quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Quer prescrever?
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Dr. Frederico Lobo
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Lamento.... por Dra. Carminha Duarte
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Dr. Frederico Lobo
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Curandeirismo oficializado - Nota Oficial do SIMERS
O Sindicato Médico do RS (SIMERS) divulga nota oficial sobre a manutenção dos vetos da presidente Dilma à Lei do Ato Médico.
CURANDEIRISMO OFICIALIZADO
Depois da liberação de mais de R$ 2 bilhões pela presidente para destinação dos parlamentares, vergonhosamente, o Congresso Nacional volta atrás de sua própria decisão e curva-se à vontade de Dilma. Trata-se de uma página que mancha a história da democracia brasileira.
Os vetos determinam que diagnósticos e tratamentos deixam de ser atribuição exclusiva do médico, mas também não dizem de quem é essa atribuição, deixando livre o exercício para quem assim o desejar. O que ontem era curandeirismo (e continua sendo no resto do planeta), passa a ser ato lícito no Brasil.
Como efeito colateral cria-se o cidadão de segunda categoria, o usuário do SUS. Ninguém que tenha posses chega a um hospital e diz: “Quero um não médico para tratar a minha dor de cabeça!”. Já no SUS, não se sabe quem fará o atendimento.
CURANDEIRISMO OFICIALIZADO
Depois da liberação de mais de R$ 2 bilhões pela presidente para destinação dos parlamentares, vergonhosamente, o Congresso Nacional volta atrás de sua própria decisão e curva-se à vontade de Dilma. Trata-se de uma página que mancha a história da democracia brasileira.
Os vetos determinam que diagnósticos e tratamentos deixam de ser atribuição exclusiva do médico, mas também não dizem de quem é essa atribuição, deixando livre o exercício para quem assim o desejar. O que ontem era curandeirismo (e continua sendo no resto do planeta), passa a ser ato lícito no Brasil.
Como efeito colateral cria-se o cidadão de segunda categoria, o usuário do SUS. Ninguém que tenha posses chega a um hospital e diz: “Quero um não médico para tratar a minha dor de cabeça!”. Já no SUS, não se sabe quem fará o atendimento.
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Dr. Frederico Lobo
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O que é ser médico ? Por Dr. Flávio Moutinho
O que é ser MÉDICO?
Não é uma pergunta retórica nem filosófica. É uma pergunta prática que define uma profissão. Não é "médico é um ser abençoado", ou "médico é um bicho-papão, mau feito picapau". A pergunta é: o que faz do médico - e que não faz de outro profissional - um médico?
Gostaria de abrir essa pergunta para vocês. Médicos, outros profissionais da área da saúde, população geral. Todos os comentários serão permitidos (menos os agressivos, óbvio).
Eu sempre pensei (antes até de fazer Medicina) que fosse prerrogativa do médico, e só dele, fazer o diagnóstico nosológico (antes até de saber o que isso quer dizer). O diagnóstico da doença de base. E prescrever a melhor forma de tratamento. Com auxílio terapêutico de todos os outros profissionais de saúde atuando em suas respectivas áreas.
Digo diagnóstico NOSOLÓGICO porque "diagnóstico", tout-court, todo mundo faz.
O mecânico faz anamnese - o que aconteceu com o carro? desde quando ele está fazendo esse barulho? bateu em algum buraco? você estava a que velocidade quando isso aconteceu?; faz exame físico - abre o capô, checa o nível de óleo, vê se alguma peça está quebrada; faz um diagnóstico - quebrou a rebimboca da parafuseta; traça um plano terapêutico - vai ter trocar isso, isso e aquilo; e faz um prognóstico - se eu fosse você, trocava de carro, que vai quebrar de novo daqui a no máximo 5000km.
O economista, o dentista, o sociólogo, o fonoaudiólogo, o meteorologista, o dentista, o historiador, o fisioterapeuta analisam uma situação presente, preveem uma situação futura e traçam planos para evitar as adversidades.
Tanto quanto o diagnóstico de cada profissão específica cabe a ela própria, o diagnóstico médico cabe ao médico.
Não se nega à enfermeira o diagnóstico em Enfermagem. Seria proibi-la de analisar uma situação própria à Enfermagem e tirar conclusões sobre a conduta. Seria proibi-la de pensar. Idem para qualquer outro profissional de qualquer área, da saúde ou não.
Ao médico cabe o diagnóstico nosológico porque a formação médica lhe dá acesso a fazer diagnósticos diferenciais com doenças de outras áreas.
Se uma fonoaudióloga identifica uma disartria e inicia o tratamento fonoaudiológico, ela pode suspeitar que se trate de um AVC; mas quem deve fazer o diagnóstico do AVC e dizer se o tratamento é cirúrgico ou clínico com tal ou qual medicação é o médico. O que de modo nenhum tira a necessidade de se melhorar a disfunção da fala com o acompanhamento fonoaudiológico.
Se um psicólogo identifica um quadro depressivo, ele pode suspeitar de que se trate de um transtorno de humor. Mas quem deve fazer o diagnóstico de se é isso de fato ou, por exemplo, um câncer de pâncreas, que também cursa com quadro depressivo, é o médico.
Nos dois casos, e em tantos outros, o acompanhamento terapêutico é importante, mas fixar-se nele é correr o risco de perder diagnósticos fundamentais, e, por consequência, o tempo de tratamento.
Por Dr. Flávio Moutinho - Médico, especialista em endocrinologia e endocrinopediatria . Professor de fisiologia endócrina da UERJ. Preceptor na residência de endocrinologia da UERJ e residência de Endocrinopediatria da UERJ.
Não é uma pergunta retórica nem filosófica. É uma pergunta prática que define uma profissão. Não é "médico é um ser abençoado", ou "médico é um bicho-papão, mau feito picapau". A pergunta é: o que faz do médico - e que não faz de outro profissional - um médico?
Gostaria de abrir essa pergunta para vocês. Médicos, outros profissionais da área da saúde, população geral. Todos os comentários serão permitidos (menos os agressivos, óbvio).
Eu sempre pensei (antes até de fazer Medicina) que fosse prerrogativa do médico, e só dele, fazer o diagnóstico nosológico (antes até de saber o que isso quer dizer). O diagnóstico da doença de base. E prescrever a melhor forma de tratamento. Com auxílio terapêutico de todos os outros profissionais de saúde atuando em suas respectivas áreas.
Digo diagnóstico NOSOLÓGICO porque "diagnóstico", tout-court, todo mundo faz.
O mecânico faz anamnese - o que aconteceu com o carro? desde quando ele está fazendo esse barulho? bateu em algum buraco? você estava a que velocidade quando isso aconteceu?; faz exame físico - abre o capô, checa o nível de óleo, vê se alguma peça está quebrada; faz um diagnóstico - quebrou a rebimboca da parafuseta; traça um plano terapêutico - vai ter trocar isso, isso e aquilo; e faz um prognóstico - se eu fosse você, trocava de carro, que vai quebrar de novo daqui a no máximo 5000km.
O economista, o dentista, o sociólogo, o fonoaudiólogo, o meteorologista, o dentista, o historiador, o fisioterapeuta analisam uma situação presente, preveem uma situação futura e traçam planos para evitar as adversidades.
Tanto quanto o diagnóstico de cada profissão específica cabe a ela própria, o diagnóstico médico cabe ao médico.
Não se nega à enfermeira o diagnóstico em Enfermagem. Seria proibi-la de analisar uma situação própria à Enfermagem e tirar conclusões sobre a conduta. Seria proibi-la de pensar. Idem para qualquer outro profissional de qualquer área, da saúde ou não.
Ao médico cabe o diagnóstico nosológico porque a formação médica lhe dá acesso a fazer diagnósticos diferenciais com doenças de outras áreas.
Se uma fonoaudióloga identifica uma disartria e inicia o tratamento fonoaudiológico, ela pode suspeitar que se trate de um AVC; mas quem deve fazer o diagnóstico do AVC e dizer se o tratamento é cirúrgico ou clínico com tal ou qual medicação é o médico. O que de modo nenhum tira a necessidade de se melhorar a disfunção da fala com o acompanhamento fonoaudiológico.
Se um psicólogo identifica um quadro depressivo, ele pode suspeitar de que se trate de um transtorno de humor. Mas quem deve fazer o diagnóstico de se é isso de fato ou, por exemplo, um câncer de pâncreas, que também cursa com quadro depressivo, é o médico.
Nos dois casos, e em tantos outros, o acompanhamento terapêutico é importante, mas fixar-se nele é correr o risco de perder diagnósticos fundamentais, e, por consequência, o tempo de tratamento.
Por Dr. Flávio Moutinho - Médico, especialista em endocrinologia e endocrinopediatria . Professor de fisiologia endócrina da UERJ. Preceptor na residência de endocrinologia da UERJ e residência de Endocrinopediatria da UERJ.
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Ato Médico e os vetos mantidos por Dra. Amanda Madureira
O ato médico teve seus vetos mantidos... O que muda na vida do rico, classe média, funcionário público com plano de saúde? Nada! Você nem pergunta se quem está atendendo seu filho é médico, exige que seja pediatra... Você não procura nem um clínico pra tratar diabetes, procura um endocrinologista. Você nem considera ir ao postinho pra enfermeira trocar a receita de captopril, seu cardiologista é que faz sua revisão periódica. Sua esteticista é bacana e faz uma limpeza de pele supimpa, mas, se você tem o mínimo de noção, corre pro dermatologista na hora do peeling.
Mas os pobres? O SUS? Esses sim acabaram de sofrer um golpe tão feio que, já dá pra ver, é o prenuncio da morte. O SUS vai acabar, esse foi só o primeiro passo.
Os médicos? Nós vimos que o governo não nos reconhece e nem nos valoriza, mas nós vamos sobreviver. Nós vamos continuar sendo os profissionais com carga horária compatível com diagnóstico nosológico e tratamento, continuaremos a ser procurados por todos que tiverem direito de escolha, e continuaremos limpando a bagunça que os idiotas, sim, idiotas irresponsáveis, que se metem no que não têm competência pra fazer deixam.
Entendam de uma vez por todas: quem perdeu essa guerra foi o povo. Os pobres.
Por Dra. Amanda Madureira - Médica
Mas os pobres? O SUS? Esses sim acabaram de sofrer um golpe tão feio que, já dá pra ver, é o prenuncio da morte. O SUS vai acabar, esse foi só o primeiro passo.
Os médicos? Nós vimos que o governo não nos reconhece e nem nos valoriza, mas nós vamos sobreviver. Nós vamos continuar sendo os profissionais com carga horária compatível com diagnóstico nosológico e tratamento, continuaremos a ser procurados por todos que tiverem direito de escolha, e continuaremos limpando a bagunça que os idiotas, sim, idiotas irresponsáveis, que se metem no que não têm competência pra fazer deixam.
Entendam de uma vez por todas: quem perdeu essa guerra foi o povo. Os pobres.
Por Dra. Amanda Madureira - Médica
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Dr. Frederico Lobo
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