domingo, 21 de setembro de 2014

Prevenção da Doença de Alzheimer. Existe?


Foram publicados os resultados de um relatório global sobre a doença de Alzheimer

De acordo com um estudo global publicado hoje, poderia ser feito mais para prevenir a doença de Alzheimer.

Alzheimer's Disease International, a federação mundial das associações de Alzheimer, encomendou o 'Relatório Mundial Alzheimer 2014 - Redução do risco e demência: Uma análise dos fatores protetores e modificáveis'.

Publicado hoje (17 de setembro), ele revela que controlar o diabetes e a pressão arterial elevada pode reduzir o risco de demência no futuro. Parar de fumar e reduzir os fatores de risco cardiovascular também ajuda a reduzir o risco de desenvolver doença de Alzheimer.

O diabetes sozinho aumenta o risco de demência em 50%, relatam os autores, liderados pelo Professor Martin Prince do King's College London, Reino Unido.

Ele diz: "Já há evidências de vários estudos quanto a que a incidência de demência está diminuindo em países de alta renda, associados a melhorias na educação e na saúde cardiovascular. Precisamos fazer tudo o que pudermos para acentuar essas tendências. Com um custo global de mais de 600 bilhões dólares americanos, dificilmente poderia ser mais importante o que está envolvido."

O relatório afirma que o controle do tabaco e a melhor prevenção, detecção e controle da hipertensão e do diabetes são fundamentais para reduzir o risco de demência em nível da população. De maneira que a demência deve ser "integrada nos programas de saúde pública tanto globais como nacionais, ao lado de outras importantes doenças não transmissíveis".

Marc Wortmann, da Alzheimer's Disease International, comentou: "De uma perspectiva de saúde pública, é importante notar que a maioria dos fatores de risco para a demência se sobrepõem com os de outras importantes doenças não transmissíveis. Em países de alta renda, há um maior foco nos estilos de vida mais saudáveis, mas este não é sempre o caso com os países de baixa e média renda.

"Estima-se que em 2050, 71% das pessoas com demência estarão vivendo nestas regiões, então implementar campanhas eficazes de saúde pública pode ajudar a reduzir o risco global."

Fonte: www.doctors.net.uk



Todo dia 21 é um dia especial rs. Hj é dia da Árvore, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença de Alzheimer. Estima-se que em todo o mundo, existam mais de 35 milhões de pessoas com Alzheimer e q esse nº provavelmente ultrapassará 80 milhões até 2040.
A Diretriz publicado pela George Washington University School of Medicine e pelo Physicians Committee for Responsible Medicine (PCRM) defende a diminuição do risco de se desenvolver Doença de Alzheimer pela alimentação nutrologicamente equilibrada. “Combinar alimentação com atividade física, evitando o consumo exagerado de metais como cobre e ferro pode maximizar a proteção do cérebro”, afirma Dr Barnard, um dos autores desta diretriz.
A diretriz pode ser dividida em 7 pilares:

1- Evitar ao máximo gordura trás e gordura saturada
2- A base da dieta deve ser constituída de vegetais, legumes ( feijão, ervilha, lentilha), frutas e grãos integrais.
3- Vitamina E diária – fornecida por nozes, castanhas ou sementes.
4- Vitamina B 12 diária (2,4μg por dia para adultos).
5- Evite polivitamínicos que contenham ferro e Cobre. Faça reposição destes micronutrientes somente com orientação Medica.
6- Evite tigelas e outros utensílios que possuam alumínio na sua composição.
7- Atividade Física aos menos 120 minutos por semana.

Fonte: http://www.pcrm.org/health/reports/dietary-guidelines-for-alzheimers-prevention

domingo, 7 de setembro de 2014

Deficiência de Magnésio

O magnésio é um mineral essencial envolvido em mais de 300 reações enzimáticas no organismo, sendo crucial para funções neuromusculares, saúde cardiovascular, regulação glicêmica e síntese de proteínas e DNA. Apesar de sua importância, a deficiência de magnésio é frequentemente subdiagnosticada, mesmo sendo relativamente comum, especialmente em populações vulneráveis.

Funções do Magnésio no Organismo
  • Participa da contração e relaxamento muscular.
  • Atua na transmissão nervosa e estabilidade elétrica das células.
  • Regula os níveis de cálcio, potássio e sódio.
  • É necessário para a produção de energia (ATP).
  • Modula o sistema imune e a resposta inflamatória.
  • Contribui para a saúde óssea e prevenção da osteoporose.
Sintomatologia da Deficiência de Magnésio

Os sintomas da hipomagnesemia podem variar de inespecíficos a graves, dependendo da intensidade da deficiência:
  • Fadiga 
  • Fraqueza muscular
  • Irritabilidade
  • Cefaleia
  • Perda de apetite
  • Náuseas e vômitos
  • Câimbras e espasmos musculares
  • Tremores
  • Dormência e formigamento
  • Convulsões
  • Arritmias cardíacas (prolongamento do intervalo QT, fibrilação atrial)
  • Hipertensão
  • Ansiedade
  • Depressão
  • Insônia
  • Confusão mental
A deficiência crônica pode estar relacionada a quadros de síndrome metabólica, resistência insulínica e agravamento de doenças autoimunes e neurodegenerativas.

Diagnóstico da Deficiência de Magnésio

Desafios no Diagnóstico: O conteúdo de magnésio corporal total é de aproximadamente 25 g, sendo que 60% a 65% estão presentes nos ossos, que, assim como o músculo, constituem uma reserva desse mineral nas formas de fosfato e carbonato. O restante se localiza nos tecidos moles (27% no tecido muscular) e no interior das células, caracterizando o magnésio como o segundo cátion mais abundante no meio intracelular. Em menor proporção (1%), encontra-se no plasma, sendo que o magnésio no fluido extracelular encontra-se 70% a 80% na forma livre ionizada (Mg2+), 20% a 30% ligado a proteínas e 1% a 2% complexado a outros ânions. O músculo contém maior teor de magnésio em relação ao cálcio, contrariamente ao que ocorre no sangue. Isso torna os exames séricos pouco sensíveis para detectar a deficiência tecidual.

Exames Laboratoriais Disponíveis:

Magnésio sérico total: valor de referência entre 1,7 e 2,2 mg/dL. Contudo, pode estar normal mesmo na deficiência.
Magnésio ionizado (livre): mais preciso, mas pouco disponível.
Magnésio eritrocitário: pouco disponível
Excreção urinária de magnésio (em urina de 24h):útil em casos suspeitos de perda renal.
Relação magnésio/cálcio ou magnésio/potássio: pode auxiliar na análise clínica.
OBS: dosagem de magnésio no cabelo ou unha não tem correlação com déficit.

Diagnóstico Clínico

Diante da baixa sensibilidade dos exames laboratoriais, o diagnóstico é frequentemente clínico, baseado na presença de sintomas compatíveis, história alimentar pobre em magnésio e presença de fatores de risco.

Grupos de risco
  • Idosos: já que possuem uma ingestão reduzida, má absorção e uso frequente de medicamentos (diuréticos, IBPs).
  • Pacientes com doenças gastrointestinais: como doença celíaca, Crohn, diarreia crônica e síndromes disabsortivas.
  • Pcientes submetidos a ressecções no trato digestivo: ex. cirurgia briátrica
  • Diabéticos tipo 2: perdas urinárias aumentadas, a hiperglicemia crônica aumenta a diurese (produção de urina), levando à excreção excessiva de magnésio pela urina. Além disso, a insulina auxilia na reabsorção renal de magnésio. Quando há resistência à insulina (comum no diabetes tipo 2), os rins eliminam mais magnésio pela urina. Além disso o uso de hipoglicemiantes também favorece uma redução dos níveis plasmaticos de magnésio, já que ele, assim como o fósforo, potássio e B1 entram para dentro da célula quando a glicose liga ao receptor de insulina.  
  • Alé disso, o magnésio melhora a sensibilidade à Insulina, através de 3 mecanisos: a ativação de enzimas: sendo um co-fator de enzimas envolvidas no metabolismo da glicose, como as tiroquinases dos receptores de insulina e as proteínas quinases, que facilitam a sinalização da insulina nas células. Interferindo na Fosforilação da glicose: Auxiliando no transporte de glicose para dentro das células, reduzindo a resistência à insulina. Redução da inflamação: O magnésio tem efeito anti-inflamatório, diminuindo citocinas que prejudicam a ação da insulina (como TNF-Alfa). Resultado: Baixos níveis de magnésio estão associados a maior resistência à insulina, um fator chave no diabetes tipo 2.
  • Etilistas crônicos: baixa ingestão, má absorção e maior excreção urinária.
  • Usuários de certos medicamentos:
  • Diuréticos de alça (furosemida), Inibidores da bomba de prótons (omeprazol, lansoprazol, esomeprazol)
  • Aminoglicosídeos, Quimioterápicos
  • Gestantes: devido a maior demanda metabólica.
  • Atletas: maior demanda
  • Pessoas com sudorese excessiva: perda pela transpiração
  • Síndrome de Ehlers Danlos
  • Pessoas com dietas restritivas: anorexia, bulimia
  • Dieta ocidental, rica em carboidratos refinados ou alimentação rica em ultraprocessados
Quais fatores favorecem uma redução de teor de magnésio nos alimentos

Solos Pobres em Magnésio: e aqui encontra-se o solo do cerrado. 
Esgotamento do solo: Agricultura intensiva sem reposição adequada de nutrientes diminui o teor de magnésio no solo.  
Uso excessivo de fertilizantes químicos: Alguns fertilizantes (como os ricos em potássio ou nitrogênio) podem interferir na absorção de magnésio pelas plantas.  

Processamento Industrial de Alimentos  
Refinamento de grãos: O magnésio está presente no farelo e no gérmen, que são removidos no processamento de farinhas brancas e arroz polido.  
Cozimento em excesso: A água de cozimento pode levar embora parte do magnésio, principalmente em legumes e verduras.  
Industrialização de alimentos: Alimentos ultraprocessados geralmente perdem magnésio durante as etapas de fabricação.  

Métodos de Cultivo 
Uso de pesticidas e herbicidas: Alguns químicos podem reduzir a absorção de magnésio pelas plantas.  
Cultivo hidropônico sem suplementação adequada: Se a solução nutritiva não tiver magnésio suficiente, os vegetais terão menos desse mineral.  

Armazenamento e Preparo Caseiro  
Cozinhar em muita água: O magnésio é solúvel em água, então fervura prolongada pode reduzir seu teor.  
Descascar frutas e legumes: Muitos nutrientes, incluindo magnésio, estão concentrados na casca.  

Fatores Ambientais
Acidificação do solo: Solos muito ácidos (pH baixo) podem reduzir a disponibilidade de magnésio para as plantas.  
Estresse hídrico: Secas ou irrigação inadequada afetam a absorção de nutrientes pelas raízes.  

Como preservar o magnésio nos alimentos?

Prefira alimentos integrais** (arroz integral, farinha de trigo integral).  
Cozinhe no vapor em vez de cozinhar na água.  
Coma vegetais crus ou levemente cozidos.  
Opte por alimentos orgânicos ou cultivados em solos ricos em nutrientes.  

Se a dieta for pobre em magnésio, pode ser necessário suplementar, mas o ideal é ajustar a alimentação para obter esse mineral naturalmente.

Fontes alimentares de Magnésio

A recomendação diária de ingestão de magnésio para adultos varia entre 310 a 420 mg/dia, dependendo do sexo e da idade.

Fonte: VANNUCHI, Hélio, MONTEIRO, Thais Helena. ILSI Brasil - international life sciences Institute do Brasil. Série: Funções plenamente reconhecidas de nutrientes

Devemos dar preferência para alimentos minimamente processados, integrais e de origem vegetal. A biodisponibilidade do magnésio é reduzida em alimentos com alto teor de fitatos (como leguminosas mal preparadas), por isso, o remolho e cocção adequados melhoram a absorção.

Considerações Finais

A deficiência de magnésio é uma condição subestimada, mas com impacto clínico significativo. Diante da dificuldade laboratorial em detectar a hipomagnesemia, é fundamental que o profissional de saúde esteja atento aos sinais e sintomas, fatores de risco e hábitos alimentares do paciente. A correção da deficiência pode ser feita com mudanças dietéticas e, quando necessário, com suplementação oral de magnésio (como citrato ou cloreto, que apresentam boa absorção).

Referências Bibliográfica

1 - VANNUCHI, Hélio, MONTEIRO, Thais Helena. ILSI Brasil - international life sciences Institute do Brasil. Série: Funções plenamente reconhecidas de nutrientes, V. 16. Magnésio. 2010
2 - Gröber U, Schmidt J, Kisters K. Magnesium in Prevention and Therapy. *Nutrients*. 2015;7(9):8199-8226.

Devo tomar Iodo ?


DEVO TOMAR IODO?

O que vemos são trabalhos e teorias indo em sentidos opostos. A endocrinologia observou que não há em absoluto a necessidade extra de iodo, ao contrário, pode estar acontecendo um aumento dos efeitos Wolff-Charcoff (causando hipotireoidismo auto-imune) e Jod-Basedow (causando hipertireoidismo).

A recomendação extra de iodo hoje se restringe às pacientes grávidas, cuja necessidade de produção de hormônio tireoidiano aumenta.

Por outro lado, o uso de iodo é vangloriado pelas áreas afins como a resposta da vitalidade e da resolução de todas as doenças tireoidianas. Não consegui encontrar estudos de qualidade que confirmem este posicionamento.

O fato é que tem sido comum na prática clínica pacientes com hipotireoidismo compensado clínico a laboratorialmente descompensarem com a exacerbação do hipotireoidismo por uma prescrição que receberam de iodo. Portanto, minha opinião neste caso é clara: a não ser que esteja grávida, não tome iodo.

Autor: Dr. Flávio A. Cadegiani (É médico, endocrinologista e metabologista de Brasilia - DF - CRM/DF 16.219 / CREMESP 160.400) - É doutorando em Adrenal pela UNIFESP.


Complemento às palavras do meu amigo Dr. Flávio Cadegiani - Médico,


O iodo estável, administrado como iodeto de potássio ou solução de Lugol em quantidades farmacológicas (30 mg por dia ou mais), bloqueia a liberação de hormônios tireoidianos pela glândula e inibe a organificação do iodo em pacientes com doença de Graves.

Quando combinado com a terapia com fármacos antitireoidianos, o iodo pode acelerar o declínio nas concentrações de hormônio tireoidiano circulante. Porém, seus efeitos são apenas temporários, desaparecendo após 10 a 14 dias, após os quais há recorrência do hipertireoidismo. Consequentemente, ele é útil apenas em duas situações clínicas.


  1. Em primeiro lugar, ele pode ser usado como medida de curto prazo para preparar os pacientes para a tireoidectomia. 
  2. Em segundo lugar, ele pode ser iniciado vários dias após o tratamento com radioiodo para acelerar a restauração do eutireoidismo. Em tais pacientes, a glândula irradiada é incapaz de escapar dos efeitos inibitórios do iodo. 

O iodo tem efeitos colaterais infrequentes, como erupções cutâneas, gastrite e sialoadenite.

Alimentação vegetariana segundo o nutrólogo Eric Slywich



1. Introdução à alimentação vegetariana sem dúvidas => https://www.youtube.com/watch?v=bufNOa1zHcE


2. Definições das dietas vegetarianas => https://www.youtube.com/watch?v=JTHwBLionmE



3. Conhecimentos básicos dos nutrientes => https://www.youtube.com/watch?v=Z2HEvJcNAlo&list=UUptCWTO2uq6jXcJLEvRhr8g



4. Ferro: informações gerais => https://www.youtube.com/watch?v=TJGUeK0dWEU

5. Ferro: sintomas de deficiência => https://www.youtube.com/watch?v=feJ0kaMuGdg

Alimentação saudável é cara ?



Em 2013, uma pesquisa da Universidade de Brasília (UNB) mostrou que o Brasil gastou R$ 488 milhões com tratamento de doenças ligadas à obesidade. Por que não colher os benefícios de investir dinheiro em comidas boas, em vez de gastá-lo em consultas e medicamentos? Veja a hora da refeição como um investimento em sua saúde.

As aparências enganam...

"Existem profissionais, que se destacam pelo discurso vanguardista, que desqualifica qualquer ser humano que tenha um mínimo de ética profissional. 

Abrigados em consultórios luxuosos, verdadeiros conglomerados comerciais, que tem como foco a venda de tratamentos “revolucionários”. Suas equipes escolhem minuciosamente os "artigos científicos" para tentar dar algum ar cientificista ao discurso. Na grande maioria das vezes, os trabalhos citados são obsoletos, ou com erros metodológicos gritantes que passam despercebidos pelo público leigo que não sabe a diferença entre um estudo de corte, e um ensaio clínico randomizado duplo-cego controlado por placebo. Tudo para o leigo parece deslumbrante !!! 

As redes sociais, atualmente são mantidas por uma estrutura muito bem elaborada de marketing, com fotos lindas e impactantes, mostrando o luxo e a prosperidade de pessoas de sucesso, textos poéticos e às vezes fotos tiradas com artistas ao custo de cachês absurdos. 

Quanto aos títulos que ostentam nem se fala. Extremamente sedutores. Imagine, por exemplo, marcar uma consulta com um "ADVANCED NUTRITION SPECIALIST” da International Federation of Bodybuilding and Fitness. Este curso pode ser feito por correspondência e é aberto a qualquer pessoa. É aceito cartão de crédito e custa R$ 900,00. 

Resumindo, você não deve colocar seus sonhos nas mãos de ninguém, porque nada que pode ser vendido, tem mais força que a sua perseverança, e a sua vontade de mudar. Você é a estrela da transformação. Sei que tudo na vida tem um preço, mas o caráter de um profissional de saúde não está à venda!!! Reflitam quem é a verdadeira estrela ou o verdadeiro especialista"

Repost do colega e excelente nutricionista @valentim_nutri

Corpo não dita valores e capacidade intelectual


Extraído do facebook: Ei mulher, melhore

Desabafo e pedido de uma pessoa que sofre Gordofobia

Não gosto de divulgar esse tipo de coisa, mas o "desespero faz a pessoa". Enfim, quem for dono de empresa ou conhecer alguém que esteja contratando ou pretende contratar e puder me indicar, ficarei imensamente grata!
Tenho um bom currículo profissional para atuar no comércio ou em outros setores relacionados à atendimento ao cliente, mas infelizmente, ser/estar gorda não permite que eu mostre meu potencial e capacidade intelectual. Envio meu currículo para varias oportunidades de emprego (desde abril até hoje de madrugada, já foram 83 enviados), sou selecionada para as entrevistas, até ao telefone o "papo" é bem descontraído, mas pessoalmente, percebo a admiração ao me verem. Já cheguei a escutar algo do tipo: "Você está fora dos padrões estipulados pela contratante". Mas antes, na ligação me convocando, alegaram que gostaram muito do meu currículo e tal. Daí, a contratada foi uma moça de 20 anos, sem experiência e magra. Realmente, o currículo dela estava bem dentro dos padrões exigidos pela contratante...
Enfim, meu trabalho como aautônoma não está rendendo bem e eu preciso muito de um emprego com carteira assinada. Meu filho precisa do básico que uma mãe pode dar (comida, escola, vestuário...) e estou totalmente dependente de terceiros. Todos sabem, ou devem imaginar, que isso é deprimente, ainda mais para uma pessoa que sempre trabalhou (desde de criança, que é o meu caso).
Apesar de ter ultrapassado os 2 dígitos da balança e não ser mais uma "gorda aceitável" aos "padrões estipulados pelo mercado" (sim, pois eu nunca fui magra), as empresas por onde passei podem comprovar meu profissionalismo.

A sociedade é gordofóbica, estou sendo vitima disso. Não que eu seja uma coitada, mas dói ser prejudicada pelo preconceito de todos. E não venham me dizer: "Ah, mas eu não sou gordofóbico, aceito numa boa pessoas gordas". Certo, mas quando você faz piada, critica, xinga, rir ou participa disso, você é o quê?
Ora, até gordos são gordofóbicos, pois não se aceitam e se auto criticam ou fazem piada de si mesmos, no intuito de defender-se muitas vezes de algo que possa estar por vir (inclusive eu fiz muito isso, hoje não, sei do meu valor e quero respeito).
Ah, sou saudável. Oh! Está admirado? Pois é, sou gorda e com todos os exames médicos em dia e sem quaisquer alterações. Sempre fui gorda, é o meu biotipo, apenas aumentei de peso, como também posso voltar aos 80 quilos (e sim, continuarei gorda para a sociedade, mas esse é o peso que gosto e que o meu corpo fica bem), isso é se a ansiedade permitir.

Resumindo: Não tenho mais como dar nem comida ao meu filho, preciso de um emprego e de uma empresa que aceite "profissionais gordos".

Grata!