quinta-feira, 27 de agosto de 2020
Deficiência de vitamina D é preditor de mau prognóstico em pacientes COVID-19

segunda-feira, 24 de agosto de 2020
Alergias – Os principais “gatilhos” estão dentro de casa
As alergias podem ser desencadeadas por diferentes fatores, como: alterações climáticas, sedentarismo ou estresse, mas também podem surgir pelo contato com partículas e micro organismos que levam o nome de alérgenos. Por isso, os alérgicos, que já chegam a 35% da população brasileira, devem estar atentos a três importantes medidas para o controle destes problemas. O tratamento e a prevenção dos processos alérgicos consiste em um tripé terapêutico, através do controle alimentar, do uso de imunoterapia, mas sem esquecer de um criterioso e indispensável controle do ambiente, retirando de casa o que produz alergia.
O controle ambiental passa por diversas medidas que poderão auxiliar a exterminar os maiores vilões daqueles que tossem, espirram, se coçam e até respiram mal por causa dos quadros de alergias. Os maiores causadores destes sintomas estão presentes dentro de casa, ambiente mais poluído que frequentamos, como os ácaros, a poeira, o mofo e até alguns tipos de fungos. Sendo assim, determinados hábitos dentro de casa precisam mudar, pois algumas medidas irão diminuir a presença destes inimigos dos alérgicos do ambiente doméstico.
Segundo o Alergista e Imunologista, Coordenador Técnico do Projeto Social Brasil Sem Alergia, o Dr. Marcello Bossois, o controle do ambiente é responsável por uma significativa redução dos processos alérgicos, que pode chegar a 40%(quarenta por cento). “As mudanças na arrumação, limpeza e faxina do lar produzirão um ambiente que será menos alergênico, mais fácil de ser limpo e mais saudável para toda a família.”
Mantendo a alergia longe do quarto
Dentre os ambientes a serem cuidados, o quarto de dormir requer uma atenção especial, em virtude da grande quantidade de horas que as pessoas permanecem no mesmo. Além disto, a cama reúne condições excelentes (temperatura, umidade e escamação de pele humana) para o desenvolvimento de colônias de ácaro, fungos e mofo, elementos detestados pelo alérgico.
Uma das medidas de maior importância para o tratamento dos quadros de alergias é a forração dos colchões e travesseiros com um material impermeável, a vulcan napa impermeável ou PVC, pois as pessoas passam cerca de um terço de suas vidas em suas camas. Desta forma, as pessoas depositam pele descamada, alimento preferido dos ácaros, que penetra nos colchões e travesseiros, formando uma verdadeira fábrica destes bichinhos.
“Por este motivo, que a forração dos colchões e travesseiros é tão importante no processo de combate da alergia, já que desta maneira cria-se uma barreira entre o corpo e estes objetos. Esta forração evita a proliferação destes alérgenos, pois os ácaros não terão mais seu principal alimento, a queratina presente na pele. Além disso, a barreira formada não mais permitirá que as pessoas inalem estes alérgenos, tornando-as mais distantes do que as provoca alergia”, afirma Dr. Marcello Bossois.
Alguns objetos devem ser evitados na maior parte possível dos aposentos de casa, sobre tudo no quarto daqueles que já apresentam alguma alergia. Os pacientes que sofrem com alergias respiratórias como as rinites, bronquites, sinusites e faringites devem abolir de seus quartos cortinas de pano, carpetes, tapetes, cadeiras ou poltronas de pano, bichos de pelúcia e até evitar a presença de plantas no ambiente de dormir.
Outras providências podem ser tomadas para tornar o quarto um ambiente mais saudável e menos convidativo para os provocadores dos males das alergias. O acúmulo de jornais e revistas facilita a produção de poeira e ajuda o surgimento de mofo, o que deve ser evitado. O quarto deve ser bem arejado para manter o ar constantemente renovado e atrapalhar a vida dos alérgenos.
Os alérgicos podem evitar ainda perfumes com odores muito intensos e outros irritantes respiratórios como tintas, ceras, removedores e produtos químicos. O cigarro tem que ter sua entrada barrada no quarto de um alérgico, pois a sua fumaça é uma grande provocadora de alergias no sistema respiratório. Os quadros e espelhos podem fazer parte de outros cômodos, mas não são bem-vindos dentro do quarto, já que estes dificultam a limpeza das paredes e contribuem para a presença de mofo.
“As persianas podem ser utilizadas no lugar das cortinas de pano com o objetivo de facilitar a limpeza e evitar o acúmulo de poeira. Para o combate dos insetos, os repelentes naturais como velas de andiroba e citronela podem substituir o uso dos inseticidas em aerosol. Mas, jamais, um paciente alérgico poderá utilizar um travesseiro de origem animal, seja de pena ou de pluma, pois ambos são ricos em queratina, o alimento preferido dos ácaros”, adverte o Coordenador Técnico do Brasil Sem Alergia.
Limpando as alergias
Na faxina, por exemplo, o procedimento tradicional do uso de vassouras e determinados produtos de limpeza deve ser modificado o quanto antes. Isso pois a vassoura é responsável por acabar levantando a poeira pelo ar, o que é péssimo para aqueles que sofrem com as alergias. Já alguns produtos de limpeza, assim como a vassoura, precisam ser abolidos nas casas dos alérgicos, uma vez que a maioria destes produtos agride a mucosa respiratória.
“No lugar da vassoura, que não é apropriada para a limpeza das residências dos alérgicos, deve-se trocar o seu uso pelo aspirador de pó, pois desta forma a poeira não será espalhada. Após aspirar a sujeira, poderá ser utilizado um pano úmido para a retirada completa de toda a poeira, porém, no lugar de produtos químicos com cheiros mais fortes, a limpeza pode ser feita por meio de detergentes bio degradáveis ou álcool, produtos mais apropriados para os alérgicos”, comenta o Alergista.
O controle do ambiente também passa por mudanças na maneira de lavar as roupas. O amaciante de roupas e o sabão em pó comum também precisam ser excluídos das listas de compras, pois, no momento da lavagem, eles impregnam as roupas com substâncias que são nocivas às alergias. O sabão de coco nas apresentações líquida, em pó ou em barra pode substituir os amaciantes e o sabão em pó comum e manter a alergia longe de casa.
O que é o Brasil Sem Alergia?
Coordenado pelo médico, Dr. Marcello Bossois, o Brasil Sem Alergia é um Projeto Social que oferece gratuitamente a realização de diversos procedimentos de combate, controle e prevenção dos mais variados tipos de processos alérgicos e doenças ligadas ao sistema imunológico. Além do acompanhamento médico gratuito, a Ação Social realiza os testes alérgicos, gratuitamente, em toda população do Rio de Janeiro, além de oferecer a imunoterapia por um baixo custo, assumindo um papel muito importante no combate das doenças alérgicas.
Fonte: https://www.ecodebate.com.br/2020/08/23/alergias-os-principais-gatilhos-estao-dentro-de-casa/

Ar poluído pode ser gatilho no desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes
A poluição do ar é o principal fator de risco ambiental do mundo e causa mais de nove milhões de mortes por ano. Uma nova pesquisa publicada no Journal of Clinical Investigation mostra que a poluição do ar pode desempenhar um papel no desenvolvimento de doenças cardiometabólicas, como o diabetes.
É importante ressaltar que os efeitos foram reversíveis com a interrupção da exposição. Os pesquisadores descobriram que a poluição do ar era um “fator de risco para um fator de risco” que contribuiu para o solo comum de outros problemas fatais como ataque cardíaco e derrame. Semelhante à forma como uma dieta pouco saudável e a falta de exercícios podem levar a doenças, a exposição à poluição do ar também pode ser adicionada a esta lista de fatores de risco.
“Neste estudo, criamos um ambiente que imitava um dia poluído em Nova Delhi ou Pequim”, disse Sanjay Rajagopalan, MD, primeiro autor do estudo, Chefe de Medicina Cardiovascular dos Hospitais Universitários Harrington Heart and Vascular Institute e Diretor do Instituto de Pesquisa Cardiovascular da Case Western Reserve University. “Concentramos partículas finas de poluição do ar, chamadas PM 2,5 (componente do material particulado <2,5 mícrons). Partículas concentradas como esta se desenvolvem a partir do impacto humano no meio ambiente, como escapamento de automóveis, geração de energia e outros combustíveis fósseis ”.
Essas partículas têm sido fortemente conectadas a fatores de risco para doenças. Por exemplo, os efeitos cardiovasculares da poluição do ar podem levar a ataques cardíacos e derrames. A equipe de pesquisa mostrou que a exposição à poluição do ar pode aumentar a probabilidade dos mesmos fatores de risco que levam a doenças cardíacas, como resistência à insulina e diabetes tipo 2. No estudo de modelo de camundongo, três grupos foram observados: um grupo de controle recebendo ar filtrado limpo, um grupo exposto ao ar poluído por 24 semanas e um grupo alimentado com uma dieta rica em gordura. Curiosamente, os pesquisadores descobriram que ser exposto à poluição do ar era comparável a comer uma dieta rica em gordura. Tanto a poluição do ar quanto os grupos de dieta rica em gordura mostraram resistência à insulina e metabolismo anormal – exatamente como alguém veria em um estado pré-diabético.
Essas mudanças foram associadas a mudanças no epigenoma, uma camada de controle que pode ativar e desativar com maestria milhares de genes, representando um buffer crítico em resposta a fatores ambientais. Este estudo é o primeiro de seu tipo a comparar as mudanças epigenéticas de todo o genoma em resposta à poluição do ar, comparar e contrastar essas mudanças com a ingestão de uma dieta pouco saudável e examinar o impacto da cessação da poluição do ar nessas mudanças.
“A boa notícia é que esses efeitos foram reversíveis, pelo menos em nossos experimentos”, acrescentou o Dr. Rajagopalan. “Uma vez que a poluição do ar foi removida do meio ambiente, os ratos pareceram mais saudáveis e o estado pré-diabético pareceu se reverter”.
O Dr. Rajagopalan explica que se você mora em um ambiente densamente poluído, tomar medidas como usar uma máscara N95, usar purificadores de ar internos portáteis, utilizar ar condicionado, fechar janelas de carro durante o trajeto e trocar filtros de ar de carro com frequência podem ser úteis em manter-se saudável e limitar a exposição à poluição do ar.
Os próximos passos desta pesquisa envolvem reunir-se com um painel de especialistas, bem como com o National Institutes of Health, para discutir a realização de ensaios clínicos que comparem a saúde cardíaca e o nível de poluição do ar no meio ambiente. Por exemplo, se alguém tiver um ataque cardíaco, deve usar uma máscara N95 ou um filtro de ar portátil em casa durante a recuperação?
O Dr. Rajagopalan e sua equipe acreditam que é importante abordar o meio ambiente como um fator de risco à saúde da população e continuar a pesquisar diligentemente essas questões. Os autores também observam que essas descobertas devem encorajar os legisladores a promulgar medidas destinadas a reduzir a poluição do ar.
Shyam Biswal, PhD, Professor do Departamento de Saúde Ambiental e Engenharia da Escola de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins, é o co-autor sênior do estudo. Drs. Rajagopalan e Biswal são co-PIs no subsídio do NIH que apoiou este trabalho.
Referência: Metabolic effects of air pollution exposure and reversibility. Sanjay Rajagopalan, Kasper D. Hansen, Shyam Biswal, August 11, 2020, J Clin Invest. 2020. https://doi.org/10.1172/JCI137315.

Paraquate, agrotóxico altamente contaminante, pode ter banimento revisto pela Anvisa
O Partido Verde alerta para os riscos do uso do paraquate, que deve ser banido do país no próximo dia 22 de setembro.
Altamente tóxico e com sérios riscos para a saúde, em especial de produtores rurais, o agrotóxico conhecido como “paraquate”, com data prevista para o banimento em todo o território nacional, pode ter autorização revista pela Anvisa. Parlamentares se mobilizam para evitar que substância continue a ser usada na produção agrícola, que resulta em recusa de mercados internacionais.
No próximo dia 22 de setembro começa a valer a norma que proíbe a produção, importação, comercialização e uso deste herbicida no país. No entanto, há relatos de manobras em curso visando neutralizar esta determinação legal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) datada de setembro de 2017.
Fabricada pela gigante mundial suíça Syngenta desde a década de 60, e proibido em território europeu desde julho de 2007, em função de ser, comprovadamente, depressivo, cancerígeno e mutagênico o paraquate ocupa o oitavo lugar no ranking dos agrotóxicos mais vendidos no Brasil.
O risco da ocorrência de câncer no sistema linfático, como casos registrados em Puglia, no sul da Itália, aumenta se há a interação entre o paraquate e outros agrotóxicos, como o captafol e o radone. Pesquisadores acreditam ainda que haja associação entre o uso desta substância, de alta letalidade, e o mal de Parkinson.
No total, mais de cinquenta países já baniram o paraquate, além de toda a união européia. Recentemente, China, Vietnã e Tailândia também anunciaram a proibição.
Ações
Na contramão do mundo, o Brasil autorizou desde o ano passado 479 novos agrotóxicos. O índice é o maior dos últimos 14 anos. Em reunião do conselho diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, houve um pedido de vista ao processo que visa adiar o banimento. Em abril, a agência já havia tentado rediscutir a postergação do prazo, em meio a pandemia. A tentativa não prosperou por ação do Ministério Público do Mato Grosso do Sul.
Em 2019, o deputado federal Célio Studart ingressou com ação popular na Justiça Federal visando suspender ato do Ministério da Agricultura que havia liberado, em setembro, 63 novos agrotóxicos, tendo, inclusive, obtido decisão liminar favorável à época. Muitos desses produtos apresentam alto grau de toxicidade e periculosidade, além de serem proibidos em diversos países.
No último mês, Studart protocolou ofícios à Anvisa e à Advocacia-geral da União, alertando para a possibilidade de manobras para o adiamento do cumprimento da Resolução 177, que determinou o efetivo banimento do Paraquate no Brasil. A bancada do Partido Verde informa que está alerta e aguarda definições da Anvisa para adoção de todas as medidas pertinentes.

terça-feira, 18 de agosto de 2020
Perda de peso e redução da mortalidade - Por Dr. Bruno Halpern
Estudos de intervenção demonstram que pessoas que perdem mais de 10% tem redução de riscos, mas em geral esses são estudos de poucos anos. A melhor evidência de longo prazo vem de estudos com cirurgia bariátrica , q tb demonstram redução de riscos.
Fonte: https://www.facebook.com/DrBrunoHalpern/photos/a.614298932033894/1975572042573236/?type=3&theater

quarta-feira, 12 de agosto de 2020
Atendimento via Telemedicina

O consumo de proteína vegetal tem impacto sobre a mortalidade?
Dietas com maior aporte proteico vem sendo utilizadas como estratégia válida para perda de peso e redução da gordura corporal, porém poucos estudos avaliaram se o tipo de proteína consumida teria impacto na mortalidade.
Com o objetivo de examinar a associação entre mortalidade geral, mortalidade por causa específica e ingestão de proteínas vegetais, Huang e colaboradores analisaram o questionário de ingestão alimentar, dados demográficos, estilo de vida e mortalidade de um estudo de coorte de 416.104 homens e mulheres norte-americanos, com idade 50 a 71 anos, acompanhada por 16 anos.
Os pesquisadores observaram que a ingestão diária de proteína total representou 15,3% do total de energia consumida, sendo que as fontes vegetais correspondiam a 40% desse consumo e as fontes animais correspondiam a 60% do total. Indivíduos com diabetes, maior nível educacional, menor IMC, menor consumo total de calorias, maior consumo de fibras, frutas e vegetais, mais ativos fisicamente e com menos probabilidade de ser fumantes apresentaram maior consumo de proteínas vegetais.
Ao longo dos 16 anos de acompanhamento, houve 77.614 mortes. A ingestão de proteínas vegetais foi inversamente associada à mortalidade ajustada à idade por todas as causas, tanto em homens quanto em mulheres, representando redução de 12% e 14% da mortalidade por aumento na ingestão de 10 g de proteína vegetal/1000 kcal (p<0,001). Olhando para a mortalidade por causas específicas, o consumo de proteína vegetal foi inversamente proporcional a mortalidade por todas as doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral (P <0,003). Por outro lado, não se associou a mortalidade por câncer, doenças respiratórias e infecções.
Os pesquisadores sugerem que a substituição da proteína do ovo e da proteína da carne vermelha pela proteína de origem vegetal resulta em menor risco para a mortalidade geral, representando risco 24% e 21% menor para homens e mulheres, respectivamente, para reposição da proteína do ovo, e 13% e 15% menor risco de mulheres e mulheres para reposição de proteínas da carne vermelha. Assim, os pesquisadores concluem que modificações na escolha de fontes proteicas, favorecendo o consumo de vegetais, podem influenciar na saúde e longevidade.
Referência: Huang J, Liao LM, Weinstein SJ, Sinha R, Graubard BI, Albanes D. Association Between Plant and Animal Protein Intake and Overall and Cause-Specific Mortality. JAMA Intern Med. 2020; e202790.
Fonte:https://ganepeducacao.com.br/o-consumo-de-proteina-vegetal-tem-impacto-sobre-a-mortalidade/

terça-feira, 11 de agosto de 2020
Efeito da ingestão de azeite de oliva associado ou não a dieta saudável na composição corporal e na sarcopenia de indivíduos obesos
Intervenções nutricionais podem ter impacto positivo na progressão da sarcopenia e na composição corporal. Dessa maneira, um estudo brasileiro avaliou a efetividade do consumo de azeite de oliva extra virgem (AOEV) e de uma dieta tradicional brasileira saudável (DieTBra) em indicadores de sarcopenia e na redução da gordura corporal em obesos graves.
O estudo randomizado controlado incluiu participantes com IMC ≥ 35 kg/m², entre 18 e 64 anos, alocados em três grupos de tratamento. O grupo 1 foi o AOEV (n=28), no qual os participantes receberam 52ml/dia de azeite de oliva; grupo 2 foi DieTBra (n=32), que realizou dieta tradicional brasileira saudável conforme orientação no guia alimentar nacional; e grupo 3 foi a associação DieTBra +AOEV (n=37), que realizou a dieta que o grupo 2 e recebeu a mesma quantia de azeite de oliva que o grupo 1.
Os participantes não sabiam qual tipo de óleo estavam utilizando. A intervenção foi realizada durante 12 meses com visitas mensais para acompanhamento do estudo. Foi calculada individualmente a percentagem desejada de perda de peso e a ingestão calórica diária dos participantes. Foram realizadas medidas antropométricas de densitometria por dupla emissão de raios-X (DEXA), massa muscular esquelética apendicular (MMEA) para análise da composição corporal e a força de preensão manual – hand grip (HP) e velocidade de marcha para análise funcional da progressão da sarcopenia.
No início do estudo, não houve diferença entre os grupos em relação aos parâmetros de composição corporal. Dos participantes, 93,7% eram mulheres, com IMC médio de 43,7 kg/m², 51,7% de gordura corporal e média de 8,2 kg/m² de MMEA. Não houve diferença entre os grupos em nenhum momento do estudo quanto a calorias e macronutrientes ingeridos.
No final do estudo, foram observadas reduções significativas na gordura corporal total (p = 0,041) e no peso corporal (p = 0,003) no grupo DieTBra. No grupo DietBra+ azeite de oliva também foi observada uma redução significativa no peso corporal (0,001) em comparação ao grupo somente de azeite de oliva. Também houve redução significativa na gordura corporal total nos grupos DieTBra (p = 0,016) e DieTBra + azeite (p = 0,004).
Na avaliação da sarcopenia, os participantes do grupo DieTBra apresentaram melhoras significativas em sua velocidade de caminhada (p = 0,042) e na força de preensão manual (p = 0,044).
Os autores concluiram que uma dieta tradicional brasileira saudável, associada ou não ao consumo de azeite de oliva, foi capaz de melhorar a força e a funcionalidade muscular, além de ter se associado com a redução da gordura corporal total em indivíduos obesos. O uso isolado do azeite de oliva extra virgem não melhorou nenhuma das variáveis investigadas.
Referência: Silveira EA et al. Efects of Extra Virgin Olive Oil (EVOO) and the Traditional Brazilian Diet on Sarcopenia in Severe Obesity: A Randomized Clinical Trial. Nutrients 2020, 12, 1498

quinta-feira, 6 de agosto de 2020
A infinidade de tratamentos para obesidade
- Há pacientes em estado de obesidade que reduzem o percentual de gordura (emagrecem) só com dieta e atividade física? Sim
- Há os que reduzem só com atividade física ? Sim
- Há os que reduzem só com dieta? Sim
- Há os que emagrecem com a combinação: dieta, atividade física e uso de medicação ? Sim
- Há os que garantem que perderam peso apenas com fitoterápicos, combinado com dieta e atividade física? Sim
- Há os que perdem gordura só em utilizar medicações ansiolíticas e com isso tratar o gatilho base da obesidade (no caso daquela pessoa específica)? Sim
- Há os que apenas com medicação conseguem perder gordura? Sim
- Há os que apenas com psicoterapia combinada com reeducação alimentar alcançam bons resultados? Sim
- Há os que só perderão peso com cirurgia bariátrica? Sim
- Há os que perder peso com bariátrica, reganharam boa parte do peso perdido e posteriormente perderão com dieta e atividade física? Sim

sexta-feira, 10 de julho de 2020
Como não ganhar peso durante a pandemia do novo coronavírus
- Ler aquele livro que há tempos você estava planejando
- Assistir séries e documentários
- Assistir vídeos no YouTube
- Fazer cursos online (gratuitos ou lives)
- Assistir live de cantores, de profissionais etç
- Arrumar a casa e doar o que não é mais útil para você
- Conversar com amigos
- Ouvir músicas
- Cantar suas musicas prediletas
- Montar playlist
- Fazer artesanatos
- Fazer origamis
- Pintar, desenhar
- Estudar
- Cuidar de plantas
- Brincar com seus filhos
- Auxiliar os filhos nas tarefas escolares
- Brincar com seus animais
- Meditar
- Orar
- Contemplar a natureza
- Redecorar a casa
- Planejar viagens e coisas que você quer fazer quando tudo isso passar
- Abóbora
- Abobrinha
- Acelga
- Agrião
- Aipo (ou salsão)
- Alcachofra
- Alface
- Alfafa
- Almeirão
- Aspargo
- Alho
- Alho poró (Allium porrum)
- Berinjela
- Bertalha (Basella rubra)
- Brócolis
- Cebola
- Cebola-roxa
- Chicória
- Chuchu (Sechium edule)
- Couve
- Couve-de-bruxelas
- Couve-flor
- Endívia
- Espinafre
- Feijão e ervilha
- Brotos de feijão
- Fava
- Lentilha
- Feijão
- Grão de bico
- Soja
- Vagem
- Jiló
- Maxixe
- Milho
- Pepino
- Pimentão
- Pimenta
- Quiabo
- Ora-pro-nóbis
- Batata inglesa
- Batata-doce
- Beterraba
- Cenoura
- Gengibre
- Inhame
- Mandioca ou aipim (Manihot esculenta)
- Mandioquinha ou batata-baroa
- Nabo
- Rabanete
- Repolho
- Rúcula
- Tomate
- Frequência
- Quantidade
- Contexto
- E se você possui alguma particularidade (doenças).

quinta-feira, 25 de junho de 2020
BombaTôFora - Exercício induzindo importantes funções cerebrais
Revisão científica sobre o efeito protetor cerebral do exercício físico e sobre as repercussões cerebrais do uso de esteroides anabonizantes, disponível gratuitamente no link: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/…/PM…/pdf/medicina-55-00396.pdf
Informe-se! Não permita que você, seus familiares, amigos e clientes entrem ou fiquem nessa!
Os danos são bem maiores que os ganhos!!!
Fonte: https://www.facebook.com/bombatofora/photos/a.340483713180222/498684717360120/?type=3&theater

quarta-feira, 24 de junho de 2020
Efeitos Psiquiátricos dos Anabolizantes
Ele explica também que agressividade e reações inesperadas estão entre alguns dos sintomas e que podem estar ligados ao aumento do feminicídio. “Estamos vivendo um grave problema de saúde pública”, enfatizou o Dr. Clayton
O médico alerta para que é importante ficar alerta aos sintomas e que diversas pesquisas estão sendo feitos, como uma pesquisa dinamarquesa. Nos dados, ele explica que cerca de 20% dos pesquisados que utilizavam os anabolizantes praticaram algum tipo de crime grave.
Vejam as informações que o médico deu na entrevista ao site da SBEM Nacional.
Para ouvir acesse: https://www.endocrino.org.br/efeitos-psiquiatricos-dos-anabolizantes/?fbclid=IwAR3EclMNEh_nLXo-mhjhlw7hgaAdpegTxz7p1XO2uMhdO6o3yP0J5xhwb5Q

quinta-feira, 18 de junho de 2020
O Instagram proíbe posts com produtos de dietas e cirurgia estética.
De modo geral, as redes sociais podem promover grande influência sobre o modo como vivemos, criando uma pressão social para que mudemos nosso padrão e para nos sentirmos mal em relação ao nosso corpo. Anúncios estéticos ou de produtos que fazem milagres, como “isso me ajudou a perder 10kg em uma semana” ou “isso me deixou 20 anos mais jovem”, prometem fazer rapidamente algo que leva mais tempo e podem influenciar distúrbios alimentares e problemas emocionais, principalmente em adolescentes.
O que muda no Instagram
Dentre as novas regras, estão proibidos posts de produtos duvidosos ligados à perda de peso vinculados a alguma oferta comercial (ou oferecendo desconto). O objetivo é promover mudanças benéficas e que não tirem da rede social sua ideia principal, que é ser um lugar positivo para todos os usuários.
Justamente por afetar um grande número de jovens, outro fator adicionado foi sobre a restrição de idade. Conteúdos relacionados ao uso de alguns produtos de emagrecimento e procedimentos estéticos ficam restritos para maiores de 18 anos. Em breve será possível denunciar esse tipo de publicação.
É claro que as empresas ligadas a esses setores não ficarão nada contentes com a notícia. Ysabel Gerrard, professora da University of Sheffield e uma das consultoras do Instagram (que prestou esse serviço gratuitamente para a rede social), afirmou que tais empresas devem agir com responsabilidade e remodelar seus produtos e técnicas de marketing visando a segurança das pessoas.
Alguns estudos recentes mostram como determinados tipos de publicações podem interferir na saúde mental dos adolescentes. Um deles, da Royal Society for Public Health e do Young Health Movement, realizado em 2017, mostrou que o Instagram é a pior plataforma de mídia social para a saúde mental de um jovem. Um segundo estudo, do Pew Research Center, feito em 2018, encontrou que 37% dos adolescentes se sentem pressionados para publicar conteúdos que receberão um grande número de curtidas.
Nos últimos dias, vimos que o Instagram tem mudado sua postura com relação a algumas questões. Uma mudança radical que deixou muitos chocados (e até mesmo chateados) foi a remoção do número de curtidas. A medida, adotada em julho deste ano no Brasil, teve como um dos seus objetivos também remover a pressão sobre o usuário.
Tais alterações transformam a rede social não em um lugar para competir por popularidade, curtidas ou ser “tóxico” para a saúde mental, mas sim para que diferentes pessoas possam se expressar. O ideal não é se concentrar em quão popular a sua foto foi, mas sim no conteúdo que foi publicado. Acredita-se que novas alterações virão por aí, algumas delas relacionadas ao combate ao bullying, mas não há nada certo ainda. Elas também podem chegar ao Facebook em breve.
No mês de prevenção ao suicídio no Brasil (chamado de Setembro Amarelo), ver ações como essa da rede social lembram que devemos nos empenhar mais não em exibir corpos considerados “perfeitos”, mas com a aceitação própria e a lembrança de que cada característica nossa é o que nos torna especiais, diferentes e, consequentemente, únicos.
Fonte: https://www.showmetech.com.br/instagram-proibe-posts-de-dieta-e-estetica/?fbclid=IwAR1bVOQjwUQB-QyJC4J5xdIeYH_ICJ62RUCRjB39JrtiTEGTQLxZe3qYrVo

segunda-feira, 15 de junho de 2020
Uso de esteroides anabolizantes: um breve histórico do problema por Dr. Mateus Dornelles
O uso de esteroides androgênicos para melhorar o desempenho físico, ao contrário do que se possa imaginar, é tema antigo na prática médica. Em 1893, um médico idoso chamado Brown-Séquard reportou “um ganho importante de força” após auto injetar um “fluido testicular” desenvolvido em laboratório de animais. Esta descoberta criou bastante entusiasmo e marcou o início da andrologia. Após algum tempo, já na década de 1930, começaram a ser desenvolvidos os primeiros andrógenos sintéticos derivados da testosterona. Desde então, diversos esteroides androgênicos foram sintetizados e aprovados para o tratamento de diversos problemas de saúde, incluindo deficiência de testosterona, caquexia, osteoporose, atraso no desenvolvimento da puberdade e até câncer de mama.
Ganho de massa muscular, as custas de efeitos adversos potencialmente graves
Os derivados sintéticos da testosterona possuem graus variados de atividade androgênica e anabólica, isto é, são capazes de aumentar a massa muscular, queimar gordura e melhorar o desempenho esportivo. Contudo, o uso de esteroides anabolizantes não se faz sem um custo muito alto à saúde. Efeitos adversos são frequentes e incluem toxicidade ao fígado e coração, aumento da viscosidade sanguínea (policitemia) com risco de trombose, aumento das gorduras do sangue (colesterol e triglicerídeos), pressão alta, depressão, crescimento de mamas em homens (ginecomastia), atrofia dos testículos, problemas sexuais e infertilidade em graus variados.
Falta de informação confiável dificulta a abordagem do problema
Como a maioria dos usuários destas substâncias não costuma procurar atenção médica, a literatura científica ainda carece de informações principalmente sobre as sequelas causadas pelo seu uso. Isso é problemático, pois o usuário não vê o médico como alguém com capacidade de fornecer informações apropriadas e acaba por buscá-las na internet ou com outros usuários. Já o médico, por não ter acesso a estudos confiáveis, fica desconfortável em abordar o assunto e acaba por adotar uma postura repressiva. Esta falta de empatia afasta paciente e médico, e o assunto vira tabu.
#BombaTôFora, uma luz no fim do túnel
Com o intuito de melhorar a assistência, prevenindo o uso e tratando as complicações, tanto médicos quanto pacientes devem estar dispostos a dialogar abertamente e a estudar sobre o assunto. Só desta maneira cooperativa, seremos capazes de construir conhecimento apropriado e confiável sobre o uso de esteroides anabolizantes. O projeto #BombaTôFora, apoiado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, cumpre muito bem esta função.
Referência:
1- Pope HG Jr, Wood RI, Rogol A, Nyberg F, Bowers L, Bhasin S. Adverse health consequences of performance-enhancing drugs: an Endocrine Society scientific statement. Endocr Rev. 2014 Jun;35(3):341-75.
Autor: Dr. Mateus Dornelles Severo - Médico Endocrinologista, Doutor e Mestre em Endocrinologia pela UFRGS. CRM-RS 30.576 - RQE 22.991 - www.facebook.com/drmateusendocrino

sábado, 13 de junho de 2020
Diminuir o consumo de carne vermelha e sua relação com meio ambiente
Estudo publicado pela Academia Nacional Americana de Ciências compara o impacto ambiental da criação de boi com a criação de outras carnes (referência abaixo). Segundo a pesquisa, a produção atual de boi no mundo é a maior responsável por desmatamento no mundo, com extinção de espécies, poluição das águas e 1/5 das emissões de gases de efeito estufa.
Quem está junto nessa bandeira em defesa pela Amazônia em pé, convidamos para essa guinada juntos. Também estamos nesse processo de transição, por uma questão de coerência de discurso e ideais.
Saiba mais:
"Burdens of meat" - PNAS - pesquisa da Academia Nacional Americana de Ciências: https://www.pnas.org/content/early/2014/07/17/1402183111
STOP DEFORESTATION - Beef Cattle: http://bit.ly/2lQTwIk

quinta-feira, 11 de junho de 2020
Documentário: O Silêncio dos homens

quarta-feira, 10 de junho de 2020
Carnes alternativas (a base de vegetais) podem fazer parte de uma dieta saudável e sustentável?
Os alimentos ricos em carne vermelha, especialmente carnes processadas, têm sido associados a uma ampla gama de conseqüências para a saúde, incluindo obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.
Com base em uma revisão abrangente das evidências epidemiológicas, a Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer da Organização Mundial da Saúde classificou carnes processadas, como salsichas, bacon e salsichas como carcinogênicas para o homem para câncer colorretal, e carnes vermelhas não processadas, como carne bovina e carne de porco, como "provavelmente cancerígeno".
Além disso, existe uma crescente preocupação de que a produção industrial de carne possa contaminar recursos naturais, incluindo rios, córregos e água potável, com nutrientes de lagoas de resíduos animais e escoamento.
Existe também a preocupação de que a criação de gado possa levar à perda de florestas e outras terras que fornecem valiosos sumidouros de carbono, bem como a grande quantidade de emissões de gases de efeito estufa que contribuem para as questões ambientais e climáticas em andamento.
É claro que, tanto para a saúde humana como para a saúde dos recursos naturais e do planeta, é necessário um sistema alimentar sustentável que desloque a população global para mais alimentos à base de plantas e menos alimentos de origem animal.
Padrões alimentares predominantes em frutas minimamente processadas, vegetais, grãos integrais, nozes, soja e outras leguminosas têm sido recomendados para melhorar a saúde humana e a sustentabilidade ambiental.
Nesse meio tempo, uma variedade de produtos alimentícios à base de plantas foi desenvolvida para substituir aqueles tradicionalmente feitos de animais.
Esses produtos incluem tanto alternativas lácteas (por exemplo, “leites” de soja e nozes) quanto alternativas de carne na forma de hambúrgueres, salsichas e outros produtos semelhantes à carne feitos a partir de componentes amplamente processados à base de plantas.
Embora esses produtos forneçam mais alternativas baseadas em plantas para alimentos de origem animal, eles não são necessariamente destinados a imitar a experiência sensorial real do consumo de carne.
Uma nova geração de alternativas de carne à base de vegetais (PBMAs) entrou no mercado.
Estes produtos são projetados especificamente para imitar o sabor e a experiência de comer carne, enquanto são comercializados como uma maneira de acelerar a mudança de produtos baseados em animais.
Mas os PBMAs devem ser considerados parte de uma dieta saudável com baixo teor de carbono (uma que visa reduzir os gases de efeito estufa devido aos métodos de produção, embalagem, processamento, transporte, preparação e desperdício de alimentos) que podem ajudar a reduzir a dependência da produção industrial de carne ?
A resposta a essa pergunta permanece longe de ser clara, dada a falta de estudos rigorosamente desenhados e financiados independentemente.
Neste ponto, 2 empresas dominam o cenário PBMA. A Impossible Foods e a Beyond Meat oferecem hambúrgueres, que agora estão disponíveis em várias cadeias de restaurantes de fast food, supermercados e outras entidades de alimentos, principalmente na América do Norte.
Projetados para imitar o gosto e a experiência de comer carne, esses novos produtos visam atrair uma base de consumidores mais ampla do que os demógrafos vegans ou vegetarianos relativamente menores que tinham sido mais frequentemente alvo de alternativas anteriores a produtos animais.
Por seu clima de elogios e benefícios de recursos naturais e seu mimetismo exclusivo de carne, PBMAs atraiu atenção significativa do consumidor.
A Avaliação do Ciclo de Vida recente encomendado pelo Beyond Meat descobriram que o Beyond Burger gera emissões de gases 90% menos gases de efeito e requer 46% menos energia, 99% menos água e 93% menos uso da terra em comparação com um hambúrguer feito de carne bovina dos EUA, de liderança para a conclusão de que os PBMAs provavelmente terão menos efeitos ambientais do que a produção industrial de carne bovina com base nas métricas analisadas.
No entanto, a robustez desta conclusão merece estudos adicionais.
Embora fatores ambientais possam e devam ser fortes motivadores da escolha de alimentos, é igualmente importante considerar os efeitos dos PBMAs na saúde humana.
É importante ser cauteloso ao extrapolar diretamente os potenciais benefícios encontrados em pesquisas anteriores sobre alimentos à base de plantas e padrões alimentares para PBMAs, dada a sua natureza altamente processada.
Ensaios clínicos randomizados demonstraram que a substituição de carne vermelha por nozes, legumes e outros alimentos protéicos vegetais reduz os níveis de colesterol total e lipoproteína de baixa densidade.
Estudos epidemiológicos de longo prazo também mostraram que essa mudança de carne vermelha para alimentos vegetais está associada a menores riscos de doenças crônicas e mortalidade total.
No entanto, os PBMAs incorporam proteína vegetal purificada em vez de alimentos integrais, com a Beyond Burgers usando isolado de proteína de ervilha e hambúrgueres impossíveis usando isolado e concentrado de proteína de soja.
Um recente estudo de alimentação controlado de curto prazo descobriu que o consumo de dietas ricas em alimentos ultraprocessados provoca excesso de ingestão calórica e ganho de peso.
Além da criação de produtos caloricamente densos e altamente palatáveis, o processamento de alimentos também pode levar à perda de alguns nutrientes e fitoquímicos naturalmente presentes nos alimentos vegetais.
Enquanto os hambúrgueres Beyond Meat and Impossible Foods são mais baixos em gordura total e saturada do que um hambúrguer de carne bovina e contêm zero colesterol (eles são semelhantes em calorias e proteínas), eles também são mais ricos em sódio.
Sem estudos adicionais, não há evidências para comprovar que essas diferenças de nutrientes por si só oferecem um benefício significativo à saúde.
De fato, os PBMAs são mais ricos em gordura saturada em comparação com a maioria das fontes de proteínas vegetais minimamente processadas, como feijões e lentilhas.
Ao avaliar os efeitos sobre a saúde dos PBMAs, também é necessário considerar como esses produtos são consumidos.
Por exemplo, esses populares hambúrgueres PBMA são frequentemente consumidos em ambientes de fast food, onde podem ser colocados em um pão refinado com uma variedade de coberturas, servidos com batatas fritas e até mesmo uma bebida açucarada.
Assim, não é possível supor que a substituição de um hambúrguer de PBMA por um hambúrguer melhora a qualidade geral da dieta.
Além disso, outra preocupação exclusiva do Impossible Burger deve ser considerada.
Este produto contém grandes quantidades de heme (uma molécula contendo ferro) de plantas de soja adicionadas ao hambúrguer para melhorar o sabor e a aparência do produto.
A ingestão mais elevada de ferro heme tem sido associada ao aumento das reservas de ferro no organismo e ao risco elevado de desenvolver diabetes tipo 2.
Para responder a perguntas sobre os efeitos dos PBMAs sobre a saúde e o papel que os PBMAs podem desempenhar em uma dieta sustentável de baixo carbono, são necessários estudos rigorosamente planejados e financiados independentemente.
Embora não seja viável a realização de grandes ensaios de longa duração sobre desfechos de doenças, ensaios de intervenção de curto prazo podem ser realizados para comparar os efeitos desses produtos com produtos animais convencionais e fontes de proteína vegetal minimamente processadas sobre o risco cardiometabólico e outros fatores, como o microbioma.
Além disso, tanto a intervenção quanto os estudos observacionais devem ser realizados para examinar como o consumo de PBMAs influencia a qualidade geral da dieta, a ingestão calórica, o estado nutricional e o peso corporal dos indivíduos.
Além disso, no nível da população, será importante examinar se um aumento no consumo de PBMAs realmente leva a uma redução significativa no consumo de carne vermelha.
Um grande desafio no estudo de alternativas à carne é que suas formulações e conteúdos de nutrientes podem mudar rapidamente devido a rápidas inovações tecnológicas e reformulações de produtos.
Embora hambúrgueres e outros substitutos de carne vermelha possam ser os produtos mais amplamente disponíveis até o momento, outros PBMAs estão sendo introduzidos ou desenvolvidos, incluindo aqueles que imitam aves ou peixes.
Outra linha de produtos no horizonte é a carne, aves e peixes cultivados em laboratório (ou cultivados), que utiliza tecnologias baseadas em células para cultivar e cultivar células de animais, produzindo produtos animais sem criar e abater o animal.
Embora todas ou algumas dessas tecnologias alternativas de carne possam representar uma oportunidade significativa para reduzir os gases de efeito estufa que alimentam as mudanças climáticas, elas também podem representar uma grande ruptura nos sistemas de alimentos, agricultura, e pesca, o que poderia ter importantes implicações em saúde pública, ambiental e regulatória.
Embora o consumo de carne vermelha nos Estados Unidos tenha declinado continuamente por décadas e tenha permanecido estável nos últimos anos, aumentou acentuadamente em todo o mundo, especialmente em países de renda baixa e média.
A demanda global por carne, bem como as necessidades energéticas, continuará a aumentar nas próximas décadas.
Paralelamente à rápida transição nutricional, a carga global de obesidade e doenças crônicas relacionadas à dieta tem aumentado consideravelmente.
Os PBMAs podem ter algum papel na melhoria da saúde humana e planetária, mas não há evidências que sugiram que eles possam substituir dietas saudáveis focadas em alimentos vegetais minimamente processados.
Políticas nutricionais e orientações dietéticas devem continuar a enfatizar uma dieta rica em alimentos vegetais, como nozes, sementes e leguminosas ou leguminosas, que são ricas em proteínas e muitos outros nutrientes, mas requerem pouco processamento industrial.
Opções mais tradicionais, como tofu, seitan e tempeh, também podem ser usadas para diversificar as alternativas à carne.
Para atender ao desafio sem precedentes de alimentar uma dieta saudável e sustentável para cerca de 10 bilhões de pessoas até 2050, relatórios recentes recomendam uma redução substancial no consumo de carne vermelha e a mudança para padrões alimentares baseados principalmente em plantas.
As inovações tecnológicas são vitais para a criação deste sistema, mas será importante manter-se vigilante para garantir que esses novos produtos sejam benéficos para a saúde humana, bem como para a saúde do planeta, e para entender e considerar quaisquer conseqüências não intencionais
“Compartilhar é se importar”
Instagram:@dr.albertodiasfilho
Artigo: https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2749260

terça-feira, 9 de junho de 2020
Conclusão sobre modulação hormonal

sábado, 6 de junho de 2020
6 de Junho - Dia Nacional do Teste do Pezinho

6 de Junho - Dia do Combate à Desnutrição Hospitalar
- 1 a cada 3 pacientes internados é desnutrido (hospitais públicos e privados);
- Destes pacientes, somente 7% são diagnosticados como desnutridos;
- Pacientes desnutridos têm tempo de internação 3 vezes maior; a desnutrição apresenta como principais complicações: pior resposta imunológica, atraso no processo de cicatrização, risco elevado de complicações cirúrgicas e infecciosas, maior probabilidade de desenvolvimento de lesões por pressão, aumento no tempo de internação e do risco de mortalidade, com consequente considerável aumento dos custos hospitalares.
- A identificação precoce da desnutrição, bem como o manejo, por meio de ferramentas recomendadas, possibilita estabelecer conduta nutricional mais apropriada e melhora do desfecho nestes pacientes.

5 de Junho - Dia Mundial do Meio Ambiente - O que você fazer para minimizar impactos ambientais ?
Somos seres integrados a um ecossistema e qualquer disrupção nessa simbiose pode levar a algum tipo de transtorno, como por exemplo:
- Cronodisrupção.
- Poluição do ar, solo, águas.
- Poluição luminosa (excesso de luminosidade no período noturno).
- Poluição sonora.
- Ambientes não-biofilicos (pouco verde)
- Pouco contato com a natureza.
- Baixo conforto térmico.
E o que podemos fazer para tentar minimizar esse impacto na nossa saúde?
- Jogue lixo no lixo
- Separe os lixos e recicle.
- Ajude a educar e conscientizar próximas gerações.
- Defenda o meio ambiente (todos os biomas em especial o cerrado, o berço das nossas águas).
- Dê preferência por uma alimentação mais "limpa".
- Compre de produtores locais e de preferência orgânicos.
- Durma bem, afinal sono = qualidade de vida.
- Não tenha muito tecido adiposo, a cascata que ele gera vai muito além de bioquímica.
- Pratique atividade física pois ela é adjuvante no nosso processo de destoxificação.
- Exponha-se ao sol.
- Tenha contato com a natureza.
- E lembre-se que tudo está integrado.

quinta-feira, 4 de junho de 2020
Falta de vitamina B12 na população com diabetes 2
Esse é um nutriente fundamental para a formação dos glóbulos vermelhos do sangue e necessário para o bom funcionamento dos nervos e do cérebro. Sua carência está associada, portanto, a anemia, neuropatia (doença que acomete os nervos do corpo) e até demência.
As principais fontes de vitamina B12 na dieta são leite, ovos, fígado, carne de porco, atum, salmão e truta. Porém, para ser absorvida lá no intestino, ela precisa se ligar a uma proteína produzida pelo estômago.
A carência dessa vitamina é muito mais comum em pessoas com diabetes tipo 1 e também com diabetes tipo 2, mas por mecanismos diferentes.
Pessoas com diabetes tipo 1 têm um risco cinco vezes maior de ter deficiência de vitamina B12. Isso se deve ao fato de que o sistema imunológico delas chega a destruir as células do estômago que produzem a tal da proteína que se liga ao nutriente e permite sua posterior absorção. Como eu disse, sem a proteína, a vitamina não é aproveitada pelo organismo direito.
Tem mais: quem tem diabetes tipo 1 encara uma maior probabilidade de ter doença celíaca — condição inflamatória e autoimune que se agrava com a ingestão de glúten. A associação da doença celíaca com o diabetes, por sua vez, aumenta a propensão à deficiência da vitamina B12.
Com o diabetes tipo 2 a história é outra. O problema isoladamente não eleva o risco de faltar B12 no organismo. A questão está na metformina, medicamento usado para tratar a resistência à insulina e controlar os níveis de glicose no sangue.
Falamos de um remédio com mais de 60 anos de história e prescrito a praticamente toda pessoa com diabetes tipo 2. Entre seus efeitos colaterais, ele está ligado a uma diminuição na absorção intestinal de vitamina B12. Isso não é motivo para largar o tratamento, por favor. Mas pede atenção!
Tanto quem tem diabetes tipo 1 como indivíduos com o tipo 2 devem ter seus níveis de vitamina B12 avaliados periodicamente. Deficiências podem ser corrigidas com mudanças na dieta e suplementação a critério médico.
Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/futuro-do-diabete/o-que-a-vitamina-b12-tem-a-ver-com-o-diabetes/?fbclid=IwAR1y2evBuzl4g-7Tf7O-bMCRuooiZGGv8FXdDjHxz2MDxhwa63DZ8BslI1A

quarta-feira, 3 de junho de 2020
E-book de Autocuidado
Caros leitores e fiéis seguidores,
Tem e-book novo saindo...em breve para download gratuito no meu site www.nutrologogoiania.com.br
Esse e-book é uma parceria que fiz alguns profissionais da área de saúde (psicólogos principalmente), explicando técnicas que podem favorecer bem-estar, saúde física e mental:
- Mindfulness,
- Meditação transcendental,
- Trauma Release Exercises (TRE),
- Meditação Dinâmica,
- Exercícios de Tai Chi Chuan,
- Exercícios de Yoga,
- Respirações,
- Contemplações,
- Binaural beats

Os malefícios da privação de sono

Instagram: perfis que vale a pena seguir
As vezes o pessoal me pede indicação de perfis interessantes para seguir nas redes sociais.
Fiz um apanhado dos meus preferidos.
https://www.instagram.com/abeso_evidenciasemobesidade/
https://www.instagram.com/abranbr/
https://www.instagram.com/acaciaestanislau/
https://www.instagram.com/agnaldo_cardiologia/
https://www.instagram.com/alexandreaguiarquiminutri/
https://www.instagram.com/andreheibel/
https://www.instagram.com/comerintuitivo/
https://www.instagram.com/desire.coelho/
https://www.instagram.com/dr.albertodiasfilho/
https://www.instagram.com/dr.alexandrepintodeazevedo/
https://www.instagram.com/dr.audie/
https://www.instagram.com/dra.isoldaprado/
https://www.instagram.com/dra.patriciapeixoto/
https://www.instagram.com/drajulianagarciad/
https://www.instagram.com/dramandanutrologia/
https://www.instagram.com/dranataliajatene_endocrino/
https://www.instagram.com/drarenatamachado/
https://www.instagram.com/dratacianaborges/
https://www.instagram.com/drbrunohalpern/
https://www.instagram.com/drharoldofalcao/
https://www.instagram.com/drjoaomota/
https://www.instagram.com/drmarciomancini/
https://www.instagram.com/drnutrologo/
https://www.instagram.com/endocrinologistamariliazanier/
https://www.instagram.com/guiartioliusp/
https://www.instagram.com/guilhermeschweitzernutri/
https://www.instagram.com/jeffbitencourtnutricionista/
https://www.instagram.com/joaopaim_nutricao/
https://www.instagram.com/karolcalfa_nutrologa/
https://www.instagram.com/leandromarques.nutrologia/
https://www.instagram.com/lulancha/
https://www.instagram.com/medicosnacozinha/
https://www.instagram.com/minutodesaude/
https://www.instagram.com/nutricaocomportamental/
https://www.instagram.com/nutrologiabrasil/
https://www.instagram.com/rodrigolamoniernutri
https://www.instagram.com/saudehonesta/
https://www.instagram.com/sbemnacional/
https://www.instagram.com/tatianaabrao/
https://www.instagram.com/valentim_nutri/

segunda-feira, 1 de junho de 2020
9 pilares da roda da saúde

sábado, 30 de maio de 2020
Check-list no processo de emagrecimento

quinta-feira, 28 de maio de 2020
Processo de emagrecimento - Parte III

segunda-feira, 25 de maio de 2020
O processo de emagrecimento - Parte II

sábado, 23 de maio de 2020
O processo de emagrecimento - Parte I

quarta-feira, 20 de maio de 2020
Fisiopatologia da intolerância a carboidratos

segunda-feira, 18 de maio de 2020
Os carboidratos problemáticos

domingo, 17 de maio de 2020
Qual a diferença entre Alergia e Intolerância alimentar?

sábado, 16 de maio de 2020
Os queijos e a intolerância à lactose
