quinta-feira, 31 de março de 2011

Como reduzir a exposição ao BPA: dicas valiosas

Sabemos que o Bisfenol-A (BPA) está ao nosso redor e o Centro de Controle de Doenças (CDC) alega que  a substância está em quase 95% dos humanos. Estudos de laboratório relacionaram o BPA ao câncer de mama, junto com uma série de outros problemas sérios de saúde.

Mas qual é a principal fonte do BPA que contamina nosso corpo?

Se removermos esta fonte, em quanto diminuem nossos níveis de BPA?

O Fundo do Câncer de Mama e o Instituto Silent Spring conduziram um estudo, publicado hoje na Environmental Health Perspectives para descobrir.

Eles inscreveram 5 famílias em uma investigação que durou 1 semana. Primeiro as famílias ingeriram uma sua alimentação normal (tradicional). Depois, forneceram aos participantes durante 3 dias, refeições orgânicas recém preparadas que evitaram contato com embalagens que contém BPA, tal como comida enlatada e plástico policarbonato. Por fim, as famílias retornaram as suas dietas normais. Mediram seus níveis de BPA em cada estágio.

Enquanto comiam a alimentação orgânica recém-preparada, seus níveis de BPA caíram em média 60%. Aqueles com os níveis de exposição mais elevados tiveram uma redução ainda maior: 75%.

Estes resultados inovadores nos dizem que remover o BPA das embalagens eliminará nossa fonte principal de exposição.
Abaixo um pequeno resumo das mudanças que fizeram na dieta das famílias e dicas de como você pode reproduzi-las em sua própria cozinha:
  • Mude para o aço inoxidável e utilize vidro para armazenamento de alimentos e recipientes de bebidas;
  • Transfira alimentos para recipientes de cerâmica ou vidro para usar micro-ondas;
  • Considere um recipiente térmico para café – quem faz café em casa pode estar armazenando a água em recipientes baseados em policarbonato ou tubos baseados em ftalato;
  • Coma fora de casa, o mínimo possível. Evitem principalmente aqueles restaurantes que não usam ingredientes frescos;
  • Restrinja o consume de comida enlatada;
  • Escolha frutas e vegetais orgânicos e frescos quando possível e congele quando não for possível;
  • Deixe os feijões de molho antes de cozinha-los (você pode fazer a mais e congelá-los);
Quando tomamos medidas para reduzir nossa exposição ao BPA, precisamos de soluções abrangentes para assegurar que todos estejam protegidos dessa substância. É por isso que muitos ambientalistas, nutricionistas e médicos estão querendo mostrar para a indústria que preferem embalagens de alimentos seguras e não tóxicas.



Fonte: http://blog.saferchemicals.org/2011/03/how-to-reduce-bpa-levels-by-60-percent-in-3-days.html

Benefícios e contra-indicações do chá verde


Muito se fala sobre as propriedades funcionais do chá branco e verde, mas qual é a real diferença entre eles?

Tanto o chá verde, quanto o chá branco são produzidos a partir de um processo químico de oxidação (incorretamente chamado de fermentação) das folhas de uma planta chamada Camelia Sinensis.

Entretanto, a diferença entre esses dois chás é que o branco é colhido quando as folhas ainda estão bem jovens, ou seja, o que distingue um chá do outro é quando as folhas da planta são colhidas.

As pesquisas indicam que o chá branco, por ter folhas mais jovens, possui maior concentração de catequinas, que são as principais substâncias ativas do chá branco e do chá verde.

Além disso, os estudos comprovam que essas catequinas do chá branco são mais ativas que as catequinas de outros chás. Portanto, acredita-se que, por apresentarem maior concentração de catequinas, seu efeito é mais potente. Porém, vale ressaltar que os estudos sobre o consumo de chá branco em humanos são escassos.

A maior parte dos estudos descrevem fitoquímicos presentes no Chá verde. Como já foi dito acima, consiste em um produto obtido a partir da planta Camellia sinensis, contém mais de 200 compostos, em que os mais conhecidos e mais abundantes são os polifenóis. Estes incluem:
  • Epicatequinas (EC),
  • Epigalocatequinas (EGC),
  • Epicatequina-3-galato (ECG),
  • Epigalocatequina-3-galato (EGCG)
Os polifenóis do chá verde podem desempenhar efeitos benéficos em várias condições clínicas, sendo que as mais estudadas e caracterizadas estão relacionadas ao câncer, sobrepeso/obesidade e doença cardiovascular.
As catequinas presentes nos chás obtidos da Camelia Sinensis são consideradas potentes antioxidantes e antiinflamatórios, pois inibem a ativação do fator NF-kB, que é um ativador da inflamação. Por isso, o consumo regular de chá verde oferece diversos efeitos protetores ao organismo, devido à redução do processo inflamatório de uma maneira geral.

Os estudos indicam que o consumo ideal de chá verde para garantir os benefícios das catequinas é de 4 a 5 xícaras ao dia. Porém, é importante lembrar que ele nunca deve ser reaquecido.

Ação anti-cancerígena do chá verde

Muitos estudos sugerem que o consumo de chá verde está relacionado com a diminuição do risco de diversos tipos de cânceres.

Uma meta-análise publicada em 2006 que avaliou estudos epidemiológicos encontrou que o consumo elevado do chá verde (> 5 xícaras/dia) foi associado com uma redução de 20% no risco de câncer de mama (risco relativo = 0,78, 95% intervalo de confiança [IC], 0,61 a 0,98).

Outra meta-análise também publicada em 2006 encontrou que o alto consumo de chá verde foi associado com uma redução de 18% no risco de câncer colorretal (risco relativo = 0,82; 95% IC, 0,69-0,98).

Outros estudos avaliaram a relação entre o chá verde e câncer de próstata. Um estudo científico controlado acompanhou 60 pacientes com neoplasia intraepitelial prostática de alto grau (NIP, lesão benigna). Os pacientes foram agrupados de forma aleatória para receber durante um ano o extrato de catequinas do chá verde (200 mg, 3x/dia) ou placebo. Trinta por cento dos pacientes do grupo placebo (n=9) evoluíram para o câncer de próstata, enquanto que no grupo chá verde foi de apenas 3% (n=1). Um estudo epidemiológico com cerca de 50.000 homens japoneses mostrou uma relação dose-dependente entre o consumo de chá verde e redução no risco de câncer de próstata avançado.

Ação no Sobrepeso/Obesidade

Estudos clínicos têm analisado o efeito do chá verde na perda e na manutenção do peso. Um estudo duplo-cego e controlado comparou os efeitos da ingestão do extrato de chá verde em 240 adultos japoneses obesos.

Os resultados mostraram que o grupo tratado apresentou redução significativa no peso corporal, índice de massa corporal, massa gorda e circunferência da cintura e do quadril (p < 0,05).

Ação nas  doenças cardiovasculares

Estudos epidemiológicos sugerem que a ingestão de chá verde está associada a um menor risco de doenças cardiovasculares.

Um estudo de coorte prospectivo com mais de 40.000 adultos japoneses mostrou que o consumo de chá verde foi inversamente associado com a mortalidade por doença cardiovascular. As mulheres que consumiram cinco ou mais xícaras/dia apresentaram 31% menos mortalidade por doença cardiovascular.

Um estudo duplo-cego randomizado controlado por placebo com 240 adultos chineses com hipercolesterolemia leve a moderada analisou a suplementação diária do extrato de chá-verde enriquecido com teaflavina. O grupo suplementado apresentou redução de 16,4% nos níveis de LDL (lipoproteína de baixa densidade) e em 11,3% nos níveis de colesterol total em comparação com o grupo placebo.


Obs: Muitos pacientes me perguntam:
1) Dr, como preparo o chá verde?
2) Dr, o chá verde em saquinho tem efeito ??
3) Dr, qual é melhor , cápsula de chá verde ou o chá in natura ?
4) Dr, existe alguma contra-indicação?

Bem, vamos por partes.
1 - Preparo do chá

Tem gente que é leiga e não sabe o que está falando quando afirma que o chá tem q ser feito em infusão. Tem estudos mostrando que infusão por até 10 minutos e manutenção em geladeira por até 24h não ocasiona perda dos polifenóis e catequinas. Portanto vai aí a dica pra preparar um chá verde saboroso:
1 colher de sobremesa de chá verde ( +- 10g)
1 litro de água filtrada
1 rama de canela ou erva doce

Ferver de preferência em uma chaleira por no mínimo 5 minutos, até no máximo 10 minutos. Se for possível mexer com uma colher de pau.
Desligar o fogo, esperar esfriar um pouco e começar a tomar. Pode ser armazenado na geladeira por até 24 horas. Mas geralmente indo o seguinte: fazer cedo e tomar até as 14:00.
Atenção, evite de ingeri-lo próximo às refeições ou após pois os polifenóis impedem a absorção de cálcio, magnésio, ferro e zinco.

Para ler mais sobre o preparo: http://www.scielo.br/pdf/cta/v30s1/29.pdf

2 - Chá verde em sachê

Eu prefiro comprar o chá verde orgânico, a quantidade de chá verde no sachê é pouca, portanto faz-se necessário utilizar vários sachês.

3 - Cápsulas (extrato) ou in natura

Existem estudos comparativos e cada um tem suas vantagens. A cápsula tem a questão da comodidade, praticidade, porém o chá in natura (quando adicionado outras ervas ou sucos) pode ser saboroso e uma forma de aumentar a ingestão de água (algo muito comum entre meus pacientes, principalmente mulheres). Portanto estimulo o uso do chá in natura.

Apenas a título de curiosidade:
  • Obesidade: o chá in natura tem efeito maior que o extrato, mas o efeito no índice de massa corpórea (IMC) é igual para os dois.
  • A pressão arterial diastólica reduziu nos dois.
  • Triglicerídeos reduziram com o chá in natura e não reduziram tanto com o extrato.
4) Contra-indicações
Sim, existem. Geralmente contra-indico para pacientes com:
1 - Paciente com ANEMIA FERROPRIVA: pq os taninos competem com o ferro.
2 - Paciente com sensibilidade à CAFEÍNA
3 - Pacientes portadores de GASTRITE ou REFLUXO (mesmo existindo estudos que mostram que o chá verde pode melhorar a gastrite).


Dr. Frederico Lobo - CRM-GO 13192

segunda-feira, 28 de março de 2011

Governo precisa encontrar um local para depositar lixo radioativo de Angra


Procuram-se, em algum canto brasileiro, cidades interessadas em receber definitivamente — por séculos a fio — 578,6 toneladas de combustível altamente radioativo, usado pelas usinas nucleares Angra 1 e Angra 2 para gerar energia.

A busca inclui municípios dispostos a acolher também 7,4 mil tambores abarrotados de papéis, vestimentas, filtros e resinas contaminados por índices baixos e médios de radioatividade.

O tempo é curto para as candidatas se manifestarem e serem selecionadas. As piscinas que resfriam o combustível usado em Angra 1 e 2 suportam mais material radioativo somente até 2021. No galpão da mais antiga usina nuclear brasileira, Angra 1, só resta 16,7% de espaço. O lixo atômico terá de ir para algum lugar. Só não se sabe, até agora, para onde.

Reportagem de Vinicius Sassine, no Correio Braziliense.

O funcionamento dos dois reatores nucleares, que contribuem com 1,9% da energia gerada no país, causou, ao longo das últimas três décadas, um problema incômodo, que desafia as autoridades responsáveis pela energia nuclear no Brasil. Os rejeitos radioativos estão abrigados no espaço físico de Angra 1 e Angra 2 desde o início das atividades das usinas.

Os primeiros 59 tambores com lixo atômico de Angra 1 foram gerados em 1982. Angra 2 produziu 38 tonéis em 2002 e não parou mais. Mas a principal preocupação é com o combustível usado e descartado dos reatores direto às piscinas de resfriamento. À base de urânio enriquecido, o material tem alto nível de radioatividade e longo tempo de duração. Esses restos devem ficar pelo menos 10 anos nos tanques. Em Angra 1, estão depositados há quase 30 anos.

Tanto os resíduos de baixa e média atividade quanto o combustível precisam deixar o complexo de Angra dos Reis (RJ). A comissão responsável pelo programa nuclear brasileiro definiu um cronograma para a construção dos depósitos definitivos e o apresentou ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2008. O cronograma trazia datas para a construção dos depósitos. O espaço para os rejeitos de baixa e média atividade deveria começar a ser edificado em 2014. Já as obras do depósito de combustível usado deveriam ter início em 2019. A cidade que vai acolher esse material, conforme o cronograma, precisaria ser selecionada três anos antes.

Prorrogação

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), responsável pela destinação final dos rejeitos, admitiu ao Correio que o cronograma não será cumprido. Será necessário prorrogar prazos, o que deve gerar um impasse. Mesmo se o cronograma previsto fosse cumprido, a Eletrobras Eletronuclear — a quem cabe administrar as usinas — ficaria cinco anos sem ter como depositar o combustível usado, caso os reatores continuem a funcionar. “Se os depósitos não forem construídos, será necessário parar as usinas”, afirma o coordenador de Comunicação e Segurança da Eletronuclear, José Manuel Diaz.

As piscinas de Angra 1 e 2 têm capacidade para abrigar combustível usado até 2021. O depósito definitivo, pelo cronograma original, deveria começar a receber o rejeito em 2026. “O problema no mundo inteiro é o combustível usado. A gente nem pensou ainda nas cidades (que vão abrigar os rejeitos). É necessário primeiro achar um sítio geológico adequado”, diz o presidente da Cnen, Odair Gonçalves. “O sítio das usinas não vai ser descomissionado (quando ocorre a desativação) nos próximos 50 anos. Temos tempo para isso.”

Diante da indefinição sobre um depósito definitivo, a Eletronuclear planeja construir uma terceira piscina de resfriamento em Angra. Uma possibilidade para reduzir o volume de rejeitos é a incineração. Não há qualquer previsão oficial de reciclar o combustível — que ainda guarda 40% de energia —, a exemplo do que fazem Japão e países da Europa.

Compensações

Três municípios já se dispuseram a receber os rejeitos de baixa e média atividade, em troca de royalties e outras compensações financeiras, mas a Cnen não diz quais são as cidades, nem as regiões.

Quando um dos depósitos de Angra 1 esteve próximo de ficar lotado, com 94% de ocupação, a Eletronuclear precisou fazer uma supercompactação dos resíduos para obter mais espaço para o lixo. No caso do combustível usado, não faltará espaço, afirma José Manuel Diaz, da Eletronuclear. “Está tudo dentro das normas e convenções internacionais.”

O problema principal é a piscina de resfriamento de Angra 2. Funcionando há menos de 10 anos, já teve 35% do espaço ocupado. A dificuldade na destinação dos rejeitos é um dos aspectos que será verificado in loco por uma comissão de senadores. A visita a Angra dos Reis está prevista para quarta-feira.

Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/03/28/governo-precisa-encontrar-um-local-para-depositar-lixo-radioativo-de-angra/

Suco de caixinha tem mais açúcar que refrigerante

Em média, os sucos vendidos em caixinha têm mais açúcar do que os refrigerantes. Dependendo da marca, um suco de uva, por exemplo, pode ter até 70% a mais de açúcar do que um guaraná.

Essa é uma das conclusões de um estudo divulgado nesta quinta-feira (18) pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que comparou a quantidade de açúcares, sódio e gorduras em diversos alimentos industrializados de várias marcas.

Na média, os refrigerantes de cola ou guaraná apresentam um teor de açúcar de 10 g em um copinho de 100 ml. Os sucos, entre 11 g e 11,7 g, em média, dentro do mesmo recipiente. As diferenças maiores, porém, foram detectadas na comparação entre marcas e sabores.

Foi constatado, por exemplo, que entre os sucos com concentração de polpa entre 30% e 50%, o de manga é o que tem menor quantidade de açúcar: foi detectado uma concentração de 9,8 g por 100 ml. No mesmo tipo de suco, sabor uva, o teor de açúcar era de 14,5 g.

O néctar, tipo de suco com concentração de polpa menor (entre 20% e 30%) apresentaram, em média, quantidade de açúcar menor (11g, contra 11,7g dos sucos mais concentrados).

Neste caso, também houve diferença entre marcas e sabores. Os de laranja, maçã e pêssego, por exemplo, tinham média de 11 g de açúcar por 100 ml. Os de uva, novamente, tinham mais, 14g/100 ml.

Nos refrigerantes, também há variação de açúcar dependendo da marca. Entre quatro fabricantes de guaraná, por exemplo, houve uma marca que registrou 8,5 g de açúcar em 100 ml analisados, o menor valor. Outra marca, apresentou 11,3g/100ml, a maior concentração.

O estudo completo está disponível no site da agência

Fonte: http://noticias.r7.com/saude/noticias/suco-de-caixinha-tem-mais-acucar-que-refrigerante-20101118.html

Medicamento à base de melatonina pode melhorar a qualidade de vida de portadores de demência

Um novo estudo, conduzido por médicos da Escócia, quer descobrir se uma droga associada ao sono pode melhorar a qualidade de vida das pessoas com demência.

A informação foi publicada no site do jornal britânico "The Telegraph" nesta segunda-feira.

A empresa de pesquisa médica CPS Research, em Glasgow, está conduzindo um ensaio clínico utilizando um medicamento contendo melatonina, um hormônio que induz ao sono. Os pesquisadores esperam que a substância reduza sintomas associados à demência.

A equipe do projeto "Melatonin in Alzheimer's Disease", pioneiro no mundo, espera recrutar 50 pacientes para o estudo, durante um período de seis meses.  Qualquer paciente diagnosticado com Alzheimer, que esteja em tratamento, pode ser elegível para participar do estudo.

A causa mais comum de demência é a doença de Alzheimer, mas outras condições que afetam o cérebro também podem causar o problema.

Segundo Gordon Crawford, do CPS Research, "a demência é uma condição degenerativa, que afeta a vida de famílias e amigos dos pacientes. Ao reduzir os sintomas da doença, espera-se que tanto os pacientes quanto seus acompanhantes possam desfrutar de uma qualidade de vida melhor".

"Na nossa base para o projeto, investigamos uma versão de liberação lenta do composto natural melatonina. Nossos resultados sugerem que os participantes funcionavam melhor durante o dia - possivelmente por causa de um padrão de qualidade do sono melhor."

"A melatonina não é utilizada no tratamento da demência, mas é registrada na Europa e no Reino Unido para uso em pacientes idosos com dificuldades para dormir. Já foi provado que o hormônio é seguro e isento de efeitos colaterais. Estamos investigando se o uso como um tratamento adicional da demência pode transformar a vida dos pacientes e seus cuidadores."

"Com a ajuda de voluntários da Escócia, nosso objetivo é determinar se a adição de melatonina aos tratamentos atuais pode proporcionar um grande avanço no tratamento da demência."

Para Alan Wade, do CPS Research, "o que sabemos é que os pacientes com Alzheimer não produzem melatonina como pessoas saudáveis. O estudo vai descobrir como a adição de melatonina os afeta."

A droga utilizada no estudo é chamada Circadin.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/894980-hormonio-do-sono-pode-reduzir-sintomas-da-demencia-diz-estudo.shtml

Correlação entre corantes (artificiais) alimentares e TDAH (transtorno de déficit de atenção com hiperatividade)

A Food and Drug Administration (FDA) disse que pretende recolher esta semana pareceres de alguns especialistas sobre a possível associação entre corantes artificiais e hiperatividade em crianças.

O Centro para Ciência de Interesse Público (CSPI) solicitou ao FDA em 2008 a proibição do Amarelo 5, Vermelho 40, e outros usados ​​corantes artificiais,  alegando que "têm sido evidenciado em vários estudos clínicos, que eles podem prejudicar o comportamento infantil" O CSPI tambem solicitou que fosse obrigatório o uso de rótulos advertindo a presença de tais corantes, até que a proibição entre em vigor.

Na quarta-feira e quinta-feira desta semana, o FDA  quer solicitar a um grupo de especialistas que analisem as evidências a cerca do tema, em resposta à petição da CSPI, além de decidirem o que será necessário (conduta) para garantir a saúde da faixa estudada. O FDA também divulgou para o Comitê de consultoria sobre alimentação as informações com o motivo da reunião nesse documento.


Para alguns especilistas os estudos devem ser revistos e analisados de forma minuciosa pois à primeira vista, um estudo pode correlacionar corantes com TDAH, mas quando você considera outros fatores importantes que poderiam ser responsáveis ​​pelos resultados, tais como gênero, escolaridade materna, a dieta e outros fatores, torna-se impossível associar que o TDAH é devido corantes alimentares.
 
As controvérsia sobre o uso de corantes ganharam força com um estudo feito pela Southampton em 2007 e publicado na revista britânica The Lancet. Nesse estudo os pesquisadores analisaram os efeitos das misturas de aditivos num grupo composto por 297 crianças (faixa etátia de 3 a 9 anos) e concluiu que os aditivos alimentares tiveram leve, porém, significativa correlação com a hiperatividade das crianças, até a metade da infância. Porém, o estudo foi alvo de críticas, devido ao fato das crianças participantes terem recebido coquetéis de aditivos, o que torna impossível saber quais foram os aditivos responsáveis ​​pelo aumento da hiperatividade.
 
O FDA acrescentou que os resultados de relevantes ensaios clínicos indicam que os efeitos sobre o compoartamento parece decorrer devidao a uma intolerância única para estes aditivos e não devido propriedades neurotóxicas dos mesmos.
 
Na Europa, em 2009, uma revisão feita por especialistas concluiu que apesar dos trabalhos publicados, todos os dados disponíveis no momento, não suportam uma associação entre aditivos alimentares e hiperatividade.
 
Fonte: http://www.foodnavigator-usa.com/Financial-Industry/Expert-panel-to-reassess-food-colorings-and-hyperactivity-link?utm_source=AddThisWeb&utm_medium=SocialAddThis&utm_campaign=SocialMedia



 

sexta-feira, 25 de março de 2011

Triclosan: usar ou não usar?

O texto abaixo foi escrito e cedido gentilmente por uma amiga (Dra. Lidiane Martins) que tem uma visão parecida com a minha. Vale a pena ler o texto.

Atenciosamente,

Dr. Frederico Lobo

Triclosan: usar ou não usar?

O brasileiro sempre diz que o ano só começa depois do carnaval, então, lá vamos nós...
Fiz um breve intervalo nos posts por causa do carnaval (que aproveitei para descansar) e agora vou retomar nosso caminho em busca de uma vida com saúde.

Recebi um pedido para falar um pouco sobre o triclosan, substância utilizada largamente em sabonetes bactericidas, e encontrei muitas informações importantes fazendo a minha pesquisa.

Triclosan ou triclosano é um agente anti-séptico efetivo contra bactérias gram negativas, bem como gram positivas. É eficaz também contra fungos e bolores e é encontrado em medicamentos, sabonetes, loções, cremes dentais, entre outros produtos.

No site do Environmental Working Group -EWG (http://www.ewg.org/), uma organização americana que tem como missão "utilizar o poder da informação para proteger a saúde pública e o ambiente", foi publicado um guia de alerta para que se evite o uso de triclosan. Para acessá-lo é só clicar no link: http://www.ewg.org/files/EWG_triclosanguide.pdf

Um trecho de um artigo, publicado em junho de 2010 na revista Environmental Health Perspectives, relata:
"Triclosan, o agente antimicrobiano utilizado como marketing em produtos de cuidado pessoal por sua capacidade de eliminar germes, está sob investigação. Em abril de 2010, o FDA anunciou que está conduzindo uma revisão científica e regulatória nos produtos que contêm triclosan.

O triclosan é um agente antimicrobiano de amplo espectro desenvolvido há 40 anos e inicialmente utilizado em ambiente cirúrgico. Nas duas últimas décadas seu uso cresceu rapidamente em produtos de cuidado pessoal, incluindo sabonetes, cosméticos, pasta de dentes, assim como em produtos para uso domiciliar. Um estudo americano de 2001 detectou triclosan em 76% de 395 marcas de sabonetes examinadas. Em 2008, o Environmental Working Group divulgou ter encontrado triclosan em mais de 140 tipos de produtos para uso pessoal e doméstico.

O debate envolve a hipótese de que o triclosan estimula a produção de clorofórmio, que é classificado como um agente possivelmente cancerígeno. Outros estudos levantam a possibilidade de o triclosan provocar alterações hormonais na tireóide.

O FDA relata que não existem evidências claras de que o uso de triclosan promova benefícios à saúde maiores do que o uso apenas de água e sabão." (Cooney, C. PERSONAL CARE PRODUCTS: Triclosan Comes under Scrutiny. Environ Health Perspect. 2010 June; 118(6): A242; Link: Artigo completo)

Há muita polêmica sobre o assunto, é claro, por envolver muitos interesses econômicos.
O fato é que já existem evidências científicas de efeitos prejudiciais do produto. Os consultórios dermatológicos já estão diagnosticando dermatites decorrentes do uso contínuo de produtos que contêm triclosan, seja pelo efeito irritativo direto ou pela destruição da flora de defesa da pele.

Acho que vale a pena evitar. Verifique sempre os rótulos dos produtos.

Para uma leitura adicional acesse os links:
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI518670-EI298,00.html
http://www.health-report.co.uk/triclosan.html

Sobre a autora: Dr. Lidiane Martins - Clínica geral. E-mail para contato: lidimartins@gmail.com Blog: http://cultivandoasaude.blogspot.com/2011/03/triclosan-usar-ou-nao-usar.html?spref=fb

quarta-feira, 23 de março de 2011

O excesso de informações confunde o cérebro e dificulta a memorização

O excesso de informações confunde o cérebro e dificulta a memorização, comprovaram pesquisadores das universidades Stanford e Yale, nos EUA.  "Descobrimos que a concorrência entre lembranças resulta em memória pior", disse à Folha o psicólogo Brice Kuhl, pesquisador de Yale e principal autor do trabalho.

Diariamente e o tempo todo, o cérebro é exposto a toneladas de informações. Umas são mais lembradas do que outras.  "Embora saibamos que a competição entre memórias é uma parte fundamental da memorização, há poucas provas de como o processo acontece no cérebro", escrevem os autores, no artigo publicado ontem na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences".

O estudo monitorou com ressonância magnética a atividade cerebral de voluntários, durante teste composto de várias rodadas.  No teste de memória, imagens e informações eram misturadas em placas e as pessoas deviam se lembrar do conteúdo separadamente.  Os pesquisadores descobriram que, quando a lembrança era clara, era como se a pessoa revivesse o momento em que a memória foi armazenada, com a ativação das mesmas áreas cerebrais. Mas, quando as informações foram misturadas, o cérebro também se confundiu e tentou reproduzir duas memórias. A pessoa teve dificuldade de se lembrar com clareza do conteúdo.

"É como se a memória estivesse borrada. Pode-se dizer que quando tentamos guardar duas coisas, não guardamos nenhuma delas direito", afirma Cláudio da Cunha, pesquisador de neurociência e farmacologia da Universidade Federal do Paraná.

Memória fotográfica

Para a bióloga e neurocientista, Valéria Catelli Costa, pesquisadora da USP, o maior achado do trabalho foi mostrar como as memórias são codificadas no cérebro, formando "desenhos".
A facilidade ou dificuldade de se lembrar de um acontecimento depende de como essa codificação foi feita.
"Quanto mais você associa dados a um fato, mais fácil fica de você se lembrar, e melhor é a codificação."

Segundo os autores, a codificação é influenciada por memórias antigas e analogias com eventos diferentes.
"Pode ser uma influência negativa ou positiva. A memória de um número de telefone velho torna mais difícil aprender um novo número", exemplifica Kuhl.  Mas, também, um especialista em vinhos só é especialista porque se lembra de conhecimentos anteriores.

"Selecionamos memórias úteis. Guardamos o que é requisitado em tarefas", diz o neurologista Benito Damasceno, da Unicamp. Para ele, o processo de competição é positivo, porque nos torna capaz de separar o que é importante."Com a seleção conseguimos consolidar um aprendizado e reviver um acontecimento."

O problema é que nem sempre essa seleção é consciente. Para o pesquisador americano, não existem memórias mais fortes do que outras. Então, não adianta muito se esforçar para lembrar a data do aniversário de casamento, por exemplo.  "Queremos pensar que as memórias emocionais ou afetivas são mais fortes, mas nem sempre isso é verdade."


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/892225-lembretes-e-tecnologia-ajudam-a-ampliar-capacidade-de-memoria.shtml

Contaminação de leite materno por agrotóxicos


O leite materno de mulheres de Lucas do Rio Verde, cidade de 45 mil habitantes na região central de Mato Grosso, está contaminado por agrotóxicos, revela uma pesquisa da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso).

Foram coletadas amostras de leite de 62 mulheres, 3 delas da zona rural, entre fevereiro e junho de 2010. O município é um dos principais produtores de grãos do MT.

A presença de agrotóxicos foi detectada em todas. Em algumas delas havia até seis tipos diferentes do produto.

Veja matéria do Jornal da Band sobre contaminação do leite materno por agrotóxicos

Essas substâncias podem pôr em risco a saúde das crianças, diz o toxicologista Félix Reyes, da Unicamp. "Bebês em período de lactação são mais suscetíveis, pois sua defesa não está completamente desenvolvida."

Ele ressalta, porém, que os efeitos dependem dos níveis ingeridos. A ingestão diária de leite não foi avaliada, então não é possível saber se a quantidade encontrada está acima do permitido por lei.

"A avaliação deve ser feita caso a caso, mas crianças não podem ser expostas a substâncias estranhas ao organismo", diz Reyes.

A bióloga Danielly Palma, autora da pesquisa, afirma que a contaminação ocorre principalmente pela ingestão de alimentos contaminados, mas também por inalação e contato com a pele.

Entre os produtos encontrados há substâncias proibidas há mais de 20 anos.
O DDE, derivado do agrotóxico (DDT) proibido em 1998 por causar infertilidade masculina e abortos espontâneos, foi o mais encontrado.

Má-formação

Das mães que participaram da pesquisa, 19% já sofreram abortos espontâneos em gestações anteriores.

Também relataram má-formação fetal e câncer, mas não é possível afirmar se os casos são consequência da ingestão de agrotóxicos.

Mais de 5 milhões de litros de agrotóxicos foram utilizados no município em 2009, segundo a pesquisa.

Fonte: http://www.mst.org.br/Leite-materno-esta-contaminado-emmunicipio-do-agronegocio

terça-feira, 22 de março de 2011

Associação entre alergias e deficiência de vitamina D em crianças e adolescentes

Estudo recente evidenciou que crianças com baixa ingesta de vitamina D podem ter um maior risco de desenvolver alergias.

Os cientistas examinaram os níveis sanguíneos de 25-OH-vitamina D de mais de 3100 crianças e adolescentes e de 3400 adultos. Os dados foram obtidos do National Health and Nutrition Examination Survey 2005-2006 (NHANES), que é um programa de estudos que objetiva obter informações sobre a saúde e o estado nutricional de adultos e crianças nos EUA. No estudo os pacientes foram submetidos a dosagem sanguínea de imunoglobulina E (IgE), uma proteína que é produzida quando o sistema imune responde a alérgenos.

Os resultados mostraram que em adultos não houve correlação entre baixos níveis de vitamina D (<15nanograma por ml de sangue) e alergias, porém a correlação foi significativa em crianças e adolescentes. Os pacientes de 01 a 21 anos com baixos níveis de vitamina D tiveram um maior risco de apresentar sensibilidade a 11 dos 17 alérgenos testados (incluia alérgenos ambientais e alimentares).

Um dos exemplos de alergia alimentar, foi a alergia amendoim. As crianças diagnosticadas com baixo nível sério de vitamina D,  tiveram 2,4 vezes mais chance de ter alergia a esse alimento que as que possuiam níveis de 30nanograma por ml de sangue (o que pelos estudos atuais, já pode ser considerado baixo).

Os pacientes de 1 a 21 anos com deficiência de Vitamina D apresentaram também um maior risco de sensibilização alérgica por camarão, cães, baratas, pólen de ambrósia, carvalho, centeio, capim-Bermuda e pólen de cardo.
Tais achados não dão certeza que a deficiência de Vitamina D possa ocasionar alergias mas sugerem fortemente que indívíduos (crianças e adolescentes) deveriam obter quantidades adequadas da vitamina. Os estudos mais atuais mostram que a Vitamina D parece ter uma ação antinflamatória.

Ao final do estudo, os cientistas observaram que atualmente está aumentando a prevalência de deficiência de vitamina D  e de alergias alimentares.

Artigo:Vitamin D levels and food and environmental allergies in the United States: Results from the National Health and Nutrition Examination Survey 2005-2006
Periódico: Journal of Allergy and Clinical Immunology
Autores: Shimi Sharief, Sunit Jariwala, Juhi Kumar, Paul Muntner, Michal L. Melamed.
Data: Fevereiro de 2011
Link: http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6WH4-5266011-1&_user=10&_coverDate=02%2F16%2F2011&_rdoc=1&_fmt=high&_orig=gateway&_origin=gateway&_sort=d&_docanchor=&view=c&_acct=C000050221&_version=1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=a7362e2a2534475c06c3587ac59ea623&searchtype=a

segunda-feira, 21 de março de 2011

A terceira inteligência: Inteligência espiritual (QS - Quociente espiritual)

No início do século XX, o QI era a medida definitiva da inteligência humana. Só em meados da década de 90, a descoberta da inteligência emocional mostrou que não bastava o sujeito ser um gênio se não soubesse lidar com as emoções.

A ciência começa o novo milênio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o da inteligência espiritual.

Ela nos ajudaria a lidar com questões essenciais e pode ser a chave para uma nova era no mundo dos negócios.

Drª Dana Zohar - Oxford

No livro QS - Inteligência Espiritual, lançado no ano passado, a física e filósofa americana Dana Zohar aborda um tema tão novo quanto polêmico: a existência de um terceiro tipo de inteligência que aumenta os horizontes das pessoas, torna-as mais criativas e se manifesta em sua necessidade de encontrar um significado para a vida.

Ela baseia seu trabalho sobre Quociente Espiritual (QS) em pesquisas só há pouco divulgadas de cientistas de várias partes do mundo que descobriram o que está sendo chamado "Ponto de Deus" no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas. O assunto é tão atual que foi abordado em recentes reportagens de capa pelas revistas americanas Neewsweek e Fortune.

Afirma Dana: "A inteligência espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna. Vivemos numa cultura espiritualmente estúpida, mas podemos agir para elevar nosso quociente espiritual".

Aos 57 anos, Dana vive em Inglaterra com o marido, o psiquiatra Ian Marshall, co-autor do livro, e com dois filhos adolescentes. Formada em física pela Universidade de Harvard, com pós-graduação no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), ela atualmente leciona na universidade inglesa de Oxford. É autora de outros oito livros, entre eles, O Ser Quântico e A Sociedade Quântica, já traduzidos para português. QS - Inteligência Espiritual já foi editado em 27 idiomas, incluindo o português (no Brasil, pela Record). Dana tem sido procurada por grandes companhias interessadas em desenvolver o quociente espiritual de seus funcionários e dar mais sentido ao seu trabalho.

Ela falou à EXAME em Porto Alegre durante o 300º Congresso Mundial de Treinamento e Desenvolvimento da International Federation of Training and Development Organization (IFTDO), organização fundada na Suécia, em 1971, que representa 1 milhão de especialistas em treinamento em todo o mundo. Eis os principais trechos da entrevista:

O que é inteligência espiritual?

É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direcção pessoal. O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas acções.

De que modo essas pesquisas confirmam suas idéias sobre a terceira inteligência?

Os cientistas descobriram que temos um "Ponto de Deus" no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experiência espiritual. Tudo que influência a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neurais. Um tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico. Dá a ele seu QI, ou inteligência intelectual. Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afetado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional. Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de insights, formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos anteriores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou inteligência espiritual.

Qual a diferença entre QE e QS?

É o poder transformador. A inteligência emocional me permite julgar em que situação eu me encontro e me comportar apropriadamente dentro dos limites da situação. A inteligência espiritual me permite perguntar se quero estar nessa situação particular. Implica trabalhar com os limites da situação. Daniel Goleman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções. Inteligência espiritual fala da alma. O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para mim, e não apenas como as coisas afetam minha emoção e como eu reajo a isso. A espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade.

Dana Zohar identificou dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes. Segundo ela, essas pessoas:

1. Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo

2. São levadas por valores. São idealistas

3. Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade

4. São holísticas

5. Celebram a diversidade

6. Têm independência

7. Perguntam sempre "por quê?"

8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo

9. Têm espontaneidade

10. Têm compaixão

As substâncias químicas prejudicam a ovulação, a produção de espermatozóides, a gestação e afetam a saúde do feto

Pode parecer comum, mas o que muitas pessoas não sabem é que o álcool, o cigarro e as drogas ilícitas prejudicam de forma direta a fertilidade masculina e feminina. Cada substância maléfica tem seus efeitos e prejuízos em particular. O álcool, por exemplo, além de interferir na fertilidade, age na sexualidade do homem e da mulher e ainda estimula o uso de outras substâncias químicas como o cigarro e as drogas em geral. A seguir, a explicação dos males de cada um.
Álcool

Na mulher, pode causar uma alteração no funcionamento normal do sistema regulador cerebral responsável pela produção dos hormônios femininos. Com isso, é possível haver falha da menstruação, aumento do hormônio prolactina (responsável, entre outras, pela produção de leite), diminuição da libido (desejo sexual), falha na ovulação e defeito de fase lútea (pós-ovulação) e, com isso, a infertilidade. Segundo estudos realizados por Hakim RB divulgados na publicação científica Fertility and Sterility, o consumo de álcool está correlacionado com até 50% à redução da fertilidade feminina.

A libido também pode ser afetada em homens que consomem grande quantidade de álcool. O pesquisador Gaur DS afirma que somente 12% dos homens alcoólatras apresentam contagem espermática normal. A produção dos espermatozóides, por exemplo, pode sofrer interferências de diversos fatores: alteração no sistema regulador cerebral que reduz a produção do hormônio testosterona; danos às células produtoras dos espermatozóides diretamente nos testículos, devido à atrofia por lesões vasculares, e modificações nas células do fígado que mudam suas funções e aumentam os níveis de estrogênio. A testosterona é o hormônio responsável pela produção de espermatozóides, com isso há uma queda no número e na qualidade deles. O consumo do álcool também tem sido relacionado com aneuploidias (alterações cromossômicas) em espermatozóides, de forma que a análise dos abortos são frequentemente modificadas.

O álcool está presente no sêmen pouco tempo após a sua ingestão, o que gera interferência direta com a concepção e a implantação. Os efeitos da substância parecem desaparecer nos meses seguintes a sua interrupção, porém, atualmente, alguns relatos revelam que seus efeitos são irreversíveis.

Na gestação, o álcool também é um vilão. Ainda se desconhece um nível seguro do consumo da bebida nesta fase, portanto, não é recomendado ingerir durante a gravidez. A substância talvez seja a mais perigosa, já que pode levar a várias complicações, dentre elas a mais séria: a Síndrome Alcóolico Fetal. Esta doença, que pode ocorrer em 30% a 40% dos filhos de mulheres alcoólatras é caracterizada por deficiência de crescimento, retardo mental, distúrbios de comportamento, além do aumento da incidência de problemas cardíacos e cerebrais após o nascimento. O álcool também é responsável pelo aumento no risco de aborto espontâneo em 2 a 3 vezes se consumido pela mulher e de 2 a 5 vezes se for consumido pelo homem. Além disso, pode aumentar o risco de parto prematuro e morte fetal.

Cigarro

Outra substância responsável por alterações hormonais, aumento da incidência de câncer e diminuição nas taxas de sucesso nos tratamentos de reprodução assistida. Nas mulheres, o cigarro pode causar alterações menstruais, devido a disfunções hormonais e lesões tubárias, o que aumenta a incidência de gestação ectópica (nas trompas). Pode reduzir a quantidade de estrogênio circulante e alterar a circulação sanguínea ovariana, o que contribui para a diminuição da qualidade e quantidade de óvulos e aumenta o risco de problemas genéticos nos embriões. Devido aos seus efeitos nos vasos sanguíneos, além de diminuir o aporte de sangue aos órgãos genitais está relacionado a uma menor taxa de implantação embrionária. O pesquisador Hakim RB divulgou na revista científica Fertility and Sterility que mulheres que nunca fumaram tiveram o dobro de sucesso na taxa de gestação comparadas às que fumaram, o que revela o impacto na infertilidade.

Nos homens o cigarro pode ser responsável por aumentar a quantidade de radicais livres no líquido seminal, levando a uma queda de qualidade e quantidade de espermatozóides, além de estar relacionado a alterações estruturais do gameta masculino. O estresse oxidativo (desequilíbrio do sistema biológico que danifica as células) pode estar relacionado à fragmentação do DNA do espermatozóide e ser causa de má qualidade dos pré-embriões. De acordo com estudos realizados por Gaur DS, apenas 6% dos homens tabagistas apresentam espermograma normal. Na gestação, o tabaco pode prejudicar o desenvolvimento fetal por comprometimento vascular na placenta, e aumentar a frequência de fetos com baixo peso, parto pré-termo e óbito intraútero.

Drogas Ilícitas

A maconha, a droga atualmente mais consumida, pode originar alterações hormonais nas mulheres e homens e, consequentemente, diminuir a fertilidade e as taxas de sucesso nos tratamentos de reprodução assistida. A droga está associada à diminuição da qualidade e quantidade de espermatozóides e óvulos. O uso da maconha durante a gravidez pode ter efeitos extremamente variáveis sobre o feto, dependendo da quantidade e frequência do consumo. Menor duração da gestação e crianças com baixo peso ao nascer são algumas de suas complicações.

Já a cocaína e o crack podem levar a diminuição da libido nas mulheres e nos homens, diminuição na produção hormonal com alteração no número e qualidade dos óvulos e espermatozóides, assim como elevar a taxa de fragmentação de DNA dos espermatozóides. Quando consumidos durante a gestação, estão associados aos recém-nascidos de baixo peso, malformações ou problemas neurológicos. Como o tabaco, mas em muito maior grau, a cocaína diminui o fluxo de sangue para o feto, que poderá ter restrição de crescimento no útero ou baixo peso ao nascer. Também é responsável pelo aumento da pressão na mãe ou nascimento prematuro por insuficiência placentária ou descolamento da placenta e ainda contrações uterinas precoces. Devido a sua ação direta no sistema vascular fetal pode causar malformações urogenitais, cardiovasculares e do sistema nervoso central.

A heroína na mulher está associada a distúrbios no ciclo menstrual e no homem à impotência. Aumenta o risco de aborto, parto prematuro, baixo peso fetal e morte do feto ao nascimento. Os filhos de mãe dependente desta droga poderão sofrer a síndrome da morte súbita, sintomas de abstinência logo após o nascimento e problemas durante seu desenvolvimento.

Os anabolizantes esteróides cursam na mulher com anovulação (falta de ovulação), além de impotência masculina e queda da testosterona com consequente diminuição no número de espermatozóides.

Pelo fato de as drogas ilícitas estarem relacionadas ao aumento do risco de doenças sexualmente transmissíveis, elas diminuem o sistema imunológico e causam infertilidade conjugal.

É de suma importância a interrupção do consumo de drogas aos casais que pretendem engravidar, pois estas substâncias demoram em média de três a seis meses para serem depuradas pelo organismo, portanto, podem resultar em infertilidade temporária ou permanente.

Recomenda-se a suspensão destas substâncias para que os casais aumentem suas chances de sucesso de uma gestação tranquila, mesmo com a necessidade da inseminação artificial ou da fertilização in vitro. É válido lembrar que a Fertivitro não recomenda o início de nenhum tratamento de reprodução assistida em pessoas que consomem álcool, cigarro ou drogas ilícitas.

Autora: Dra. Fernanda Coimbra Miyasato é ginecologista, especialista em Reprodução Assistida, da Fertivitro — Centro de Reprodução Humana.

Fonte: http://fertivitro.wordpress.com/2011/03/14/alcool-e-drogas-interferem-na-fertilidade-do-homem-e-da-mulher/

sábado, 19 de março de 2011

Termômetro de mercúrio, lâmpada fluorescente ou letreiros neon quebraram ? Qual a solução ?

O endereço na Agência de Proteção Ambiental americana, EPA, oferece dicas e informações sobre o que fazer em caso de vazamento de mercúrio. Parece brincadeira mas não é. A maioria das pessoas não leva a sério quando lâmpadas, termômetros e letreiros neon coloridos quebram.

Como tive um tempo de folga, aproveitei para por essas dicas num único post. Infelizmente o ministério da saúde, secretarias de saúde, etc. não distribuem essas orientações em suas páginas na internet. Imprimam, distribuam e evitem problemas sérios de saúde :

1) Jamais faça isso :
  • Nunca use aspirador de pó para limpar vazamentos de mercúrio (leia abaixo como limpar cacos de vidro de lâmpadas quebradas). Filtros de aspiradores domésticos não retém todo líquido, espalhando-o pelo ar e ambiente, apenas aumentando os riscos de exposição.
  • Não use vassouras ou similares. O líquido se distribuirá em gotas menores.
  • Nunca, mas nunca mesmo, jogue mercúrio no esgoto. Ele poderá se acumular na tubulação ou causar poluição de fossas sépticas e usinas de tratamento de água.
  • Similarmente, jamais use máquina de lavar para lavar roupas contaminadas. Não somente a máquina ficará exposta para futuras lavagens, como também a água utilizada na mesma. Roupas contaminadas devem ser propriamente eliminadas. Por “contaminação”, entenda-se situações em que a roupa tenha ficado diretamente exposta ao mercúrio.
  • Não pise no local contaminado para evitar espalhamento e exposição desnecessários.
2) O que fazer se uma lâmpada fluorescente ou letreiros neon quebrarem ?

Muitas casas passaram a usar lâmpadas fluorescentes para diminuir gastos com energia elétrica. O problema é que não são passadas orientações corretas no caso de tê-las quebradas. Felizmente, essas lâmpadas possuem uma quantidade baixa de mercúrio (o que não significa menor risco para a saúde pois os efeitos cumulativos não devem ser ignorados).

Antes da limpeza : ventilação

1.Tire pessoas e animais domésticos do ambiente e NÃO permita que andem na área afetada.
2.Abra uma janela e saia da sala por no mínimo 15 minutos.
3.Caso tenha ar condicionado, desligue-o durante esse período.

Limpeza passo-a-passo (se o chão for liso)

1.Retire pedaços de vidro e pó com papel e coloque tudo num plástico ou recipiente de vidro (com tampa).
2.Use fita adesiva para retirar pedaços menores do chão e móveis.
3.Limpe a área com papel toalha úmido (ou lenços umedecidos). Descarte esse papel e fita adesiva junto com os cacos de vidro.

Limpeza passo-a-passo (carpete ou tapete)

1.Retire pedaços de vidro e pó com papel e coloque-os num plástico ou recipiente de vidro (com tampa).
2.Use fita adesiva para retirar pedaços menores do chão e móveis.
3.Se for necessário, use o aspirador de pó para retirar pedaços restantes.
4.Pegue o saco do aspirador e jogue-o dentro da embalagem onde estão os restos da lâmpada.

O que fazer com os restos ?

1.Coloque o material recolhido do lado de fora da casa numa lixeira protegida e separada do lixo normal.
2.Lave as mãos ao terminar a limpeza.
3.Para jogar fora os restos, o ideal seria entrar em contato com a secretaria de saúde do município ou empresa que efetua a coleta de lixo. No entanto, infelizmente a maioria das cidades brasileiras ignora as determinações da EPA. Faça sua parte e ligue para eles mesmo assim (pegue os telefones ou informações usando o número da ANVISA DISQUE INTOXICAÇÃO 0800 722 6001 e do Ministério da Saúde DISQUE SAÚDE 0800 61 1997). Afinal de contas, a) é seu direito, b) eles recebem salário para isso e c) a ligação não custará nada.
4.Como ainda não há pressão nas empresas que fabricam e vendem as lâmpadas, é importante deixar claro para elas a necessidade de suporte no pós-venda. Todas empresas sérias tem um número 0800 de contato. Ligue e peça informações. Se não fizerem nada, divulgue sua história para amigos, vizinhos, parentes e conhecidos.

3) O que fazer se uma termômetro quebrar ?

1.Isole a área afetada, proibindo a passagem de pessoas. Igualmente, não deixe animais soltos no ambiente. Abra todas janelas e isole os demais cômodos.
2.Não permita que crianças ajudem na limpeza.
3.Mercúrio é facilmente limpo em superfícies de madeira, azulejo e similares.
4.No caso do vazamento ter ocorrido em carpetes, tapetes, cortinas, etc., siga as mesmas intruções que demos anteriormente e descarte o material de forma adequada.

Material para limpeza

1.Saquinhos plásticos (de preferência que ofereçam vedação).
2.Sacos de lixo normais.
3.luvas de borrach, latex ou similar.
4.Papel toalha.
5.Cartolina ou similar.
6.Conta-gotas.
7.Fita adesiva (durex, crepe, etc).
8.lanterna.
9.creme de barbear, se tiver.
10.e para quem tem acesso, enxofre em pó.

Limpeza passo-a-passo

1.Coloque as luvas.
2.Retire pedaços quebrados e embrulhe-os no papel toalha. Coloque isso no saco plástico e use o lacre para vedá-lo.
3.Localize as gotas de mercúrio. Use a cartolina para recolhê-las com cuidado para não dividi-las em gotas ainda menores. Use a lanterna para facilitar essa etapa : apague as luzes (se possível) e coloque a lanterna próximo ao chão para que as gotas reflitam a luz.
4.O conta-gotas pode ser usado na limpeza tanto para recolher como para “empurrar” as mesmas, pois assoprá-las com a boca não é aconselhável.
5.Coloque o mercúrio recolhido no papel toalha e então no saco de plástico.
6.Caso tenha creme de barbear, espalhe-o nas gotas menores. A fita adesiva tem a mesma utilidade. Descarte tanto o creme como a fita no saco plástico.
7.Sugestão (para quem tiver acesso) : enxofre em pó é vendido comercialmente e pode ser utilizado para recolhimento de gotas pequenas. O enxofre tem duas utilidades : a) ele transforma a cor do mercúrio para uma tonalidade amarelada/amarronzada e 2) adere ao mesmo facilmente, sem emissão de gases. A desvantagem é que esse material também é tóxico, exigindo cuidado no seu manuseio.
8.Idealmente, seria adequado consultar um especialista para medir a quantidade de mercúrio no ar. Não sendo isso possível, tenha certeza que o ambiente foi ventilado por no mínimo 24 horas. Coloque todo material utilizado na limpeza no saco de lixo.
9.Tal como no caso de lâmpadas fluorescentes, o descarte do saco de lixo deveria seguir as recomendações da secretaria de saúde do município ou empresa que efetua a coleta de lixo. Entre em contato com eles. Pegue os números de telefones usando o serviço do Ministério da Saúde DISQUE SAÚDE 0800 61 1997 ou ANVISA DISQUE INTOXICAÇÃO 0800 722 6001
10.Durante a etapa de ventilação, procure evitar que animais e crianças circulem pelo ambiente.
11.Como ainda não há pressão nas empresas que fabricam e vendem os termômetros, é importante deixar claro para elas a necessidade de suporte no pós-venda. Todas empresas sérias tem um número 0800 de contato. Ligue e peça informações. Se não fizerem nada, divulgue sua história para amigos, vizinhos, parentes e conhecidos.

Complicado ? Certamente. Necessário ? Com certeza ! Não perca sua saúde de forma desnecessária.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE

A capacidade de absorção de mercúrio líquido pela pele humana é relativamente baixa. A EPA divulgou recentemente que na maior parte dos casos reportados nos Estados Unidos, a contaminação decorreu pela ingestão excessiva de peixe contaminado.

Portanto, para as pessoas que tiveram contato parcial com o líquido, nossa sugestão é de lavar muito bem as mãos e, dependendo do volume de mercúrio, descartar as roupas adequadamente. Tenham em mente que o efeito cumulativo à exposição do mercúrio é que deve ser evitado (no caso americano, as vítimas tinham o hábito de comer peixe mais de 3 vezes por semana).

ATUALIZAÇÃO : SEGUE O IMPORTANTE RELATO DO LEITOR MARCOANF QUE ENTROU EM CONTATO COM A ANVISA.

Liguei para o número indicado como ANVISA do post, e fui direcionado a um centro emergencial de intoxicação mais próximo de casa. Questionei sobre como jogar fora da forma correta, e me deram uma ótima dica (já que não está vazando mercúrio): deixar o termômetro, protegido (está no tubo plástico de proteção), em uma daquelas caixas de coleta de bateriais velhas e de celular (Banco Real ABN, HP, Nokia, etc). Segundo eles, os centros que fazem este tipo de reciclagem são especializados em separar e reciclar metais tóxicos.

Fonte: http://chapado.wordpress.com/2008/03/24/evite-contaminacao-com-mercurio-lampadas-e-termometros/

Prefira o cozimento dos legumes no vapor por Dra. Flávia Lommez

Comer alimentos saudáveis é essencial para o bom desempenho do organismo e para a saúde do corpo e da mente. Mas, dependendo do tipo de cocção, o alimento pode perder ou manter as suas propriedades naturais e quantidade de nutrientes saudáveis.

Primeiro, é importante saber que os alimentos começam a perder seus nutrientes e seu aspecto natural desde o momento em que é colhido. Quando levados à panela, frigideira ou qualquer tipo de recipiente de cocção, o processo de perda é acelerado.

Por isso, podemos escolher entre os tipos de cocções menos prejudiciais aos alimentos e aproveitar o máximo do valor nutritivo do mesmo.

Escolha a melhor opção, de acordo com as dicas abaixo:

- A fritura é a pior forma de cocção, deve ser evitada sempre. Além de fazer perder a maior parte dos nutrientes do alimento, ela retém muita gordura e aumenta o nível calórico do mesmo;

- Os legumes não mantém seus nutrientes quando muito cozidos, ou “afogados” em água. Portanto, caso queria jogar na água, que seja só quando esta estiver fervente e que seja apenas o suficiente para umedecer o vegetal. Isto mantém a cor, o sabor e as suas características naturais;

- Sempre que possível, troque a forma de cozimento com água, óleo ou manteiga pelo cozimento a vapor (foto), pois este evita a submersão do alimento em água. Este tipo mantém quase inalteradas as propriedades saudáveis dos alimentos;

- As maiores perdas de nutrientes ocorrem em legumes e verduras, pois esses vegetais já contêm bastante água e acabam perdendo, em média, de 50% de suas vitaminas e sais minerais. Por isso, jogue no prato as hortaliças cruas (salsinha, cebolinha, etc.), assim como as folhas (repolho, couve, etc.);

- Vegetais de casca grossa, retire-as antes de ir ao fogo, pois dificulta o cozimento total dos mesmos. Já a casca fina (batata, abobrinha verde, etc.) deve ser mantida para evitar que os nutrientes se soltem na água;

- Você pode usar a água que solta dos legumes em sopas, molhos ou caldos. São altamente nutritivas e compensa a perda dos nutrientes, evitando desperdício;

- Corte os alimentos em meio termo, nem grandes e nem pequenos. Muito pequenos eles se expõe demais e muito grande demanda mais tempo de cozimento. As duas maneiras aumentam a perda de nutrientes.

Tempo de preparo dos alimentos ao vapor (em minutos):


ABÓBORA......................... Até que a polpa fique macia
ABOBRINHA..........................3 a 5
ACELGA.............................3
ALCACHOFRA.........................7 a 9
ALHO-PORÓ..........................3 a 5
ALMEIRÃO...........................3
ASPARGO............................3 a 6
BERINJELA..........................3
BETERRABA..........................Até que a polpa fique macia
BRÓCOLOS...........................4 a 6
CENOURA (INTEIRA)..................6 a 8
CENOURA (PEDAÇOS)..................3
CHICÓRIA...........................3
COGUMELO...........................3
COUVE..............................3
COUVE-DE-BRUXELAS..................6
COUVE-FLOR.........................4 A 5
ERVILHA............................2 A 3
ERVILHA-TORTA......................3
ESPINAFRE..........................3
FEIJÃO EM FAVA.....................6 a 9
MANDIOQUINHA.......................2
MILHO VERDE (ESPIGAS)..............4 a 6
MILHO VERDE (GRÃOS)................3 a 5
NABO (PEDAÇOS).....................3
PALMITO............................4 a 5
PIMENTÃO...........................3
QUIABO.............................4 a 5
REPOLHO............................3
SALSÃO.............................3
VAGEM..............................3


Fonte: http://www.flaviapalombini.com.br/dicas.asp?codigo=2

Você já fez o seu check-up este ano?

A maioria da população não se atenta para a importância dos exames preventivos. Mas são eles que vão mostrar como está, de fato, sua saúde.

Segundo o cardiologista do Centro de Medicina Preventiva do Einstein, Dr. Jairo Roberto Neubauer Ferreira, faz parte do conjunto de regras saudáveis a visita frequente ao médico para manutenção da saúde e prevenção de doenças.

E qual seria, na verdade, o propósito do check-up?

O de fazer uma avaliação assintomática do paciente, em busca de doenças silenciosas ou fatores que possam vir a prejudicar sua saúde. Várias patologias podem ser detectadas precocemente por meio da medicina preventiva. Outras tantas, crônicas e incuráveis, podem ter seu curso alterado, proporcionando uma adequada qualidade de vida aos pacientes.

Em outros casos, detectar precocemente pode prevenir um desfecho fatal – por exemplo, alguns tipos de câncer.

E qual é a hora mais apropriada para procurar um médico?

Isso vai depender de alguns fatores como:
  • Sexo,
  • Idade,
  • Predisposição genética,
  • Estilo de vida 
Porém, dependendo do histórico familiar ou pessoal a determinadas doenças, o hábito da avaliação preventiva de saúde deve começar na infância – quando não existem fatores de preocupação – ou na adolescência. “A partir dos 20 anos, pode-se dar início a esse processo, para verificar eventuais alterações no organismo e educar a pessoa desde cedo”, afirma o Dr. Jairo.

Quem nunca ouviu o velho ditado “Melhor prevenir do que remediar?” O fundamento dessa máxima é 100% correto. A tendência natural da maioria das pessoas é só procurar um médico diante de uma dor súbita ou de um sintoma difícil de passar. Ou seja, quando algum distúrbio já se instalou. O certo, porém, é o inverso dessa situação.


“Faz parte do conjunto de regras saudáveis a visita frequente ao médico para manutenção da saúde e prevenção de doenças, por meio de um check-up”, afirma o Dr. Jairo.

Para confirmar a tese, basta pensar na rotina de um bebê. Mesmo estando absolutamente saudável, ele é levado ao pediatra todos os meses, no primeiro ano de vida. Nesse caso, os pais estão preocupados com a saúde da criança e querem se certificar de que seu desenvolvimento está dentro dos parâmetros normais. Essa rotina muda a partir do segundo ano de vida, quando as consultas se tornam mais espaçadas, mas ainda permanecem na agenda da criança. E isso se repete por muitos anos. E assim deveríamos proceder por toda a vida, do pediatra ao geriatra.

Fatores de risco e histórico familiar

Este é o propósito do check-up: fazer uma avaliação da pessoa assintomática, em busca de doenças silenciosas ou fatores que possam vir a prejudicar sua saúde.

  1. O primeiro passo é a consulta com um clínico geral. A partir do histórico familiar, dados pessoais, medicação habitual e medição da pressão, o médico prescreve exames e medicamentos, se forem necessários. Essa análise detalhada visa detectar precocemente males que, depois de instalados, podem se tornar crônicos ou de difícil cura. O diabetes, por exemplo, pode ser prevenido a partir de indícios como casos na família, excesso de peso, gordura abdominal aumentada e sedentarismo. O mesmo ocorre com os problemas cardiovasculares, sobretudo se o pai sofreu infarto antes dos 55 anos ou a mãe antes dos 65.

Faz parte do conjunto de regras saudáveis a visita frequente ao médico para manutenção da saúde e prevenção de doenças, por meio de um checkup

Cada idade uma preocupação

  1. Educar, nesse caso, significa evitar hábitos danosos que, em geral, são desenvolvidos na adolescência, fase em que os jovens costumam acreditar que a saúde é um bem eterno. “Uma pessoa que desde cedo não se alimenta direito, é sedentária e tabagista, por exemplo, com certeza corre risco maior de desenvolver uma doença cardiovascular do que se levasse uma vida saudável”, alerta a Dra. Érika Amarante, do serviço de medicina preventiva da Unidade Jardins. “Aliás, doenças como as cardiovasculares, se iniciam nessa faixa etária”, reforça o D. Jairo. “Além disso, a preocupação é com carências de vitaminas, de ferro e com as parasitoses.”
  2. Caso o adolescente tenha boa alimentação, seja ativo e não apresente problemas na primeira consulta, deve retornar ao clínico aos 21 anos.
  3. Após  os 21 anos o adulto deve fazer avaliações preventivas de saúde a cada dois anos.
  4. Por volta dos 45 anos, os exames se tornam mais numerosos e o espaçamento entre eles começa a se reduzir e, aos 55, se tornam anuais.
“É importante estar ciente, porém, de que essas são idades e períodos relativos. Por isso é essencial a consulta com um clínico, para avaliar detalhadamente as necessidades de cada pessoa”, conclui o cardiologista do Einstein.

Fonte: http://blog.einstein.br/post.aspx?id=87

Saúde, meio-ambiente e sua responsabilidade por Dr. Carlos Braghini Jr.


Não é só o quê você come que faz diferença para a saúde. É o que você não come. Hoje em dia, uma pessoa média ingere num ano 5 kg de aditivos alimentares e 4,5 litros de pesticidas e herbicidas espalhados nas frutas e verduras que ingere. Seis mil novos agentes químicos foram introduzidos em nossa alimentação, nossa casa e no mundo ao nosso redor nos últimos vinte anos. Hoje são sete novos produtos químicos a cada dia.

Esses poluentes somam-se a cargas que nosso corpo já enfrenta com as substâncias nocivas que escolhemos voluntariamente:

  • Café: além da cafeína, diminui em mais de 2/3 a absorção de ferro pelo organismo. Além de ser uma das culturas mais pulverizadas com agrotóxicos, a torrefação do café produz mantrol, que induz ao câncer (carcinógeno).
  • Alimentos queimados: acostume-se a retirar do alimento as partes queimadas em pães, bolos e torradas tostadas, que também aumentam a carga de carcinógenos.
  • Frituras: as gorduras aquecidas acima de 200 °C são carcinogênicas. Além disso, destroem as vitaminas e enzimas dos alimentos.
  • Álcool: destrói as vitaminas do complexo B.
  • Açúcar refinado: Antes um condimento dosado na ponta dos dedos, passou a ser um produto do qual qualquer pessoa consome até 200 gramas por dia. Seu uso indiscriminado trouxe uma série de doenças e um total condicionamento do gosto em direção ao doce. O açúcar é uma espécie de vingança dos escravos. Causa a perda de cromo, além das cáries e outros males.
  • Adoçantes artificiais: o aspartame (e seu subproduto DKP – dicetopiperazina) é uma droga neurotóxica que está presente em cerca de 7.000 produtos alimentícios e está ligado a mais de 90 sintomas. Mas, o mais grave é a relação estreita entre o uso de aspartame e doenças graves, como os tumores cerebrais.
  • Refrigerantes: uma lata de coca-cola contém o equivalente a seis colheres de sopa de açúcar (quase 8 vezes a quantidade de glicose que uma criança tem em seu sangue). Isso provoca um estresse do pâncreas e o consequente desequilíbrio no metabolismo dos açúcares. Além disso, o alto teor de fósforo retira o cálcio dos ossos induzindo à osteoporose.
  • Farinha refinada: tem teores desproporcionalmente altos de cádmio, que rouba zinco do corpo. O cádmio também está associado com o declínio da inteligência em crianças e com distúrbios de comportamento. A farinha começou a ser refinada para prolongar o tempo de armazenagem, e nesse processo industrial as partes vitais são retiradas, transformando-a num mero comestível.
  • Alumínio: é um cátion trivalente com o mais alto poder agregante de hemácias dentre os elementos que entra em contato com nosso corpo. Seu uso é disseminado nas embalagens de alimentos, nas panelas, nos desodorantes e antiácidos. É outro antagonista do zinco. Além disso, está associado com a senilidade prematura (Alzheimer) e à perda da memória.
Então, o que podemos fazer para diminuirmos a carga de toxinas? O primeiro passo é diminuir a carga de poluentes que absorvemos. Mesmo que não possamos evitar toda a poluição, o efeito global sobre o corpo é definitivamente positivo. Aqui vão algumas orientações:
  • Evite comprar desembrulhadas as frutas e verduras que não são descascáveis e que foram expostas ao trânsito urbano.
  • Lave todas as frutas e verduras, mas não use as folhas externas de hortaliças como alface e outros.
  • Minimize as quantidades de alimentos que sejam embalados em alumínio; não grelhe, nem os embrulhe em folhas de papel-alumínio (troque por papel manteiga). Não tome antiácidos que contenham alumínio.
  • Jogue fora suas panelas de alumínio e revestidas com Teflon por panelas de aço inoxidável de boa qualidade, cerâmica ou vidro.
  • Evite alimentos que contenham nitritos e nitratos como conservantes – principalmente os embutidos (presunto, mortadela etc.).
  • Dê preferência para produtos orgânicos, e descasque os não orgânicos. Isso minimiza instantaneamente a sua exposição aos pesticidas e herbicidas. Quando estiver lavando produtos não orgânicos acrescente vinagre na bacia para lavar os alimentos. Lavar com água corrente e uma escova reduz os pesticidas.
  • Evite alimentos industrializados. Crie o hábito de ler os rótulos dos alimentos e mantenha-se afastado de conservantes e aditivos químicos. Lembre-se, os conservantes aumentam a vida dos alimentos e encurtam a sua vida.
  • Use azeite de oliva ou manteiga para cozinhar. Evite os óleos vegetais poli-insaturados, como girassol, milho, soja e canola. Dê preferência ao óleo de coco ou babaçu.
  • Cuidado com os alimentos embalados em plástico, principalmente os gordurosos. Salgadinhos gordurosos e crocantes, queijos, sucos de caixinha e alimentos enlatados estão dentre os que devem ser evitados. Nunca use copos de plástico para tomar chás ou café. Nunca aqueça o alimento em recipientes de plástico. Se for inevitável, transfira assim que possível o alimento para um recipiente de vidro.
  • Não cozinhe no microondas. Se for usá-lo, somente para aquecer os alimentos e diminua a potência e aumente o tempo de aquecimento. Nunca fique perto do aparelho quando ele estiver em funcionamento.
  • Reduza a ingestão de alimentos gordurosos. Os agentes químicos não biodegradáveis se acumulam na cadeia alimentar na gordura animal. Diminuir a ingestão de gordura animal — carne e laticínios — diminui sua exposição. Não há necessidade de limitar as gorduras essenciais nas amêndoas e sementes.
  • Para lavar a louça, as roupas e produtos de higiene pessoal, use somente detergentes naturais. Use sabão de coco em pasta ou em barra na cozinha e sabão de coco em pó para lavar roupas (uma sugestão é os da marca Ruth). Não use amaciantes e outros produtos artificialmente perfumados.
  • Na limpeza de casa use somente água sanitária e álcool diluído em água para limpar o piso. Evite produtos químicos e “cheirosos”, pois contém neurotoxinas que se acumulam no tecido nervoso.
  • Abandone os desodorantes artificiais que contém alumínio. Use nas axilas Leite de Magnésia da Phillips.
  • Abandone as pastas de dente que contém fluoretos (quase todas). Uma sugestão: creme dental Phillips.
  • Não use pesticidas em casa. A incidência de câncer na infância é maior em lares que utilizam pesticidas. Eles deixam uma ação residual que atua por semanas após a aplicação
Você pode estar se perguntando por que simplesmente não acabamos com essas substâncias químicas desintegradoras? O professor Loius Guillette, da Universidade da Flórida, pergunta: “Devíamos ficar aborrecidos? Acho que devíamos ficar profundamente aborrecidos. Penso que devíamos estar gritando nas ruas". A realidade, até que uma ação governamental em grande escala seja tomada, é que ainda não é fácil eliminar esses agentes porque eles se encontram ao nosso redor, na nossa alimentação, na água, no ar e nos produtos industrializados.

O quadro é tão estarrecedor que um estudo feito nos Estados Unidos analisando o cordão umbilical de recém-nascidos mostra que eles já nascem contaminados. Foram encontradas 287 substâncias químicas, em média, no sangue de cada bebê: mercúrio (neurotóxico), dibenzodioxinas e dibenzofuranos polibromados (retardantes da propagação do fogo presente nos carpetes), DDT e clordano (pesticidas), a substância PFOA (presente no Teflon), e outros compostos químicos usados para fazer mamadeiras, embalagem de comida e outros produtos que a indústria química jura que são seguros, e agora, estão aparecendo em nosso sangue.

Veja o relatório deste trabalho em: http://www.ewg.org/reports/bodyburden2/
Lembre-se: até que a indústria pare de usar todos os agentes suspeitos ou revele quais os seus produtos que contêm esses agentes químicos, não se tem como saber se os hormônios químicos desintegradores estão presentes ou não. Por isso, faça a sua parte!

Fonte: http://www.ecologiacelular.com.br/content/saude_meio_ambiente_e_sua_responsabilidade

Ministério da Justiça processa indústrias que não informam presença de transgênicos em alimentos

Uma ação coordenada pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça em diferentes regiões do país identificou pelo menos dez produtos alimentícios que usam ingredientes transgênicos em suas composições, mas essa informação não é apresentada ao consumidor. Com isso, caracteriza-se o descumprimento das regras de rotulagem para produtos que utilizam organismos geneticamente modificados (OGM). A fiscalização foi feita em parceria com os Procons de São Paulo, Bahia e Mato Grosso. As empresas responsáveis responderão a processos administrativos do DPDC, instaurados nesta quarta-feira (16).

Os produtos onde foi constadada a presença de transgênicos sem a respectiva informação no rótulo são: biscoito recheado Tortinha de Chocolate com Cereja (Adria Alimentos do Brasil), farinha de milho Fubá Mimoso (Alimentos Zaeli), biscoito de morango Tortini (Bangley do Brasil Alimentos), bolinho Ana Maria Tradicional sabor chocolate (Bimbo do Brasil), mistura para bolo sabor côco Dona Benta (J. Macedo), biscoito recheado Trakinas (Kraft Foods), biscoito Bono de morango (Nestlé), barras de cereais Nutry (Nutrimental), mistura para panquecas Salgatta (Oetker) e Baconzitos Elma Chips (Pepsico do Brasil).

Os testes foram feitos por um laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura e os resultados apontaram substâncias transgênicas no milho e na soja usados como ingredientes dos produtos listados. Os processos foram instaurados com base no descumprimento do Código de Defesa do Consumidor e do Decreto 4.680/2003, que estabelece a obrigatoriedade de informar no rótulo do produto a presença de OGM em quantidade superior a 1%.

“O Código de Defesa do Consumidor há vinte e um anos estabelece que a informação é um direito básico do consumidor e uma obrigação do fornecedor. Assegura a transparência nas relações de consumo e garante ao consumidor o exercício pleno de escolha”, explicou a diretora do DPDC, Juliana Pereira.

Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/03/17/ministerio-da-justica-processa-industrias-que-nao-informam-presenca-de-transgenicos-em-alimentos/

quarta-feira, 16 de março de 2011

Poluentes orgânicos podem afetar os níveis estresse

Segundo uma nova pesquisa, poluentes orgânicos persistentes (POPs), como o PCB, afetam a maneira como o córtex adrenal funciona e,portanto, afetam a síntese do hormônio do estresse, cortisol.

Os POPs são amplamente encontrados na natureza e todos os animais e seres humanos estão expostos a eles no dia a dia, principalmente através dos alimentos. Recentemente, tem havido grandes preocupações quanto à capacidade potencial destes poluentes de afetar o equilíbrio hormonal do corpo.

O novo estudo tenta compreender como a exposição a esses poluentes durante fases iniciais da vida interfere nos níveis hormonais e, portanto, podem causar danos à saúde mais tarde. Os pesquisadores também estudaram como a produção de hormônios, como o cortisol e hormônios sexuais, são afetadas pelas misturas ambientais de POPs extraídas de peixes.

O cortisol tem um papel importante no desenvolvimento fetal normal e, mais tarde na vida, na retenção de funções normais do corpo durante períodos de estresse. Até hoje, menos pesquisas foram realizadas sobre o efeito dos POPs sobre os níveis de cortisol do que sobre os hormônios sexuais.

O estudo revela que a exposição à PCBs durante a vida fetal e o período de amamentação causa níveis alterados de cortisol no sangue de fetos e animais adultos. Isso indica que a exposição a estes poluentes durante as fases iniciais da vida pode ter consequências a longo prazo.

As descobertas são importantes porque a alteração do equilíbrio de cortisol durante a infância pode levar a uma predisposição a desenvolver várias doenças na idade adulta, como diabetes e doenças cardiovasculares.

O conhecimento sobre como funcionam e agem os diferentes POPs é importante para a avaliação dos riscos para a saúde humana.

Os pesquisadores utilizaram células produtoras de hormônios em seu estudo. Uma mistura POP extraída de peixes de um lago norueguês, com altos níveis de “retardadores de chama bromados”, não era mais potente quanto ao aumento da síntese de hormônios do que uma mistura de peixe similar de outro lago, com níveis significativamente inferiores.

Outra mistura POP extraída de fígado de bacalhau cru também teve um efeito pronunciado sobre a síntese dos hormônios cortisol e do sexo, enquanto uma mistura de óleo de fígado de bacalhau, tratado comercialmente e frequentemente consumida como suplemento dietético, tinha apenas efeitos limitados.

A conclusão da pesquisa é que a síntese de cortisol parece ser um alvo sensível para os poluentes, e que esforços devem ser feitos para descobrir até que ponto isso pode ameaçar a saúde humana e animal.

Fonte: http://www.sciencedaily.com/releases/2010/12/101228103328.htm?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+sciencedaily+%28ScienceDaily%3A+Latest+Science+News%29&utm_content=Google+Reader

terça-feira, 15 de março de 2011

Entenda os riscos para a saúde de um desastre nuclear como o de Fukushima

Após uma terceira explosão em um de seus reatores nucleares, a usina da Fukushima Daiichi, no Japão, começou a deixar escapar radiação em níveis que se aproximam do preocupante, alertaram nesta terça-feira as autoridades japonesas.

Leia a seguir sobre a seriedade do incidente nuclear e o risco destes vazamentos para a saúde no Japão e nos países vizinhos.

Qual é a escala do vazamento de material radioativo?

O governo japonês afirmou que os níveis de radiação após as explosões na usina de Fukushima podem afetar a saúde humana. Foram detectados níveis de radiação mais altos ao sul da instalação. Moradores que vivem em um raio de 30 km da usina foram aconselhados a deixar suas residências ou permanecer em casa a portas fechadas para evitar exposição. Em Tóquio, os níveis estariam acima do normal, mas sem apresentar riscos à saúde. Na segunda-feira, as autoridades em Fukushima haviam informado que 190 pessoas foram expostas a radiação e um navio militar americano, o porta-aviões USS Ronald Reagan, havia detectado baixos níveis de radiação a uma distância de 160 km da usina de Fukushima.

O vazamento pode se espalhar para os países vizinhos?

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) descreveu o vazamento como um evento de nível quatro em uma escala internacional, o que significa um incidente "com consequências locais". Na Rússia, por exemplo, não foram detectados níveis anormais de radiação e por ora o problema não representa um problema para outras partes do mundo.

Que tipo de material radioativo escapou?

As informações são de que houve vazamento de isótopos de césio e iodo nas redondezas da usina. Especialistas dizem que seria natural haver também um escape de isótopos de nitrogênio e argônio. Mas não há evidências de que tenham escapado plutônio ou urânio.

Qual é o risco destas substâncias radioativas para a saúde?

Em um primeiro momento, a exposição a níveis moderados de radiação pode resultar em náusea, vômito, diarreia, dor de cabeça e febre. Em altos níveis, essa exposição pode incluir também danos possivelmente fatais aos órgãos internos do corpo. No longo prazo, o maior risco do iodo radioativo é o câncer, e as crianças são potencialmente mais vulneráveis. A explicação para isso é que, nas crianças, as células estão se multiplicando e reproduzindo mais rapidamente os efeitos da radiação. O desastre de Chernobyl, em 1986, resultou em um aumento de casos de câncer de tireóide (região em que o iodo radioativo absorvido pelo corpo tende a se concentrar) na população infantil da vizinhança da usina.

Há prevenção e tratamento?

Sim, é possível prevenir o problema com pastilhas de iodo não-radioativo, porque o corpo não absorve iodo da atmosfera se já estiver "satisfeito" com todo o iodo de que necessita. Especialistas dizem que a dieta dos japoneses já é rica em iodo, o que ajuda na prevenção. Césio, urânio e plutônio radioativos são prejudiciais, mas não atacam nenhum órgão do corpo em particular. O nitrogênio radioativo se dissipa em segundos após a sua liberação, e o argônio não apresenta riscos para a saúde.

Como se deu o vazamento do material radioativo?

A usina de Fukushima teve problemas com o sistema de resfriamento de seus reatores, que superaqueceram. A produção de vapor gerou um acúmulo de pressão dentro do reator e a consequente liberação de pequenas quantidades de vapor. Para especialistas, a presença de vapores de césio e iodo – que resultam do processo de fissão nuclear – sugere que o invólucro de metal que guarda alguns dos bastões de combustível pode ter se quebrado ou fundido. Mas o combustível de urânio em si tem um altíssimo ponto de fusão e é improvável que tenha se liquefeito, e ainda mais improvável que tenha se convertido em vapor.

De que outras formas pode haver vazamento?

Como plano de contingência, os técnicos estão usando água do mar para resfriar os reatores. Na passagem pelo reator, esta água é contaminada. Ainda não está claro se o líquido ou parte dele foi liberado na natureza.

Quanto tempo vai durar a contaminação?

O iodo radioativo se dissipa rapidamente e a estimativa é de que a maior parte terá se dissipado em um mês. O césio radioativo não permanece no corpo por muito tempo – a maior parte terá saído em um ano. Entretanto, a substância fica no ambiente e pode continuar a representar um risco por muitos anos.

Pode haver um desastre nos moldes de Chernobyl?

Especialistas dizem que essa possibilidade é improvável. As explosões ocorreram do lado de fora do compartimento de aço e concreto que envolve os reatores, que aparentemente permanecem sólidos. Foram danificados apenas o teto e os muros erigidos ao redor dos compartimentos de proteção. No caso de Chernobyl, a explosão expôs o núcleo do reator ao ar. Por vários dias, seguiu-se um incêndio que lançou na atmosfera nuvens de fumaça carregadas de conteúdo radioativo.

Pode haver uma explosão nuclear?

Não. Uma bomba nuclear e um reator nuclear são coisas diferentes.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/bbc/2011/03/15/entenda-os-riscos-para-a-saude-de-um-desastre-nuclear-como-o-de-fukushima.jhtm


Efeitos da radiação variam de acordo com a quantidade e com os órgãos atingidos

Câncer, hemorragia, problemas digestivos, infecções ou doenças autoimunes: o impacto da radiação nuclear, potencialmente devastador, varia dependendo da dosagem.

Em grandes doses, existe uma relação direta entre a quantidade de radiação recebida e a patologia induzida. As contaminações brutais, como aquelas provocadas pelas bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, podem causar problemas durante décadas.

Os efeitos biológicos variam também segundo a natureza da radiação e os órgãos atingidos (ovários ou testículos são considerados 20 vezes mais sensíveis do que a pele) pelo câncer ou pela via de absorção (oral ou cutânea) e a suscetibilidade individual (capacidade de reparar o DNA).

No Japão, nuvens invisíveis carregadas de elementos radioativos (iodo, césio) são expelidas pela usina nuclear danificada de Fukushima e se deslocam em função da meteorologia e do vento.

Para a população, exposta a uma contaminação por tais dejetos radioativos, o principal perigo é o de desenvolver câncer (leucemia, pulmonar, cólon...) com "um risco proporcional à dose recebida", destacou Patrick Gourmelon, diretor da radioproteção do homem no Instituto francês de Radioproteção e Segurança Nuclear (IRSN).

As distribuições de pastilhas de iodo têm como objetivo combater o câncer de tireoide, principalmente entre a população jovem (bebês, crianças, adolescentes, mulheres grávidas e assim por diante...). A finalidade é saturar a tireoide para evitar que o iodo radioativo se fixe na glândula.

Quanto ao césio 137 inalado, o organismo leva cerca de dois anos para o eliminar, mas ele persiste por décadas no meio ambiente, segundo Gourmelon.

"Atualmente, não há uma medida particular a ser tomada pelos habitantes de Tóquio", informou nesta terça-feira a professora Agnès Buzyn, hematologista do IRSN, desaconselhando o uso prematuro de pastilhas de iodo.

"Há um impacto ambiental e possivelmente na saúde das pessoas que habitam as redondezas da central", estimou a especialista, ainda que, por ora, a zona de evacuação de 20/30 km lhe pareça "suficiente".

"As pessoas que receberam doses fracas correm o risco de desenvolver cânceres (leucemia, pulmonar, cólon, esôfago, mama...), como foi em Hiroshima", notou Gourmelon.

"Estamos falando de doses fracas, abaixo dos 100 milisieverts (mSv)", acrescentou.

As doses de risco são calculadas e expressas em sievert (Sv) para câncer. A exposição máxima à radioativdade artificial admitida para o grande público é de um milisievert (mSv) por ano.

Além dos 100 mSv, o risco de câncer aumenta em 5,5% por sievert adicional, de acordo com a Comissão Internacional de Proteção Radiológica (CIPR), informou o professor Yves-Sébastien Cordoliani, especialista em radioproteção da companhia francesa de radiologia. No entanto, as "taxas" e o caráter homogêneo ou não da irradiação intervêm na avaliação do risco acidental.

"60 anos após as explosões das bombas atômicas no Japão, ainda há um leve excesso de câncer entre a população contaminada", revelou o professor Cordoliani. O pico de casos de leucemia foi registrado sete anos após Hiroshima, informou.

Em caso de um acidente, a irradiação pode atingir vários sieverts em pessoas próximas ao reator.

Quando há uma grande exposição a irradiação, as células da medula óssea, que fabricam os glóbulos vermelhos e brancos e as plaquetas sanguíneas, podem ser destruídas e a pessoa morre. As células do tubo digestivo são também muito sensíveis à radiação, segundo especialistas. Sem tratamento, um nível de 6 Sv de exposição é letal.

As consequências das doses baixas são pouco conhecidas. Elas podem influenciar no desenvolvimento de cataratas, um risco monitorado por profissionais de saúde expostos a radiologia (como cardiologistas, por exemplo).

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2011/03/15/efeitos-da-radiacao-variam-de-acordo-com-a-quantidade-e-com-os-orgaos-atingidos.jhtm?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

Zumbido tem se tornado cada vez mais comum em jovens

O zumbido no ouvido, considerado até pouco tempo atrás um problema de pessoas de meia idade ou de idosos, tem se tornado comum entre os jovens, alertam especialistas. Entre as causas apontadas estão o uso crescente e inadequado de aparelhos sonoros, estresse e erros alimentares, como consumo excessivo de doces e cafeína. Há quem aponte o celular como culpado.

O tema será destaque na décima edição do Congresso Mundial de Zumbido, que ocorre nesta semana, pela primeira vez no Brasil. Pesquisas recentes têm mostrado que a incidência do zumbido - barulho constante, que pode parecer um apito, um canto de cigarra ou um chiado de TV fora do ar - tem crescido na população como um todo.

Pesquisa feita há 15 anos pelo National Institutes of Health, dos EUA, indicava que 15% da população sofria com o problema. Novo levantamento feito no ano passado apontou índice de 24%.

"Se o problema continuar a crescer nessa proporção, em menos de 30 anos poderá alcançar 42%. Isso representa quase metade da população", alerta a otorrinolaringologista Tanit Ganz Sanchez. Ela coordenou um levantamento com 840 pacientes atendidos no Hospital das Clínicas de São Paulo, entre 2005 e 2007, que mostra um aumento de 20% por ano na incidência de zumbido entre pessoas com menos de 25 anos. Para Tanit, a poluição sonora é a principal explicação para esse crescimento.

Por falta de informação, diz, muitas pessoas acreditam que a única solução é aprender a conviver com o zumbido. Até mesmo entre os médicos é comum esse discurso. "Em muitos casos é possível curar o problema e, mesmo quando não for, é possível minimizar o desconforto. Mas faltam médicos especializados."

O primeiro passo para combater o zumbido é identificar a causa - e elas podem ser muitas. A mais frequente é a degeneração das células auditivas causada pelo processo natural de envelhecimento. Em segundo lugar vem a poluição sonora, que, com o tempo, acaba lesando as células do ouvido. Há, porém, fatores que a maioria das pessoas desconhece que podem ter ligação com o problema auditivo, como colesterol elevado, diabete, hipotireoidismo, estresse e maus hábitos alimentares.

"O ouvido interno é um espelho da nossa saúde. Como as células auditivas são muito sensíveis, são facilmente danificadas por problemas metabólicos ou vasculares", explica Rita de Cássia Guimarães, responsável pelo ambulatório de zumbido do hospital de clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A boa notícia, diz ela, é que, se o paciente corrigir a alimentação e regularizar os níveis de glicose e gordura no sangue, o sintoma costuma diminuir.

Dores. No caso do economista Ronaldo Buzzo, de 26 anos, o zumbido surgiu por uma causa ainda mais inesperada. "Há cerca de um ano e meio comecei a sentir o zumbido no ouvido esquerdo acompanhado de dores no rosto", conta. Após muitos exames, descobriu que tinha um desvio na mandíbula e isso estava pressionando a região do ouvido. Hoje, ele usa placas nos dentes para corrigir a articulação e faz fisioterapia, aplicações de ultrassom e laser e tem acompanhamento médico.

"No início era um apito bem alto, durante todo o dia, que não me deixava dormir nem conversar direito. Agora virou um pequeno chiado que, na maior parte do dia, não incomoda", diz.

O uso frequente de celular como causa de zumbido ainda é polêmico. "Há pessoas mais sensíveis à radiação eletromagnética e alguns estudos associam uso de celular à perda auditiva. Mas pessoas que usam muito o celular normalmente são mais estressadas. É difícil separar as causas", diz Tanit. Em todo caso, a especialista recomenda que se use o viva-voz ou alterne o lado de uso do aparelho.

CAUSAS MÚLTIPLAS

Otológicas
Lesão nas células auditivas causadas por envelhecimento, ruído, infecções e tumores.

Metabólicas
Diabete, alteração no colesterol ou nos hormônios tireoidianos.

Cardiovasculares
Anemia, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca.

Neurológicas
Esclerose múltipla, traumatismo de crânio e sequelas de infecções como meningite.

Farmacológicas
Existem pelo menos 70 medicamentos que podem causar zumbido, entre eles a aspirina e certos antibióticos.

Odontológicas
Disfunção da articulação mandibular (ATM).

Erros alimentares
Jejuns prolongados matam as células auditivas de fome, excesso de cafeína, álcool, fumo, sal, açúcar e gorduras.

Psicológicas
Estresse, ansiedade e depressão

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110315/not_imp691960,0.php