sexta-feira, 14 de março de 2025

Salada 26: Salpicão vegano com veganese




Salpicão não deixa de ser uma salada, então hoje a receita é um clássico da minha amiga e ex-sócia Carol Morais. Aqueles que desejarem acrescentar frango desfiado ou tofu defumado, também fica legal. Combinam com a receita. 

Ingredientes

1 xícara de chá repolho branco cortado bem fino
4 colheres de sopa de cenoura ralada
1 colher de sopa de uva-passa (a gosto, sem polêmica)
2 colheres de sopa de pimentão vermelho e amarelho cortado em cubos pequenos
1 xícara de chá de amendoim tostado e triturado ou nozes trituradas

Ingredientes da veganese de castanha de caju:
2 colheres de sopa de castanha de caju hidratada.
1 colher de sopa de ervas frescas - manjericão, salsinha, cebolinha e coentro.
1/2 dente de alho
Suco de limão e água
Sal a gosto

Modo de preparo da base do salpicão vegano:
Misturar o repolho com a cenoura, uva-passa, pimentões e amendoim

Modo de preparo da veganese de castanha de caju:
Processe a castanha de caju hidratada com as ervas e o alho, adicionando o suco de limão e água, até obter a textura e sabor desejados. Ajuste o sal.

Vá incorporando aos poucos a veganese ao salpicão, para que os ingredientes fiquem umedecidos com a veganese.

Receita da minha amiga Carol Morais @carolmoraiscozinha

Para quem ainda não leu os posts publicados:


Introdução à salada:

https://www.ecologiamedica.net/2022/01/boracomersalada.html

Princípios básicos da salada:

https://www.ecologiamedica.net/2022/01/boracomersalada-post-1-principios.html

Salada 1: Berinjela com castanha do Pará (ou castanha do Brasil), uva-passa e hortelã:

https://www.nutrologogoiania.com.br/salada-1-berinjela-com-castanha-do-para-ou-castanha-do-brasil-uva-passa-e-hortela

Salada 2: Salada de inverno de abacate com frango cítrico:

http://www.ecologiamedica.net/2022/06/salada-2-salada-de-inverno-de-abacate.html?m=0

Salada 3: Salada de inverno de rúcula:

https://www.ecologiamedica.net/2022/06/salada-3-salada-de-inverno-de-rucula.html

Salada 4: Salada com legumes assados:

https://www.ecologiamedica.net/2022/07/salada-4-salada-de-legumes-assados.html

Salada 5: Salada de Picles de pepino com molho de alho:

https://www.ecologiamedica.net/2023/04/salada-5-salada-de-picles-de-pepino-com.html

Salada 6: Salada vegana de lentilha crocante:

https://www.ecologiamedica.net/2023/07/salada-6-salada-vegana-de-lentilha.html

Salada 7: Salada cítrica de grão de bico:

https://www.ecologiamedica.net/2023/07/salada-7-salada-de-grao-de-bico-citrica.html

Salada 8: Salada de frango com molho pesto de abacate:

https://www.ecologiamedica.net/2023/08/salada-8-salada-de-frango-com-molho-de.html

Salada 9: Salada de berinjela com passas e amêndoas:

https://www.ecologiamedica.net/2023/11/salada-9-salada-de-berinjela-com-passas.html?m=0

Salada 10: Salada com molho homus

https://www.ecologiamedica.net/2023/11/salada-10-salada-com-molho-homus.html

Salada 11: Salada de atum crocante:

https://www.ecologiamedica.net/2023/12/salada-11-salada-crocante-de-atum.html

Salada 12: Trigo cozido com especiarias

https://www.ecologiamedica.net/2024/02/salada-12-trigo-cozido-com-especiarias.html

Salada 13: Salada de Pequi com molho de mostarda e mel

https://www.ecologiamedica.net/2024/04/salada-13-salada-de-pequi-ao-molho-de.html

Salada 14: Salada de Quinoa com frango dourado

https://www.ecologiamedica.net/2024/05/salada-14-salada-de-quinoa-com-frango.html

Salada 15: Salada Waldorf

https://www.ecologiamedica.net/2024/05/salada-15-salada-waldorf.html

Salada 16: Salada de inverno cítrica

https://www.ecologiamedica.net/2024/06/salada-16-salada-de-inverno-citrica.html

Salada 17: Salada de inverno de cogumelos

https://www.ecologiamedica.net/2024/06/salada-17-salada-de-inverno-de-cogumelos.html

Salada 18: Salada Grega

https://www.ecologiamedica.net/2024/07/salada-18-salada-grega.html

Salada 19: Salada de Chicória (escarola) com páprica defumada

https://www.ecologiamedica.net/2024/08/salada-19-salada-de-chicoria-escarola.html

Salada 20: Salada de chicória com tahine

https://www.ecologiamedica.net/2024/08/salada-20-salada-de-chicoria-com-tahine.html

Salada 21: Salada de chicória com tofu amassado

https://www.ecologiamedica.net/2024/09/salada-21-salada-de-escarola-com-tofu.html

Salada 22: Tabule tradicional

https://www.ecologiamedica.net/2024/09/salada-22-tabule-tradicional.html

Salada 23: Salada Natalina em formato de guirlanda

https://www.ecologiamedica.net/2024/12/salada-23-salada-guirlanda-natalina.html

Salada 24: Salada coleslaw (salada de repolho americana)

https://www.ecologiamedica.net/2025/03/salada-24-salada-coleslaw-salada-de.html

Salada 25: Salada Thai de bifum (salada oriental)

https://www.ecologiamedica.net/2025/03/salada-25-salada-thai-de-bifum-salada.html

Salada 26: Salpicão vegano com veganese

https://www.ecologiamedica.net/2025/03/salada-26-salpicao-vegano-com-veganese.html

Salada 25: Salada Thai de bifum (salada oriental)

Essa é uma refeição completa. Deve ser consumida fria. Tem crocância, picância, cremosidade. Porém, é calórica pela quantidade de oleaginosas que leva. 

Ingredientes:
Bifum al dente
1/2 cebola roxa cortada em Julienne
1 cenoura cortada em Julienne
1 pepino cortado em Julienne
1/2 manga cortada em cubos pequenos
1/2 limão espremido nos cubos de manga
1 colher de sopa de Vinagre de maçã
2 colheres de sopa de pasta de amendoim
2 colheres de sopa de gengibre ralado
1 colher de sopa de óleo de gergelim 
1 colher de sopa de amendoim torrado para dar crocância
1 dente de alho cozido
1 punhado de salsinha ou coentro
3 colheres de sopa de gergelim torrado 
Iscas de filé mignon ou de frango (100g)
A gosto: Sal, pimenta do treino, pimenta de cheiro ou dedo de moça

Molho oriental:
1 dente de alho cozido 
3 colheres de sopa de shoyu light (pode ser o tradicional, mas terá que ter cuidado com o sal)
2 colheres de sopa de pasta de amendoim
2 colheres de sopa de gengibre ralado
1 colheres de sopa de óleo de gergelim torrado
1 colher de sopa de vinagre de maçã
100ml de água
Uma pitada de pimenta do reino
Bater no mixer até ficar homogêneo. 


Modo de preparo: 
Antes de tudo corte a cenoura e o pepino em Julienne ( se não sabe, aqui explica o que é o corte em Julienne https://www.tudogostoso.com.br/noticias/como-fazer-corte-julienne-tecnica-superfamosa-a6019.htm). Reserve em um bowl.
Picar a cebola em Julienne e deixar de molho na água com gelo

Cozinhar o bifum em água já quente, deixar apenas por 2 minutos. Retira da água quente e jpa joga em um bowl com água gelada. Deixa 1 minuto e depois escorre. Reserva o bifum.
Em uma frigideira bem quente, misture as iscas de filé mignon ou frango (temperados com sal, pimenta do reino). Sele por 5 minutos. 

Misturar o bifum delicadamente com os vegetais, a cebola as iscas de filé ou frango.
Acrescentar o amendoim torrado. Só depois quando tudo estiver misturado é que se acrescenta o molho. Mexer delicadamente para incorporar o molho e não quebrar o bifum. Para finalizar acrescente: pimenta calabresa a gosto, coentro ou salsinha (cuidado, por que podem roubar o sabor oriental), o gergelim torrado e a manga cortada em cubos pequenos (não se esqueça de espremer meio limão na manga). Se tiver ficado sem sal, pode acrescentá-lo, assim como a pimenta do reino.

Para quem ainda não leu os posts publicados:

Introdução à salada:

https://www.ecologiamedica.net/2022/01/boracomersalada.html

Princípios básicos da salada:

https://www.ecologiamedica.net/2022/01/boracomersalada-post-1-principios.html

Salada 1: Berinjela com castanha do Pará (ou castanha do Brasil), uva-passa e hortelã:

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Salada 2: Salada de inverno de abacate com frango cítrico:

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Salada 3: Salada de inverno de rúcula:

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Salada 4: Salada com legumes assados:

https://www.ecologiamedica.net/2022/07/salada-4-salada-de-legumes-assados.html

Salada 5: Salada de Picles de pepino com molho de alho:

https://www.ecologiamedica.net/2023/04/salada-5-salada-de-picles-de-pepino-com.html

Salada 6: Salada vegana de lentilha crocante:

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Salada 7: Salada cítrica de grão de bico:

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Salada 8: Salada de frango com molho pesto de abacate:

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Salada 9: Salada de berinjela com passas e amêndoas:

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Salada 10: Salada com molho homus

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Salada 11: Salada de atum crocante:

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Salada 12: Trigo cozido com especiarias

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Salada 13: Salada de Pequi com molho de mostarda e mel

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Salada 14: Salada de Quinoa com frango dourado

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Salada 15: Salada Waldorf

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Salada 16: Salada de inverno cítrica

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Salada 17: Salada de inverno de cogumelos

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Salada 18: Salada Grega

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Salada 19: Salada de Chicória (escarola) com páprica defumada

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Salada 20: Salada de chicória com tahine

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Salada 21: Salada de chicória com tofu amassado

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Salada 22: Tabule tradicional

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Salada 23: Salada Natalina em formato de guirlanda

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Salada 24: Salada coleslaw (salada de repolho americana)

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Salada 25: Salada Thai de bifum (salada oriental)

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Salada 26: Salpicão vegano com veganese

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terça-feira, 11 de março de 2025

Psyllium: O que é e como essa fibra pode melhorar sua saúde



O psyllium tem ganhado cada vez mais destaque no mundo da nutrição por seus inúmeros benefícios para a saúde intestinal, controle do colesterol e saciedade. Mas você sabe exatamente o que é essa fibra e como usá-la corretamente? Neste artigo, vou te contar tudo sobre o psyllium e como incorporá-lo na sua rotina da melhor forma.

O psyllium é uma fibra solúvel extraída da casca das sementes da planta Plantago ovata. Quando entra em contato com a água, ele forma um gel viscoso que auxilia no funcionamento do intestino e traz benefícios para a saúde metabólica.

Essa fibra é amplamente utilizada em suplementos e produtos voltados para a saúde digestiva, além de ser um ingrediente versátil que pode ser adicionado a diversas preparações.

Seus benefícios:
  • Melhora o trânsito intestinal: O psyllium age como um regulador intestinal natural. Por ser uma fibra solúvel, ele absorve água e forma um gel que facilita a passagem das fezes, prevenindo tanto a constipação quanto a diarreia.
  • Ajuda no controle da glicemia: Por retardar a absorção dos carboidratos no intestino, o psyllium pode ajudar a evitar picos glicêmicos, sendo um ótimo aliado para pessoas com diabetes ou que desejam controlar melhor seus níveis de açúcar no sangue.
  • Contribui para a saúde do coração: Estudos indicam que o consumo regular de psyllium pode ajudar a reduzir os níveis de colesterol LDL (o “colesterol ruim”), melhorando a saúde cardiovascular.
  • Aumenta a saciedade e auxilia na dieta: O gel formado pelo psyllium no estômago promove uma sensação prolongada de saciedade, ajudando a reduzir a fome entre as refeições e contribuindo para o controle do peso.
 Como usar o psyllium?
  • A recomendação geral de consumo é de 5 a 10g por dia (cerca de 1 a 2 colheres de chá), sempre acompanhadas de bastante líquido. Algumas formas de incluir o psyllium na alimentação são:
  • Misturado com água, sucos ou vitaminas;
  • Adicionado a iogurtes e mingaus;
  • Incorporado em receitas de pães, bolos e panquecas para aumentar o teor de fibras.
Atenção: Beba água!

O psyllium absorve muita água, e se não houver hidratação adequada, ele pode ter o efeito reverso, causando constipação ao invés de melhorar o trânsito intestinal. Portanto, sempre beba bastante líquido ao consumi-lo!

Quem deve ter cautela?

Embora o psyllium seja seguro para a maioria das pessoas, alguns grupos devem ter atenção especial:

Pessoas com dificuldade de engolir: O psyllium pode expandir na garganta se não for ingerido com líquido suficiente;

Indivíduos com obstrução intestinal ou doenças inflamatórias intestinais graves;

Portanto, o psyllium é um excelente aliado para a saúde digestiva, controle glicêmico e manutenção do peso, mas seu consumo deve sempre estar associado a uma boa ingestão de líquidos. Se você deseja melhorar sua alimentação e incluir mais fibras no dia a dia, essa pode ser uma ótima opção!

Já experimentou o psyllium na sua rotina? Compartilhe sua experiência nos comentários!

Autora: Dra. Lia Bataglini - Médica Nutróloga em Bauru

CPAP para apneia do sono pode reduzir o risco de doença de Parkinson

A apneia obstrutiva do sono (AOS) pode aumentar o risco de doença de Parkinson (DP), mas o uso precoce de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) pode mediar esse efeito, mostrou um grande estudo observacional.

“Embora nosso estudo tenha encontrado um risco aumentado de doença de Parkinson, a boa notícia é que as pessoas podem fazer algo a respeito, usando CPAP assim que forem diagnosticadas com o distúrbio do sono, [o que] é encorajador”, disse o autor do estudo Gregory D. Scott, MD, PhD, do VA Portland Health Care System em Portland, Oregon, em um comunicado à imprensa.

As descobertas serão apresentadas na Reunião Anual da Academia Americana de Neurologia (AAN) de 2025, em abril.
Risco reduzido com tratamento 
Alguns estudos anteriores sugeriram uma associação entre AOS e DP, mas poucos examinaram os potenciais efeitos protetores do CPAP.

Scott e colegas avaliaram a AOS como um fator de risco potencial para DP e examinaram o impacto do tratamento precoce vs tardio com CPAP, aproveitando dados do VA Corporate Data Warehouse abrangendo mais de 20 anos e mais de 20 milhões de veteranos.



O uso precoce do CPAP foi definido como CPAP dentro de 2 anos do diagnóstico de AOS e o uso tardio foi definido como mais de 2 anos desde o diagnóstico de AOS.


No geral, quase 1,6 milhão de veteranos tinham OSA e pouco mais de 9,7 milhões não tinham. A equipe do estudo analisou as taxas de DP 5 anos após o diagnóstico de OSA.

Após o ajuste para idade, sexo e fatores de saúde, como tabagismo, a AOS foi associada a um risco significativamente maior de DP, com 1,8 casos extras por 1.000 pessoas em 5 anos após o início da AOS ( P < 0,001).

A incidência de DP foi semelhante entre aqueles que não usaram CPAP e usuários tardios. No entanto, os usuários iniciais de CPAP tiveram uma incidência significativamente menor de DP do que os não usuários, com uma redução de 2,3 casos em 5 anos após o início da AOS ( P < 0,001).


Os resultados sugerem que a AOS pode ser um “fator de risco importante e modificável para DP e potencialmente outras sinucleinopatias”, escreveu a equipe do estudo em seu resumo da conferência.

“Estudos futuros são necessários para acompanhar as pessoas mais de perto após receberem um diagnóstico de apneia do sono e por períodos mais longos”, acrescentou Scott no comunicado à imprensa.

Novos dados com implicações clínicas
Comentando sobre a pesquisa para o Medscape Medical News , Susheel Patil, MD, PhD, porta-voz da Academia Americana de Medicina do Sono, observou que “a maioria dos estudos até o momento sugeriu uma associação entre AOS e DP, mas não necessariamente examinou se o uso de CPAP ou outros tratamentos para AOS estava associado à redução da incidência de DP”.

A hipótese atual para a possível associação da AOS com a DP sustenta que os baixos níveis de oxigênio observados na AOS podem resultar em estresse oxidativo, o que promove a neuroinflamação, que tem um papel em distúrbios neurodegenerativos, disse Patil, que também é filiado à Case Western Reserve University e aos University Hospitals, ambos em Cleveland.

“Além disso, o estresse oxidativo pode ter um papel na agregação de alfa-sinucleína e na morte celular de neurônios dopaminérgicos, que são observados na DP”, disse Patil.

“As implicações clínicas para médicos que aconselham pacientes são estarem atentos aos fatores de risco para OSA em pacientes e orientá-los a abordar quando OSA moderada a grave estiver presente. O início precoce do tratamento pode ser benéfico na prevenção de doenças crônicas como DP”, disse Patil.

Ele pediu cautela, no entanto, na interpretação dos resultados.

“O estudo usou registros eletrônicos de saúde que podem ter dados limitados sobre comportamentos individuais ou fatores de estilo de vida que podem ser fatores de risco para DP. Além disso, pessoas que escolhem começar o CPAP versus aquelas que recusam o uso do CPAP podem ter diferenças em seu estado de saúde e adesão a estilos de vida mais saudáveis ​​que podem explicar a redução em DP vista em adotantes iniciais do CPAP”, explicou Patil.

“Mais pesquisas, como ensaios clínicos, são necessárias para estabelecer claramente que o tratamento da AOS pode prevenir o desenvolvimento da DP”, disse ele.

Suplementos esportivos nem sempre são o que parecem Ser

O objetivo dos treinos não deveria ser alcançar um físico perfeitamente esculpido. Esses ideais irreais são perigosos.

Os suplementos não são inofensivos. Achamos que são, mas não são. Alguns prometem aumentar a massa muscular ou melhorar o desempenho esportivo e são populares entre os jovens do sexo masculino. No entanto, diversos estudos mostram que esses produtos frequentemente têm rótulos imprecisos, contêm ingredientes indevidos, não contêm os ingredientes que deveriam e representam um risco potencial à segurança. Além disso, podem ser a porta de entrada para o uso de esteroides anabolizantes.

Devemos deixar claramente estabelecido que o exercício é benéfico. Somos uma sociedade muito sedentária, e nossos filhos não são exceção. Eles deveriam se movimentar mais e passar menos tempo em frente às telas. Praticar esportes, especialmente esportes coletivos, é positivo porque traz benefícios cardiovasculares e ensina habilidades sociais importantes.

Mas o objetivo dos treinos não deveria ser alcançar um físico perfeitamente esculpido. Esses ideais irreais são perigosos. O desejo por um corpo musculoso, tão comum na adolescência e no início da vida adulta nos homens, não é apenas equivocado, mas também está associado a um maior risco de compulsão alcoólica, depressão, dietas restritivas e uso de produtos para ganho muscular.

O problema é que esses produtos nem sempre são o que parecem ser. Uma série de estudos testou diversos suplementos para verificar se o que estava no frasco correspondia ao que estava no rótulo.
  • Em 2020, uma análise de suplementos dietéticos comercializados como alternativas naturais aos esteroides revelou que, dos 16 ingredientes listados, seis não foram detectados, e apenas quatro estavam na dose correta. Dois produtos continham ingredientes não declarados no rótulo.
  • Em 2021, um novo estudo encontrou nove estimulantes proibidos nos 17 suplementos esportivos testados.
  • Em 2023, uma análise de 57 produtos mostrou que 40% não continham nenhum dos ingredientes declarados. Muitos tinham doses incorretas, e 12% continham pelo menos um ingrediente proibido pela FDA. Apenas 11% tinham doses que correspondiam ao que estava no rótulo.
Essas irregularidades levaram a Food and Drug Administration (FDA) a emitir alertas ao público sobre muitos produtos para musculação. Mas um estudo recente, publicado no JAMA Network Open, sugere um problema ainda maior: esses suplementos podem aumentar o risco futuro de uso de esteroides anabolizantes.

O estudo analisou mais de 4.000 jovens do sexo masculino entre 10 e 27 anos dentro do Growing Up Today Study (GUTS). Ao longo dos anos, os participantes responderam questionários sobre o uso de suplementos para ganho muscular, como shakes de proteína, creatina, aminoácidos e hidroximetilbutirato (HMB), além do uso de esteroides anabolizantes.

Menos de 1% dos meninos relataram o uso de esteroides anabolizantes. Mas um fator previu quais meninos eram mais propensos a experimentar esteroides:
  • O risco de tentar esteroides era oito vezes maior entre os que já haviam usado suplementos para ganho muscular.
  • O uso de suplementos musculares era muito comum: quase um em cada três meninos admitiu já tê-los experimentado.
Não há dúvidas sobre os perigos dos esteroides anabolizantes. Um estudo da Dinamarca revelou que o uso de esteroides triplica o risco de morte. Mesmo que não sejam fatais, os esteroides causam danos sérios à saúde.

Nem todos os suplementos são perigosos ou contaminados com ingredientes não rotulados, e a maioria das pessoas não irá abusar de esteroides anabolizantes. No entanto, o problema é grande o suficiente para colocar em risco jovens atletas e aspirantes a atletas.

Eles acreditam que esses suplementos melhoram o desempenho esportivo, quando provavelmente não melhoram.
Eles acreditam que são seguros, quando podem não ser.
Eles acreditam que são necessários para alcançar um ideal de masculinidade, quando esse ideal é uma fantasia.

A realidade é que esses suplementos são fundamentalmente desnecessários.

segunda-feira, 10 de março de 2025

Salada 24: Salada coleslaw (salada de repolho americana)



A salada coleslaw é um prato frio feito principalmente com repolho cru ralado ou fatiado, cenoura e, às vezes, cebola, misturados com um molho à base de maionese, vinagre e temperos. É uma salada cremosa e crocante, muito popular em países como os Estados Unidos, Reino Unido e Holanda. 

É frequentemente servida como acompanhamento para churrascos, sanduíches, frango, hamburguer vegano, tofu marinado ou peixes.

Existem variações da receita, como o uso de iogurte ou creme azedo no lugar da maionese, ou a adição de ingredientes como maçã, passas ou salsão para dar um toque diferente, mais adocicado. O nome "coleslaw" vem do termo holandês "koolsla", que significa "salada de repolho".

Ingredientes:
1/4 xícara de repolho roxo
1/4 xícara de repolho verde
1 cenoura ralada
1/4 xícara de salsinha picada (pode ser coentro)

Molho:
3 colheres de sopa de maionese light ou normal
1/2 potinho de 200ml de de iogurte natural ou creme de leite
1 colher de sopa de de mostarda
Sumo de 1 limão tahiti
Sal e pimenta a gosto
Uva-passas a gosto (2 colheres de sopa)

Modo de preparo:
Cortar os 2 tipos de repolho bem fino (para incorporar o molho). Já a cenoura, rale no ralador. Misture os ingredientes em um bowl. Posteriormente a salsinha. 
Prepare o molho misturando gradativamente os ingredientes, acerte o sal provando e depois é só misturar todo o molho com o repolho, cenoura e salsinha. 
Deixe descansar na geladeira por 8 horas. 

Combina muito com peito de frango grelhado. 

Para quem ainda não leu os posts publicados:

Introdução à salada: 

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Princípios básicos da salada: 

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Salada 1: Berinjela com castanha do Pará (ou castanha do Brasil), uva-passa e hortelã: 

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Salada 2: Salada de inverno de abacate com frango cítrico: 

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Salada 3: Salada de inverno de rúcula: 

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Salada 4: Salada com legumes assados: 

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Salada 5: Salada de Picles de pepino com molho de alho:

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Salada 6: Salada vegana de lentilha crocante: 

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Salada 7: Salada cítrica de grão de bico: 

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Salada 8: Salada de frango com molho pesto de abacate: 

https://www.ecologiamedica.net/2023/08/salada-8-salada-de-frango-com-molho-de.html

Salada 9: Salada de berinjela com passas e amêndoas: 

https://www.ecologiamedica.net/2023/11/salada-9-salada-de-berinjela-com-passas.html?m=0

Salada 10: Salada com molho homus

https://www.ecologiamedica.net/2023/11/salada-10-salada-com-molho-homus.html

Salada 11: Salada de atum crocante: 

https://www.ecologiamedica.net/2023/12/salada-11-salada-crocante-de-atum.html

Salada 12: Trigo cozido com especiarias

https://www.ecologiamedica.net/2024/02/salada-12-trigo-cozido-com-especiarias.html

Salada 13: Salada de Pequi com molho de mostarda e mel

https://www.ecologiamedica.net/2024/04/salada-13-salada-de-pequi-ao-molho-de.html

Salada 14: Salada de Quinoa com frango dourado

https://www.ecologiamedica.net/2024/05/salada-14-salada-de-quinoa-com-frango.html

Salada 15: Salada Waldorf

https://www.ecologiamedica.net/2024/05/salada-15-salada-waldorf.html

Salada 16: Salada de inverno cítrica

https://www.ecologiamedica.net/2024/06/salada-16-salada-de-inverno-citrica.html

Salada 17: Salada de inverno de cogumelos

https://www.ecologiamedica.net/2024/06/salada-17-salada-de-inverno-de-cogumelos.html

Salada 18: Salada Grega

https://www.ecologiamedica.net/2024/07/salada-18-salada-grega.html

Salada 19: Salada de Chicória (escarola) com páprica defumada

https://www.ecologiamedica.net/2024/08/salada-19-salada-de-chicoria-escarola.html

Salada 20: Salada de chicória com tahine

https://www.ecologiamedica.net/2024/08/salada-20-salada-de-chicoria-com-tahine.html

Salada 21: Salada de chicória com tofu amassado

https://www.ecologiamedica.net/2024/09/salada-21-salada-de-escarola-com-tofu.html

Salada 22: Tabule tradicional

https://www.ecologiamedica.net/2024/09/salada-22-tabule-tradicional.html

Salada 23: Salada Natalina em formato de guirlanda

https://www.ecologiamedica.net/2024/12/salada-23-salada-guirlanda-natalina.html

Salada 24: Salada coleslaw (salada de repolho americana)

https://www.ecologiamedica.net/2025/03/salada-24-salada-coleslaw-salada-de.html

O DENV-3 e a explosão de casos de dengue no Brasil



O Brasil já registrou mais de 400 mil casos suspeitos de dengue em 2025, com 160 óbitos confirmados. Em São Paulo, o estado mais afetado — com mais de 230 mil casos suspeitos —, foi decretada emergência pela doença no dia 20 de fevereiro. Em meio à situação extrema, surge uma nova preocupação: o aumento da circulação do sorotipo 3 do vírus da dengue (DENV-3).

Enquanto os sorotipos DENV-1 e DENV-2 são endêmicos no país e seguem circulando ininterruptamente, a presença dos DENV-3 e DENV-4 é fruto de novas reintroduções, tendo sido a última registrada em 2008 na região de São José do Rio Preto (SP).

sábado, 8 de março de 2025

O que é dieta mediterrânea?

Primeiramente devemos deixar claro que não existe uma dieta mediterrânea. O que existe é um padrão mediterrâneo. Mas para termos práticos, nesse texto abordaremos como "dieta mediterraêna". Mas afinal, onde surgiu essa dieta? No que consiste? 

A dieta mediterrânea é frequentemente descrita como um dos padrões alimentares mais saudáveis do mundo, ano após ano, há mais de uma década. 


Baseada em tradições alimentares de regiões ao redor do mar Mediterrâneo, essa abordagem à nutrição tem sólidas evidências científicas que sustentam seus benefícios para a saúde metabólica, cardiovascular e geral. Neste artigo, exploramos como a dieta mediterrânea contribui para o controle do diabetes, dislipidemia, hipertensão e doenças cardiovasculares, com base nos estudos mais recentes e de alto impacto.

Composição da Dieta Mediterrânea: Nutrientes e Proporções

A dieta mediterrânea é caracterizada por uma combinação equilibrada de macronutrientes e alimentos integrais:
  • Gorduras: Aproximadamente 35-40% das calorias totais, com ênfase em gorduras monoinsaturadas (principalmente do azeite de oliva extra virgem) e poli-insaturadas (presentes em peixes oleosos, nozes e sementes). A ingestão de gorduras saturadas é moderada e as gorduras trans são minimizadas.
  • Proteínas: Entre 15-20% das calorias, com fontes predominantemente vegetais, como leguminosas e nozes, e fontes magras de origem animal, como peixes e aves.
  • Carboidratos: 40-50% das calorias, priorizando carboidratos complexos de cereais integrais, vegetais e frutas. Os carboidratos refinados e alimentos processados são minimizados.
Além disso, no padrão mediterrâneo, a maioria dos alimentos que compõem a dieta devem ser frescos, pouco processados. É uma dieta com ingestão quase nula de ultraprocessados. 


Benefícios no controle do Diabetes

O diabetes tipo 2 é uma doença metabólica caracterizada pela resistência à insulina e altos níveis de glicose no sangue. Estudos recentes, como a meta-análise publicada no BMJ em 2023, demonstram que a dieta mediterrânea melhora significativamente o controle glicêmico. Isso se deve a:
  • Baixo Índice Glicêmico: A preferência por carboidratos complexos e fibras ajuda a evitar picos de glicose e melhora a sensibilidade à insulina.
  • Efeito Antiinflamatório: Compostos bioativos, como polifenóis do azeite e antocianinas das frutas, reduzem a inflamação crônica associada à resistência à insulina.
  • Gestão do Peso: A saciedade proporcionada por gorduras saudáveis e fibras auxilia na manutenção de um peso corporal adequado, fator crucial para o controle do diabetes.
Dieta Mediterrânea como auxiliar no tratamento das Dislipidemias

A dislipidemia, caracterizada por altos níveis de colesterol LDL e triglicerídeos, é um fator de risco significativo para doenças cardiovasculares. Estudos como o PREDIMED (Prevención con Dieta Mediterránea), publicado no New England Journal of Medicine, evidenciam que a dieta mediterrânea melhora significativamente o perfil lipídico.

  • Redução do LDL: A substituição de gorduras saturadas por monoinsaturadas reduz o colesterol ruim (LDL).
  • Aumento do HDL: O consumo de ácidos graxos ômega-3, provenientes de peixes e nozes, aumenta os níveis de colesterol bom (HDL).
  • Redução de Triglicerídeos: A menor ingestão de carboidratos refinados contribui para a diminuição dos triglicerídeos plasmáticos.
Controle da Hipertensão arterial e padrão dietético mediterrâneo

A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral. A dieta mediterrânea tem mostrado benefícios consistentes no controle da pressão arterial, como apontado por uma revisão de 2022 no Journal of Hypertension.
  • Azeite de Oliva: Rico em polifenóis, promove vasodilatação e reduz a rigidez arterial.
  • Potássio e Magnésio: Abundantes em frutas, vegetais e nozes, ajudam a regular a pressão arterial.
  • Baixo Teor de Sódio: A ênfase em alimentos frescos, ao invés de processados, reduz a ingestão de sal.
Prevenção de Doenças Cardiovasculares via dieta mediterrânea

As doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de mortalidade global. A dieta mediterrânea é reconhecida por sua capacidade de reduzir eventos cardiovasculares, como infartos e acidentes vasculares cerebrais. O estudo Lyon Diet Heart Study mostrou que pacientes que aderiram a essa dieta tiveram uma redução de 70% no risco de eventos cardiovasculares em comparação às dietas tradicionais ocidentais.
  • Redução do Estresse Oxidativo: Os antioxidantes presentes no azeite, frutas e vegetais combatem os radicais livres que danificam as artérias.
  • Melhora na Função Endotelial: Os ácidos graxos ômega-3 e polifenóis promovem a saúde do endotélio, prevenindo aterosclerose.
  • Efeito Antitrombótico: Compostos bioativos de peixes e azeite ajudam a evitar formação de coágulos.

Adotando o padrão Mediterrâneo

Primeiramente, devemos orientar que apesar de simples a incorporação desses alimentos, eles são calóricos, logo, o correto é que você faça sob supervisão de um nutricionista que tenha expertise com Dieta Mediterrêna. 

O nosso nutricionista (Rodrigo Lamonier) há quase 10 anos estuda esse padrão dietético e sempre faz ressalvas sobre a quantidade de gorduras. Exemplo, 1 colher de sopa de azeite fornece 100 a 120kcal. Ou seja, em pouca quantidade há muita caloria, então se o paciente não souber dosar as quantidade correta, pode ocorrer um ganho de peso, aumento da frequência intestinal, amolecimento das fezes. 

Alimentos que fazem parte do padrão mediterrâneo. 

1. Vegetais e Frutas
  • Vegetais: Brócolis, espinafre, couve, alface, tomate, pepino, berinjela, abobrinha, pimentões, cebola, alho, etc.
  • Frutas: Maçãs, laranjas, uvas, morangos, figos, tâmaras, damascos, pêssegos, melões, etc.
Consuma uma variedade de vegetais e frutas frescas, preferencialmente da estação.

2. Gorduras Saudáveis
  • Azeite de oliva extravirgem: A principal fonte de gordura da dieta mediterrânea. Use para cozinhar, temperar saladas ou regar sobre pratos prontos.
  • Azeitonas: Consumidas como petisco ou adicionadas a pratos. Cuidado com o sódio das conservas.
  • Abacate: Fonte de gorduras monoinsaturadas.
  • Nozes e sementes: Amêndoas, nozes, pistaches, sementes de chia, linhaça e girassol.
3. Grãos Integrais
  • Pães integrais: Prefira pães feitos com farinha integral ou de grãos antigos.
  • Arroz integral: Substitua o arroz branco pelo integral.
  • Outros grãos: Quinoa, cevada, aveia e couscous integral.

4. Leguminosas
  • Feijão, lentilha, grão-de-bico, ervilha e outros tipos de leguminosas são excelentes fontes de proteína vegetal e fibras.
5. Peixes e Frutos do Mar
  • Peixes gordurosos: Salmão, sardinha, atum, cavala e arenque, ricos em ômega-3.
  • Outros frutos do mar: Camarão, mexilhões, polvo e lula.
  • Consuma peixes pelo menos 2 a 3 vezes por semana.
6. Laticínios magros
  • Iogurte natural: Prefira versões sem açúcar.
  • Queijos: Queijos frescos como feta, queijo de cabra e queijo cottage.
  • Leite: Consuma versões desnatadas ou semidesnatadas.
7. Proteínas Magras
  • Aves: Frango e peru, preferencialmente sem pele.
  • Ovos: Consuma com moderação, cozidos ou pochê.
  • Carne vermelha: Limite o consumo a poucas vezes por semana e sempre dando preferência aos cortes magros.
8. Ervas e Especiarias
  • Use ervas frescas e secas (manjericão, orégano, alecrim, tomilho, salsinha, coentro) e especiarias (pimenta do reino, cúrcuma, canela) para temperar os alimentos, reduzindo o uso de sal.
9. Vinho com Moderação
  • O consumo moderado de vinho tinto (1 taça por dia para mulheres e 2 para homens) é comum na dieta mediterrânea, mas não é obrigatório. Se não beber, não é necessário começar. Os benefícios são advindos do resveratrol presente na uva e não no álcool. 

Dicas adicionais sobre o padrão mediterrâneo
  • Evite alimentos processados: Reduza o consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar, sal e gorduras trans.
  • Cozinhe em casa: Prepare suas refeições com ingredientes frescos e naturais.
  • Coma com atenção: Aproveite as refeições em família ou com amigos, comendo devagar e apreciando os sabores.
Seguir a dieta mediterrânea não é apenas sobre os alimentos, mas também sobre um estilo de vida que valoriza a alimentação saudável, a atividade física e o convívio social. A dieta mediterrânea é mais do que uma estratégia alimentar; é um estilo de vida que pode promover saúde e longevidade. Com sua rica composição de nutrientes e foco em alimentos naturais, ela oferece benefícios que podem ajudar no controle do diabetes, dislipidemia, hipertensão e doenças cardiovasculares. Incorporar esses princípios à sua rotina pode ser o primeiro passo para uma vida mais saudável e equilibrada.

Para uma abordagem personalizada e segura, é fundamental o acompanhamento com profissionais capacitados e que entendam do assunto. Temos programas de acompanhamento com Nutrólogo, Nutricionista e Endocrinologista.

Autores:
Dra. Natalia Jatene - Endocrinologista em Goiânia
Dr. Frederico Lobo - Nutrólogo em Goiânia
Dr. Rodrigo Lamonier - Nutricionista em Profissional da Educação Física em Goiânia

Tenho diabetes mellitus, precisarei usar insulina?



História das insulinas

A descoberta da insulina é uma das maiores conquistas da medicina, causaram uma verdadeira revolução no tratamento do diabetes mellitus. Antes da insulina, o diagnóstico de diabetes tipo 1 era praticamente uma sentença de morte, pois, não havia tratamento eficaz que conseguisse controlar os níveis de glicose no sangue.

Os Primeiros Estudos sobre o Pâncreas: No século XIX, cientistas já suspeitavam que o pâncreas desempenhava um papel no metabolismo do açúcar. Em 1869, o patologista alemão Paul Langerhans identificou células específicas no pâncreas (mais tarde chamadas de ilhotas de Langerhans), mas sua função ainda era desconhecida. Em 1889, Oskar Minkowski e Joseph von Mering, pesquisadores alemães, removeram o pâncreas de cães e observaram que eles desenvolviam sintomas semelhantes ao diabetes, como aumento da sede e eliminação de açúcar na urina. Isso demonstrou que o pâncreas produzia algo essencial para o controle da glicose.

A Descoberta da Insulina

O grande avanço veio na década de 1920, no Canadá. Em 1921, Frederick Banting, um jovem cirurgião, e Charles Best, seu assistente, conseguiram extrair uma substância das ilhotas pancreáticas que reduzia os níveis de glicose no sangue de cães diabéticos. Eles trabalharam no laboratório do professor John Macleod, que forneceu suporte técnico e estrutura para a pesquisa. O bioquímico James Collip ajudou a purificar a substância, tornando-a segura para uso em humanos.

Em janeiro de 1922, a insulina foi testada com sucesso no primeiro paciente humano, Leonard Thompson, um jovem de 14 anos com diabetes tipo 1. Os resultados foram impressionantes: os sintomas do diabetes regrediram, e a insulina se tornou uma terapia revolucionária.


Evolução da Insulina

Inicialmente, a insulina era extraída de pâncreas de bois e porcos, mas isso apresentava desafios na produção e podia causar reações imunológicas. Na década de 1980, com os avanços da engenharia genética, foi desenvolvida a insulina humana recombinante, produzida por bactérias geneticamente modificadas, tornando o tratamento mais seguro e eficiente.

Hoje, contamos com diversos tipos de insulina, como as de ação rápida, intermediária e prolongada, permitindo um controle mais preciso do diabetes e melhor qualidade de vida para os pacientes.

A descoberta da insulina rendeu o Prêmio Nobel de Medicina em 1923 a Banting e Macleod (que dividiram o prêmio com Best e Collip), marcando um dos maiores avanços da história da endocrinologia e da medicina.

Apesar de terem sido o primeiro tratamento medicamentoso desenvolvido para tratamento do diabetes e de terem dado nova vida às pessoas que até antes da sua criação estavam fadadas a aguardar a morte por cetoacidose, as insulinas ainda são rodeadas por medos, mitos , estigmas e muitas falácias

Nesse texto abordarei os principais tipos de insulinas disponíveis no mercado e suas indicações de uso.

Insulinas de Ação Basal

Essas insulinas são utilizadas para manter níveis estáveis de glicose durante o dia e a noite.
  • Glargina
Duração: 24 horas ou mais.
Características: Liberação contínua, sem picos significativos.
  • Detemir (retirada do mercado):
Duração: 18-24 horas.
Características: Liberação gradual, pode ter um leve pico.
  • NPH
Duração: 10-16 horas.
Características: Ação intermediária com picos de ação.
  • Degludeca
Início de Ação: Aproximadamente 30-90 minutos após a injeção.
Duração de Ação: Pode durar mais de 42 horas, permitindo que seja administrada uma vez ao dia, em horários flexíveis.
Perfil de Ação: Oferece uma liberação contínua e estável de insulina, minimizando o risco de hipoglicemia.

Insulinas de Ação Rápida

Essas insulinas são utilizadas para controlar os picos de glicose que ocorrem após as refeições.

  • Aspart :
Início: 10-20 minutos.
Duração: 3-5 horas.
Características: Ação rápida para controle pós-prandial.
  • Lispro :
Início: 15-30 minutos.
Duração: 3-5 horas.
Características: Semelhante à aspart, com início rápido.
  • Glulisina :
Início: 10-15 minutos.
Duração: 3-5 horas.
Características: Ação rápida, ideal para uso próximo às refeições.


Quando está indicado insulinização no diabetes tipo 1 e tipo 2 ?

A insulina é um tratamento essencial para o diabetes, especialmente em casos específicos. Aqui está quando ela está indicada para os tipos 1 e 2:

Diabetes Tipo 1

No diabetes tipo 1, a produção de insulina pelo pâncreas é praticamente inexistente. Portanto, a insulina é sempre necessária desde o diagnóstico. As indicações incluem:

  • Diagnóstico de Diabetes Tipo 1: Pacientes devem iniciar a terapia com insulina imediatamente após o diagnóstico.
  • Cetoacidose Diabética: Em situações de emergência, como cetoacidose, a insulina é vital e geralmente administrada em ambiente hospital via endovenosa.

Diabetes Tipo 2

No diabetes tipo 2, a insulina pode ser necessária em várias situações:

  • Quando a Metformina e Outros Antidiabéticos Orais ou injetáveis Não São Suficientes: 
Se o controle glicêmico não for alcançado com medicamentos orais, a insulina pode ser introduzida.
  • Aumento da Necessidade de Insulina:
Em situações de estresse, doença ou cirurgia, pode haver um aumento temporário da necessidade de insulina.
  • Hiperglicemia Persistente:
Se os níveis de glicose no sangue permanecerem elevados, mesmo com a combinação de medicamentos orais.
  • Cetoacidose Diabética ou Hiperosmolaridade Hiperglicêmica:
Em emergências, a insulina pode ser necessária para tratar essas condições.
  • Progressão da Doença:
Com o tempo, muitos pacientes com diabetes tipo 2 podem precisar de insulina à medida que a função das células beta do pâncreas diminui.


Qual melhor forma de uso das insulinas?

No tratamento do diabetes queremos mimetizar o funcionamento normal do pâncreas , esse órgão responsável pela produção e liberação da insulina é estimulado principalmente durante a alimentação, quando então secreta insulina de forma rápida para que a glicose dos alimentos consiga adentrar as células do nosso corpo ,garantindo assim sua homeostase

Agora que já expliquei como é o perfil de ação de cada insulina, conseguimos entender que o foco do tratamento está no uso adequado das insulinas de ação rápida ( aspart, lispro e glulisina ) , para que não ocorra picos de glicose após as refeições .

As insulinas de ação mais lenta devem ser usadas com equilíbrio para que as glicemias durante o jejum , principalmente ao acordar estejam dentro dos níveis desejáveis, mas nunca em excesso causando indesejáveis e persistentes hipoglicemias .

Portanto o habitual seria usar uma maior quantidade de insulina rápida do que de insulina basal, mas uma relação entre basal/bolus de até 50% está adequada, se você usa uma grande quantidade de insulina lenta e pouca insulina para bolus das refeições suas chances de hipoglicemias severas aumentam assim como de hiperglicemias pós prandiais . Para atingir maiores proporções no uso das insulinas rápidas o paciente deve ser educado a fazer a contagem de carboidratos e correção da glicemia sempre antes de se alimentar , esses dois assuntos serão temas de um próximo post ! 

Autora: Dra. Natália Jatene - Médica Endocrinologista em Goiânia

quarta-feira, 5 de março de 2025

Medicamentos anti-obesidade com ação cerebral

Avanços na compreensão da regulação homeostática do peso corporal e da neurobiologia do apetite, aliados a inovações em química medicinal, abriram caminho para medicamentos seguros e eficazes para perda de peso. Agonistas de longa ação do receptor de GLP-1 revolucionaram o tratamento da obesidade e, junto com novos multiagonistas baseados em GLP-1 e terapias combinadas, oferecem um grande potencial para combater doenças cardiometabólicas e outros desafios crônicos de saúde.

Obesidade: uma doença complexa e crônica

A obesidade é uma doença crônica e recorrente que apresenta desafios significativos para o manejo a longo prazo e acelera a progressão de várias doenças não transmissíveis, incluindo diabetes tipo 2, condições cardiovasculares e certos tipos de câncer. Embora intervenções no estilo de vida e comportamentais permaneçam centrais no manejo do peso, sua capacidade de alcançar e manter a perda de peso a longo prazo é limitada. Historicamente, o desenvolvimento de tratamentos farmacológicos para a obesidade foi dificultado por inúmeros desafios técnicos e biológicos, principalmente os efeitos adversos inaceitáveis. De forma encorajadora, os avanços na compreensão dos mecanismos fisiológicos e moleculares que regulam a homeostase energética permitiram o desenvolvimento de terapias direcionadas, racionais, seguras e eficazes para perda de peso.

Neurobiologia da ingestão alimentar

Os circuitos cerebrais que controlam o equilíbrio energético devem integrar continuamente uma ampla gama de sinais para manter a estabilidade da disponibilidade de energia no organismo a longo prazo. Esses sinais incluem informações sobre a massa de tecido adiposo, ingestão calórica, uso de energia e mudanças ambientais ou fisiológicas que influenciam as necessidades energéticas atuais e futuras. A regulação da homeostase energética pelo sistema nervoso central é coordenada por um neurocircuito complexo que envolve múltiplas regiões cerebrais. O hipotálamo e o tronco cerebral desempenham papéis essenciais na detecção e integração de nutrientes circulantes, sinais hormonais e atividade neuronal aferente e, em conjunto com as vias de recompensa mesocorticolímbicas, orquestram o comportamento alimentar.

Hormônios peptídicos na regulação do apetite

Hormônios peptídicos intestinais, como GLP-1 e GIP, juntamente com a amilina pancreática, ativam seus receptores no hipotálamo, na área postrema (AP) e no núcleo do trato solitário (NTS) dentro do complexo vagal dorsal (DVC). A sinalização hormonal no DVC promove a saciedade e modula a sinalização dopaminérgica mesolímbica, influenciando comportamentos relacionados à recompensa. Notavelmente, a ativação dos receptores de GLP-1 na AP também induz aversão, provavelmente mediada por projeções para o núcleo parabraquial lateral (IPBN). Alguns neurônios do DVC projetam-se para núcleos hipotalâmicos e suprimem a alimentação sem desencadear aversão. No hipotálamo, os neurônios do receptor de melanocortina-4 (MC4R) no hipotálamo paraventricular (PVH) atuam como integradores críticos de sinais homeostáticos, transmitidos principalmente por neurônios do peptídeo relacionado à agouti (AgRP) e da pro-opiomelanocortina (POMC) no núcleo arqueado (ARC).

O cenário em evolução das farmacoterapias para obesidade

Os primeiros medicamentos para perda de peso com ação central foram desenvolvidos em um período em que os mecanismos fisiológicos e neurobiológicos subjacentes à regulação do apetite eram pouco compreendidos. Portanto, não é surpreendente que muitos medicamentos anti-obesidade tenham falhado devido à falta de eficácia e efeitos adversos intoleráveis resultantes de baixa especificidade. Atualmente, o foco da descoberta de medicamentos contra a obesidade mudou da abordagem baseada em pequenas moléculas que atuam em neurotransmissores clássicos (como fentermina, topiramato, naltrexona e bupropiona) para a utilização dos efeitos metabólicos da comunicação intestino-cérebro.

Em um período relativamente curto, agonistas de longa duração do receptor de GLP-1, como a semaglutida, tornaram-se centrais no tratamento da obesidade devido à sua capacidade de suprimir o apetite e reduzir o peso corporal por meio da ação direta em neurônios do hipotálamo e tronco cerebral. Para contrariar os poderosos mecanismos homeostáticos que defendem a massa de gordura corporal, várias estratégias baseadas no GLP-1 foram desenvolvidas.
Tirzepatida, um agonista duplo dos receptores de GLP-1 e GIP, demonstrou eficácia significativa em ensaios clínicos, com participantes alcançando até 22,5% de perda de peso em 72 semanas. Os agonistas do GIP atuam predominantemente em neurônios GABAérgicos para suprimir o apetite e podem complementar a ação do GLP-1R ao reduzir a náusea.
Cagrilintida, um análogo da amilina, complementa a ação dos agonistas do GLP-1 ao aumentar a supressão do apetite, mediada principalmente pela AP no tronco cerebral. Quando combinada com semaglutida, resultou em aproximadamente 22,7% de perda de peso em um ensaio clínico de fase 3.
Retatrutida, um agonista triplo que ativa os receptores de GLP-1, GIP e glucagon, demonstrou resultados promissores, com até 24% de perda de peso em um estudo clínico de fase 2. Enquanto o glucagon pode ter benefícios centrais na supressão do apetite, seu principal efeito complementar ao GLP-1 e GIP está no aumento do gasto energético e na melhora do metabolismo lipídico.

Os benefícios glicêmicos das incretinas equilibram as potenciais desvantagens do glucagon no metabolismo da glicose, destacando o potencial das terapias multi-alvo racionalmente projetadas para melhorar os desfechos no tratamento da obesidade. Importante ressaltar que esses agentes não apenas promovem a redução de peso, mas também melhoram um amplo espectro de comorbidades cardiometabólicas, oferecendo uma solução mais abrangente para o manejo da obesidade.




Os benefícios das novas terapias para perda de peso além da obesidade

Evidências clínicas recentes demonstram que o tratamento com semaglutida ou tirzepatida não apenas protege os pacientes contra o desenvolvimento de diabetes tipo 2, mas também leva a melhorias significativas na doença hepática gordurosa, bem como benefícios para doenças cardiovasculares e renais crônicas. Embora os benefícios pleiotrópicos da ativação do receptor de GLP-1 possam resultar da ação direta em células-alvo específicas, eles também podem ser secundários à perda de peso e ao melhor controle glicêmico.

Notavelmente, a redução da inflamação sistêmica tem sido proposta como um mecanismo unificador dos benefícios clínicos dessas terapias. As propriedades anti-inflamatórias dos agonistas do GLP-1R despertaram um crescente interesse em seu potencial para o tratamento de doenças neurodegenerativas, onde a inflamação crônica acelera a progressão da doença.

Com os benefícios dos agonistas do GLP-1R se estendendo além da perda de peso, as expectativas para as próximas gerações de medicamentos são imensas. As terapias futuras precisarão não apenas proporcionar uma perda de peso potente e segura e melhorar os desfechos cardiometabólicos, mas também preservar a integridade e função do sistema musculoesquelético. Idealmente, essas terapias também devem evitar a rápida recuperação de peso observada após a interrupção do tratamento.

Abreviações
AP: área postrema
ARC: núcleo arqueado do hipotálamo
BNST: núcleo da estria terminal
CeA: amígdala central
DMH: hipotálamo dorsomedial
DRN: núcleo dorsal da rafe
DVC: complexo vagal dorsal
GABA: ácido gama-aminobutírico
GIP: peptídeo insulinotrópico dependente de glicose
GLP-1: peptídeo semelhante ao glucagon tipo 1
IPBN: núcleo parabraquial lateral
MC4R: receptor de melanocortina-4
mPFC: córtex pré-frontal medial
NAc: núcleo accumbens
NTS: núcleo do trato solitário
PVH: núcleo paraventricular do hipotálamo
VMH: núcleo ventromedial do hipotálamo
VTA: área tegmentar ventral

Declaração de interesses: J.P. e C.C. são cofundadores da Ousia Pharma, uma empresa de biotecnologia que desenvolve terapias para obesidade.