A pesquisa foi publicada na Revista Pediatría (Volume 37 - Número 2 de 2010), um órgão oficial da sociedade Paraguaia de Pediatria.
Participaram do estudo 48 crianças potencialmente expostas a agrotóxicos e 46 crianças não expostas. Obteve-se amostras da mucosa bucal para determinar o dano no material genético através da frequência de micronúcleos. Encontrou-se no grupo potencialmente exposto a agrotóxicos uma média maior de micronúcleos e de células binucleadas, bem como uma maior frequência de fragmentação nuclear (cariorréxis) e picnose, que são processos típicos de células necróticas.
A medição da frequência de micronúcleos em linfócitos de sangue periférico é amplamente utilizada em epidemiologia molecular e citogenética para avaliar a presença e extensão de dano cromossômico em populações humanas expostas a agentes genotóxicos ou para determinar a presença de um perfil genético suscetível. A alta confiabilidade e o baixo custo da técnica contribuiu para o êxito e a adoção deste biomarcador para estudos, in vitro e in vivo, de danos ao genoma humano.
Outras pesquisas já forneceram evidências preliminares de que a frequência de micronúcleos em linfócitos de sangue periférico constitui um marcador biológico que prediz o risco de câncer em uma população de pessoas sadias.
Neste estudo, as crianças potencialmente expostas aos agrotóxicos eram alunos saudáveis de uma escola da cidade de Ñemby, situada a 50 metros de uma fábrica de agrotóxicos da empresa Chemtec S.A.E. As crianças não expostas eram alunos também saudáveis da cidade de San Lorenzo, situada a 5,5 km da primeira escola (não se registra a presença de nenhuma outra fábrica de venenos nas proximidades de ambas as escolas). Foram consideradas crianças “potencialmente expostas a agrotóxicos” aquelas que vinham frequentando a escola de Ñemby durante 4 horas diárias, 5 dias por semana, por um período de um a seis anos.
Os resultados desta pesquisa permitem afirmar que existe uma exposição a agentes genotóxicos no primeiro grupo de crianças. Deveria ser estabelecido um acompanhamento da frequência de micronúcleos uma vez interrompida a exposição para determinar a persistência, ou não, dos indicadores biológicos de dano celular.
FONTE: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRFWwJlYHZESjZEZaN2aKVVVB1TP
Artigo original: http://www.pediatria.spp.org.py/revistas/ed_2010/dano_celular.html
domingo, 7 de novembro de 2010
Agrotóxicos: pesquisa comprova dano celular em população infantil do Paraguai
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Dr. Frederico Lobo
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Bisfenol-A e a etiologia da obesidade
Demorou mas alguém no Brasil resolveu relacionar produtos tóxicos com a Globesidade (epidemia global de obesidade). O Blog da VP (Valéria Paschoal Consultoria em Nutrição Funcional), preparou um texto ótimo sobre o tema. A princípio tratam somente dos possíveis efeitos do Bisfenol-A (BPA) como por exemplo disrupção endócrina. Entretanto deixam claro que outros componentes tóxicos da indústria presente no ambiente e alimentos podem estar agindo como Disruptores endócrinos.
Vale a pena ler o texto.
Boa semana para todos meus leitores
Dr. Frederico Lobo
Bifesnol A e a etiologia da obesidade
A obesidade é uma doença multifatorial caracterizada pelo Índice de Massa Corporal acima de 30kg/m2 com acúmulo excessivo de tecido adiposo. Está associada a diversas co-morbidades, como diabetes melitus tipo 2, dislipidemia, hipertensão arterial e remodelação cardíaca. A atual epidemia da obesidade é uma consequência da interação entre fatores genéticos, comportamentais e ambientais. No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 49% da população apresenta sobrepeso, sendo 13% desses já obesos.
Enquanto muito já se discute sobre a epidemia global da obesidade, componentes tóxicos da indústria, presentes no ambiente e nos alimentos, apenas começaram a receber atenção.
Esses compostos interferem na função normal do sistema endócrino por afetar o equilíbrio de glândulas e hormônios que regulam funções vitais, como crescimento, resposta ao estresse, desenvolvimento sexual, reprodução, produção e utilização da insulina, e taxa metabólica. Por este motivos são denominados disruptores endócrinos.
Dados epidemiológicos recentes mostram que a exposição a essas substâncias, durante o desenvolvimento, está associada com sobrepeso ou obesidade na vida adulta. Os primeiros achados mostram que o início da epidemia da obesidade coincidiu com o aumento de químicos industriais no ambiente.
Dentre os disruptores endócrinos, o bisfenol A (BPA) destaca-se pelo fato de haver grande exposição a ele pelo homem. Trata-se de um monômero de plásticos policarbonatos e resinas epóxi, estando presente em alimentos enlatados, mamadeiras, embalagens de bebidas, filmes de polivinil, papéis, cartolinas e selantes dentários. Atualmente, a produção mundial de BPA excede 3 bilhões de kg/ano. Sua exposição ocorre pela dieta (contaminação de alimentos principalmente sob calor), contato com a pele e inalação de poeira doméstica. A presença de metabólitos em concentrações mensuráveis mostrou-se elevada em mais de 90% da população no mundo todo.
Foi mostrado, através de dados do National Health and Nutrition Survey (NHANES) 2003/04 que altas concentrações de BPA estavam associadas com diagnóstico de doenças cardiovasculares e diabetes, mas não com outras doenças, sugerindo especificidade. Sendo lipofílico, pode ser armazenado no tecido adiposo.
Uma vez que a obesidade torna-se epidêmica e que fatores ambientais estão fortemente ligados a esses dados, serão discutidos os possíveis efeitos do disruptor endócrino bisfenol A na etiologia da obesidade.
Bisfenol A, atividades hormonais e obesidade
O BPA é comumente descrito pela sua atividade estrogênica. Além de se ligar aos receptores nucleares de estrógeno alfa e beta, o monômero interage com uma série de outros receptores de estrógenos não clássicos, alguns com alta afinidade. Ele também atua como antagonista de receptor de andrógenos e interage com receptores de hormônios tireoidianos.
Os estudos em animais já conseguem traçar um caminho para o entendimento da relação do BPA com a obesidade. Doses muito baixas oferecidas a animais durante o desenvolvimento exercem alguns efeitos. Ratos e camundongos mostraram peso corporal aumentado quando expostos a baixas dosagens de BPA no período pré-natal e neonatal. Alguns resultados mostram que esse aumento no peso é relacionado ao gênero, ao passo que outros relatam efeitos em ambos os sexos. Essa diferença pode estar relacionada com o tempo de exposição e com a dose.
Além disso, ratos expostos ao BPA no pré-natal mostram aumento de hiperplasia intraductal (lesões pré-cancerígenas) que aparecem na vida adulta. Independentemente da raça de ratos utilizados, das vias, níveis e tempo de exposição, todos os estudos mostram suscetibilidade aumentada à neoplasia da glândula mamária manifestada na vida adulta. As neoplasias normalmente aparecem após completa maturação sexual, que pode ser devido ao efeito dos hormônios sexuais na proliferação e remodelação desses órgãos. Camundongos expostos a BPA durante a vida intrauterina e lactação, apresentaram aumento somente na velocidade do crescimento, sem relação com aumento de peso corporal.
Estudos in vitro com BPA fornecem evidências de seu papel no desenvolvimento da obesidade, podendo sugerir alvos específicos. O BPA faz com que as células 3T3-L1 (fibroblastos de camundongos que podem se diferenciar em adipócitos) aumentem sua taxa de diferenciação, e em combinação com a insulina, acelera a formação de adipócitos. Outros trabalhos in vitro mostram que baixas doses de BPA prejudicam a sinalização do cálcio nas células pancreáticas, atrapalham o funcionamento da célula beta e causam resistência à insulina. Baixas dosagens experimentais também podem inibir a síntese de adiponectina e estimular a liberação de adipocinas inflamatórias como interleucina-6 (IL-6) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) do tecido adiposo humano, sugerindo seu papel na obesidade e síndrome metabólica.
Entretanto, estudos com humanos ainda são escassos e a amostragem utilizada é pequena. Um estudo com 296 italianos mostrou que a excreção diária de BPA associou-se com aumento de concentração sérica de testosterona total em homens. Porém, outro estudo analisou a relação entre hormônios tireoidianos e reprodutivos e concentração urinária de BPA em 167 homens em uma clínica de infertilidade. Observou-se relação inversa entre concentração de BPA e índices de testosterona livre, estradiol e hormônio tireoestimulante (TSH). Quando os níveis de hormônios androgênicos foram avaliados em mulheres eumenorreicas, mulheres com SOP e homens, observou-se diferenças entre os gêneros, possivelmente devido à diferença nos níveis de atividade da enzima relacionada ao androgênio. Ainda, demonstrou-se que concentrações sérias de BPA estavam associadas com aumento dos andrógenos, o que não ocorreu com níveis de estradiol, hormônios luteinizantes (LH) e folículo estimulante (FSH). Dados parecidos foram encontrados por Takeuchi e colaboradores, em trabalho feito com mulheres com e sem disfunção ovariana.
Diante do conteúdo exposto, pode-se concluir que ainda faltam informações precisas, esclarecendo a relação do bisfenol A na etiologia da obesidade, tanto na exposição pré-natal quanto na vida adulta. Estudos em humanos estão limitados a amostras pequenas e em sua maioria avaliam a excreção urinária de BPA em um único momento do dia. Como a eliminação deste composto acontece muito rapidamente no organismo, é necessária sua mensuração em diversos momentos do dia para estimar melhor a exposição. Também deve ser levada em consideração a porção que fica armazenada no tecido adiposo, uma vez que o BPA é lipofílico.
Entretanto, como esse composto desencadeia possíveis efeitos deletérios e nenhum benefício conhecido até o momento, medidas básicas no cotidiano podem ser tomadas a fim de evitar a exposição. Evitar consumo de alimentos e bebidas armazenados em embalagens plásticas, não conservar alimentos em recipientes plásticos e evitar utilização de filmes plásticos em contato direto com o alimento são medidas simples, que devem ser praticadas principalmente durante a gravidez.
FONTE: http://www.vponline.com.br/blog/?p=121
Vale a pena ler o texto.
Boa semana para todos meus leitores
Dr. Frederico Lobo
Bifesnol A e a etiologia da obesidade
A obesidade é uma doença multifatorial caracterizada pelo Índice de Massa Corporal acima de 30kg/m2 com acúmulo excessivo de tecido adiposo. Está associada a diversas co-morbidades, como diabetes melitus tipo 2, dislipidemia, hipertensão arterial e remodelação cardíaca. A atual epidemia da obesidade é uma consequência da interação entre fatores genéticos, comportamentais e ambientais. No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 49% da população apresenta sobrepeso, sendo 13% desses já obesos.
Enquanto muito já se discute sobre a epidemia global da obesidade, componentes tóxicos da indústria, presentes no ambiente e nos alimentos, apenas começaram a receber atenção.
Esses compostos interferem na função normal do sistema endócrino por afetar o equilíbrio de glândulas e hormônios que regulam funções vitais, como crescimento, resposta ao estresse, desenvolvimento sexual, reprodução, produção e utilização da insulina, e taxa metabólica. Por este motivos são denominados disruptores endócrinos.
Dados epidemiológicos recentes mostram que a exposição a essas substâncias, durante o desenvolvimento, está associada com sobrepeso ou obesidade na vida adulta. Os primeiros achados mostram que o início da epidemia da obesidade coincidiu com o aumento de químicos industriais no ambiente.
Dentre os disruptores endócrinos, o bisfenol A (BPA) destaca-se pelo fato de haver grande exposição a ele pelo homem. Trata-se de um monômero de plásticos policarbonatos e resinas epóxi, estando presente em alimentos enlatados, mamadeiras, embalagens de bebidas, filmes de polivinil, papéis, cartolinas e selantes dentários. Atualmente, a produção mundial de BPA excede 3 bilhões de kg/ano. Sua exposição ocorre pela dieta (contaminação de alimentos principalmente sob calor), contato com a pele e inalação de poeira doméstica. A presença de metabólitos em concentrações mensuráveis mostrou-se elevada em mais de 90% da população no mundo todo.
Foi mostrado, através de dados do National Health and Nutrition Survey (NHANES) 2003/04 que altas concentrações de BPA estavam associadas com diagnóstico de doenças cardiovasculares e diabetes, mas não com outras doenças, sugerindo especificidade. Sendo lipofílico, pode ser armazenado no tecido adiposo.
Uma vez que a obesidade torna-se epidêmica e que fatores ambientais estão fortemente ligados a esses dados, serão discutidos os possíveis efeitos do disruptor endócrino bisfenol A na etiologia da obesidade.
Bisfenol A, atividades hormonais e obesidade
O BPA é comumente descrito pela sua atividade estrogênica. Além de se ligar aos receptores nucleares de estrógeno alfa e beta, o monômero interage com uma série de outros receptores de estrógenos não clássicos, alguns com alta afinidade. Ele também atua como antagonista de receptor de andrógenos e interage com receptores de hormônios tireoidianos.
Os estudos em animais já conseguem traçar um caminho para o entendimento da relação do BPA com a obesidade. Doses muito baixas oferecidas a animais durante o desenvolvimento exercem alguns efeitos. Ratos e camundongos mostraram peso corporal aumentado quando expostos a baixas dosagens de BPA no período pré-natal e neonatal. Alguns resultados mostram que esse aumento no peso é relacionado ao gênero, ao passo que outros relatam efeitos em ambos os sexos. Essa diferença pode estar relacionada com o tempo de exposição e com a dose.
Além disso, ratos expostos ao BPA no pré-natal mostram aumento de hiperplasia intraductal (lesões pré-cancerígenas) que aparecem na vida adulta. Independentemente da raça de ratos utilizados, das vias, níveis e tempo de exposição, todos os estudos mostram suscetibilidade aumentada à neoplasia da glândula mamária manifestada na vida adulta. As neoplasias normalmente aparecem após completa maturação sexual, que pode ser devido ao efeito dos hormônios sexuais na proliferação e remodelação desses órgãos. Camundongos expostos a BPA durante a vida intrauterina e lactação, apresentaram aumento somente na velocidade do crescimento, sem relação com aumento de peso corporal.
Estudos in vitro com BPA fornecem evidências de seu papel no desenvolvimento da obesidade, podendo sugerir alvos específicos. O BPA faz com que as células 3T3-L1 (fibroblastos de camundongos que podem se diferenciar em adipócitos) aumentem sua taxa de diferenciação, e em combinação com a insulina, acelera a formação de adipócitos. Outros trabalhos in vitro mostram que baixas doses de BPA prejudicam a sinalização do cálcio nas células pancreáticas, atrapalham o funcionamento da célula beta e causam resistência à insulina. Baixas dosagens experimentais também podem inibir a síntese de adiponectina e estimular a liberação de adipocinas inflamatórias como interleucina-6 (IL-6) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) do tecido adiposo humano, sugerindo seu papel na obesidade e síndrome metabólica.
Entretanto, estudos com humanos ainda são escassos e a amostragem utilizada é pequena. Um estudo com 296 italianos mostrou que a excreção diária de BPA associou-se com aumento de concentração sérica de testosterona total em homens. Porém, outro estudo analisou a relação entre hormônios tireoidianos e reprodutivos e concentração urinária de BPA em 167 homens em uma clínica de infertilidade. Observou-se relação inversa entre concentração de BPA e índices de testosterona livre, estradiol e hormônio tireoestimulante (TSH). Quando os níveis de hormônios androgênicos foram avaliados em mulheres eumenorreicas, mulheres com SOP e homens, observou-se diferenças entre os gêneros, possivelmente devido à diferença nos níveis de atividade da enzima relacionada ao androgênio. Ainda, demonstrou-se que concentrações sérias de BPA estavam associadas com aumento dos andrógenos, o que não ocorreu com níveis de estradiol, hormônios luteinizantes (LH) e folículo estimulante (FSH). Dados parecidos foram encontrados por Takeuchi e colaboradores, em trabalho feito com mulheres com e sem disfunção ovariana.
Diante do conteúdo exposto, pode-se concluir que ainda faltam informações precisas, esclarecendo a relação do bisfenol A na etiologia da obesidade, tanto na exposição pré-natal quanto na vida adulta. Estudos em humanos estão limitados a amostras pequenas e em sua maioria avaliam a excreção urinária de BPA em um único momento do dia. Como a eliminação deste composto acontece muito rapidamente no organismo, é necessária sua mensuração em diversos momentos do dia para estimar melhor a exposição. Também deve ser levada em consideração a porção que fica armazenada no tecido adiposo, uma vez que o BPA é lipofílico.
Entretanto, como esse composto desencadeia possíveis efeitos deletérios e nenhum benefício conhecido até o momento, medidas básicas no cotidiano podem ser tomadas a fim de evitar a exposição. Evitar consumo de alimentos e bebidas armazenados em embalagens plásticas, não conservar alimentos em recipientes plásticos e evitar utilização de filmes plásticos em contato direto com o alimento são medidas simples, que devem ser praticadas principalmente durante a gravidez.
FONTE: http://www.vponline.com.br/blog/?p=121
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Pesquisa liga proximidade de antena a maior risco de câncer
Quem vive a até 100 m de antena de celular tem 33% mais risco de morrer de câncer do que a população geral, diz pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais.
A engenheira Adilza Condessa Dode, 52, cruzou dados sobre mortes por tumores entre 1996 e 2006 em Belo Horizonte com áreas onde essas pessoas moravam e a localização das antenas de celular.
Ela elegeu tumores já associados esse tipo de radiação: próstata, mama, pulmão, intestino, pele e tireoide.
Em um raio de até mil metros das antenas, o risco foi maior. " O celular você desliga. A antena, não."
O médico Edson Amaro Jr., professor de radiologia da USP, pondera que o estudo não é fechado. Isto é, não foram controlados os hábitos de quem morava perto das antenas. "Esse tipo de estudo não é o ideal, mas também não há muitas alternativas."
O engenheiro Alvaro Augusto Salles, professor de telecomunicações na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, criou um modelo do cérebro baseado na tomografia de uma criança para simular efeitos da radiação.
Ele explica que as ondas têm efeitos térmicos (por isso a orelha esquenta quando se usa o celular) e não térmicos. Esses podem causar quebras nas fitas que formam a dupla-hélice do DNA, levando a mutações e a tumores.
Os riscos são maiores nas crianças, cujos tecidos estão se reproduzindo mais rápido.
Salles diz que, quando usamos o celular encostado na orelha, 75% da energia que seria usada na conexão é absorvida pela cabeça.
Para o engenheiro, se os celulares usarem antenas que direcionem a energia para o lado oposto ao da cabeça, o risco cairá muito. "O futuro é essa tecnologia, mas está demorando. São 5 bilhões de usuários. Mesmo que o risco seja pequeno, muitos podem ser afetados."
O celular não deve ser isolado como causa de problemas, lembra Edson Amaro Jr., professor de radiologia da Faculdade de Medicina da USP . "O homem polui o ambiente com todas as formas de ondas eletromagnéticas."
Já é sabido há anos que o sol é causa de câncer de pele. "Você se expor ao sol em situações extremas equivale a fazer exames de raio-X."
O que diferencia os tipos de radiação é a frequência. Quanto maior a frequência, maior a energia, e maiores os riscos de efeitos nocivos.
Conclusão: "Se você não precisa, não use celular, e se você não precisa, não se exponha ao sol", diz Amaro.
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd0711201003.htm
A engenheira Adilza Condessa Dode, 52, cruzou dados sobre mortes por tumores entre 1996 e 2006 em Belo Horizonte com áreas onde essas pessoas moravam e a localização das antenas de celular.
Ela elegeu tumores já associados esse tipo de radiação: próstata, mama, pulmão, intestino, pele e tireoide.
Em um raio de até mil metros das antenas, o risco foi maior. " O celular você desliga. A antena, não."
O médico Edson Amaro Jr., professor de radiologia da USP, pondera que o estudo não é fechado. Isto é, não foram controlados os hábitos de quem morava perto das antenas. "Esse tipo de estudo não é o ideal, mas também não há muitas alternativas."
O engenheiro Alvaro Augusto Salles, professor de telecomunicações na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, criou um modelo do cérebro baseado na tomografia de uma criança para simular efeitos da radiação.
Ele explica que as ondas têm efeitos térmicos (por isso a orelha esquenta quando se usa o celular) e não térmicos. Esses podem causar quebras nas fitas que formam a dupla-hélice do DNA, levando a mutações e a tumores.
Os riscos são maiores nas crianças, cujos tecidos estão se reproduzindo mais rápido.
Salles diz que, quando usamos o celular encostado na orelha, 75% da energia que seria usada na conexão é absorvida pela cabeça.
Para o engenheiro, se os celulares usarem antenas que direcionem a energia para o lado oposto ao da cabeça, o risco cairá muito. "O futuro é essa tecnologia, mas está demorando. São 5 bilhões de usuários. Mesmo que o risco seja pequeno, muitos podem ser afetados."
O celular não deve ser isolado como causa de problemas, lembra Edson Amaro Jr., professor de radiologia da Faculdade de Medicina da USP . "O homem polui o ambiente com todas as formas de ondas eletromagnéticas."
Já é sabido há anos que o sol é causa de câncer de pele. "Você se expor ao sol em situações extremas equivale a fazer exames de raio-X."
O que diferencia os tipos de radiação é a frequência. Quanto maior a frequência, maior a energia, e maiores os riscos de efeitos nocivos.
Conclusão: "Se você não precisa, não use celular, e se você não precisa, não se exponha ao sol", diz Amaro.
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd0711201003.htm
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Fumo é associado com aumento no risco de Alzheimer
Fumar pesadamente na meia-idade pode aumentar grandemente o risco de desenvolver a doença de Alzheimer e outras formas de demência. Segundo uma nova pesquisa, o risco é mais do que duas vezes maior.
O estudo foi publicado segunda-feira (25) nos Archives of Internal Medicine e sairá em 28 de fevereiro na edição impressa da revista. O finlandês Minna Rusanen, do Hospital Universitário Kuopio, e colegas nos Estados Unidos e Europa analisaram dados de 21.123 integrantes de um sistema de saúde na Finlândia que participaram de um levantamento entre 1978 e 1985, quando tinham entre 50 e 60 anos.
Diagnóstios de demência, incluindo Alzheimer (o tipo mais comum de demência) e demência vascular (a segunda forma mais comum), foram registrados de 1º de janeiro de 1994, quando a idade média dos participantes do estudo era de 71,6 anos, até 31 de julho de 2008. Um total de 5.367 participantes (25,4%) foi diagnosticado com demência, com 1.136 deles com Alzheimer e 416 com demência vascular.
Os pesquisadores observaram que, em comparação com os não fumantes, aqueles que fumaram mais de dois maços de cigarro por dia durante o período analisado tiveram um aumento de 157% no risco de desenvolvimento de Alzheimer e de 172% no de demência vascular. Ex-fumantes e pessoas que fumaram menos de meio maço por dia não apresentaram aumento significativo no risco de desenvolvimento das doenças.
A associação entre fumo e demência não variou de acordo com a raça ou o sexo dos participantes. Segundo os autores do estudo, sabe-se que o fumo é um fator de risco para acidente vascular cerebral e o hábito pode contribuir para o risco de demência por meio de mecanismos semelhantes.
Fumar também contribui com o estresse oxidativo e com inflamações, que se estima serem importantes para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. “É possível que fumar afete o desenvolvimento de demência por meio de caminhos vasculares e neurodegenerativos”, sugeriram os autores.
FONTE: http://www.odisseu.com/bomdiadoutor/
O estudo foi publicado segunda-feira (25) nos Archives of Internal Medicine e sairá em 28 de fevereiro na edição impressa da revista. O finlandês Minna Rusanen, do Hospital Universitário Kuopio, e colegas nos Estados Unidos e Europa analisaram dados de 21.123 integrantes de um sistema de saúde na Finlândia que participaram de um levantamento entre 1978 e 1985, quando tinham entre 50 e 60 anos.
Diagnóstios de demência, incluindo Alzheimer (o tipo mais comum de demência) e demência vascular (a segunda forma mais comum), foram registrados de 1º de janeiro de 1994, quando a idade média dos participantes do estudo era de 71,6 anos, até 31 de julho de 2008. Um total de 5.367 participantes (25,4%) foi diagnosticado com demência, com 1.136 deles com Alzheimer e 416 com demência vascular.
Os pesquisadores observaram que, em comparação com os não fumantes, aqueles que fumaram mais de dois maços de cigarro por dia durante o período analisado tiveram um aumento de 157% no risco de desenvolvimento de Alzheimer e de 172% no de demência vascular. Ex-fumantes e pessoas que fumaram menos de meio maço por dia não apresentaram aumento significativo no risco de desenvolvimento das doenças.
A associação entre fumo e demência não variou de acordo com a raça ou o sexo dos participantes. Segundo os autores do estudo, sabe-se que o fumo é um fator de risco para acidente vascular cerebral e o hábito pode contribuir para o risco de demência por meio de mecanismos semelhantes.
Fumar também contribui com o estresse oxidativo e com inflamações, que se estima serem importantes para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. “É possível que fumar afete o desenvolvimento de demência por meio de caminhos vasculares e neurodegenerativos”, sugeriram os autores.
FONTE: http://www.odisseu.com/bomdiadoutor/
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Dr. Frederico Lobo
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sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Receitas vivas - Projeto semente N'ativa
Caros leitores,
Já comentei aqui no blog sobre o livro "Lugar de Médico é na cozinha" do colega Dr. Alberto Peribanez Gonzalez, médico e professor de Fisiologia Cardiovascular, Respiratória e Neurofisiológica do Curso de Medicina da Universidade Estácio de Sá. Coordenador do projeto científico Oficina de Alimentos Funcionais "Oficina da Semente" e do curso de extensão Bases Fisiológicas da Terapêutica Natural e Alimentação Viva, na Universidade Estácio de Sá. Autor de dezenas de trabalhos em pesquisa cirúrgica da microcirculação. Mestrado e Doutorado no Instituto de Pesquisa Cirúrgica de Munique, Alemanha.
O livro é bastante interessante para quem deseja ter uma nova visão sobre a alimentação vegetariana. Explica com extensa base científica que a nossa saúde pode estar contida nos alimentos que colocamos no nosso prato. Também explica o porquê de se adotar uma dieta vegetariana ( e de preferência alimentação viva) ou com o mínimo possível de proteína animal. Ao longo do livro, Dr. Alberto aborda assuntos como germinação de alimentos, elaboração de leites vegetais e um pouco da sua prática na oficina por ele criada, denominada "Oficina da semente". Para maiores informações sobre a Oficina: http://www.oficinadasemente.com/
Dr. Alberto acabou sendo o pioneiro num movimento que já existia no Brasil, porém não havia tanta divulgação. Pessoas como Adriano Caceres de Brasília - DF possui um projeto semelhante ao do Dr. Alberto e procura difundir as chamadas "Receitas vivas".
Hoje, trago para meus leitores um material cedido pelo Adriano e espero que façam bom uso. Em breve, o mesmo será editado em livro editado. Fica aqui meu agradecimento ao Adriano poder ceder um material tão valioso.
Grande abraço e bom feriado para todos
RECEITAS VIVAS – PROJETO SEMENTE N’ATIVA
CURSOS, APRESENTAÇÕES E CONSULTORIAS
Elaboração: Adriano Caceres
Contatos: (61) 8141-2299 / 3447-7649
adrianocaceres@yahoo.com.br
GERMINAÇÃO DAS SEMENTES
Colocar as Sementes de trigo, linhaça, girassol, amendoim, gergelim, quinua, aveia, centeio, amaranto ou qualquer outra em recipiente de vidro e colocar água mineral ou outra água livre de contaminantes como cloro e flúor.
Deixar de molho por 8 horas (durante a noite).
Escoar a água e utilizar as sementes.
Se quiser produzir brotos, manter as sementes úmidas por mais 16 horas ou até a raíz brotar em recipientes de vidro protegidos com paninhos circulares de voal amarrados com liga de borracha. Não tampar os vidros, a semente deve respirar.
FABRICAÇÃO DAS REDES DE COAR
Comprar tecido de voal em qualquer loja de tecidos. Demarcar um círculo de aproximadamente 50cm de diâmetro, que ultrapasse o diâmetro da tigela de vidro que você dispõe.
Cortar o pano com tesoura em formato circular.
Queimar as bordas do círculo com isqueiro, para que não fique desfiando.
Com um incenso aceso, fazer furinhos perto da extremidade do pano, distantes 2,5cm um do outro.
Colocar o elástico passando pelos furinhos e depois amarrar as pontas com um nó.
Para fazer os paninhos circulares de voal, que protegerão as sementes em germinação, basta cortar o tecido em formatos circulares menores, que consigam abraçar os recipientes de vidro.
Proteger os potes que contem as sementes com os paninhos, amarrados com elástico.
Obs.: Se não puder fabricar sua própia rede, as redes de coar podem ser compradas no Restaurante Bhumi (113 sul) ou no Restaurante Girassol (409 sul) ambos em Brasília-DF.
RECEITAS VIVAS:
SUCO DA LUZ DO SOL (VERDE) – LEITE DA TERRA
INGREDIENTES:
→ 3 maçãs fuji
→ ½ inhame pequeno sem casca
→ 1 cenoura
→ 1/2 abóbora pequena
→ 1 água de côco
→ Polpa de côco
→ Sementes germinadas de quinua, girassol, linhaça e gergelim (variar a acada dia)
→ Castanha do Pará hidratada
→ Amêndoas hidratadas
→ Folhas de couve, morango, cenoura, alface, acelga, amora, hortelã ou capim de trigo (variar a cada dia)
Rendimento: aproximadamente 700mL
MODO DE FAZER:
Colocar as sementes de quinua, girassol, linhaça e/ou gergelim em recipiente de vidro com água durante 8 horas. Pela manhã, escoar a água, descartando-a.
Colocar uma água de côco no liquidificador. Abrir o côco, raspar a polpa e colocar no liquidificador. Colocar 3 maçãs, ½ inhames sem casca, 1 cenoura e ½ abóbora menina brasileira, todos cortados em pedaços pequenos. Utilizar um biosocador (cenoura ou pepino) para ajudar a socar a mistura em direção à hélice do liquidificador.
Colocar a mistura para coar em pano de voal esticado numa tigela de vidro. Recolher o suco já coado e e colocar no liquidificador. Adicionar as sementes germinadas de girassol, quinua, gergelim preto ou branco. Bater e depois coar a mistura. Novamente, colocar o suco já coado no liquidificador. Por último, adicionar folhas de couve e/ou folhas de morango e/ou folhas de cenoura ou capim de trigo. Utilizar um biosocador (cenoura ou pepino) para ajudar a socar a mistura em direção à hélice do liquidificador. Deixar bater por mais de 2 minutos, até o suco ficar homogêneo. Coar novamente em pano de voal.
Está pronto o suco da luz, que substitui um café da manhã, limpa e mineraliza o sangue, libera líquidos retidos no corpo, promove a revascularização de tecidos, melhora a circulação sanguínea e melhora a disposição. O suco da luz deve ser tomado diariamente em jejum, pela manhã.
Efeitos do suco da luz e da alimentação viva:
→ “limpeza intestinal”, traz bactérias benéficas para o intestino (lactobacilos);
→ limpeza do sangue, normalização da carga elétrica das hemácias, redução de prostaglandinas inflamatórias PG-2, diminuição da viscosidade sanguínea;
→ Neovascularização, melhoria da circulação sanguínea, estímulo à produção de células sanguíneas
→ Fortalecimento do sistema imunológico;
→ Desintoxicação do Terreno Biológico.
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
SUCO DA LUZ DO SOL (ROXO)
INGREDIENTES:
→ 3 maçãs fuji;
→ 2 beterrabas;
→ 1 inhames pequeno sem casca;
→ 1 cenoura;
→ 1/2 abóbora pequena;
→ 1 água de côco;
→ Polpa de côco;
→ Sementes germinadas de quinua, girassol, linhaça e gergelim (variar a acada dia);
→ Castanha-do-Pará hidratada;
→ Amêndoas hidratadas;
→ Folhas de couve, morango, cenoura, beterraba, repolho roxo, alface, acelga, amora, radichio, hortelã ou capim de trigo (variar a cada dia).
MODO DE FAZER:
Colocar as sementes de quinua, girassol, linhaça e/ou gergelim em recipiente de vidro com água durante 8 horas. Pela manhã, escoar a água, descartando-a.
Colocar uma água de côco no liquidificador. Abrir o côco, raspar a polpa e colocar no liquidificador. Colocar 3 maçãs, ½ inhames sem casca, 1 cenoura, ½ abóbora menina brasileira e as 2 beterrabas, todos cortados em pedaços pequenos. Utilizar um biosocador (cenoura ou pepino) para ajudar a socar a mistura em direção à hélice do liquidificador.
Colocar a mistura para coar em pano de voal esticado numa tigela de vidro. Recolher o suco já coado e e colocar no liquidificador. Adicionar as sementes germinadas de girassol, quinua, gergelim preto ou branco. Bater e depois coar a mistura. Novamente, colocar o suco já coado no liquidificador. Por último, adicionar folhas de couve e/ou folhas de morango e/ou folhas de cenoura, folhas de beterraba ou capim de trigo. Utilizar um biosocador (cenoura ou pepino) para ajudar a socar a mistura em direção à hélice do liquidificador. Deixar bater por mais de 2 minutos, até o suco ficar homogêneo. Coar novamente em pano de voal.
Está pronto o suco da luz, que substitui um café da manhã, limpa e mineraliza o sangue, libera líquidos retidos no corpo, promove a revascularização de tecidos, melhora a circulação sanguínea e melhora a disposição. O suco da luz deve ser tomado diariamente em jejum, pela manhã.
LEITE DE CASTANHA-DO-PARÁ E AMÊNDOAS
INGREDIENTES:
→ 2 águas de côco
→ Polpa dos côcos
→ 50g de Castanhas-do-Pará hidratadas
→ 40g de Amêndoas hidratadas
→ 50g Tâmaras hidratadas sem caroço ou uvas passa.
MODO DE FAZER:
Colocar as sementes de Castanha-do-Pará, Amêndoas e Tâmaras sem caroço para hidratar (deixar em recipientes de vidro separados durante 8 horas ou na noite anterior). Colocar uma ou duas águas de côco no liquidificador. Abrir o côco e raspar a polpa. Adicionar as sementes germinadas, a polpa do côco e as tâmaras hidratadas. Bater bem até a mistura ficar homogênea. Colocar a mistura para coar em pano de voal esticado numa tigela de vidro. Coar em 2 ou 3 etapas para facilitar a coagem. Rendimento: 800mL. O Leite de Castanha-do-Pará e amêndoas oxida em três dias, sendo recomendável conservar por até 2 dias em geladeira.
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
LEITE DE CASTALIM e QUINUA
INGREDIENTES:
→ 2 águas de côco
→ Polpa dos côcos
→ 50g de Castanhas-do-Pará hidratadas
→ 40g de Amêndoas hidratadas
→ 50g Tâmaras hidratadas sem caroço
→ 30g de Gergelim branco com casca
→ 20g de quinua
Colocar as sementes de quinua, gergelim branco, castanha-do-Pará, amêndoas e tâmaras para germinar (deixar em recipientes de vidro separados durante 8 horas ou na noite anterior). Quantidades aproximadas: quinua – 30g, gergelim branco – 40g, castanha-do-Pará – 50g, amêndoas – 40g. Colocar uma ou duas águas de côco no liquidificador. Abrir o côco e raspar a polpa. Adicionar as sementes germinadas, a polpa do côco e as tâmaras hidratadas. Bater bem até a mistura ficar homogênea. Colocar a mistura para coar em pano de voal esticado numa tigela de vidro. Coar em 2 ou 3 etapas para facilitar a coagem. Rendimento: 800mL. O Leite de Castalim e quinua oxida rapidamente, durando apenas 1 dia em geladeira.
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
MOUSSE DE AMORA (GELÉIA DE AMORA)
INGREDIENTES:
→ 50g de linhaça (hidratar em água por 8 horas)
→ 60g de tâmaras secas (hidratar em água por 2 horas)
→ uma porção de amoras frescas
→ polpa de côco verde
MODO DE PREPARO:
Bater em liquidificador e servir em tigelas com cobertura de castanha-do-Pará ralada ou servir como geléia para passar no pão.
SUCO DE AMORA (NÉCTAR DE AMORA)
INGREDIENTES:
→ uma porção de amoras frescas
→ 2 águas de côco
→ polpa de côco
→ beterraba ou uvas (opcional)
MODO DE PREPARO:
Bater os ingredientes no liquidificador, e depois coar em um pano fino de voal. Servir gelado de preferência.
SUCO DE ACEROLA COM LARANJA (ACERANJA)
INGREDIENTES:
→ Uma porção de acerolas frescas;
→ Laranjas maduras (se possível orgânicas);
→ 1 águas de côco (opcional)
MODO DE FAZER:
Lavar bem todas as frutas. Espremer as laranjas com a ajuda de um espremedor, para obter o suco. Colocar o suco de laranja no liquidificador. Em seguida, adicionar as acerolas frescas. Para um suco ainda mais gostoso, coloque água de côco ao bater no liquidificador. Não coloque açúcar ou mel, o doce da laranja já deixa seu suco delicioso.
SUCO DE ABACAXI, LARANJA E MANGA (ABACARANGA)
INGREDIENTES:
→ Um abacaxi maduro;
→ Laranjas maduras (se possível orgânicas);
→ Uma manga madura;
→ 1 águas de côco (opcional)
MODO DE FAZER:
Espremer as laranjas com a ajuda de um espremedor, para obter o suco. Colocar o suco de laranja no liquidificador, sem as sementes. Em seguida, colocar o abacaxi descascado e cortado no liquidificador. Cortar a manga em fatias e colocar no liquidificador. Bater bem e coar em pano de voal. Passar da tigela para uma jarra de vidro. Para um suco ainda mais gostoso, coloque água de côco ao bater no liquidificador. Não coloque açúcar ou mel, o doce das frutas já deixa seu suco delicioso.
SUCO DE ABACAXI COM BETERRABA (ABACARRABA)
INGREDIENTES:
→ Um abacaxi maduro;
→ 1 beterraba grande ou duas médias;
→ 1 água de côco (opcional)
MODO DE FAZER:
Descascar e cortar o abacaxi, e colocar no liquidificador. Colocar a beterraba cortada em fatias. Adicionar uma água de côco. Coar no pano de voal. Passar da tigela para uma jarra de vidro. Servir gelado ou com gelo.
VITAMINA DE LEITE DE CASTANHA COM BANANA E MAMÃO
INGREDIENTES:
→ Leite de Castanha-do-Pará e amêndoas;
→ 1 banana nanica madura;
→ 1 mamão formosa maduro.
MODO DE FAZER:
Colocar o leite de castanhas no liquidificador. Adicionar as bananas e o mamão. Bater por 2 minutos. Não há necessidade de coar. Se tiver à disposição, coloque também uma atemóia ou pinha! Fica delicioso!
MILK SHAKE DE MORANGO COM LEITE DE CASTANHA
INGREDIENTES:
→ Leite de Castanha-do-Pará e amêndoas;
→ uma porção de morangos orgânicos;
MODO DE FAZER:
Preparar o leite de castanha-do-Pará e amêndoas. Colocar o leite de castanha no liquidificador e adicionar os morangos (de preferência orgânicos). Se quiser, adicione mais polpa de côco, para ficar mais cremoso. Não há necessidade de coar. Se houver necessidade de adoçar mais, pode-se adicionar tâmaras ou uvas passas hidratadas. Recomenda-se não utilizar qualquer tipo de açúcar ou mel.
ACHOCOLATADO DE LEITE DE CASTANHA-DO-PARÁ E AMÊNDOAS
INGREDIENTES:
→ 2 águas de côco;
→ Polpa dos côcos;
→ 50g de Castanhas-do-Pará hidratadas;
→ 40g de Amêndoas hidratadas;
→ 50g Tâmaras hidratadas sem caroço;
→ Cacau em pó;
→ Mel (opcional).
MODO DE FAZER:
Colocar as sementes de Castanha-do-Pará, Amêndoas e Tâmaras sem caroço para hidratar (deixar em recipientes de vidro separados durante 8 horas ou na noite anterior). Colocar uma ou duas águas de côco no liquidificador. Abrir o côco e raspar a polpa. Adicionar as sementes germinadas, a polpa do côco e as tâmaras hidratadas. Adicionar o cacau em pó. Bater bem até a mistura ficar homogênea. Colocar a mistura para coar em pano de voal esticado numa tigela de vidro. Coar em 2 ou 3 etapas para facilitar a coagem. Rendimento: 800mL. Se quiser o achocolatado mais doce, adicione um pouco de mel ao bater no liquidificador. Se você já tiver feito o Leite de Castanha-do-Pará e amêndoas, basta acrescentar o cacau em pó e bater no liquidificador.
TORTA DE BANANA
INGREDIENTES:
→ Uma porção de amendoim germinado;
→ Uma porção de trigo germinado;
→ Azeite;
→ Sal marinho;
→ 4 bananas nanicas maduras;
→ 30g de semente de linhaça hidratada;
→ 50g Tâmaras hidratadas sem caroço;
→ Baunilha em fava;
→ Um limão galego;
→ Polpa de côco;
→ Água de côco;
→ 25g de Castanha-do-Pará;
→ 20g de amêndoas;
MODO DE FAZER:
Preaquecer o forno em temperatura baixa antes de começar a massa.
Massa: Bater o amendoim germinado no multiprocessador ou liquidificador. Colocar em uma travessa de vidro. Em seguida, bater o trigo germinado e adicionar à massa. colocar um pouco de azeite e uma pitada de sal marinho. Misturar bem até que a massa fique bem homogênea. Estender na travessa de vidro. Desligar o forno e colocar a massa para desidratar.
Recheio: Bater no liquidificador 4 bananas nanicas maduras, linhaça germinada, tâmaras hidratadas polpa de côco, baunilha em fava, um limão galego, polpa de côco e água de côco até que o recheio adquira a consistência desejada.
Cobertura: pode ser feita com castanha-do-pará, baru ou amêndoas batidas no liquidificador e com uvas passas escuras e claras. Utilize sua criatividade para enfeitar a cobertura, fazendo desenhos vivos. A massa não deve estar quente ao receber o recheio. Servir à temperatura ambiente ou conservar em geladeira por algumas horas e servir gelado.
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
TORTA DE MORANGO
INGREDIENTES:
→ Uma porção de amendoim germinado;
→ Uma porção de trigo germinado;
→ Azeite;
→ Sal marinho;
→ Uma porção de morangos orgânicos;
→ Leite de Castanha-do-Pará;
→ 30g de semente de linhaça hidratada;
→ Polpa de côco;
→ 30g de tâmaras hidratadas;
→ Água de côco;
→ 25g de Castanha-do-Pará;
→ 20g de amêndoas;
MODO DE FAZER:
Preaquecer o forno em temperatura baixa antes de começar a massa.
Massa: Bater o amendoim germinado no multiprocessador ou liquidificador. Colocar em uma travessa de vidro. Em seguida, bater o trigo germinado e adicionar à massa. colocar um pouco de azeite e uma pitada de sal marinho. Misturar bem até que a massa fique bem homogênea. Estender na travessa de vidro. Desligar o forno e colocar a massa para desidratar.
Recheio: morangos orgânicos, leite de castanha-do-Pará, linhaça germinada, polpa de côco, tâmaras hidratadas e água de côco até que o recheio adquira a consistência desejada.
Cobertura: morangos cortados, castanha-do-pará ralada, baru ou amêndoas batidas no liquidificador e uvas passas escuras e claras. Use sua criatividade. A massa não deve estar quente ao receber o recheio. Servir à temperatura ambiente ou conservar em geladeira por algumas horas e servir gelado.
CHOCOLATE DE ABACATE (ABACOLATE)
INGREDIENTES:
→ Um abacate maduro;
→ Polpa de côco;
→ 30g de tâmaras hidratadas;
→ Mel;
→ Cacau em pó;
→ Amendoim levemente torrado;
→ 30g de semente de linhaça hidratada;
→ Água de côco.
MODO DE FAZER:
Bater um abacate maduro, polpa de côco, tâmaras hidratadas, mel, cacau em pó, amendoim, linhaça germinada e um pouco de água de côco até a consistência desejada. Bater castanha-do-Pará, amendoim ou amêndoas junto com a mistura. Se sobrar castanhas ou amêndoas batidas polvilhar em cima do chocolate quando for servir. Servir o chocolate com frutas secas, fazendo docinhos de damascos, docinhos de bananas em rodelas, tâmaras e nozes, ou utilizar como recheio em tortas vivas (torta de abacolate).
TORTA DE ABACOLATE (CHOCOLATE DE ABACATE)
INGREDIENTES:
→ Uma porção de amendoim germinado;
→ Uma porção de trigo germinado;
→ Azeite;
→ Sal marinho;
→ Um abacate maduro;
→ Polpa de côco;
→ 30g de tâmaras hidratadas;
→ Mel;
→ Cacau em pó;
→ Amendoim levemente torrado;
→ 30g de semente de linhaça hidratada;
→ Água de côco.
→ Banana nanica em rodelas;
→ Uvas passa;
→ Pólen de abelhas.
MODO DE FAZER:
Preaquecer o forno em temperatura baixa antes de começar a massa.
Massa: Bater o amendoim germinado no multiprocessador ou liquidificador. Colocar em uma travessa de vidro. Em seguida, bater o trigo germinado e adicionar à massa. colocar um pouco de azeite e uma pitada de sal marinho. Misturar bem até que a massa fique bem homogênea. Estender na travessa de vidro. Desligar o forno e colocar a massa para desidratar.
Recheio: Bater um abacate maduro, polpa de côco, tâmaras hidratadas, mel, cacau em pó, amendoim, linhaça germinada e um pouco de água de côco até a consistência desejada. Bater castanha-do-Pará, amendoim ou amêndoas junto com a mistura. Colocar suavemente o abacolate sobre a massa da torta.
Cobertura: Fazer a decoração (cobertura) com castanhas-do-Pará polvilhadas, amêndoas polvilhadas, bananas em rodelas, uvas passas e pólen de abelhas. Desenhe o que quiser nas tortas, use sua criatividade! Se desejar maior consistência, colocar em geladeira por algumas horas. Perfeita para comemorar aniversários com saúde, paz e alegria!
SORVETE DE AÇAÍ DOS DEUSES
INGREDIENTES:
→ 2 Polpas de 100mL de açaí extra (com pouca água);
→ 2 bananas nanicas bem maduras;
→ ½ mamão formosa maduro;
→ Mel (opcional);
→ Amendoim levemente torrado e descascado;
→ Polpa de côco;
→ Pólen de abelhas
→ Nozes;
→ Amêndoas;
→ Suco de uva natural (sem açúcar) (opcional);
→ Água de côco (opcional).
MODO DE FAZER:
Colocar para torrar ½ xícara de amendoim cru para torrar em travessa de vidro (deixar de 10 a 15 minutos). Colocar no liquidificador ½ mamão formosa e 2 bananas nanicas maduras, nessa ordem. Em seguida, adicionar 2 polpas de açaí concentrado (cada uma de 100mL). Triturar as polpas com uma faca. Colocar polpa de côco no liquidificador. Bater por 2 minutos. Se desejar, colocar um pouco de mel. Se houver dificuldade para bater a mistura, adicionar água de côco ou suco de uva roxo. Tirar o amendoim do forno (cuidado para não torrar demais!) e descascar. Soprar a casca do amendoim. Adicionar ½ xícara de amendoim torrado e descascado no liquidificador. Deixar bater por 4 segundos, para que os flocos de amendoim não desapareçam. Servir em tigelas colocadas previamente na geladeira (para ficar ainda mais geladinho). Fazer a cobertura com rodelas de banana nanica, pólen de abelhas, nozes a amêndoas trituradas. Bater uma polpa de cupuaçu junto também vai muito bem. O mamão pode ser substituído pela manga, fica uma delícia também!
RECEITAS VIVAS SALGADAS
ALMÔNDEGAS DE TRIGO E CASTANHA-DO-PARÁ AO MOLHO SUGO
INGREDIENTES:
→ Uma porção de trigo germinado;
→ Uma porção de Castanha-do-Pará;
→ Trigo para quibe;
→ Cebolinha;
→ Azeite;
→ Sal marinho;
→ Limão-galego
MODO DE FAZER:
Colocar as sementes de trigo e Castanha-do-Pará para hidratar por 8 horas em um recipiente de vidro. Depois escorrer a água e manter o trigo sempre úmido até a raiz brotar. Bater o trigo germinado em um liquidificador. Colocar em uma travessa. Bater a Castanha-do-Pará hidratada em um liquidificador e adicionar à massa. Adicionar o trigo para quibe hidratado, cebolinha, azeite, sal e um limão. Misturar bem e fazer as bolinhas. Levar ao forno por poucos minutos para não matar as sementes. Sugestão de acompanhamento: molho sugo (molho de tomates orgânicos com uva passa, polpa de côco, tomate seco, ervas finas, alho desidratado e pimenta calabresa).
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
ABACATE CORTADINHO COM LIMÃO
INGREDIENTES:
→ 250g de abacate maduro;
→ Azeite;
→ 1 limão galego ou tahiti;
→ Cebolinha fresca cortada;
→ Cebola crua (opcional);
→ Tomate orgânico (opcional);
MODO DE FAZER:
Descascar um abacate bem maduro. Em seguida, cortar o abacate em cubinhos numa tigela de vidro. Adicionar limão-galego, azeite e cebolinha. Misturar bem os cubinhos. Se preferir, adicione também tomates orgânicos e cebola. O abacate cortadinho é muito fácil e rápido de se fazer, acompanha basicamente qualquer prato e pode ser feito diariamente no almoço ou jantar. È excelente para acompanhar outros pratos, principalmente para suavizar pratos muito salgados ou muito temperados. Não deve ser guardada em geladeira, pois oxida facilmente. Servir frio.
PÃO ESSÊNIO (PÃO DE JESUS)
INGREDIENTES:
→ 250g de trigo germinado;
→ 30g de gergelim branco ou preto;
→ 20g de quinua germinada;
→ 20g de linhaça germinado;
→ Azeite;
→ Orégano;
→ Ervas finas;
→ Sal marinho;
Colocar as sementes de trigo e/ou gergelim e/ou gergelim preto e/ou quinua e/ou linhaça para germinar por 8 horas. Bater as sementes de trigo germinadas em um liquidificador. Chacoalhar o liquidificador para que todos os grãos sejam moídos. Colocar em uma travessa. Adicionar as outras sementes germinadas, um fio de azeite e sal marinho. Misturar bem até que a massa fique homogênea. Estender a massa e levar ao forno desligado pré-aquecido por 20 minutos. Se tiver a oportunidade, desidrate seu pão essênio ao sol, coberto por rede de voal. Servir com pasta de tofu com alho, pasta de abacate (guacamole), pasta de tomate, pasta de tofu com tahine, pasta de grão-de-bico, pasta de amendoim, pasta de berinjela, pesto de ervas finas ou geléias naturais. Pode ser feito também com sementes de aveia germinadas ou aveia em flocos grossos hidratada.
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
RECEITAS DE PASTAS PARA SUBSTITUIR MANTEIGA, MARGARINA, REQUEIJÃO E SIMILARES
PASTA DE TOFU COM TOMATE SECO
INGREDIENTES:
→ 250g de Tofu orgânico;
→ 150g de Tomate seco;
→ Azeite;
→ Orégano;
→ Alho desidratado;
→ Pimenta calabresa (1/2 pitada);
→ Cebolinha fresca cortada;
→ Salsa;
→ Polpa de côco;
→ Sal marinho;
→ Azeite;
→ Molho shoyu Daimaru ou similar (sem glutamato, açúcar e conservantes);
MODO DE FAZER:
Colocar um tofu de 250g no liquidificador. Adicionar aproximadamente 150g de tomate seco (escorrer o excesso de óleo vegetal em papel toalha e tirar a casca). Adicionar azeite, orégano, alho desidratado, pimenta calabresa, cebolinha fresca, salsa, polpa de côco, sal marinho, azeite e molho shoyu. Se houver dificuldade ao bater no liquidificador, colocar um pouco de água mineral ou água de côco. Servir com o pão essênio.
PASTA DE GUACAMOLE SALGADA (ABACATE)
INGREDIENTES:
→ 250g de abacate maduro;
→ Azeite;
→ 1 limão galego ou tahiti;
→ Cebolinha fresca cortada;
→ Sal marinho;
→ Cebola crua (opcional);
→ Tomate orgânico (opcional);
→ Castanha-do-Pará (opcional);
→ Temperos a gosto (Curry, orégano e ervas finas) (opcional).
Descascar um abacate bem maduro. Em seguida, amassar com um garfo em uma tigela de vidro (não usar liquidificador). Adicionar limão-galego, azeite, cebolinha e sal marinho. Misturar bem a pasta. Se preferir, adicione também tomates orgânicos, cebola e castanha-do-Pará. A pasta de abacate é muito fácil e rápida de se fazer, pode ser feita diariamente nas refeições matinais. Não deve ser guardada por muito tempo em geladeira, pois oxida facilmente. Servir com o pão essênio.
PASTA DE TOFU COM TAHINE (TOFUHINE)
INGREDIENTES:
→ 250g de Tofu orgânico;
→ 50g a 100g de Tahine;
→ Azeite;
→ Molho Shoyu daimaru ou similar (sem açúcar, corantes ou glutamato);
→ Orégano;
→ Polpa de côco;
→ Água de côco;
→ Cebolinha fresca cortada;
MODO DE FAZER:
Colocar um tofu de 250g no liquidificador. Adicionar o tahine (pasta de gergelim tostada). Adicionar azeite, shoyu, um pouco de orégano, polpa de côco e cebolinha. Se houver dificuldade ao bater no liquidificador, colocar um pouco de água de côco até adquirir a consistência desejada. Servir com pão essênio.
PASTA DE BERINJELA AGRIDOCE
INGREDIENTES:
→ 250g de berinjela orgãnica;
→ 1 pimentão amarelo;
→ 1 pimentão vermelho;
→ 2 dentes de alho;
→ 1 cebola pequena;
→ Castanha-do-Pará;
→ Amêndoas;
→ Orégano;
→ Cebolinha;
→ Azeite;
→ Polpa de côco;
→ Óleo de côco
→ Uvas passa claras ou escuras;
→ Sal marinho;
→ Mel.
MODO DE FAZER:
Ralar 3 berinjelas orgânicas, reservar o suco da berinjela em uma vasilha. Cortar 2 pimentões amarelos, 2 pimentões vermelhos, 2 dentes de alho e uma cebola pequena. Triturar castanha-do-Pará e amêndoas com a ajuda de um pilão. Adicionar à mistura. Colocar um pouco de missô e amassar bem para pegar o gosto. Em seguida, adicionar uvas passas claras ou escuras e um pouco de mel. Adicionar orégano, cebolinha, azeite e um pouco de sal marinho. Pegar aproximadamente metade da mistura e colocar para bater no liquidificador com o suco da berinjela que foi reservado e óleo de côco. Devolver a pasta batida para a tigela de vidro e misturar bem com o restante da pastaaté ficar homogênea. Servir com pão essênio.
PESTO DE CASTANHA-DE-CAJU COM ERVAS FINAS
INGREDIENTES:
→ 150g de Castanha-de-Caju;
→ 150mL de azeite;
→ Molho Shoyu daimaru ou similar (sem açúcar, corantes ou glutamato);
→ Ervas finas (Orégano, Salsa, Tomilho, etc.)
→ Alho desidratado;
→ Manjericão;
→ Pimenta calabresa;
MODO DE FAZER:
Tritura a Castanha-de-Caju com um pilão de madeira em recipiente apropriado. Colocar em um vidro com tampa larga. Adicionar o azeite, o molho shoyu, as ervas finas, o alho desidratado, o manjericão e a pimenta calabresa. Misturar bem até ficar homogêneo. Servir com pão essênio.
SANDUÍCHE DOS DEUSES (NO PÃO FOLHA)
INGREDIENTES:
→ Pão folha integral (sem açúcar e sem farinha branca);
→ 1 beterraba;
→ 1 cenoura;
→ Pasta de Tofu com tomate seco ou Pasta de Guacamole;
→ Pesto de Castanha-de-Caju com ervas finas;
→ Salada Orgânica (Alface, Alface roxa, Rúcula, Radichio, etc.);
→ Brotos diversos (Feijão, Girassol, Alfafa, etc.) (variar a acada dia);
→ 30g de Castanha-de-Caju triturada;
→ Molho de Gergelim;
→ Temperos diversos (Curry, Salsa, Orégano, Alho desidratado, Pimenta calabresa);
→ Azeite;
→ Molho shoyu Daimaru ou similar (sem glutamato, açúcar e conservantes);
→ Damasco cortado em pedaços pequenos.
MODO DE FAZER:
Estender o pão folha em uma pia limpa ou em prato largo. Em seguida passar a Pasta de Tofu com tomate seco ou Pasta de Guacamole por todo o pão. Ralar a cenoura e a beterraba. Colocar sobre o diâmetro do pão, em linha reta. A dicionar a salada orgãnica bem picadinha, os brotos, a castanha-de-caju, o molho de gergelim, os temperos diversos, o azeite, o molho shoyu e o damasco cortado em pedaços, sempre em linha reta, por sobre o diâmetro do pão. Fechar as duas abas do pão e servir.
Já comentei aqui no blog sobre o livro "Lugar de Médico é na cozinha" do colega Dr. Alberto Peribanez Gonzalez, médico e professor de Fisiologia Cardiovascular, Respiratória e Neurofisiológica do Curso de Medicina da Universidade Estácio de Sá. Coordenador do projeto científico Oficina de Alimentos Funcionais "Oficina da Semente" e do curso de extensão Bases Fisiológicas da Terapêutica Natural e Alimentação Viva, na Universidade Estácio de Sá. Autor de dezenas de trabalhos em pesquisa cirúrgica da microcirculação. Mestrado e Doutorado no Instituto de Pesquisa Cirúrgica de Munique, Alemanha.
O livro é bastante interessante para quem deseja ter uma nova visão sobre a alimentação vegetariana. Explica com extensa base científica que a nossa saúde pode estar contida nos alimentos que colocamos no nosso prato. Também explica o porquê de se adotar uma dieta vegetariana ( e de preferência alimentação viva) ou com o mínimo possível de proteína animal. Ao longo do livro, Dr. Alberto aborda assuntos como germinação de alimentos, elaboração de leites vegetais e um pouco da sua prática na oficina por ele criada, denominada "Oficina da semente". Para maiores informações sobre a Oficina: http://www.oficinadasemente.com/
Dr. Alberto acabou sendo o pioneiro num movimento que já existia no Brasil, porém não havia tanta divulgação. Pessoas como Adriano Caceres de Brasília - DF possui um projeto semelhante ao do Dr. Alberto e procura difundir as chamadas "Receitas vivas".
Hoje, trago para meus leitores um material cedido pelo Adriano e espero que façam bom uso. Em breve, o mesmo será editado em livro editado. Fica aqui meu agradecimento ao Adriano poder ceder um material tão valioso.
Grande abraço e bom feriado para todos
Dr. Frederico Lobo (CRM-GO 13192 - CRM-DF 18620)
RECEITAS VIVAS – PROJETO SEMENTE N’ATIVA
CURSOS, APRESENTAÇÕES E CONSULTORIAS
Elaboração: Adriano Caceres
Contatos: (61) 8141-2299 / 3447-7649
adrianocaceres@yahoo.com.br
GERMINAÇÃO DAS SEMENTES
Colocar as Sementes de trigo, linhaça, girassol, amendoim, gergelim, quinua, aveia, centeio, amaranto ou qualquer outra em recipiente de vidro e colocar água mineral ou outra água livre de contaminantes como cloro e flúor.
Deixar de molho por 8 horas (durante a noite).
Escoar a água e utilizar as sementes.
Se quiser produzir brotos, manter as sementes úmidas por mais 16 horas ou até a raíz brotar em recipientes de vidro protegidos com paninhos circulares de voal amarrados com liga de borracha. Não tampar os vidros, a semente deve respirar.
FABRICAÇÃO DAS REDES DE COAR
Comprar tecido de voal em qualquer loja de tecidos. Demarcar um círculo de aproximadamente 50cm de diâmetro, que ultrapasse o diâmetro da tigela de vidro que você dispõe.
Cortar o pano com tesoura em formato circular.
Queimar as bordas do círculo com isqueiro, para que não fique desfiando.
Com um incenso aceso, fazer furinhos perto da extremidade do pano, distantes 2,5cm um do outro.
Colocar o elástico passando pelos furinhos e depois amarrar as pontas com um nó.
Para fazer os paninhos circulares de voal, que protegerão as sementes em germinação, basta cortar o tecido em formatos circulares menores, que consigam abraçar os recipientes de vidro.
Proteger os potes que contem as sementes com os paninhos, amarrados com elástico.
Obs.: Se não puder fabricar sua própia rede, as redes de coar podem ser compradas no Restaurante Bhumi (113 sul) ou no Restaurante Girassol (409 sul) ambos em Brasília-DF.
RECEITAS VIVAS:
SUCO DA LUZ DO SOL (VERDE) – LEITE DA TERRA
INGREDIENTES:
→ 3 maçãs fuji
→ ½ inhame pequeno sem casca
→ 1 cenoura
→ 1/2 abóbora pequena
→ 1 água de côco
→ Polpa de côco
→ Sementes germinadas de quinua, girassol, linhaça e gergelim (variar a acada dia)
→ Castanha do Pará hidratada
→ Amêndoas hidratadas
→ Folhas de couve, morango, cenoura, alface, acelga, amora, hortelã ou capim de trigo (variar a cada dia)
Rendimento: aproximadamente 700mL
MODO DE FAZER:
Colocar as sementes de quinua, girassol, linhaça e/ou gergelim em recipiente de vidro com água durante 8 horas. Pela manhã, escoar a água, descartando-a.
Colocar uma água de côco no liquidificador. Abrir o côco, raspar a polpa e colocar no liquidificador. Colocar 3 maçãs, ½ inhames sem casca, 1 cenoura e ½ abóbora menina brasileira, todos cortados em pedaços pequenos. Utilizar um biosocador (cenoura ou pepino) para ajudar a socar a mistura em direção à hélice do liquidificador.
Colocar a mistura para coar em pano de voal esticado numa tigela de vidro. Recolher o suco já coado e e colocar no liquidificador. Adicionar as sementes germinadas de girassol, quinua, gergelim preto ou branco. Bater e depois coar a mistura. Novamente, colocar o suco já coado no liquidificador. Por último, adicionar folhas de couve e/ou folhas de morango e/ou folhas de cenoura ou capim de trigo. Utilizar um biosocador (cenoura ou pepino) para ajudar a socar a mistura em direção à hélice do liquidificador. Deixar bater por mais de 2 minutos, até o suco ficar homogêneo. Coar novamente em pano de voal.
Está pronto o suco da luz, que substitui um café da manhã, limpa e mineraliza o sangue, libera líquidos retidos no corpo, promove a revascularização de tecidos, melhora a circulação sanguínea e melhora a disposição. O suco da luz deve ser tomado diariamente em jejum, pela manhã.
Efeitos do suco da luz e da alimentação viva:
→ “limpeza intestinal”, traz bactérias benéficas para o intestino (lactobacilos);
→ limpeza do sangue, normalização da carga elétrica das hemácias, redução de prostaglandinas inflamatórias PG-2, diminuição da viscosidade sanguínea;
→ Neovascularização, melhoria da circulação sanguínea, estímulo à produção de células sanguíneas
→ Fortalecimento do sistema imunológico;
→ Desintoxicação do Terreno Biológico.
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
SUCO DA LUZ DO SOL (ROXO)
INGREDIENTES:
→ 3 maçãs fuji;
→ 2 beterrabas;
→ 1 inhames pequeno sem casca;
→ 1 cenoura;
→ 1/2 abóbora pequena;
→ 1 água de côco;
→ Polpa de côco;
→ Sementes germinadas de quinua, girassol, linhaça e gergelim (variar a acada dia);
→ Castanha-do-Pará hidratada;
→ Amêndoas hidratadas;
→ Folhas de couve, morango, cenoura, beterraba, repolho roxo, alface, acelga, amora, radichio, hortelã ou capim de trigo (variar a cada dia).
MODO DE FAZER:
Colocar as sementes de quinua, girassol, linhaça e/ou gergelim em recipiente de vidro com água durante 8 horas. Pela manhã, escoar a água, descartando-a.
Colocar uma água de côco no liquidificador. Abrir o côco, raspar a polpa e colocar no liquidificador. Colocar 3 maçãs, ½ inhames sem casca, 1 cenoura, ½ abóbora menina brasileira e as 2 beterrabas, todos cortados em pedaços pequenos. Utilizar um biosocador (cenoura ou pepino) para ajudar a socar a mistura em direção à hélice do liquidificador.
Colocar a mistura para coar em pano de voal esticado numa tigela de vidro. Recolher o suco já coado e e colocar no liquidificador. Adicionar as sementes germinadas de girassol, quinua, gergelim preto ou branco. Bater e depois coar a mistura. Novamente, colocar o suco já coado no liquidificador. Por último, adicionar folhas de couve e/ou folhas de morango e/ou folhas de cenoura, folhas de beterraba ou capim de trigo. Utilizar um biosocador (cenoura ou pepino) para ajudar a socar a mistura em direção à hélice do liquidificador. Deixar bater por mais de 2 minutos, até o suco ficar homogêneo. Coar novamente em pano de voal.
Está pronto o suco da luz, que substitui um café da manhã, limpa e mineraliza o sangue, libera líquidos retidos no corpo, promove a revascularização de tecidos, melhora a circulação sanguínea e melhora a disposição. O suco da luz deve ser tomado diariamente em jejum, pela manhã.
LEITE DE CASTANHA-DO-PARÁ E AMÊNDOAS
INGREDIENTES:
→ 2 águas de côco
→ Polpa dos côcos
→ 50g de Castanhas-do-Pará hidratadas
→ 40g de Amêndoas hidratadas
→ 50g Tâmaras hidratadas sem caroço ou uvas passa.
MODO DE FAZER:
Colocar as sementes de Castanha-do-Pará, Amêndoas e Tâmaras sem caroço para hidratar (deixar em recipientes de vidro separados durante 8 horas ou na noite anterior). Colocar uma ou duas águas de côco no liquidificador. Abrir o côco e raspar a polpa. Adicionar as sementes germinadas, a polpa do côco e as tâmaras hidratadas. Bater bem até a mistura ficar homogênea. Colocar a mistura para coar em pano de voal esticado numa tigela de vidro. Coar em 2 ou 3 etapas para facilitar a coagem. Rendimento: 800mL. O Leite de Castanha-do-Pará e amêndoas oxida em três dias, sendo recomendável conservar por até 2 dias em geladeira.
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
LEITE DE CASTALIM e QUINUA
INGREDIENTES:
→ 2 águas de côco
→ Polpa dos côcos
→ 50g de Castanhas-do-Pará hidratadas
→ 40g de Amêndoas hidratadas
→ 50g Tâmaras hidratadas sem caroço
→ 30g de Gergelim branco com casca
→ 20g de quinua
Colocar as sementes de quinua, gergelim branco, castanha-do-Pará, amêndoas e tâmaras para germinar (deixar em recipientes de vidro separados durante 8 horas ou na noite anterior). Quantidades aproximadas: quinua – 30g, gergelim branco – 40g, castanha-do-Pará – 50g, amêndoas – 40g. Colocar uma ou duas águas de côco no liquidificador. Abrir o côco e raspar a polpa. Adicionar as sementes germinadas, a polpa do côco e as tâmaras hidratadas. Bater bem até a mistura ficar homogênea. Colocar a mistura para coar em pano de voal esticado numa tigela de vidro. Coar em 2 ou 3 etapas para facilitar a coagem. Rendimento: 800mL. O Leite de Castalim e quinua oxida rapidamente, durando apenas 1 dia em geladeira.
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
MOUSSE DE AMORA (GELÉIA DE AMORA)
INGREDIENTES:
→ 50g de linhaça (hidratar em água por 8 horas)
→ 60g de tâmaras secas (hidratar em água por 2 horas)
→ uma porção de amoras frescas
→ polpa de côco verde
MODO DE PREPARO:
Bater em liquidificador e servir em tigelas com cobertura de castanha-do-Pará ralada ou servir como geléia para passar no pão.
SUCO DE AMORA (NÉCTAR DE AMORA)
INGREDIENTES:
→ uma porção de amoras frescas
→ 2 águas de côco
→ polpa de côco
→ beterraba ou uvas (opcional)
MODO DE PREPARO:
Bater os ingredientes no liquidificador, e depois coar em um pano fino de voal. Servir gelado de preferência.
SUCO DE ACEROLA COM LARANJA (ACERANJA)
INGREDIENTES:
→ Uma porção de acerolas frescas;
→ Laranjas maduras (se possível orgânicas);
→ 1 águas de côco (opcional)
MODO DE FAZER:
Lavar bem todas as frutas. Espremer as laranjas com a ajuda de um espremedor, para obter o suco. Colocar o suco de laranja no liquidificador. Em seguida, adicionar as acerolas frescas. Para um suco ainda mais gostoso, coloque água de côco ao bater no liquidificador. Não coloque açúcar ou mel, o doce da laranja já deixa seu suco delicioso.
SUCO DE ABACAXI, LARANJA E MANGA (ABACARANGA)
INGREDIENTES:
→ Um abacaxi maduro;
→ Laranjas maduras (se possível orgânicas);
→ Uma manga madura;
→ 1 águas de côco (opcional)
MODO DE FAZER:
Espremer as laranjas com a ajuda de um espremedor, para obter o suco. Colocar o suco de laranja no liquidificador, sem as sementes. Em seguida, colocar o abacaxi descascado e cortado no liquidificador. Cortar a manga em fatias e colocar no liquidificador. Bater bem e coar em pano de voal. Passar da tigela para uma jarra de vidro. Para um suco ainda mais gostoso, coloque água de côco ao bater no liquidificador. Não coloque açúcar ou mel, o doce das frutas já deixa seu suco delicioso.
SUCO DE ABACAXI COM BETERRABA (ABACARRABA)
INGREDIENTES:
→ Um abacaxi maduro;
→ 1 beterraba grande ou duas médias;
→ 1 água de côco (opcional)
MODO DE FAZER:
Descascar e cortar o abacaxi, e colocar no liquidificador. Colocar a beterraba cortada em fatias. Adicionar uma água de côco. Coar no pano de voal. Passar da tigela para uma jarra de vidro. Servir gelado ou com gelo.
VITAMINA DE LEITE DE CASTANHA COM BANANA E MAMÃO
INGREDIENTES:
→ Leite de Castanha-do-Pará e amêndoas;
→ 1 banana nanica madura;
→ 1 mamão formosa maduro.
MODO DE FAZER:
Colocar o leite de castanhas no liquidificador. Adicionar as bananas e o mamão. Bater por 2 minutos. Não há necessidade de coar. Se tiver à disposição, coloque também uma atemóia ou pinha! Fica delicioso!
MILK SHAKE DE MORANGO COM LEITE DE CASTANHA
INGREDIENTES:
→ Leite de Castanha-do-Pará e amêndoas;
→ uma porção de morangos orgânicos;
MODO DE FAZER:
Preparar o leite de castanha-do-Pará e amêndoas. Colocar o leite de castanha no liquidificador e adicionar os morangos (de preferência orgânicos). Se quiser, adicione mais polpa de côco, para ficar mais cremoso. Não há necessidade de coar. Se houver necessidade de adoçar mais, pode-se adicionar tâmaras ou uvas passas hidratadas. Recomenda-se não utilizar qualquer tipo de açúcar ou mel.
ACHOCOLATADO DE LEITE DE CASTANHA-DO-PARÁ E AMÊNDOAS
INGREDIENTES:
→ 2 águas de côco;
→ Polpa dos côcos;
→ 50g de Castanhas-do-Pará hidratadas;
→ 40g de Amêndoas hidratadas;
→ 50g Tâmaras hidratadas sem caroço;
→ Cacau em pó;
→ Mel (opcional).
MODO DE FAZER:
Colocar as sementes de Castanha-do-Pará, Amêndoas e Tâmaras sem caroço para hidratar (deixar em recipientes de vidro separados durante 8 horas ou na noite anterior). Colocar uma ou duas águas de côco no liquidificador. Abrir o côco e raspar a polpa. Adicionar as sementes germinadas, a polpa do côco e as tâmaras hidratadas. Adicionar o cacau em pó. Bater bem até a mistura ficar homogênea. Colocar a mistura para coar em pano de voal esticado numa tigela de vidro. Coar em 2 ou 3 etapas para facilitar a coagem. Rendimento: 800mL. Se quiser o achocolatado mais doce, adicione um pouco de mel ao bater no liquidificador. Se você já tiver feito o Leite de Castanha-do-Pará e amêndoas, basta acrescentar o cacau em pó e bater no liquidificador.
TORTA DE BANANA
INGREDIENTES:
→ Uma porção de amendoim germinado;
→ Uma porção de trigo germinado;
→ Azeite;
→ Sal marinho;
→ 4 bananas nanicas maduras;
→ 30g de semente de linhaça hidratada;
→ 50g Tâmaras hidratadas sem caroço;
→ Baunilha em fava;
→ Um limão galego;
→ Polpa de côco;
→ Água de côco;
→ 25g de Castanha-do-Pará;
→ 20g de amêndoas;
MODO DE FAZER:
Preaquecer o forno em temperatura baixa antes de começar a massa.
Massa: Bater o amendoim germinado no multiprocessador ou liquidificador. Colocar em uma travessa de vidro. Em seguida, bater o trigo germinado e adicionar à massa. colocar um pouco de azeite e uma pitada de sal marinho. Misturar bem até que a massa fique bem homogênea. Estender na travessa de vidro. Desligar o forno e colocar a massa para desidratar.
Recheio: Bater no liquidificador 4 bananas nanicas maduras, linhaça germinada, tâmaras hidratadas polpa de côco, baunilha em fava, um limão galego, polpa de côco e água de côco até que o recheio adquira a consistência desejada.
Cobertura: pode ser feita com castanha-do-pará, baru ou amêndoas batidas no liquidificador e com uvas passas escuras e claras. Utilize sua criatividade para enfeitar a cobertura, fazendo desenhos vivos. A massa não deve estar quente ao receber o recheio. Servir à temperatura ambiente ou conservar em geladeira por algumas horas e servir gelado.
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
TORTA DE MORANGO
INGREDIENTES:
→ Uma porção de amendoim germinado;
→ Uma porção de trigo germinado;
→ Azeite;
→ Sal marinho;
→ Uma porção de morangos orgânicos;
→ Leite de Castanha-do-Pará;
→ 30g de semente de linhaça hidratada;
→ Polpa de côco;
→ 30g de tâmaras hidratadas;
→ Água de côco;
→ 25g de Castanha-do-Pará;
→ 20g de amêndoas;
MODO DE FAZER:
Preaquecer o forno em temperatura baixa antes de começar a massa.
Massa: Bater o amendoim germinado no multiprocessador ou liquidificador. Colocar em uma travessa de vidro. Em seguida, bater o trigo germinado e adicionar à massa. colocar um pouco de azeite e uma pitada de sal marinho. Misturar bem até que a massa fique bem homogênea. Estender na travessa de vidro. Desligar o forno e colocar a massa para desidratar.
Recheio: morangos orgânicos, leite de castanha-do-Pará, linhaça germinada, polpa de côco, tâmaras hidratadas e água de côco até que o recheio adquira a consistência desejada.
Cobertura: morangos cortados, castanha-do-pará ralada, baru ou amêndoas batidas no liquidificador e uvas passas escuras e claras. Use sua criatividade. A massa não deve estar quente ao receber o recheio. Servir à temperatura ambiente ou conservar em geladeira por algumas horas e servir gelado.
CHOCOLATE DE ABACATE (ABACOLATE)
INGREDIENTES:
→ Um abacate maduro;
→ Polpa de côco;
→ 30g de tâmaras hidratadas;
→ Mel;
→ Cacau em pó;
→ Amendoim levemente torrado;
→ 30g de semente de linhaça hidratada;
→ Água de côco.
MODO DE FAZER:
Bater um abacate maduro, polpa de côco, tâmaras hidratadas, mel, cacau em pó, amendoim, linhaça germinada e um pouco de água de côco até a consistência desejada. Bater castanha-do-Pará, amendoim ou amêndoas junto com a mistura. Se sobrar castanhas ou amêndoas batidas polvilhar em cima do chocolate quando for servir. Servir o chocolate com frutas secas, fazendo docinhos de damascos, docinhos de bananas em rodelas, tâmaras e nozes, ou utilizar como recheio em tortas vivas (torta de abacolate).
TORTA DE ABACOLATE (CHOCOLATE DE ABACATE)
INGREDIENTES:
→ Uma porção de amendoim germinado;
→ Uma porção de trigo germinado;
→ Azeite;
→ Sal marinho;
→ Um abacate maduro;
→ Polpa de côco;
→ 30g de tâmaras hidratadas;
→ Mel;
→ Cacau em pó;
→ Amendoim levemente torrado;
→ 30g de semente de linhaça hidratada;
→ Água de côco.
→ Banana nanica em rodelas;
→ Uvas passa;
→ Pólen de abelhas.
MODO DE FAZER:
Preaquecer o forno em temperatura baixa antes de começar a massa.
Massa: Bater o amendoim germinado no multiprocessador ou liquidificador. Colocar em uma travessa de vidro. Em seguida, bater o trigo germinado e adicionar à massa. colocar um pouco de azeite e uma pitada de sal marinho. Misturar bem até que a massa fique bem homogênea. Estender na travessa de vidro. Desligar o forno e colocar a massa para desidratar.
Recheio: Bater um abacate maduro, polpa de côco, tâmaras hidratadas, mel, cacau em pó, amendoim, linhaça germinada e um pouco de água de côco até a consistência desejada. Bater castanha-do-Pará, amendoim ou amêndoas junto com a mistura. Colocar suavemente o abacolate sobre a massa da torta.
Cobertura: Fazer a decoração (cobertura) com castanhas-do-Pará polvilhadas, amêndoas polvilhadas, bananas em rodelas, uvas passas e pólen de abelhas. Desenhe o que quiser nas tortas, use sua criatividade! Se desejar maior consistência, colocar em geladeira por algumas horas. Perfeita para comemorar aniversários com saúde, paz e alegria!
SORVETE DE AÇAÍ DOS DEUSES
INGREDIENTES:
→ 2 Polpas de 100mL de açaí extra (com pouca água);
→ 2 bananas nanicas bem maduras;
→ ½ mamão formosa maduro;
→ Mel (opcional);
→ Amendoim levemente torrado e descascado;
→ Polpa de côco;
→ Pólen de abelhas
→ Nozes;
→ Amêndoas;
→ Suco de uva natural (sem açúcar) (opcional);
→ Água de côco (opcional).
MODO DE FAZER:
Colocar para torrar ½ xícara de amendoim cru para torrar em travessa de vidro (deixar de 10 a 15 minutos). Colocar no liquidificador ½ mamão formosa e 2 bananas nanicas maduras, nessa ordem. Em seguida, adicionar 2 polpas de açaí concentrado (cada uma de 100mL). Triturar as polpas com uma faca. Colocar polpa de côco no liquidificador. Bater por 2 minutos. Se desejar, colocar um pouco de mel. Se houver dificuldade para bater a mistura, adicionar água de côco ou suco de uva roxo. Tirar o amendoim do forno (cuidado para não torrar demais!) e descascar. Soprar a casca do amendoim. Adicionar ½ xícara de amendoim torrado e descascado no liquidificador. Deixar bater por 4 segundos, para que os flocos de amendoim não desapareçam. Servir em tigelas colocadas previamente na geladeira (para ficar ainda mais geladinho). Fazer a cobertura com rodelas de banana nanica, pólen de abelhas, nozes a amêndoas trituradas. Bater uma polpa de cupuaçu junto também vai muito bem. O mamão pode ser substituído pela manga, fica uma delícia também!
RECEITAS VIVAS SALGADAS
ALMÔNDEGAS DE TRIGO E CASTANHA-DO-PARÁ AO MOLHO SUGO
INGREDIENTES:
→ Uma porção de trigo germinado;
→ Uma porção de Castanha-do-Pará;
→ Trigo para quibe;
→ Cebolinha;
→ Azeite;
→ Sal marinho;
→ Limão-galego
MODO DE FAZER:
Colocar as sementes de trigo e Castanha-do-Pará para hidratar por 8 horas em um recipiente de vidro. Depois escorrer a água e manter o trigo sempre úmido até a raiz brotar. Bater o trigo germinado em um liquidificador. Colocar em uma travessa. Bater a Castanha-do-Pará hidratada em um liquidificador e adicionar à massa. Adicionar o trigo para quibe hidratado, cebolinha, azeite, sal e um limão. Misturar bem e fazer as bolinhas. Levar ao forno por poucos minutos para não matar as sementes. Sugestão de acompanhamento: molho sugo (molho de tomates orgânicos com uva passa, polpa de côco, tomate seco, ervas finas, alho desidratado e pimenta calabresa).
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
ABACATE CORTADINHO COM LIMÃO
INGREDIENTES:
→ 250g de abacate maduro;
→ Azeite;
→ 1 limão galego ou tahiti;
→ Cebolinha fresca cortada;
→ Cebola crua (opcional);
→ Tomate orgânico (opcional);
MODO DE FAZER:
Descascar um abacate bem maduro. Em seguida, cortar o abacate em cubinhos numa tigela de vidro. Adicionar limão-galego, azeite e cebolinha. Misturar bem os cubinhos. Se preferir, adicione também tomates orgânicos e cebola. O abacate cortadinho é muito fácil e rápido de se fazer, acompanha basicamente qualquer prato e pode ser feito diariamente no almoço ou jantar. È excelente para acompanhar outros pratos, principalmente para suavizar pratos muito salgados ou muito temperados. Não deve ser guardada em geladeira, pois oxida facilmente. Servir frio.
PÃO ESSÊNIO (PÃO DE JESUS)
INGREDIENTES:
→ 250g de trigo germinado;
→ 30g de gergelim branco ou preto;
→ 20g de quinua germinada;
→ 20g de linhaça germinado;
→ Azeite;
→ Orégano;
→ Ervas finas;
→ Sal marinho;
Colocar as sementes de trigo e/ou gergelim e/ou gergelim preto e/ou quinua e/ou linhaça para germinar por 8 horas. Bater as sementes de trigo germinadas em um liquidificador. Chacoalhar o liquidificador para que todos os grãos sejam moídos. Colocar em uma travessa. Adicionar as outras sementes germinadas, um fio de azeite e sal marinho. Misturar bem até que a massa fique homogênea. Estender a massa e levar ao forno desligado pré-aquecido por 20 minutos. Se tiver a oportunidade, desidrate seu pão essênio ao sol, coberto por rede de voal. Servir com pasta de tofu com alho, pasta de abacate (guacamole), pasta de tomate, pasta de tofu com tahine, pasta de grão-de-bico, pasta de amendoim, pasta de berinjela, pesto de ervas finas ou geléias naturais. Pode ser feito também com sementes de aveia germinadas ou aveia em flocos grossos hidratada.
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
RECEITAS DE PASTAS PARA SUBSTITUIR MANTEIGA, MARGARINA, REQUEIJÃO E SIMILARES
PASTA DE TOFU COM TOMATE SECO
INGREDIENTES:
→ 250g de Tofu orgânico;
→ 150g de Tomate seco;
→ Azeite;
→ Orégano;
→ Alho desidratado;
→ Pimenta calabresa (1/2 pitada);
→ Cebolinha fresca cortada;
→ Salsa;
→ Polpa de côco;
→ Sal marinho;
→ Azeite;
→ Molho shoyu Daimaru ou similar (sem glutamato, açúcar e conservantes);
MODO DE FAZER:
Colocar um tofu de 250g no liquidificador. Adicionar aproximadamente 150g de tomate seco (escorrer o excesso de óleo vegetal em papel toalha e tirar a casca). Adicionar azeite, orégano, alho desidratado, pimenta calabresa, cebolinha fresca, salsa, polpa de côco, sal marinho, azeite e molho shoyu. Se houver dificuldade ao bater no liquidificador, colocar um pouco de água mineral ou água de côco. Servir com o pão essênio.
PASTA DE GUACAMOLE SALGADA (ABACATE)
INGREDIENTES:
→ 250g de abacate maduro;
→ Azeite;
→ 1 limão galego ou tahiti;
→ Cebolinha fresca cortada;
→ Sal marinho;
→ Cebola crua (opcional);
→ Tomate orgânico (opcional);
→ Castanha-do-Pará (opcional);
→ Temperos a gosto (Curry, orégano e ervas finas) (opcional).
Descascar um abacate bem maduro. Em seguida, amassar com um garfo em uma tigela de vidro (não usar liquidificador). Adicionar limão-galego, azeite, cebolinha e sal marinho. Misturar bem a pasta. Se preferir, adicione também tomates orgânicos, cebola e castanha-do-Pará. A pasta de abacate é muito fácil e rápida de se fazer, pode ser feita diariamente nas refeições matinais. Não deve ser guardada por muito tempo em geladeira, pois oxida facilmente. Servir com o pão essênio.
PASTA DE TOFU COM TAHINE (TOFUHINE)
INGREDIENTES:
→ 250g de Tofu orgânico;
→ 50g a 100g de Tahine;
→ Azeite;
→ Molho Shoyu daimaru ou similar (sem açúcar, corantes ou glutamato);
→ Orégano;
→ Polpa de côco;
→ Água de côco;
→ Cebolinha fresca cortada;
MODO DE FAZER:
Colocar um tofu de 250g no liquidificador. Adicionar o tahine (pasta de gergelim tostada). Adicionar azeite, shoyu, um pouco de orégano, polpa de côco e cebolinha. Se houver dificuldade ao bater no liquidificador, colocar um pouco de água de côco até adquirir a consistência desejada. Servir com pão essênio.
PASTA DE BERINJELA AGRIDOCE
INGREDIENTES:
→ 250g de berinjela orgãnica;
→ 1 pimentão amarelo;
→ 1 pimentão vermelho;
→ 2 dentes de alho;
→ 1 cebola pequena;
→ Castanha-do-Pará;
→ Amêndoas;
→ Orégano;
→ Cebolinha;
→ Azeite;
→ Polpa de côco;
→ Óleo de côco
→ Uvas passa claras ou escuras;
→ Sal marinho;
→ Mel.
MODO DE FAZER:
Ralar 3 berinjelas orgânicas, reservar o suco da berinjela em uma vasilha. Cortar 2 pimentões amarelos, 2 pimentões vermelhos, 2 dentes de alho e uma cebola pequena. Triturar castanha-do-Pará e amêndoas com a ajuda de um pilão. Adicionar à mistura. Colocar um pouco de missô e amassar bem para pegar o gosto. Em seguida, adicionar uvas passas claras ou escuras e um pouco de mel. Adicionar orégano, cebolinha, azeite e um pouco de sal marinho. Pegar aproximadamente metade da mistura e colocar para bater no liquidificador com o suco da berinjela que foi reservado e óleo de côco. Devolver a pasta batida para a tigela de vidro e misturar bem com o restante da pastaaté ficar homogênea. Servir com pão essênio.
PESTO DE CASTANHA-DE-CAJU COM ERVAS FINAS
INGREDIENTES:
→ 150g de Castanha-de-Caju;
→ 150mL de azeite;
→ Molho Shoyu daimaru ou similar (sem açúcar, corantes ou glutamato);
→ Ervas finas (Orégano, Salsa, Tomilho, etc.)
→ Alho desidratado;
→ Manjericão;
→ Pimenta calabresa;
MODO DE FAZER:
Tritura a Castanha-de-Caju com um pilão de madeira em recipiente apropriado. Colocar em um vidro com tampa larga. Adicionar o azeite, o molho shoyu, as ervas finas, o alho desidratado, o manjericão e a pimenta calabresa. Misturar bem até ficar homogêneo. Servir com pão essênio.
SANDUÍCHE DOS DEUSES (NO PÃO FOLHA)
INGREDIENTES:
→ Pão folha integral (sem açúcar e sem farinha branca);
→ 1 beterraba;
→ 1 cenoura;
→ Pasta de Tofu com tomate seco ou Pasta de Guacamole;
→ Pesto de Castanha-de-Caju com ervas finas;
→ Salada Orgânica (Alface, Alface roxa, Rúcula, Radichio, etc.);
→ Brotos diversos (Feijão, Girassol, Alfafa, etc.) (variar a acada dia);
→ 30g de Castanha-de-Caju triturada;
→ Molho de Gergelim;
→ Temperos diversos (Curry, Salsa, Orégano, Alho desidratado, Pimenta calabresa);
→ Azeite;
→ Molho shoyu Daimaru ou similar (sem glutamato, açúcar e conservantes);
→ Damasco cortado em pedaços pequenos.
MODO DE FAZER:
Estender o pão folha em uma pia limpa ou em prato largo. Em seguida passar a Pasta de Tofu com tomate seco ou Pasta de Guacamole por todo o pão. Ralar a cenoura e a beterraba. Colocar sobre o diâmetro do pão, em linha reta. A dicionar a salada orgãnica bem picadinha, os brotos, a castanha-de-caju, o molho de gergelim, os temperos diversos, o azeite, o molho shoyu e o damasco cortado em pedaços, sempre em linha reta, por sobre o diâmetro do pão. Fechar as duas abas do pão e servir.
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
12:29
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quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Contaminantes na água comprometem reprodução de várias espécies
Leia abaixo trechos de reportagem de capa da revista ‘Unesp Ciência’, publicados com exclusividade pelo G1:
Os ursos polares do Ártico estão tendo menos filhotes, assim como os pinguins-de-adélia da Antártida. No litoral brasileiro, é possível encontrar moluscos com dois sexos, tal como ocorre com alguns crocodilos da Flórida. Alterações dos órgãos sexuais e problemas reprodutivos como esses vêm sendo cada vez mais observados em diversas espécies ao redor do mundo. A causa é um tipo de poluição ainda pouco comentado fora da academia, mas que é objeto de estudo de um número crescente de cientistas. São contaminantes que se disseminaram em grande escala pelo planeta a partir do século 20, pondo em risco a biodiversidade e, suspeita-se, também a saúde humana.
Conhecidos como interferentes endócrinos, eles mimetizam a ação do estrógeno, o hormônio sexual feminino. De plásticos a pesticidas, de cosméticos a substâncias de uso industrial, passando por detergentes e até pela urina humana, as fontes são inúmeras e difusas. São moléculas quimicamente muito distintas entre si, mas que têm em comum a capacidade de interagir com os receptores de estrógenos que a maioria dos animais carrega na membrana de suas células. “Disfarçadas” de hormônio, elas produzem uma mensagem enganosa que pode fazer a célula se multiplicar, morrer ou produzir certas proteínas na hora errada, por exemplo.
Em animais, o efeito mais evidente é a feminilização de machos, e, com menor frequência, a masculinização de fêmeas. “Tudo depende do composto, da espécie e da fase do desenvolvimento em que o organismo é exposto”, diz Mary Rosa Rodrigues de Marchi, do Instituto de Química da Unesp em Araraquara. O período crítico de exposição é a fase de desenvolvimento, quando o estímulo hormonal certo na hora certa define os processos que darão origem a caracteres e comportamentos sexuais que se perpetuarão por toda a vida.
Evidências sobre os efeitos em humanos ainda são inconclusivas, mas não falta quem suspeite que a queda acentuada na contagem de espermatozoides em homens nos últimos 60 anos seja uma possível consequência. O fenômeno foi detectado inicialmente em países escandinavos, conhecidos por suas longas séries de dados epidemiológicos. É impossível provar a ligação direta com os interferentes endócrinos no ambiente, mas a indução do efeito em animais de laboratório aumenta a desconfiança.
“É muito difícil, e às vezes frustrante, confirmar o nexo causal entre esses contaminantes e a saúde humana. Mas o impacto ambiental deles já está bem estabelecido”, afirma Wilson Jardim, do Instituto de Química da Unicamp.
Wilson Jardim há anos estuda a presença de poluentes químicos nas águas que abastecem a região de Campinas. Além dos estrógenos naturais e sintéticos, ele também encontrou interferentes endócrinos usados na fabricação de plásticos, como os ftalatos e o bisfenol A. Estudos com animais de laboratório mostram que esses dois compostos (em doses mais altas às quais estamos expostos) podem prejudicar o desenvolvimento fetal, causando anormalidades nos órgãos reprodutivos.
Cadeia alimentar
Há ainda vários outros interferentes endócrinos que são insolúveis em água e têm origens e percursos ambientais completamente distintos. É o caso de uma vasta lista de pesticidas, que inclui tanto produtos proibidos, como DDT, quanto outros ainda em uso, como fibronil. São moléculas que podem levar anos ou décadas para se degradar até um composto que não apresente atividade estrogênica.
Dispersas no solo ou no ar, elas aderem a partículas que são carregadas pelas chuvas até os cursos d’água. Lá se depositam no sedimento de rios ou oceanos, do qual se alimentam vermes, moluscos, crustáceos ou peixes. Sua baixa solubilidade em água faz com que se acumulem em tecidos gordurosos.
O caranguejo-ermitão que vive na costa brasileira é uma dessas vítimas. Nesse caso, o vilão é uma substância conhecida como TBT (tributilestanho) – um componente da tinta que reveste o casco das embarcações para impedir o crescimento de cracas e algas (o que compromete o deslizamento na água e faz o veículo gastar mais combustível).
Bruno Sant’Anna, doutorando do Instituto de Biociências da Unesp em Rio Claro, está investigando a população do crustáceo em 25 estuários do litoral do Brasil, do sul da Bahia a Santa Catarina. Nos locais analisados até o momento (litoral de São Paulo e Paraty, no Rio), ele observou que até 8% dos animais tinham órgãos sexuais masculinos e femininos ao mesmo tempo.
O fenômeno faz com que fêmeas se transformem em machos, explica Sant’Anna. Em todos os animais analisados encontrou-se TBT, em níveis que variaram dependendo do lugar. A maior contaminação foi observada em São Sebastião e a menor, em Cananeia, ambas no litoral paulista. O TBT e seus subprodutos igualmente tóxicos persistem no ambiente por pelo menos dez anos.
A mudança de sexo causada pela “tinta envenenada”, como é conhecida entre pescadores, já foi descrita em mais de 120 espécies de moluscos ao redor do mundo. Uma convenção da Organização Marítima Mundial, da qual o Brasil é signatário, determinou o banimento desse tipo de tinta até 2008. A adesão foi mais rápida nos países desenvolvidos. Em Brasília, um projeto de decreto legislativo (1804/2009), aprovado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara em novembro passado, aguarda votação no plenário.
O caranguejo-ermitão não faz parte do cardápio humano, mas sua contaminação, por TBT ou outro interferente endócrino encontrado no sedimento marinho, é transmitida a seus predadores e assim sucessivamente. Via cadeia alimentar, essas substâncias persistentes têm se disseminado na natureza, o que explica o fato de animais que vivem nas calotas polares estarem contaminados com pesticidas organoclorados, muitos deles banidos nos anos 1960 e 1970, ou com bifenilas policloradas, um tipo de fluido usado em transformadores elétricos até os anos 1980 e mais conhecido como ascarel. Estudos da década de 1990 em países como Alemanha, Holanda e Canadá encontraram pesticidas e ascarel no tecido adiposo e no leite humanos, em níveis mais elevados nas pessoas que consumiam grande quantidade de peixe.
“Unesp Ciência” é uma publicação da Universidade Estadual Paulista que traz reportagens sobre os grandes temas da ciência mundial e nacional e sobre as pesquisas mais relevantes que estão sendo realizadas na instituição, em todas as áreas do conhecimento. Leia a reportagem anterior publicada pelo G1:
Fonte:
http://www.unesp.br/aci/revista/ed06/pdf/UC_06_Estrogeno01.pdf e http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1538802-5603,00-CONTAMINANTES+NA+AGUA+COMPROMETEM+REPRODUCAO+DE+VARIAS+ESPECIES.html
Os ursos polares do Ártico estão tendo menos filhotes, assim como os pinguins-de-adélia da Antártida. No litoral brasileiro, é possível encontrar moluscos com dois sexos, tal como ocorre com alguns crocodilos da Flórida. Alterações dos órgãos sexuais e problemas reprodutivos como esses vêm sendo cada vez mais observados em diversas espécies ao redor do mundo. A causa é um tipo de poluição ainda pouco comentado fora da academia, mas que é objeto de estudo de um número crescente de cientistas. São contaminantes que se disseminaram em grande escala pelo planeta a partir do século 20, pondo em risco a biodiversidade e, suspeita-se, também a saúde humana.
Conhecidos como interferentes endócrinos, eles mimetizam a ação do estrógeno, o hormônio sexual feminino. De plásticos a pesticidas, de cosméticos a substâncias de uso industrial, passando por detergentes e até pela urina humana, as fontes são inúmeras e difusas. São moléculas quimicamente muito distintas entre si, mas que têm em comum a capacidade de interagir com os receptores de estrógenos que a maioria dos animais carrega na membrana de suas células. “Disfarçadas” de hormônio, elas produzem uma mensagem enganosa que pode fazer a célula se multiplicar, morrer ou produzir certas proteínas na hora errada, por exemplo.
Em animais, o efeito mais evidente é a feminilização de machos, e, com menor frequência, a masculinização de fêmeas. “Tudo depende do composto, da espécie e da fase do desenvolvimento em que o organismo é exposto”, diz Mary Rosa Rodrigues de Marchi, do Instituto de Química da Unesp em Araraquara. O período crítico de exposição é a fase de desenvolvimento, quando o estímulo hormonal certo na hora certa define os processos que darão origem a caracteres e comportamentos sexuais que se perpetuarão por toda a vida.
Evidências sobre os efeitos em humanos ainda são inconclusivas, mas não falta quem suspeite que a queda acentuada na contagem de espermatozoides em homens nos últimos 60 anos seja uma possível consequência. O fenômeno foi detectado inicialmente em países escandinavos, conhecidos por suas longas séries de dados epidemiológicos. É impossível provar a ligação direta com os interferentes endócrinos no ambiente, mas a indução do efeito em animais de laboratório aumenta a desconfiança.
“É muito difícil, e às vezes frustrante, confirmar o nexo causal entre esses contaminantes e a saúde humana. Mas o impacto ambiental deles já está bem estabelecido”, afirma Wilson Jardim, do Instituto de Química da Unicamp.
Wilson Jardim há anos estuda a presença de poluentes químicos nas águas que abastecem a região de Campinas. Além dos estrógenos naturais e sintéticos, ele também encontrou interferentes endócrinos usados na fabricação de plásticos, como os ftalatos e o bisfenol A. Estudos com animais de laboratório mostram que esses dois compostos (em doses mais altas às quais estamos expostos) podem prejudicar o desenvolvimento fetal, causando anormalidades nos órgãos reprodutivos.
Cadeia alimentar
Há ainda vários outros interferentes endócrinos que são insolúveis em água e têm origens e percursos ambientais completamente distintos. É o caso de uma vasta lista de pesticidas, que inclui tanto produtos proibidos, como DDT, quanto outros ainda em uso, como fibronil. São moléculas que podem levar anos ou décadas para se degradar até um composto que não apresente atividade estrogênica.
Dispersas no solo ou no ar, elas aderem a partículas que são carregadas pelas chuvas até os cursos d’água. Lá se depositam no sedimento de rios ou oceanos, do qual se alimentam vermes, moluscos, crustáceos ou peixes. Sua baixa solubilidade em água faz com que se acumulem em tecidos gordurosos.
O caranguejo-ermitão que vive na costa brasileira é uma dessas vítimas. Nesse caso, o vilão é uma substância conhecida como TBT (tributilestanho) – um componente da tinta que reveste o casco das embarcações para impedir o crescimento de cracas e algas (o que compromete o deslizamento na água e faz o veículo gastar mais combustível).
Bruno Sant’Anna, doutorando do Instituto de Biociências da Unesp em Rio Claro, está investigando a população do crustáceo em 25 estuários do litoral do Brasil, do sul da Bahia a Santa Catarina. Nos locais analisados até o momento (litoral de São Paulo e Paraty, no Rio), ele observou que até 8% dos animais tinham órgãos sexuais masculinos e femininos ao mesmo tempo.
O fenômeno faz com que fêmeas se transformem em machos, explica Sant’Anna. Em todos os animais analisados encontrou-se TBT, em níveis que variaram dependendo do lugar. A maior contaminação foi observada em São Sebastião e a menor, em Cananeia, ambas no litoral paulista. O TBT e seus subprodutos igualmente tóxicos persistem no ambiente por pelo menos dez anos.
A mudança de sexo causada pela “tinta envenenada”, como é conhecida entre pescadores, já foi descrita em mais de 120 espécies de moluscos ao redor do mundo. Uma convenção da Organização Marítima Mundial, da qual o Brasil é signatário, determinou o banimento desse tipo de tinta até 2008. A adesão foi mais rápida nos países desenvolvidos. Em Brasília, um projeto de decreto legislativo (1804/2009), aprovado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara em novembro passado, aguarda votação no plenário.
O caranguejo-ermitão não faz parte do cardápio humano, mas sua contaminação, por TBT ou outro interferente endócrino encontrado no sedimento marinho, é transmitida a seus predadores e assim sucessivamente. Via cadeia alimentar, essas substâncias persistentes têm se disseminado na natureza, o que explica o fato de animais que vivem nas calotas polares estarem contaminados com pesticidas organoclorados, muitos deles banidos nos anos 1960 e 1970, ou com bifenilas policloradas, um tipo de fluido usado em transformadores elétricos até os anos 1980 e mais conhecido como ascarel. Estudos da década de 1990 em países como Alemanha, Holanda e Canadá encontraram pesticidas e ascarel no tecido adiposo e no leite humanos, em níveis mais elevados nas pessoas que consumiam grande quantidade de peixe.
“Unesp Ciência” é uma publicação da Universidade Estadual Paulista que traz reportagens sobre os grandes temas da ciência mundial e nacional e sobre as pesquisas mais relevantes que estão sendo realizadas na instituição, em todas as áreas do conhecimento. Leia a reportagem anterior publicada pelo G1:
Fonte:
http://www.unesp.br/aci/revista/ed06/pdf/UC_06_Estrogeno01.pdf e http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1538802-5603,00-CONTAMINANTES+NA+AGUA+COMPROMETEM+REPRODUCAO+DE+VARIAS+ESPECIES.html
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Dr. Frederico Lobo
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Bisfenol-A, usado em recipientes de comida, afeta fertilidade masculina
O Bifesnol-A (BPA) serve para diluir resina de poliéster a fim de facilitar sua laminação. O produto químico Bisfenol-A, que demonstrou aumentar o risco de disfunções sexuais masculinas, reduz a concentração e qualidade do sêmen, segundo estudo publicado esta quinta-feira (28).
O Bisfenol-A ou BPA é um composto químico que serve para diluir a resina de poliéster a fim de torná-la mais líquida e facilitar sua laminação. Está presente em grande quantidade de recipientes alimentares e de bebidas, como mamadeiras, bem como em resinas de selagem dentária.
A pesquisa foi realizada durante 5 anos com 514 operários que trabalhavam em fábricas da China.
Os autores constaram que aqueles que continham concentrações de BPA mais elevadas na urina multiplicavam os riscos de produzir sêmen de má qualidade.
"Diferente dos homens que não tinham vestígios detectáveis de BPA na urina, aqueles que tinham conteúdos mais elevados multiplicavam por mais de três o risco de ter uma concentração diminuída de seu sêmen", afirmou De-Kun Li, epidemiologista do Kaiser Permanente (consórcio privado americano de cuidados médicos) e principal autor do estudo publicado na revista "Fertility and Sterility".
Este é o primeiro estudo realizado sobre homens para avaliar o vínculo entre o sêmen e o BPA.
Pesquisas anteriores feitas em animais mostraram que o BPA tem efeitos nefastos sobre os órgãos reprodutores de camundongos machos e fêmeas.
Este é o terceiro estudo de Li sobre o tema. Um trabalho publicado em novembro de 2009 demonstrou que a exposição a níveis elevados de BPA aumenta o risco de disfunções sexuais. Outro, divulgado em maio de 2010 mostrou vínculos entre o BPA na urina e o comprometimento das disfunções sexuais masculinas.
O Canadá foi o primeiro país a classificar, em outubro, o BPA na categoria de substâncias tóxicas. Em março de 2009, os seis maiores fabricantes americanos de mamadeiras decidiram suspender a venda nos Estados Unidos de produtos com BPA.
FONTE: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/10/bisfenol-usado-em-recipientes-de-comida-afeta-fertilidade-masculina.html
O Bisfenol-A ou BPA é um composto químico que serve para diluir a resina de poliéster a fim de torná-la mais líquida e facilitar sua laminação. Está presente em grande quantidade de recipientes alimentares e de bebidas, como mamadeiras, bem como em resinas de selagem dentária.
A pesquisa foi realizada durante 5 anos com 514 operários que trabalhavam em fábricas da China.
Os autores constaram que aqueles que continham concentrações de BPA mais elevadas na urina multiplicavam os riscos de produzir sêmen de má qualidade.
"Diferente dos homens que não tinham vestígios detectáveis de BPA na urina, aqueles que tinham conteúdos mais elevados multiplicavam por mais de três o risco de ter uma concentração diminuída de seu sêmen", afirmou De-Kun Li, epidemiologista do Kaiser Permanente (consórcio privado americano de cuidados médicos) e principal autor do estudo publicado na revista "Fertility and Sterility".
Este é o primeiro estudo realizado sobre homens para avaliar o vínculo entre o sêmen e o BPA.
Pesquisas anteriores feitas em animais mostraram que o BPA tem efeitos nefastos sobre os órgãos reprodutores de camundongos machos e fêmeas.
Este é o terceiro estudo de Li sobre o tema. Um trabalho publicado em novembro de 2009 demonstrou que a exposição a níveis elevados de BPA aumenta o risco de disfunções sexuais. Outro, divulgado em maio de 2010 mostrou vínculos entre o BPA na urina e o comprometimento das disfunções sexuais masculinas.
O Canadá foi o primeiro país a classificar, em outubro, o BPA na categoria de substâncias tóxicas. Em março de 2009, os seis maiores fabricantes americanos de mamadeiras decidiram suspender a venda nos Estados Unidos de produtos com BPA.
FONTE: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/10/bisfenol-usado-em-recipientes-de-comida-afeta-fertilidade-masculina.html
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Bisfenol A
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Agrotóxicos e Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade
Uma equipe de cientistas da Universidade de Montreal e da Universidade de Harvard descobriram que a exposição a agrotóxicos organofosforados está associada ao aumento do risco de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em crianças.
Publicado na revista Pediatrics, a pesquisa [Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder and Urinary Metabolites of Organophosphate Pesticides] descobriu uma ligação entre a exposição a pesticidas e a presença de sintomas de TDAH. O estudo foi realizado com 1139 crianças, de acordo com uma amostra da da população geral dos EUA, e mediu os níveis de pesticidas em sua urina. Os autores concluiram que a exposição a pesticidas organofosforados, em níveis comumente encontrados em crianças nos EUA, pode contribuir para o diagnóstico de TDAH.
“Estudos anteriores mostraram que a exposição a alguns compostos organofosforados causar hiperatividade e déficit cognitivo em animais”, diz o autor Maryse F. Bouchard, da Universidade de Montreal, Departamento de Meio Ambiente e Saúde do Trabalho no Sainte-Justine Hospital Research Center. “Nosso estudo encontrou que a exposição a organofosforados no desenvolvimento de crianças pode ter efeitos sobre os sistemas neurais e pode contribuir para comportamentos tipicamente diagnosticados em TDAH, tais como desatenção, hiperatividade e impulsividade.”
O estudo foi financiado pelo Canadian Institutes for Health Research e pelo National Institute of Environmental Health Sciences (EUA).
O estudo “Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder and Urinary Metabolites of Organophosphate Pesticides,” publicado na revista Pediatrics, foi elaborado por Maryse F. Bouchard, University of Montreal and Harvard University e por David C. Bellinger, Robert O. Wright, and Marc G. Weisskopf da Harvard University.
O artigo está disponível para acesso integral e gratuíto. Para acessar o artigo, no formato PDF, clique aqui.
Para maiores informações transcrevemos, abaixo, o abstract.
Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder and Urinary Metabolites of Organophosphate Pesticides
Maryse F. Bouchard, PhDa,b, David C. Bellinger, PhDa,c, Robert O. Wright, MD, MPHa,d,e, Marc G. Weisskopf, PhDa,e,f
Departments of aEnvironmental Health and Epidemiology, School of Public Health, Harvard University, Boston, Massachusetts; Department of Environmental and Occupational Health, Faculty of Medicine, University of Montreal, Montreal, Quebec, Canada; Departments of cNeurology and Pediatrics, School of Medicine, Harvard University, and Boston Children’s Hospital, Boston, Massachusetts; and Channing Laboratory, Department of Medicine, School of Medicine, Harvard University, and Brigham and Women’s Hospital, Boston, Massachusetts
Objective
The goal was to examine the association between urinary concentrations of dialkyl phosphate metabolites of organophosphates and attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD) in children 8 to 15 years of age.
Methods
Cross-sectional data from the National Health and Nutrition Examination Survey (2000–2004) were available for 1139 children, who were representative of the general US population. A structured interview with a parent was used to ascertain ADHD diagnostic status, on the basis of slightly modified criteria from the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fourth Edition.
Results
One hundred nineteen children met the diagnostic criteria for ADHD. Children with higher urinary dialkyl phosphate concentrations, especially dimethyl alkylphosphate (DMAP) concentrations, were more likely to be diagnosed as having ADHD. A 10-fold increase in DMAP concentration was associated with an odds ratio of 1.55 (95% confidence interval: 1.14–2.10), with adjustment for gender, age, race/ethnicity, poverty/income ratio, fasting duration, and urinary creatinine concentration. For the most-commonly detected DMAP metabolite, dimethyl thiophosphate, children with levels higher than the median of detectable concentrations had twice the odds of ADHD (adjusted odds ratio: 1.93 [95% confidence interval: 1.23–3.02]), compared with children with undetectable levels.
Conclusions
These findings support the hypothesis that organophosphate exposure, at levels common among US children, may contribute to ADHD prevalence. Prospective studies are needed to establish whether this association is causal.
PEDIATRICS (doi:10.1542/peds.2009-3058)
.
Publicado na revista Pediatrics, a pesquisa [Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder and Urinary Metabolites of Organophosphate Pesticides] descobriu uma ligação entre a exposição a pesticidas e a presença de sintomas de TDAH. O estudo foi realizado com 1139 crianças, de acordo com uma amostra da da população geral dos EUA, e mediu os níveis de pesticidas em sua urina. Os autores concluiram que a exposição a pesticidas organofosforados, em níveis comumente encontrados em crianças nos EUA, pode contribuir para o diagnóstico de TDAH.
“Estudos anteriores mostraram que a exposição a alguns compostos organofosforados causar hiperatividade e déficit cognitivo em animais”, diz o autor Maryse F. Bouchard, da Universidade de Montreal, Departamento de Meio Ambiente e Saúde do Trabalho no Sainte-Justine Hospital Research Center. “Nosso estudo encontrou que a exposição a organofosforados no desenvolvimento de crianças pode ter efeitos sobre os sistemas neurais e pode contribuir para comportamentos tipicamente diagnosticados em TDAH, tais como desatenção, hiperatividade e impulsividade.”
O estudo foi financiado pelo Canadian Institutes for Health Research e pelo National Institute of Environmental Health Sciences (EUA).
O estudo “Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder and Urinary Metabolites of Organophosphate Pesticides,” publicado na revista Pediatrics, foi elaborado por Maryse F. Bouchard, University of Montreal and Harvard University e por David C. Bellinger, Robert O. Wright, and Marc G. Weisskopf da Harvard University.
O artigo está disponível para acesso integral e gratuíto. Para acessar o artigo, no formato PDF, clique aqui.
Para maiores informações transcrevemos, abaixo, o abstract.
Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder and Urinary Metabolites of Organophosphate Pesticides
Maryse F. Bouchard, PhDa,b, David C. Bellinger, PhDa,c, Robert O. Wright, MD, MPHa,d,e, Marc G. Weisskopf, PhDa,e,f
Departments of aEnvironmental Health and Epidemiology, School of Public Health, Harvard University, Boston, Massachusetts; Department of Environmental and Occupational Health, Faculty of Medicine, University of Montreal, Montreal, Quebec, Canada; Departments of cNeurology and Pediatrics, School of Medicine, Harvard University, and Boston Children’s Hospital, Boston, Massachusetts; and Channing Laboratory, Department of Medicine, School of Medicine, Harvard University, and Brigham and Women’s Hospital, Boston, Massachusetts
Objective
The goal was to examine the association between urinary concentrations of dialkyl phosphate metabolites of organophosphates and attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD) in children 8 to 15 years of age.
Methods
Cross-sectional data from the National Health and Nutrition Examination Survey (2000–2004) were available for 1139 children, who were representative of the general US population. A structured interview with a parent was used to ascertain ADHD diagnostic status, on the basis of slightly modified criteria from the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fourth Edition.
Results
One hundred nineteen children met the diagnostic criteria for ADHD. Children with higher urinary dialkyl phosphate concentrations, especially dimethyl alkylphosphate (DMAP) concentrations, were more likely to be diagnosed as having ADHD. A 10-fold increase in DMAP concentration was associated with an odds ratio of 1.55 (95% confidence interval: 1.14–2.10), with adjustment for gender, age, race/ethnicity, poverty/income ratio, fasting duration, and urinary creatinine concentration. For the most-commonly detected DMAP metabolite, dimethyl thiophosphate, children with levels higher than the median of detectable concentrations had twice the odds of ADHD (adjusted odds ratio: 1.93 [95% confidence interval: 1.23–3.02]), compared with children with undetectable levels.
Conclusions
These findings support the hypothesis that organophosphate exposure, at levels common among US children, may contribute to ADHD prevalence. Prospective studies are needed to establish whether this association is causal.
PEDIATRICS (doi:10.1542/peds.2009-3058)
.
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quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Cientistas mostram problemas da proposta de alterar Código Florestal
Um documento de cientistas brasileiros mostra ponto a ponto como as mudanças propostas pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB) para o Código Florestal serão danosas à biodiversidade brasileira. O projeto pode ser votado em breve no Congresso.
A conclusão é que as alterações sugeridas devem impactar a economia de diferentes formas: com a redução na produção agropastoril e o risco de afetar o abastecimento de água, o fornecimento de energia e o escoamento da produção (com o esperado assoreamento de rios e portos).
O material foi elaborado por pesquisadores do programa Biota da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservação (Abeco). A redação coube a cientistas reconhecidos como Jean Paul Metzger, da USP, e Carlos Joly, da Unicamp.
Eles argumentam que reduzir a reserva legal (fração de uma propriedade que deve ser mantida como mata, mas pode ser usada de forma sustentável) na Amazônia Legal de 80% para 50% será problemático.
“Essa alteração terá efeito especialmente impactante, pois deverá reduzir o patamar de cobertura florestal da Amazônia para níveis abaixo de 60%, percentual hoje considerado nos estudos científicos realizados como um limiar crítico para a manutenção da continuidade física da floresta”, dizem os cientistas.
Segundo eles, abaixo deste limiar “os ambientes tenderão a ser mais fragmentados, mais isolados e com maior risco de extinção de espécies” Já a redução da faixa de proteção dos rios com até 5 metros de largura de 30 metros para 15 metros poderá, por exemplo, impactar uma fauna única. Estudos sobre sapos e rãs na Mata Atlântica indicam que 50% das espécies estão concentradas em riachos com menos de 5 metros de largura.
Além disso, afirmam, excluir as várzeas das Áreas de Preservação Permanente (APPs), que como o nome diz não podem ser ocupadas ou destruídas, significaria perder “serviços” como o de controlar enchentes – elas são como piscinões. Mais informações podem ser obtidas no site: www.biotaneotropica.org.br/v10n4/pt.
FONTE: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,cientistas-mostram-problemas-da-proposta-de-alterar-codigo-florestal,627516,0.htm
A conclusão é que as alterações sugeridas devem impactar a economia de diferentes formas: com a redução na produção agropastoril e o risco de afetar o abastecimento de água, o fornecimento de energia e o escoamento da produção (com o esperado assoreamento de rios e portos).
O material foi elaborado por pesquisadores do programa Biota da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservação (Abeco). A redação coube a cientistas reconhecidos como Jean Paul Metzger, da USP, e Carlos Joly, da Unicamp.
Eles argumentam que reduzir a reserva legal (fração de uma propriedade que deve ser mantida como mata, mas pode ser usada de forma sustentável) na Amazônia Legal de 80% para 50% será problemático.
“Essa alteração terá efeito especialmente impactante, pois deverá reduzir o patamar de cobertura florestal da Amazônia para níveis abaixo de 60%, percentual hoje considerado nos estudos científicos realizados como um limiar crítico para a manutenção da continuidade física da floresta”, dizem os cientistas.
Segundo eles, abaixo deste limiar “os ambientes tenderão a ser mais fragmentados, mais isolados e com maior risco de extinção de espécies” Já a redução da faixa de proteção dos rios com até 5 metros de largura de 30 metros para 15 metros poderá, por exemplo, impactar uma fauna única. Estudos sobre sapos e rãs na Mata Atlântica indicam que 50% das espécies estão concentradas em riachos com menos de 5 metros de largura.
Além disso, afirmam, excluir as várzeas das Áreas de Preservação Permanente (APPs), que como o nome diz não podem ser ocupadas ou destruídas, significaria perder “serviços” como o de controlar enchentes – elas são como piscinões. Mais informações podem ser obtidas no site: www.biotaneotropica.org.br/v10n4/pt.
FONTE: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,cientistas-mostram-problemas-da-proposta-de-alterar-codigo-florestal,627516,0.htm
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Dr. Frederico Lobo
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terça-feira, 19 de outubro de 2010
Projeto quer proibir mamadeiras com substância cancerígena
Mamadeiras, chupetas e recipientes plásticos que contenham a substância bisfenol-A, componente químico cancerígeno, podem ter a comercialização proibida. A proposta do senador Gim Argello (PTB-DF) se baseou em estudos das universidades de Columbia, Oxford e Illinois. "No Canadá, Dinamarca e em Costa Rica as indústrias já foram proibidas de fabricar mamadeiras com esse tipo de substância. Na França, o Senado aprovou a proibição em caráter provisório e nos Estados Unidos o bisfenol-A já foi proibido em dois estados", afirmou o senador.
No Brasil, segundo Argello, não existe proibição à fabricação e comercialização de produtos com o bisfenol-A e o componente continua sendo usado como a matéria-prima de plásticos duros. O projeto de lei 159/2010 está em tramitação no Senado e, se aprovado, segue para última votação na Comissão de Assuntos Sociais.
A liberação da toxina acontece durante o aquecimento do plástico. "Em produtos como chupetas e mamadeiras, ele é potencialmente prejudicial à saúde das nossas crianças", disse o senador.
O pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) que lidera uma pesquisa sobre estrógenos ambientais, Paulo Saldiva, explicou que "a ingestão destas substâncias por bebês pode influenciar na formação das mamas, testículos e órgão que têm ligação com hormônios".
Segundo Saldiva, o processo seria como uma reposição hormonal externa pois, ao ingerir o bisfenol-A, a pessoa absorve quantidades variadas de estrogênio. "A conseqüência é o aumento da tendência ao desenvolvimento de câncer de mama ou útero na mulher e perda de espermatozóides para o homem", explica.
O pesquisador afirmou que apesar desta descoberta ter mais de 15 anos, ainda não há provas de quantidades seguras para o consumo da substância.
Cuidados na hora de comprar a mamadeira
Para saber qual produto comprar, sem assumir os riscos oferecidos pelo bisfenol-A, o gerente de informação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Carlos Thadeu, sugere a preferência pelas mamadeiras de vidro, para as crianças que ainda não começaram a andar. No entanto, para as demais, o vidro não é indicado, pois pode causar acidentes, em caso de queda.
Thadeu explicou que embaixo da mamadeira deve existir um triângulo com um número no interior. "As mamadeiras em que neste triângulo estiver o número 3 ou 7 têm o policarbonato em sua composição e o bisfenol-A", disse. As com o número 5 e as letras PP, no interior do triângulo, são as que não possuem bisfenol-A. O gerente aconselha também sempre verificar a composição do produto.
"Se a pessoa já possui a mamadeira com o bisfenol-A, o ideal é evitar sujeitá-la às temperaturas elevadas, pois o bisfenol-A é liberado no calor de 100°C, que é a temperatura de ebulição", disse ele.
Carlos Thadeu é favorável ao projeto do senador Gim Argello. Segundo ele, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite até 0,6 miligramas da substância por quilo do composto usado na fabricação de cada produto. "Se é sabido que o bisfenol-A é nocivo, por que não substituir?", questiona
Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4724952-EI306,00-Projeto+quer+proibir+mamadeiras+com+substancia+cancerigena.html
No Brasil, segundo Argello, não existe proibição à fabricação e comercialização de produtos com o bisfenol-A e o componente continua sendo usado como a matéria-prima de plásticos duros. O projeto de lei 159/2010 está em tramitação no Senado e, se aprovado, segue para última votação na Comissão de Assuntos Sociais.
A liberação da toxina acontece durante o aquecimento do plástico. "Em produtos como chupetas e mamadeiras, ele é potencialmente prejudicial à saúde das nossas crianças", disse o senador.
O pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) que lidera uma pesquisa sobre estrógenos ambientais, Paulo Saldiva, explicou que "a ingestão destas substâncias por bebês pode influenciar na formação das mamas, testículos e órgão que têm ligação com hormônios".
Segundo Saldiva, o processo seria como uma reposição hormonal externa pois, ao ingerir o bisfenol-A, a pessoa absorve quantidades variadas de estrogênio. "A conseqüência é o aumento da tendência ao desenvolvimento de câncer de mama ou útero na mulher e perda de espermatozóides para o homem", explica.
O pesquisador afirmou que apesar desta descoberta ter mais de 15 anos, ainda não há provas de quantidades seguras para o consumo da substância.
Cuidados na hora de comprar a mamadeira
Para saber qual produto comprar, sem assumir os riscos oferecidos pelo bisfenol-A, o gerente de informação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Carlos Thadeu, sugere a preferência pelas mamadeiras de vidro, para as crianças que ainda não começaram a andar. No entanto, para as demais, o vidro não é indicado, pois pode causar acidentes, em caso de queda.
Thadeu explicou que embaixo da mamadeira deve existir um triângulo com um número no interior. "As mamadeiras em que neste triângulo estiver o número 3 ou 7 têm o policarbonato em sua composição e o bisfenol-A", disse. As com o número 5 e as letras PP, no interior do triângulo, são as que não possuem bisfenol-A. O gerente aconselha também sempre verificar a composição do produto.
"Se a pessoa já possui a mamadeira com o bisfenol-A, o ideal é evitar sujeitá-la às temperaturas elevadas, pois o bisfenol-A é liberado no calor de 100°C, que é a temperatura de ebulição", disse ele.
Carlos Thadeu é favorável ao projeto do senador Gim Argello. Segundo ele, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite até 0,6 miligramas da substância por quilo do composto usado na fabricação de cada produto. "Se é sabido que o bisfenol-A é nocivo, por que não substituir?", questiona
Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4724952-EI306,00-Projeto+quer+proibir+mamadeiras+com+substancia+cancerigena.html
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quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Obesidade e Luminosidade
Foi noticiado hoje em diversos sites que reportam assuntos ligados à saúde a seguinte afirmação: Luz acesa a noite pode levar à obesidade... Algo que já falamos há mais de 20 anos. Chega a ser engraçado. Quanto mais pesquisarem verão o papel da Melatonina como neuro-hormônio e com múltiplas funções, desde auxiliar no controle da pressão, até controle da imunidade... passando pela questão da alimentação e alterações metabólicas (pior tolerancia à glicose).
O aumento global dos índices de obesidade e de distúrbios do metabolismo coincide com uma alta da exposição à luminosidade noturna. A conclusão é de cientistas do departamento de neurociência e psicologia da Universidade Estadual de Ohio, nos EUA, e do Centro Israelense para Pesquisa Interdisciplinar em Cronobiologia. O estudo foi publicado na revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS).
Os especialistas verificaram que a regulação circadiana – processo rítmico que ocorre no organismo todos os dias mais ou menos à mesma hora – da homeostase energética – modo como um organismo mantém equilíbrio de diversas funções, como temperatura, pulso, pressão arterial e taxa de açúcar no sangue – é controlada por um relógio biológico “embutido” que é sincronizado de acordo com informação luminosa.
Para promover um funcionamento adequado, o relógio circadiano prepara os indivíduos para eventos previsíveis, como disponibilidade de alimentos e períodos de sono. Quando o relógio é “contrariado”, abre-se caminho para distúrbios metabólicos.
Os cientistas avaliaram a relação entre exposição à luz durante a noite e alterações na massa corpórea de camundongos machos. As cobaias acomodadas em ambiente iluminado (mesmo com luz fraca) apresentaram um significativo ganho de massa corpórea e reduziram a tolerância à glicose.
O período de consumo de comida dos roedores submetidos ao regime de luminosidade noturna difere dos camundongos sob regime-padrão de ciclos dia/noite: os primeiros comeram 55,5% da ração durante a noite iluminada, ante 36,5% no segundo grupo.
Apesar de não haver nenhuma diferença no grau de atividade física ou na quantidade de comida consumida cotidianamente, os ratos que viveram com luz durante o ciclo noturno engordaram mais que os outros
Os pesquisadores constataram que os ratos submetidos a uma luz fraca durante a noite por oito semanas tinha, ao final desse período, um índice de massa corporal cerca de 50% superior que ao daqueles que viveram um ciclo noturno normal.
Dos ratos submetidos a uma luminosidade constante durante a noite, mas com acesso à comida somente durante as horas normais do dia, nenhum ganhou peso.
Os roedores que puderam comer no momento em queriam durante o ciclo de 24 horas de luz contínua ganharam muito mais peso, apesar de, no total, não terem ingerido mais comida que os animais de grupo de observação.
Há algo na noite que, com a luz, faz com que os ratos comam em horas inadequadas, o que faz com que não metabolizem direito sua comida — explicou Randy Nelson, professor de neurologia e psicologia da Universidade de Ohio e co-autor do estudo.
Se estas observações se confirmarem nos humanos, leva a pensar que comer tarde da noite pode representar um risco particular de obesidade — acrescentou o professor.
O aumento global dos índices de obesidade e de distúrbios do metabolismo coincide com uma alta da exposição à luminosidade noturna. A conclusão é de cientistas do departamento de neurociência e psicologia da Universidade Estadual de Ohio, nos EUA, e do Centro Israelense para Pesquisa Interdisciplinar em Cronobiologia. O estudo foi publicado na revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS).
Os especialistas verificaram que a regulação circadiana – processo rítmico que ocorre no organismo todos os dias mais ou menos à mesma hora – da homeostase energética – modo como um organismo mantém equilíbrio de diversas funções, como temperatura, pulso, pressão arterial e taxa de açúcar no sangue – é controlada por um relógio biológico “embutido” que é sincronizado de acordo com informação luminosa.
Para promover um funcionamento adequado, o relógio circadiano prepara os indivíduos para eventos previsíveis, como disponibilidade de alimentos e períodos de sono. Quando o relógio é “contrariado”, abre-se caminho para distúrbios metabólicos.
Os cientistas avaliaram a relação entre exposição à luz durante a noite e alterações na massa corpórea de camundongos machos. As cobaias acomodadas em ambiente iluminado (mesmo com luz fraca) apresentaram um significativo ganho de massa corpórea e reduziram a tolerância à glicose.
O período de consumo de comida dos roedores submetidos ao regime de luminosidade noturna difere dos camundongos sob regime-padrão de ciclos dia/noite: os primeiros comeram 55,5% da ração durante a noite iluminada, ante 36,5% no segundo grupo.
Apesar de não haver nenhuma diferença no grau de atividade física ou na quantidade de comida consumida cotidianamente, os ratos que viveram com luz durante o ciclo noturno engordaram mais que os outros
Os pesquisadores constataram que os ratos submetidos a uma luz fraca durante a noite por oito semanas tinha, ao final desse período, um índice de massa corporal cerca de 50% superior que ao daqueles que viveram um ciclo noturno normal.
Dos ratos submetidos a uma luminosidade constante durante a noite, mas com acesso à comida somente durante as horas normais do dia, nenhum ganhou peso.
Os roedores que puderam comer no momento em queriam durante o ciclo de 24 horas de luz contínua ganharam muito mais peso, apesar de, no total, não terem ingerido mais comida que os animais de grupo de observação.
Há algo na noite que, com a luz, faz com que os ratos comam em horas inadequadas, o que faz com que não metabolizem direito sua comida — explicou Randy Nelson, professor de neurologia e psicologia da Universidade de Ohio e co-autor do estudo.
Se estas observações se confirmarem nos humanos, leva a pensar que comer tarde da noite pode representar um risco particular de obesidade — acrescentou o professor.
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quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Estudo relaciona diabetes com poluição do ar
Um estudo divulgado no dia 29 de setembro, pelo Hospital Infantil de Boston, encontrou uma forte relação entre a diabetes nos adultos e partículas de poluição atmosférica, mesmo quando a exposição é inferior ao atual limite de segurança estabelecido pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês).
O relatório, que será publicado na edição de outubro da revista Diabetes Care, reforça uma série de estudos laboratoriais que revelaram um aumento na resistência à insulina em ratos expostos a partículas de poluição. Na pesquisa do Hospital Infantil de Boston, para cada aumento de 10 microgramas por metro cúbico de exposição a partículas poluentes, houve um aumento de 1% da incidência de diabetes.
A diferença entre a ocorrência da doença nos município com maior e menos índice de poluição é de cerca de 20%, diz a pesquisa. “De uma perspectiva política, os resultados sugerem que os limites atuais de exposição podem não ser adequados para evitar os resultados negativos na saúde pública”, diz John Brownstein, um dos autores do estudo.
Allison Goldfine, tamém co-autor do estudo e diretor de pesquisa clínica do Joslin Diabetes Center, lembra ainda que esses fatores ambientais podem contribuir para uma epidemia de diabetes em todo o mundo. “Enquanto muita atenção tem sido corretamente atribuída para evitar os hábitos de alimentação muito calórica e sedentarismo, fatores adicionais podem fornecer novas abordagens para a prevenção do diabetes”, diz.
Os pesquisadores afirmaram ter o objetivo de dar continuidade ao estudo, incluindo pesquisas sobre os mecanismos inflamatórios da diabetes e o papel das partículas de poluentes nesse caso. “Nós também temos um interesse em investigar esta descoberta em nível internacional, onde os padrões de controle da poluição podem ser menos rigorosos", conclui Brownstein
FONTE
O relatório, que será publicado na edição de outubro da revista Diabetes Care, reforça uma série de estudos laboratoriais que revelaram um aumento na resistência à insulina em ratos expostos a partículas de poluição. Na pesquisa do Hospital Infantil de Boston, para cada aumento de 10 microgramas por metro cúbico de exposição a partículas poluentes, houve um aumento de 1% da incidência de diabetes.
A diferença entre a ocorrência da doença nos município com maior e menos índice de poluição é de cerca de 20%, diz a pesquisa. “De uma perspectiva política, os resultados sugerem que os limites atuais de exposição podem não ser adequados para evitar os resultados negativos na saúde pública”, diz John Brownstein, um dos autores do estudo.
Allison Goldfine, tamém co-autor do estudo e diretor de pesquisa clínica do Joslin Diabetes Center, lembra ainda que esses fatores ambientais podem contribuir para uma epidemia de diabetes em todo o mundo. “Enquanto muita atenção tem sido corretamente atribuída para evitar os hábitos de alimentação muito calórica e sedentarismo, fatores adicionais podem fornecer novas abordagens para a prevenção do diabetes”, diz.
Os pesquisadores afirmaram ter o objetivo de dar continuidade ao estudo, incluindo pesquisas sobre os mecanismos inflamatórios da diabetes e o papel das partículas de poluentes nesse caso. “Nós também temos um interesse em investigar esta descoberta em nível internacional, onde os padrões de controle da poluição podem ser menos rigorosos", conclui Brownstein
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terça-feira, 28 de setembro de 2010
Bisphenol-A e câncer de mama – semelhanças com dietilestilbestrol
Como parte de uma característica especial sobre os riscos potencias da exposição à bisphenol-A (BPA) durante a gestação, Medscape conversou com o Dr. Hugh S. Taylor. Ele é Professor de Obstetrícia, Ginecologia, e Ciências Reprodutivas, Professor de Biologia molecular, celular, e de desenvolvimento e Chefe do Departamento de Endocrinologia Reprodutiva e Infertilidade na Yale School of Medicine. Ele é também diretor do Yale Center for Endometrium and Endometriosis. Ele foi o investigador líder em um estudo que identificou um importante movimento gerado pela exposição à BPA durante a gestação que poderia levar ao câncer de mama depois de décadas. [1]
Medscape: Você poderia descrever seu estudo sobre o risco de câncer de mama na prole do sexo feminino de mães que foram expostas ao bisphenol-A (BPA), [1] e dar algumas ideias se ele foi clinicamente significante?
Dr. Taylor: Nesse estudo nós usamos um modelo animal (rato) para estudar o risco a câncer de mama – mais precisamente—o mecanismo pelo qual o risco de desenvolvimento de um câncer de mama pode ser aumentado após exposição do útero ao dietilestilbestrol (DES) ou BPA. Nós pesquisamos mães ingerindo esses dois compostos estrogênicos durante a gestação e então determinaram qual efeito esses compostos tiveram na prole feminina após seu nascimento e quando adultos. Eles só foram expostos dentro do útero e quando eram fetos.
Nesse estudo, nós olhamos para o tecido da mama. Evidência recente demonstra que mulheres que foram expostas a DES como fetos começam a mostrar um risco aumentado relativo de câncer de mama quando elas atingem as idades maiores que 40 anos. Essa droga foi utilizada nos anos 50 e 60 para prevenir o aborto em mulheres de alto risco, e agora estamos vendo um risco aumentado de câncer de mama em suas filhas, que estão chegando a idade em que o risco de câncer de mama começa a crescer. Nós queríamos chegar ao mecanismo por trás do risco. Como a exposição a estrogênio poderia estar influenciando seu risco de câncer de mama meio século após e como um adulto de 40-, 50-, 60-anos?
Nós também queríamos determinar se o BPA teve o mesmo efeito. Enquanto os dados do BPA em humanos são menos claros do que com DES, modelos animais adultos estão claramente mostrando que a exposição intrauterina à BPA pode aumentar o risco de mudanças pré-neoplásicas na mama e o risco de desenvolvimento o câncer de mama quando outros carcinógenos são administrados também. Nesses modelos animais adultos, o BPA aumenta a suscetibilidade ou risco no lugar de aumentar diretamente o número de cânceres de mama.
Medscape: Você poderia comparar as diferenças entre DES e BPA em termos de força do efeito?
Dr. Taylor: Bem, isso é o que nos surpreende. DES é um estrogênio bastante poderoso. Tem uma afinidade alta para o receptor de estrogênio e funciona como um estrogênio poderoso, enquanto o BPA é um estrogênio bastante fraco. Tem alguns efeitos estrogênicos, mas eles são pequenos, e tem uma afinidade para o receptor de estrogênio que é várias vezes mais baixa que o estrogênio natural, o estradiol. Foi surpreendente então que os dois estrogênios tenham tido o mesmo efeito no estudo, o que nos leva a especular se eles podem estar afetando a expressão genética através de um mecanismo diferente do efeito no receptor de estrogênio.
Medscape: Alguma ideia do que seria isso?
Dr. Taylor: Não, nós ainda não sabemos. Contudo, nós especulamos. Nós administramos ou BPA ou DES durante a gestação, e esperamos até que esses ratos ficassem adultos, e então nós olhamos ao tecido ou glândula mamária, como é chamada nos ratos.
Nós mostramos que um gene que é ligado ao câncer de mama fica permanentemente elevado nesses ratos, e a breve exposição a ou DES ou BPA durante a gestação leva a uma elevação permanente e duradoura de uma molécula chamada EZH2.[2] Apesar do fato de que DES e BPA variam drasticamente na sua potência, ambos têm efeito similar na expressão da molécula EZH2, e mulheres com elevações em EZH2 tem um maior risco de desenvolvimento do câncer de mama.
EZH2 modifica as histonas, que são as proteínas que envolvem e compactam o DNA. Modificação de histonas pode abrir o DNA ou torná-lo mais compacto e menos acessível e pode mudar genes. Toda uma bateria de genes é provavelmente regulada diferenciadamente por essa mudança no EZH2. A modificação altera acessibilidade ao DNA e, portanto é hipergenética. A modificação da histona continua a influenciar a maneira que o DNA é empacotado e, portanto se um gene está ligado ou não nesse indivíduo. Nós também sabemos que essa modificação em particular aumenta o risco de câncer de mama.
Mulheres que realizaram biópsias que tiveram resultados benignos, mas mostraram um EZH2 elevado tinham uma grande chance de desenvolvimento de câncer de mama no futuro. Além disso, mulheres com câncer de mama que tem EZH2 expressado em altos níveis têm um prognóstico pior.
Medscape: Voltando ao seu estudo, uma das criticas foi que você injetou BPA no rato gestante. Alguns outros estudos usando ingestão oral em alguns ratos não encontraram nenhum risco para câncer de mama, ou foi baixo e não foi significante.
Dr. Taylor: Isso é algo controverso, eu admito. A injeção obviamente não é a rota da exposição humana, mas eu acho que temos que notar duas coisas. A primeira é que tentamos imitar na média, níveis que são similares aos humanos após a exposição oral. Nós mostramos níveis séricos que em média são similares aos níveis humanos após exposição oral, apesar de um diferente curso de tempo. O rato recebe um bolus e então funciona rapidamente. O BPA é metabolizado e excretado na urina relativamente rápida, então a injeção não provê a mesma exposição como a ingestão oral. Isso certamente poderia ser uma critica ao nosso estudo.
Contudo, não estamos tentando imitar exatamente a exposição humana. Nosso ponto é descobrir o mecanismo de ação. Nós queremos saber como a exposição durante a gestação pode levar a mudanças por toda a vida. Parece pouco usual que essas mudanças não ocorram com a exposição na vida adulta, mas a exposição durante a gravidez resulta em mudanças para a vida o que aumenta o risco de câncer de mama. Qual é o mecanismo por trás disso? Como poderemos explicar esse estranho fenômeno no qual o risco só aparece anos após a exposição? Nesse caso, a mama é programada durante o desenvolvimento para responder depois. Nós claramente mostramos que o mecanismo aqui está programando o útero. Exposição no início da vida muda permanentemente a expressão de uma molécula que aumenta o risco de câncer de mama.
Medscape: Em termos de significância clínica, o quão preocupado você está sobre isso?
Dr. Taylor: Como mencionei, nosso objetivo era entender o mecanismo – não decidir qual dose é segura e qual não é. Nós vamos subsequentemente estudá-las, mas esse não era nosso objetivo aqui. Contudo, eu acho que a ligação com DES torna nossos achados relevantes. Em humanos é claro que mulheres expostas ao DES tiveram desfechos reprodutivos terríveis, incluindo útero anormal, e está ficando aparente que elas têm um risco aumentado de câncer de mama também, especialmente ao ficarem mais velhas. Nosso estudo nos mostra que o BPA está fazendo o mesmo no seio que o DES faz. É isso que me preocupa. Agora, qual o nível de exposição que precisamos nos preocupar ainda é uma questão sem resposta. Exatamente o que mulheres deveriam fazer quando estão grávidas ainda não está definido claramente, mas eu diria que faz sentido ser cauteloso. A maioria das evidencias disponíveis mostra que há algum risco.
Medscape: É possível estudar os efeitos do BPA em mulheres?
Dr. Taylor: Nós nunca teremos o estudo perfeito em mulheres. Um porque em países desenvolvidos todas as mulheres estão expostas a BPA, então você nunca terá um grupo onde você não encontra BPA. E, se você vai para uma área do mundo onde não há BPA, você ainda não pode comparar mulheres desses locais com mulheres de países desenvolvidos. Existem muitas outras diferenças, então você não pode atribuir nada do que você vê ao efeito do BPA. Você também nunca poderá dar a um grupo de mulheres grávidas altas doses de BPA quando pensamos que é perigoso. Seria pouco ético, então nós nunca teremos o estudo humano para provar isso. Nós vemos correlação entre os níveis de BPA no soro ou urina e a doença em humanos. Com muitos estudos com animais preocupantes e correlações similares em humanos eu acho que pode ter sentido ser cauteloso e não passar pelo risco de exposição ao BPA – especialmente durante a gestação. Nós estamos mostrando que a gestação é o momento mais vulnerável. Por isso, eu aconselho minhas pacientes grávidas a evitar BPA o quanto puderem.
Medscape: Então existem dicas específicas para evitar BPA?
Dr. Taylor: Pode ser quase impossível evitar o BPA inteiramente. Ele é muito em tantos produtos. Eu ainda estou aprendendo sobre coisas que contem BPA. Eu acho que algumas das exposições mais comuns são as garrafas de água de plástico duro. Muitos fabricantes estão removendo o BPA de seus produtos.
Medscape: Isso inclui grandes containeres?
Dr. Taylor: O número de reciclagem no triangulo pequeno na base do objeto geralmente é uma dica. Se tem o número 7 pode conter BPA.
Medscape: Latas são, é claro, uma grande fonte de BPA, e é muito difícil evitá-las.
Dr. Taylor: Sim, quase toda lata é com uma cobertura de epóxi que contém BPA. O selo de resina impede que a lata vaze e que bactérias entrem o que é algo bom, mas o BPA entra na nossa comida. Isto provavelmente recomenda a qualquer gestante a tentar evitar os alimentos enlatados, especialmente nos meses iniciais. Isso inclui a refeição for a de casa, porque na maioria dos restaurantes você recebe comidas que são enlatadas. Comer frutas e vegetais frescos é uma boa ideia e tem muitos outros benefícios. Não há realmente um lado ruim com exceção talvez do custo.
Medscape: É claro, há uma preocupação de que uma vez que comida enlatada é a maneira mais barata de comprar vegetais, as mulheres com rendas mais baixas, podem deixar de comer vegetais em razão do medo de passar o risco do câncer de mama para suas crianças.
Dr. Taylor. Sim, pode ser um pouco mais custoso evitar comidas enlatadas, mas certamente os ganhos em rede para a sociedade serão maiores se pudermos reduzir o câncer de mama e riscos reprodutivos no futuro. Existem também tantos outros benefícios a saúde decorrente da ingestão de frutas e vegetal frescos, especialmente durante a gestação, que eu certamente advogaria a favor do pequeno gasto extra. Eu acho que se você come as frutas e vegetais da estação você provavelmente consegue comprá-los relativamente baratos e é melhor que comer alimentos enlatados.
Medscape: Mas o BPA está em latas há décadas. Isso não argumenta a favor de sua segurança?
Dr. Taylor: Mas nós também temos visto um aumento do índice de neoplasias, incluindo câncer de mama, nas últimas décadas, O quanto disso está ligado ao BPA? Eu não sei.
Medscape: Você tem um número de outros compostos estrogênicos que preocupam a população, então é claro o curso do problema do efeito sinérgico de todos esses produtos químicos.
Dr. Taylor: Não, nós simplesmente não sabemos. Obviamente, estamos expostos a uma completa pletora de produtos químicos diferentes, alguns dos quais são hormônios e muitos sem dúvida tem interações; mas até que possamos saber mais eu acho que faz sentido ao menos eliminar ou tentar evitar aqueles que nós sabemos que são perigosos. Contudo, foi demonstrado que a exposição à BPA certamente leva a problemas no útero e mamas.
Medscape: Porque você acha que seu estudo em particular gerou tanto interesse da imprensa?
Dr. Taylor: Bem, eu penso que essa é a primeira vez que temos um mecanismo que nos diz que podemos ver um risco aumentado de câncer de mama com BPA e isso ajuda a resolver o mistério do quanto uma exposição breve pode programar alguém para a vida. Isso não era conhecido antes.
Medscape: Existe algum esforço publico para eliminar o BPA de produtos?
Dr. Taylor: Bem, algumas coisas. Por exemplo, Califórnia e Connecticut acabam de promulgar uma lei removendo o BPA dos brinquedos de crianças. Nalgene tirou o BPA de suas garrafas de água. O National Institute of Environmental Health Sciences (NIEHS) investiu pesado em estudos sobre as consequencias de BPA. NIEHS está tentando de maneira sem precedentes coordenar essas pesquisas para que tenhamos dados concretos que podem elucidar melhor a questão. Jerry Heindel no NIEHS lidera essa pesquisa.
Na realidade, a imprensa e o publico em geral estão fazendo mais do que qualquer um para que essa questão seja impactante. O mercado está causando a maioria dessas mudanças. O fato de Nalgene tirar o BPA das garrafas de água não se deu em razão da legislação, mas sim porque as pessoas começaram a reparar e a trocar para garrafas de aço inoxidável. Walmart está tirando materiais contendo BPA-de suas prateleiras e, mais uma vez, isso se dá em razão do pedido do público educado pelas informações dadas ao consumidor. São as forças do mercado, que ganham poder com as notícias e pesquisas patrocinadas pelo governo e não a legislação, que geram essas ações.
Medscape: Bem, muito obrigada. Eu realmente gostei de ouvir sobre o assunto. Você clarificou a edição para mim e eu acho que para nossos leitores também, então muito obrigado
Texto extraído do Medscape: http://www.medcenter.com/Medscape/content.aspx?id=27894
Medscape: Você poderia descrever seu estudo sobre o risco de câncer de mama na prole do sexo feminino de mães que foram expostas ao bisphenol-A (BPA), [1] e dar algumas ideias se ele foi clinicamente significante?
Dr. Taylor: Nesse estudo nós usamos um modelo animal (rato) para estudar o risco a câncer de mama – mais precisamente—o mecanismo pelo qual o risco de desenvolvimento de um câncer de mama pode ser aumentado após exposição do útero ao dietilestilbestrol (DES) ou BPA. Nós pesquisamos mães ingerindo esses dois compostos estrogênicos durante a gestação e então determinaram qual efeito esses compostos tiveram na prole feminina após seu nascimento e quando adultos. Eles só foram expostos dentro do útero e quando eram fetos.
Nesse estudo, nós olhamos para o tecido da mama. Evidência recente demonstra que mulheres que foram expostas a DES como fetos começam a mostrar um risco aumentado relativo de câncer de mama quando elas atingem as idades maiores que 40 anos. Essa droga foi utilizada nos anos 50 e 60 para prevenir o aborto em mulheres de alto risco, e agora estamos vendo um risco aumentado de câncer de mama em suas filhas, que estão chegando a idade em que o risco de câncer de mama começa a crescer. Nós queríamos chegar ao mecanismo por trás do risco. Como a exposição a estrogênio poderia estar influenciando seu risco de câncer de mama meio século após e como um adulto de 40-, 50-, 60-anos?
Nós também queríamos determinar se o BPA teve o mesmo efeito. Enquanto os dados do BPA em humanos são menos claros do que com DES, modelos animais adultos estão claramente mostrando que a exposição intrauterina à BPA pode aumentar o risco de mudanças pré-neoplásicas na mama e o risco de desenvolvimento o câncer de mama quando outros carcinógenos são administrados também. Nesses modelos animais adultos, o BPA aumenta a suscetibilidade ou risco no lugar de aumentar diretamente o número de cânceres de mama.
Medscape: Você poderia comparar as diferenças entre DES e BPA em termos de força do efeito?
Dr. Taylor: Bem, isso é o que nos surpreende. DES é um estrogênio bastante poderoso. Tem uma afinidade alta para o receptor de estrogênio e funciona como um estrogênio poderoso, enquanto o BPA é um estrogênio bastante fraco. Tem alguns efeitos estrogênicos, mas eles são pequenos, e tem uma afinidade para o receptor de estrogênio que é várias vezes mais baixa que o estrogênio natural, o estradiol. Foi surpreendente então que os dois estrogênios tenham tido o mesmo efeito no estudo, o que nos leva a especular se eles podem estar afetando a expressão genética através de um mecanismo diferente do efeito no receptor de estrogênio.
Medscape: Alguma ideia do que seria isso?
Dr. Taylor: Não, nós ainda não sabemos. Contudo, nós especulamos. Nós administramos ou BPA ou DES durante a gestação, e esperamos até que esses ratos ficassem adultos, e então nós olhamos ao tecido ou glândula mamária, como é chamada nos ratos.
Nós mostramos que um gene que é ligado ao câncer de mama fica permanentemente elevado nesses ratos, e a breve exposição a ou DES ou BPA durante a gestação leva a uma elevação permanente e duradoura de uma molécula chamada EZH2.[2] Apesar do fato de que DES e BPA variam drasticamente na sua potência, ambos têm efeito similar na expressão da molécula EZH2, e mulheres com elevações em EZH2 tem um maior risco de desenvolvimento do câncer de mama.
EZH2 modifica as histonas, que são as proteínas que envolvem e compactam o DNA. Modificação de histonas pode abrir o DNA ou torná-lo mais compacto e menos acessível e pode mudar genes. Toda uma bateria de genes é provavelmente regulada diferenciadamente por essa mudança no EZH2. A modificação altera acessibilidade ao DNA e, portanto é hipergenética. A modificação da histona continua a influenciar a maneira que o DNA é empacotado e, portanto se um gene está ligado ou não nesse indivíduo. Nós também sabemos que essa modificação em particular aumenta o risco de câncer de mama.
Mulheres que realizaram biópsias que tiveram resultados benignos, mas mostraram um EZH2 elevado tinham uma grande chance de desenvolvimento de câncer de mama no futuro. Além disso, mulheres com câncer de mama que tem EZH2 expressado em altos níveis têm um prognóstico pior.
Medscape: Voltando ao seu estudo, uma das criticas foi que você injetou BPA no rato gestante. Alguns outros estudos usando ingestão oral em alguns ratos não encontraram nenhum risco para câncer de mama, ou foi baixo e não foi significante.
Dr. Taylor: Isso é algo controverso, eu admito. A injeção obviamente não é a rota da exposição humana, mas eu acho que temos que notar duas coisas. A primeira é que tentamos imitar na média, níveis que são similares aos humanos após a exposição oral. Nós mostramos níveis séricos que em média são similares aos níveis humanos após exposição oral, apesar de um diferente curso de tempo. O rato recebe um bolus e então funciona rapidamente. O BPA é metabolizado e excretado na urina relativamente rápida, então a injeção não provê a mesma exposição como a ingestão oral. Isso certamente poderia ser uma critica ao nosso estudo.
Contudo, não estamos tentando imitar exatamente a exposição humana. Nosso ponto é descobrir o mecanismo de ação. Nós queremos saber como a exposição durante a gestação pode levar a mudanças por toda a vida. Parece pouco usual que essas mudanças não ocorram com a exposição na vida adulta, mas a exposição durante a gravidez resulta em mudanças para a vida o que aumenta o risco de câncer de mama. Qual é o mecanismo por trás disso? Como poderemos explicar esse estranho fenômeno no qual o risco só aparece anos após a exposição? Nesse caso, a mama é programada durante o desenvolvimento para responder depois. Nós claramente mostramos que o mecanismo aqui está programando o útero. Exposição no início da vida muda permanentemente a expressão de uma molécula que aumenta o risco de câncer de mama.
Medscape: Em termos de significância clínica, o quão preocupado você está sobre isso?
Dr. Taylor: Como mencionei, nosso objetivo era entender o mecanismo – não decidir qual dose é segura e qual não é. Nós vamos subsequentemente estudá-las, mas esse não era nosso objetivo aqui. Contudo, eu acho que a ligação com DES torna nossos achados relevantes. Em humanos é claro que mulheres expostas ao DES tiveram desfechos reprodutivos terríveis, incluindo útero anormal, e está ficando aparente que elas têm um risco aumentado de câncer de mama também, especialmente ao ficarem mais velhas. Nosso estudo nos mostra que o BPA está fazendo o mesmo no seio que o DES faz. É isso que me preocupa. Agora, qual o nível de exposição que precisamos nos preocupar ainda é uma questão sem resposta. Exatamente o que mulheres deveriam fazer quando estão grávidas ainda não está definido claramente, mas eu diria que faz sentido ser cauteloso. A maioria das evidencias disponíveis mostra que há algum risco.
Medscape: É possível estudar os efeitos do BPA em mulheres?
Dr. Taylor: Nós nunca teremos o estudo perfeito em mulheres. Um porque em países desenvolvidos todas as mulheres estão expostas a BPA, então você nunca terá um grupo onde você não encontra BPA. E, se você vai para uma área do mundo onde não há BPA, você ainda não pode comparar mulheres desses locais com mulheres de países desenvolvidos. Existem muitas outras diferenças, então você não pode atribuir nada do que você vê ao efeito do BPA. Você também nunca poderá dar a um grupo de mulheres grávidas altas doses de BPA quando pensamos que é perigoso. Seria pouco ético, então nós nunca teremos o estudo humano para provar isso. Nós vemos correlação entre os níveis de BPA no soro ou urina e a doença em humanos. Com muitos estudos com animais preocupantes e correlações similares em humanos eu acho que pode ter sentido ser cauteloso e não passar pelo risco de exposição ao BPA – especialmente durante a gestação. Nós estamos mostrando que a gestação é o momento mais vulnerável. Por isso, eu aconselho minhas pacientes grávidas a evitar BPA o quanto puderem.
Medscape: Então existem dicas específicas para evitar BPA?
Dr. Taylor: Pode ser quase impossível evitar o BPA inteiramente. Ele é muito em tantos produtos. Eu ainda estou aprendendo sobre coisas que contem BPA. Eu acho que algumas das exposições mais comuns são as garrafas de água de plástico duro. Muitos fabricantes estão removendo o BPA de seus produtos.
Medscape: Isso inclui grandes containeres?
Dr. Taylor: O número de reciclagem no triangulo pequeno na base do objeto geralmente é uma dica. Se tem o número 7 pode conter BPA.
Medscape: Latas são, é claro, uma grande fonte de BPA, e é muito difícil evitá-las.
Dr. Taylor: Sim, quase toda lata é com uma cobertura de epóxi que contém BPA. O selo de resina impede que a lata vaze e que bactérias entrem o que é algo bom, mas o BPA entra na nossa comida. Isto provavelmente recomenda a qualquer gestante a tentar evitar os alimentos enlatados, especialmente nos meses iniciais. Isso inclui a refeição for a de casa, porque na maioria dos restaurantes você recebe comidas que são enlatadas. Comer frutas e vegetais frescos é uma boa ideia e tem muitos outros benefícios. Não há realmente um lado ruim com exceção talvez do custo.
Medscape: É claro, há uma preocupação de que uma vez que comida enlatada é a maneira mais barata de comprar vegetais, as mulheres com rendas mais baixas, podem deixar de comer vegetais em razão do medo de passar o risco do câncer de mama para suas crianças.
Dr. Taylor. Sim, pode ser um pouco mais custoso evitar comidas enlatadas, mas certamente os ganhos em rede para a sociedade serão maiores se pudermos reduzir o câncer de mama e riscos reprodutivos no futuro. Existem também tantos outros benefícios a saúde decorrente da ingestão de frutas e vegetal frescos, especialmente durante a gestação, que eu certamente advogaria a favor do pequeno gasto extra. Eu acho que se você come as frutas e vegetais da estação você provavelmente consegue comprá-los relativamente baratos e é melhor que comer alimentos enlatados.
Medscape: Mas o BPA está em latas há décadas. Isso não argumenta a favor de sua segurança?
Dr. Taylor: Mas nós também temos visto um aumento do índice de neoplasias, incluindo câncer de mama, nas últimas décadas, O quanto disso está ligado ao BPA? Eu não sei.
Medscape: Você tem um número de outros compostos estrogênicos que preocupam a população, então é claro o curso do problema do efeito sinérgico de todos esses produtos químicos.
Dr. Taylor: Não, nós simplesmente não sabemos. Obviamente, estamos expostos a uma completa pletora de produtos químicos diferentes, alguns dos quais são hormônios e muitos sem dúvida tem interações; mas até que possamos saber mais eu acho que faz sentido ao menos eliminar ou tentar evitar aqueles que nós sabemos que são perigosos. Contudo, foi demonstrado que a exposição à BPA certamente leva a problemas no útero e mamas.
Medscape: Porque você acha que seu estudo em particular gerou tanto interesse da imprensa?
Dr. Taylor: Bem, eu penso que essa é a primeira vez que temos um mecanismo que nos diz que podemos ver um risco aumentado de câncer de mama com BPA e isso ajuda a resolver o mistério do quanto uma exposição breve pode programar alguém para a vida. Isso não era conhecido antes.
Medscape: Existe algum esforço publico para eliminar o BPA de produtos?
Dr. Taylor: Bem, algumas coisas. Por exemplo, Califórnia e Connecticut acabam de promulgar uma lei removendo o BPA dos brinquedos de crianças. Nalgene tirou o BPA de suas garrafas de água. O National Institute of Environmental Health Sciences (NIEHS) investiu pesado em estudos sobre as consequencias de BPA. NIEHS está tentando de maneira sem precedentes coordenar essas pesquisas para que tenhamos dados concretos que podem elucidar melhor a questão. Jerry Heindel no NIEHS lidera essa pesquisa.
Na realidade, a imprensa e o publico em geral estão fazendo mais do que qualquer um para que essa questão seja impactante. O mercado está causando a maioria dessas mudanças. O fato de Nalgene tirar o BPA das garrafas de água não se deu em razão da legislação, mas sim porque as pessoas começaram a reparar e a trocar para garrafas de aço inoxidável. Walmart está tirando materiais contendo BPA-de suas prateleiras e, mais uma vez, isso se dá em razão do pedido do público educado pelas informações dadas ao consumidor. São as forças do mercado, que ganham poder com as notícias e pesquisas patrocinadas pelo governo e não a legislação, que geram essas ações.
Medscape: Bem, muito obrigada. Eu realmente gostei de ouvir sobre o assunto. Você clarificou a edição para mim e eu acho que para nossos leitores também, então muito obrigado
Texto extraído do Medscape: http://www.medcenter.com/Medscape/content.aspx?id=27894
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Dr. Frederico Lobo
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Produtos de limpeza estão ligados ao câncer de mama?
O uso frequente de produtos de limpeza da casa pode potencializar o risco de câncer de mama, de acordo com um novo estudo que gerou ceticismo de médicos especialistas e da indústria de produtos de beleza.
Purificadores de ar e produtos para controle de mofo e umidade foram particularmente relacionados à doença, disse a pesquisadora Julia Brody, diretora executiva do Silent Spring Institute em Newton, Massachussets, que liderou o estudo.
O estudo foi publicado no Journal Environmental Health.
Acredita-se que o estudo foi o primeiro publicado a relatar a ligação entre produtos de limpeza da casa e o risco de câncer. "Muitos estudos de laboratório nos levaram a uma preocupação em relação a componentes particulares em produtos de limpeza e purificadores de ar, disse Brody à WebMD.
Enquanto Brody vê uma ligação. Outros não estão convencidos. “O que esse estudo realmente mostra é, quando um estudo confia na memória dos indivíduos sobre sua exposição e as pessoas estão preocupadas sobre essa exposição, nós não obtemos respostas confiáveis,” disse Michael Thun, vice-presidente emérito de epidemiologia para a American Cancer Society.
Produtos de limpeza e câncer de mama: detalhes do estudo
Brody e seus colaboradores conduziram entrevistas por telefone com 787 mulheres que foram diagnosticadas com câncer de mama e 721 que não tiveram câncer de mama. “Nós perguntamos a mulheres sobre o uso anterior de produtos de limpeza – no último ano, seu uso típico," declara Brody.
“Nós descobrimos ligações do câncer de mama com a combinação na utilização de produtos de limpeza – muitos produtos diferentes tomados juntos – e purificadores de ar e produtos de controle de mofo e umidade."
A ligação mais forte, ela diz, é a combinação de todos os produtos de limpeza. “No uso de produtos de limpeza combinados, o risco é cerca de duas vezes tão alto para câncer de mama quanto para mulheres que disseram que usavam a maioria quando comparadas com mulheres que disseram usar o mínimo."
O uso de repelente de insetos pareceu estar ligado também, disse Brody, mas foi encontrada uma pequena associação entre outros pesticidas e o risco de câncer de mama.
Especificar o quanto a exposição aos produtos pode aumentar o risco é difícil ela diz. Para o uso combinado de produtos, mulheres foram divididas em quatro grupos; aquelas no quarto grupo, que mais usavam, tinham duas vezes o risco daquelas no grupo que usava menos.
Para purificadores de ar sólidos, por exemplo, aqueles que fizeram uso por sete ou mais vezes em um ano tinham duas vezes o risco de câncer de mama do que aqueles que nunca usaram.
Brody também descobriu que mulheres que tinham câncer de mama e achavam que produtos químicos e poluentes contribuem para o risco do câncer tinham mais chances de relatar o alto uso de produtos clínicos.
Mas não tem certeza sobre o que leva a que – se mulheres que tem câncer de mama começam a se perguntar se o uso de produtos de limpeza desenvolvia um papel, ou outros fatores.
Segunda Opinião
Quando estudos olham para dados do passado, o que cientistas chamam de estudos retrospectivos – e pedem a pessoas que elas confiem em suas memórias, “os resultados não serão interpretáveis,” diz Thun, que revisou os achados do estudo para WebMD.
'‘Eu diria que o estudo realmente não é informativo sobre o risco real,” ele diz. "É muito mais informativa sobre o porque dessa linha particular de estudo não é confiável. “Não é informativa. E não vai responder as questões."
Quanto ao risco de produtos de limpeza, Thun diz, "É a hora do julgamento. Nós sabemos que há muita preocupação sobre produtos de limpeza vinda de grupos de defesa do meio ambiente."
Idealmente, a maneira de estudar o link potencial, ele diz, é definir antes a exposição a produtos de limpeza, e então seguir essas mulheres. Ele sabe que isso é difícil e consome muito tempo e “provavelmente não vai acontecer.”
Além disso, a técnica de relato não é confiável, ele diz, especialmente naqueles já diagnosticados. “Se eu tenho câncer de mama, eu vou buscar uma razão,” ele diz.
“Há uma preocupação em relação a recall bias,” concorda Susan Brown, diretora de educação da saúde no Susan G. Komen for the Cure em Dallas. O entendimento dos efeitos de produtos de limpeza necessitará de mais estudo, incluindo pesquisa que siga um grupo de mulheres durante o tempo, ela diz à WebMD.
''Nossa experiência é que uma vez que as pessoas são diagnosticadas com câncer de mama, elas estão tão interessadas em tentar descobrir o que causou a doença, que eles olham para as coisas de maneiras diferentes, '' diz Brown.
"Eles olham a cada exposição, cada comportamento como suspeito, talvez parte da razão deles terem o câncer de mama. É perfeitamente natural, mas não leva a boa ciência necessariamente."
Como o que devem mulheres se preocupar até que sejam realizadas mais pesquisas sobre produtos de limpeza? Thun diz que grupos de defesa do meio ambiente oferecem sugestões de uso de produtos mais simples, como sabão e água e bicarbonato de sódio.
Thun sugere também o foco em maneiras conhecidas para a redução do risco de câncer de mama, incluindo a manutenção de um peso saudável, atividade física, diminuição do consumo de álcool, e evitar a terapia de reposição hormonal.
Resposta da indústria
Em uma declaração, o American Cleaning Institute desafiou os achados. A pesquisa, de acordo com a declaração, “exceder nas suas conclusões baseadas em uso de produtos de limpeza relatado pela própria pessoa que foi diagnosticado com câncer de mama."
Afirma ainda que “a pesquisa é frequente a insinuação e especulação sobre a segurança de produtos de limpeza e seus ingredientes."
Tomando a edição com uma abordagem retrospectiva, a declaração nota que foi pedido a mulheres que elas relembrassem que produtos usaram no passado.
Brody defende seu estudo. "Essa é uma primeira abordagem e é necessário cautela na sua interpretação," ela diz.
Em uma pesquisa em andamento, sua equipe está testando o ar e a poeira nas casas das mulheres e encontrando compostos de produtos de consumo que possam ser prejudiciais, ela diz.
“Nós estamos focando no entendimento de exposições de produtos de consumo," ela diz, para identificar quais são potencialmente geradores de dano.
Julia Brody, PhD, executive director, The Silent Spring Institute, Newton, Mass. Zota, A. Environmental Health, July 20, 2010. Michael Thun, MD, vice president emeritus of epidemiology, American Cancer Society. Susan Brown, director of health education, Susan G. Komen for the Cure, Dallas.
Link pro Abstract do artigo
Purificadores de ar e produtos para controle de mofo e umidade foram particularmente relacionados à doença, disse a pesquisadora Julia Brody, diretora executiva do Silent Spring Institute em Newton, Massachussets, que liderou o estudo.
O estudo foi publicado no Journal Environmental Health.
Acredita-se que o estudo foi o primeiro publicado a relatar a ligação entre produtos de limpeza da casa e o risco de câncer. "Muitos estudos de laboratório nos levaram a uma preocupação em relação a componentes particulares em produtos de limpeza e purificadores de ar, disse Brody à WebMD.
Enquanto Brody vê uma ligação. Outros não estão convencidos. “O que esse estudo realmente mostra é, quando um estudo confia na memória dos indivíduos sobre sua exposição e as pessoas estão preocupadas sobre essa exposição, nós não obtemos respostas confiáveis,” disse Michael Thun, vice-presidente emérito de epidemiologia para a American Cancer Society.
Produtos de limpeza e câncer de mama: detalhes do estudo
Brody e seus colaboradores conduziram entrevistas por telefone com 787 mulheres que foram diagnosticadas com câncer de mama e 721 que não tiveram câncer de mama. “Nós perguntamos a mulheres sobre o uso anterior de produtos de limpeza – no último ano, seu uso típico," declara Brody.
“Nós descobrimos ligações do câncer de mama com a combinação na utilização de produtos de limpeza – muitos produtos diferentes tomados juntos – e purificadores de ar e produtos de controle de mofo e umidade."
A ligação mais forte, ela diz, é a combinação de todos os produtos de limpeza. “No uso de produtos de limpeza combinados, o risco é cerca de duas vezes tão alto para câncer de mama quanto para mulheres que disseram que usavam a maioria quando comparadas com mulheres que disseram usar o mínimo."
O uso de repelente de insetos pareceu estar ligado também, disse Brody, mas foi encontrada uma pequena associação entre outros pesticidas e o risco de câncer de mama.
Especificar o quanto a exposição aos produtos pode aumentar o risco é difícil ela diz. Para o uso combinado de produtos, mulheres foram divididas em quatro grupos; aquelas no quarto grupo, que mais usavam, tinham duas vezes o risco daquelas no grupo que usava menos.
Para purificadores de ar sólidos, por exemplo, aqueles que fizeram uso por sete ou mais vezes em um ano tinham duas vezes o risco de câncer de mama do que aqueles que nunca usaram.
Brody também descobriu que mulheres que tinham câncer de mama e achavam que produtos químicos e poluentes contribuem para o risco do câncer tinham mais chances de relatar o alto uso de produtos clínicos.
Mas não tem certeza sobre o que leva a que – se mulheres que tem câncer de mama começam a se perguntar se o uso de produtos de limpeza desenvolvia um papel, ou outros fatores.
Segunda Opinião
Quando estudos olham para dados do passado, o que cientistas chamam de estudos retrospectivos – e pedem a pessoas que elas confiem em suas memórias, “os resultados não serão interpretáveis,” diz Thun, que revisou os achados do estudo para WebMD.
'‘Eu diria que o estudo realmente não é informativo sobre o risco real,” ele diz. "É muito mais informativa sobre o porque dessa linha particular de estudo não é confiável. “Não é informativa. E não vai responder as questões."
Quanto ao risco de produtos de limpeza, Thun diz, "É a hora do julgamento. Nós sabemos que há muita preocupação sobre produtos de limpeza vinda de grupos de defesa do meio ambiente."
Idealmente, a maneira de estudar o link potencial, ele diz, é definir antes a exposição a produtos de limpeza, e então seguir essas mulheres. Ele sabe que isso é difícil e consome muito tempo e “provavelmente não vai acontecer.”
Além disso, a técnica de relato não é confiável, ele diz, especialmente naqueles já diagnosticados. “Se eu tenho câncer de mama, eu vou buscar uma razão,” ele diz.
“Há uma preocupação em relação a recall bias,” concorda Susan Brown, diretora de educação da saúde no Susan G. Komen for the Cure em Dallas. O entendimento dos efeitos de produtos de limpeza necessitará de mais estudo, incluindo pesquisa que siga um grupo de mulheres durante o tempo, ela diz à WebMD.
''Nossa experiência é que uma vez que as pessoas são diagnosticadas com câncer de mama, elas estão tão interessadas em tentar descobrir o que causou a doença, que eles olham para as coisas de maneiras diferentes, '' diz Brown.
"Eles olham a cada exposição, cada comportamento como suspeito, talvez parte da razão deles terem o câncer de mama. É perfeitamente natural, mas não leva a boa ciência necessariamente."
Como o que devem mulheres se preocupar até que sejam realizadas mais pesquisas sobre produtos de limpeza? Thun diz que grupos de defesa do meio ambiente oferecem sugestões de uso de produtos mais simples, como sabão e água e bicarbonato de sódio.
Thun sugere também o foco em maneiras conhecidas para a redução do risco de câncer de mama, incluindo a manutenção de um peso saudável, atividade física, diminuição do consumo de álcool, e evitar a terapia de reposição hormonal.
Resposta da indústria
Em uma declaração, o American Cleaning Institute desafiou os achados. A pesquisa, de acordo com a declaração, “exceder nas suas conclusões baseadas em uso de produtos de limpeza relatado pela própria pessoa que foi diagnosticado com câncer de mama."
Afirma ainda que “a pesquisa é frequente a insinuação e especulação sobre a segurança de produtos de limpeza e seus ingredientes."
Tomando a edição com uma abordagem retrospectiva, a declaração nota que foi pedido a mulheres que elas relembrassem que produtos usaram no passado.
Brody defende seu estudo. "Essa é uma primeira abordagem e é necessário cautela na sua interpretação," ela diz.
Em uma pesquisa em andamento, sua equipe está testando o ar e a poeira nas casas das mulheres e encontrando compostos de produtos de consumo que possam ser prejudiciais, ela diz.
“Nós estamos focando no entendimento de exposições de produtos de consumo," ela diz, para identificar quais são potencialmente geradores de dano.
Julia Brody, PhD, executive director, The Silent Spring Institute, Newton, Mass. Zota, A. Environmental Health, July 20, 2010. Michael Thun, MD, vice president emeritus of epidemiology, American Cancer Society. Susan Brown, director of health education, Susan G. Komen for the Cure, Dallas.
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O sono reduzido durante a noite no início da vida está ligado à obesidade subsequente
Duração menor do tempo de sono no início da vida é ligada à obesidade posterior, de acordo com os resultados de um estudo de coorte prospectivo relatado na Archives of Pediatric & Adolescent Medicine.
"O sono reduzido pode aumentar o risco de obesidade em crianças e adolescentes," escreve Janice F. Bell, da University of Washington e Seattle, e Frederick J. Zimmerman, da University of California, Los Angeles.
"A evidência está se acumulando em estudos cruzados da população para suportar uma relação contemporânea robusta entre o sono encurtado e um status de peso pouco saudável em crianças e adolescentes.
Em vários estudos, uma relação de dose-resposta é evidente com o aumento das chances de sobrepeso/obesidade associada com menos horas gastas dormindo."
Usando o US Panel Survey of Income Dynamics Child Development Supplements (PSID-CDS) de 1997 e 2002, os investigadores buscaram avaliar associações entre o sono durante o dia e à noite e a obesidade subsequente em 1930 crianças e adolescentes com idades entre 0 e 13 anos no início em 1997.
As durações de sono durante o dia e a noite no início foram definidas como menos do que 25 por cento dos escores de sono normalizado pela idade. No seguimento em 2002, o índice de massa corporal (IMC) foi convertido para z escores específicos com idade ou sexo e caracterizados como peso normal, sobrepeso, ou obesidade com uso de pontos de corte estabelecidos.
A relação entre a classificação da IMC e pouco sono durante o dia e a noite no início e o seguimento foi acessado com regressão logística ordenada. Co variáveis importantes incluindo o status sócio econômico, IMC dos pais, e IMC no início para crianças mais velhas de 4 anos foram também usados.
Entre crianças com idades entre 0 e 4 anos no início, duração pequena do sono nos dados de base foi fortemente associada com um maior risco para sobrepeso ou obesidade foi associada fortemente com um maior risco para sobrepeso ou obesidade subsequente (odds ratio, 1.80; intervalo de confiança de 95%, 1,16 – 2,80).
Entre crianças com idades de 5 a 13 anos, contudo, o sono no início não foi associado com o peso subsequente, mas o sono contemporâneo foi inversamente associado. Em ambos os grupos, o sono durante o dia não foi associado significantemente com a obesidade subsequente.
"Na coorte mais antiga, o seguimento do sono durante a noite foi associada com as chances marginalmente aumentadas no seguimento enquanto a duração do sono 5 anos antes não teve efeito significante," escrevem os autores do estudo.
"Esses achados sugerem que há uma janela crítica antes de 5 anos quando o sono durante a noite pode ser importante para o status de obesidade subsequente."
As limitações desse estudo incluem a coleção de dados de sono por apenas 2 dias em um ano, falta de IMC no início para as crianças mais novas, potencial confusão pela atividade física e dieta, e a falta de dados em relatos dos pais para o peso no início do trabalho.
"A duração diminuída o sono no início da vida é um fator de risco modificável com importantes implicações para prevenção e tratamento da obesidade," concluem os autores do estudo.
"Sono insuficiente durante a noite entre crianças e pré-escolares pode ser um fator de risco duradouro para obesidade subseqüente. O cochilo não parece ser um substituto para o sono durante a noite em termos de prevenção de obesidade."
Arch Pediatr Adolesc Med. 2010;164:840-845.
Extraído de: http://www.medcenter.com/Medscape/content.aspx?id=27924
"O sono reduzido pode aumentar o risco de obesidade em crianças e adolescentes," escreve Janice F. Bell, da University of Washington e Seattle, e Frederick J. Zimmerman, da University of California, Los Angeles.
"A evidência está se acumulando em estudos cruzados da população para suportar uma relação contemporânea robusta entre o sono encurtado e um status de peso pouco saudável em crianças e adolescentes.
Em vários estudos, uma relação de dose-resposta é evidente com o aumento das chances de sobrepeso/obesidade associada com menos horas gastas dormindo."
Usando o US Panel Survey of Income Dynamics Child Development Supplements (PSID-CDS) de 1997 e 2002, os investigadores buscaram avaliar associações entre o sono durante o dia e à noite e a obesidade subsequente em 1930 crianças e adolescentes com idades entre 0 e 13 anos no início em 1997.
As durações de sono durante o dia e a noite no início foram definidas como menos do que 25 por cento dos escores de sono normalizado pela idade. No seguimento em 2002, o índice de massa corporal (IMC) foi convertido para z escores específicos com idade ou sexo e caracterizados como peso normal, sobrepeso, ou obesidade com uso de pontos de corte estabelecidos.
A relação entre a classificação da IMC e pouco sono durante o dia e a noite no início e o seguimento foi acessado com regressão logística ordenada. Co variáveis importantes incluindo o status sócio econômico, IMC dos pais, e IMC no início para crianças mais velhas de 4 anos foram também usados.
Entre crianças com idades entre 0 e 4 anos no início, duração pequena do sono nos dados de base foi fortemente associada com um maior risco para sobrepeso ou obesidade foi associada fortemente com um maior risco para sobrepeso ou obesidade subsequente (odds ratio, 1.80; intervalo de confiança de 95%, 1,16 – 2,80).
Entre crianças com idades de 5 a 13 anos, contudo, o sono no início não foi associado com o peso subsequente, mas o sono contemporâneo foi inversamente associado. Em ambos os grupos, o sono durante o dia não foi associado significantemente com a obesidade subsequente.
"Na coorte mais antiga, o seguimento do sono durante a noite foi associada com as chances marginalmente aumentadas no seguimento enquanto a duração do sono 5 anos antes não teve efeito significante," escrevem os autores do estudo.
"Esses achados sugerem que há uma janela crítica antes de 5 anos quando o sono durante a noite pode ser importante para o status de obesidade subsequente."
As limitações desse estudo incluem a coleção de dados de sono por apenas 2 dias em um ano, falta de IMC no início para as crianças mais novas, potencial confusão pela atividade física e dieta, e a falta de dados em relatos dos pais para o peso no início do trabalho.
"A duração diminuída o sono no início da vida é um fator de risco modificável com importantes implicações para prevenção e tratamento da obesidade," concluem os autores do estudo.
"Sono insuficiente durante a noite entre crianças e pré-escolares pode ser um fator de risco duradouro para obesidade subseqüente. O cochilo não parece ser um substituto para o sono durante a noite em termos de prevenção de obesidade."
Arch Pediatr Adolesc Med. 2010;164:840-845.
Extraído de: http://www.medcenter.com/Medscape/content.aspx?id=27924
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Dr. Frederico Lobo
às
19:33
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