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terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

28/02 - Dia Mundial das doenças raras


De acordo com Ministério da Saúde, as doenças raras são aquelas que atingem no máximo 65 pessoas a cada 100.000. Existem mais de 6.000 doenças raras descritas, acometendo de 260 a 450 milhões de pessoas no mundo, sendo mais de 13 milhões no Brasil. Assim, quando consideradas em conjunto, doenças raras são mais comuns do que imaginamos.

80% das doenças raras são consideradas genéticas, causadas por alterações em genes ou cromossomos. Triagens neonatais genéticas, como o Teste da Bochechinha, são essenciais para detectar as doenças raras o mais rápido possível, pois os sintomas podem demorar a aparecer e causar danos irreversíveis.

Apesar de não existir cura para a maioria das doenças raras, o acompanhamento médico especializado pode proporcionar mais qualidade de vida ao paciente e o tratamento pode incluir desde acompanhamento multidisciplinar até o uso de medicamentos órfãos.

Entre as diferentes intervenções médicas nas doenças raras, o tratamento nutricional é uma abordagem que pode auxiliar algumas dessas doenças. Para algumas é parte essencial do tratamento, já para outras pode ser coadjuvante ao tratamento medicamentoso/enzimático.

Alguns grupos de doenças raras, como Erros Inatos do Metabolismo, Deficiência do Metabolismo de vitaminas e até algumas doenças gastrointestinais podem se beneficiar da abordagem nutricional via suplementação de vitaminas e minerais ou restrição alimentar. Para saber mais, e antes de iniciar qualquer tratamento, é importante consultar um geneticista e/ou nutrólogo.

O Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 199/2.014, instituiu a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, aprovou as Diretrizes para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e instituiu incentivos financeiros de custeio.

Panorama:
  • Há cerca de 7 mil doenças raras descritas, sendo 80% de origem genética e 20% de causas infecciosas, virais ou degenerativas;
  • 13 milhões de brasileiros vivem com essas enfermidades;
  • Para 95% não há tratamento, restando somente os cuidados paliativos e serviços de reabilitação;
  • Estimam-se 5 casos para cada 10 mil pessoas;
  • Para chegar ao diagnóstico, um paciente chega a consultar até 10 médicos diferentes;
  • A maioria é diagnosticada tardiamente, por volta dos 5 anos de idade;
  • 3% tem tratamento cirúrgico ou medicamentos regulares que atenuam sintomas;
  • 75% ocorrem em crianças e jovens;
  • 2% tem tratamento com medicamentos órfãos (medicamentos que, por razões econômicas, precisam de incentivo para serem desenvolvidos), capazes de interferir na progressão da doença.
Dentre as principais doenças raras nutricionais temos:

1) Erros inatos do metabolismo: São distúrbios de natureza genética que, em geral, correspondem a um defeito em enzima produzido pelo organismo e que causa interrupção de uma via metabólica. Esses erros inatos do metabolismo (EIM) promovem alguma falha de síntese, degradação, armazenamento ou transporte de moléculas no organismo levando a vários problemas para a saúde indivíduos que têm EIM.
  • Amiloidose ATTR hereditária (hATTR)
  • Biotinidase
  • Cistinose
  • Cushing
  • Doença de Pompe
  • Fenilcetonúria
  • Fibrose Cística
  • Displasia Cleidocraniana
  • Doença de Fabry
  • Doença de Gaucher
  • Hiperoxalúrias Primárias (HP)
  • Homocistinúria
  • Imunodeficiências Primárias
  • Mucopolissacaridoses
  • Mucopolissacaridose Tipo I
  • Mucopolissacaridose Tipo II
  • Mucopolissacaridose Tipo III
  • Mucopolissacaridose Tipo IV
  • Mucopolissacaridose Tipo VI
  • Mucopolissacaridose Tipo VII
  • Paramiloidose
  • Porfiria hepática aguda
  • Porfiria eritropoiética congênita
  • Síndrome Cri-Du-Chat
  • Síndrome do X Frágil
  • Tirosinemia tipo 1
Outras doenças raras e que envolvem aspectos nutricionais:
– Doença de Crohn;
– Fibrose cística;
– Insuficiência pancreática exócrina;
– Intolerância hereditária à frutose
– Osteogênese imperfeita;
– Síndrome do intestino curto

Deficiência de Biotinidase

Deficiência de Biotinidase (DB) é um erro inato do metabolismo de herança autossômica recessiva. Na DB, a capacidade de obtenção da vitamina biotina a partir dos alimentos está prejudi cada. Consequentemente, o funcionamento das carboxilases que dependem da biotina como coenzima é afetado. Além disso, a biotina não  pode ser reutilizada a partir das carboxilases quando elas são degradadas (Baumgartner e Suormala, 2000).
Existem duas formas da doença de acordo com a atividade residual da biotinidase: a deficiência total – menos de 10% da média da atividade sérica normal da biotinidase e a deficiência parcial – 10 a 30% da média da
atividade normal. No mundo, estima-se que a incidência da DB seja de 1 para 60 089 recém-nascidos e que as incidências de DB total e parcial sejam semelhantes entre si (Wolf, 1991). O Brasil parece apresentar uma alta frequência da doença embora existam poucos estudos sobre esta frequência e os que existem apresentam resultados ainda discrepantes. Neto et al. (2004) descreve uma incidência no país de 1 para 9000 recém-nascidos enquanto que, no Estado do Paraná, Pinto et al. (1998) relata 1 por cada 62 500 recém-nascidos e, especificamente, no município paranaense de Maringá de 1 para 6843, segundo Luz et al. (2008).
Manifestações neurológicas (hipotonia muscular, letargia, convulsões mioclônicas, ataxia) são os sinais clínicos iniciais mais frequentes. Além disso, sintomas respiratórios (estridor, hiperventilação e apneias) ocorrem com frequência (Baumgartner et al., 1989). Rash cutâneo e alopécia são achados característicos da doença, no entanto, eles podem ocorrer mais tardiamente ou até mesmo não ocorrer em alguns pacientes (Wastell et al., 1988; Wolf et al., 1985; Wolf, 2001). De modo geral, há uma grande variabilidade nas manifestações clínicas e na idade de apresentação dos sintomas (do período neonatal até à adolescência) (Baumgartner et al., 1985; Wolf et al., 1998), o que gera um grande risco de atraso no diagnóstico (Grunewald et al., 2004). Pacientes com diagnóstico tardio podem apresentar retardo.
psicomotor, leucoencefalopatia, perda auditiva e atrofia óptica, que podem ser irreversíveis e, até mesmo, fatais (Ramaekers et al., 1992; Weber et al., 2004; Wolf et al., 2002).
O diagnóstico de DB pode ser realizado a partir da suspeita clínica e confirmado pela medida da atividade da biotinidase no soro (Wolf et al., 1983;
Wastell et al., 1984). A detecção de pacientes ainda assintomáticos pode ser feita por triagem neonatal (teste do pezinho). Nesse caso, a avaliação da atividade enzimática é realizada em cartão de papel filtro impregnado com sangue. Quando o resultado for indicativo de DB, a confirmação é dada pela medida no soro (Heard et al., 1984). É recomendado que o teste seja realizado, ao mesmo tempo, nos pais do paciente e num indivíduo não relacionado, para auxiliar na interpretação e distinguir a verdadeira deficiência, de uma diminuição da atividade devido ao transporte ou manipulação da amostra
(Cowan et al., 2010).
Após a confirmação do diagnóstico, o tratamento deve ser instituído sem demora, inclusive para os assintomáticos, pois os pacientes tornam-se de ficientes em biotina poucos dias após o nascimento (Baumgartner et al., 1985). O tratamento consiste em suplementação oral de biotina livre (disponível em cápsula, comprimido e preparação líquida) ao longo de toda vida. Todos os indivíduos devem ser tratados, independente do grau da deficiência (total ou parcial) (Wolf, 2010).
Invariavelmente, os pacientes tratados com biotina apresentam melhoras, embora os problemas de atrofia óptica, perda auditiva e retardo no desenvolvimento não sejam revertidos completamente. Além disso, as crianças identificadas por triagem neonatal têm os sintomas prevenidos com a terapia
(Wolf, 2010).

Para saber mais
www.deficienciadabiotinidase.com
www.institutocanguru.org.br
http://biotinidasedeficiency.20m.com

Fenilcetonúria

APKU, ou Fenilcetonúria, foi inicialmente descrita em 1934 pelo médico norueguês Asbjorn Fölling. Este foi o primeiro erro inato do metabolismo a ser oficialmente associado à presença de deficiência mental.
A FAL é um aminoácido essencial e indispensável à síntese proteica em tecidos de mamíferos. Apenas uma proporção de sua ingesta normal é usada para a síntese de proteínas. A maior parte é oxidada, primariamente, em tirosina (TIR) e uma porção menor em outros metabólitos, primariamente, o ácido fenilpirúvico. A FAL é convertida em TIR pela enzima fenilalanina hidroxilase (PAH) tendo como cofator a tetraidrobiopterina (BH4). O cofator BH4 é reciclado para a função como um catalisador na enzima de hidroxilação, uma rota que requer a ação da proteína de estimulação da PAH. A reação de hidroxilação da L-Fenilalanina (L-Fal) envolve quantidades eqüimoleculares de L-Fal, BH4 e oxigênio, sendo os produtos tirosina, didrobiopterina quinonóide (qBH2) e água.
A didrobiopterina redutase (DHPR) é a enzima que catalisa a regeneração do BH4. Essa reação é dependente de NADH. A FAL é convertida, por descarboxilação e transaminação, a metabólitos que são livremente excretados. O bloqueio da rota principal de catabolismo da fenilalanina provoca acúmulo desta e de seus metabólitos (fenilpiruvato, fenilactato, fenilacetato) no sangue e demais tecidos.
O diagnóstico clínico da doença é difícil, porque a criança começa a apresentar atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, associado ou não à convulsão e outras anormalidades, apenas por volta do 3.° ao 6.° mês de idade. Pela dificuldade do diagnóstico clinico precoce, o diagnóstico laboratorial através da triagemneonatal é de extrema importância. No Brasil, a triagem pode ser feita tanto em laboratórios privados, como no sistema público de saúde.
O teste de triagem neonatal deve ser coletado após as primeiras 48 horas de  vida, ou seja, após o início da alimentação com proteínas. Os resultados alterados devem ser confirmados em uma segunda coleta, através de amostra em papel filtro, soro, sangue total ou urina (de acordo com a metodologia empregada no laboratório especializado). Os casos confirmados devem então ser encaminhados para tratamento e investigações adicionais em serviços de referência.
O diagnóstico é feito pela detecção de altos níveis sanguíneos de FAL, preferencialmente através de métodos quantitativos como a análise fluorimétrica, método enzimático e a espectrometria de massa in tandem.
A hiperfenilalaninemia é definida por níveis plasmáticos de FAL acima de 120μM/l (2mg/dl). Também pode ser definida como a razão fenilalanina/tirosina sangüínea persistentemente maior do que três (a variação normal para concentrações sangüíneas sendo: a de fenilalanina 0,58 a 2 mg/dl ou 35 a 120μM/l e a de tirosina 0,67 a 2,2 mg/dl ou 40 a 130μM/l). Por este motivo, recomenda-se dosagem simultânea de tirosina.
Podemos classificar as hiperfenilalaninemias em Fenilcetonúria clássica ou Hi perfenilalaninemia maligna, Fenilcetonúria leve, persistente benigna, transitória ou materna. Existe ainda a Deficiência de Tetrahidrobiopterina (BH4), determinada pela deficiência do co-fator BH4, necessário para a ativação da PAH. Nestes pacientes observamos deficiência mental grave, convulsões, irritabilidade e sinais do tipo parkinsonismo. Como o co-fator BH4 é também necessário para a conversão da tirosina em dihidroxifenilalanina e de triptofano em 5-hidroxitriptofano, precursores da dopamina, as manifestações clínicas são mais graves do que na Fenilcetonúria clássica, e não são corrigidas apenas pela restrição dietética da fenilalanina.
O tratamento para PKU, inicialmente inexistente, foi determinado em 1953 por um médico alemão na universidade de Birminghan, que introduziu uma terapia dietética com baixos teores de fenilalanina, utilizada até hoje. Na atualidade, vive-se um momento “efervescente” nas pesquisas com PKU, com surgimento de novas alternativas terapêuticas, permitindo elevar a atividade residual da PAH, ou mesmo, ter sua função substituída, alternativas que permitem reduzir a entrada da FAL excessiva no cérebro. Estas possibilidades talvez permitam a liberação de alguns pacientes de sua restrição dietética. Estes avanços servem como pano de fundo para a pesquisa atual e futura, e talvez permitam corrigir os defeitos enzimáticos em PKU. Certamente ainda mais avanços estarão presentes num futuro próximo.
Fenilcetonúria

Para saber mais
portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pcdt_fenilcetonuria.pdf
www.apofen.pt
www.pkuacademy.org

Mucopolissacaridoses

As Mucopolissacaridoses (MPS) são doenças genéticas que fazem parte do grupo dos erros inatos do metabolismo (EIM). São causadas pela deficiência de enzimas lisossômicas especificas, que afetam o catabolismo dos glicosaminoglicanos (GAGs). Os GAGs não degradados acumulam-se nas células de vários órgãos e sistemas, enquanto que o excesso é excretado na urina do paciente afetado. 
Tal acúmulo levará a um quadro multissistêmico e progressivo, com uma série de sinais e sintomas que podem incluir o comprometimento dos ossos e articulações, das vias respiratórias, do sistema cardiovascular e de muitos outros órgãos e tecidos, incluindo, em alguns casos, as funções cognitivas. Características comuns às MPS são o engrossamento progressivo das feições, opacificação de córneas, infecções de vias aéreas de repetição, aumento do fígado e baço, acometimento de válvulas cardíacas, rigidez / anomalias articulares e alterações no crescimento, entre outras. 
Como a maioria dos EIM, as MPS são herdadas em caráter autossômico recessivo, exceto a MPS II (Hunter), com herança ligada ao cromossomo X. A incidência das MPS varia de 1,9 a 4,5 casos em 100 000 nascimentos.
Apesar da primeira descrição em 1917, as bases bioquímicas das MPS só foram elucidadas entre as décadas de 50 e 60. Mais tarde foram identificadas as bases moleculares e os subtipos. 11 defeitos enzimáticos causam sete tipos diferentes de MPS: 
MPS I (Hurler/Scheie), MPS II (Hunter), MPS III-A, III-B, III-C, III-D (Sanfilippo A,B,C,D), MPS IV-A, IV-B (Morquio A,B), MPS VI (Maroteaux-Lamy), MPS VII (Sly) e MPS IX. 
Importante também ressaltar que nem sempre o quadro clinico é idêntico num mesmo tipo de MPS, havendo formas mais graves e mais leves do espectro. A base principal para o diagnóstico é a suspeita clínica, geralmente aventada devido à combinação de vários sinais/sintomas. Diante da suspeita, testes específicos precisam ser solicitados para confirmação de MPS. Testes de triagem urinários podem indicar a excreção de GAGs; avaliação mais especifica dos GAGs urinários (em dosagem quantitativa e avaliação qualitativa dos tipos de GAGs excretados) pode sugerir fortemente a MPS e apontar para tipos específicos. A confirmação diagnóstica, no entanto, é dada pela dosagem da atividade da enzima deficiente em laboratórios de referência, que pode ser efetuada em plasma, leucócitos, tecidos ou até em papel filtro (casos específicos).
Antes dos avanços da biotecnologia e possibilidades especificas de terapia, o tratamento das MPS tinha como único foco a antecipação e prevenção de complicações, com suporte multidisciplinar, aspecto ainda fundamental no manejo desse grupo. A partir da década de 80, o transplante de medula óssea/células tronco hematopoiéticas foi proposto como tratamento das MPS, sendo hoje recomendado primordialmente para formas graves de MPS I (Hurler) diagnosticadas precocemente. Na década de 90, novo desenvolvimento, focado em terapias direcionadas para a restauração da atividade da enzima deficiente, fez com que a Terapia de Reposição Enzimática (TRE) pudesse tornar-se uma realidade. Tal estratégia terapêutica já está disponível para uso clínico nas MPS I, II e VI e na fase final de desenvolvimento para o tipo IV-A. A TRE é administrada por via intravenosa, em infusão de 3-4 horas, semanalmente, e vem modificando a historia natural da doença em grande parte dos pacientes tratados.
Outras estratégias terapêuticas em investigação incluem o tratamento da MPS III-A e do déficit cognitivo na MPS II, através de administração da enzima diretamente no sistema nervoso central, além de estratégias visando a inibição da síntese de GAGs ou do resgate da atividade enzimática com moléculas pequenas. Cabe ressaltar que, até ao momento, mesmo para os tipos nos quais a TRE está disponível, tal terapia deve ser considerada parte do tratamento, sendo de grande importância o diagnóstico precoce e o manejo adequado das manifestações multissistêmicas das MPS, visando ganhos ainda maiores na qualidade de vida.

Para saber mais
www.ufrgs.br/redempsbrasil/index.php
www.aliancabrasilmps.org.br

Osteogênese imperfeita

A Osteogênese Imperfeita (OI) é uma doença hereditária do tecido conectivo causada por mutações nos genes COL1A1 e COL1A2, que  resultam num prejuízo da qualidade ou da quantidade do colágeno tipo 1, que é a proteína mais abundante do osso. Estas mutações comprometem a estrutura do osso, uma vez que o colágeno consiste no material elástico do osso, sobre o qual os cristais formados a partir do cálcio e fósforo são depositados. 
Em 1978, Sillence propôs a classificação da OI em 4 tipos: I, II, III e IV. Excluindo-se o tipo II (em que a gravidade leva ao óbito fetal ou nos primeiros dias de vida), o tipo III representa a forma mais grave da doença, manifestando-se por deformidades ósseas progressivas (em membros superiores e inferiores, e tórax), fraturas recorrentes (que ao consolidarem resultam em deformidades), dentinogenesis imperfecta (em que os dentes têm aspecto amarelado e serrilhado), escleras (“branco dos olhos”) de coloração normal ou azulada e grave comprometimento do crescimento. No tipo III, as deformidades podem ser observadas já ao nascimento, com intensidade moderada. 
Neste tipo de OI a gravidade das lesões dos ossos geralmente impede a movimentação independente dos pacientes ou exige o uso de equipamentos de auxílio para a deambulação. No tipo IV, o quadro clínico é menos intenso do que no tipo III, caracterizando-se por deformidades ósseas leves a moderadas, fraturas recorrentes, baixa estatura de intensidade variável, dentinogenesis imperfecta, e escleras de coloração normal ou azulada. 
Os tipos III e IV são consideradas formas graves de OI. Por outro lado, o tipo I é o mais leve, tendo como principais características a estatura normal, membros sem deformidade (ou com deformidade leve), escleras azuladas e, raramente, dentinogenesis imperfecta. Na OI, pode haver comprometimento da audição, especialmente nos tipos I e III. 
Nos últimos anos, novos tipos de OI foram descritos (tipos V, VI, VII e VIII), representando formas moderadas a graves da doença (com fraturas frequentes, deformidades e baixa estatura) e nas quais não há mutações nos genes COL1A1 e COL1A2. Nos tipos V a VIII, observam-se as seguintes particularidades: no tipo V, as fraturas podem resultar na formação de calos ósseos proeminentes; no tipo VI, há diminuição da incorporação de cálcio e fósforo no osso cortical e trabecular (mas não na placa de crescimento, de forma a não haver sinais de raquitismo) e elevação da fosfatase alcalina sérica; no tipo VII, as lesões afetam mais
intensamente a parte proximal dos ossos longos (úmero e fêmur), caracterizando rizomelia; no tipo VIII há lesões com aspecto radiológico de “pipoca” nas metáfises e epífises de membros inferiores. A OI é transmitida de modo autossômico dominante (tipos I, III, IV, V) ou recessivo (tipos VI, VII e VIII), enquanto que, no tipo II, ambos modos de transmissão são possíveis. Desde as publicações do professor Glorieux e seus colaboradores em 1998 e 2000, os pacientes pediátricos com formas graves de OI têm sido tratados com o pamidronato de sódio (PS). O PS é um medicamento que reduz a atividade dos osteoclastos, células responsáveis pela reabsorção do osso.
O tratamento da OI inclui também a administração por via oral de cálcio (nos pacientes com ingestão inadequada de leite e derivados) e vitamina D (nos pacientes com insuficiência ou deficiência em vitamina D). A fisioterapia tem papel fundamental no tratamento dos pacientes com OI por possibilitar melhora da massa óssea e do quadro clínico, através da promoção de atividades físicas que estimulam a formação óssea. Os familiares e pacientes também devem ser orientados quanto ao uso de medicamentos analgésicos quando da ocorrência de fraturas. A consulta com geneticista é importante, já que permite aos pais saberem o
risco de recorrência da doença em futuras gestações.
Devemos enfatizar que, apesar das limitações físicas impostas aos pacientes com formas graves de OI, a sua inteligência é absolutamente normal, ou mesmo acima da média. Assim, é inadmissível que estas crianças e adolescentes não frequentem a escola, devendo receber o suporte necessário tanto para o transporte à unidade de ensino quanto para o acesso à sala de aula. Para finalizar, é importante que os pais sejam adequadamente orientados e apoiados quando do nascimento de criança gravemente afetada. Com frequência, a fragilidade dos ossos faz com que os pais evitem contato físico com o recém-nascido.

Para saber mais
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pcdt_osteogenese_imperfeita.pdf
www.aboi.org.br
www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/114.pdf

Tirosinemia

A Tirosinemia tipo I, também denominada Tirosinemia hepato-renal é causada pela deficiência da enzima Fumarilacetoacetato hidrolase (MIM 276700). Trata-se de uma doença metabólica hereditária, de padrão de herança autossômico recessivo. A frequência é de aproximadamente 1:100 000 nascidos vivos, com uma incidência significativamente maior em Quebec, no Canadá. O bloqueio enzimático resulta no acúmulo de metabólitos tóxicos com a formação de succinilacetona, maleilace toacetato e fumarilacetato. A apresentação clínica pode ser aguda, antes dos 6 meses de vida, levando à falência hepática grave, vômitos, sangramento, sepse, hipoglicemia, tubulopatia renal (síndrome Fanconi renal), crises de dor (crises porfíricas), extrema irritabilidade e hepatomegalia. A forma de apresentação crônica, de manifestação acima de 1 ano, apresenta-se com hepatomegalia, cirrose, retardo crescimento, raquitismo, hematomas, tubulopatia renal crônica, neuropatia, crises de dor porfírica e adenomas hepáticos e hepatocarcinoma. Alguns casos podem apresentar cardiomiopatia e manifestações neurológicas.
O diagnóstico é obtido através da dosagem quantitativa de aminoácidos no sangue, em que os níveis de tirosina e metionina se encontram aumentados. A análise de ácidos orgânicos na urina pode demonstrar a presença de succinilacetona e derivados 4-OH-fenilatico, sendo estes os principais marcadores bioquímicos da doença. Alguns pacientes podem apresentar aumento urinário de porfirinas e ácido δ-aminolevulinico. Tanto nas formas neonatais e infantis a alfa-fetoproteína está aumentada no soro.
O diagnóstico diferencial cursa com outras doenças hepáticas, em particular hepatite neonatal, defeitos da cadeia respiratória mitocondrial, galactosemia, intolerância à frutose e doenças da síntese dos ácidos biliares.
O tratamento da tirosinemia tornou-se revolucionário após a introdução da Nitisinona (NTBC) 1(–2) mg/kg, em 2 doses, um inibidor da 4-OH-fenilpiruvato dioxigenase que bloqueia o acúmulo dos metabolitos tóxicos gerados pelo defeito enzimático de causa genética. A resposta clínica é rápida, podendo notar melhora clínica e laboratorial em 48 horas, após o início da medicação. O tratamento deve ser continuo e sem interrupção. A dose é individualizada.
Além da NTBC, é necessário manter uma dieta restrita em tirosina e fenilalanina, através do uso de fórmulas metabólicas especificas para tirosinamia. Os valores de tirosina devem ser mantidos entre 200-400 umol/l. O transplante de fígado está indicado somente para os casos de diagnóstico tardia com lesões hepáticas irreversíveis. O prognóstico da doença tem sido muito bom nos pacientes com diagnóstico precoce (antes de 1 mês), utilizando nitisinona e dieta restrita em tirosina e fenilalanina. A monitorização clínica é necessária, com realização de exames bioquímicos e avaliações clínicas periódicas com um especialista em doenças metabólicas.

Para saber mais
www.diagnosticoprecoce.org/doencas/Tirosinemia.htm
www.ufpa.br/eim/documentos/tirosinemia.pdf
www.sbtn.org.br/anais_evento_2010/trabalhos/triagem/poster/P097.pdf

Xantomatose Cerebrotendínea

A Xantomatose Cerebrotendínea é uma doença do grupo dos erros inatos do metabolismo, caracterizada pela deficiência de 27-hi droxilase hepática, levando ao acúmulo de colestanol e colesterol nos diferentes tecidos. Estima-se que afete 1:50 000 indivíduos em todo o mundo.
As manifestações clínicas são observadas em diversos órgãos. Nos olhos, cata ratas surgem ainda na infância. O sistema cardiovascular é afetado com o aparecimento de ateroesclerose prematura e consequentemente infarto agudo do miocárdio. O depósito de lipídeos em tendões, sobretudo no tendão de Aquiles, leva
à observação de xantomas tendíneos a partir da adolescência. As manifestações neurológicas são proeminentes com a observação de quadros que variam desde déficit cognitivo até demência, surgindo tardiamente. Sintomas extrapiramidais tais como parkinsonismo e distonia também são observados. Ataxia cerebelar e paraparesia espástica são sintomas que comumente se iniciam entre 20-30 anos de idade. O esqueleto também pode ser afetado com o surgimento de osteoporose.
A condição deve ser suspeitada em todo paciente com xantomas tendíneos, ou crianças com catarata e/ou diarreia inexplicadas e adultos com sintomas neurológicos progressivos tais como demência, ataxia cerebelar e alterações psiquiátricas. Os exames de imagem de sistema nervoso central podem auxiliar a suspeita. Na ressonância nuclear magnética de encéfalo, observa-se atrofia cerebelar e cortical difusas, alterações de sinal em substância branca e lesões cerebelares focais bilateralmente.
O diagnóstico é feito principalmente pela dosagem de colestanol no plasma.
Além do aumento de colestanol, observa-se dosagem de colesterol normal ou pouco elevada e diminuição de ácido quenodesoxicólico. Os precursores dos ácidos biliares tais como o 7α-hidroxicolesterol mostram-se elvados. A dosagem de atividade enzimática não é necessária na maioria dos casos. O sequenciamento do gene CYP27A1, o único associado à condição, identifica 90%
dos indivíduos com a doença sendo, por vezes, necessário o uso de técnicas complementares de biologia molecular O tratamento com ácido quenodesoxicólico tem mostrado bons resultados, sobretudo no que tange a reversão de sintomas neurológicos e deve ser iniciado o quanto antes, como forma de evitar principalmente a ocorrência de infarto do miocárdio.
A Xantomatose Cerebrotendínea é uma condição de herança autossômica recessiva. O adequado aconselhamento genético deve ser oferecido à família visto que o risco de recorrência é de 25% na irmandade.

Centros de tratamento
Hospital Universitário Gaffrée e Guinle – Rio de Janeiro/RJ
Hospital de Clínicas USP – Ribeirão Preto/SP.

Para saber mais
www.scielo.org
www.radarciencia.org/xantomatose
www.orpha.net/consor/cgi-bin/OC_Exp.php?lng=PT&Expert=909

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

O aumento da prevalência de obesidade nas capitais

Em 2006 o Ministério da saúde iniciou uma pesquisa denominada Vigitel (Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico). Ocorre anualmente em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. 

As entrevistas ocorrem via inquérito por telefone, realizado anualmente em amostras da população adulta (>18) residente em domicílios com linha de telefone fixo. Quais temas o Vigitel aborda? 

Os indicadores avaliados pelo Vigitel estão dispostos nos seguintes assuntos: 
  • Tabagismo;
  • Excesso de peso e obesidade;
  • Consumo alimentar;
  • Atividade física;
  • Consumo de bebidas alcoólicas;
  • Condução de veículo motorizado após consumo de qualquer quantidade de bebidas alcoólicas;
  • Autoavaliação do estado de saúde;
  • Prevenção de câncer;
  • Morbidade referida. 
A duração média para responder ao questionário é de 12 minutos. Importante destacar, também, que algumas perguntas realizadas não são diretamente sobre saúde, mas são muito importantes para serem relacionadas com a situação da saúde da população.

No Vigitel de 2020, a prevalência de obesidade nas capitais ficou da seguinte maneira, conforme a figura abaixo.


E o que isso nos fazer refletir ?

Que a obesidade tem se tornado cada vez mais prevalente nas capitais brasileiras. Em 2020, foram registrados 21,5% dos adultos com obesidade, contra 20,3% em 2019. Manaus (24,9%), Cuiabá (24%) e Rio de Janeiro (23,8%) lideram a incidência de obesidade nas capitais. E o que preocupa a ciência é que até 2011, nenhuma capital tinha uma prevalência de obesidade acima de 20%, enquanto em 2020 o Vigitel levantou 16 capitais com prevalência de obesidade acima de 20%. 

Quais fatores estão envolvidos ?

Há quem acredite que isso tenha piorado com a pandemia. Sim, estamos em uma pandemia há 2 anos mas a prevalência já vinha aumentando. A pandemia pode ter exacerbado o que já vinha piorando. E falar de fatores de riscos, gatilhos em obesidade é bem complexo.

Centenas de fatores podem estar relacionados mas na nossa reflexão hoje abordaremos temas pouco discutidos e que geram uma grande contribuição.

A poluição ambiental
O estresse crônico
A violência
O sedentarismo

A princípio esses gatilhos parecem desconectados, mas a medida que se analisa de forma "sociológica" percebemos uma inter-relação entre eles. 

A poluição ambiental engloba tanto a poluição do ar (obviamente maior em capitais) quando poluição do solo, poluição sonora, poluição visual. 

A poluição do ar está relacionada a piora de várias patologias (Alzheimer, doenças pulmonares, cardiovasculares, alérgicas) e também obesidade. Mecanismos ainda não bem elucidados mas acredita-se que seja por disrupção endócrina e/ou exacerbaçao da inflamação subclínica. 

A poluição do solo inclui também a poluição da água. Metais tóxicos, poluentes orgânicos persistentes (POPs), disruptores endócrinos. Ou seja, substâncias que de forma direta ou indireta podem ocasionar doenças, exacerbar outras e com isso alterar a parte endócrina. Tema há décadas negligenciado no Brasil e que na Europa ganha cada vez mais força. 
 
A poluição sonora assim como a poluição visual favorecem uma hiperativação do eixo pituitária-adrenal e com isso elevação crônica e persistente dos níveis de cortisol e noradrenalina. O que de forma indireta poderiam influenciar os adipócitos, desbalanço nos níveis de hormônios relacionados ao apetite (Grelina) e saciedade e gasto energético (leptina). 

O estresse crônico pode ter inúmeros fatores causais:
Trânsito
Desigualdade social
Violência
Apreensão quanto ao futuro
Menor contato com a natureza
Menor tempo disponível para lazer
Alta carga de trabalho
Redução do número de horas de sono

Tudo isso interage e favorecem hiperativação do eixo pituitária-adrenal. Ou seja, elevação crônica do cortisol. 

Combina-se a tudo isso, um maior sedentarismo, influenciado pela violência, distância entre pontos dentro das cidades, transporte público precário e/ou ineficaz, comodidade. 

Os fatores acima ainda facilitam o consumo de alimentos ultraprocessados: cereja do bolo!

Ou seja, os fatores que vem favorecendo maior prevalência da obesidade nas capitais são inúmeros. Enquanto autoridades sanitárias não se atentarem a isso, veremos os índices subirem. Com consequente estrangulamento do sistema público/privado de saúde. 

Autores:
Dr. Frederico Lobo - CRM 13192, RQE 11915 - Médico Nutrólogo
Dra. Edite Magalhães - CRM , RQE - Médica especialista em Clínica Médica
Dr. Leandro Houat - CRM 27920 , RQE 20548 - Médico especialista em Medicina de Família e comunidade
Revisores:
Rodrigo Lamonier - Nutricionista e Profissional da Educação física
Márcio José de Souza - Profissional de Educação física e Graduando em Nutrição.

Fontes:

quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Câncer de pele - Aspectos Nutrológicos

 


O que é ?

O câncer da pele não melanoma é o mais prevalente no Brasil, com 134.170 novos casos previstos para 2013, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Nos Estados Unidos, a Academia Americana de Dermatologia estima que haja dois milhões de casos novos a cada ano.

A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Estas células se dispõem formando camadas e, de acordo com a camada afetada, definimos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele.

A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento de tumores cutâneos, e a maioria dos casos está associada à exposição excessiva ao sol ou ao uso de câmaras de bronzeamento.

Apesar da incidência elevada, o câncer da pele não-melanoma tem baixa letalidade e pode ser curado com facilidade se detectado precocemente. Por isso, examine regularmente sua pele e procure imediatamente um dermatologista caso perceba pintas ou sinais suspeitos.

Tipos
  • Carcinoma basocelular (CBC): É o mais prevalente dentre todos os tipos de câncer. O CBC surge nas células basais, que se encontram na camada mais profunda da epiderme (a camada superior da pele). Tem baixa letalidade, e pode ser curado em caso de detecção precoce. Os CBCs surgem mais frequentemente em regiões mais expostas ao sol, como face,orelhas, pescoço, couro cabeludo,  ombros e costas. Podem se desenvolver também nas áreas não expostas, ainda que mais raramente. Em alguns casos, além da exposição ao sol, há outros fatores que desencadeiam o surgimento da doença. Certas manifestações do CBC podem se assemelhar a lesões não cancerígenas, como eczema ou psoríase. Somente um médico especializado pode diagnosticar e prescrever a opção de tratamento mais indicada. O tipo mais encontrado é o nódulo-ulcerativo, que se traduz como uma pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que pode sangrar com facilidade.
  • Carcinoma espinocelular (CEC): É o segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer. Manifesta-se nas células escamosas, que constituem a maior parte das camadas superiores da pele. Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo, pescoço etc. A pele nessas regiões normalmente apresenta sinais de dano solar, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda de elasticidade. O CEC é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Assim como outros tipos de câncer da pele, a exposição excessiva ao sol é a principal causa do CEC, mas não a única. Alguns casos da doença estão associados a feridas crônicas e cicatrizes na pele, uso de drogas antirrejeição de órgãos transplantados e exposição a certos agentes químicos ou à radiação. Normalmente, os CEC têm coloração avermelhada, e apresentam-se na forma de machucados ou feridas espessos e descamativos, que não cicatrizam e sangram ocasionalmente. Podem ter aparência similar a das verrugas também. Somente um médico especializado pode fazer o diagnóstico correto.
  • Melanoma: Tipo menos frequente dentre todos os cânceres da pele, com 6.130 casos previstos no Brasil em 2013 segundo o INCA, o melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há deteção precoce da doença. O melanoma, em geral, tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. Porém, quando se trata de melanoma, a “pinta” ou o “sinal” em geral mudam de cor, de formato ou de tamanho, e podem  causar sangramento. Por isso, é importante observar a própria pele constantemente, e procurar imediatamente um dermatologista caso detecte qualquer lesão suspeita. Aliás, mesmo sem nenhum sinal suspeito, uma visita ao dermatologista ao menos uma vez por ano deve ser feita.  Essas lesões podem surgir em áreas difíceis de serem visualizadas pelo paciente. Além disso, uma lesão considerada “normal” para você, pode ser suspeita para o médico. Pessoas de pele clara, com fototipos I e II, têm mais risco de desenvolverem a doença, que também pode manifestar-se em indivíduos negros ou de fototipos mais altos, ainda que mais raramente. O melanoma tem origem nos melanócitos, as células que produzem melanina, o pigmento que dá cor à pele. Normalmente, surge nas áreas do corpo mais expostas à radiação solar. Em estágios iniciais, o melanoma se desenvolve apenas na camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor. Nos estágios mais avançados, a lesão é mais profunda e espessa, o que aumenta a chance de metástase para outros órgãos e diminui as possibilidades de cura. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental. Casos de melanoma metastático, em geral, apresentam pior prognóstico e dispõem de um número reduzido de opções terapêuticas. A hereditariedade desempenha um papel central no desenvolvimento do melanoma. Por isso, familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem se submeter a exames preventivos regularmente. O risco aumenta quando há casos registrados em familiares de primeiro grau.

Sinais e sintomas do câncer de pele

O câncer da pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Assim, conhecer bem a pele e saber em quais regiões existem pintas faz toda a diferença na hora de detectar qualquer irregularidade. Somente um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele, mas é importante estar sempre atento aos seguintes sintomas:

  1. Uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
  2. Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;
  3. Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Aqui você encontrará a metodologia indicada por dermatologistas para reconhecer as manifestações dos três tipos de câncer da pele: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. 

Para auxiliar na identificação dos sinais perigosos, basta seguir a Regra do ABCD (válida apenas para o melanoma). Mas, em caso de sinais suspeitos, procure sempre um dermatologista. Nenhum exame caseiro substitui a consulta e avaliação médica.   

ASSIMETRIA
Assimétrico: Maligno
Simétrico: Benigno
BORDA
Borda irregular: maligno
Borda regular: benigno
COR
Dois tons ou mais: maligno
Tom único: Benigno
DIMENSÃO
Superior a 6mm: provavelmente maligno
Inferior a 6mm: provavelmente benigno



Caso encontre qualquer uma dessas alterações, procure um dermatologista. Faça também um autoexame a cada 6 meses.

Em frente a um espelho (de preferência sem roupa), examine minuciosamente cada parte do seu corpo, incluindo axilas, região entre os dedos e região genital. Com o auxílio de um espelho de mão e de um pente, examine o couro cabeludo, pescoço e orelhas.

Você deve ficar atento também a manchas que coçam, descamam ou sangram, assim como feridas que não cicatrizam em 4 semanas.

Prevenção dos cânceres de pele

Evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV são as melhores estratégias para prevenir o melanoma e outros tipos de tumores cutâneos.

Como a incidência dos raios ultravioletas está cada vez mais agressiva em todo o planeta, as pessoas de todos os fototipos devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao sol. Os grupos de maior risco são os do fototipo I e II, ou seja: pele clara, sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros. Além destes, os que possuem antecedentes familiares com histórico da doença, queimaduras solares, incapacidade para bronzear e pintas também devem ter atenção e cuidados redobrados.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que as seguintes medidas de proteção sejam adotadas:
  1. Usar chapéus, camisetas e protetores solares.
  2. Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h (horário de verão).
  3. Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.
  4. Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo.  Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia-a-dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.
  5. Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.
  6. Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.
  7. Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.
Fotoproteção

A exposição à radiação ultravioleta (UV) tem efeito cumulativo e penetra profundamente na pele, sendo capaz de provocar diversas alterações, como o bronzeamento e o surgimento de pintas, sardas, manchas, rugas e outros problemas. A exposição solar em excesso também pode causar tumores benignos (não cancerosos) ou cancerosos, como o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma.

Na verdade, a maioria dos cânceres da pele está relacionada à exposição ao sol, por isso todo cuidado é pouco.  Ao sair ao ar livre procure ficar na sombra, principalmente no horário entre as 10h e 16h, quando a radiação UVB é mais intensa.  Use sempre protetor solar com fator de proteção solar (FPS) de 30 ou maior. Cubra as áreas expostas com roupas apropriadas, como uma camisa de manga comprida, calças e um chapéu de abas largas. Óculos escuros também complementam as estratégias de proteção.

Sobre os protetores solares (fotoprotetores): Os fotoprotetores, também conhecidos como protetores solares ou filtros solares, são produtos capazes de prevenir os males provocados pela exposição solar, como o câncer da pele, o envelhecimento precoce e a queimadura solar. O fotoprotetor ideal deve ter amplo espectro, ou seja, ter boa absorção dos raios UVA e UVB, não ser irritante, ter certa resistência à água, e não manchar a roupa. Eles podem ser físicos ou inorgânicos e/ou químicos ou orgânicos. Os protetores físicos, à base de dióxido de titânio e óxido de zinco, se depositam na camada mais superficial da pele, refletindo as radiações incidentes. Eles não eram bem aceitos antigamente pelo fato de deixarem a pele com uma tonalidade esbranquiçada, mas Isso tem sido minimizado pela coloração de base de alguns produtos. Já os filtros químicos funcionam como uma espécie de “esponja” dos raios ultravioletas, transformando-os em calor.

Evite exposição prolongada ao sol das 10h às 16h e utilize sempre filtros solares com fator de proteção 30 ou superior.

A maioria dos filtros solares disponíveis no mercado protegem contra os efeitos da radiação ultravioleta (UV), invisível aos olhos, mas não evitam os danos causados pela luz visível (alguns novos filtros já garantem que protegem). Essa, ao interagir com a melanina, pode causar danos no DNA.



A melanina absorve parte da energia da luz visível e a transfere para moléculas de oxigênio, gerando radicais livres (o principalmente Oxigênio Singlet). Esse radical livre reagirá com moléculas orgânicas, como o DNA, podendo gerar um câncer.

Abaixo, alternativas para diminuir a produção e os efeitos do Oxigênio singlet.

Nutroprevenção: Consumir carotenóides

Os carotenóides são uma família de compostos abundantemente encontrados na natureza, sendo os responsáveis pela cor da maioria das frutas e vegetais que comemos todos os dias, a qual pode variar desde o amarelo até o vermelho vivo. Dos mais de 600 carotenóides existentes na natureza, aproximadamente 20 estão presentes no plasma humano e tecidos. Apenas 14 carotenóides são biodisponíveis, dentre eles o beta-caroteno, alfa-caroteno, luteína, zeaxantina e o licopeno, astaxantina.

O corpo humano não é capaz de produzir estas substâncias e depende da alimentação para adquirí- las. Os carotenóides têm sido assunto de interesse da comunidade científica há muitos anos devido ao fato que muitos deles se convertem em vitamina A no organismo. Mais recentemente pesquisas têm demonstrado que os carotenóides atuam como antioxidante, protegendo as células dos danos oxidativos e, consequentemente, reduzindo o risco de desenvolvimento de algumas doenças crônicas.

Há cerca de 600 carotenóides na natureza mas

As principais funções:
1) convertem-se em vitamina A;
2) protegem contra a foto-oxidação,por sequestrar o oxigênio singlet;
3) protegem contra diversas doenças por interagirem sinergicamente com outros antioxidantes.

Fontes de carotenóides
  • Beta-caroteno: O betacaroteno é um pigmento carotenóide e o mais abundante do grupo dos carotenóides. Tem coloração laranja, mas nos folhoso a cor natural do carotenóide é mascarada pela clorofila, presente nos cloroplastos. É uma das formas de se obter indiretamente a vitamina A, pois é um precursor da Vitamina A (pró-vitamina A). Estima-se que 6mg equivalem a 1mg de vitamina A. Sabe-se hoje que ele é um antioxidante (inibe radicais livres, prevenindo o envelhecimento, em especial o Oxigênio singlet), beneficia a visão noturna, age na imunidade, é um dos componentes essenciais para a elasticidade e turgor da pele, age no fortalecimento das unhas. O betacaroteno auxilia no bronzeamento da pele. Quando transformado em vitamina A em nosso organismo, auxilia na formação de melanina, pigmento responsável por proteger a pele dos raios ultravioletas e conferir o bronzeamento. Atua na manutenção da estrutura epitelial e das mucosas que revestem intestinos, vias respiratórias. A conversão do beta-caroteno em vitamina A é realizada na parede do intestino delgado, sendo sua conversão influenciada pela ingestão de gordura e proteínas da dieta. O beta-caroteno só é biologicamente ativo quando transformado em retinol (Vitamina A). A absorção de beta-caroteno encontra-se em dependência da presença de bile e aproximadamente um terço de beta-caroteno é absorvido a nível intestinal.É capaz de se converter em vitamina A no organismo sempre que necessário, pode, teoricamente, gerar duas moléculas de vitamina A. O excesso de vitamina A pode ser nocivo, enquanto o betacaroteno não, já que se o corpo tiver com os estoques de vitamina A, a conversão do betacaroteno em vitamina A é reduzida. O consumo dele em excesso não é deletério, entretanto o estudo CARET que iniciou em 1994 e teve que ser finalizado anos após, evidenciou que a suplementação (sintética = 30mg/dia) dele, assim como de alfa-tocoferol (vitamina E sintética) favoreceu o surgimento de câncer de pulmão. Portanto opte sempre pelas fontes naturais e não suplementos. (exceto quando consumido por fumantes, pois pode favorecer câncer de pulmão). As principais fontes em nosso meio são: batata doce, pequi, couve manteiga, cenoura cozida, abóbora, nabo, manga, mostarda. É importante ressaltar que a biodisponibilidade (o quanto conseguimos absorver) do betacaroteno provenientes de alimentos crus pode ser de menos de 5% (como na cenoura crua). O alimento cozido apresenta uma melhor absorção de carotenóides do que o cru. Entretanto o cozimento (em água) prolongado das fontes de betacaroteno, diminuiu o teor de betacaroteno, pois altera a sua estrutura. Como exemplo, a cenoura crua, quando cozida, perde 27% da sua forma ativa de carotenóides. MAS o cozimento rápido aumenta a absorção. Minha dica é: cozinhe no vapor, pois aumentará a biodisponibilidade de betacaroteno. A absorção dele é intensificada quando há ingestão de gorduras na mesma refeição. A menor biodisponibilidade de carotenóides (da menor para a maior) pode ser encontrada na seguinte seqüência: espinafre (folhas cruas), cenouras e pimentões (crus), tomate (suco cru sem gordura), cenoura e pimentões (moderadamente cozidos), suco de tomate (cozido com óleo), abóbora, cará, inhame e batata-doce, mamão, pêssego e suplementos naturais ou sintéticos (preparados com óleos).
  • Luteína: A luteína é um carotenóide diidroxilado pertencente a classe das xantofilas de coloração amarela, atua como antioxidante protegendo as células dos danos oxidativos e, conseqüentemente, reduz o risco de desenvolvimento de algumas doenças crônicas degenerativas, uma vez que o stress oxidativo e a atuação dos radicais livres são os maiores fatores associados à iniciação e propagação do desenvolvimento destas doenças.  O princípio da proteção conferida pela luteína contra reações de fotossensibilização (no caso o câncer de pele) baseia-se num mecanismo de transferência de energia, que devolve o oxigênio singlet ao seu estado basal. O retorno da luteína triplete ao seu estado original, pela dissipação de energia na forma de calor, torna possível a reação com outro oxigênio singlet. As principais fontes em ordem decrescente de teor de luteína são: Couve, Salsa, Espinafre, Abóbora, Brócolis, Ervilha, Vagem, Laranja, Alface, Tangerina, Milho, Nectarina, Papaia, Pêssego.
  • Zeaxantina: A zeaxantina é um carotenoide oxigenado (xantofila) presente em quantidade minoritária nos vegetais, exceto no milho e no pequi, onde é o carotenoide majoritário, porém, encontra-se em pequenas concentrações. A luteína e a zeaxantina estão presentes na mácula e seu consumo está relacionado à redução do risco de catarata e à significativa melhora da acuidade visual, mas tem um potencial na prevenção do câncer de pele. Diversos estudos epidemiológicos sugerem o importante papel protetor da zeaxantina contra a degeneração macular, uma vez que esse carotenoide acumula-se seletivamente na mácula, região central da retina, e sendo um dos responsáveis pela cor amarelada desta região. A zeaxantina está presente em poucos alimentos e em teores reduzidos, o que faz com que seja necessário buscar alternativas para promover a maior ingestão desse carotenoide. A luteína e a zeaxantina apresentam estrutura química muito similar, tornando difícil distingui-las analiticamente. Ambas possuem o mesmo número de ligações duplas na cadeia, porém há uma diferença na posição de uma dessas duplas ligações no anel. Essa diferença faz da zeaxantina um melhor antioxidante por apresentar uma dupla ligação conjugada a mais do que a luteína.  As principais fontes no nosso meio são: Melão-de-São-Caetano, Goji berry, milho, pequi.
  • Licopeno: Licopeno é o carotenóide responsável pela cor vermelha do tomate. Estudos epidemiológicos indicam uma correlação estatisticamente significante entre o consumo de licopeno, principalmente através de produtos de tomate, um risco reduzido para diversos tipos de câncer, em particular câncer de próstata. Também tem sido apontada a correlação com um menor risco de enfermidades cardiovasculares. O licopeno é um potente agente antioxidante. Entre todos os carotenóides existentes, o licopeno é aquele que apresenta a maior capacidade de seqüestrar o oxigênio singlet, uma molécula altamente reativa capaz de ocasionar enormes danos celulares. In vitro (fora do corpo), evidências sugerem que, além desta propriedade antioxidante, o licopeno tem o potencial de prevenir a divisão de células tumorais, um importante mecanismo na prevenção do câncer. Principais fontes: tomate, goiaba, mamão, pitanga, melancia, caqui. O licopeno do tomate é melhor assimilado pelo organismo quando o tomate é cozido, portanto consuma molho de tomate CASEIRO diariamente, 1 colher de sopa duas vezes ao dia já é o suficiente. Uma receita que aprendi na pós de Nutrologia, com uma professora especialista em antioxidantes é a seguinte: 500g de tomate, colocar 1 colher de sopa de óleo de girassol ou milho e ferver até virar molho. Armazenar em vidros, congelar e usar 1 colher de sopa no almoço e 1 colher de sopa no jantar.
  • Astaxantina: A astaxantina é um carotenóide xantofila que é encontrado em vários microorganismos e animais marinhos. É um pigmentos vermelho, solúvel em gordura que não tem qualquer atividade pró-vitamina A no corpo humano, diferente dos demais carotenóides, Embora alguns dos estudos relatem que ela possui uma atividade biológica mais potente que os outros carotenóides. As principais fontes são: algas marinhas, salmão, truta, krill, camarão e lagosta, caranguejo. 
                                                      Doses a serem consumidas

                                                      Procure um nutrologo.

                                                      Fotoproteção oral

                                                      Uso via oral do extrato de uma planta da família das samambaias: Polypodium Leucotomos. O extrato padronizado promove uma redução do eritema, do número de células queimadas e células epidérmicas proliferativas, dos dímeros de ciclobutano pirimidina e reduz a infiltração dos mastócitos após a radiação UV.

                                                      Vitamina D

                                                      Já que usará protetor solar, os níveis de 25-OH-Vitamina D provavelmente cairão. Atualmente os estudos mostram que a Vitamina D é muito mais que apenas uma vitamina. É considerada um nutriente/hormônio, com ação inclusive na prevenção de diversos tipos de câncer. Portanto mantenha seus níveis de 25-OH-Vitamina D acima de 30 ng/mL.

                                                      Consultas regulares

                                                      Tenha um dermatologista titulado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), você pode saber se o seu dermatologista é titulado pela SBD entrando no site www.sbd.org.br.

                                                      Fontes:
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                                                      2. BIANCHI, Maria de Lourdes Pires; ANTUNES, Lusânia Maria Greggi. Radicais livres e os principais antioxidantes da dieta. Rev. Nutr.,  Campinas ,  v. 12, n. 2, p. 123-130, Aug.  1999 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52731999000200001&lng=en&nrm=iso>. access on  18  Apr.  2015.  http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52731999000200001.
                                                      3. MACHADO, Antonio Eduardo da Hora. Terapia fotodinâmica: princípios, potencial de aplicação e perspectivas. Quím. Nova,  São Paulo ,  v. 23, n. 2, p. 237-243, Apr.  2000 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422000000200015&lng=en&nrm=iso>. access on  18  Apr.  2015.  http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422000000200015.
                                                      4. GOMES, Fabio da Silva. Carotenóides: uma possível proteção contra o desenvolvimento de câncer. Rev. Nutr.,  Campinas ,  v. 20, n. 5, p. 537-548, Oct.  2007 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732007000500009&lng=en&nrm=iso>. access on  18  Apr.  2015.  http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732007000500009
                                                      5. SEABRA, Larissa Mont'Alverne Jucá; PEDROSA, Lucia Fátima Campos. Astaxanthin: structural and functional aspects. Rev. Nutr.,  Campinas ,  v. 23, n. 6, p. 1041-1050, Dec.  2010 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732010000600010&lng=en&nrm=iso>. access on  18  Apr.  2015.  http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732010000600010
                                                      6. SILVA, Cyntia Rosa de Melo; NAVES, Maria Margareth Veloso. Suplementação de vitaminas na prevenção de câncer. Rev. Nutr.,  Campinas ,  v. 14, n. 2, p. 135-143, Aug.  2001 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732001000200007&lng=en&nrm=iso>. access on  18  Apr.  2015.  http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732001000200007
                                                      7. SHAMI, Najua Juma Ismail Esh; MOREIRA, Emília Addison Machado. Licopeno como agente antioxidante. Rev. Nutr.,  Campinas ,  v. 17, n. 2, p. 227-236, June  2004 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732004000200009&lng=en&nrm=iso>. access on  18  Apr.  2015.  http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732004000200009
                                                      8. GOMES, A.J. et al . The antioxidant action of Polypodium leucotomos extract and kojic acid: reactions with reactive oxygen species. Braz J Med Biol Res,  Ribeirão Preto ,  v. 34, n. 11, p. 1487-1494, Nov.  2001 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-879X2001001100018&lng=en&nrm=iso>. access on  18  Apr.  2015.  http://dx.doi.org/10.1590/S0100-879X2001001100018
                                                      9. VALLEJO, EO et al. Perspectiva genética de los rayos UV y las nuevas alternativas de protección solar. Rev. argent. dermatol. [online]. 2013, vol.94, n.3, pp. 0-0 . Disponible en: <http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1851-300X2013000300002&lng=es&nrm=iso
                                                      10. Abdel-Aal E-SM, Akhtar H, Zaheer K, Ali R. Dietary Sources of Lutein and Zeaxanthin Carotenoids and Their Role in Eye Health. Nutrients. 2013;5(4):1169-1185. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3705341/pdf/nutrients-05-01169.pdf
                                                      11. http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/01/19/um-perigo-a-mais-do-sol/
                                                      12. http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/02/20/bioquimico-fala-sobre-os-perigos-da-luz-visivel-do-sol/
                                                      13. http://www.crqv.org.br/php/index.php?link=2&sub=1&id=1101
                                                      14. http://www.naturalis.com.br/pdf/Lutein%20Plus/artigo_luteina.pdf
                                                      15. http://www.sbd.org.br/doencas/cancer-da-pele/
                                                      16. http://www.nutricaoempauta.com.br/lista_artigo.php?cod=345
                                                      17. http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/71467/1/2012-209.pdf
                                                      18. http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/controversias_na_cozinha.html
                                                      19. http://www.alimentacaosemcarne.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=51:betacaroteno&catid=49&Itemid=141

                                                      segunda-feira, 9 de julho de 2018

                                                      Afinal, o que é a Nutrologia e o que faz um nutrólogo ?


                                                      Nutrologia pode ser definida como uma especialidade médica que estuda a fisiopatologia, o diagnóstico e tratamento das doenças nutricionais. Compreende-se por Doença Nutricional, qualquer patologia que tem como agente primário etiológico algum nutriente, seja ele excesso ou déficit.
                                                      O início da Nutrição médica ou Nutrologia Médica começou em 1932 com o médico Josué de Castro que estudou problemas relacionados a nutrição no Brasil, influenciado pelo Nutrólogo argentino Pedro Escudeiro (o pai da Nutrição médica na América Latina). Dr. Josué foi responsável pelo primeiro estudo de inquérito alimentar no Brasil. Foi criador do Serviço de Alimentação e Previdência Social (SAPS, 1940), da Comissão Nacional de Alimentação (CNA, 1945). Criou e dirigiu o Instituto de Nutrição da Universidade do Brasil por 10 anos. Foi diretor cientifico dos Arquivos Brasileiros.
                                                      Um outro pioneiro na área de Nutrição médica no Brasil é o Prof. Dr. José Eduardo Dutra de Oliveira. Ele foi um dos responsáveis pelo reconhecimento da importância e da necessidade do ensino da Nutrição clínica no ensino médico e desde a década de 50 atua em nosso país. Em 1956 criou a divisão de Nutrologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (HCFMUSP-RP)
                                                      A Nutrologia apesar de parecer uma especialidade nova no Brasil, já tem mais de 45 anos, no Brasil sendo representada pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Uma associação médica que foi criada em 1973 no Rio de Janeiro pelos médicos Prof. Dr. José Evangelista (in memorian) e Dra. Clara Sambaquy Evangelista (in memorian).
                                                      É importante salientar que o termo Nutrologia, proposto pelo Prof. Dr. José Evangelista, e aprovado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Médica Brasileira (AMB), tem também as denominações correspondentes como: Nutrologia Médica, Nutrologia Funcional, Nutrição Médica, que são sinônimos e representam por definição e analogia o termo Nutrologia.
                                                      Posteriormente vários médicos deram continuidade ao projeto do casal Evangelista, dentre eles o Prof. Dutra e seus “discípulos” da divisão de Nutrologia do HCFMUSP-RP.
                                                      Dr. Hélio Vanuchi:
                                                      Dr. José Ernesto dos Santos:
                                                      Dr. Júlio Sergio Marchini:
                                                      Dr. Fernando Bahdur Chueire:
                                                      Dra. Vivian Marques Miguel Suen:
                                                      Dra. Selma Freire

                                                      Porém só em 1978, a Nutrologia foi reconhecida como Especialidade Médica pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo Conselho Nacional de Residência Médica (CNRM).
                                                      Atualmente o presidente da ABRAN é o Prof. Dr. Durval Ribas Filho, médico, endocrinologista e Nutrólogo.
                                                      Muitos profissionais ligados à área de Nutrição médica não se intitulam nutrólogos, nem são filiados ou titulados à ABRAN, mas merecem o nosso reconhecimento pelos feitos na área, dentre esses profissionais temos:
                                                      Prof. Dr. Dan Waitzberg (GANEP): Médico cirurgião e profº associado do deptº de Gastroenterologia da FMUSP, Coordenador do Laboratório de Metabologia e Nutrição em Cirurgia Digestiva – Metanutri da FMUSP, Coordenador da Comissão de Nutrologia do Complexo Hospitalar Hospital das Clinicas da FMUSP. Diretor do Ganep Nutrição Humana.
                                                      Prof. Dr. José Eduardo de Aguilar-Nascimento (UFMT): Médico, especialista em Cirurgia do aparelho digestivo. Mestre e doutor em Gastroenterologia Cirúrgica pela UNIFESP. É responsável pelo grupo de pesquisa Nutrição e Cirurgia da UFMT e pelo projeto ACERTO (www.projetoacerto.com.br).
                                                      Prof. Msc. Maria de Lourdes Teixeira da Silva (GANEP): Médica, especialista em nutrição parenteral e enteral (BRASPEN), Mestre em Gastroenterologia e diretora do GANEP.
                                                      Dr. Antônio Carlos L. Campos (UFPR): Professor Titular de Cirurgia do Aparelho Digestivo e Coordenador do Programa de Pós-graduação em Clínica Cirúrgica da Universidade Federal do Paraná. Ex-Presidente da SBNPE e da FELANPE.
                                                      Prof. Dra. Isabel Correia (UFMG): Médica e professora de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFMG. Coordenadora do grupo de Nutrição do Instituto Alfa de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da UFMG.
                                                      Dra. Maria Cristina Gonzales (UCPEL): Médica, especialista em Gastroenterologia e Nutrição enteral e parenteral (BRASPEN). Professora Titular no Programa de Pós-graduação em Saúde e Comportamento da Universidade Católica de Pelotas, RS. Professora Colaboradora no Programa de Pós-graduação em Nutrição e Alimentos da Universidade Federal de Pelotas, RS. Editora do BRASPEN Journal.
                                                      Dra. Melina Castro (BRASPEN): Médica, especialista em Nutrologia pela Faculdade de Medicina da USP. Doutora pela Faculdade de Medicina da USP. Coordenadora da EMTN do Hospital Mario Covas – Faculdade de Medicina do ABC. Coordenadora da Pós-graduação de Terapia Nutricional em doentes graves do Hospital Israelita Albert Einstein.
                                                      Dr. Paulo Cesar Ribeiro (BRASPEN): Médico cirurgião geral. Especialista em Proctologia, Medicina Intensiva e Nutrição enteral e parenteral (BRASPEN).  Mestre em Cirurgia Geral pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Responsável pelo Serviço de Terapia Nutricional Artificial do Hospital Sírio Libanês.
                                                      Dr. Rodrigo Costa (BRASPEN): Médico, especialista em Clínica médica, Nefrologia, Medicina intensiva e Nutrologia. Coordenador da EMTN do Hospital de Urgências de Goiânia. Professor do Comitê de Terapia Nutricional da AMIB.
                                                      Dr. Haroldo Falcão (BRASPEN): Médico, especialista em Medicina intensiva e Nutrologia (ABRAN). Professor do Comitê de Terapia Nutricional da AMIB.
                                                      Dr. Diogo Toledo (BRASPEN): Médico intensivista e especialista em Nutrição enteral e parenteral (BRASPEN). Presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (BRASPEN). Coordenador do Comitê de Terapia Nutricional da AMIB.
                                                      ABRAN realizou o 1º. Curso Nacional de Atualização em Nutrologia (CNNutro) em 2003. O mesmo nos primeiros anos ocorreu na Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto. Nos últimos anos, o CNNUTRO vem sendo realizado em São Paulo-SP. Atualmente a ABRAN promove também o Curso Nacional de Nutrição enteral e parenteral (CNNEP). Para maior intercâmbio entre os afiliados e o público interessado em Nutrologia, a ABRAN criou o Nutro News (NN), um informativo trimestral e a Revista Científica de Nutrologia (International Journal of Nutrology), de distribuição gratuita para os afiliados. Anualmente promove o Congresso Brasileiro de Nutrologia (CBNutrologia) e jornadas regionais de Nutrologia.
                                                      GANEP que é uma instituição aberta para médicos que atuam na área de nutrição médica e para nutricionistas possui uma pós-graduação em Nutrição clínica, Residência Médica no Hospital da Beneficência Portuguesa e organiza anualmente um congresso, o GANEPÃO.
                                                      BRASPEN é a entidade responsável por emitir os títulos na área de atuação em Nutrição Parenteral e Enteral. Organiza vários cursos em todo o país e anualmente tem o seu congresso nacional.
                                                      No Brasil a Especialidade relacionada à Nutrição médica é a Nutrologia. Porém há áreas de atuação dentro da Nutrologia. São elas:
                                                      • Nutrição Parenteral e Enteral
                                                      • Nutrição Parenteral e Enteral Pediátrica
                                                      • Nutrologia Pediátrica
                                                      No Brasil há pouco mais de 1600 Nutrólogo titulados. Nos últimos 5 anos a Especialidade cresceu exponencialmente, porém poucos ainda são nutrólogos verdadeiramente, ou seja, titulados e registrados no CFM. Quando um profissional se intitula algo sem possuir o título, ele está cometendo infração ética perante o Código de Ética Médica que rege a medicina. Portanto, antes de se consultar com um profissional que se diz Nutrólogo, verifique se o mesmo é, realizando uma pesquisa simples no site do CFM ou dos CRMs regionais.
                                                      Acho importante salientar que na atualidade alguns profissionais estão levando a uma deturpação do que é realmente a Nutrologia. Pessoas confundindo terapias como Ortomolecular, Anti-aging, Nutriendocrinologia ou Medicina Integrativa com a Nutrologia.
                                                      Estas terapias até podem utilizar de elementos da Nutrologia e terem sua base calcada em fundamentos nutrológicos, mas a Nutrologia não incorpora na sua prática clínica ou hospitalar nada destas áreas, que sequer são reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina.
                                                      Mas afinal, o que faz um nutrólogo ?
                                                      O Nutrólogo é o médico habilitado e capacitado para diagnosticar, acompanhar e tratar todas as doenças que sejam de cunho nutricional ou que a ingestão alimentar pode influenciar no prognóstico.
                                                      A Nutrologia estudapesquisa e avalia os malefícios decorrentes da ingestão ou déficit de um determinado nutriente. Baseado nessa premissa, a Nutrologia aplica esse conhecimento para a avaliação de nossas necessidades orgânicas, visando a manutenção da saúde e redução de risco de doenças, assim como o tratamento das manifestações de deficiência ou excesso de nutrientes.
                                                      O acompanhamento do estado nutricional do paciente e a compreensão da fisiopatologia das doenças diretamente relacionadas com os nutrientes permitem ao médico Nutrólogo atuar no diagnósticoprevenção e tratamento destas doenças, contribuindo na promoção de uma vida saudável, com melhor qualidade de vida.
                                                      Nossa abrangência engloba:
                                                      • O diagnóstico e tratamento das doenças nutricionais (que incluem as doenças nutroneurometabólicas de alta prevalência nos dias de hoje como a obesidade, a hipertensão arterial e o diabetes mellitus), utilizando de todo um arsenal propedêutico (investigativo) e terapêutico: solicitação e avaliação de exames complementares, prescrição de medicações, vitaminas, minerais, ácidos graxos, antioxidantes, quando necessários.
                                                      • A identificação de possíveis “erros” alimentareshábitos errôneos de vida ou estados orgânicos que estejam contribuindo para o quadro nutricional do paciente, já que as interrelações entre nutrientes-nutrientes, nutrientes-medicamentos e de mecanismos regulatórios orgânicos são complexas, podendo levar ao padecimento do organismo.
                                                      • O esclarecimento ao paciente, de que existem doenças nutricionais, decorrentes de alterações nos nutrientes. Desde condições mais simples, como anemia ferropriva e carência de vitamina A, até condições mais complexas, como: obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus, vários tipos de câncer, anorexia nervosa, osteoporose. Elucidar para o paciente quais são as substâncias benéficas e maléficas presentes nos alimentos, de modo que ele mesmo saiba fazer as suas escolhas alimentares para viver mais e melhor.
                                                      • Tratamento de pacientes gravemente enfermos ou internados em hospitais, a fim de se combater a desnutrição principalmente intra-hospitalar.
                                                      Baseado nisso, em quais estabelecimentos um médico Nutrólogo poderia atuar? Em quais áreas poderia adentar?
                                                      Para fins didáticos, prefiro subdividir a Nutrologia em Nutrologia clínica e Nutrologia Hospitalar.
                                                      Nutrólogo que atua em Nutrologia clínica geralmente exerce suas atividades dentro de serviços ambulatoriais/consultório, atendendo situações que não necessitam de intervenção emergencial. Ex: médico Nutrólogo que trabalha com obesidade em ambulatório no sistema público ou em consultório privado. Eu sou um Nutrólogo clínico. 
                                                      Já a Nutrologia hospitalar, como o próprio nome diz, englobará atuações dentro do âmbito hospitalar. Ou seja, pacientes internados em enfermarias ou Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A Nutrologia hospitalar geralmente utiliza dentro do seu arsenal terapêutico, de fórmulas enterais (via sonda ou gastrostomia/jejunostomia) ou formulações parenterais (via endovenosa).
                                                      Dentre as áreas que o Nutrólogo pode atuar, além da hospitalar temos:
                                                      • Nutrologia pediátrica
                                                      • Nutrologia geriátrica
                                                      • Nutrologia esportiva
                                                      • Nutrologia oncológica
                                                      • Nutroterapia no paciente cirúrgico
                                                      • Nutroterapia materno-fetal
                                                      • Nutroterapia de doenças hepáticas,
                                                      • Nutroterapia de doenças gastrintestinais,
                                                      • Nutroterapia de doenças renais,
                                                      • Nutroterapia de doenças pulmonares,
                                                      • Nutroterapia de doenças cardíacas e vasculares,
                                                      • Nutroterapia de doenças neurológicas,
                                                      • Nutroterapia de doenças reumatológicas,
                                                      • Nutroterapia de doenças osteomusculares,
                                                      • Nutroterapia de doenças ginecológicas,
                                                      • Nutroterapia de doenças hematológicas,
                                                      • Nutroterapia de doenças alérgicas.
                                                      Ou seja, o Nutrólogo pode atuar em todas as áreas da medicina, já que existe uma interface entre a maioria das doenças e aspectos nutricionais.


                                                      Quais doenças e situações nutrólogos tratam ?
                                                      1. Pacientes saudáveis que deseja melhorar hábitos dietéticos e salutares de vida.
                                                      2. Pacientes saudáveis que desejam realizar check up nutricional, para detecção de falta ou excesso de nutrientes. 
                                                      3. Pacientes críticos e internados em Centros de Terapia Intensiva (CTIs), necessitando de suporte nutricional para melhorar o prognóstico e evitar complicações (ex. sarcopenia) após a alta.
                                                      4. Pacientes restritos ao leito hospitalar e que necessitam de suporte nutricional adequado.
                                                      5. Pacientes que serão ou foram submetidos a cirurgias.
                                                      6. Orientações nutrológicas para pacientes oncológicos (os mais diversos tipos de câncer).
                                                      7. Pacientes que não conseguem ingerir comida por via oral (pela boca) e necessitam de sonda nasogástrica/nasoenteral ou por via endovenosa (na veia).
                                                      8. Pacientes com gastrostomia ou jejunostomia.
                                                      9. Magreza constitucional (baixo peso), em todas as fases da vida.
                                                      10. Sobrepeso.
                                                      11. Obesidade em todos os seus graus: em todas as fases da vida.
                                                      12. Preparo pré-cirurgia bariátrica.
                                                      13. Acompanhamento pós-cirurgia bariátrica.
                                                      14. Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP).
                                                      15. BulimiaAnorexiaSíndrome do Comer NoturnoVigorexiaOrtorexia: aspectos nutrológicos. O acompanhamento psiquiátrico é indispensável
                                                      16. Aspectos nutricionais da ansiedade, depressão, insônia (ou seja, o psiquiatra faz a parte dele e o nutrólogo busca déficits nutricionais ou intoxicação por substâncias que possam estar interferindo no agravamento da doença).
                                                      17. Intolerância à glicose.
                                                      18. Diabetes mellitus tipo 2  e tipo 1.
                                                      19. Dislipidemias: hipercolesterolemia (aumento do colesterol) e hipertrigliceridemia (aumento do triglicérides).
                                                      20. Síndrome metabólica: Obesidade acompanhada de hipertensão, aumento da circunferência abdominal ou dislipidemia.
                                                      21. Esteatose hepática não-alcóolica (gordura no fígado).
                                                      22. Alergias alimentares.
                                                      23. Intolerâncias alimentares (lactose, frutose, rafinose e sacarose).
                                                      24. Anemias carenciais (por falta de ferro, de vitamina B12, de ácido fólico, cobre, zinco, complexo B, vitamina A).
                                                      25. Pacientes vegetarianosveganosovolactovegetarianoscrudivoristas.
                                                      26.  Constipação intestinal (intestino preso).
                                                      27. Diarreia aguda ou crônica.
                                                      28. Síndrome do Intestino Curto.
                                                      29. Dispepsias correlacionadas à ingestão de alimentos específicos (má digestão).
                                                      30. Alterações da Permeabilidade intestinal (leaky Gut), Disbiose intestinal.
                                                      31. Síndrome de Supercrescimento bacteriano do intestino delgado (SIBO).
                                                      32. Síndrome do intestino irritável.
                                                      33. Orientações nutrológicas em Doença de crohn e Retocolite ulcerativa.
                                                      34. Aspectos nutrológicos da Fibromialgia.
                                                      35. Pacientes portadores de Fadiga ou Fadiga crônica.
                                                      36. Acompanhamento nutrológico pré-gestacional e gestacional (preparo pré-gravidez e pós-gravidez para retornar ao peso anterior e fazer suplementações necessárias).
                                                      37. Infertilidade (aspectos nutrológicos).
                                                      38. Orientações nutrológicas para cardiopatas (Insuficiência coronariana, Insuficiência cardíaca, Arritmias, Valvulopatias, Hipertensão arterial).
                                                      39. Orientações nutrológicas para pneumopatas (Enfisema, Asma, Fibrose cística).
                                                      40. Orientações nutrológicas em Hiperuricemia (aumento do ácido úric0), Gota.
                                                      41. Orientações nutrológicas em Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade.
                                                      42. Orientações nutrológicas e tratamento de pacientes com sarcopenia (baixa quantidade de músculo).
                                                      43. Orientações nutrológicas e tratamento de pacientes com osteoporose ou osteopenia.
                                                      44. Orientações nutrológicas para portadores de doenças autoimunes (artrite reumatóide, lúpus, Hipotireoidismo/tireoidite de hashimoto, psoríase, vitiligo, doença celíaca).
                                                      45. Orientações nutrológicas em portadores de HIV em tratamento com antirretrovirais.
                                                      46. Orientações nutrológicas para hepatopatas (Varizes esofagianas, Hipertensão portal, insuficiência hepática, Ascite, cirrose hepática).
                                                      47. Orientações nutrológicas para nefropatas (Insuficiência renal aguda, insuficiência renal crônica, glomerulonefrites, litíase renal).
                                                      Autor:
                                                      Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM-GO 13192 - RQE 115195
                                                      Face: Dr. Frederico Lobo
                                                      YouTube: Dr. Frederico Lobo