sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Novos dados da obesidade no mundo. Fica uma pergunta no ar

Na primeira semana de fevereiro saiu os resultados do último grande estudo sobre obesidade no mundo. Somos meio bilhão de adultos obesos acima de 20 anos, um em cada 10 adultos. Isso significa que a proporção de obesos dobrou nos últimos 30 anos.

Os números são de uma pesquisa publicada na última semana na revista científica The Lancet, baseada em dados epidemiológicos de vários países que incluem mais de 9 milhões de participantes. Ao mesmo tempo, um dado curioso chamou a atenção dos pesquisadores em outros dois estudos: a queda dos índices de hipertensão arterial e de colesterol nos países desenvolvidos nesse mesmo período.

O estudo foi realizado por pesquisadores americanos, ingleses e suíços e revela que em 2008 mais de uma pessoa em cada dez, na população mundial adulta, já era obesa, com maior porcentagem entre as mulheres. Entre os países ricos, os Estados Unidos aparecem em primeiro lugar, desde 1980, na taxa de obesidade, enquanto a população japonesa se mostra como a menos afetada pelo problema. O Brasil está na 19ª posição no ranking mundial de obesidade masculina e na 15ª posição na obesidade feminina.

Esses dados nos levam a uma análise crítica da nossa metodologia e de nosso arsenal de tratamento da obesidade. Estamos perdendo a guerra contra esse mal, que responde pela grande incidência paralela de diabetes e elevadas taxas de mortalidade potencialmente evitáveis no mundo.

O que poderia explicar o sucesso na redução das taxas de colesterol e pressão arterial e o fracasso na redução do peso das pessoas? Obesidade, colesterol e hipertensão arterial são doenças crônicas muito semelhantes em suas causas e consequências. Todas associadas a estilos de vida inadequados com sedentarismo, stress e erros alimentares. Todas dependem de reeducação alimentar, atividade física e medicamentos. Então, com tantas semelhanças, o que poderia explicar o avanço da obesidade no mundo, tendo em vista a redução das duas outras doenças?

Fonte: http://comersemculpa.blog.uol.com.br/arch2011-02-01_2011-02-15.html#2011_02-11_08_46_25-142670378-0?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

Fumar maconha pode adiantar o aparecimento da esquizofrenia

Fumar maconha pode adiantar em quase três anos o aparecimento de esquizofrenia e de outros quadros psicóticos.

A conclusão é de uma revisão de 83 estudos científicos já publicados sobre a relação entre o consumo dessa erva e o transtorno.  Os resultados, divulgados no periódico médico "Archives of General Psychiatry", dão mais munição a pesquisadores que se opõem à liberação da substância ilícita.  No total, os pesquisadores das universidades de New South Wales, Austrália, e Emory, EUA, avaliaram dados de mais de 22 mil portadores de distúrbios psicóticos _sendo 8.167 deles usuários de maconha.

A doença aparecia em média 2,7 anos (cerca de 32 meses) antes entre quem consumia a erva do que nos membros do grupo-controle.

"Acredito que essa relação seja de causa e consequência, e a maconha tem um papel importante [no aparecimento precoce do transtorno] em certas pessoas", disse à Folha o psiquiatra australiano Matthew Large, um dos autores do estudo.

Uma hipótese é que pessoas com predisposição genética para esquizofrenia são mais suscetíveis à influência da maconha.

Nelas, os quadros psicóticos poderiam ser desencadeados pela alteração na concentração de neurotransmissores como dopamina e serotonina, causada pela droga, o que desregularia o funcionamento cerebral.

"Pessoas com histórico familiar de esquizofrenia devem ser instruídas a jamais usar essa droga. Não dá pra arriscar", diz Hélio Elkis, coordenador do Projeto Esquizofrenia do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Segundo o psiquiatra, quanto mais cedo aparece a doença, pior o prognóstico. "Se surge na adolescência, o cérebro não teve tempo de se desenvolver completamente." Isso piora o deficit cognitivo, próprio do transtorno.




Ansiolíticos

Mas para Marcelo Niel, psiquiatra do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Unifesp, deve-se ter cuidado ao fazer a relação direta entre esquizofrenia e uso da cânabis.

"Em alguns pacientes com vulnerabilidade, isso pode acontecer, mas há fatores que devem ser considerados", ressalva.

Niel afirma que, como a esquizofrenia geralmente começa quando os indivíduos são adolescentes ou adultos jovens, pode ser que o consumo da substância esteja mais relacionado a um hábito do grupo social naquela idade do que a uma causalidade.

"E muitos pacientes esquizofrênicos começam a fumar maconha para aliviar os sintomas do estágio inicial da doença, como ansiedade e depressão", diz.

Matthew Large, o autor do estudo, sugere: "Jovens deveriam evitar o uso de maconha ou, mais precisamente, deveriam se conscientizar sobre os seus riscos.

Como informá-los disso já é outra história", completa.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/873922-fumar-maconha-pode-adiantar-o-aparecimento-da-esquizofrenia.shtml

Álcool mata mais que Aids, tuberculose e violência, diz OMS

O álcool causa quase 4% das mortes no mundo todo, mais do que a Aids, a tuberculose e a violência, alertou a OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta sexta-feira.

O aumento da renda tem provocado o consumo excessivo em países populosos da África e da Ásia, incluindo Índia e África do Sul. Além disso, beber em excesso é um problema em muitos países desenvolvidos, informou a agência das Nações Unidas.

No entanto, as políticas de controle do álcool são fracas e ainda não são prioridade para a maioria dos governos, apesar do impacto que o hábito causa na sociedade: acidentes de carro, violência, doenças, abandono de crianças e ausência no trabalho, de acordo com o relatório.

Cerca de 2,5 milhões de pessoas morrem anualmente por causas relacionadas ao álcool, disse a OMS em seu "Relatório Global da Situação sobre Álcool e Saúde".

"O uso prejudicial do álcool é especialmente fatal em grupos etários mais jovens e beber é o principal fator de risco de morte no mundo entre homens de 15 a 59 anos", afirma o relatório.

Na Rússia e na CEI (Comunidade dos Estados Independentes), uma em cada cinco mortes ocorre devido ao consumo prejudicial, a taxa mais elevada do planeta.

A bebedeira, que muitas vezes leva a um comportamentos de risco, agora é prevalente no Brasil, Cazaquistão, México, Rússia, África do Sul e na Ucrânia, e está aumentando entre outras populações, segundo a OMS.

"Mundialmente, cerca de 11% dos consumidores de álcool bebem bastante em ocasiões semanais; os homens superam as mulheres em quatro a cada uma. Eles praticam constantemente um consumo de risco em níveis muito mais elevados do que as mulheres em todas as regiões", disse o relatório.

Em maio passado, ministros da Saúde dos 193 países-membros da OMS concordaram em tentar conter o consumo excessivo de álcool e de outras formas crescentes do uso excessivo por meio de altos impostos sobre bebidas alcoólicas e restrições mais rígidas de comercialização.

Fonte: http://bit.ly/hwP2Xw

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Bisfenol (BPA) e estudos recentes

Muita gente chega aqui no blog ao procurar sobre Bisfenol no google.  Afinal, o que é o Bifesnol ? Por que estão falando tanto dele? Por que está sendo proibido em alguns países ? Quais seus reais impactos sobre a saúde humana ?

Conceito

O Bisfenol-A (BPA) é um composto utilizado na fabricação do policarbonato,  um tipo de plástico rígido e transparente. Serve para diluir a resina de poliéster a fim de torná-la mais líquida e facilitar sua laminação.

Onde está presente

O BPA está presente em recipientes de alimentos e bebidas, como mamadeiras, embalagens plásticas e copos infantis. Além disso, pode ser encontrado no revestimento interno (forro) de enlatados (para evitar a oxidação), garrafas reutilizáveis de água (do tipo squeeze) e garrafões de água mineral. Também é encontrado em uma variedade de produtos, incluindo lentes de óculos, CDs e DVDs, computadores,  eletrodomésticos, ferramentas pesadas, equipamentos esportivos, equipamentos médicos. As resinas epóxi são facilmente formadas e resistem a químicos, o que fazem delas úteis em produtos tais como placas de circuito impresso, tintas e adesivos, selantes dentais e película de revestimento interno de latas de metal. Os produtos plásticos compostos por BPA, comercialmente produzidos desde a década de 50, tornaram-se onipresentes devido a resistência de seus fragmentos, transparência visual e  por ter alta resistência ao calor e à eletricidade.

O problema

Com o passar dos tempos, a colagem que conecta os blocos feitos com o BPA, deteriora, liberando moléculas de BPA. A quantidade liberada é realmente muito baixa, mas os plásticos estão tão dispersos — estão presentes nas mamadeiras infantis, nas garrafas d’água, nas latas de metal para alimentos, nas embalagens para estocar alimentos, que a população está constantemente sendo exposta a estas pequenas contaminações.

Num estudo de 2003-2004, feito pelo CDC/U.S. Centers for Disease Control (nt.: Centros de Controle de Doenças dos EUA, equivale ao Ministério da Saúde brasileiro), perto de 93% das pessoas testadas, com idade de seis anos e acima, tinham BPA A detectável em suas urinas; as fêmeas tinham níveis um pouco mais altos do que os machos.  Estudo recente publicado pela Universidade da California, mostrou que 96% das gestantes estudas na California, apresentavam BPA na urina.

O BPA é uma substância que se enquadra no grupo dos Disruptores endócrinos, ou também denominados de Desreguladores endócrinos. O próprio nome já diz, é uma substância química semelhante a um hormônio que promove alterações no sistema endócrino (mimetiza hormônios, se liga a receptores hormonais, ativa substâncias hormônio-dependentes).

Diversos estudos científicos têm encontrado efeitos notáveis da exposição perinatal do BPA, que incluem:
1) Alterações no desenvolvimento da próstata e da glândula mamária;
2) Hiperplasia intraductal e lesões pré-neoplásicas da glândula mamária na idade adulta;
3) Alterações no útero e ovário;
4) Alterações ligadas ao dimorfismo sexual no adulto;
5) Alterações comportamentais, tais como hiperatividade, aumento de agressividade e déficit de atenção;
6) Alterações no comportamento sexual;
7) Aumento da susceptibilidade ao vício de drogas.
8) Alterações tireoideanas

Embora os riscos inerentes à exposição ao BPA sejam no desenvolvimento fetal, bebês, crianças e mulheres grávidas, há também uma grande preocupação com os efeitos dessa substância em adultos. Tem sido relatado em estudos científicos que o bisfenol-A pode estar relacionado com doença cardiovascular, diabetes, obesidade e disfunção hepática.

Panorama no Brasil

No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) limita o uso da substância em 0,6 mg para cada quilo de embalagem.
Já na União Europeia  a partir desse ano está proibida a fabricação de mamadeiras com o BPA. Mas atualmente ainda não há um consenso sobre a recomendação no uso desta substância.

Em novembro de 2010 a Organização Mundial da Saúde (OMS) promoveu um encontro com especialistas para avaliar as evidências científicas sobre o tema e concluiu que os alimentos são, de fato, a principal fonte de exposição ao BPA. Produtos como brinquedos, resina dentária e papel de nota fiscal teriam importância menor. Os especialistas afirmaram, porém, que os níveis de BPA encontrados em humanos são baixos, indicando que o químico é rapidamente metabolizado e eliminado pela urina.

Médicos conscientes

“O problema é que estamos expostos a uma contaminação contínua e há uma ação combinada do bisfenol com outros desreguladores endócrinos presentes no cotidiano, como agrotóxicos e até o fitoestrógeno da soja. Não se sabe até que ponto um pode potencializar o outro”, afirma a médica Ieda Verreschi, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo. A entidade promoveu no final de 2010 um fórum sobre o assunto e lançou a campanha Diga Não ao Bisfenol A, a Vida Não Tem Plano B. Segundo Dra. Ieda, há indícios de que os desreguladores endócrinos são perigosos mesmo em concentrações inferiores ao limite permitido pela legislação. “Nesse caso, vale o princípio da precaução. Devemos considerar o bisfenol como potencialmente perigoso até provar o contrário.”

Bem, a ANVISA afirma que não há estudos suficientes para proibir a utilização do mesmo na fabricação de determinados plásticos.  Mas a União Européia foi um pouco cautelosa e proibiu pelo menos em mamadeiras. O que já é um avanço ! 



Atualidade

Essa semana um jornal de Brasília me procurou pra uma entrevista sobre o tema, sendo assim fiz uma busca sobre o que havia de mais atual sobre Bisfenol. Até o momento em 2011 (sim,  2011) foram publicados na maior base de dados (Pubmed) "somente" 17 artigos sobre o Bisfenol: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=bisphenol

Quase que semanalmente estão publicando estudos sobre BPA.

Os mais recentes mostram correlação entre BPA e desenvolvimento de hiperatividade e déficit de atenção em filhotes de ratas expostas a baixas doses de BPA durante a gestação.
Artigo: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21277317

Outro estudo mostra que que exposição ao BPA durante a gestação e lactação leva a alterações morfológicas no cérebro dos filhotes e com isso alterações comportamentais na fase adulta.
Artigo: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21277127

A faculdade de Harvard publicou um artigo sobre BPA e saúde de crianças e afirmam categoricamente que apesar de AINDA não existirem estudos em humanos, os estudos em animais mostram alterações. Portanto o BPA é uma substância preocupante e profissionais de saúde devem orientar os pacientes a evitarem exposição.
Artigo: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21293273

Dicas para evitar exposição ao BPA


1 – Use mamadeiras e utensílios de vidro ou bpa free para os bebês

2 – Não esquente embalagens de plástico com bebidas e alimentos no microondas. O bisfenol é liberado em maiores quantidades quando o  plástico é aquecido.

3 – Evite o consumo de alimentos e bebidas enlatadas, pois o bisfenol é utilizado como resina époxi no revestimento destas embalagens.
4 – Evite pratos, copos e outros utensílios de plástico. Opte pelo vidro, porcelana e aço inoxidável na hora de armazenar bebidas e alimentos.
5 – Descarte utensílios de plástico lascados ou arranhados. Evite lavá-los com detergentes fortes ou colocá-los na máquina de lavar louças

6 – Caso utilize embalagens plásticas (tanto de garrafas quanto embalagens alimentares) evitar o uso de embalagens que tenham os símbolos de reciclagem 3 (V) e 7 (PC) na parte posterior da embalagem, eles podem conter bisfenol-A em sua composição .

Medicamento 'a base de curry' pode ajudar na recuperação de AVC

Testes realizados com cobaias animais sugerem que um novo medicamento híbrido, fabricado em parte com curry, pode ajudar a regenerar os neurônios depois de um acidente vascular cerebral (AVC), indicaram pesquisadores americanos nesta quinta-feira.

O composto molecular do curry contém curcumina, um pigmento natural de cor amarela extraído do açafrão (Curcuma longa ou açafrão-da-terra) muito popular no sudeste asiático e no Oriente Médio.

Testes em humanos com o medicamento, que restaura as ligações que alimentam os neurônios, poderão ter início em breve, de acordo com o cientista Paul Lapchak, do conceituado centro médico Cedars-Sinai.

A nova droga não ataca os coágulos que provocam o AVC, mas, quando administrada durante uma hora EM coelhos (que seria equivalente a três horas para humanos), "reduziu os 'déficits motores' - problemas musculares e de coordenação motora - provocados pelo derrame", segundo o estudo.

O composto híbrido, chamado de CNB-001, "atravessa a barreira hematoencefálica, é rapidamente distribuído no cérebro e regula uma série de mecanismos cruciais envolvidos na sobrevivência dos neurônios", explica Lapchak.

O especialista apresentou suas conclusões no Congresso sobre Acidentes Vasculares Cerebrais da Associação Internacional do Coração.

Lapchak destaca que o tempero em si não apresenta os benefícios do medicamento, uma vez que não é bem absorvido pelo organismo e não é capaz de atingir seu objetivo em altas concentrações.

Além disso, sua entrada no cérebro é naturalmente bloqueada pelo mecanismo de proteção conhecido como barreira hematoencefálica, que filtra as substâncias que chegam ao sistema nervoso central através da corrente sanguínea.

Conhecido como ativador do plasminogênio tecidual (tPA), a substância é injetada diretamente na veia para dissolver coágulos e restituir o fluxo sanguíneo.

Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/02/medicamento-base-de-curry-pode-ajudar-na-recuperacao-de-avc.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

Ar condicionado dobra risco de sintomas da síndrome do olho seco

Olhos vermelhos, ardência, coceira e visão borrada são os sintomas da síndrome do olho seco que está lotando os consultórios. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Queiroz Neto, na última semana o número de pacientes com sintomas de olho seco dobrou. Não é para menos.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que a incidência da síndrome salta de 10% para 20% no verão entre trabalhadores que abusam do ar condicionado em ambientes fechados e sem ventilação.  Nessas condições, o ar se torna muito seco e até quem tem produção normal de lágrima pode sentir algum desconforto ocular, afirma Neto. O problema, ressalta, é que a exposição diária ao ar seco pode fazer com que este incômodo progrida para uma alteração crônica do filme lacrimal.

O especialista explica que a síndrome do olho seco é a mudança da qualidade ou quantidade em uma das três camadas da lágrima – oleosa (externa), aquosa (intermediária) e protéica (interna). A baixa umidade dos ambientes refrigerados, observa, provoca a evaporação da camada aquosa. Sem lubrificação, os olhos ficam mais vulneráveis a inflamações e infecções. Para piorar, dados da OMS mostram que a higiene precária do ar condicionado facilita a proliferação de vírus, bactérias e fungos em 30% das empresas instaladas no Brasil.

“É isso que explica porque a conjuntivite representa uma das principais causas de afastamento do trabalho durante o verão”, afirma.

Fatores de risco

Queiroz Neto diz que o olho seco pode acometer tanto homens como mulheres, mas a população feminina tem duas vezes mais chance de ter o problema. Isso porque, a síndrome pode estar relacionada às oscilações no nível do estrogênio durante a fase reprodutiva e à falta dele na pós menopausa.

“Blefarite intermitente (inflamação da pálpebra) pode ocorrer por falta de testosterona na região palpebral que interfere no funcionamento da glândula que secreta a lágrima”, explica.

Além do ar seco e alterações hormonais, o médico aponta como fatores de risco:

Medicamentos: Descongestionantes, anti-histamínicos, tranquilizantes antidepressivos, diuréticos, pílula anticoncepcional, anestésicos, beta bloqueadores, anticolinérgicos.

Doenças: Artrite, lúpus, sarcoidose, Síndrome de Sjögren, alergias e Parkinson

Lente de Contato: Hidrofílicas que se hidratam da lágrima

Idade: A partir de 65 anos nossos olhos reduzem em 60% a produção lacrimal

Excesso de lágrima artificial irrita os olhos

O único colírio indicado na terapia de olho seco é a lágrima artificial. Ao contrário do que muitos imaginam não é um medicamento inofensivo. O oftalmologista conta que alguns pacientes instilam este tipo de colírio até 10 vezes ao dia quando a indicação é de 4 vezes. O excesso provoca irritação por causa dos conservantes.

“Como diz o ditado – a diferença entre veneno e remédio é a dose”, afirma. Nem a lágrima artificial é só uma “aguinha” e é necessário analisar a lágrima para indicar o tratamento correto. Para olho seco evaporativo são indicadas fórmulas mais aquosas. Para deficiência na produção da lágrima, as fórmulas são viscosas, esclarece.

Quando a produção lacrimal é prejudicada por blefarite intermitente o tratamento pode ser feito com um creme que contém testosterona. Em casos de inflamações mais graves, destaca, pode ser indicada cortisona ou ciclosporina, um supressor imunológico. A medicação adequada depende sempre da avaliação médica.

“Usar colírio por conta própria pode causar doenças graves como a catarata e o glaucoma que podem levar à cegueira”, adverte.

O tratamento de olho seco severo, destaca, pode exigir o enxerto de plugs provisórios ou permanentes para ocluir o canal da lágrima.

Dicas de prevenção

O especialista diz que para estimular a produção lacrimal, a recomendação é evitar o consumo de carne bovina, gorduras e carboidratos. O primeiro passo para melhorar a lubrificação dos olhos é beber 2 litros de água ao dia. A alimentação deve incluir as fontes de ácidos graxos encontrados na semente de linhaça, óleo de peixes e amêndoas, além de frutas, verduras e legumes ricos em vitaminas A e E.

Nas atividades que exigem concentração visual como o uso de computador ele diz que as dicas são: posicionar a tela 30 graus abaixo da linha dos olhos, fazer pausas de cinco minutos a cada hora de trabalho e piscar voluntariamente.

Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/02/10/ar-condicionado-dobra-risco-de-sintomas-da-sindrome-do-olho-seco/

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Chá verde e chá branco

Muito se fala sobre as propriedades funcionais do chá branco e verde, mas qual é a real diferença entre eles?

Tanto o chá verde, quanto o chá branco são produzidos a partir de um processo químico de oxidação (incorretamente chamado de fermentação) das folhas de uma planta chamada Camelia Sinensis.

Entretanto, a diferença entre esses dois chás é que o branco é colhido quando as folhas ainda estão bem jovens, ou seja, o que distingue um chá do outro é quando as folhas da planta são colhidas.

As pesquisas indicam que o chá branco, por ter folhas mais jovens, possui maior concentração de catequinas, que são as principais substâncias ativas do chá branco e do chá verde.

Além disso, os estudos comprovam que essas catequinas do chá branco são mais ativas que as catequinas de outros chás. Portanto, acredita-se que, por apresentarem maior concentração de catequinas, seu efeito é mais potente. Porém, vale ressaltar que os estudos sobre o consumo de chá branco em humanos são escassos.

A maior parte dos estudos descrevem fitoquímicos presentes no Chá verde. Como já foi dito acima, consiste em um produto obtido a partir da planta Camellia sinensis, contém mais de 200 compostos, em que os mais conhecidos e mais abundantes são os polifenóis. Estes incluem:
  • Epicatequinas (EC),
  • Epigalocatequinas (EGC),
  • Epicatequina-3-galato (ECG),
  • Epigalocatequina-3-galato (EGCG)
Os polifenóis do chá verde podem desempenhar efeitos benéficos em várias condições clínicas, sendo que as mais estudadas e caracterizadas estão relacionadas ao câncer, sobrepeso/obesidade e doença cardiovascular.
As catequinas presentes nos chás obtidos da Camelia Sinensis são consideradas potentes antioxidantes e antiinflamatórios, pois inibem a ativação do fator NF-kB, que é um ativador da inflamação. Por isso, o consumo regular de chá verde oferece diversos efeitos protetores ao organismo, devido à redução do processo inflamatório de uma maneira geral.

Os estudos indicam que o consumo ideal de chá verde para garantir os benefícios das catequinas é de 4 a 5 xícaras ao dia. Porém, é importante lembrar que ele nunca deve ser reaquecido.

Ação anti-cancerígena do chá verde

Muitos estudos sugerem que o consumo de chá verde está relacionado com a diminuição do risco de diversos tipos de cânceres.

Uma meta-análise publicada em 2006 que avaliou estudos epidemiológicos encontrou que o consumo elevado do chá verde (> 5 xícaras/dia) foi associado com uma redução de 20% no risco de câncer de mama (risco relativo = 0,78, 95% intervalo de confiança [IC], 0,61 a 0,98).

Outra meta-análise também publicada em 2006 encontrou que o alto consumo de chá verde foi associado com uma redução de 18% no risco de câncer colorretal (risco relativo = 0,82; 95% IC, 0,69-0,98).

Outros estudos avaliaram a relação entre o chá verde e câncer de próstata. Um estudo científico controlado acompanhou 60 pacientes com neoplasia intraepitelial prostática de alto grau (NIP, lesão benigna). Os pacientes foram agrupados de forma aleatória para receber durante um ano o extrato de catequinas do chá verde (200 mg, 3x/dia) ou placebo. Trinta por cento dos pacientes do grupo placebo (n=9) evoluíram para o câncer de próstata, enquanto que no grupo chá verde foi de apenas 3% (n=1). Um estudo epidemiológico com cerca de 50.000 homens japoneses mostrou uma relação dose-dependente entre o consumo de chá verde e redução no risco de câncer de próstata avançado.

Ação no Sobrepeso/Obesidade

Estudos clínicos têm analisado o efeito do chá verde na perda e na manutenção do peso. Um estudo duplo-cego e controlado comparou os efeitos da ingestão do extrato de chá verde em 240 adultos japoneses obesos.

Os resultados mostraram que o grupo tratado apresentou redução significativa no peso corporal, índice de massa corporal, massa gorda e circunferência da cintura e do quadril (p < 0,05).

Ação nas  doenças cardiovasculares

Estudos epidemiológicos sugerem que a ingestão de chá verde está associada a um menor risco de doenças cardiovasculares.

Um estudo de coorte prospectivo com mais de 40.000 adultos japoneses mostrou que o consumo de chá verde foi inversamente associado com a mortalidade por doença cardiovascular. As mulheres que consumiram cinco ou mais xícaras/dia apresentaram 31% menos mortalidade por doença cardiovascular.

Um estudo duplo-cego randomizado controlado por placebo com 240 adultos chineses com hipercolesterolemia leve a moderada analisou a suplementação diária do extrato de chá-verde enriquecido com teaflavina. O grupo suplementado apresentou redução de 16,4% nos níveis de LDL (lipoproteína de baixa densidade) e em 11,3% nos níveis de colesterol total em comparação com o grupo placebo.


Obs: Muitos pacientes me perguntam:
1) Dr, como preparo o chá verde?
2) Dr, o chá verde em saquinho tem efeito ??
3) Dr, qual é melhor , cápsula de chá verde ou o chá in natura ?

Bem, vamos por partes.
1 - Preparo do chá

Tem gente que é leiga e não sabe o que está falando quando afirma que o chá tem q ser feito em infusão. Tem estudos mostrando que infusão por até 10 minutos e manutenção em geladeira por até 24h não ocasiona perda dos polifenóis e catequinas. Portanto vai aí a dica pra preparar um chá verde saboroso:
1 colher de sobremesa de chá verde ( +- 10g)
1 litro de água filtrada
1 rama de canela ou erva doce

Ferver de preferência em uma chaleira por no mínimo 5 minutos, até no máximo 10 minutos. Se for possível mexer com uma colher de pau.
Desligar o fogo, esperar esfriar um pouco e começar a tomar. Pode ser armazenado na geladeira por até 24 horas. Mas geralmente indo o seguinte: fazer cedo e tomar até as 14:00.
Atenção, evite de ingeri-lo próximo às refeições ou após pois os polifenóis impedem a absorção de cálcio, magnésio, ferro e zinco.

Para ler mais sobre o preparo: http://www.scielo.br/pdf/cta/v30s1/29.pdf

2 - Chá verde em sachê

Eu prefiro comprar o chá verde orgânico da mãe terra, a quantidade de chá verde no sachê é pouca, portanto faz-se necessário utilizar vários sachês.

3 - Cápsulas (extrato) ou in natura

Existem estudos comparativos e cada um tem suas vantagens. A cápsula tem a questão da comodidade, praticidade, porém o chá in natura (quando adicionado outras ervas ou sucos) pode ser saboroso e uma forma de aumentar a ingestão de água (algo muito comum entre meus pacientes, principalmente mulheres). Portanto estimulo o uso do chá in natura.

Apenas a título de curiosidade:
  • Obesidade: o chá in natura tem efeito maior que o extrato, mas o efeito no índice de massa corpórea (IMC) é igual para os dois.
  • A pressão arterial diastólica reduziu nos dois.
  • Triglicerídeos reduziram com o chá in natura e não reduziram tanto com o extrato.

Dr. Frederico Lobo

Obs: Para ler mais sobre Antioxidantes no blog, veja o post: http://www.ecologiamedica.net/2010/11/antioxidantes.html

Pesquisa conclui que o consumo de brócolis combate inflamações respiratórias

Pesquisadores da University of California – Los Angeles, UCLA, relatam que um composto naturalmente encontrado em crucíferos, como brócolis e outros vegetais, pode ajudar a proteger contra inflamações respiratórias, que provocam asma, rinite alérgica e doença pulmonar obstrutiva crônica.

Publicada na edição de março da revista Clinical Immunology, a pesquisa mostra que sulforaphane, um produto químico no brócolis, desencadeia um aumento de enzimas antioxidantes nas vias respiratórias humanas, oferecendo proteção contra o ataque dos radicais livres que respiramos diariamente com o ar poluído , pólen, escape de diesel e fumo do tabaco.

“Este é um dos primeiros estudos mostrando que brócolis, amplamente disponível como fonte alimentar , ofereceu potentes efeitos biológicos para estimular uma resposta antioxidante em seres humanos”, disse o Dr. Marc Riedl, pesquisador líder do estudo e professor assistente de Imunologia Clínica e Alergia na David Geffen School of Medicine, da UCLA.

“Encontramos de duas a três vezes mais enzimas antioxidantes nas celular da via aérea nasal nos participantes do estudo, que tinham comido uma preparação de brócolis”, diz Riedl. “Essa estratégia pode oferecer proteção contra processos inflamatórios e poderia conduzir a potenciais tratamentos para uma variedade de condições respiratórias.”

A equipe trabalhou com 65 voluntários, que foram dadas diferentes doses orais de alfafa ou brócolis. Brócolis é a mais rica fonte natural de sulforaphane e a alfafa, que não contêm o composto, serviu como um placebo.

Lavagens de fossas nasais foram coletadas no início e no final do estudo para avaliar a expressão gênica de enzimas antioxidantes em células das vias aéreas superiores. Os investigadores encontraram um aumento significativo das enzimas antioxidantes nos que consumiram brócolis, em doses de 100 gramas ou mais, em comparação com o grupo placebo.

A dose máxima de 200 gramas gerou um aumento de 101% de uma enzima antioxidante chamada GSTP1 e um aumento de 199% outra enzima chamada NQO1.

“Uma grande vantagem do sulforaphane é que ele parece aumentar uma ampla gama de enzimas antioxidantes, compostos que podem ajudar a sua eficácia em bloquear os efeitos nocivos da poluição do ar”, disse Riedl.

Segundo os autores, não foram identificados efeitos colaterais graves nos participantes do estudo, demonstrando que esta pode ser uma forma eficaz, segura de estratégia de estimula antioxidante, para ajudar a reduzir o impacto inflamatórias dos radicais livres.

O estudo não permite identificar uma posologia específica mas, ainda assim, os pesquisadores destacam a recomendação do consumo diário de crucíferos, incluindo brócolis e outros vegetais, como parte de uma dieta saudável.

O estudo foi financiado pelo National Institutes of Health, pelo National Institute of Environmental Health Sciences e pela U.S. Environmental Protection Agency (EPA).

O artigo “Oral sulforaphane increases Phase II antioxidant enzymes in the human upper airway“, publicado na revista Clinical Immunology, Volume 130, Issue 3, March 2009, Pages 244-251, apenas está disponível para assinantes.

Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2009/03/05/pesquisa-conclui-que-o-consumo-de-brocolis-combate-inflamacoes-respiratorias/

Obs: Para ler mais sobre Antioxidantes no blog, veja o post: http://www.ecologiamedica.net/2010/11/antioxidantes.html

Cozinhar demais o brócolis pode destruir suas substâncias benéficas

O brócolis é fonte de cálcio (a melhor dentre os vegetais, por ter um cálcio com boa biodisponibilidade) e contêm substâncias com potentes propriedades anticancerígenas. Essa substância é denominada de Sulforafano e estudos têm evidenciado que ele pode ser um agente extremamente potente contra o câncer.

Além disso o sulforafano também tem propriedades anti-inflamatórias, que são vistas com interesse pelos cientistas por sua capacidade de combater os efeitos de muitas doenças crônicas que acompanham a obesidade e o envelhecimento.

Entretanto, cozinhá-lo da forma errada pode destruir a enzima que fornece o Sulforafano.

“O brócolis, preparado corretamente, é um agente anti-câncer extremamente potente – três a cinco porções por semana já são suficientes para causar efeito. Mas, para conseguir os benefícios do brócolis, a enzima mirosinase tem que estar presente; se ela não está lá, o sulforafano, componente preventivo do câncer e anti-inflamatório, não é formado”, diz Elizabeth Jeffery da Universidade de Illinois (EUA). O correto é cozinhar o vegetal no vapor de 2 a 4 minutos. Assim a enzima e os demais nutrientes o brócolis são mantidos.

A parte do brócolis mais abundante em mirosinase são os brotos da planta, que podem ser incluídos na dieta de diversas formas. Os brotos do brócolis quando ingeridos com as outras partes da planta potencializam os efeitos benéficos, já que assim os níveis das substâncias que previnem o câncer ficam mais altos.

O brócolis também traz benefícios para diabéticos e evita dandos nos rins e retina.

Fonte: http://www.upi.com/Health_News/2011/02/06/Overcooking-broccoli-hurts-health-benefit/UPI-16591296968434/

Acupuntura e exercícios são benéficos para portadoras de síndrome do ovário policistíco (SOP)

A síndrome do ovário policístico afeta de 20% a 30% das mulheres que estão na idade fértil.

A síndrome faz com que os ovários produzam mais testosterona, podendo causar acne, obesidade e um crescimento incomum de pelos no corpo.

Além disso, ela também pode fazer com que a ovulação e a menstruação da mulher sejam irregulares.

Uma equipe de cientistas da Universidade de Gothenburg (Suécia) dividiu as participantes de um estudo em três grupos. As mulheres do primeiro tiveram sessões de acupuntura onde as agulhas eram estimuladas manualmente e com correntes elétricas fracas. O segundo grupo recebeu instruções de se exercitar três vezes por semana e o terceiro funcionou como grupo controle.

Os resultados mostraram que houve redução no nível de testosterona nas mulheres que se exercitaram e também naquelas que tiveram as sessões de acupuntura.

Outra melhora que houve no quadro geral das participantes foi que os ciclos menstruais das mulheres desses grupos ficaram mais regulares. Dos dois tratamentos, a acupuntura foi o mais eficaz.

Fonte: http://www.eurekalert.org/pub_releases/2011-02/uog-wwp020711.php

Refrigerante diet pode aumentar chances de doenças vasculares

O consumo de refrigerante diet - que não tem açúcar na fórmula - pode trazer um risco muito maior de doenças vasculares em comparação com aqueles que não bebem refrigerante, de acordo com uma pesquisa apresentada na Conferência Internacional de Derrame de 2001, da Associação Americana de Derrame.

Em pesquisas envolvendo 2.564 pessoas no Northern Manhattan Study (NOMAS) da Universidade de Columbia, cientistas apontaram que pessoas que beberam refrigerante diet todos os dias apresentaram um risco 61% maior de doenças vasculares do que aqueles que relataram não beber refrigerante.

Sal. Em uma pesquisa separada com 2.657 participantes também no NOMAS, cientistas descobriram que a ingestão elevada de sal, independente da hipertensão, foi associada a um aumento significante no risco de acidente vascular cerebral isquêmico (quando um vaso sanguíneo é bloqueado e corta o fluxo de sangue para o cérebro).

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,refrigerante-diet-pode-aumentar-chances-de-doencas-vasculares,677402,0.htm

Segundo o estudo, as pessoas que consumiram mais de 4.000 miligramas de sódio por dia tinham mais que o dobro do risco de AVC em comparação com aqueles que consomem menos de 1.500 mg por dia.

Romã - Excelente fonte de antioxidantes

Considerada desde o império romano como um símbolo de riqueza, a romã contém, entre os diversos compostos bioativos, as antocianinas. Assim como a vitamina C, vitamina E e o betacaroteno, por terem deficiência de elétrons, as antocianinas captam facilmente os radicais livres.

Esses radicais, se produzidos ou absorvidos em excesso, aumentam os riscos para doenças como hipertensão, cataratas, artrite e envelhecimento precoce.

Isso pode ocorrer principalmente quando há demasiada ingestão de bebidas alcoólicas, estresse intenso e muita exposição à poluição, ao tabaco e ao Sol, situações que danificam as células saudáveis.

De acordo com estudos da Universidade de Baroda, na Índia, o fruto tem três vezes mais capacidade antioxidante do que o vinho e o chá verde. Não é por acaso que os povos árabes acreditavam em suas propriedades para fins medicinais.

Compostos da romã

Agora, a Embrapa, juntamente com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), está tentando desenvolver novas técnicas para o aproveitamento desses elementos da fruta.

O mercado para a romã no Brasil tem crescido consistentemente, o que tem ampliado as áreas cultivadas com o fruto.

A pesquisadora Regina Isabel Nogueira, da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro), espera obter a antocianina e outros compostos bioativos concentrando-os e estabilizando-os por microencapsulação por um processo chamado spray drier.

Nesse processo, pequenas gotas de material líquido são recobertas com um fino filme protetor.

Os materiais microencapsulados (material ativo ou núcleo) são envoltos num material formador de filme (material de parede ou agente encapsulante) onde cápsulas extremamente pequenas podem liberar o conteúdo de forma controlada e sob condições específicas.

Trata-se de uma tecnologia inovadora que tem sido empregada com êxito na indústria de cosméticos, farmacêutica e alimentícia.

Óleo de romã

Também será estudado o óleo obtido por prensagem das sementes da fruta com o objetivo de caracterizar o perfil dos ácidos graxos e as propriedades que possam interessar à indústria de alimentos.

A pesquisadora ainda prevê a opção de cristalizar a casca da romã, expondo-a em contato com a calda de açúcar para reduzir em até 50% o teor de água. Com isto, a fruta aumenta seu tempo de conservação e diminui seu peso e volume, gerando economia no custo de transporte, além de adocicar seu sabor levemente ácido.

Este processo, por ser muito simples, poderá despertar o interesse de produtores como uma forma de apresentar a fruta para consumo de forma semelhante à encontrada hoje por meio do gengibre cristalizado.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=antioxidantes-roma&id=6163

Obs: 2011 mal começou e a Pubmed está cheia de artigos sobre A Romã http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=pomegranate

Obs2: Para ler mais sobre Antioxidantes no blog, veja o post: http://www.ecologiamedica.net/2010/11/antioxidantes.html

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Chocolate pode conter mais antioxidantes que suco de frutas, diz pesquisa

Cientistas vêm atribuindo aos antioxidantes - como os flavanoides, substância da classe dos polifenóis - um grande número de benefícios à saúde, entre eles a prevenção de males cardíacos, de alterações no sistema nervoso e até mesmo do surgimento de rugas.

No estudo, pesquisadores do Centro para Saúde e Nutrição da Hershey, uma companhia americana fabricante de chocolates, analisaram e compararam a capacidade antioxidante, o conteúdo total de polifenóis e o conteúdo total de flavonoides de sucos e pós de frutas, cacau em pó natural, chocolate amargo (com maior porcentagem de cacau do que o chocolate ao leite) e um pó industrializado para fazer chocolate quente.

As frutas incluídas no estudo foram açaí, romã, oxicoco (cranberry) e mirtilo (blueberry), chamadas de “superfrutas” devido às suas capacidades antioxidantes.

Debra Miller, uma das líderes da pesquisa, afirmou que, com base no valor nutritivo verificado no estudo, "as sementes de cacau devem ser consideradas uma 'superfruta' e produtos derivados do extrato de semente de cacau, como pó de cacau e chocolate escuro, como 'superalimentos'".

A pesquisa foi divulgada na publicação especializada Chemistry Central Journal.

Chocolate quente

A análise demonstrou que a capacidade antioxidante do cacau em pó foi maior do que as dos pós de mirtilo, oxicoco e de romã, na comparação por grama.

Em relação ao chocolate amargo, a análise não mostrou uma capacidade antioxidante ou presença de polifenóis significativamente maior do que a do pó de romã, mas ela foi maior do que a de todos os outros pós testados.

Mas no chocolate amargo, como no caso do pó de cacau, a presença de flavonoides foi maior do que todos os pós de frutas e o achocolatado.

Na comparação com sucos de frutas, o chocolate amargo e bebidas feitas com o pó de cacau natural mostraram ter maior total de flavanoides. No total, o chocolate só perdeu em capacidade antioxidante e total de polifenois para o suco de romã.

Os cientistas também notaram que o achocolatado fabricado para fazer chocolate quente não tem tantos benefícios oxidantes.

O problema com esses pós é que eles passam por um processo de alcalinização para suavizar o sabor do cacau. Mas, neste processo, os compostos de polifenóis são destruídos.

"Os produtos feitos com cacau alcalinizado têm valores baixos de atividade antioxidante, conteúdo total de polifenóis e conteúdo total de flavonoides", afirma o estudo.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/02/110207_chocolate_superfruta_fn.shtml

Obs: Para ler mais sobre Antioxidantes no blog, veja o post: http://www.ecologiamedica.net/2010/11/antioxidantes.html

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A carência de vitamina D

Devido à maior incidência do câncer de pele, temos seguido a recomendação de diminuir ou mesmo evitar a exposição da pele ao sol. Em todas as idades, o banho de sol tem sido restrito às primeiras horas da manhã e ao final da tarde e na maioria das vezes tem sido ignorado. Entretanto, o sol é necessário para que a vitamina D seja sintetizada no nosso organismo.

Pesquisas tem evidenciado os problemas de saúde que a falta da vitamina D acarreta em todas as faixas etárias. Em um estudo realizado nos USA em 2008, e publicado no “American Journal of Clinical Nutrition”, cerca de metade das crianças e adultos norte-americanos apresentam níveis inferiores ao ideal de vitamina D e até 10% das crianças apresentam sérias deficiências.

Além da má calcificação óssea em crianças e adolescentes, e da osteoporose nas mulheres na pós menopausa e no homem idoso, pesquisas mais recentes associam a deficiência de vitamina D às mais variadas doenças como asma, infecções de repetição, doenças auto imunes, aumento de casos de câncer, alterações cardiovasculares e alterações cerebrais como Síndrome de Parkinson, Mal de Alzheimer e Esquizofrenia.

A comunidade científica continua a debater qual seria o nível ideal de vitamina D para o organismo. As pessoas em geral são classificadas como deficientes caso a presença do composto no sangue seja inferior a entre 15 e 20 nanogramas por mililitro. Mas muitos médicos acreditam agora que o nível ideal de vitamina D deveria ser superior a 30 nanogramas por mililitro.

A principal fonte de vitamina D para o ser humano é a exposição à luz solar. Tudo o que diminua a transmissão de radiação solar UVB para a superfície da Terra ou qualquer coisa que interfira com a penetração da radiação UVB na pele irá afetar a síntese cutânea de vitamina D3. A melanina, pigmento que dá cor a pele humana, é extremamente eficiente em absorver a radiação UVB, portanto, o aumento da pigmentação da pele reduz acentuadamente a síntese de vitamina D3. Da mesma forma, um filtro solar com proteção solar 15 absorve 99% da radiação UVB incidente, e assim, quando aplicados na pele, diminuem 99% a síntese de vitamina D3.

Além do sol, a vitamina D pode ser encontrada em alguns alimentos, como por exemplo, no peixe – uma porção de 100 gramas de salmão fresco oferece entre 600 e mil unidades internacionais de vitamina D. Os alimentos fortificados com vitamina D são na maioria das vezes insuficientes para satisfazer as necessidades de uma criança ou de um adulto em vitamina D.

Referências

1. Developmental Vitamin D Deficiency and Risk of Schizophrenia: A 10-Year Update. McGrath JJ, Burne TH, Féron F, Mackay-Sim A, Eyles DW. Schizophr Bull. 2010 Sep 10.

2. Role of vitamin d in cardiovascular health. Reddy Vanga S, Good M, Howard PA, Vacek JL. r J Cardiol. 2010 Sep 15;106(6):798-805. Epub 2010 Aug 1.

3. Nutrition in oncology: the case of micronutrients (review). Ströhle A, Zänker K, Hahn A. Oncol Rep. 2010 Oct;24(4):815-28.

4. The role of vitamin D in asthma. Sandhu MS, Casale TB. Ann Allergy Asthma Immunol. 2010 Sep;105(3):191-9.

5. Assessing vitamin D in the central nervous system.Holmøy T, Moen SM. Acta Neurol Scand Suppl. 2010;(190):88-92.

6. Vitamin D deficiency and its relationship with rás mineral density among postmenopausal women living in the tropics. Bandeira F, Griz L, Freese E et all. Arq rás Endocrinol Metab. 2010;54(2):227-232.7. Assessment of Vitamin D in Population-Based Studies Vitamin D deficiency: a worldwide problem with health consequences. Michael F Holick and Tai C Chen. American Journal of Clinical Nutrition, Vol. 87, No. 4, 1080S-1086S, April 2008.

Fonte: http://www.clinicaberenicewilke.com.br/9889/69075.html

Meditação pode alterar estrutura do cérebro, diz estudo

De olhos fechados, em silêncio e, de preferência, sentados, os praticantes da meditação de atenção plena devem se concentrar em apenas uma coisa: a respiração. A técnica é antiga, da tradição budista, mas começou a ser mais difundida depois de ter sido usada em um curso não religioso de redução de estresse, criado em 1979 por Jon Kabat-Zinn, professor da Escola Médica da Universidade de Massachussets.

Os benefícios da técnica, conhecida também como "mindfulness", já foram relatados em vários estudos.

A lista vai da melhora de sintomas de esclerose múltipla (como diz estudo publicado na "Neurology") à prevenção de novos episódios de depressão (demonstrada em artigo na "Archives of General Psychiatry").  Mas, agora, um estudo mostra, pela primeira vez, os efeitos provocados por essa meditação no cérebro.

A pesquisa, publicada hoje na "Psychiatry Research: Neuroimaging", foi feita pela Harvard Medical School, nos EUA, em conjunto com um instituto de neuroimagem da Alemanha e a Universidade de Massachussets.  E o mais importante: as mudanças ocorreram em apenas oito semanas de meditação em praticantes adultos iniciantes.

As conclusões foram feitas após comparações entre as ressonâncias magnéticas dos que praticaram a meditação e de um grupo-controle que não fez as aulas.

Outros estudos já haviam sugerido que a meditação causa mudanças no cérebro. Mas eles não excluíam a possibilidade de haver diferenças preexistentes entre os grupos de meditadores experientes e não meditadores.

Ou seja, não era possível afirmar se os efeitos eram causados pela prática.

MENOS ESTRESSE

Todos os 16 participantes da pesquisa, com idades de 25 a 55 anos, deveriam obedecer a um critério: não ter feito nenhuma aula de meditação "mindfulness" nos últimos seis meses ou mais de dez aulas em toda a vida.

Eles frequentaram oito encontros semanais, com duração de duas horas e meia.

Também foram instruídos a fazer 45 minutos de exercícios diários e a praticar os ensinamentos da meditação em atividades do dia a dia, como andar, comer e tomar banho.

Para avaliar as mudanças, todos os participantes e o grupo-controle fizeram ressonâncias magnéticas antes e depois do período de aulas.

Os exames iniciais não indicaram diferenças entre grupos, mas as ressonâncias feitas após o curso mostraram um aumento na concentração de massa cinzenta no hipocampo esquerdo naqueles que haviam meditado.

Análises do cérebro todo revelaram mais quatro aumentos de massa cinzenta: no córtex cingulado posterior, na junção temporo-parietal e mais dois no cerebelo.

BENEFÍCIOS

Britta Hölzel, pesquisadora da Harvard Medical School e uma das autoras do estudo, disse à Folha que isso pode significar uma melhora em regiões envolvidas com aprendizagem, memória, emoções e estresse.

O aumento da massa cinzenta no hipocampo é benéfico porque ali há uma maior concentração de neurônios, afirma Sonia Brucki, do departamento científico de neurologia cognitiva e do envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia.

"Antes, acreditava-se que a pessoa só perdia neurônios durante a vida. Agora, vemos que podem brotar em qualquer fase da vida, e determinadas atividades fazem a estrutura do cérebro mudar."

Isso significa que o cérebro adulto também é plástico, capaz de ser moldado.

No ano passado, um estudo dos mesmos pesquisadores já mostrava redução da massa cinzenta na amígdala cerebral, uma região relacionada à ansiedade e ao estresse, em pessoas que fizeram meditação por oito semanas.

Mas qualquer um que começar a meditar amanhã terá esses mesmos efeitos benéficos em algumas semanas?

"Provavelmente sim", diz a neurologista Sonia Brucki.

Ela ressalta, no entanto, que a idade média dos participantes da pesquisa é baixa e, por isso, não dá para afirmar com certeza que isso acontecerá com pessoas de todas as idades.

Agora, a pesquisadora Britta Hölzel quer entender como essas mudanças no cérebro estão relacionadas diretamente à melhora da vidas das pessoas.

"Essa é uma área nova, e pouco se sabe sobre o cérebro e os mecanismos psicológicos relacionados a ele. Mas os resultados até agora são animadores."

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/868050-meditacao-muda-estrutura-do-cerebro-diz-estudo.shtml

Exercícios físicos podem melhorar memória de idosos

A prática regular de exercícios físicos moderados durante um ano pode aumentar o tamanho do hipocampo cerebral em adultos com mais de 55 anos, proporcionando um aumento da memória espacial, segundo um novo estudo.

O hipocampo é a área do cérebro responsável pela formação de todos os tipos de memória.

O estudo, conduzido por pesquisadores das universidades de Pittsburgh, Illinois, Rice e Ohio State, foi publicado na revista especializada "Proceedings of the National Academy of Sciences".

"Os resultados de nossa pesquisa são particularmente interessantes por sugerirem que mesmo modestas quantidades de exercício podem fazer com que adultos idosos sedentários registrem melhora substancial da memória e da saúde do cérebro", explica Art Kramer, diretor do Beckman Institute na Universidade de Illinois e principal autor do estudo.

"Estas melhorias têm implicações importantes para a saúde de nossos cidadãos e para o aumento da população idosa em todo o mundo", acrescenta.

Para seu projeto, os cientistas convocaram 120 idosos sedentários sem qualquer sinal de senilidade e divididos ao acaso em dois grupos. O primeiro começou a praticar um regime de exercícios leves, como caminhar 40 minutos por dia, três vezes por semana. O segundo manteve apenas atividades como alongamento e exercícios de tonificação muscular.

Os resultados mostram que o grupo que praticou a atividade aeróbica registrou um aumento do volume do hipocampo nos dois lados do cérebro (2,12% no esquerdo, 1,97% no direito).

As mesmas regiões do cérebro dos participantes que ficaram no grupo dos exercícios de alongamento sofreram um aumento de 1,4% e 1,43%, respectivamente.

"Estamos acostumados a achar que a atrofia que ocorre no hipocampo no fim da vida é praticamente inevitável", diz o autor. "Mas nós mostramos que mesmo exercícios moderados durante um ano podem aumentar o tamanho desta estrutura. O cérebro nesta fase permanece maleável".

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/868435-exercicios-fisicos-podem-melhorar-memoria-de-idosos.shtml

Açúcar


segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A internet pode até ajudar uma consulta médica, mas não substituí-la

Com o livre acesso dos pacientes à informação, há também fatores positivos que enriquecem uma consulta médica e nutricional. A monotonia das consultas unilaterais, onde sempre impera um monólogo tende a acabar. O médico orienta e o paciente concorda. Os pacientes estão falando mais, perguntando mais e exigindo uma explicação mais convincente dos seus males.

Com um maior esclarecimento, os pacientes tendem a aderir melhor ao seu tratamento. Entendem porque estão tomando esse ou aquele remédio e passam a encarar uma orientação nutricional com uma maior possibilidade de adequação ao plano proposto. Passam a saber trocar alimentos e comer adequadamente em casa, no trabalho e no lazer. Não precisam mais das tabelas e tem maior liberdade de conduzir seu tratamento.

A informação adequada nunca é demais. Não se constitui em um desafio ao médico. Perguntar enriquece a consulta e não ofende. Pelo contrário, dá ao médico e à nutricionista a chance de estreitar os laços da relação e fidelizar o paciente. Com isso o paciente pode entender a diferença entre uma consulta virtual e uma consulta real. Isso será muito bom para ambas as partes.

Apesar das freqüentes solicitações dos e-pacientes em serem consultados e medicados pela internet, eles precisam entender o risco dessa atitude. Nada substitui a consulta médica, pois ela define as sutis diferenças entre as pessoas e suas doenças e comprovam que diferentes pessoas com doenças semelhantes muitas vezes devem ser tratadas de maneiras diferentes. Assim, as descrições superficiais dos problemas médicos expostos pela internet nunca poderão substituir a riqueza de uma consulta médica tradicional.

Fonte: http://comersemculpa.blog.uol.com.br/arch2011-01-01_2011-01-15.html

A polêmica sobre os riscos e benefícios do álcool

Nos últimos 10 anos, uma verdadeira polêmica tem sacudido as discussões médicas e seus debates acadêmicos. No centro do debate, o álcool, suscitando posições diametralmente opostas, expondo a verdade sobre o tema: não há consenso, portanto o mais correto é dizer que não sabemos ao certo, se os benefícios superam os riscos.

Tudo começou com um estudo da Organização Mundial de Saúde publicado na revista médica The Lancet em 1992, demonstrando uma menor incidência de infarto entre os franceses, apesar dos conhecidos fatores de risco dessa população como tabagismo e elevada ingestão de gordura saturada. O segredo dos franceses foi atribuído ao seu consumo regular de vinho tinto, que aumentaria a fração protetora do colesterol, o chamado HDL.

Depois desse, muitos outros trabalhos científicos sérios e de alta credibilidade, descrevem as maravilhas do consumo regular e moderado do vinho. Além do vinho, os pesquisadores passaram a descrever os benefícios do próprio álcool, seja ele oriundo de bebidas fermentadas ou destiladas. Um dos estudos de grande relevância no assunto também foi publicado no periódico The Lancet em 1994, mostrando uma queda progressiva da mortalidade por doenças cardiovasculares em povos com maior índice de ingestão de bebidas alcoólicas em geral.

A polêmica continua nos dias de hoje como a recente publicação da revista Internal and Emergency Medicine nesse mês, recomendando o consumo de álcool para melhorar a saúde do coração e concluindo que quem bebe pouco deve ser encorajado a continuar.

Apesar do sucesso entre o público leigo, os benefícios do álcool são constantemente questionados pela comunidade científica e a polêmica continua.

Fonte: http://comersemculpa.blog.uol.com.br/arch2011-01-16_2011-01-31.html#2011_01-31_08_43_06-142670378-0?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

Pessoas otimistas vivem melhor


Um artigo publicado recentemente no periódico Current Directions in Psychological Science revisou diversas pesquisas para determinar se é verdade que o otimismo é benéfico para a saúde.

O pesquisador Anthony Ong, da Universidade de Cornell (EUA) sugere a partir da sua pesquisa que emoções positivas podem ser antídotos poderosos contra estresse, dores e doenças.

Ele especula que as pessoas mais felizes são aquelas que têm uma atitude pró-ativa em relação ao envelhecimento ou que evitam comportamentos pouco saudáveis. São indivíduos que fazem exercícios regularmente, não fumam e praticam sexo seguro.

Atitudes como essas se tornam cada vez mais importantes à medida que a idade avança e as doenças se tornam mais freqüentes. Além disso, pessoas mais positivas têm níveis menores de estresse.

Ong diz que “Todos nós envelhecemos. É como nós envelhecemos, entretanto, que determina a qualidade das nossas vidas”.

Fonte: http://http://www.hebron.com.br/

Obesidade aumenta o risco de câncer

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde no relatório Saúde Brasil de 2010 apontam para um dado alarmante: 46,6% da população brasileira esta acima do peso. O excesso de gordura no corpo pode acarretar em doenças como diabetes, problemas cardíacos e surgimentos de cânceres.

O câncer é a segunda maior causa de mortes no mundo. Só no Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que a doença deva atingir cerca de um milhão de pessoas em 2011. Em 2010 o INCA, em parceria com o Fundo Mundial para Pesquisa contra o Câncer (WCRF), publicou o documento Polítcas e Ações para prevenção do Câncer no Brasil: Alimentação, Nutrição e Atividade Física, que concluiu que parte considerável desses casos poderiam ser evitados com o combate à obesidade.

A alimentação balanceada, rica em frutas, verduras, cereais e carnes magras, associadas à atividades físicas, pode ajudar na prevenção do câncer. Por outro lado, uma alimentação rica em gorduras, alimentos industrializados, sal e álcool aumentam os riscos de desenvolver tumores.

Fonte: http://www.hebron.com.br/

Anvisa propõe novas exigências para registro de produtos agrotóxicos


Apresentação de estudos sobre avaliação de riscos nos trabalhadores rurais será requisito obrigatório para registro de agrotóxicos no Brasil. É o que prevê a consulta pública aberta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta sexta-feira (28/1).

A avaliação do risco é um procedimento mais sensível e acurado que permite analisar possíveis efeitos dos agrotóxicos na saúde. “Apesar de já analisarmos a toxicidade das substâncias presentes nos agrotóxicos, a avaliação do risco possibilitará reduzir ainda mais os agravos indesejados associados à exposição da população a esses produtos”, explica o diretor da Anvisa, Agenor Álvares. Os agrotóxicos que causam mutações genéticas, câncer, alterações fetais, e danos reprodutivos continuarão impedidos de registro, conforme determinado pela Lei.

Outra novidade proposta é que os estudos, apresentados pelas empresas para que a Agência realize análise toxicológica dos agrotóxicos, sejam conduzidos em laboratórios com certificação de Boas Práticas Laboratoriais (BPL). “Essa ação permitirá maior segurança quanto à credibilidade dos estudos apresentados e maior rastreabilidade dos resultados, além de uniformizar nosso trabalho com o do Ibama, que já efetua essa exigência”, afirma Álvares. Além disso, harmoniza a documentação de avaliações toxicológicas com o que já era solicitado para os estudos de resíduos de agrotóxicos em alimentos, de acordo com a resolução da Anvisa de 2006.

A consulta pública atualiza, ainda, os estudos que devem ser apresentados pelas empresas para obtenção de avaliação toxicológica de agrotóxicos e produtos técnicos. Os critérios de classificação toxicológica dos produtos também foram revisados. Para Álvares, a nova proposta permite ao Brasil estar alinhado às normas internacionais mais atualizadas para avaliação de agrotóxicos e produtos técnicos.

Registro

No Brasil, o registro de agrotóxicos é realizado pelo Ministério da Agricultura, órgão que analisa a eficácia agronômica desses produtos. Porém, a anuência da Anvisa e do Ibama é requisito obrigatório para que o agrotóxico possa ser registrado.

A Anvisa realiza avaliação toxicológica dos produtos quanto ao impacto na saúde da população. Já o Ibama observa os riscos que essas substâncias oferecem ao meio ambiente.

Atualização

A Consulta Pública 02/2011 propõe uma atualização da Portaria 03/1992 do Ministério da Saúde. A proposta é resultado de dois anos de trabalho da Agência e foi aprovada na Agenda Regulatória de 2009, instrumento que expõe os temas considerados pela Anvisa como prioritários para regulação.

Participação

Sugestões para Consulta Pública 02/2011 deverão ser encaminhadas por escrito, no prazo de 60 dias,para o endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, SIA, Trecho 5, Área Especial 57, Bloco D – sub-solo, Brasília/DF, CEP 71.205-050; por Fax 61-3462-5726; ou para o email: toxicologia@anvisa.gov.br

Confira aqui a íntegra da consulta pública.

Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/01/31/anvisa-propoe-novas-exigencias-para-registro-de-produtos-agrotoxicos/

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

SP adotará padrão mais rígido para qualidade do ar. Só alterar índice não basta, diz médico

Classificação usada no Estado, criada em 1990, foi alterada pela OMS em 2005

Proposta de grupo de estudos coordenado pelo governo terá de ser ratificada por órgãos estaduais

O Estado de São Paulo adotará uma classificação mais rígida para a qualidade de seu ar, adequando-se aos padrões definidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2005.

Pelos parâmetros mais frouxos de hoje, que foram estabelecidos em 1990, o ar é frequentemente tido como “regular” (prejudicial a doentes crônicos e crianças), quando deveria ser “inadequado” (nocivo a todos).

Com a revisão do padrão atual, pessoas com doenças cardíacas e respiratórias serão mais bem alertadas do risco a que estão expostas e poderão se preparar para um dia crítico de poluição. Reportagem de Eduardo Geraque e Cristina Moreno de Castro, na Folha de S.Paulo.

Além disso, as informações mais precisas poderão pautar melhor as discussões sobre poluição, as medidas do poder público na área etc.

Um grupo de estudo liderado pelo governo já definiu como ficará a nova classificação e, para que ela seja colocada em prática, falta a ratificação de órgãos do próprio governo, que tiveram representantes nas reuniões.

Grupos de interesses privados, como a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), também participaram.

Hoje, o relatório deverá ser votado pelo Consema (Conselho Estadual de Meio Ambiente), órgão estadual.

São Paulo deverá ser, então, o primeiro Estado do país a deixar de ter um padrão frouxo e corrigir a defasagem sobre o definido pela OMS, adotado na Europa, nos EUA e no México, por exemplo.

POEIRA

As mudanças atingem a classificação de nível de substâncias como ozônio e fumaça. A poeira fina (partículas liberadas, por exemplo, por escapamentos, que causam entupimento no pulmão) é a que melhor exemplifica a mudança.

Pela classificação atual, apenas por duas vezes a poeira tornou o ar “inadequado” em 2008, ano usado no estudo. Pelos novos padrões, seriam 1.265 vezes como “inadequado” nas 26 estações medidoras da região.

Depois de o relatório ser aprovado, faltará ainda ao Poder Executivo determinar a implementação de todas as mudanças, que deve ser feita de forma gradual.
Ainda não há prazos.

Especialistas ouvidos pela Folha consideram um avanço a atualização da classificação. O desafio, dizem, será responder ao alerta mais rigoroso com políticas públicas que melhorem o ar que a cidade respira.
Só alterar índice não basta, diz médico

Pesquisador da USP afirma que é preciso também ampliar a fiscalização da emissão de poluentes no Estado

Alfésio Braga diz que as mortes causadas pela poluição devem voltar a crescer por conta do aumento de veículos

Para Alfésio Luís Braga, pesquisador do Núcleo de Estudos de Epidemiologia Ambiental da Faculdade de Medicina da USP, não basta deixar os índices mais rigorosos, é preciso fiscalizar a emissão de poluentes. Braga diz que mortes causadas pela poluição devem voltar a crescer.

Folha – Quais as doenças agravadas pela poluição?
Alfésio Luís Braga – Principalmente respiratórias e cardiovasculares, como sinusite, faringite, pneumonia, bronquite, asma, angina, infarto agudo do miocárdio. Também afeta pacientes com insuficiência cardíaca e com arritmias cardíacas e causa problemas oculares. A poluição provoca doenças em quem é saudável e agrava as doenças de quem já tem.

Essas doenças aumentaram?

A partir dos anos 90, houve redução gradual da concentração dos poluentes em São Paulo e o número de mortes atribuídas à poluição reduziu de 12/dia em 1990, para 8/dia em 2005. Mas as concentrações de poluentes estão diminuindo menos: o que foi conseguido com melhoria tecnológica está sendo perdido com o aumento de veículos. Estimamos que aumentará o número de óbitos.

As pessoas deveriam acompanhar a qualidade do ar?

Com certeza. Em países da Europa existem programas de TV que divulgam não só a previsão do tempo, mas a previsão da qualidade do ar. Aí as pessoas mais esclarecidas, sob orientação médica, podem inclusive ajustar as doses de medicamento.

O que mais poderiam fazer?

Quando fazem atividade física num período do dia em que a concentração é maior, estão se expondo mais ao poluente. Se se garantir uma boa umidade no ambiente, as partículas de poluentes vão se adensar e vai ser mais difícil inalar isso, então a umidificação do ambiente é bastante desejável.

O fato de haver uma mudança no índice ajuda como?

O reconhecimento de que um certo nível de poluente tem que ser mais baixo para o ar ser considerado de boa qualidade é uma primeira etapa que precisa acontecer. Mas é preciso efetivamente buscar a redução da emissão para a qualidade do ar ficar dentro dos novos padrões.

O Conama tem um sistema de alerta à poluição próprio, ele também deveria se adequar?

Como São Paulo sofre mais com a poluição, é natural que tome a dianteira, seguindo o padrão da OMS. E que o Conama adote um padrão semelhante para todo o país.

Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/01/28/sp-adotara-padrao-mais-rigido-para-qualidade-do-ar-so-alterar-indice-nao-basta-diz-medico/

Dieta rica em gorduras trans e saturadas aumenta em 48% o risco de depressão

Pesquisadores das universidades de Navarra e Las Palmas de Gran Canaria, na Espanha, mostraram que a ingestão de gorduras trans e saturadas aumentam o risco de depressão em até 48%. Já o óleo de oliva protege contra doenças mentais.

O estudo [Dietary Fat Intake and the Risk of Depression: The SUN Project] foi feito durante seis anos com 12.059 voluntários, cuja dieta, estilo de vida e doenças foram analisados antes, durante e depois do projeto. No início, nenhum deles sofria de depressão e, no final, 657 casos foram detectados. As pessoas com elevado consumo de gorduras trans (presentes de forma artificial na confeitaria industrial e em fast foods, e de forma natural em alguns produtos à base de leite) apresentaram um risco de depressão até 48% maior do que as que consumiam essas gorduras.

Além disso, o estudo revelou uma relação de dose-resposta, “quanto mais gorduras trans ingeridas, maior o efeito prejudicial nos voluntários”, disse Almudena Sánchez-Villegas, professora de medicina preventiva em Las Palmas e autora do estudo, que verificou ainda a influência das gorduras poliinsaturadas (presentes em peixes e óleos vegetais) e as do azeite de oliva.

- Descobrimos que este tipo de gordura, junto com o azeite de oliva, estão associadas à redução do risco de depressão – disse Miguel Ángel Martínez-González, professor da Universidade de Navarra e diretor do projeto.

O estudo corrobora ainda com a hipótese de uma maior incidência de depressão em países do norte da Europa, onde a dieta mediterrânea prevalece. Nos últimos anos, a incidência da depressão aumentou, atingindo 150 milhões de pessoas no mundo, sendo hoje a principal causa de perda de anos de vida nos países de renda per capita média a alta, por causa de uma mudança radical nas fontes de gorduras consumidas nas dietas ocidentais.

A pesquisa foi publicada na revista médica PLoS ONE e realizada com uma população com uma ingestão baixa de gorduras trans, até 0,4% da energia total ingerida pelos voluntários.

O estudo “Dietary Fat Intake and the Risk of Depression: The SUN Project” está disponível para acesso integral no formato HTML. Para acessar o artigo clique aqui.

Artigo: Dietary Fat Intake and the Risk of Depression: The SUN Project
Autores: Villegas, AS; et al.
Periódico: PLoS ONE
Data: 2011/Janeiro

Fonte:  Portal Ecodebate

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Falta de sono piora o controle glicêmico

Um recente estudo publicado na revista Diabetes Care mostrou que o sono é um dos fatores fisiológicos que influenciam na regulação da glicose no diabetes tipo 1. O estudo foi conduzido pela Dra Esther Donga, da Universidade de Leiden na Holanda.Para chegar a essa conclusão, Dra Donga selecionou 7 pacientes com diabetes tipo 1. Eles tinham os seguintes dados demográficos médios:

IMC - 23,5 Kg/m2 Idade – 44 anos

Tempo de diabetes – 23 anos A1c – 7,6%

Ela estudou os pacientes em dois momentos. Após uma boa noite de sono e após uma noite mal dormida, somente 4 horas de sono. Todas as análises eram feitas após uma noite dormida na clínica. Todos usavam bomba de infusão de insulina, com metas glicêmicas semelhantes. Após cada noite do estudo, os pesquisadores realizaram um exame de clamp euglicêmico hiperinsulinêmico.

Os dados publicados mostram que a privação do sono não afeta a glicemia de jejum, a produção de ácidos graxos livres nem a produção hepática de glicose. Entretanto a captação da glicose (glucose disposal rate) durante o clamp foi menor quando os pacientes tinham uma noite com sono restrito há 4 horas. (25.5 versus 22.0 micromoles x kg de massa magra (LBM)-1 x min-1).

Em outros estudos, a Dra Donga quer continuar a explorar o efeito da duração do sono e da qualidade do sono no metabolismo da glicose em pacientes com diabetes, além disso, ela irá estudar as características do sono em idosos com resistência à insulina, para determinar em que medida esta resistência à insulina pode ser causada por perturbações do sono.


Do ponto de vista prático, a falta de sono pode determinar uma maior necessidade temporária de insulina para os portadores de diabetes.

Fonte: http://www.diabetes.org.br/colunistas-da-sbd/diabetes-em-foco/1284-dormindo-pouco-cuidado-com-a-glicose-falta-de-sono-pode-piorar-o-controle-do-diabetes

Agrotóxicos comercializados no país são perigosos para o meio ambiente

A maioria dos agrotóxicos comercializados no Brasil são classificados como perigosos ou muito perigosos para o meio ambiente, de acordo com relatório divulgado hoje (24) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Os agrotóxicos são classificados pelo Ibama em quatro níveis de “potencial de periculosidade ambiental”. Os da classe 1 são considerados altamente perigosos, os da classe 2, muito perigosos, os da classe 3, perigosos e os da classe 4, pouco perigosos.

Em 2009, 88% dos defensivos agrícolas comercializados no país pertenciam às classes 1, 2 e 3: 1% são da classe 1, 38% da classe 2, e quase metade, 49%, da classe 3. Na avaliação por estados, o panorama é parecido com o nacional, com exceção do Amazonas, onde a maioria dos agrotóxicos comercializados foram do tipo pouco perigoso para o meio ambiente.

Entre os riscos dos agrotóxicos para a natureza estão interferências nos processos de respiração do solo e distribuição de nutrientes, além da mortandade de espécies de aves e peixes.

O insumo agrotóxico mais comercializado no país em 2009 foi o herbicida glifosato, utilizado em lavouras de 26 culturas diferentes, entre elas arroz, café, milho, trigo e soja. Avaliado na classe 3, de produtos perigosos, o agrotóxico teve 90,5 mil toneladas comercializadas no período.

Entre os dez produtos agrotóxicos mais comercializados está o metamidofós, banido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última semana pelos altos riscos à saúde. A proibição será gradual e o produto poderá ser comercializado até 2012.

Também estão na lista dos mais vendidos os produtos à base de cipermetrina, óleo mineral, óleo vegetal, enxofre, ácido 2,4-Diclorofenoxiacético, atrazina, acefato e carbendazim. Segundo o Ibama, o acefato está passando por processo de reavaliação e pode ser banido das lavouras brasileiras.

Os dados para o levantamento do Ibama são enviados por empresas, seguindo determinação legal. As informações poderão subsidiar a fiscalização e a concessão de autorizações de estudos para buscar produtos menos nocivos ao ambiente.

Fonte: http://revistaecologica.com/index.php?option=com_content&view=article&id=850:agrotoxicos-comercializados-no-pais-sao-perigosos-para-o-meio-ambiente&catid=57:agrotoxicos

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ruído de trânsito aumenta risco de derrame em idosos

A exposição ao ruído de trânsito aumenta o risco de derrame em com 65 anos ou mais, segundo estudo publicado esta quarta-feira (26) na edição online da revista especializada European Heart Journal.

Na pesquisa feita com mais de 50 mil pessoas, cada 10 decibéis a mais de barulho de trânsito aumenta o risco de derrame em 14%, em média, em todos os grupos etários.

Para aqueles abaixo dos 65 anos, o risco não foi estatisticamente significativo. Mas a probabilidade aumentou enormemente no grupo de pessoas com mais de 65 anos, aumentando 27% para cada 10 decibéis a mais de barulho.

Acima de 60 decibéis, o risco de derrame aumentou ainda mais, afirmaram os cientistas.

Uma rua movimentada pode facilmente gerar níveis de ruído entre 70 e 80 decibéis. Comparativamente, um cortador de grama ou uma serra elétrica atingem de 90 a 100 decibéis, enquanto um avião a jato produz 120 decibéis de ruído na decolagem.

"Estudos anteriores vincularam o ruído do tráfego a uma elevação da pressão sanguínea e de ataques cardíacos", disse o chefe das pesquisas, Mette Sorensena, da Sociedade Dinamarquesa de Câncer.

"Nosso estudo demonstra que a exposição ao ruído de tráfego parece aumentar o risco de derrame", acrescentou.

O estudo revisou históricos médicos e de residência de 51.485 pessoas que participaram da pesquisa Dieta Dinamarquesa, Câncer e Saúde, realizada em Copenhague e arredores entre 1993 e 1997.

Um total de 1.881 pessoas sofreu derrame neste período.

Segundo o artigo, 8% de todos os casos de derrame e 19% destes casos registrados em pessoas acima dos 65 anos poderiam ser atribuídos ao barulho do trânsito.

Os cientistas sugerem que o ruído atua como um fator de estresse e perturbador do sono, o que resulta na elevação da pressão sanguínea e da frequência cardíaca, bem como no aumento do nível de hormônios de estresse.

O estudo contabilizou os efeitos da poluição do ar, da exposição ao ruído de trens e aviões e uma série de fatores de estilo de vida, potencialmente desconcertantes, como o tabagismo, a alimentação e o consumo de álcool.

Os participantes da pesquisa viviam, em sua maioria, em áreas urbanas e, portanto, não representavam a totalidade da população em termos de exposição ao ruído do trânsito.

A proximidade com este barulho também está relacionada com a classe social, uma vez que os mais abonados conseguem pagar para morar em regiões mais silenciosas.

Artigo  disponível em: http://eurheartj.oxfordjournals.org/content/early/2011/01/08/eurheartj.ehq466.full

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/afp/2011/01/26/ruido-de-transito-aumenta-risco-de-derrame-em-idosos-diz-estudo.jhtm?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

Estudo aponta que ruídos de tráfego afetam a saúde

O barulho excessivo do tráfego além de afetar o sono podem prejudicar a recuperação, é o que aponta um estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Medicina Aeroespacial, na Alemanha, e do Departamento de Psiquiatria da Divisão de Sono e Cronobiologia da Universidade da Pensilvânia.

Os cientistas submeteram a testes de laboratório 72 pessoas, com idade entre 18 e 72 anos, durante 11 noites consecutivas. Em oito dessas noites os voluntários foram expostos a ruídos e na nona noite dormiram em silêncio. Foram reproduzidos barulhos de tráfego rodoviário, ferroviário e aéreo, sendo que o primeiro levou a fortes mudanças na estrutura do sono e da continuidade, enquanto a exposição aos dois últimos levou a uma avaliação subjetiva pior.

Dessa forma, o estudo aponta ainda para um dado interessante, o de que muitos dos participantes já estavam tão habituados ao barulho do tráfego rodoviário que não chegam a despertar durante a noite, mas que isso não significa que seu corpo esteja imune aos problemas que a exposição aos ruídos pode causar.

Fonte: http://blogboasaude.zip.net/arch2011-01-23_2011-01-29.html#2011_01-26_18_08_42-160361991-0?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

Deficiência de vitamina D como fator de risco para diversas patologias

Artigo publicado pelo American Heart Association em 2009 mostrou que a deficiência de vitamina D na menopausa pode aumentar o risco de desenvolvimento de hipertensão arterial  sistólica (identificada pelo maior valor numérico verificado durante a aferição de pressão arterial). Desde então praticamente diariamente a Pubmed indexa artigos sobre o tema: Vitamina D.

Metodologia:  na pesquisa 559 mulheres que tinham em média 38 anos em 1992 foram acompanhadas por meio da aferição anual da pressão sanguínea e do nível de vitamina D no corpo. Os grupos foram controlados observando a idade, o uso de medicação para hipertensão e o tabagismo.

Aquelas mulheres que na fase pré-menopausa foram diagnosticadas no início do estudo como portadoras de déficit de vitamina D, tinham o triplo de chance de desenvolver Hipertensão arterial sistólica, após 15 anos. Quando comparadas as que tinham níveis adequados de vitamina D.
“Esse estudo é diferente de outros realizados, por acompanhar os indivíduos durante um longo tempo – o maior registrado até agora – e os resultados mostram que essa deficiência em vitamina D está ligada ao aumento do risco de pressão alta na meia-idade” afirma Flojaune Griffin, da Universidade de Michigan, EUA.

A deficiência em vitamina D entre as mulheres é um problema comum. Alguns pesquisadores indicam como causa a falta de exposição à luz do sol ou dietas restritivas e hábitos alimentares que podem não suprir a necessidade ideal da vitamina. A sintetização dessa vitamina acontece tanto na pele – pela exposição aos raios ultravioleta do sol – quanto pela ingestão diária de alimentos ricos na substância.

Um estudo recente também evidenciou que Níveis de 25-OH-vitamina-D são inversamente associados a hipertensão arterial: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21191311

Outro estudo também publicado em 2010 fez uma breve revisão sobre os efeitos anti-hipertensivos da Vitamina D e eles incluem: supressão da renina, supressão dos níveis hormonais da paratireóide, efeito renoprotetor e vasoprotetor, ação anti-inflamatória. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21090935

O American Heart Association elaborou um material sobre Correlação da Vitamina D com doenças cardiovasculares: http://www.americanheart.org/downloadable/heart/1259606448237Vitamin%20D%20and%20CVD%20INAP%20Nov%2009.pdf

Como já citado no começo do post, diariamente são publicados estudos que correlacionam a deficiência de vitamina D com diversas doenças: Síndrome metabólicaAlterações respiratórias, Câncer e déficit imunológico.

A deficiência de vitamina D está cada vez mais evidente nas pesquisas e nos pacientes. É cada vez mais comum encontrar pessoas com menos de 40 de vitamina D séricas, sendo que os trabalhos mostram que precisamos de cerca de 70 a 80nmol/L ou 30ng/mL.

Se a deficiência em adultos já é grave (vitamina D é preventivo de câncer, de diabetes, de osteoporose, e vários outros), imagine nas crianças onde o corpo está todo sendo preparado para a fase adulto e o envelhecer com saúde!?

Em 2010 surgiram novos valores para a Ingesta diária recomendada (IDR) de Vitamina D e cálcio. A seguir a nova tabela:

Fontes de Vitamina D:

1) SOL: A forma mais fácil de gerar vitamina D, e os dermatologistas que me perdoem, é a exposição ao sol, sem protetor solar, sem a interposição do vidro (por exemplo, do lado de dentro da janela, pois o vidro impede a passagem do raio UV), durante 15 minutos, 3 vezes por semana, em face, braço e colo, que chega a provocar eritema em pele.
2) Fontes alimentares (na tabela abaixo)

Infelizmente as fontes alimentares de vitamina D são apenas os peixes, ovos e fígado.

Um cáculo simples de uma dieta para uma criança entre 2 e 3 anos (pelas nodas IDRs ela precisaria de 15mcg/dia ou 600UI/dia):
  • 1 ovo tem cerca de 26UI de vitamina D que dão cerca de 0,65mcg de vitamina D.
  • 50g de sardinha (e só há boa quantidade de vitamina D em peixes gordos, mesmas fontes de ômega-3, como salmão, sardinha e atum) tem cerca de 2,5mcg de vitamina D.
Somando teriamos 3mcg, e o que ainda faltaria 12mcg para alcançar os 15mcg necessários para uma criança de 2 a 3 anos. Ou seja, a criança precisa consumir ovo e peixe quase diariamente, e para variar, trocar um destes dois por fígado, tomar sol, além de consumir algum alimento enriquecido com vitamina D.

Complicado, pois quem garante que o ovo de granja terá 20UI de Vitamina D ?
Quem garante que sardinhas "possivelmente contaminadas" tenham 2,5mcg de Vitamina D ?
Tem ainda a questão do Ovo ser alergênico...
Portanto dentre as políticas de saúde pública está a fortificação de alguns alimentos com ácido fólico e vitamina D.


Fonte: Vitamin D deficiency in younger women is associated with increased risk of high blood pressure in mid-life

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Chá verde auxilia na proteção contra doenças neurodegenerativas e cânceres

Estudo da Universidade de Newcastle, na Grã-Bretanha, indica que o chá verde pode proteger o cérebro de doenças como o Mal de Alzheimer e outros tipos de demência. A pesquisa foi divulgada na publicação especializada Phytomedicine.

A pesquisa também sugere que o antigo remédio chinês que tem se popularizado no mundo todo também pode ter um papel muito importante na proteção do corpo contra o câncer.

No estudo, os cientistas investigaram se as propriedades benéficas do chá verde, que já tinham sido comprovadas no chá recém-preparado e não digerido, ainda se mantinham ativas uma vez que o chá fosse digerido.

De acordo com Ed Okello, professor da Escola de Agricultura, Alimento e Desenvolvimento da Universidade de Newcastle, que liderou o estudo, a digestão é um processo vital para conseguir os nutrientes necessários, mas também significa que nem sempre os compostos mais saudáveis dos alimentos serão absorvidos pelo corpo, podendo se perder ou modificar no processo.

"O que foi realmente animador neste estudo é que descobrimos que, quando o chá verde é digerido pelas enzimas do intestino, os compostos químicos resultantes são até mais eficazes contra gatilhos importantes do Alzheimer do que a forma não digerida do chá", disse.

"Além disso, também descobrimos que os compostos digeridos (do chá verde) tinham propriedades contra o câncer, desacelerando de forma significativa o crescimento de células do tumor que usamos em nossas experiências", acrescentou, Okello.

Na pesquisa, a equipe da universidade trabalhou em conjunto com cientistas da Escócia, que desenvolveram uma tecnologia que simula o sistema digestivo humano. Graças a esta tecnologia, a equipe de Newcastle conseguiu analisar as propriedades protetoras dos produtos da digestão do chá.

Chás verde e preto

Dois compostos já são conhecidos por seu papel importante no desenvolvimento do Alzheimer, o peróxido de hidrogênio e uma proteína conhecida como beta-amiloide.

Pesquisas anteriores mostraram que compostos conhecidos como polifenóis, presentes nos chás verde e preto, tem propriedades neuroprotetoras, pois se ligam a compostos tóxicos e protegem as células do cérebro. Quando ingeridos, os polifenóis são quebrados e produzem uma mistura de compostos. Foram estes compostos que os cientistas de Newcastle testaram.

"É uma das razões pela qual temos que ser tão cuidadosos quando fazemos afirmações a respeito dos benefícios para a saúde de vários alimentos e suplementos", disse Okello. "Existem certos compostos químicos que sabemos que são benéficos e podemos identificar alimentos que são ricos nestes compostos, mas o que acontece durante o processo de digestão é crucial para saber se estes alimentos estão mesmo nos fazendo bem", afirmou.

Proteção de células

Os cientistas usaram modelos de células de tumor, expondo estas células a várias concentrações de diferentes toxinas e aos compostos do chá verde digerido. "Os compostos químicos digeridos (do chá) protegeram as células (saudáveis), evitando que fossem destruídas pelas toxinas", disse Okello.

"Também observamos que eles afetaram células cancerosas, desacelerando de forma significativa seu crescimento. O chá verde é usado há séculos na medicina tradicional chinesa, e o que temos aqui dá provas científicas do porquê pode ser eficaz contra algumas das doenças mais importantes que enfrentamos hoje", acrescentou o pesquisador.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4876653-EI8147,00-Estudo+cha+verde+protege+contra+Alzheimer+e+cancer.html