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quinta-feira, 22 de abril de 2021

Dormir menos de 6h/noite na meia-idade eleva em 30% o risco de demência

Chamando todos aqueles que estão privados de sono: Interrompemos seus bocejos com um anúncio importante.

Se você está tentando dormir cerca de seis horas ou menos por noite durante a semana de trabalho, está preparando seu cérebro para falhas futuras, de acordo com um novo estudo publicado terça-feira na revista Nature Communications.

Depois de acompanhar quase 8.000 pessoas por 25 anos, o estudo encontrou um risco maior de demência com uma "duração do sono de seis horas ou menos aos 50 e 60 anos" em comparação com aqueles que dormiam sete horas por noite.

Além disso, a curta duração do sono persistente entre as idades de 50, 60 e 70 também foi associada a um "risco aumentado de demência em 30%", independente de "fatores sociodemográficos, comportamentais, cardiometabólicos e de saúde mental", incluindo depressão, disse o estudo.

“O sono é importante para o funcionamento normal do cérebro e também é considerado importante para limpar proteínas tóxicas que se acumulam nas demências do cérebro", disse Tara Spires-Jones, que é vice-diretora do Centro de Ciências do Cérebro de Descoberta da Universidade de Edimburgo, na Escócia, em comunicado. Spires-Jones não participou do estudo.

"Qual é a mensagem para todos nós? As evidências de distúrbios do sono podem ocorrer muito antes do início de outras evidências clínicas de demência", disse Tom Dening, que dirige o Centro de Demência do Instituto de Saúde Mental da Universidade de Nottingham em Reino Unido, em comunicado.

“No entanto, este estudo não pode estabelecer causa e efeito", disse Denning, que não esteve envolvido no estudo. "Talvez seja simplesmente um sinal muito precoce da demência que está por vir, mas também é bastante provável que o sono insatisfatório não seja bom para o cérebro e o deixe vulnerável a doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer."

Ovo ou a galinha?

É bem sabido que as pessoas com Alzheimer sofrem de problemas de sono. Na verdade, insônia, perambulação noturna e sonolência diurna são comuns em pessoas com Alzheimer, bem como outros distúrbios cognitivos, como demência do corpo de Lewy e demência do lobo frontal.

Mas o sono insatisfatório leva à demência - e o que vem primeiro? Essa questão do "ovo e da galinha" foi explorada em estudos anteriores, com pesquisas apontando para os dois lados, de acordo com o neurocientista Jeffrey Iliff, professor de psiquiatria e ciências comportamentais da Escola de Medicina da Universidade de Washington.

“Em estudos experimentais, parece haver evidências de ovo e galinha", Iliff disse à CNN em uma entrevista anterior. "Você pode dirigir em qualquer direção."

Alguns estudos recentes, no entanto, exploraram os danos que a privação de sono pode causar.

Pessoas que têm menos REM, ou sono em fase de sonho, podem estar em maior risco de desenvolver demência, descobriu um estudo de 2017. REM é o quinto estágio do sono, quando os olhos se movem, o corpo se aquece, a respiração e o pulso se aceleram e a mente sonha.

Adultos saudáveis ​​de meia-idade que dormiram mal por apenas uma noite produziram uma abundância de placas de beta amiloide - uma das marcas da doença de Alzheimer, revelou outro estudo publicado em 2017. A beta amilóide é um composto de proteína pegajosa que interrompe a comunicação entre as células cerebrais, eventualmente matando as células à medida que se acumula no cérebro.

Uma semana de sono interrompido aumentou a quantidade de tau, outra proteína responsável pelos emaranhados associados ao Alzheimer, demência do lobo frontal e doença do corpo de Lewy, descobriu o estudo.

Ainda outro estudo de 2017 comparou marcadores de demência no fluido espinhal com problemas de sono auto-relatados, e descobriu que indivíduos que tinham problemas de sono eram mais propensos a mostrar evidências de patologia de tau, dano às células cerebrais e inflamação, mesmo quando outros fatores como depressão, massa corporal, doenças cardiovasculares e medicamentos para dormir foram levados em consideração.

“Nossas descobertas se alinham com a ideia de que dormir pior pode contribuir para o acúmulo de proteínas relacionadas ao Alzheimer no cérebro", disse Barbara Bendlin, do Wisconsin Alzheimer's Disease Research Center, à CNN em uma entrevista anterior sobre o estudo de 2017.

"O fato de podermos encontrar esses efeitos em pessoas cognitivamente saudáveis ​​e próximas da meia-idade sugere que essas relações aparecem cedo, talvez oferecendo uma janela de oportunidade para intervenção", disse Bendlin.

Como o novo estudo acompanhou uma grande população por um longo período de tempo, ele adiciona "novas informações ao quadro emergente" sobre a ligação entre a privação de sono e a demência, disse Elizabeth Coulthard, professora associada em neurologia da demência na Universidade de Bristol em Reino Unido, em comunicado.

“sso significa que pelo menos algumas das pessoas que desenvolveram demência provavelmente ainda não a tinham no início do estudo, quando seu sono foi avaliado pela primeira vez", disse Coulthard, que não estava envolvido no estudo.

"Isso reforça a evidência de que o sono ruim na meia-idade pode causar ou piorar a demência na vida adulta", disse ela.

Neste momento, a ciência não tem um "caminho infalível para prevenir a demência", mas as pessoas podem mudar certos comportamentos para reduzir seu risco, disse Sara Imarisio, que dirige iniciativas estratégicas na Pesquisa de Alzheimer no Reino Unido, em um comunicado. Imarísio não participou do estudo.

"A melhor evidência sugere que não fumar, apenas beber com moderação, permanecer mentalmente e fisicamente ativo, seguir uma dieta balanceada e manter os níveis de colesterol e pressão arterial sob controle podem ajudar a manter nossos cérebros saudáveis ​​à medida que envelhecemos."

Fonte: https://edition.cnn.com/2021/04/20/health/sleep-dementia-risk-study-wellness/index.html

sábado, 8 de julho de 2017

Perda de sono pode levar a ganho de peso?

Um sono ruim pode nos tornar mais propensos a comer mais e a ganhar peso, apontam os resultados preliminares de uma pesquisa.

Cientistas suecos dizem que uma qualidade de sono ruim e menos horas na cama podem estimular a produção de um hormônio que nos faz sentir fome.

Eles dizem que isso pode afetar a forma como o organismo gera energia a partir do alimento.

Vida moderna

Um número crescente de pessoas está apresentando problemas de sono em nosso mundo moderno, que funciona 24 horas por dia e sete dias por semana. Diversos estudos têm focado em como a perda de sono pode afetar a capacidade do organismo de metabolizar energia.

O pesquisador Christian Benedict, da Uppsala University, que liderou o estudo, disse que a causa subjacente do aumento do risco de obesidade pelo distúrbio do sono ainda não está clara, embora acredita-se que ela possa ser causada por mudanças em apetite, metabolismo, motivação, atividade física, ou uma combinação de vários fatores.

Ele e seu grupo realizaram diversos estudos sobre o efeito da perda do sono no metabolismo energético. "Com o prejuízo do sono, homens de peso normal preferem alimentos em grandes porções, buscam por mais calorias, exibem sinais de impulsividade relacionada a alimentos, sentem mais prazer com a comida, e gastam menos energia", disse ele.

Hormônios famintos

Os últimos achados, apresentados no European Congress of Endocrinology,em Lisboa, sugerem que a perda do sono favorece os hormônios que nos fazem sentir fome.

"Nossos estudos também indicam que a perda do sono altera o equilíbrio de hormônios que promovem a saciedade, como o peptídeo 1 semelhante ao glucagon intestinal, e aqueles que promovem a fome, como o hormônio estomacal grelina", disse Benedict.

A restrição do sono também aumenta os níveis de endocanabinoides, que também estão associados ao apetite, sugerem os achados.

Os pesquisadores dizem que a perda do sono também afeta o equilíbrio das bactérias intestinais, o que tem sido amplamente implicado como um fator-chave para a manutenção do processamento de alimentos em energia pelo organismo.
Outros fatores de saúde

De acordo com Benedict: "Meus estudos sugerem que o sono representa um pilar importante da saúde metabólica, incluindo a manutenção do peso."

"No entanto, é preciso ter em mente que nossa saúde depende da relação de uma variedade de fatores modificáveis (por exemplo, exercício, dieta, avaliações regulares de saúde) e de fatores não modificáveis (por exemplo, os genes), e não apenas do sono. Em outras palavras, dormir cerca de sete horas, como recomendado pelos especialistas, não irá beneficiar sua saúde se seu estilo de vida é inadequado em outros aspectos".
Os resultados do estudo devem ser tratados com cautela, uma vez que ainda precisam ser publicados em um periódico revisado por pares.

Fonte: http://portugues.medscape.com/verartigo/6501248

sábado, 3 de setembro de 2011

Qualidade de sono interferindo no peso

A associação entre as mudanças nos hábitos de sono da população e o aumento de peso tem chamado a atenção da ciência. Já no início da década de 1990, o British Medical Journal publicou um editorial alertando sobre uma "epidemia de insônia" que estaria em vias de ser deflagrada pela "agitação da vida moderna".

Estudos mostram que pessoas com privação de sono ou má qualidade do mesmo apresentam uma tendência ao aumento de peso devido às alterações hormonais ocorridas por conta desta privação.

Iniciou-se em 1989 uma avaliação com 1.024 pessoas, entre 30 e 60 anos, participantes do Wisconsin Sleep Cohort Study, que tiveram seu sono monitorado pela técnica de polissonografia, com eletrodos e sensores não-invasivos. Em seguida, amostras sangüíneas foram retiradas em jejum para medir as concentrações de leptina, grelina, adiponectina, glicose, insulina e lipídios. A análise dos resultados mostrou que há uma relação de proporcionalidade entre a duração do sono e os níveis dessas substâncias. Entre os pacientes acompanhados, quando o tempo de sono foi curto (± 5 horas), os testes mostraram diminuição de 15,5% nos níveis de leptina (hormônio da saciedade) e aumento de 14,9% nos níveis de grelina (estimulante da fome) em relação ao tempo de sono dos indivíduos com 8 horas.

As pesquisas revelam que indivíduos que dormem poucas horas por noite apresentam redução nos níveis de leptina e um acréscimo similar na concentração de grelina. Sabe-se que a leptina, hormônio produzido pelos adipócitos, liga-se ao núcleo ventromedial do hipotálamo, conhecido como centro do apetite, e sinaliza para esse que o organismo está saciado.

Este hormônio leptina inibe neurônios produtores do neuropeptídeo Y, relacionado aos sinais de fome, e é responsável pela secreção do hormônio estimulador dos melanócitos (αMSH), um mediador da saciedade. A grelina, por sua vez, é um hormônio peptídico produzido pelo estômago e pela porção inicial do intestino delgado, com a função de estimular a captação de alimentos e a síntese de hormônio do crescimento ou somatostatina, indutora da multiplicação celular.

O que se concluiu foi que quando se dorme pouco ou mal à noite, a leptina cai e a grelina sobe, despertando o desejo por carboidratos (pães, massas, etc), que, por sua vez, leva ao maior acúmulo de gordura.
Outra pesquisa liderada por Amy Wolfson do Colégio da Cruz Vermelha, Massachusetts, Estados Unidos, indicou ainda a interferência da privação do tempo de sono sobre a aprendizagem de adolescentes. Os indivíduos com notas inferiores dormiam cerca de 25 minutos menos e iam para a cama 40 minutos mais tarde (< 6,5h de sono diário) que seus companheiros com resultados melhores.

Portanto, valorizar uma boa noite de sono é essencial na prevenção ou tratamento da obesidade bem como na aprendizagem. Durante o sono ocorrem vários processos metabólicos que, se alterados, podem afetar o equilíbrio de todo o organismo a curto, médio e longo prazo. Esses processos ajudam na consolidação da aprendizagem, da memória e inclusive no gasto energético basal. Para que eles aconteçam, o organismo utiliza energia (como um carro para andar usa combustível), que provém da alimentação. Por isso o sucesso do tratamento da obesidade depende do fracionamento das refeições, exercícios físicos regulares e uma boa noite de sono.

O aumento no número de refeições diárias com ingestão calórica total monitorada e diminuição da quantidade total de carboidratos pode levar à redução do índice de insulina no organismo, que reduzido, diminui o índice de glicose. Assim, o organismo vai precisar buscar outras fontes de energia, como a gordura que está armazenada no próprio corpo. Isso pode acarretar o consumo de 70 a 100 g de gordura por noite bem dormida.

Portanto, quando o nutricionista alemão Detlef Pape garante que "o sono consolida a aprendizagem, a memória e ajuda a renovação da energia física queimando de 70 a 100 g de gordura por noite", está dizendo a mais absoluta verdade. Não perca mais tempo, desligue tudo e boa noite.

Fonte: http://www.ibsweb.com.br/clinicanutricional/index.php?option=com_content&task=view&id=147&Itemid=81

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Falta de sono piora o controle glicêmico

Um recente estudo publicado na revista Diabetes Care mostrou que o sono é um dos fatores fisiológicos que influenciam na regulação da glicose no diabetes tipo 1. O estudo foi conduzido pela Dra Esther Donga, da Universidade de Leiden na Holanda.Para chegar a essa conclusão, Dra Donga selecionou 7 pacientes com diabetes tipo 1. Eles tinham os seguintes dados demográficos médios:

IMC - 23,5 Kg/m2 Idade – 44 anos

Tempo de diabetes – 23 anos A1c – 7,6%

Ela estudou os pacientes em dois momentos. Após uma boa noite de sono e após uma noite mal dormida, somente 4 horas de sono. Todas as análises eram feitas após uma noite dormida na clínica. Todos usavam bomba de infusão de insulina, com metas glicêmicas semelhantes. Após cada noite do estudo, os pesquisadores realizaram um exame de clamp euglicêmico hiperinsulinêmico.

Os dados publicados mostram que a privação do sono não afeta a glicemia de jejum, a produção de ácidos graxos livres nem a produção hepática de glicose. Entretanto a captação da glicose (glucose disposal rate) durante o clamp foi menor quando os pacientes tinham uma noite com sono restrito há 4 horas. (25.5 versus 22.0 micromoles x kg de massa magra (LBM)-1 x min-1).

Em outros estudos, a Dra Donga quer continuar a explorar o efeito da duração do sono e da qualidade do sono no metabolismo da glicose em pacientes com diabetes, além disso, ela irá estudar as características do sono em idosos com resistência à insulina, para determinar em que medida esta resistência à insulina pode ser causada por perturbações do sono.


Do ponto de vista prático, a falta de sono pode determinar uma maior necessidade temporária de insulina para os portadores de diabetes.

Fonte: http://www.diabetes.org.br/colunistas-da-sbd/diabetes-em-foco/1284-dormindo-pouco-cuidado-com-a-glicose-falta-de-sono-pode-piorar-o-controle-do-diabetes

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Boas noites de sono fortalecem a memória e a criatividade, diz estudo

Os benefícios do sono para a saúde já são amplamente reconhecidos e, por isso, é recomendado que durmamos uma quantidade suficiente para descansarmos - em média, de sete a oito horas por noite. Agora, um recente estudo da Universidade de Notre Dame, nos EUA, indica que, além de ajudar a consolidar memórias, uma boa noite de sono parece reorganizar as memórias, coletando detalhes emocionais, para ajudar a produzir ideias novas e criativas.

Em artigo recentemente publicado na revista Current Directions in Psychological Science, a pesquisadora Jessica D. Payne afirma que uma das primeiras coisas que as pessoas abrem mão nesta “sociedade de ritmo acelerado” é o sono, e isso acontece porque muitos acreditam erroneamente que o cérebro não faz nada durante o sono. Entretanto, ela destaca que “o sono deixa a memória mais forte e parece fazer algo muito mais interessante, que é reorganizar e re-estruturar memórias”.

Estudando o que acontece às memórias durante o sono, os especialistas descobriram que as pessoas tendem a “cair” na parte mais emocional de suas memórias quando estão dormindo - por exemplo, se a pessoa viu um “objeto emocional”, como um carro destruído, elas são mais propensas a, após uma noite de sono, se lembrar desse objeto do que de palmeiras que estavam na mesma imagem. Além disso, as regiões cerebrais envolvidas na consolidação das emoções e da memória seriam as mais ativas durante o sono.

“Durante o sono, o cérebro está ocupado, e não é apenas consolidando as memórias. Ele está as organizando e escolhendo as mais importantes”, explica a pesquisadora, destacando que isso é o que pode fazer com que as pessoas tenham ideias novas e criativas. “Permito-me ter oito horas de sono todas as noites. E não costumava fazer isso até começar a avaliar esses dados. Podemos ir longe com menos horas de sono, mas isso tem um efeito profundo em nossas habilidades cognitivas”, conclui a especialista.

Fonte: http://boasaude.uol.com.br/news/index.cfm?news_id=8811&mode=browse

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Multivitamínicos podem perturbar o sono, indicam estudos

Por Anahad O'Connor do The New York Times

Cientistas descobriram um índice levemente maior de sono insuficiente ou interrompido em pessoas que tomavam suplementos multivitamínicos

Milhões de americanos tomam suplementos multivitamínicos todos os dias, na esperança de obter vários tipos de benefícios para a saúde. Mas quando se trata de uma boa noite de sono, será que essas pílulas podem prestar um desserviço?

Ao longo dos anos, relatos sugeriram isso. Alguns usuários alegam que esses suplementos reduzem seu sono e levam a despertar mais frequente no meio da noite. Em um estudo realizado em 2007, pesquisadores recrutaram centenas de participantes e investigaram seus hábitos de sono - incluindo seu uso de vitaminas e medicações -, e então pediram que eles mantivessem um "diário do sono" por duas semanas.

Após controlar fatores como gênero, idade e outras variáveis, os cientistas descobriram um índice levemente maior de sono insuficiente ou interrompido em pessoas que tomavam suplementos multivitamínicos. Mas por terem encontrado apenas uma associação, eles não puderam excluir a possibilidade de que as pessoas com sono mais pobre simplesmente são as com maior tendência a buscar os multivitamínicos.

Se há um efeito, o problema é separar os efeitos das vitaminas individuais. Há alguma evidência de que a vitamina B produz alguma consequência. Alguns estudos mostram que ingerir vitamina B6 antes de ir para a cama pode levar a sonhos muito vívidos, o que pode acordar as pessoas. A B6 ajuda o corpo a converter triptofano em serotonina, um hormônio que afeta o sono. Outros estudos mostram que a vitamina B12 pode afetar os níveis de melatonina, promovendo a vigília.

Para aqueles que suspeitam que seus suplementos multivitamínicos podem estar abreviando seu sono, a melhor solução pode ser simplesmente tomar as pílulas pela manhã, ou pelo menos algumas horas antes de ir para a cama.

Sendo assim, há evidências de que suplementos multivitamínicos podem perturbar o sono noturno.

FONTE: http://tinyurl.com/348no8l

terça-feira, 19 de setembro de 2023

Uso de polivitamínicos indiscriminadamente podem perturbar o sono, indicam estudos

 Cientistas descobriram um índice levemente maior de sono insuficiente ou interrompido em pessoas que tomavam suplementos multivitamínicos

Milhões de americanos tomam suplementos multivitamínicos todos os dias, na esperança de obter vários tipos de benefícios para a saúde. Mas quando se trata de uma boa noite de sono, será que essas pílulas podem prestar um desserviço?

Ao longo dos anos, relatos sugeriram isso. Alguns usuários alegam que esses suplementos reduzem seu sono e levam a despertar mais frequente no meio da noite. Em um estudo realizado em 2007, pesquisadores recrutaram centenas de participantes e investigaram seus hábitos de sono - incluindo seu uso de vitaminas e medicações -, e então pediram que eles mantivessem um "diário do sono" por duas semanas.

Após controlar fatores como gênero, idade e outras variáveis, os cientistas descobriram um índice levemente maior de sono insuficiente ou interrompido em pessoas que tomavam suplementos multivitamínicos. Mas por terem encontrado apenas uma associação, eles não puderam excluir a possibilidade de que as pessoas com sono mais pobre simplesmente são as com maior tendência a buscar os multivitamínicos.

Se há um efeito, o problema é separar os efeitos das vitaminas individuais. Há alguma evidência de que a vitamina B produz alguma consequência. Alguns estudos mostram que ingerir vitamina B6 antes de ir para a cama pode levar a sonhos muito vívidos, o que pode acordar as pessoas. A B6 ajuda o corpo a converter triptofano em serotonina, um hormônio que afeta o sono. Outros estudos mostram que a vitamina B12 pode afetar os níveis de melatonina, promovendo a vigília.

Para aqueles que suspeitam que seus suplementos multivitamínicos podem estar abreviando seu sono, a melhor solução pode ser simplesmente tomar as pílulas pela manhã, ou pelo menos algumas horas antes de ir para a cama.

Sendo assim, há evidências de que suplementos multivitamínicos podem perturbar o sono noturno.

Fonte: http://tinyurl.com/348no8l

sábado, 15 de novembro de 2014

Ácido graxos relacionados a melhor sono em crianças

Os problemas do sono em crianças estão associados a problemas de saúde, problemas comportamentais e cognitivos, assim como deficiências de ácido docosahexaenóico (DHA, um tipo de ômega 3)

Algumas evidências suportam um papel para esses ácidos graxos na regulação do sono, mas esta questão tem recebido pouca investigação. Um recente estudo, então, avaliou as associações entre as concentrações de ácidos graxos no sangue (a partir de amostras de sangue do dedo) com o sono (através de um questionário de pais) em uma grande amostra epidemiológica de crianças saudáveis com idades entre 7-9 anos ( n = 395) de escolas britânicas tradicionais.

Tratou-se de um estudo randomizado controlado, que avaliou se a suplementação de 16 semanas (600 mg/dia) com ácido docosahexaenóico versus placebo pode melhorar o sono em um subconjunto dessas crianças ( n = 362). Em uma subamostra selecionada aleatoriamente ( n = 43), o sono também foi avaliada objetivamente via actigrafia.

Em 40% da amostra epidemiológica, crianças apresentaram problemas de sono em nível clínico. Além disso, os distúrbios do sono foram associados fracamente, mas significativamente com menores níveis séricos de ácido docosahexaenóico.

Entretanto, o tratamento não mostrou efeitos significativos sobre as medidas subjetivas de sono. No entanto, na pequena subamostra submetida a actigrafia, a suplementação de ácido docosahexaenóico levou, em média, a 58 min a mais horas de sono por noite.

Cautelosamente, podemos concluir que os níveis sanguíneos elevados de ácido docosahexaenóico podem relacionar-se com um melhor sono da criança.

As principais fontes de DHA: salmão, sardinha, atum, anchova, óleo de fígado de bacalhau.

Fonte: Journal of Sleep Research; Volume 23 , Issue 4 , páginas 364-388 , ago 2014
Link para o estudo: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/jsr.12212/full

sábado, 8 de maio de 2010

Privação de sono pode contribuir para a obesidade, indica estudo




Na edição de Março/2010 do American Journal of Clinical Nutrition, pesquisadores franceses afirma que é provável que a privação de sono contribua para a obesidade, ocorra pelo fato de a privação do sono ocasione uma redução da leptina (hormônio relacionado à saciedade e que também facilita o gasto de energia pelo organismo) e um aumento na secreção de grelina (substância responsável por estimular o apetite).


Fonte: Arq Bras Endocrinol Metab

Dormir bem pode ajudar a prevenir a obesidade, pois uma noite mal dormida é associada ao aumento no consumo de alimentos e nos níveis de atividades físicas necessárias para o gasto de energia.

A pesquisa avaliou 12 homens jovens e saudáveis que tiveram, em duas noites, 8h e 4h de sono em laboratório, e acesso livre à alimentação durante o dia.

Avaliando a dieta, os níveis de atividades físicas e as sensações de fome, saciedade, desejo por alimentos específicos e sono, os pesquisadores notaram que os voluntários consumiram 22% mais calorias no dia após a restrição do sono, e apresentaram mais fome antes do café da manhã e do jantar após dormirem apenas 4h.

Além disso, mesmo tendo maiores níveis de atividades físicas após a restrição do sono, os voluntários tinham maior sensação de sono neste período do que após a noite em que dormiam por 8h.

“Uma noite de sono reduzido, subsequentemente, aumenta a ingestão de alimentos e, em menor extensão, a estimativa de atividade física relacionada ao gasto de energia em homens saudáveis”, destacou o pesquisador Laurent Brondel, na publicação. “Esses resultados experimentais, se confirmados por medidas de balanço de energia em longo prazo, sugerem que a restrição do sono poderia ser um fator que promove a obesidade”, concluíram os autores.

Fonte: Sleep restriction and appetite control: waking to a problem?
Chaput et al. Am J Clin Nutr.2010; 91: 822-823


Para quem quiser ler mais:
Tem um artigo elaborado por pesquisadores da USP procurando correlacionar alterações neurohormonais decorrentes da privação de sono, com Obesidade.

domingo, 5 de abril de 2015

Posicionamento da SBEM sobre Melatonina


Recentemente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) foi questionada sobre a atual situação do uso da melatonina no Brasil.  Segundo contatos mantidos com representantes da entidade, foi informado que a melatonina não está registrada no Brasil, mas que pode ser registrada se alguma indústria farmacêutica manifestar interesse.

No mesmo informe, mais adiante, a ANVISA informa que é possível importar o produto e receber no Brasil, desde que tenha sido receitada por um médico e seja para uso exclusivo desse paciente.


POSICIONAMENTO DA Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) SOBRE A MELATONINA

A melatonina (N-acetil-5-metoxitriptamina) é um hormônio indolaminérgico (PM= 232,3), sintetizada a partir do triptofano e derivada da serotonina após duas transformações enzimáticas que a acetilam e substituem o grupamento hidroxila pelo metóxi.

A melatonina é produzida pela glândula pineal na vigência de estimulação noradrenérgica simpática, através de inervação pós-ganglionar originada no gânglio cervical superior. Diferentemente dos hormônios dependentes do eixo hipotálamo-hipofisário, a produção de melatonina não está sujeita a mecanismos de retroalimentação sendo que, portanto, a sua concentração plasmática não regula sua própria produção.

Por outro lado, uma característica funcional essencial desse sistema é ser estritamente controlado pelo sistema de temporização circadiano de tal forma que a produção diária de melatonina obedece precisamente uma produção rítmica circadiana sincronizada ao ciclo de iluminação ambiental característico do dia e da noite.

Além disso, essa produção rítmica diária é tal que, em qualquer espécie considerada, o pico de produção se dá durante a noite. Essa característica de produção atribui à melatonina um papel extremamente importante que é o de ser essencial no processo de sincronização circadiana do organismo, em particular, do sono e vigília e do metabolismo energético.

Outra característica importante do sistema funcional neural que regula a síntese de melatonina é que luz presente no meio ambiente à noite pode bloquear, completamente, até, (dependendo de sua intensidade e comprimento de onda, principalmente a luz azul de 480 nm), a síntese de melatonina pineal.

A melatonina, além de ações diretas, independentes de receptores, como sobre os radicais livres de oxigênio e nitrogênio, age, também, através de seus receptores específicos. Há três tipos de receptores de membrana, adequadamente clonados e molecularmente caracterizados. Os receptores de alta afinidade, MT1 também chamado de (MTNR1A ou Mel1A) e MT2 (MTNR1B ou Mel 1B), pertencem à superfamília dos receptores ligados à proteína G.

Em particular, ligam-se às proteínas Gi ou G0, podendo promover uma redução na produção do AMPc. No caso do MT1, além de ligar-se à Gi, o receptor tem afinidade pelas proteínas Gq ou G11 o que lhe confere a característica de, ativando a fosfolipase C, aumentar a produção de diacilglicerol e IP3, podendo, por consequência, aumentar a concentração intracelular de cálcio e atividade da PKC.

Os mecanismos mobilizados pela Gi, quando da ativação do receptor MT2, podem também resultar numa redução do GMPc. Esses receptores de alta afinidade estão distribuídos por todo o organismo desde o sistema nervoso central, onde está presente em muitas estruturas, até a periferia do organismo, sendo encontrados em muitos órgãos e  tecidos. O terceiro tipo de receptor de membrana para melatonina existente em mamíferos é o MT3, um receptor cuja estrutura molecular é muito parecida com uma enzima, a quinona redutase, e cujas ações não estão completamente esclarecidas. O receptor nuclear com afinidade para a melatonina é um receptor órfão da família dos receptores de ácido retinóico do tipo RZR/ROR.

Alguns dos efeitos atribuídos a essa interação são a regulação da expressão da enzima lipo-oxigenase, da expressão das enzimas antioxidantes, da síntese de interleucina 2 e seu receptor, além da regulação da síntese do receptor de estrógeno do tipo E2α.

A melatonina tem seu uso estabelecido na clínica médica no tratamento de alguns distúrbios do sono como insônia por fase retardada, ciclo vigília-sono com períodos diferentes de 24h, latência prolongada para o sono, fragmentação do sono, distúrbios comportamentais do sono REM, correções do sono do idoso, dessincronização entre o ciclo vigília-sono e o dia e a noite, como observado com frequência em alguns tipos de cegueira (pré-quiasmáticas).

Além disso, e por ser um importante agente regulador do ciclo vigília-sono (mas não só, também como um agente antioxidante, antiamiloidogênico, neurotrófico e neuroplástico) é usado como um coadjuvante terapêutico em doenças neurológicas e degenerativas (como doenças do espectro do autismo, síndrome de déficit de atenção e hiperatividade, Smith- Magenis, etc) que resultam em distúrbios do sono e dos ritmos biológicos circadianos.

Particularmente, em relação a esses últimos, a melatonina é vista como um poderoso cronobiótico, isto é, um agente capaz de sincronizar circadianamente muitas funções do organismo. Por isso tem, também, sido usada na correção dos distúrbios causados pelo "jet-lag".

Dado o enorme avanço nas pesquisas sobre o papel fisiológico da melatonina, seu uso e de seus análogos farmacológicos como agentes terapêuticos na clínica médica tem se expandido
enormemente, ainda que, em muitos casos, esteja em fase de experimentação clínica.

Assim, a melatonina ou seus análogos têm sido usados no tratamento de certos tipos de enxaqueca, em distúrbios depressivos, anestesia, como um coadjuvante no tratamento antitumoral e/ou antimetastático, como um poderoso agente limitador das lesões pós-isquêmicas (associadamente à hipotermia no caso da hipóxia e isquemia perinatais, na displasia broncopulmonar do prematuro, AVC), em doenças metabólicas, síndrome do ovário policístico, etc.

Em relação a esse último uso, acumulou-se, nos últimos 20 anos, sólidas evidências experimentais e algumas clínicas, sobre o importante papel da melatonina na regulação do metabolismo energético. Assim, animais ou indivíduos que apresentam ausência ou redução da produção de melatonina, desenvolvem resistência insulínica, intolerância à glicose, distúrbios na secreção de insulina, dislipidemia, distúrbios do balanço energético e obesidade.

Além disso, a habitual distribuição diária do metabolismo associada ao ciclo vigília-sono e ao ciclo de ingestão alimentar-jejum desaparece completamente. Ou seja, o ciclo metabólico diário caracterizado por uma fase que associa temporalmente o aumento da sensibilidade insulínica e aumento na sua secreção estimulada por glicose ao grande surto diário de alimentação, e por outra fase que associa a resistência insulínica, principalmente hepática, e a subsequente neoglicogênese ao período de sono ou repouso, desaparece completamente, caracterizando um quadro onde há uma perturbação da ritmicidade circadiana, chamado de cronorruptura.

Dessa forma, a ausência ou redução na produção de melatonina provoca distúrbios metabólicos e distúrbios rítmicos circadianos que acabam intensificando uns aos outros, e culminando em uma das consequências imediatas desse círculo vicioso que é a ocorrência da obesidade.

Além dessa maneira que a melatonina tem de regular o peso corpóreo, há outra mais direta, que se dá através do seu papel na regulação do balanço energético. Assim, toda a energia ingerida através da alimentação é utilizada ou armazenada nos estoques energéticos para uso futuro.

Há evidências experimentais sólidas mostrando que a melatonina age regulando cada uma das etapas do balanço energético: a ingestão alimentar, o fluxo de energia para e dos estoques, e o dispêndio energético.

A melatonina é um hormônio que, principalmente por ação central, regula a ingestão alimentar reduzindo-a, ainda que ligeiramente; regula a produção e secreção de insulina, glucagon e cortisol, organizando, assim, o fluxo das reservas energéticas para e dos estoques; e, mais importantemente, aumenta o dispêndio energético, aumentando a massa e a atividade do tecido adiposo marrom e aumentando o escurecimento (browning) do tecido adiposo branco.

Pode, portanto, ser visto como mais um fator hormonal antiobesogênico. Deve-se lembrar, ainda, que há, comercialmente disponíveis, vários medicamentos que sendo análogos da melatonina, agem em seus receptores com efeitos diferenciais. Assim, são exemplos, o Ramelteon (Rozerem®), a Agomelatonina (Valdoxan®, Melitor®, Thymanax®), o Talsimeteon® e a Piromelatina®. Além deles, há o Circadin® (Neurim) que é a própria melatonina.

 Dr. Alexandre Hohl
Presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia​

Dr. Márcio Mancini
Médico Endocrinologista

Dr. Bruno Halpern
Médico Endocrinologista


Fonte: http://www.endocrino.org.br/posicionamento-sobre-uso-da-melatonina/

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Métodos de Higiene do sono: o que auxilia e o que prejudica o sono

Com frequência, vários pacientes me questionam o porquê de no questionário pré-consulta, faço várias perguntas com relação ao quarto da pessoa. Se é claro, se é escuro, se há eletrodomésticos plugados na tomada durante a noite de sono, se o celular permanece ligado e próximo ao corpo.

Bem, a explicação básica para essas perguntas é a questão do eletromagnetismo. Um tema ainda pouquíssimo explorado na medicina, mas que acredito que em poucos anos muitas informações serão lançadas nas bases de dados... talvez já seja tarde.

E todo esse eletromagnetismo afeta seu sono. Mas como ? A pineal para liberar um dos maiores hormônios do nosso corpo, precisa ter o mínimo possível de eletromagnetismo ao seu redor. Portanto, abaixo algumas dicas para um sono mais saudável. É o que aprendi a denominar de Métodos de Higiene do sono.

1. Fortalecendo o ritmo circadiano:
  • Manter um horário regular de sono-vigília, levantar diariamente no mesmo horário e deitar de preferência antes das 23:00
  • Evitar cochilos durante o dia
  • Realizar uma quantidade diária de exercícios (exceto 2 horas antes de dormir)
2. Evitar a ativação endógena do Sistema nervoso simpático:
  • Principais ativadores são fome, medo, dor, preocupação, fazer força para dormir e ansiedade de desempenho no sono
  • Não tentar adormecer, deixar o sono vir naturalmente
  • Comer um lanche leve algumas horas antes de dormir
  • Tomar um banho morno de 10 minutos antes
3. Evitar a ativação exógena do Sistema nervoso simpático:
  • Principais ativadores são cafeína, nicotina, exercícios, calor, sons estranhos, barulho, luminosidade, eletroeletrônicos
  • Isolar o quarto de ruídos, luminosidade e eletromagnetismo
  • Certificar-se de que o quarto não está excessivamente quente
  • Não fazer refeições pesadas perto da hora de dormir, evitar alimentos psicoestimulantes (canela, cafeína)
  • Parar de fumar ou evitar o fumo perto da hora de dormir
4. Orientações nutricionais pró-melatonina:
  • Consumir principalmente no café da manhã, alimentos ricos no aminoácido TRIPTOFANO, o precursor da serotonina (substância responsável pela promoção da sensação de bem-estar), que é quem dará origem à melatonina:
  • leite e iogurte desnatado, queijo branco (caso não tenha intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite de vaca)
  • Carnes magras
  • Castanhas
  • Evitar: alta ingestão de gorduras e carboidratos refinados, refrigerantes, café, chá verde

Dr. Frederico Lobo (CRM-GO 13192)

domingo, 19 de junho de 2016

Quais alimentos fazem seu bebê dormir melhor? Ou: conheça a melatonina

Como prometi, esse é o grand finale da série sobre sono em bebês.
E para fechar a série queria dar uma dica que não tem em nenhum dos mil livros de sono no bebê que você já leu, nas noites insones…
Conheça a melatonina
Pois é, como já escrevi, uma das condições necessárias para seu filho dormir, é liberar adequadamente o hormônio melatonina, que é produzido no cérebro, na glândula pineal.
Sempre se pensou que a melatonina fosse exclusividade dos animais, que plantas não o produziam (planta dorme?), mas tudo faz sentido quando se estuda a fundo o assunto..
A melatonina, além de ser um indutor do sono, é um potente anti-oxidante, ajudando à “limpar” toda a “sujeira” produzida pelo seu corpo ao longo do dia.
Com certeza você já ouviu dizer que o sono envolve a reparação do corpo e a Melatonina é o maestro desse processo noturno de “faxina orgânica”.
Pois é, mas aí alguns cientistas avaliaram a disponibilidade de Melatonina em plantas e eureka! – ela estava lá.

Quais alimentos tem melatonina

No artigo do link acima está uma lista completa da concentração de melatonina em plantas, mas destaco, por ordem de concentração:
  • Cerejas (as maiores fontes dentre as frutas!)
  • Banana
  • Tomate
  • Morango
  • Mirtilos
  • Linhaça
  • Amêndoas
  • Arroz
  • Mostarda
  • Lentilhas
  • Brócolis

Mas ainda dá pra ficar melhor

E quando você junta com alimentos com Triptofano, um aminoácido que ajuda a produzir a serotonina, que também ajuda no sono, aí as coisas melhoram mais ainda.
Fontes de triptofano:
  • Espinafre
  • Ovos
  • Sementes de gergelim
  • Peixe
  • Frango
  • Lentilhas
  • Arroz negro
  • Grão de bico
  • Bananas
  • Cerejas
Viu que tem alimentos com Melatonina e Triptofano ao mesmo tempo?!?!?
Deus é maravilhoso, não?
A melatonina também está presente em ervas/fitoterápicos, mas estas só podem ser prescritas e usadas com orientação médica.
Mas Doutor, você não tem aí nenhuma receitinha?
Pois é, para não decepcionar, como não sou um Masterchef, mas tenho amigos que o são, pedi à minha amiga Patrícia Ayres, estudante de nutrição e culinarista de mão cheia, para criar três receitas especiais, que você pode incluir na alimentação do seu bebê, para ajudá-lo a dormir.
A primeira receita já está aqui neste post. Amanhã e sábado publico as outras. Fique atenta!
Imprima, cole na geladeira e faça!

Receita 1 – Smoothie do Soninho

smoothie-do-soninho
  • Tempo de preparo: Rápido.
  • Facilidade de preparo: Fácil.
  • Rendimento: 1 porção.
Ingredientes
      • 1 banana madura.
      • ½ xícara de leite de coco.
      • 1 colher de sopa de farinha de linhaça.
      • ½ colher de sopa de uva passa.
      • 1 colher de sopa de amêndoas.
Instruções
  • Comece batendo a banana e o leite de coco até adquirir cremosidade.
  • Adicione o restante dos ingredientes e bata por 1 minuto.
Dicas da Paty
Se não conseguir achar farinha de linhaça de boa procedência, faça a sua. Basta bater a linhaça no liquidificador e guarde na geladeira.
Deixe as amêndoas de molho de um dia para o outro. Dessa forma fica mais fácil triturar. Pode tirar a pele, se preferir.

Mais receitas?

Repito: acessem novamente nosso blog amanhã e depois. Teremos mais duas receitas exclusivas e deliciosas da Paty.

Finalizando a série do sono

Sei que sono é um tema bastante extenso e que gera sofrimento e descabelamento de mães e pais, ainda mais em crianças maiores que 3 anos de idade.
Mas o intuito da série do sono, foi tentar ajudar vocês a começar certo, para depois não tentar aprumar o trem desgovernado.
Quem sabe no futuro não faço uma série com os maiores de 3 anos?
Se gostou, curta e compartilhe!
Ajudem os filhos dos seus amigos a dormir com #comidadeverdade

Fonte: http://www.pediatradofuturo.com.br/category/sono/

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Insônia pode complicar diabetes

Para diabéticos, a má qualidade do sono pode trazer complicações para a doença e dificultar o tratamento. Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Northwestern e na Universidade de Chicago (ambas nos EUA) associou medições de glicose e qualidade de sono em diabéticos e não diabéticos, e concluiu que até mesmo a resistência da pessoa à insulina pode ser afetada por problemas de sono.

A má qualidade de sono é um problema que geralmente acompanha a diabetes e existem pesquisas que propõe que ela seja também um dos fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Em pessoas que sofrem de diabetes 2, problemas como apneia e distúrbios do sono são mais comuns.

“Pior qualidade de sono em pessoas com diabetes foi associada ao pior controle dos seus níveis de glicose no sangue. Pessoas que têm problemas para controlar seus níveis sanguíneos de glicose têm mais riscos de terem complicações. Eles têm uma qualidade de vida reduzida. E, eles têm a expectativa de vida reduzia”, alerta a autora da pesquisa, Kristen Knutson.

Para a pesquisa, cientistas acompanharam 40 diabéticos durante seis noites. Antes do experimento, os participantes que roncavam, tinham insônia ou sofriam outros problemas para dormir reportaram suas dificuldades. Amostras de sangue foram recolhidas para a medição de níveis de insulina e glicose, e os voluntários usaram monitores no pulso para medição de movimentos durante a noite.

O experimento mostrou que os diabéticos que dormiam mal tinham níveis 23% mais altos de glicose no sangue de manhã e níveis de insulina 48% mais altos. Combinando esses números, os cientistas estimaram que diabéticos que têm problemas para dormir têm a resistência à insulina 82% mais alta do que diabéticos que dormem bem.

Para Kutson, o próximo passo para a sua pesquisa é analisar como o tratamento de problemas do sono podem ajudar no tratamento da doença. “Para alguém que já tem diabetes, adicionar um tratamento de sono, seja ele para tratar apneia ou insônia, pode ser uma ajuda adicional para eles controlarem sua doença”, ela completa.

A pesquisa foi publicada na edição de junho do periódico Diabetes Care

Fonte: http://boasaude.uol.com.br/news/index.cfm?news_id=9110&mode=browse

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Uma noite sem dormir pode alterar os genes do relógio biológico nos tecidos

Investigadores suecos da Universidade de Upsala e do Instituto Karolinska descobriram que os genes que controlam os relógios biológicos nas células de todo o organismo são alterados depois de perder uma só noite de sono. Os resultados de seu estudo serão publicados no Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism.

"Pesquisas prévias demonstraram que nosso metabolismo é afetado negativamente pela perda de sono e esta foi associada a um incremento no risco de obesidade e diabetes de tipo 2. Dado que a ablação dos genes do relógio nos animais pode causar estes estados patológicos, nossos resultados atuais indicam que as mudanças em nossos genes do relógio podem estar associados a esses efeitos negativos causados pela perda de sono", diz Jonathan Cedernaes, autor principal no estudo e investigador na Universidade de Upsala.

Para o estudo, os investigadores analisaram a 15 homens saudáveis de peso normal que em duas ocasiões separadas foram ao laboratório para permanecer quase duas noites. Durante a segunda noite, os participantes dormiram em forma habitual (mais de oito horas) em uma das duas sessões, enquanto que se mantiveram acordados na outra dessas sessões, mas em ordem aleatória. Para minimizar a influência de diversos fatores ambientais, controlaram-se rigorosamente as condições de luz, a ingestão de alimentos e os graus de atividade no laboratório e os participantes foram limitados à cama quando se mantiveram acordados.

Depois da segunda noite nas duas ocasiões em que os homens foram estudados, obtiveram-se pequenas amostras de tecido adiposo superficial no ventre e de músculo da coxa, duas classes de tecido que são importantes para regular o metabolismo e controlar as concentrações de açúcar em sangue. Do mesmo modo, obtiveram-se amostras de sangue antes e depois que os participantes tinham consumido uma solução de açúcar para avaliar sua sensibilidade à insulina, um procedimento que no geral é realizado para descartar a apresentação de diabetes ou um estado metabólico chamado alteração da sensibilidade à insulina, que pode preceder ao diabetes tipo 2.

As análises moleculares das amostras de tecido obtidas demonstraram que a regulação e a atividade dos genes do relógio eram alteradas depois de uma noite de perda de sono. A atividade dos genes é regulada por um mecanismo chamado epigenético. Isto implica alterações químicas na molécula do DNA como os grupos metilo -um processo chamado metilação- que regula a forma em que os genes são ativados ou inativados. Os investigadores descobriram que os genes do relógio tinham um número crescente de tais marcas de DNA depois da perda de sono. Também observaram que estava alterada a expressão dos genes, que é indicativa de quanto produto de genes é elaborado.

"Até onde sabemos, somos os primeiros em demonstrar diretamente que as mudanças epigenéticos podem ocorrer depois da perda de sono em seres humanos, mas também nestes tecidos importantes", diz o Dr. Cedernaes. "É interessante que a metilação destes genes poderia alterar-se com essa rapidez, e que poderia ocorrer para estes genes do relógio biológico metabolicamente importante", continua.
As mudanças que os investigadores observaram foram, não obstante, diferentes no tecido adiposo e no músculo esquelético. "Isto poderia assinalar que estes relógios moleculares importantes já não estão sincronizados entre esses dois tecidos", diz o Dr. Cedernaes. "O 'assincronismo de relógio' entre os tecidos por si só foi associado a alterações metabólicas, por isso isto poderia indicar que estas mudanças específicas de tecidos estavam associadas a alterações da tolerância ao glicose que nossos participantes mostraram depois da noite que se mantiveram acordados".

Os investigadores nesta etapa não sabem o quão persistentes são estas mudanças. "Poderia ser que estas mudanças se restabelecessem depois de uma ou várias noites de sono satisfatório. Por outra parte, as marcas epigenéticas parecem poder funcionar como uma espécie de memória metabólica e se observou que são alteradas, por exemplo, em trabalhadores por turnos e pessoas que padecem diabetes tipo 2", afirma o Dr. Cedernaes. "Isto poderia significar que pelo menos alguns tipos de perda de sono ou de vigília estendida, como no trabalho por turnos noturnos, poderiam levar a mudanças no genoma dos tecidos que pode afetar o metabolismo por períodos mais prolongados", terminou dizendo o Dr. Cedernaes.

Referências: Jonathan Cedernaes et al, Acute sleep loss induces tissue-specific epigenetic and transcriptional alterations to circadian clock genes in men. JCEM. DOI:10.1210/JC.2015-2284

Fonte: http://www.medicalnewstoday.com/releases/297117.php

terça-feira, 31 de março de 2015

Cochilo reverte problemas de saúde causados por poucas horas de sono


"Nada como uma noite bem dormida!". Essa frase popular reflete a necessidade fundamental do sono para nós seres humanos. O sono tem um papel central para a homeostase dos animais superiores.

A necessidade de dormir segue intocada no processo evolutivo. O homem não escapa a essa regra. Adormecer traz benefícios para muitas funções orgânicas, especialmente para o cérebro. Nossa massa cinzenta precisa de uma preparação para cada novo dia, que é feita durante o sono, em particular no sono REM (de "rapid eyes movements") quando temos sonhos vívidos. Nesse momento elaboramos os acontecimentos e vivências do dia anterior, manifestamos desejos e emoções, organizamos as informações e consolidamos a memória. Assim ao voltarmos para o estado de vigilia, o cérebro pode funcionar em sua plenitude.

Quando não dormimos direito, fica uma sensação de cabeça pesada e raciocínio lento, por falta desse preparo. Se a falta de sono é mais severa, ou seja, comprometeu muitas noites seguidas, sua conseqüências vão ser maiores. Ela vai afetar o humor, a concentração, a memória e pode até prejudicar a cognição e o julgamento da realidade.

Um novo estudo publicado no Jornal Endocrine Society’s Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism (JCEM) afirma que um breve cochilo pode ajudar a aliviar o estresse e fortalecer o sistema imunológico das pessoas que dormiram apenas duas horas na noite anterior.

A falta de sono é reconhecida como um problema de saúde pública. Sono insuficiente pode contribuir para a redução da produtividade, além desenvolver doenças crônicas como obesidade, diabetes, pressão alta e depressão.

Segundo o National Health Interview Survey, quase três em cada 10 adultos relatam que dormem uma média de seis horas ou menos por noite.

Artigo na íntegra: http://www.endocrine.org/news-room/current-press-releases/napping-reverses-health-effects-of-poor-sleep

domingo, 27 de novembro de 2016

Melatonina ajuda a regular o sono: conheça os benefícios e contraindicações

Depois de anos de espera, no fim de outubro a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou, parcialmente, a comercialização de melatonina --o "hormônio do sono"-- no Brasil. No momento, apenas uma empresa, a Active Pharmaceutica, recebeu permissão para importá-la e vendê-la a farmácias de manipulação. Para quem não sabe, a melatonina é produzida no escuro pela glândula pineal --localizada na parte central do cérebro-- e, assim que o corpo a reconhece, assimila que é hora de dormir.

“Por isso, se você estiver em um local iluminado, mesmo que pela luz emitida pela televisão, computador ou celular, a produção diminuirá e o organismo receberá o recado de que ainda é dia”, explica Bruno Halpern, endocrinologista e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Como resultado, o relógio biológico fica desregulado e todos os demais hormônios param de funcionar corretamente, causando não só distúrbios de sono, como também uma série de problemas à saúde. Entre eles, obesidade, diabetes, envelhecimento precoce e hipertensão.

Quando tomar?

Na maioria das vezes, a melatonina é indicada para trabalhadores noturnos, que precisam dormir em horários alternativos, ou para quem tem uma rotina fora do comum. É o caso da paranaense Raissa Pestana, 25, relações públicas, que começou a tomar a substância há cerca de três meses, por recomendação de sua endocrinologista. “Praticava atividades físicas à noite e fazia plantões no trabalho às seis da manhã. Meu corpo não entendia essa rotina e meu sono era muito instável. Falei com minha médica, fiz exames e ela me receitou a quantidade de melatonina adequada. Passei a dormir melhor e ganhei mais disposição no dia a dia”, conta.

Aqueles que sofrem com o incômodo “jet lag” (alteração do ritmo biológico após mudanças do fuso horário em longas viagens de avião) também podem fazer uso. “Ela ainda pode ser indicada para melhorar o bem-estar de pacientes portadores de doenças que diminuem a produção do hormônio, como Alzheimer, Parkinson, autismo e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade”, recomenda José Cipolla Neto, professor do departamento de fisiologia do ICB-USP (Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo) e um dos maiores pesquisadores de melatonina no Brasil, com diversos artigos publicados sobre o tema. Gestantes e mulheres que desejam engravidar ou que estejam fazendo tratamento à base de estrogênio devem ficar longe da substância, uma vez que ela tem um leve efeito inibidor do hormônio feminino.

Se você não se enquadra nos casos citados, dificilmente precisará ingeri-la. E vale enfatizar: uma simples dificuldade para dormir não é suficiente para tomá-la, pois é preciso que exames solicitados por endocrinologistas ou médicos do sono comprovem sua deficiência. “Se a pessoa não tiver uma necessidade médica e, mesmo assim, fizer uso, o organismo sairá do ritmo e as consequências serão graves. Ela pode desenvolver distúrbios metabólicos e imunológicos sérios”, garante Cipolla Neto. Outros problemas desencadeadores da falta de sono, como depressão e ansiedade, também não podem ser tratados com a substância. “A melatonina vai funcionar para dormir se o problema de base for a falta do hormônio. Se você dorme mal por depressão, por exemplo, não fará efeito e precisará de outro tipo de medicamento”, explica Halpern.

Prescrição médica

A automedicação é uma realidade nos países em que sua comercialização é autorizada. O empresário Ricardo Vitay, que mora no Canadá, ingeriu melatonina pela primeira vez para aliviar os efeitos do “jet lag” e decidiu incluí-la na rotina para dormir melhor.

“Na cidade onde moro, ela é encontrada facilmente em farmácias e supermercados, sem necessidade de prescrição médica”, conta Vitay. Halpern alerta para o perigo da ingestão sem orientação de um especialista. “A automedicação é um erro grave. O horário e a dose dependem muito do quadro do paciente. A venda indiscriminada é reprovável e deve ser proibida”, salienta.

Segundo Bruno Halpern, é exatamente por essa falta de consciência dos pacientes e dos médicos que a substância ainda não foi totalmente liberada pela Anvisa. “A melatonina passou a ser receitada para qualquer coisa.” Em comunicado, a agência reguladora declarou que a análise minuciosa e a adoção de critério rigorosos para a liberação têm exatamente como objetivo “estabelecer a segurança” em relação à utilização do hormônio.

“Melatonin madness”

O primeiro registro da existência da melatonina foi feito em 1958, pelo dermatologista norte-americano Aaron Lerner. Nas décadas de 1960 e 1970, deu-se início à sua comercialização, mas o verdadeiro “boom” nas vendas aconteceu vinte anos depois. “Na década de 1990, foi observado um grande estouro nas vendas, o que apelidamos de ‘melatonin madness’ (“febre” da melatonina, em tradução livre para o português), lembra Cipolla Neto.

Além da melhora no sono, um dos motivos para o consumo, nos anos 90, era seu efeito antienvelhecimento ("baseado em experimentos questionáveis, vale ressaltar”, diz Cipolla Neto). Segundo o estudioso, a ingestão do hormônio deve ser feita somente diante de prescrição e jamais por motivos estéticos

Fonte: http://estilo.uol.com.br/vida-saudavel/noticias/redacao/2016/11/23/melatonina-ajuda-a-regular-o-sono-conheca-os-beneficios-e-contraindicacoes.htm

domingo, 6 de novembro de 2016

Posicionamento: Sobre o uso e comercialização da MELATONINA no Brasil

Sobre o uso e comercialização da MELATONINA no Brasil, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) esclarece:

  • O uso de melatonina deve ter indicação e acompanhamento médico. À luz do conhecimento atual, não existem evidências que suportem o uso da melatonina em seres humanos com ação anti-tumoral, anti-oxidante ou anti-envelhecimento.

Indicações do uso da melatonina:

- Distúrbios do sono:

  • insônia em idosos, cuja produção de melatonina é cerca de 25% menor do que em jovens;
  • insônia por retardo de fase, sono de não 24 horas, latência prolongada do sono, distúrbios comportamentais do sono REM, e distúrbios do sono em que a produção de melatonina é reduzida (excesso de luz noturna ou uso de beta-bloqueadores);

- Distúrbios do ritmo circadiano (transtornos de adiantamento ou atraso de fase; jet lag, cegueiras pré-quiasmática).

- Doenças neurológicas que cursam com distúrbio do sono, como espectro do autismo, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, síndrome de Smith-Magenis.

Possíveis benefícios da melatonina:

Existem evidências iniciais de benefício do uso da melatonina em alguns casos de:
- Enxaqueca (já existem alguns ensaios clínicos randomizados publicados)
- Depressão (seu análogo, agomelatina, é aprovado com esta indicação, inclusive no Brasil)
- Uso pós lesões isquêmicas (hipoxia e isquemia perinatais - usada associada à hipotermia; na displasia bronco pulmonar do prematuro e como agente protetor contra radiações)

A melatonina também está sendo estudada em ensaios clínicos nas doenças de Alzheimer,
Huntington e Parkinson, além de estudos em Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), Síndrome
Metabólica e alguns tipos de tumores.

Tempo de uso:
Não há limite mínimo ou máximo de tempo de uso da melatonina. Para efeitos transitórios, como em casos de jet lag, a melatonina é usada quando for necessário; para distúrbios de sono, o uso deve ser rotineiro.


Diretoria Nacional – gestão 2015/2016
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)

Fonte: http://www.endocrino.org.br/media/uploads/PDFs/melatonina_sbem_2016.pdf

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Ficar sem dormir e sua relação com a sensibilidade à insulina

A privação do sono pode aumentar o risco de adoecimento e morte. Um novo estudo investigou a diminuição da sensibilidade à insulina observada após a restrição do sono e se ela é acompanhada por mudanças na expressão de proteína-quinase B (PKB) no músculo esquelético.

Dez jovens saudáveis participaram desse estudo randomizado, que submeteu os indivíduos a duas etapas: duas noites de sono habitual e duas noites de sono restrito a 50% da duração habitual no ambiente doméstico. A tolerância à glicose e a sensibilidade à insulina foram avaliadas por um teste oral após a segunda noite de cada etapa. Amostras de tecido muscular esquelético foram obtidas para determinar a atividade PKB.

Os achados mostraram uma diminuição da sensibilidade à insulina em homens jovens saudáveis após apenas duas noites de privação de sono (p = 0,013), aumentando as chances de diabetes. Alterações na atividade PKB no músculo esquelético observadas foram inconclusivas. Para os autores, mais estudos devem ser realizados para examinar quaisquer mudanças potenciais.

Você sabia? ‘60% dos brasileiros dormem entre 4 e 6 horas por dia’

Artigo original: Skeletal muscle insulin signaling and whole-body glucose metabolism following acute sleep restriction in healthy males. Physiol Rep, 5 (23), 2017, e13498 || https://doi.org/10.14814/phy2.13498

Fonte: https://pebmed.com.br/privacao-do-sono-e-sua-relacao-com-a-sensibilidade-a-insulina/amp/?utm_source=facebook&utm_medium=adssmm&utm_conten+t=post&utm_campaign=sono