domingo, 2 de setembro de 2012

Vitamina B3 aumenta defesa do organismo contra superbactérias


Cientistas da Oregon State University, nos Estados Unidos, descobriram que a nicotinamida (uma das formas da vitamina B3) aumenta a capacidade do organismo de destruir infecções resistentes por estafilococos, quando consumida em doses elevadas.

A pesquisa, realizada com animais de laboratório e com sangue humano, revela que altas dosagens desta vitamina aumentam em 1mil vezes a resposta do sistema imunológico contra este tipo de bactéria.

O trabalho pode oferecer um novo caminho de combate ao crescente número de "superbactérias".

"Esta descoberta é potencialmente muito significativa, embora ainda precisemos fazer estudos em humanos. Os antibióticos são drogas mágicas, mas que enfrentam cada vez mais problemas com a resistência por vários tipos de bactérias, em especial Staphylococcus aureus. O trabalho pode nos dar uma nova forma de tratar infecções por estafilococos, que pode ser usada em combinação com antibióticos atuais", afirma o pesquisador Adrian Gombart.

Os pesquisadores notaram que a administração de doses terapêuticas de nicotinamida aumentou o número e a eficácia dos neutrófilos, glóbulos brancos que matam e devoram bactérias que atacam o organismo.

No experimento, a nicotinamida foi fornecida em doses muito maiores do que em uma dieta normal, embora a quantidade usada já tenha sido testada de maneira segura em humanos. Quando a vitamina B3 foi injetada no sangue humano, a infecção desapareceu em algumas horas, constatou o estudo.

No entanto, Gombart ressalta que não há nenhuma evidência de que uma dieta normal ou suplementos de vitamina B3 tenham um efeito beneficente na prevenção ou tratamento de uma infecção bacteriana, por isso "as pessoas não devem começar a tomar doses elevadas da substância".

As principais fontes naturais de nicotinamida são carne de fígado, ovos, peixes, amendoins, legumes, grãos e leite.

Segundo o autor do estudo, George Liu, a vitamina é muito efetiva contra uma das principais ameaças existentes atualmente na saúde pública e pode ajudar a reduzir a dependência dos antibióticos.

Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=15905

Artrose: um horizonte preocupante


Em 2015, 12 milhões de brasileiros serão portadores da doença, que limita a qualidade de vida e atinge, principalmente, mulheres na menopausa.

Dor, rigidez nas articulações pela manhã, dificuldade de movimentação, deformidades no ossos, calor local e inchaço. A qualquer um desses sinais, ligue o alerta vermelho: pode ser osteoartrite. Popularmente conhecida como artrose, a doença atinge quase 10 milhões de brasileiros (cerca de 5% da população do país). Até 2015, o número ultrapassará a casas dos 12 milhões, alertam os especialistas. O mais preocupante é que quase metade dos portadores não está ciente do mal. Apesar disso, o diagnóstico é simples — basta uma radiografia ou mesmo um exame clínico.

A artrose aparece como consequência do desgaste da cartilagem entre os ossos que formam a articulação. O tecido perde sua superfície lisa, responsável pelo deslizamento dos ossos, e libera enzimas que provocam uma reação inflamatória. Trata-se de problema que se intensifica com o avanço da idade e, por isso, está relacionado o aumento da expectativa de vida. Sobre esse ponto, um estudo realizado pelas quatro sociedades médicas envolvidas no tratamento da doença (Reumatologia, Ortopedia e Traumatologia, Medicina Física e Reabilitação, e Cirurgia do Joelho) oferece uma projeção sombria: em oito anos, a artrose será o principal mal a afligir a população idosa do país.

Os primeiros sinais do desgaste são detectados por radiografia por volta dos 35 anos, mas acabam passando batido nos consultórios por serem assintomáticos. O portador, em geral, só começa a sentir o incômodo após os 60 anos. Mas não há regras. “Sintoma é uma coisa interessante. Às vezes, você vê um raio-x e pensa: ‘Nossa, esse paciente nem anda”. E a pessoa está ótima. Outras vezes, pega um exame que mostra pequenas alterações, mas o paciente mal consegue se equilibrar em pé”, pondera Pérola Plapler, diretora da divisão de Medicina Física do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas, em São Paulo, e uma das coordenadoras do estudo. Os dados revelam que a dor é o sintoma mais comum, presente em 100% dos pacientes, seguida por crepitações (87%), deformidade (85%) e limitação de movimentos (83%).

Apesar de o incômodo se manifestar primeiro entre os homens, são as mulheres as mais afetadas pela deterioração das articulações. De acordo com os pesquisadores, elas representam mais de 60% dos diagnósticos em todos os estados brasileiros, a maioria depois do início da menopausa. “Não se sabe exatamente o porquê dessa virada da estatística, mas acreditamos que as mudanças hormonais tenham um papel importante para o aparecimento da doença nelas”, analisa Plapler. Ainda que seja uma doença característica da terceira idade, jovens também não estão livres de receber o diagnóstico. Nesses casos, ela recebe o nome de artrite reumatoide e pode ser consequência de um trauma ou de um desgaste anormal das articulações. “Em jogadores de basquete, por exemplo, ela costuma aparecer com frequência nos joelhos”, diz. Em qualquer situação, o tratamento é à base de anti-inflamatórios, analgésicos e fisioterapia.

Com o estudo, os especialistas esperam fornecer a médicos e autoridades informação para que seja possível diminuir o sofrimento dos pacientes e aumentar a eficiência do tratamento e o percentual de diagnósticos. “Essa deve ser, com certeza, uma das grandes preocupações do país para os próximos anos. A população está envelhecendo. Deve existir um trabalho conjunto entre sociedades médicas e o Ministério da Saúde, que nem sempre toma as decisões adequadas”, critica Pérola Plapler.

O problema em números

  • Cenário da doença de acordo com as conclusões dos especialistas:
  • Hoje, estima-se que 9,9 milhões de pessoas tenham artrose no Brasil, ou 5,2% da população
  • Em 2015, serão 12,3 milhões de pacientes, um crescimento de 24% nos casos da doença
  • A articulação mais afetada é o joelho: 74% dos casos nos homens e 89% nas mulheres
  • Dor, crepitação e deformidade são os sintomas mais comuns
  • Apenas 42% dos pacientes estão diagnosticados hoje. Em 2015, serão 55%.
  • Exames clínicos e de raios-x são os mais usados no diagnóstico. A ressonância magnética vem em segundo lugar, como método complementar.


Sinal de alerta

Conheça os fatores de risco mais relevantes para o surgimento da doença:

  • Obesidade
  • Genética
  • Traumas
  • Exercícios físicos


Matéria publicada originalmente na edição n°379 da Revista do Correio.

Fonte: http://www.consulfarma.com/detalhes_noticias.php?id=135653#.UDuxq0bvCvI.twitter

Comer brócolis combate câncer de mama?


Aqui está mais um motivo para comer brócolis e couve-flor: um novo estudo sugere que mulheres com câncer de mama que comem tais vegetais podem ter uma vida mais longa e seu câncer combatido.

“Quanto mais vegetais crucíferos [como couve, couve-flor, brócolis, mostarda e repolho, por exemplo] você comer, melhor”, afirma Sarah Nechuta, da Universidade de Vanderbilt, em Nashville, nos Estados Unidos.
E não é difícil. Os pesquisadores sugerem que basta incluir na dieta cerca de 150 gramas diárias desses vegetais, o que equivale a uma xícara cheia deles, segundo Nechuta.

Só neste ano deverão ser registrados cerca de 52 mil novos casos de câncer de mama no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer. Em um percentual que varia de 10% a 15% dos casos, a doença se manifesta de forma agressiva e pode apresentar novas lesões tumorais. Contudo, o índice de sobrevivência gira em torno de 61%.

O atual estudo não é o primeiro a relacionar a ingestão de crucíferas com o câncer de mama, mas é o maior feito até agora. 5 mil chineses, que já tiveram câncer de mama entre os anos de 2002 e 2006, com idade entre 20 e 75 anos, participaram da pesquisa.

Esses participantes preencheram questionários detalhados de suas dietas durante 36 meses. Eles foram então divididos em cinco grupos, dependendo de quantos vegetais crucíferos eles ingeriam.

E, de acordo com as análises, depois de cinco anos após o diagnóstico de câncer, mulheres que comeram cerca de 150 gramas diárias dos vegetais em questão tiveram 42% a mais de chances de sobreviver. A probabilidade de morrer de qualquer outra causa também foi reduzida para 42%. E a chance do câncer de mama retornar diminuiu por 19%.

Mas o leitor pode questionar (e com razão!) o porquê desses resultados. Segundo Nechuta, vegetais crucíferos contêm grandes quantidades de uma substância conhecida como glucosinolato. Quando ingerida, ela é convertida para substâncias com alto poder anticancerígeno, como o isotiocianato e o indol.

Nos resultados, os pesquisadores também levaram em consideração outros fatores que podem afetar a ocorrência do câncer de mama e a sobrevivência a ele, o que inclui idade, estágio da doença, tratamentos, exercícios diários e dieta.

Mas vale ressaltar que a pesquisa não comprova que os vegetais em questão são os principais responsáveis pela sobrevivência. A especialista em câncer Aditya Bardia, do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, Estados Unidos, alerta que essas mulheres da pesquisa podem ter outras vantagens que não foram mensuradas, como uma qualidade de vida saudável, por exemplo.

E vale lembrar de um aspecto importante: a dieta asiática é bastante diferente da dieta norte-americana e brasileira. Além de um fator que pode se mostrar decisivo no futuro: de que os asiáticos comem mais vegetais.

Fonte: http://www.meunutricionista.com.br/noticias.exibir.php?id=2948

Qual o papel da dieta no desenvolvimento da doença inflamatória intestinal?


Os possíveis mecanismos relacionados com o papel da dieta no desenvolvimento da doença inflamatória intestinal (DII) são alteração na expressão de genes, modulação dos mediadores inflamatórios (por exemplo, os eicosanoides), mudanças na composição da microbiota intestinal, e os efeitos na permeabilidade do intestino. Ao lado da microbiota intestinal, os componentes dietéticos são os antígenos luminais mais comuns no intestino e podem influenciar a inflamação intestinal.

Em revisão sistemática pesquisadores demonstraram que o consumo elevado de gorduras totais, ácidos graxos ômega-6 e carne vermelha foram associados com o aumento do risco para o desenvolvimento de DII, enquanto o alto consumo de frutas e hortaliças diminuiu o risco para essas doenças.

Um estudo de caso-controle sugeriu que o aumento da ingestão de açúcares refinados pode facilitar o desenvolvimento da doença de crohn (DC) e colite ulcerativa (CU). Entretanto, mais estudos prospectivos são necessários para confirmar o papel dos fatores dietéticos no desenvolvimento da DII.

A DII representa um grupo de afecções intestinais inflamatórias crônicas idiopáticas (causas desconhecidas). O termo engloba duas categorias: a DC e a CU. Embora a fisiopatologia da DII não esteja completamente compreendida, fatores genéticos e ambientais desempenham um papel importante na má regulação da imunidade intestinal, o que leva à lesão gastrintestinal.

Apesar dos avanços na descoberta de risco genético para a DII na última década, sua etiopatogenia não pode ser explicada apenas em termos de susceptibilidade genética. Os fatores de risco ambientais para o desenvolvimento das DIIs vêm ganhando destaque nas pesquisas e têm sido extensivamente investigados, como o tabagismo, fatores dietéticos, estresse psicológico, uso de medicamentos, aleitamento materno, infecções, dentre outros.

Bibliografia (s)

Cabré E, Domènech E. Impact of environmental and dietary factors on the course of inflammatory bowel disease. World J Gastroenterol. 2012;18(29):3814-22.

Chapman-Kiddell CA, Davies PS, Gillen L, Radford-Smith GL. Role of diet in the development of inflammatory bowel disease. Inflamm Bowel Dis. 2010;16(1):137-51.

Lakatos PL. Environmental factors affecting inflammatory bowel disease: have we made progress? Dig Dis. 2009;27(3):215-25.

Fonte: http://www.nutritotal.com.br/perguntas/?acao=bu&id=684&categoria=13

Efeito de 30 ou 60 min de exercícios é o mesmo, diz estudo


Trinta minutos de exercícios diários são tão efetivos na redução de peso e de massa corporal quanto 60 minutos, segundo um estudo dinamarquês.

A pesquisa, feita por especialistas da Universidade de Copenhague, acaba de ser publicada na revista científica American Journal of Physiology.

Durante 13 semanas, a equipe da Faculty of Medical and Health Sciences monitorou 60 homens obesos - porém saudáveis - que tentavam melhorar sua condição física.

Metade dos participantes seguiu um programa de uma hora de exercícios diários e a outra metade fez apenas meia hora de exercícios. Enquanto se exercitavam, os dois grupos usavam um medidor de batimentos cardíacos e um contador de calorias

Os exercícios tinham vigor suficiente para produzir suor. Os resultados do experimento surpreenderam a equipe dinamarquesa.

Em média, os participantes que fizeram 30 minutos de exercícios diários perderam 3,6 quilos em três meses. Os que fizeram uma hora de exercícios, no entanto, perderam apenas 2,7 quilos. Nos dois grupos, a perda de massa corporal foi a mesma - 4 quilos.

Segundo um dos pesquisadores, Mads Rosenkilde, os 30 minutos de exercícios ofereceram uma vantagem adicional: "Os participantes que fizeram 30 minutos de exercícios por dia queimaram mais calorias do que deveriam em relação ao programa de treinamento que criamos para eles".

Em contrapartida, "observamos que fazer exercícios por uma hora em vez de meia hora não oferece perda adicional de peso ou gordura. Os homens que fizeram mais exercícios perderam pouco em relação à energia que queimaram correndo, andando de bicicleta ou remando".

"Trinta minutos de exercícios concentrados dão resultados igualmente bons na balança", concluiu.

Motivação


A equipe sugeriu algumas possíveis explicações para os resultados. Segundo Rosenkilde, fazer 30 minutos de exercícios por dia é uma meta tão possível de ser alcançada que os participantes tinham vontade e energia para mais atividades físicas após sua sessão diária de exercícios.

Além disso, o grupo que passou 60 minutos se exercitando provavelmente comeu mais, portanto perdeu um pouco menos peso do que o esperado.

"Os participantes do nosso estudo treinaram todos os dias durante três meses. Os treinos foram planejados para produzir um leve suor, mas os participantes tinham de aumentar a intensidade e dar tudo de si três vezes por semana", explicou Rosenkilde.

Ele admitiu que ficou surpreso com os resultados e disse que agora a equipe quer estudar o efeito de outros tipos de exercício.

Em média, 40% dos homens dinamarqueses estão classificados como moderadamente obesos.

O estudo da equipe da Universidade de Copenhague é único por ter se focado nessa parcela da população.

Os participantes queriam mudar seu estilo de vida com a ajuda dos exercícios, e durante o período de duração do estudo, foram acompanhados de perto por especialistas em saúde interessados em questões como o equilíbrio energético, resistência à insulina e presença de hormônios no sangue.

Etnólogos também participaram do estudo para tentar entender as barreiras culturais associadas ao exercício e à mudança em hábitos arraigados.

Em outro estudo britânico noticiado recentemente pela BBC Brasil, pesquisadores da University College London concluíram que fazer duas horas e meia de exercícios moderados por semana, mesmo quando a pessoa adota a prática na meia idade (após os 40 e até 50 anos de idade) já é suficiente para proteger a saúde do seu coração.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,efeito-de-30-ou-60-min-de-exercicios-e-o-mesmo-diz-estudo,921091,0.htm

Restrição calórica não prolonga expectativa de vida, mas melhora saúde


Uma dieta com restrições calóricas não aumenta a expectativa de vida, mas melhora a saúde, segundo estudo feito com macacos e publicado nesta quarta-feira, 29, na revista "Nature".

A restrição calórica é a prática de limitar a ingestão de calorias diárias entre 10% e 40% com a esperança de melhorar a saúde e retardar o envelhecimento, uma tese que estudos anteriores com roedores provaram ser correta.

A pesquisa publicada hoje, iniciada há 23 anos por um grupo de cientistas do National Institute on Aging de Baltimore (EUA), mostra que este tipo de dieta não tem a capacidade de prolongar a expectativa de vida em macacos, mas reconhece seus efeitos positivos sobre a saúde destes animais.

Os cientistas, liderados pelo biólogo espanhol Rafael de Cabo, reduziram em 30% a ingestão de calorias de macacos Rhesus (Macaca mulatta) e avaliaram os efeitos desta dieta em exemplares de diversas idades e sexo.

O estudo concluiu que a expectativa de vida dos animais (média de 27 anos) não aumentou nem entre os macacos mais velhos, entre 16 e 23 anos no momento em que iniciaram a dieta, nem entre os mais jovens, menores de 14 anos quando o experimento começou.

Por outro lado, os pesquisadores detectaram que a restrição calórica trouxe benefícios ao metabolismo dos macacos.

"Observamos uma melhora geral em parâmetros associados às doenças típicas do envelhecimento, como as enfermidades metabólicas (diabetes e obesidade), cardiovasculares e o câncer", explicou à Agência Efe o biólogo.

Os macacos que comeram 30% menos de calorias apresentaram níveis mais baixos de triglicéridios, colesterol e glicose, especialmente entre os machos, assim como uma incidência "notavelmente menor" de câncer entre os primatas mais jovens.

A pesquisa, que segundo Rafael de Cabo poderia se prolongar por mais duas décadas, terá como objetivo agora investigar os efeitos metabólicos e moleculares da restrição calórica sobre o organismo destes macacos.

"A resposta é muito parecida a outras respostas de estresse, por isso poderíamos considerar a restrição calórica como um estresse metabólico, que causa ajustes globais no organismo, e que quando se mantém por um longo período de tempo provoca benefícios profundos na saúde", explicou o biólogo.

O cientista espera além disso comparar seus resultados com os obtidos pelo Wisconsin National Primatas Research Center em uma pesquisa paralela, também levada a cabo com macacos e iniciada nos anos 80, que defende a capacidade desta dieta de prolongar a vida.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,restricao-calorica-nao-prolonga-expectativa-de-vida-mas-melhora-saude,923271,0.htm

Ministério da Saúde e Indústria assinam acordo para reduzir sódio em margarinas e outros alimentos


Acordo assinado ontem (28) pelo Ministério da Saúde e pela Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) estabelece metas nacionais de redução de sódio em temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais até 2015. A estimativa é retirar do mercado brasileiro de alimentos processados 8.788 toneladas desse mineral até 2020.

Essa é a terceira etapa de um conjunto de acordos firmados desde 2011 e que já estabeleceram a redução de sódio nos seguintes alimentos: macarrões instantâneos, pães de tipo bisnaga, de forma e francês, mistura para bolos, salgadinhos de milho, batata frita e palha, biscoitos e maionese. Somadas todas as etapas, a previsão é que mais de 20 mil toneladas de sódio estejam fora das prateleiras até 2020.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o brasileiro consome uma média de 12 gramas de sódio todos os dias. O valor é quase o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de menos 5 gramas por dia. Boa parte do consumo de sódio no país, de acordo com o ministério, está associado ao uso de temperos prontos em residências e restaurantes.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que o acordo assinado hoje está inserido no Plano Nacional de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis. “Você conquista a adesão voluntária da indústria a partir de um modelo de monitoramento e garante para o cidadão a opção de ter produtos mais saudáveis”, explicou.

Segundo ele, a própria OMS tem até outubro para estabelecer ações de enfrentamento a doenças crônicas como a hipertensão, provocada, entre outros fatores, pelo excesso de sódio na alimentação. “Esse modelo [brasileiro] pode, inclusive, ser o modelo recomendado pela OMS”, disse. “Esse é um modelo de adesão voluntária da indústria e que pode surtir efeito mais imediato”, completou.

Para o presidente da Abia, Edmundo Klotz, os acordos assinados já apresentam resultados significativos. Os números, entretanto, só devem começar a ser quantificados a partir de 2013, já que a indústria tem dois anos para se adequar às novas metas. “Estamos falando de grande quantidade de empresas. Não pode haver discordância”, ressaltou. “Com paciência, temos conseguido”, concluiu.

A lista completa das metas de redução para cada grupo de alimentos pode ser acessada no Portal Saúde. Com relação à margarina vegetal, por exemplo, o acordo prevê redução de 19% ao ano na quantidade de sódio, até 2015. Já o mesmo mineral presente nos cereais matinais deve ser reduzido 7,5% ao ano até 2013 e 15% ao ano até 2015.

Reportagem de Paula Laboissière, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 29/08/2012

Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2012/08/29/ministerio-da-saude-e-industria-assinam-acordo-para-reduzir-sodio-em-margarinas-e-outros-alimentos/

Velhice ou carência de Vitamina B12?



Está tão claro e cientificamente adequado que posto na íntegra esta brilhante matéria do The New York Times, recomendando a leitura por todos.

Afinal, reflitamos: Precisamos mesmo de tantos remédios na vida?

Velhice ou carência de Vitamina B12?

"Ilsa Katz tinha 85 anos quando sua filha, Vivian Atkins, começou a notar que ela estava ficando cada vez mais confusa.

"Ela não conseguia lembrar nomes, onde ela havia estado ou o que tinha feito no mesmo dia", lembra-se Atkins, em uma entrevista. "À princípio, não fiquei muito preocupada. Pensei que fosse um processo normal de envelhecimento. Mas com o passar do tempo, a confusão e os problemas de memória se tornaram mais graves e frequentes."

Sua mãe não conseguia lembrar os nomes de parentes próximos, ou em que dia estavam. Ela achava que precisava ir trabalhar ou ir ao centro da cidade, mas não era o caso. E ela ficava muito agitada.

Um exame em uma clínica de memória resultou em um diagnóstico de estágio inicial de Alzheimer, e os médicos prescreveram Donepezil, que Atkins afirma só ter piorado a situação. Mas a clínica também testou o nível de vitamina B12 no sangue de Katz. Estava muito abaixo do normal, e seu médico achou que isso poderia estar contribuindo para os seus sintomas.

Injeções semanais de B12 começaram a ser administradas.

"Logo depois, sua agitação diminuiu, ela se tornou menos confusa e sua memória melhorou muito", disse Atkins. "Senti que minha mãe havia voltado para mim, e ela também está se sentindo bem melhor."

Hoje com 87 anos, Katz ainda vive sozinha em Manhattan e se sente bem o bastante para recusar ajuda externa.

Mesmo assim, sua filha se pergunta, “Por que será que os níveis de B12 não são conferidos rotineiramente, especialmente em pessoas mais velhas?"

Essa é uma pergunta importante. Ao envelhecermos, nossa capacidade de absorver a vitamina B12 dos alimentos diminui, e geralmente nosso consumo de alimentos ricos nessa vitamina também se reduz. Uma deficiência de B12 pode surgir de repente e causar muitos sintomas confusos, que muitas vezes levam a diagnósticos errados ou são atribuídos simplesmente ao envelhecimento.

Um nutriente vital

A B12 é uma vitamina essencial que atua em várias partes do corpo. Ela é necessária para o desenvolvimento e a manutenção de um sistema nervoso saudável, a produção de DNA e a formação de hemácias.

Uma deficiência grave de B12 pode resultar em anemia, que pode ser detectada em um exame de sangue normal. Mas os sintomas menos dramáticos de uma deficiência de B12 incluem fraqueza muscular, fadiga, tremores, desequilíbrio, incontinência, pressão baixa, depressão e outros problemas de humor, e problemas cognitivos, como memória fraca.

Os laboratórios têm padrões diferentes sobre o que consideram normal, mas a maioria das autoridades no assunto afirma que a deficiência ocorre quando os níveis de B12 em um adulto estão abaixo de 250 picogramas por mililitro de soro. Como todas as vitaminas B, a B12 é solúvel em água, mas o corpo armazena excedentes de B12 no fígado e em outros tecidos. Mas, mesmo que as fontes alimentares sejam inadequadas por um período, a deficiência no soro pode demorar anos para aparecer.

Se a quantidade de B12 armazenada já é baixa, a deficiência pode se desenvolver em um ano, ou até menos em crianças.

As quantidades recomendadas de ingestão de B12 variam: 2,4 microgramas diários para maiores de 14 anos, 2,6 microgramas para mulheres grávidas e 2,8 microgramas para mulheres que estejam amamentando. A não ser em circunstâncias que impeçam a absorção de B12, esses níveis podem ser facilmente atingidos através de uma dieta balanceada que contenha proteína animal.

Em sua forma natural, a B12 está presente em níveis significativos apenas em alimentos derivados de animais, e em maior quantidade em fígado (83 microgramas em uma porção de 99 gramas). Entre as boas fontes estão outras carnes vermelhas, perus, peixes e crustáceos. Há menos vitamina em laticínios, ovos e frangos.

Quem corre risco?

Fontes naturais vegetais são, no mínimo, pobres em B12, e a vitamina delas não é facilmente absorvida. Muitos vegetarianos estritos e todos os veganos, além dos bebês amamentados por eles, devem consumir suplementos ou cereais fortificados para obter níveis adequados.

Certos organismos, como a bactéria espirulina e certas algas, contêm uma pseudo-B12 que o corpo não consegue utilizar, mas que pode resultar em leituras falsas de um nível de B12 normal em exames de sangue. Apesar do que afirmam certas pessoas, a erva-patinha, uma alga, e a grama de cevada não são fontes confiáveis de B12.

Em alimentos de origem animal, a B12 se combina com proteínas e deve ser liberada por ácidos estomacais e uma enzima para que possa ser absorvida. Portanto, usuários crônicos de drogas supressoras de ácido, como o omeprazol, o lansoprazol e o esomeprazol, além de medicamentos contra úlcera, como a famotidina e a cimetidina, correm risco de desenvolver uma deficiência de B12 e muitas vezes precisam tomar suplementos diários da vitamina.

Os níveis de ácidos estomacais diminuem com a idade. Até 30 por cento de pessoas mais velhas podem não contar com uma quantidade suficiente de ácidos estomacais para absorver quantidades adequadas de B12 de fontes naturais. Portanto, o consumo regular de alimentos fortificados ou suplementos com 25 a 100 microgramas diários de B12 é recomendado para pessoas com mais de 50 anos.

A B12 sintética, encontrada em suplementos e alimentos fortificados, não depende dos ácidos estomacais para ser absorvida. Mas, natural ou sintética, apenas uma parcela da B12 consumida acaba sendo absorvida pelo corpo. Tratamentos para curar deficiências de B12 costumam envolver doses muito superiores ao que o corpo realmente precisa.

A B12 livre, tanto natural quanto sintética, precisa se combinar com uma substância no estômago, chamada fator intrínseco, para ser absorvida pelo corpo. Esse fator é reduzido em pessoas com uma doença autoimune chamada anemia perniciosa; a deficiência de vitaminas que resulta disso costuma ser tratada com injeções de B12.

Embora a maioria dos médicos não hesite em recomendar injeções para corrigir deficiências de B12, existem muitas provas de que, em doses suficientemente altas, comprimidos sublinguais e adesivos transdérmicos de B12 podem funcionar tão bem quanto injeções para pessoas com problemas de absorção, até mesmo para aquelas com anemia perniciosa.

Geralmente, um suplemento diário de 2.000 microgramas é recomendado por cerca de um mês, e depois é reduzido para 1.000 microgramas ao dia por mais um mês, depois reduzido novamente para 1.000 microgramas semanais. Comprimidos sublinguais e adesivos transdérmicos de B12, ou até mesmo pirulitos de B12, podem ajudar pessoas que precisam do suplemento mas não conseguem engolir comprimidos.

Outros que correm risco de desenvolver deficiências de B12 são pessoas que bebem muito (o álcool reduz a absorção de B12), pessoas que passaram por cirurgias estomacais, seja para perder peso ou por causa de uma úlcera, e pessoas que tomam aminossalicilatos (para doenças inflamatórias intestinais ou tuberculose) ou a droga contra diabetes, metformina (vendida como Glucophage, entre outras marcas).
Pacientes que tomam anticonvulsivos como fenitoína, fenobarbital e aprimidona também correm risco.

Doses altas de ácido fólico podem mascarar uma deficiência de B12 e causar danos neurológicos permanentes, caso os níveis normais de B12 não sejam restaurados. Suplementos de potássio prejudicam a absorção de B12 em algumas pessoas.

Embora uma deficiência de B12 possa aumentar os níveis do aminoácido homocisteína no sangue, que aumenta o risco de doenças cardíacas e derrames, os suplementos de B12 não diminuem os riscos cardiovasculares.

E embora níveis altos de homocisteína estejam ligados ao Alzheimer e à demência, reduzi-los com suplementos de B12 não parece melhorar a função cognitiva. No entanto, em um estudo, entre mulheres com uma alimentação pobre em B12, suplementos da vitamina desaceleraram significativamente o índice de declínio cognitivo.

The New York Times News Service/Syndicate – Todos os direitos reservados".

http://nytsyn.br.msn.com/colunistas/pode-ser-velhice-ou-car%C3%AAncia-de-b12?page=0

Postado pelo Dr.Ícaro Alcântara no Blog da Liga da saúde: http://ligadasaude.blogspot.com.br/2012/08/velhice-ou-carencia-de-vitamina-b12.html

Prevenção com ácido fólico na gravidez é rara e incorreta no Brasil


Vale a pena ler a reportagem.

Prevenção com ácido fólico na gravidez é rara e incorreta no Brasil

Uma medida simples para evitar malformações em bebês ainda é pouco adotada pelas brasileiras e será tema de campanha nacional com lançamento marcado para hoje em São Paulo.

Um levantamento com 500 mulheres realizado pelo médico Eduardo Borges da Fonseca, professor de obstetrícia da Universidade Federal da Paraíba, mostra que só 13,8% tomaram suplemento de ácido fólico antes de engravidar.

O uso dessa vitamina ao menos 30 dias antes do início da gestação, continuando até o terceiro mês, reduz em cerca de 75% a ocorrência dos defeitos de fechamento do tubo neural (a região do embrião que vai dar origem ao sistema nervoso central).

Hoje, 1 em 1.000 crianças nasce com algum desses problemas no país. Os mais comuns são espinha bífida (exposição dos nervos da medula espinhal) e anencefalia.

A anencefalia leva à morte do bebê. No caso da espinha bífida, a gravidade varia conforme a posição da lesão e a extensão. Algumas crianças não precisam de tratamento e outras podem ser submetidas a cirurgia logo após o parto. Mas muitas, mesmo após a operação, sofrem sequelas, como paralisia e dificuldades de aprendizagem.

No estudo, feito em João Pessoa, a maioria das que usaram o ácido fólico o fez de forma incorreta, muitas vezes com doses maiores dos que as ideais (de 400 microgramas por dia). Estudos com animais apontam que a suplementação em excesso pode levar a bebês com baixo peso.

Cerca de metade da amostra era de mulheres atendidas pelo SUS e a outra metade, de clínicas particulares. "Não houve diferença entre os grupos", afirma Fonseca, que é presidente da comissão de medicina fetal da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

"Os números que nós encontramos são muito semelhantes aos de um estudo feito em Pelotas (RS) há seis anos. A situação não melhorou desde então."

O fechamento do tubo neural acontece entre a segunda e a quarta semana de gravidez. No Brasil, segundo pesquisa da Fiocruz com 22 mil mulheres, 55% das gestações não são planejadas.

"Em geral, a mulher só chega ao médico de dois a três meses depois do início da gravidez, o que já é uma fase tardia para o início da suplementação", afirma o médico.

Por isso, um dos focos da campanha da Febrasgo é estimular médicos a informar as mulheres sobre a importância do suplemento durante as consultas anuais.

A fortificação de farinhas de trigo e de milho com ácido fólico, obrigatória no Brasil desde 2004, consegue reduzir em 39% a ocorrência das malformações.

"Mas essa medida não atinge a todas. Muitas mulheres hoje adotam dietas da proteína, com baixa ingestão de carboidrato. Por isso é melhor usar as duas formas de prevenção: a alimentação fortificada e a suplementação."

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1145454-prevencao-com-acido-folico-na-gravidez-e-rara-e-incorreta-no-brasil.shtml

Vitamina C protege pulmão da poluição, diz estudo britânico



Uma dieta rica em antioxidantes ajuda a proteger o pulmão da poluição do ar, indica um novo estudo britânico.

Pesquisadores do Imperial College London, no Reino Unido, verificaram que os hospitais da capital recebem mais pacientes de asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (síndrome que engloba bronquite crônica e enfisema) durante os dias em que há maior concentração de partículas suspensas no ar.

Mas quando as pessoas tinham altos níveis de vitamina C no sangue, elas foram menos vezes aos postos durante os dias poluídos e secos, afirma o texto publicado no journal Epidemiology e feito com 209 pessoas atendidas pelo sistema de saúde de Londres.

O grupo testou a relação da baixa internação hospitalar com outros antioxidantes, mas não teve bons resultados. Eles descobriram poucos indícios entre as taxas de ácido úrico e vitamina E (presente em cereais e castanhas) e nenhuma relação nos pacientes internados com a presença de vitamina A (achada na gema do ovo, no leite e seus derivados e no fígado).

A descoberta do grupo dá uma “pequena, mas importante evidência sobre os efeitos da poluição podem ser modificados por antioxidantes”, afirma Michael Brauer, pesquisador de saúde ambiental da UniversidadeBritish Columbia, no Canadá.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2012/08/21/vitamina-c-protege-pulmao-da-poluicao.htm

Dicas do Dr. Frederico Lobo e da Nutricionista Isis Moreira: 

  1. Não adianta consumir em uma única dose mais que 250mg de Vitamina C. Você perderá o restante na urina. 
  2. Nunca um suplemento de Vitamina C substituirá a vitamina C natural dos alimentos, por um simples motivo: no alimento existe o que chamamos de complexo C, que consiste em uma sinergia de compostos que melhoram a biodisponibilidade da Vitamina C, como por exemplo: quercetina, hesperidina e outros bioflavonóides. 
  3. Se quer ter os benefícios da Vitamina C, uma dica que damos pros nossos pacientes da Clínica de Ecologia Médica: suplementação natural de acerola => pegue acerola, bata com um pouco de água e congele na forma de cubinhos de gelo (formas pequenas). Use 1 cubinho de 4 a 6 vezes ao dia. Aí sim, a vitamina C irá ser aproveitada.
  4. Existe um estudo interessante, feito no Brasil, pra comparar o teor de vitamina C na acerola em suas várias formas. Os teores de vitamina C das acerolas congeladas in natura, da polpa pasteurizada congelada e do suco pasteurizado em garrafa, determinado no início do experimento, foram de 1.511±56, 1.360±26 e 988±50 mg vit.C/100g amostra, respectivamente, caracterizando a acerola como uma ótima fonte desta vitamina, mesmo após sofrer processamento térmico. Para se ter uma idéia, 100gramas de acerola in natura fresca, possui 2800mg de vitamina C.  Link pro estudo:  http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20612003000100019




sábado, 25 de agosto de 2012

Como antibióticos são combustíveis para a obesidade


Você já deve ter ouvido falar que tomamos antibióticos demais, e que o abuso desse tipo de medicamento pode levar a mais problemas do que soluções (pesquisas americanas mostram que pediatras prescrevem mais de 10 milhões de antibióticos desnecessários todos os anos para crianças).

Em primeiro lugar, porque quanto mais antibióticos nós tomamos, mais as bactérias se acostumam com eles. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o mundo está entrando em uma crise de resistência a antibióticos, que pode acabar com a medicina moderna: no futuro, todo antibiótico comum pode se tornar inútil. Além disso, outra afirmação é bastante corriqueira: a de que os antibióticos não matam apenas as bactérias más, como as boas também.

Opa! Que bactérias boas? As que vivem no nosso organismo e que nos ajudam com tarefas importantes todos os dias.

Muitas comunidades de bactérias vivem em nós – o suficiente para encher um prato grande de sopa, ou 1,36 a 2,27 quilos de bactérias. Na verdade, tem mais bactéria do que “a gente mesmo” em nosso corpo: as células de bactérias superam as células humanas em 10 para 1 no nosso organismo. Porém, como elas são muito menores do que as células humanas, representam apenas cerca de 1 a 2% da nossa massa corporal (embora componham cerca de metade dos nossos resíduos corporais).

As bactérias gastrointestinais estão entre as mais importantes do nosso corpo. Isso porque elas nos ajudam a coletar a energia dos alimentos ao quebrar as moléculas complexas que nossas células não conseguem quebrar. Elas também constroem vitaminas que não podemos fabricar, e “conversam” com nosso sistema imunológico para que ele funcione corretamente, evitando invasões de outros micróbios mais prejudiciais. Enfim, as bactérias são nossas parceiras e, sem elas, com certeza algumas coisas iriam mudar no nosso corpo.

Até o nosso peso

O resultado de uma observação com animais despertou a curiosidade de cientistas quanto aos efeitos do antibiótico no corpo humano.

Há mais de 50 anos, fazendeiros percebem que baixas doses de antibióticos em animais saudáveis engordam seu gado em até 15%. Isso funciona com vacas, ovelhas, porcos e galinhas, e com qualquer remédio, como penicilinas ou tetraciclinas. O efeito é sempre o mesmo: mais peso.

Para descobrir o porquê de tal efeito, Ilseung Cho, da Universidade de Nova York (EUA), deu antibióticos para ratos jovens, e concluiu que as drogas mudaram drasticamente as comunidades microscópicas de seus organismos, aumentando a quantidade de calorias que eles “colhiam” dos alimentos. O resultado: os ratos se tornaram mais gordos.

Cho usou uma gama de antibióticos diferentes, incluindo penicilina, vancomicina, os dois juntos, ou clortetraciclina. Após 7 semanas, os ratos tratados não ficaram mais pesados, mas ganharam mais gordura corporal – cerca de 23%, em comparação com os típicos 20%.

As comunidades bacterianas dos ratos medicados também mudaram. Eles tinham os mesmos números de micróbios, mas possuíam mais bactérias do filo Firmicutes, e menos do filo Bacteroidetes.

Esse padrão é interessante, pois muitos estudos descobriram que o equilíbrio entre estes dois grupos de bactérias pende a favor das Firmicutes em indivíduos obesos.

Os antibióticos também mudaram a forma como as bactérias agiam. Nos ratos tratados, certos genes eram mais ativos, incluindo aqueles que quebram os carboidratos complexos em ácidos graxos de cadeia (substâncias que fornecem energia para as células intestinais e desencadeiam a produção de gordura do corpo). Genes envolvidos no armazenamento de calorias não utilizadas, criando substâncias como gorduras e triglicérides, também tendiam a ser mais ativos.

Conclusão

O efeito foi visto com todo e qualquer antibiótico. Isso significa que o uso desse remédio pode alterar as comunidades bacterianas e a forma como elas agem, fazendo o organismo colher mais calorias dos alimentos e acumulá-las mais em gordura.

Mas, como o estudo foi realizado com ratos, que, apesar de parecidos conosco, têm comunidades bacterianas e organismos diferentes, os pesquisadores ainda não podem afirmar que as alterações são iguais em nós.

No entanto, um passo já foi dado para provar que o mesmo deve estar acontecendo conosco: um segundo estudo de Martin Blaser, que liderou a pesquisa de Cho, seguiu 11.532 crianças britânicas nascidas entre 1991 e 1992, e mostrou que aquelas que tomaram antibióticos nos primeiros seis meses de vida também ganharam mais peso nos primeiros anos de vida.

“O uso excessivo de antibióticos pode estar alimentando o aumento dramático de condições como a obesidade, diabetes tipo 1, doença inflamatória intestinal, alergias e asma. Devemos fazer uso da tecnologia disponível para proteger e estudar os nossos benfeitores bacterianos antes que seja tarde demais”, disse Blaser.

Fonte: http://hypescience.com/como-antibioticos-sao-combustiveis-para-a-obesidade/?utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Sorvete de framboesa com banana


Sorvete de framboesa com banana

Ingredientes:
2 bananas descascadas e cortada em rodelas
50g de framboesa congelada
1 forma com tampa

Modo de fazer:
Leve as rodelas de banana ao freezer e deixe congelar.
misture no liquidificador a banana com a framboesa, ambas congelas e a cada 30 segundos girando na rotação máxima, pegue uma colher e vá tentando misturar.
Dá um pouquinho de trabalho, pq de início tudo despedaça. Só depois forma a consistência cremosa do sorvete.
Não acrescente água.

Pronto, quando estiver pastoso, pode comer.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Anvisa proíbe o uso de "suplemento alimentar" - OxyElite Pro, Jack3D e Lipo-6 Black


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu ontem a comercialização, o uso e a divulgação do suplemento alimentar OxyElite Pro. Além disso, o turista que viajar para o exterior e retornar com o produto ou outros suplementos alimentares a base da substância dimethylamylamine (DMAA) - que não é regulamentada no Brasil -, como o Jack3D e o Lipo-6 Black, terá a mercadoria apreendida no aeroporto. No último dia 3, após receber informações sobre os efeitos adversos desse ingrediente, geralmente usado como estimulante para perda de peso e ganho de massa muscular, a Anvisa incluiu a DMMA na lista de substâncias banidas no país. A partir de agora, os médicos são impedidos de prescrevê-la. Ela passa a ser tratada como uma droga, o que impede que seja importada, mesmo para o consumo próprio como era permitido antes da nova regra.

A Anvisa também emitiu um alerta ao público em relação a esses suplementos a fim de evitar danos à saúde. De acordo com a agência, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que vários países identificaram problemas associados ao uso da DMAA. Além de causar dependência, a substância pode provocar insuficiência renal, falência do fígado e alterações cardíacas, podendo levar a morte. Segundo o diretor de Controle e Monitoramento Sanitário da Anvisa, José Agenor Álvares, o DMAA tem sido adicionado indiscriminadamente aos suplementos alimentares, apesar de não existir estudos conclusivos sobre o uso de uma dosagem segura.

No alerta, a agência diz que algumas das substâncias usadas nos suplementos não podem ser consumidas sem acompanhamento médico e destaca que, na maioria das vezes, eles não passaram por uma avaliação de segurança. "Esses suplementos contêm substâncias proibidas para uso em alimentos como: estimulantes, hormônios ou outras consideradas como doping pela Agência Mundial Antidoping", explica José Agenor. Ele frisa que o forte apelo publicitário e a expectativa de resultados mais rápidos contribuem para uso indiscriminado dessas substâncias por pessoas que desconhecem o verdadeiro risco envolvido. Ainda de acordo com a Anvisa, a maioria desses produtos não estão regularizados e são comercializados irregularmente.

A recomendação para quem quer usar suplementos alimentares é procurar um médico ou nutricionista para identificar se ele é seguro e está regulamentado pela Anvisa e desconfiar de produtos milagrosos. Quem já adquiriu produtos que contêm DMAA na composição deve buscar orientação na autoridade sanitária local. Para os que continuam livres para importação, Agenor aconselha aos consumidores que chequem se esses suplementos foram avaliados pelas autoridades sanitárias do país de origem e se não foram submetidos ao processo de recolhimento.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Coca-cola brasileira tem substância cancerígena




A Coca-Cola vendida em vários países, inclusive no Brasil, continua apresentando níveis elevados de uma substância química associada a casos de câncer em animais, e que já foi praticamente eliminada na versão do refrigerante comercializada na Califórnia, disse na terça-feira o Centro para a Ciência no Interesse Público, com sede nos EUA.

A entidade disse que amostras da Coca-Cola recolhidas em nove países mostraram "quantidades alarmantes" da substância 4-metilimidazole, ou 4-MI, que entra na composição do corante caramelo. Níveis elevados dessa substância foram relacionados ao câncer em animais.

Em março, a Coca-Cola e sua rival PepsiCo anunciaram ter pedido aos fornecedores do corante para que alterassem seu processo industrial, de modo a atender a uma regra aprovada em plebiscito na Califórnia para limitar a exposição de consumidores a substâncias tóxicas.

A Coca-Cola disse na ocasião que iniciaria a mudança pela Califórnia, mas que com o tempo ampliaria o uso do corante caramelo com teor reduzido de 4-MI. A empresa não citou prazos para isso.

Na terça-feira, a Coca-Cola repetiu que o corante usado em todos os seus produtos é seguro, e que só solicitou a alteração aos fornecedores para se adequar às regras de rotulagem da Califórnia.

Segundo o CCIP, amostras da Califórnia examinadas recentemente mostravam apenas 4 microgramas de 4-MI por lata da bebida. A Califórnia agora exige um alerta no rótulo de um alimento ou bebida se houver a chance de o consumidor ingerir mais de 30 microgramas por dia.

Nas amostras brasileiras, havia 267 microgramas de 4-MI por lata. Foram registrados 177 microgramas na Coca-Cola do Quênia, e 145 microgramas em amostras adquiridas em Washington.

"Agora que sabemos que é possível eliminar quase totalmente essa substância carcinogênica das colas, não há desculpa para que a Coca-Cola e outras empresas não façam isso no mundo todo, e não só na Califórnia", disse em nota Michael Jacobson, diretor-executivo do CCIP.

A FDA (agência de fiscalização de alimentos e remédios dos EUA) está avaliando uma solicitação do CCIP para proibir o processo que cria níveis elevados de 4-MI, mas disse que não há razão para crer em riscos imediatos aos consumidores.

Neste ano, um porta-voz da FDA disse que uma pessoa teria de consumir "bem mais de mil latas de refrigerante por dia para atingir as doses administradas nos estudos que demonstraram ligações com o câncer em roedores".

A Coca-Cola disse na terça-feira que continua desenvolvendo a logística para adotar o novo corante caramelo.

"Pretendemos ampliar o uso do caramelo modificado globalmente, para nos permitir agilizar e simplificar nossa cadeia de fornecimento e os sistemas de fabricação e distribuição", disse a empresa em nota.

Uma porta-voz não quis comentar os custos dessa mudança.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,coca-cola-no-brasil-tem-substancia-suspeita-de-causar-cancer,891964,0.htm

Pré-diabetes também deve ser tratado




O risco de desenvolver Diabetes Mellitus do tipo 2 (DM 2) cai pela metade para indivíduos tratados ainda na fase pré-diabética, em que estão mais propensos a desenvolver a doença.

Essa é a conclusão de um estudo divulgado pela revista científica The Lancet e apresentado no 72º Encontro Científico da Associação Americana de Diabete, nos EUA, que terminou ontem.

“Esse resultado reforça uma mudança no padrão de atendimento para o tratamento precoce e agressivo de redução de glicose em pacientes com risco de diabete”, diz uma das autoras do estudo, a médica Leigh Perreault, da Universidade do Colorado, nos EUA. Os especialistas brasileiros concordam: o pré-diabete deveria ser tratado com mais rigor.

Um indivíduo é considerado pré-diabético no Brasil quando sua taxa de glicose no sangue está ligeiramente alta, entre 100 e 125 mg/dl, mas ainda não se encontra tão elevada quanto no caso dos diabéticos. A taxa ideal é de até 90 mg/dl. Quase 12% da população do País se enquadra na categoria dos pré-diabéticos, o dobro do porcentual daqueles que já apresentam a doença, segundo a Sociedade Brasileira de Diabete (SBD).

“A alta incidência nacional do pré-diabete reforça a necessidade de controle da glicemia”, afirma o endocrinologista Balduino Tschiedel, presidente da SBD. Ele lembra que todo paciente com diabete do tipo 2 passou pelo quadro de pré- diabete.

Na pesquisa norte-americana, os 1.990 pré-diabéticos analisados foram divididos em três grupos: o primeiro recebeu remédios, o segundo ingeriu placebo e o terceiro alterou hábitos alimentares e passou a se exercitar – foi a equipe 3, que promoveu mudanças comportamentais, a que obteve os melhores resultados no controle da glicemia. Esses participantes tiveram uma redução de 56% na taxa de açúcar no sangue, e com isso, diminuíram o risco de desenvolver diabete nos sete anos seguintes.

O problema, dizem os médicos, é que o pré-diabete é um estágio difícil de identificar. Por não ser uma doença, é assintomático, lembra a endocrinologista Claudia Cozer, coordenadora do Núcleo Avançado de Obesidade e Transtorno de Imagem do Hospital Sírio- Libanês.

Histórico familiar, excesso de peso, sedentarismo e pressão alta são alguns indícios de que o organismo pode estar com dificuldades “para quebrar as moléculas de glicose”, lembra Tschiedel. “O perigo é que o pré- diabete já é um fator de risco para doenças cardiovasculares.”

Controle nutricional e 30 minutos diários de exercícios ajudam a controlar o nível de açúcar no sangue. “Como o pré- diabete é um ‘alerta’ do organismo, a pessoa deve alterar o estilo de vida. É simples e eficaz”, lembra Tschiedel.

Os níveis de glicose considerados saudáveis têm diminuído. Presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Rio de Janeiro, a médica a Vivian Ellinger lembra que, “há pouco mais de dez anos”, uma taxa de glicose de 140mg/ dl ainda era aceitável.

“A taxa diminuiu para ser preventiva. Os pacientes eram diagnosticados já com problemas crônicos ou irreversíveis. A intenção é diagnosticá-los antes disso”, diz.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Atividade Física para Gestantes


Durante a gravidez, o organismo feminino passa por profundas alterações anatômicas, fisiológicas e bioquímicas em quase todos os órgãos e sistemas e a atividade física contribui para amenizar os desconfortos causados por essas alterações, além de melhorar o estado geral de saúde.

Segue abaixo algumas das principais alterações anatômicas e metabólicas que podem ser amenizadas com exercícios físicos durante e após a gestação:

1- Distenção abdominal, provocando aumento da curvatura lombar, dores nas costas e distenção da pele;
2- Sobrecarga nos quadris, joelhos e tornozelos devido ao aumento de peso e alargamento do quadril;
3- Deslocamento do centro de gravidade, causando desequilíbrios e risco de quedas devido ao peso da barriga;
4- Aumento da pressão arterial, acarretando má circulação e retenção de líquidos, resultando no inchaço de pernas e pés;
5- Diminuição da resistência e condicionamento físico tornando a gestante mais ofegante;
6- Presença ou não de Diabetes gestacional (aumento excessivo da glicose sanguínea).

Vantagens adquiridas pelas gestantes que se exercitam regularmente:

1-  Melhora da circulação sanguínea;
2- Melhora do funcionamento intestinal;
3- Melhora da resistência músculo-articular para suportar o aumento de peso;
4- Melhora da mobilidade para realizar as tarefas do cotidiano;
5- Melhora do equilíbrio e da postura, amenizando as dores nas costas;
6- Evita o sobrepeso no bebê e na gestante além do recomendado (12kg no total da gestação) e;
7- Melhora da auto-estima e bem estar geral;
8- Facilitação da passagem do bebê no caso de parto normal.

Assim, a gestante poderá ter uma melhor qualidade de vida durante e após este período.

Obs.: Os exercícios deverão ser iniciados a partir do 3o mês para minimizar os riscos de má formação fetal gerada por esforços excessivos, já que no 1o trimestre, ocorre a formação do sistema nervoso. Além disso, as gestantes só poderão se exercitar na ausência de restrições, tais como: ser sedentária antes da gravidez, ter sangramentos, placenta baixa, dentre outras razões médicas.

RECOMENDAÇÕES DE EXERCÍCIOS DURANTE A GESTAÇÃO (APÓS O 3o MÊS):

Os mais indicados são os com menos impacto como a hidroginástica, caminhada moderada, musculação com pouca sobrecarga e ginástica localizada. A duração deverá ser de 30 a 60 minutos, 3 a 5x por semana, de acordo com o bem-estar da gestante.

A musculação e as aulas coletivas devem obedecer algumas restrições a seguir:

1- A gestante só poderá iniciar ou reiniciar a prática com o aval e atestado médico;
2- Priorizar a segurança e o conforto da gestante;
3- Não priorizar a melhora significativa do condicionamento físico, pois neste período, a gestante encontra-se mais ofegante e cansada;
4- Os exercícios não poderão gerar desequilíbrio ou falta de estabilidade;
5- Utilizar sobrecarga moderada;
6- Para membros inferiores (glúteos, coxas e panturrilhas), não utilizar aparelhos ou exercícios que comprimam o abdômen, tais como: agachamentos, leg press, exercícios em decúbito ventral (barriga para baixo) como a mesa flexora por exemplo;
7- Os mais indicados para membros inferiores são: cadeira extensora, glúteos em decúbito lateral (de lado) e em decúbito dorsal (barriga para cima) como a elevação de quadril, flexão de joelho em pé com caneleira e apoio das mãos, para trabalhar os posteriores de coxa e panturrilha em pé utilizando step ou um degrau;
8- Para membros superiores, priorizar os exercícios de pé com halteres, afim de não haver limitação de espaço para barriga como pode haver nos aparelhos;
9- Os abdominais, ao contrário do que muitos pensam, devem ser trabalhados para amenizar a distenção abdominal, tanto dos músculos como da pele. Eles deverão ser realizados a favor da gravidade, ou seja, num plano inclinado com a cabeça e tronco mais elevados que o quadril e realizar somente a flexão parcial do tronco;
10- Para evitar dores nas costas, o fortalecimento e alongamento da região lombar são fundamentais.

Autora: Profa. Esp. Paula Fortes - CREF: 014132/G-RJ - http://paulinhapersonal.blog.terra.com.br/ 

Fonte: http://ligadasaude.blogspot.com.br/2012/05/atividade-fisica-para-gestantes.html

Pilates não é só “modinha”, é saúde!


O “booom” do Pilates começou quando Madona, com sua incrível flexibilidade corporal disse que, além  do ioga, praticava o Pilates. Em seguida mais famosas como Deborah Secco, Luiza Brunet, Gisele Bündchen, Camila Pitanga, Julia Roberts e outras aderiram ao método tão comentado.

O famoso exercício foi criado por Joseph Hubertus Pilates, um alemão, nascido em 1880, que em sua infância sofreu com asma, raquitismo e febre reumática. Devido a todos estes problemas de saúde Joseph estudou diferentes formas de movimento para que pudesse fortalecer seu corpo e aumentar sua resistência às doenças. Após muito estudo desenvolveu o Pilates, se tornou enfermeiro e durante a 1ª Guerra Mundial pôs em pratica todo seu conhecimento e obteve grande sucesso na recuperação dos enfermos.

O método utiliza os exercícios físicos associados a princípios básicos de concentração, respiração, alinhamento, controle de centro, eficiência e fluência de movimento, o que torna sua prática mais eficiente e proporciona melhores benefícios à saúde. O Pilates vem sendo utilizado tanto para estética corporal quanto para tratamento de doenças e tem como objetivo desenvolver o controle consciente de todos os movimentos musculares do corpo o que aumenta qualidade de vida do praticante.

Entre seus benefícios estão: Melhora do alongamento corporal, aumento da flexibilidade, fortalecimento muscular, correção postural, melhora da coordenação motora e consciência corporal, melhora do equilíbrio, aumento da capacidade cardiopulmonar, melhora da circulação sanguínea, alivio das dores, diminuição do estresse, tensão e ansiedade, relaxamento e bem estar.

É indicado para: Condicionamento físico, alterações posturais (escoliose, lordose e cifose), encurtamento muscular, dores da coluna vertebral , hérnia de disco, osteoporose, artrose, lesões ortopédicas (joelho, tornozelo, ombro e quadril), prevenção e tratamento de dores agudas e crônicas, pré e pós-parto, pré e pós-operatório, doenças pulmonares . Pessoas de  todas as idades estão aptas à pratica do pilates.

Portanto não perca tempo e vá em busca dos benefícios do Pilates. Você vai descobrir que não se trata apenas de “modinha” e sim de um exercício completo para seu corpo e principalmente para sua saúde!!!!!

Fonte: http://ligadasaude.blogspot.com.br/2012/05/pilates-nao-e-so-modinha-e-saude.html

Qual o tipo de exercício mais indicado para a perda de gordura?


É muito importante ficar claro que a perda de gordura não significa necessariamente perder peso, mas sim diminuir o % de gordura. Dependendo do objetivo, o peso corporal poderá se manter, diminuir ou aumentar, e isso dependerá do ganho de massa muscular obtido ao longo dos treinos.

Os exercícios que mais favorecem a perda de gordura são os de alta intensidade, como os intervalados, que podem ser feitos ao ar livre ou nas academias, como por exemplo: spinning, boxe, circuitos com pesos, aeróbios intervalados no transport ou bicicleta,  circuitos na areia (beach training), corridas curtas e de alta intensidade (no piso duro ou areia), dentre outros... A duração poderá ser de 20 a 60 minutos, conforme o grau de condicionamento físico. Estes exercícios, apesar de terem o carboidrato como principal fonte de energia, emagrecem mais do que aqueles de baixa intensidade e longa duração, pois além de terem um maior gasto calórico (devido ao maior esforço), há uma queima de gordura pós-exercício para o organismo se recompor dos esforços intensos, pois para a frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial e temperatura corporal voltarem ao estado de repouso, é necessário energia para este processo, e a gordura é o combustível durante este período que pode durar até 3 horas após o exercício. Já aquelas atividades físicas de moderada a média intensidade possuem a gordura como principal fonte de energia, mas num ritmo bem lento de queima e um gasto calórico menor, e por consequência o período pós-exercício também será menor e gastará menos calorias e gordura. Sendo assim, a duração deste tipo de exercício deverá ser superior a 40 minutos, podendo alcançar a 1h e meia de duração, conforme o grau de condicionamento físico do indivíduo.

Entenda como ocorre a queima de gordura

Desde o primeiro minuto de exercício, utilizamos todas as fontes de energia disponibilizadas pelo organismo, predominando cada uma delas conforme o tipo e duração de exercício, sem isentar a participação das outras, conforme a explicação abaixo.

O ATP-CP (adenosina tri-fosfato – fosfo-creatina): é a 1a fonte de energia e se esgota rapidamente (após 15-30 segundos de duração). É utilizada em exercícios de explosão como boxe, provas curtas de atletismo, musculação em treinos de potência e hipertrofia muscular, e se esgota RAPIDAMENTE. Sua recuperação em 100% é em torno de 2 minutos de descanso, dependendo do grau de esforço. A creatina que forma este composto é encontrada nos músculos e cérebro, e, na alimentação, é encontrada nas carnes.

O CARBOIDRATO (hidratos de carbono): é a 2ª fonte de energia a predominar (sem isentar a gordura, porém esta utilização não é significativa) por ser mais facilmente liberado pelo organismo. A partir de 20 minutos, a utilização da GORDURA, 3ª fonte de energia, começa a predominar, já que o carboidrato começa a se esgotar. Ele é o principal gerador de glicose no organismo, encontrado nos pães, massas, doces e frutas, é o combustível que nos mantêm acordados e alimenta o cérebro. Armazenamos grande quantidade no fígado (glicogênio hepático). O excesso consumido é transformado em gordura e grandes excessos em conjunto com maus hábitos de vida pode desencadear a doença Diabetes.

A GORDURA (formada por glicerol e ácidos graxos): predomina em exercícios de longa duração, como em corridas longas, aulas predominantemente aeróbias (tae bo, jump, spinning, running...), esportes como tênis, futebol, voleibol, ciclismo, patinação e natação. Seu consumo em excesso pode elevar os níveis de gordura no sangue, do colesterol LDL, levando ao entupimento dos vasos sanguíneos, aumentando a pressão arterial, podendo causar doenças cardiovasculares. As piores gorduras são as de origem animal (carne vermelha e manteiga), e as gorduras vegetais hidrogenadas (bolos e biscoitos). As de origem vegetal (castanha, azeite, soja…) e de alguns peixes, trazem benefícios `a saúde, como diminuir o colesterol LDL e aumentar o HDL e suprir necessidades de vitaminas lipossolúveis (vitaminas presentes apenas na gordura corporal) A, D, E e K. As gorduras também formam hormônios e membranas celulares, sendo assim, não podemos ficar isentos de um % mínimo presente no organismo, pois a falta das mesmas na alimentação pode acarretar deficiência de hormônios, das vitaminas supracitadas e por consequência, prejudicar o alcance dos objetivos de perda de gordura e hipertrofia muscular.

A 4a fonte é a de PROTEÍNAS (formada por aminoácidos). É utilizada de forma significativa em casos extremos, ou seja, quando há esgotamento de carboidratos e gorduras, como nas maratonas, triatlon, treinos intensos a partir de 60 minutos combinado com uma alimentação inadequada e/ou no caso de indivíduos com % de gordura muito baixo. Pode ser encontrada nos alimentos de origem animal (carnes, peixes, ovos, leite e derivados) e de origem vegetal (grãos). Sua ingestão é extremamente importante para a formação dos músculos e tecidos em geral. Seu excesso consumido, assim como o dos carboidratos, também é transformado em gordura e além disso, pode sobrecarregar os rins. Por isso, é um grande erro pensar: “Quanto mais proteína eu como, mais músculos ganharei”. O ideal é fazer a ingestão correta indicada por um nutricionista para evitar riscos.

Após esta análise dos exercícios que gastam mais ou menos gorduras, período pós-exercício e fontes de energia, recomendo realizar os exercícios de alta intensidade e menor duração (20 a 60 minutos, conforme o grau de condicionamento físico), 3 vezes por semana e os de baixa intensidade e longa duração (40 minutos a 1h e meia) de 2 a 3x por semana. Um dia semanal deverá ser de descanso.

O mais importante é entender que essas fontes de energia se resumem em uma única função: fazer nosso organismo produzir GLICOSE para ser utilizada como ENERGIA. E para esse processo ocorrer de forma benéfica, a alimentação correta (de preferência orientada por um nutricionista) deverá SEMPRE caminhar junto com o plano de exercícios para a otimizar a obtenção dos resultados desejados em conjunto com uma saúde equilibrada e em perfeita harmonia.

Autora: Profª. Paula Torres
Fonte: http://ligadasaude.blogspot.com.br/2012/06/qual-o-tipo-de-exercicio-mais-indicado.html

Médico comenta controvérsias entre pesquisas que relacionam a cafeína ao risco de câncer


O café tem sido objeto de polêmica científica há muito tempo. Enquanto uns apontam que a substância pode diminuir o risco de câncer de esôfago, outros indicam que pode gerar maior risco de câncer de estômago com a ingestão de mais de três xícaras por dia. Estudos recentes já buscaram evidências de que o consumo do café possa ter alguma relação com câncer de próstata, de mama, de ovário e de pâncreas. Mas nem todas as pesquisas encontraram resultados similares.

Para o oncologista Stephen Stefani, do Instituto do Câncer Mãe e Deus, apesar de os dados serem conflitantes sobre o papel do café como causa de câncer, a maioria dos estudos descreve um papel protetor da cafeína, embora modesto.

— Uma das explicações conhecidas é que o café provoca a redução de substâncias produzidas pelo corpo que podem estimular câncer. Também há dados de laboratório que mostram que a cafeína funciona como um protetor solar natural, reduzindo o risco de câncer de pele — comenta Stefani.

Funções antioxidantes

Segundo o médico, dentre outros componentes, o café é fonte de polifenois diferentes, que podem ter ações antioxidantes contra várias doenças relacionadas com o estresse oxidativo, tais como o câncer e as doenças cardiovasculares. O estresse oxidativo representa um desequilíbrio de agentes oxidantes no organismo, resultando em aumento de radicais livres, que ocasionam lesões celulares.

Os polifenois também estão presentes em outros alimentos, tais como alguns tipos de verduras, legumes e frutas. Por exemplo, o cravo-da-índia é um dos alimentos mais ricos em polifenois. Devido a suas propriedades, esses compostos começaram a ser estudados em relação às suas possibilidades de quimioprevenção. Há evidências de que eles podem atuar, de diferentes maneiras, na regulação do processo de morte celular.

— Mesmo que exista alguma evidência de que o café possa proteger contra alguns tipos de câncer, não existe sentido em recomendar o consumo dessa substância para a proteção do câncer. Também não há evidências suficientes de que o café possa ser fator de risco para alguns tipos de câncer — observa o oncologista.

Com moderação

O que se sabe, até então, é que o consumo de café em quantidades razoáveis não é fator carcinogênico comprovado.

— É necessário que as pessoas se conscientizem que, para a prevenção do câncer, é preciso parar de fumar, ter uma alimentação saudável e realizar exercícios físicos — recomenda Stefani.

Sendo assim, está liberado o cafezinho para marcar a passagem do Dia Nacional do Café, comemorado nesta quinta-feira, 24 de maio. Só não vele exagerar na dose.

Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=14884

Excesso de agrotóxicos nas lavouras do país preocupa especialistas


O uso excessivo de agrotóxicos nas lavouras brasileiras preocupa cada vez mais especialistas da área de saúde. A aplicação de substâncias químicas para controlar pragas nas plantações e aumentar a produtividade da terra acaba se tornando um problema para os trabalhadores rurais e consumidores.

Para alertar a população e chamar a atenção das autoridades sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde dos brasileiros, o Grupo de Trabalho de Saúde e Ambiente, da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), em parceria com outras instituições, lançou, durante o Congresso Mundial de Nutrição, no Rio de Janeiro, um dossiê reunindo diversos estudos sobre o tema. O documento também será apresentado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que será realizada em junho no Rio.

De acordo com o professor Fernando Ferreira Carneiro, chefe do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB) e um dos responsáveis pelo dossiê, as pesquisas indicam que o uso dos agrotóxicos ocorre no país de forma descontrolada.

“O Brasil reforça o papel de maior consumidor mundial de agrotóxicos e nós, que fazemos pesquisas relacionadas ao tema, vemos que o movimento político é para liberalizar o uso. A ideia desse dossiê é alertar a sociedade sobre os impactos do consumo massivo, sistematizando o que já existe de conhecimento científico acumulado”, disse.

Um dos estudos que fazem parte do dossiê foi desenvolvido pelo médico e doutor em toxicologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Vanderlei Pignatti. Ele conduziu análises ambientais e examinou a urina e o sangue de professores e moradores das áreas rurais e urbanas das cidades de Lucas do Rio Verde e Campo Verde, em Mato Grosso. Os municípios estão entre os principais produtores de grãos do estado.

“Observamos resíduos de vários tipos de agrotóxicos na água consumida pelos alunos e pelos professores, na chuva, no ar e até em animais. Além disso, essas substâncias foram encontradas no sangue e na urina dessas pessoas. A poluição ambiental é elevada e as pessoas ficam ainda mais suscetíveis à contaminação porque não são respeitados os limites legais para pulverização dos agrotóxicos, que são de 500 metros no caso de pulverização aérea e de 300 metros para a pulverização terrestre”, explicou.

Outro estudo do professor Pignatti já havia encontrado resíduos de agrotóxicos no leite materno de moradoras de Lucas do Rio Verde. Foram coletadas amostras de leite de 62 mulheres, três da zona rural, entre fevereiro e junho de 2010, e a presença dos resíduos foi detectada em todas elas.

Vanderlei Pignatti lembrou que diversas pesquisas também indicam aumento na incidência de doenças como má-formação genética, câncer e problemas respiratórios, especialmente em crianças com menos de cinco anos de idade.

Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2012/05/03/excesso-de-agrotoxicos-nas-lavouras-do-pais-preocupa-especialistas/#.T8ozeihgQYg.twitter

Riscos da maconha são 'subestimados', dizem especialistas


Especialistas alertam que o público perigosamente subestima os riscos de saúde ligados a fumar maconha.

A Fundação Britânica do Pulmão (BLF, na sigla em inglês) realizou um levantamento com mil adultos e constatou que um terço erroneamente acredita que a cannabis não prejudica a saúde.

E 88% pensavam incorretamente que cigarros de tabaco seriam mais prejudiciais do que os de maconha -- quando um cigarro de maconha traz os mesmos riscos de um maço de cigarros.

A BLF afirma quer a falta de consciência é "alarmante".

Amplamente utilizado

Os números mais recentes mostram que 30% das pessoas entre 16 e 59 anos de idade na Inglaterra e no País de Gales usaram cannabis em suas vidas.

Um novo relatório do BLF diz que há ligações científicas entre fumar maconha e a ocorrência de tuberculose, bronquite aguda e câncer de pulmão.

O uso de cannabis também tem sido associado ao aumento da possibilidade de o usuário desenvolver problemas de saúde mental, como a esquizofrenia.

Parte da razão para isso, dizem os especialistas, é que as pessoas, ao fumar maconha, fazem inalações mais profundas e mantêm a fumaça por mais tempo do que quando fumam cigarros de tabaco.

Isso significa que alguém fumando um cigarro de maconha traga quatro vezes mais alcatrão do que com um cigarro de tabaco, e cinco vezes mais monóxido de carbono, diz a BLF.

A pesquisa descobriu que particularmente os jovens desconhecem os riscos.

'Campanha pública'

Quase 40% dos entrevistados com até 35 anos de idade -- a faixa etária mais propensa a ter fumado cannabis -- acreditam que maconha não é prejudicial.

No entanto, cada cigarro de cannabis aumenta suas chances de desenvolver câncer de pulmão para o equivalente aos riscos de quem fuma um pacote inteiro de 20 cigarros de tabaco, a BLF advertiu.

A chefe-executiva da BLF, Helena Shovelton, disse: "É alarmante que, enquanto pesquisas continuam a revelar as múltiplas consequências para a saúde do uso de maconha, ainda há uma perigosa falta de sensibilização do público sobre o quão prejudicial esta droga pode ser".

"Este não é um problema de nicho -- a cannabis é uma das drogas recreativas mais utilizadas no Reino Unido, já que quase um terço da população afirma ter provado".

"Precisamos, portanto, de uma campanha de saúde pública -- à semelhança das que têm ajudado a aumentar a conscientização sobre os perigos de se comer alimentos gordurosos ou fumar tabaco -- para finalmente acabar com o mito de que fumar maconha é de algum modo um passatempo seguro.'

O relatório do BLF recomenda a adoção de um programa de educação pública para aumentar a conscientização do impacto de fumar maconha e um maior investimento na pesquisa sobre as consequências para a saúde de seu uso

Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=15019

Dormir pouco aumenta o apetite por comida gordurosa, diz estudo


Dormir pouco pode aumentar o apetite por comidas gordurosas, segundo um estudo divulgado nesta semana pela Universidade Columbia, nos Estados Unidos.

De acordo com Marie-Pierre St-Onge, autora do estudo, isso acontece porque a visão de alimentos pouco saudáveis, durante um período de restrição de sono, ativa centros de recompensa no cérebro que não são ativados da mesma maneira quando o sono é adequado.

A constatação foi feita depois de submeter vinte cinco pessoas, entre homens e mulheres, a exames de ressonância magnética enquanto olhavam para imagens de alimentos saudáveis e gordurosos.

Os participantes foram divididos em dois grupos: um que dormiu apenas quatro horas durante cinco noites e outro que dormiu nove horas no mesmo período. Ao compararem dados dos dois grupos, os que dormiram menos se mostraram mais atraídos pelos alimentos gordurosos.

Pesquisas anteriores já mostraram que o sono restrito leva ao maior consumo de alimentos, principalmente doces, e aumenta o risco de obesidade.

"Os resultados sugerem que, sob sono restrito, as pessoas vão achar alimentos ruins melhores do que são, o que pode levar a um maior consumo desses alimentos", afirma St-Onge.

Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=15048

Médicos não orientam mulheres sobre riscos de ansiolíticos


A maioria das mulheres que fazem uso indevido de ansiolíticos - também conhecidos como antidepressivos ou psicoativos - compra os medicamentos com receita médica.

Contudo, apesar de serem acompanhadas por um profissional de saúde, não recebem orientação adequada sobre os riscos do uso prolongado desse tipo de droga.

As conclusões estão em um artigo publicado na revista Ciência & Saúde Coletiva por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Risco de dependência

O estudo qualitativo, coordenado por Ana Regina Noto, entrevistou 33 mulheres entre 18 e 60 anos com o objetivo de compreender os padrões de uso indevido de benzodiazepínicos.

Essa classe de medicamentos - da qual fazem parte o Rivotril, o Dormonid e o Alprazolam - é indicada principalmente para tratar quadros de ansiedade e insônia.

Seu uso por mais de quatro semanas, contudo, não é recomendado pelo risco de desenvolvimento de dependência.

No estudo da Unifesp, foram definidos como uso indevido os casos de pacientes que compraram o medicamento sem prescrição médica ou que consumiram a droga em quantidades ou prazos superiores ao recomendado.

"Levantamentos epidemiológicos têm indicado com frequência o uso abusivo de benzodiazepínicos e decidimos investigar esse fenômeno com mais profundidade. Optamos pelas mulheres porque é a população que esses estudos apontam como a de maior consumo", contou Ana Regina.

Desorientação

Das 33 mulheres entrevistadas, 24 disseram receber acompanhamento médico e 30 afirmaram comprar o medicamento com receita apropriada.

No entanto, apenas cinco entrevistadas souberam mencionar as principais orientações que devem ser dadas sobre o consumo de benzodiazepínicos: não usar em associação com o álcool, não dirigir sob o efeito da droga e o risco de dependência associado ao uso prolongado.

"Os benzodiazepínicos são drogas depressoras do sistema nervoso central e, se consumidas com álcool, esse efeito é potencializado. Isso diminui a coordenação motora e aumenta as chances de a paciente se envolver em vários tipos de acidente. É uma importante causa de queda entre os idosos", afirmou a pesquisadora.

A maioria das entrevistadas afirmou usar a droga por períodos superiores ao recomendado. O tempo mencionado variou entre 50 dias e 37 anos, sendo que a mediana foi de sete anos. Apesar disso, apenas 16 mulheres reconheceram ser dependentes e a maioria afirmou que prefere assumir os riscos do uso crônico para manter os benefícios proporcionados pela droga.

"Alguns estudos sugerem que o uso de benzodiazepínicos ao longo de muitos anos pode trazer prejuízos cognitivos, afetando principalmente a memória. Mas a dependência em si já é um grande problema, pois faz com que a paciente perca sua autonomia e a capacidade de controlar seu próprio comportamento", disse Ana Regina.

Desespero e angústia

No artigo, algumas pacientes relatam sentir desespero e angústia ao perceber que os comprimidos estão acabando e ao pensar que teriam de ficar sem o medicamento. Dizem ainda sentir irritação e dificuldade para dormir quando estão sem a droga.

Segundo Ana Regina, a maioria das pesquisas científicas tem como tema o consumo de drogas ilegais, como crack, cocaína e maconha, mas também é preciso dar atenção ao uso de psicotrópicos vendidos na forma de medicamentos.

"O uso abusivo desse tipo de droga não é tão valorizado na sociedade, mas acontece. Os dependentes existem e não são identificados. Há subnotificação", afirmou.

O relato das pacientes indica também que uma parcela dos médicos tem consciência do uso abusivo e facilita o acesso ao medicamento. "Nós tínhamos uma hipótese de que essas mulheres adquiriam os medicamentos de forma clandestina, mas não foi o observado. A maioria passa por um médico e consegue a receita", disse a pesquisadora.

As pacientes, completou, desenvolvem estratégias ao longo do tempo para garantir o acesso à droga. "Vão mudando de médico ou já procuram um profissional que elas sabem que vai prescrever o medicamento. Elas vão aprendendo a fazer a queixa. Já sabem que com um determinado discurso vão conseguir a receita."

Terapias Alternativas

Quando questionados sobre por que continuam prescrevendo a droga nesses casos, contou a pesquisadora, os médicos afirmam não existir alternativas na rede pública de saúde para lidar com a Ansiedade e a insônia de suas pacientes.

"Seria preciso proporcionar acesso a atividades como ioga, meditação e outras técnicas de relaxamento. Além disso, é necessário conscientizar os médicos para que possam orientar adequadamente as pacientes," conclui.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=riscos-dos-ansioliticos&id=7799&nl=nlds

Fumaça de motores a diesel é 'definitivamente' cancerígena, diz OMS


Cientistas concluíram que trabalhadores altamente expostos à fumaça têm 40% de chances de desenvolver câncer de pulmão

A fumaça do escapamento de motores a diesel é um agente causador de câncer, afirmou na última terça-feira (12) um grupo de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O grupo de estudos concluiu que a fumaça de escapamento é responsável por casos de câncer de pulmão e pode, também, causar tumores na bexiga.

A OMS baseou suas descobertas em pesquisas com trabalhadores de alto risco, como mineiros, funcionários ferroviários e caminhoneiros.

Mas os cientistas destacaram que todas as pessoas devem tentar reduzir sua exposição à fumaça de diesel.

Definitivamente cancerígeno

A Agência Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês), parte da OMS, já havia classificado a fumaça como 'provavelmente' cancerígena para humanos. Agora, a IARC mudou a classificação para 'definitivamente' cancerígena.

Acredita-se que pessoas que trabalham em indústrias de risco, com grande exposição aos agentes cancerígenos, tenham cerca de 40% de chances de desenvolver câncer de pulmão.

O médico Christopher Portier, que liderou as pesquisas, disse que 'as provas científicas eram contundentes, e a conclusão do grupo de trabalho foi unânime - a fumaça do escapamento de motores a diesel causa câncer de pulmão em humanos'.

'Dado o impacto adicional das partículas do diesel na saúde, a exposição a essa mistura de produtos químicos deveria ser reduzida mundialmente', agregou.

O impacto na população em geral, que fica exposta a essas partículas a um nível muito menor e por períodos mais curto, ainda é desconhecido, mas o risco de desenvolver câncer é considerado menor.

Ao mesmo tempo, estão em curso esforços para reduzir a poluição causada por escapamentos a diesel, com o uso de combustível com menos enxofre e motores mais eficientes.

A ONG britânica Cancer Research UK disse que empregadores de setores de risco devem tomar as medidas apropriadas para reduzir a exposição de seus funcionários. No entanto, Lesley Walker, da diretoria da ONG, ressaltou que o número geral de casos de câncer de pulmão provocado por fumaça de diesel 'provavelmente é uma fração pequena dos casos provocados pelo fumo'.

Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=15090

Época de Festa Junina, o que comer? Por Dra. Juliana Pansardi


Época de festa junina com muita fogueira, bandeirinhas e brincadeiras. Que tal subir no pau de sebo, pular a fogueira ou dançar a quadrilha? NÃO???
“Mas tenho certeza que quando você ouve falar em festa junina já se lembra das guloseimas, que vai encontrar por lá, e que não são poucas!”.

Infelizmente perdemos um pouco da TRADIÇÃO de nossas festas e elas tem se resumido á venda de comidas típicas, onde antes gastávamos calorias, agora só fazemos adquiri-las. E o problema não se resume á isso, você hipertenso ou diabético, por exemplo, já parou para pensar nos riscos que essas “comidinhas” podem lhe trazer?

“Abra o olho” e fique atento, faça as escolhas certas!!

Você pode aproveitar dessas delícias sem sair da dieta, e o melhor, sem causar danos a sua saúde! Afinal, a boca se enche d’água quando falamos em pipoca, cachorro quente, pé de moleque, maçã do amor, paçoca, pamonha, canjica, arroz doce e quentão... Não degustar essas delícias nas festinhas, não tem graça. Não é mesmo?

Prefira alimentos menos calóricos e/ou que tenham propriedades benéficas. “ Saiba que sua ingestão de calórica pode chegar a 2000 calorias em apenas uma noite”. Pode acreditar!!!

Vou lhe dar umas dicas:

Antes de tudo, nem pense em sair de casa com o estômago vazio. Faça uma refeição leve antes, assim reduzirá a fome na festa e consequentemente a ingestão de guloseimas será menor. Cuidado com o OLHO GORDO! Você já se alimentou antes de sair de casa lembra-se?
Não exagere nas quantidades, PROVE um pedaço PEQUENO de cada guloseima e NÃO REPITA. Opte por pratos in natura, como milho verde ou pinhão cozido, que podem ser mais nutritivos. Aproveite para consumir os alimentos que são encontrados nessa época do ano.

MILHO VERDE COZIDO, por exemplo, é rico em carotenóides, ou seja,  ajuda a manter a visão saudável e tem poucas calorias, em torno de 100 em 100g. Mas se for consumido com manteiga ou margarina esse número mais que dobra. Evite também o sal que ajuda a reter líquido no organismo.

Prefira CACHORRO QUENTE SIMPLES, somente com o pão e a salsicha que tem 260 calorias. Um completo com milho, ervilha, maionese, ketchup, mostarda, batata palha e queijo sobe para 575.

PINHÃO é fonte de proteína, cálcio, magnésio, vitaminas do complexo B, fibras e MUUUITO CARBOIDRATO, por isso cuidado – 5 unidades tem cerca de 100Kcal.

ABÓBORA COZIDA também pode fazer parte do seu cardápio. Ela possui boas quantidades de vitaminas antioxidantes, como a vitamina C e E, além do betacaroteno. Seu consumo ajuda a diminuir o risco de câncer, doenças do coração e derrame. No entanto, EVITE combinações com leite de coco, coco e leite condensado.

BOLO DE AIPIM quando consumido com MODERAÇÃO fornece nutrientes importantes para o nosso bem estar, como a colina, que mantém a nossa saúde mental.

BATATA DOCE é fonte de betacaroteno e fibras, apesar de ter sabor adocicado, ela não libera tanto açúcar no organismo quanto a batata inglesa, assim o acúmulo de gordura localizada é menorQuando consumida SEM ADIÇÃO DE AÇÚCAR (assada inteira ou cortada em formato de tiras), apresenta cerca de 100 calorias em 1 unidade;

AMENDOIM é rico em gorduras boas e vitaminas. Sozinho, é capaz de ajudar na prevenção de doenças cardiovasculares. Porém as versões pé-de-moleque e paçoca, são tão perigosas quanto saborosos. Por exemplo, 1 paçoca fornece 10% da recomendação diária de gordura.  Devemos tomar cuidado também, com a aflatoxina, resultado da reprodução do fungo Aspegillus flavus, que é uma substância tóxica e teratogênica (por isso devemos desaconselhar grávidas de  consumirem esse alimento), que podem ser prejudiciais também, àquelas mulheres que possuem candidíase vaginal ou outro tipo de fungo.

Substitua a paçoca pela pamonha, ou a canjica pelo pé-de-molequeo doce de leite pelo deabóbora ou pelo de batata-doceSão opções menos calóricas, mas que não deixam de ser saborosas.

TAPIOCA é rica em carboidratos, porém, o valor calórico varia de acordo com o TIPO de RECHEIO. Deste modo, opte por recheios de frutas, evitando combinações com muito açúcar, leite de coco e leite condensado.

Vai comer ESPETINHO? Prefira o de frango ou de carne magra sem bacon! “Esse eu adoro, além de ser uma proteína de “ótima qualidade”.

Lembre que a adição de leite condensado e outros complementos aos alimentos comprometem sua qualidade nutricional tornando -o mais calórico e menos nutritivo.

Fique longe das bebidas alcoólicas: Um copo de quentão é o ideal. Afinal as bebidas alcoólicas, além de calóricas, estimulam o apetite e isso certamente levará ao consumo de alimentos muito calóricos e não saudáveis.

O consumo destes alimentos somados ao consumo de bebidas alcoólicas esta relacionado a problemas cardíacos. Em pessoas saudáveis, os riscos são menores, mas não devem ser desprezados.

Já diabéticos cardíacos e hipertensos, DEVEM APROVEITAR A FESTA PARA PULAR FOGUEIRA E DANÇAR QUADRILHA! (risos).  Brincadeirinha... Os pratos in natura para vocês estão liberados: milho cozido, batata doce e pinhão estão na lista sem contra-indicação (controle sempre as quantidades!). Se não resistir aos doces, limite-se a apenas 1 unidade. O quentão e o vinho quente não devem ser consumidos por pessoas deste grupo de risco.

Em casa, que tal fazer Á FESTA com um tipo de quentão diferente? Sugiro o quentão de Hibisco é leve e sem álcool, além disso, o hibisco é diurético e auxilia no emagrecimento. Sou viciada nessa receita, uso e recomendo muito, faça o teste, te garanto que você irá se surpreender com o sabor... #show!

Quentão de Hibisco

Ingredientes:


- 1 xícara de chá de hibisco desidratado 
- 2 colheres (de sopa) de gengibre ralado 
- 2 colheres (de sopa) de maçã desidratada 
- meia casca de laranja 
- cravos da índia 
- canela em pau 

Modo de fazer:  Basta colocar os ingredientes em dois litros de água fervente, adicionar açúcar (1 colher sopa aprox. ) ou adoçante e deixar ferver por quinze minutos. Após ferver está pronto para beber, pode ser colocado em garrafa térmica.

Valorize mais as BRINCADEIRAS do que os alimentos disponíveis. Jogue bola na lata, suba no pau de sebo, pesque peixinhos de papel, dance quadrilha e forróSão maneiras divertidas de gastar energia e queimar as calorias extras.

CASO NÃO SIGA OS CONSELHOS E EXAGERE
1.     Não pense em fazer jejum ou seguir dietas restritivas só porque exagerou na festa junina, lembre que elas são prejudiciais a saúde.
2.     Faça pelo menos 4 refeições no dia de pequenas porções.
3.     Prefira carnes magras, peixes e frango, cozido, assado ou grelhado e esqueça as frituras.
4.     Coma muitas frutas, verduras e alimentos integrais e naturais no lugar de refinados e industrializados para desintoxicar.
5.     Esqueças as bebidas alcoólicas.
6.     Tome bastante água e chás e pratique exercícios físicos, para queimar as calorias a mais consumida na festa.

Autora: Dra. Juliana Pansardi
Fonte: http://ligadasaude.blogspot.com.br/2012/06/epoca-de-festa-junina-o-que-comer.html