresentam risco de transferência do hormônio para outras pessoas.
Já os adesivos podem causar irritações de pele.
A relação da testosterona com o coração
Um dos temas mais discutidos é se a TRT aumenta o risco de problemas cardíacos. Alguns estudos sugerem que o uso pode elevar as chances de infarto e AVC. Por outro lado, a própria deficiência de testosterona também está associada a risco cardiovascular maior. Isso mostra que a relação é complexa e ainda não totalmente esclarecida. O mais seguro é individualizar a decisão, avaliando os fatores de risco de cada paciente. E sempre manter acompanhamento próximo com o médico.
O que dizem os estudos científicos
Pesquisas já mostraram resultados diferentes sobre os riscos da TRT.
Um estudo americano com idosos teve que ser interrompido por aumento de eventos cardíacos.
Por outro lado, outro trabalho mostrou que pacientes tratados tiveram menos problemas cardiovasculares.
Essas diferenças acontecem porque os estudos usam metodologias distintas.
Ainda faltam pesquisas grandes e de longo prazo para conclusões definitivas.
Por isso, a decisão deve ser sempre personalizada.
A testosterona afeta a fertilidade?
Sim, esse é um dos pontos mais importantes a serem discutidos antes da TRT.
A reposição pode reduzir a produção de espermatozoides, dificultando a fertilidade.
Isso acontece porque o corpo entende que já existe hormônio suficiente e reduz a produção natural.
Por isso, homens que desejam ter filhos devem conversar sobre alternativas antes do tratamento.
Em alguns casos, pode ser melhor estimular a produção natural em vez de repor diretamente.
Esse detalhe precisa ser esclarecido já na primeira consulta
Alternativas naturais para melhorar a testosterona
Nem sempre a solução está na reposição hormonal. Existem formas naturais de aumentar a testosterona ou pelo menos melhorar seus efeitos no corpo. O emagrecimento, a prática regular de exercícios de força e a melhora do sono são fundamentais. A alimentação equilibrada, rica em vitaminas e minerais, também ajuda. Reduzir o estresse e o consumo de álcool faz diferença nos níveis hormonais.
Essas medidas devem ser sempre o primeiro passo antes de pensar em TRT.
O papel da atividade física
O exercício físico é um dos maiores aliados da saúde hormonal. Treinos de força, como musculação, ajudam a aumentar naturalmente a testosterona. Além disso, diminuem a gordura corporal e melhoram a sensibilidade à insulina. O resultado é um corpo mais saudável, com mais energia e disposição. Atividades aeróbicas também são importantes para a saúde cardiovascular. O ideal é combinar ambos os tipos de treino para melhores resultados.
A importância da alimentação
Uma dieta equilibrada é essencial para manter os hormônios em ordem. Alimentos ricos em zinco, como castanhas e frutos do mar, favorecem a produção de testosterona. As gorduras boas, como azeite e peixes, também participam da síntese hormonal. Já o excesso de açúcar, frituras e ultraprocessados prejudica o equilíbrio do corpo. Beber água suficiente e evitar o álcool em excesso também ajuda. Ou seja, o prato do dia a dia pode ser um grande aliado da saúde hormonal.
O sono como regulador hormonal
Dormir bem é quase tão importante quanto se alimentar bem e se exercitar. Durante o sono profundo, o corpo libera hormônios que estimulam a produção de testosterona. Quem dorme pouco ou mal tende a ter queda significativa dos níveis hormonais. A apneia do sono, por exemplo, é uma das causas mais frequentes de déficit de testosterona. Cuidar da higiene do sono é uma estratégia simples e poderosa. Muitas vezes, basta regular o descanso para sentir melhora nos sintomas.
O impacto do estresse no corpo
O estresse crônico aumenta a produção de cortisol, o hormônio do “estado de alerta”. Quando o cortisol fica alto por muito tempo, ele atrapalha a produção de testosterona. Isso leva a sintomas como fadiga, queda da libido e dificuldade de ganhar massa muscular. Práticas de relaxamento, como meditação e respiração profunda, ajudam a equilibrar. Atividades prazerosas também contribuem para reduzir a tensão do dia a dia. Controlar o estresse é essencial para manter o equilíbrio hormonal.
Fitoterápicos que podem auxiliar
Algumas plantas são estudadas por seus possíveis efeitos sobre a testosterona.
Entre elas estão o tribulus terrestris, o ginseng e a maca peruana.
Esses fitoterápicos podem ajudar na disposição, libido e energia.
No entanto, os estudos ainda são limitados e os resultados variam entre pessoas.
Eles podem ser usados como complemento, mas nunca substituem o acompanhamento médico.
Sempre é importante ter orientação profissional antes de iniciar o uso.
Tribulus terrestris: o mais famoso
O tribulus é uma planta tradicionalmente usada para melhorar a libido. Alguns estudos sugerem que pode aumentar a testosterona em certos casos. Ele também pode trazer ganhos na disposição e na performance física. Mas os resultados não são iguais para todos os homens. Em alguns, a melhora é perceptível; em outros, quase inexistente. De qualquer forma, é considerado seguro em doses adequadas.
O ginseng e seus efeitos
O ginseng é muito usado na medicina oriental como um tônico natural. Ele pode ajudar na energia, na memória e até na função sexual. Estudos indicam que pode melhorar a circulação e a ereção em alguns homens. Também pode trazer benefícios para a imunidade e reduzir a fadiga. Embora não aumente tanto a testosterona diretamente, melhora a vitalidade geral. Por isso, é visto como um aliado complementar no cuidado masculino.
A maca peruana
A maca é uma raiz cultivada nos Andes e usada há séculos para vitalidade. Ela é considerada um adaptógeno, ou seja, ajuda o corpo a lidar melhor com o estresse. Alguns estudos mostram melhora da libido e da fertilidade com seu uso. No entanto, assim como o tribulus, seus efeitos variam bastante entre indivíduos. É uma opção natural com poucos efeitos colaterais relatados. Pode ser incluída como parte de um estilo de vida saudável.
Outros nutrientes importantes
Além dos fitoterápicos, certos nutrientes também influenciam na produção de testosterona.
O zinco, o magnésio e a vitamina D são alguns dos mais relevantes. A deficiência deles pode levar à queda dos níveis hormonais e piora dos sintomas. A suplementação pode ser indicada em casos de carência confirmada. Mas, quando a dieta é equilibrada, muitas vezes já se consegue um bom aporte.
Por isso, a alimentação continua sendo a base de qualquer estratégia.
O risco do uso sem acompanhamento médico
Um dos maiores problemas atuais é o uso indiscriminado de testosterona. Muitos homens começam a aplicar injeções ou usar géis por conta própria. Sem exames e sem supervisão, os riscos aumentam de forma significativa. Isso pode levar a complicações graves, como infertilidade e problemas cardiovasculares. Além disso, a reposição mal indicada pode mascarar doenças importantes. Por isso, nunca é seguro iniciar o tratamento sem orientação médica.
Testosterona e risco cardiovascular
Existe um debate sobre a relação entre TRT e o coração. Alguns estudos mostram que a reposição pode aumentar o risco de infarto e AVC. Outros, no entanto, indicam que a deficiência também é prejudicial ao coração. Isso significa que cada caso deve ser avaliado individualmente. Homens com fatores de risco, como diabetes e hipertensão, exigem atenção redobrada. O médico é quem deve pesar riscos e benefícios antes da prescrição.
Testosterona e a saúde da próstata
A saúde da próstata é uma preocupação central no uso da testosterona. Pacientes com câncer de próstata não devem fazer reposição. Mesmo homens sem câncer precisam acompanhar o PSA regularmente. A reposição pode acelerar o crescimento de tumores já existentes. Por isso, exames preventivos são obrigatórios antes e durante a TRT. Esse cuidado protege a saúde masculina a longo prazo.
TRT e saúde óssea
A testosterona também tem impacto direto sobre os ossos. Níveis baixos aumentam o risco de osteopenia e osteoporose. Homens com deficiência podem ter mais fraturas e perda de densidade óssea. Nesses casos, a reposição pode ser uma aliada importante. Ela ajuda a preservar a estrutura óssea e reduzir riscos de quedas. No entanto, só deve ser feita quando realmente necessária.
TRT e saúde sexual
Um dos motivos que mais levam homens ao consultório é a queda da libido. A TRT pode melhorar a vida sexual quando a causa é realmente hormonal. Ela aumenta o desejo, melhora a ereção e pode elevar a autoconfiança. No entanto, nem toda disfunção erétil é causada por testosterona baixa. Problemas psicológicos, diabetes e doenças vasculares também interferem. Por isso, é importante investigar todas as causas antes do tratamento.
TRT e humor
A testosterona também influencia o bem-estar mental. Homens com deficiência podem ter irritabilidade, tristeza e falta de motivação. Quando usada corretamente, a reposição pode melhorar esses sintomas. Mas se o problema for ansiedade ou depressão, a TRT não resolve sozinha. Nesses casos, o acompanhamento psicológico é fundamental. A saúde mental deve caminhar junto com a saúde hormonal.
TRT e composição corporal
Muitos associam a testosterona ao ganho de massa muscular. De fato, homens com deficiência podem melhorar força e massa magra com a reposição. Ela também ajuda a reduzir a gordura abdominal. Mas é preciso lembrar que a TRT não substitui treino e alimentação. Sem hábitos saudáveis, os resultados não aparecem. O hormônio é um aliado, mas não faz milagres. Importante salientar que a prescrição de testosterona para fins estéticos é PROIBIDA pelo Conselho Federal de Medicina. Também não encontra respaldo de segurança na literatura.
TRT e infertilidade
Um ponto importante é que a TRT pode reduzir a fertilidade. Isso porque o corpo entende que já há hormônio suficiente e diminui a produção natural. Com isso, a produção de espermatozoides cai de forma significativa. Homens que planejam ter filhos devem conversar com o médico antes. Existem alternativas para estimular a produção natural sem afetar tanto a fertilidade. Essa decisão precisa ser individualizada.
Terapia pós-ciclo: o que é isso?
Muitos homens usam testosterona de forma irregular em “ciclos” para fins estéticos. Depois, procuram médicos pedindo ajuda para recuperar o equilíbrio hormonal. Essa prática pode trazer sérios prejuízos para o corpo e a mente. A chamada “terapia pós-ciclo” tenta reativar a produção natural do organismo. Na maioria das vezes, envolve medicamentos específicos e acompanhamento rigoroso. É mais um motivo para evitar o uso sem necessidade.
O papel da nutrologia e de outras especialidades
A avaliação de testosterona envolve várias áreas da medicina. O nutrólogo pode ajudar a identificar fatores ligados ao estilo de vida e à alimentação. O endocrinologista e o urologista são os principais responsáveis pela reposição. O cardiologista pode ser chamado quando existem riscos cardiovasculares. Já o psicólogo e o psiquiatra atuam nos sintomas emocionais relacionados. Essa visão integrada traz mais segurança e resultados melhores para o paciente.
O perigo da automedicação
Infelizmente a automedicação com testosterona tem crescido nos últimos anos. Muitos homens compram hormônios pela internet ou em academias, sem qualquer segurança. Esse hábito aumenta muito o risco de efeitos colaterais graves e irreversíveis. Além disso, a maioria desses produtos não tem controle de qualidade. Isso significa que podem estar contaminados ou até adulterados. Usar sem acompanhamento médico é colocar a saúde em risco.
Conclusão
Reposição de testosterona deve ser feita por Endocrinologista ou Urologista, destinada apenas para quem apresenta déficit laboratorial e sintomatologia compatível.
BAILLARGEON, J; et al. Risk of Myocardial Infarction in Older Men Receiving Testosterone Therapy. Ann Pharmacother. Set/2014, vol.48, p.1138-1144.
BASARIA, S; et al. Adverse Events Associated with Testosterone Administration.
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LIMA, N; et al. A função gonadal do homem obeso. Arq Bras Endocrinol Metab. 2000, vol.44, n.01, p.31-37
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Qual a panela ideal ? por Dr. Frederico Lobo
Mas porquê? Hoje já sabemos que as panelas liberam substâncias muitas vezes tóxicas e que são incorporadas aos alimentos durante o preparo das refeições. Posteriormente tais substâncias podem se acumular no nosso organismo. Sugiro que você agende uma consulta para saber qual a panela ideal para você.
Na hora de escolhermos as panelas que utilizaremos, além da praticidade e conforto, precisamos também estar atentos aos problemas que elas podem causar na nossa saúde. Mesmo que as panelas liberem apenas pequenas quantidades de substâncias tóxicas, precisamos levar em conta que isso ocorre em todas as refeições, durante anos seguidos, o que faz com pequenas quantidades, ao longo dos anos, se transformem em grandes quantidades acumuladas no organismo. "De grão em grão a galinha enche o papo"
Panelas de alumínio
As panelas de alumínio são as mais comuns e as mais baratas, mas liberam quantidades variáveis de alumínio nos alimentos podendo causar doenças. Diversos estudos têm demonstrado que a intoxicação por alumínio é um fator importante no mal de Alzheimer e de Parkinson, nas Doenças Ósseas e na Hiperatividade Infantil. Diversos fatores contribuem para a migração do alumínio das panelas para os alimentos, como por exemplo: a acidez ou alcalinidade dos alimentos, a qualidade da liga de alumínio utilizada pela indústria, o tempo de uso do utensílio, o tempo da duração do cozimento dos alimentos, a presença de sal ou açúcar, entre outros.
Mas quais são as evidências científicas disso ? De acordo com o Open Evidence:
Panelas de inox
As panelas de inox são muito conhecidas pela sua beleza e resistência. O aço inoxidável, conhecido popularmente como inox, é composto por ferro, cromo e níquel. Sendo a proporção destes metais nos utensílios bastante variável: de 50 a 88% para o ferro, 11 a 30% para o cromo e de zero a 31% para o níquel. Entretanto, vários outros elementos como manganês e cobre, podem estar presentes em pequenas quantidades.
As panelas de inox demoram a esquentar, mas também a esfriar. O aconselhável é não escovar a panela com esponja de aço, tipo “bombril”. No polimento forma-se uma camada protetora de óxido que ajuda a impedir que os metais passem para os alimentos.
Os principais fatores que afetam a migração desses minerais da superfície da panela são:
- a acidez dos alimentos,
- o tempo de cozimento,
- temperatura,
- agitação,
- teor da água de preparação.
Panelas de ferro
Panelas de vidro
As panelas de vidro são as únicas que não transferem qualquer resíduo para a comida, sendo ideais do ponto de vista da saúde. Além disso são lindas e a transparência permite ver o processo de elaboração dos alimentos. A facilidade da limpeza é outro ponto positivo. Os pontos negativos são o preço e fragilidade do material.
Panelas de cobre
As panelas de cobre, embora muito bonitas e de transmissão rápida e homogênea do calor, são mais úteis como objetos decorativos na cozinha. O uso de panelas de cobre envolve considerações importantes de segurança à saúde, principalmente relacionadas à possibilidade de lixiviação de cobre para os alimentos.
Panelas de cerâmicas
A panelas de cerâmica sofrem um tratamento térmico em fornos de alta temperatura. Em seguida recebem uma camada fina e contínua de um vidrado, também conhecido com esmalte, que é submetido a queima a 1300ºC, adquirindo uma aspecto vítreo.
A vitrificação torna a panela com uma superfície mais homogênea, impermeável, sem porosidade, ou seja, a panela fica esteticamente mais bonita e com características que a tornam mais higiênica. Entretanto, é muito importante ter certeza que os corantes utilizados na vitrificação não sejam a base de chumbo ou cádmio.
Panelas de Teflon
Panelas esmaltadas ou de ágata
As panelas esmaltadas atraem pela beleza, pela variedade de cores e desenhos. Geralmente as panelas de ágata tem boa retenção de calor devido à base de ferro, mas são mais leves devido a menor espessura do ferro utilizado para ser esmaltado. Devido ao esmalte essas panelas são facilmente limpas.
Panelas de pedra-sabão
As panelas de pedra sabão além da beleza são antiaderentes e retem o calor por muito tempo. São muito pesadas. São feitas de estealito que é uma rocha abundante em Minas Gerais, que já era utilizada na confecção de utensílios culinários pelos índios. Durante o cozimento libera quantidades expressivas de elementos nutricionalmente importantes como cálcio, magnésio, ferro e manganês. As panelas não curadas liberam também uma quantidade importante de níquel.
A panela é comprada ''crua'', por isso a cor dela é clara, e precisa ser curada com óleo ou gordura antes da utilização. Uma das técnicas de cura mais difundidas consiste em untar a panela com óleo por dentro e por fora, encher o recipiente com água e levar ao forno, na temperatura de 200° por 2 horas. Desligar o forno e aguardar que a panela esteja resfriada para tirar do forno. Repetir o procedimento antes do primeiro uso.
Panelas de barro
A confecção de panelas de barro no Brasil tem uma tradição de 400 anos no Espírito Santo, tendo sido iniciada pelos índios e atualmente produzidas pela população local de forma mais rústica e irregulares. Depois de confeccionadas são queimadas em fogueiras feitas ao ar livre. Ainda quentes são recobertas por tanino que dá a coloração característica da panela.
