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sábado, 28 de janeiro de 2012

10 motivos médicos por trás da fadiga

Ela parece uma companheira chata que insiste em não se ausentar. Durante o dia, à noite, no trabalho e até mesmo logo após acordar, marca presença e teima em sugar as nossas energias. Estamos falando da fadiga, aquele cansaço interminável e persistente que dá a sensação de que qualquer atividade cotidiana exige um esforço sobre- humano para ser realizada.

O problema pode ser, sem dúvida, um reflexo da vida moderna. Afinal, passar horas no trânsito todos os dias, trabalhar demais e viver naquele estresse constante acaba levando ao esgotamento do corpo e da mente. Porém, existem outros casos em que a fadiga pode ser consequência de uma noite maldormida ou, mais grave ainda, sintoma de uma doença. "Muitas vezes, os pacientes se queixam de falta de energia. Mas trata-se de uma expressão muito vaga, capaz de indicar desde sonolência até depressão", analisa o neurologista Israel Roitman, especialista em medicina do sono do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista.

O fato é que a canseira exacerbada tem origem de fato no cérebro. Ele envia a todo momento impulsos elétricos para o corpo, e esses impulsos, ao chegarem aos músculos, sofrem reações químicas, resultando em energia mecânica — ou seja, nos movimentos. "A fadiga é fruto de um desequilíbrio, ou seja, quando não há harmonia entre esses estímulos", afirma Cláudio Pavanelli, fisiologista do Flamengo, no Rio de Janeiro.

É claro que ninguém está fadado a viver lutando para manter o pique em alta. Algumas mudanças no estilo de vida já ajudam a repor o gás total. Além disso, entender as causas do esgotamento é primordial para domá-lo, principalmente nos casos em que ele vem de enfermidades. Por isso, nada de desanimar: o importante é se mexer e recarregar as baterias.

A síndrome da fadiga crônica Quando o cansaço persiste por meses a fio e não tem causa definida, ele pode ganhar essa alcunha. Apesar de não ter sido completamente desvendada, os pesquisadores acreditam que a síndrome da fadiga crônica decorre de infecções e doenças autoimunes. Para contorná-la, exercícios físicos e hábitos alimentares saudáveis são essenciais.

Por que a pilha fica fraca?

1. Pré-diabetes e Diabetes
Como a principal marca da doença é a dificuldade de o açúcar entrar nas células, seja pela falta de produção de insulina, seja pela incapacidade desse hormônio de trabalhar, a glicose no sangue se eleva. "e a glicemia alta faz o indivíduo urinar mais, emagrecer e perder massa magra. Por isso, é comum diabéticos terem cansaço muscular", afirma Maria Ângela Zaccarelli, euroendocrinologista do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Além disso pacientes diabéticos frequentemente apresentam deficiência de magnésio, zinco e vitaminas do complexo B, o que por sí só ja determina a fadiga.

2. Anemia
A escassez de ferro não tem como sinal único a pele pálida. a fadiga é uma de suas características predominantes. "a anemia pode causar cansaço, sono, desânimo, queda de cabelos e até mesmo falta de ar", afirma a nutricionista Roseli Ueno, da Universidade de São Paulo. Nas mulheres, é um fenômeno mais recorrente durante a menstruação, quando a perda de sangue aumenta o déficit de ferro no organismo.

3. Apnéia
O popular ronco destrói a qualidade do sono do indivíduo. ele é duas vezes mais frequente nos homens do que nas mulheres e, por se distinguir pela interrupção da passagem do ar pela garganta, provoca o ruído e despertares breves durante a noite. essa insconstância durante o repouso noturno pode ter como consequência uma leseira sem hora para acabar no dia seguinte.

4. Depressão
Vigor abaixo de zero é um traço de quem padece desse problema. apesar de ser uma doença de origem psíquica, a depressão mina a disposição física. "Nela, ocorre um processo inflamatório dentro dos neurônios que atrapalha seu funcionamento. e isso acaba gerando o cansaço", afirma o psiquiatra teng Chei tung, do instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.

5. Fibromialgia
Essa síndrome aflora a sensibilidade para a dor. estima-se que apenas um homem a cada oito mulheres apresenta a doença, que tem raiz genética, podendo passar de mãe para filha. as dores constantes levam à debilitação. "a pessoa pode ter o sono perturbado e levantar fatigada, sem falar que a própria dor já gera indisposição", explica o reumatologista Roberto Heymann, da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

6. Doença cardíaca
Piripaques no peito também estão na lista dos motivos por trás de uma letargia. arritmia e entupimento de artérias são alguns dos precursores da canseira exacerbada. "o coração problemático não bombeia direito o sangue para todos os órgãos. Com isso, eles tendem a entrar em falência", avisa Ricardo Pavanello, supervisor de cardiologia do Hospital do Coração de São Paulo. Sinal do perigo: uma baita fadiga

7. Distúrbios da tireóide
os hormônios tireoidianos são vitais para manter o metabolismo aceso. Uma característica comum entre o hipertireoidismo, quando a tireoide trabalha demais, e o hipotireoidismo, situação em que a glândula fica lenta, é a apatia total. "o coração bate muito rápido e o indivíduo se queixa de cansaço extremo", afirma Maria Ângela Zaccarelli.

8. Infecções
Além da febre, outro sinal que deve ser notado nesses casos é a diminuição, por assim dizer, da vitalidade. Seja naquela gripe passageira, seja em um quadro mais severo, como a hepatite, a pessoa fica enfraquecida, em maior ou menor grau. "é que o organismo concentra suas forças na luta contra o agente infeccioso", justifica o infectologista Plínio trabasso, da Universidade estadual de Campinas, no interior paulista. daí o esgotamento do indivíduo.

10. Síndrome da Fadiga crônica
Patologia ainda pouco estudada, mas que determinada uma sensação de cansaço sem fim, no qual mesmo após o repouso físico e mental a sensação persiste. Existem várias possíveis etiologias, porém nada 100% estabelecido pela ciência.

11. Deficiência nutricional
Diversas vitaminas, minerais, aminoácidos e ácidos graxos quando em deficiência, podem ocasionar a sensação de cansaço. O nosso solo está cada vez mais desgastado, a reposição correta de tais substâncias não é feita de forma adequada e as pessoas também não ingerem diariamente quantidades suficientes de inúmeros micronutrientes, o que favorece a sensação. Muitas vezes as dosagem sanguíneas de minerais, vitaminas e aminoácidos não corresponde à realidade no tecido, então é comum pacientes apresentarem por exemplo, baixa de magnésio e no exame de sangue o mesmo apresentar-se dentro dos níveis de referência.

6 táticas para recarregar as baterias: Hábitos e atitudes que energizam o dia a dia

1.Checkups
Se a fadiga não vai embora, o importante é procurar auxílio de um médico. ele poderá pedir exames como hemograma, teste de glicemia, dosagem hormonal e outros mais específicos, caso do eletrocardiograma e do teste de função hepática, que ajudam a identificar o que está prejudicando a disposição.

2. Hidratação
Para quem não quer se cansar, um conselho: manter o corpo abastecido de líquidos pode ser uma tática de sucesso. "Se a pessoa não se hidratar, as células vão extrair a água da circulação. o sangue se torna mais denso e a absorção da energia também vai ser dificultada", explica o fisiologista Cláudio Pavanelli.

3. Alimentar-se regularmente
Fazer refeições a cada três horas é outro segredo para afastar a fadiga ao evitar a queda brusca das taxas de açúcar no sangue. "a maioria dos indivíduos que reclamam de falta de energia não come direito", ressalta Roseli Ueno. Proteínas, carboidratos, fibras e gorduras como o ômega-3 devem estar no cardápio.

4. Exercícios físicos
Exercitar o corpo melhora a captação, o transporte e a utilização do oxigênio em nosso organismo. Coração, pulmão e músculos conseguem converter mais desse gás em energia. Por isso, deixar a preguiça de lado e mexer o corpo é um excelente começo para driblar o cansaço constante.

5. Dormir bem
Pregar os olhos por pelo menos oito horas é sinônimo de disposição. o neurologista israel Roitman dá a receita do bom sono: evitar álcool, bebidas cafeinadas e refeições pesadas; ir para a cama sempre no mesmo horário; por fim, nada de ver tv, usar o computador e se exercitar até três horas antes de dormir.

6. Atividades prazerosas
Atenuar o estresse é fundamental para fugir da indisposição. e nada melhor do que fazer aquilo de que se gosta para chacoalhar a rotina. "as atividades prazerosas são estimulantes para o cérebro e para o corpo. enfim, evitam que a gente enferruje", afirma o psiquiatra teng Chei tung.


Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0340/medicina/motivos-medicos-fadiga-637065.shtml

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Aditivos alimentares e seus malefícios

Aditivos alimentares: resolvi escrever sobre o tema, pois, vejo que poucas pessoas conhecem os malefícios de tais substâncias consideradas por muitos, como inofensivas. O texto abaixo foi publicado originalmente no meu blog pessoal (http://www.ecologiamedica.net/), porém fiz algumas atualizações.

Mas antes de explicar, sugiro que você me siga no instagram: @drfredericolobo para mais informações de qualidade em Nutrologia e Medicina. Lá, posto principalmente nos stories, informação de qualidade e no feed, junto com meus afilhados postamos sobre vários temas. 

Como consigo supervisionar as visitas do blog e como chegaram até ele, percebi que um dos textos mais procurados era justamente o de aditivos. Os internautas digitavam o tema no google e "caiam" no meu blog. Mas o mais interessante é que olhando a origem das buscas, percebi que a maioria dos que procuravam sobre o assunto, são oriundos de Portugal. Vejo que por lá a população está mais consciente que inúmeras patologias, dentre elas alergias, hiperatividade, podem ser ocasionadas por tais aditivos.


Fiz uma busca na internet, a fim de encontrar a tabela com códigos dos corantes. A lista é grande e por fim encontrei a legistação do Brasil. Nosso país tem uma lista pequena de corantes permitidos, porém os nossos permitidos são expressamente proibidos em diversos países. Vejamos...

Regulação do uso de aditivos alimentares

A segurança no uso de corantes alimentares é testada em diversos órgãos ao redor do mundo e às vezes diferentes órgãos possuem diferentes pontos de vista sobre a segurança destes produtos. 

Nos Estados Unidos, são emitidos pela FFDCA (Federal Food, Drug, and Cosmetic Act) números aos corantes alimentares sintéticos aprovados e que não existem naturalmente. 

Já na União Européia, a letra E (seguida de um número ), é utilizado para todos os aditivos aprovados para aplicação em alimentos. Nesse sistema de classificação, os corantes compreendem a faixa E100 até E199.

Quase todos os outros países têm suas próprias regulamentações e listas de corantes alimentares que podem ser empregados, incluindo quais os limites máximos diários de ingestão de cada substância.

No Brasil os 11 são os corantes permitidos:

1) Tartrazina - E102 ou C.I. 19140
É corante amarelo-alaranjado de bebidas, pudins, molhos e doces em geral. Pode provocar: reações alérgicas como asma, bronquite, rinite, náusea, broncoespasmo, urticária, eczema, dor de cabeça, eosinofilia e inibição da agregação plaquetária à semelhança dos salicilatos. Insônia em crianças associada à falta de concentração e impulsividade. Reação alérgica cruzada com salicilatos (ácido acetilsalicílico), hipercinesia em pacientes hiperativos. Pode provocar hiperatividade em crianças quando associado ao benzoato de sódio. No Brasil, nos EUA e na Inglaterra seu uso deve ser indicado nos rótulos.

2) Verde Rápido - E142

3) Amarelo Crepúsculo - E110, Amarelo 6 ou C.I. 15985.
Pode provocar reações anafilactóides, angioedema, choque anafilático, vasculite e púrpura. Reação cruzada com paracetamol, ácido acetilsalicílico, benzoato de sódio (conservante) e outros corantes azóicos como a tartrazina. Pode provocar hiperatividade em crianças quando associado ao benzoato de sódio. Banido na Áustria, Finlândia e Noruega. Devido a questão do possível efeito de desencadeamento de hiperatividade em crianças, o Reino Unido está estudando baní-lo, além dos seguintes: tartrazina (E102), ponceau 4R (E124), azorrubina (E122), vermelho 40 (E129) e o amarelo quinolina (E104).

4) Azul Patente V - E131
Corante azul-violeta usado em confeitaria: produz hiperatividade infantil, crises de asma, reações alérgicas similares à aspirina e outras intolerâncias.

5) Amaranto - E123, Vermelho 2, Vermelho Ácido 27 ou C.I. 16185
Foi banido nos EUA em 76 por suspeitas de ser carcinogênico, mas ainda é utilizado em nosso país.

6) Azorrubina - E122
Corante púrpura-avermelhado usado em bebidas de framboesa e confeitaria: produz as mesmas reações da tartrazina.

7) Ponceau 4R - C.I. 16255 ou Vermelho Cochineal A, C.I. Vermelho Ácido 18, Escarlate Brilhante 4R ou E124.
Corante vermelho usado em produtos à base de morango, balas, pudins e bolos. Está relacionado à anemia e doenças renais, associado à falta de concentração e impulsividade e pode provocar hiperatividade em crianças quando associado ao benzoato de sódio. Banido nos EUA e na Finlândia.

8) Vermelho 40 - Conhecido também como Vermelho Allura, Vermelho Alimentício 17, C.I. 16035 ou E129.
Pode provocar hiperatividade em crianças quando associado ao benzoato de sódio. Banido na Alemanha, Áustria, França, Bélgica, Dinamarca, Suécia e Suíça.

9) Eritrosina - E127, conhecida também pelo nome de Vermelho número 3.
É um corante de cor vermelho-cereja. Suspeito de causar câncer de tireóide em ratos. Banido nos EUA e na Noruega.

10) Azul Indignotina - Também conhecido por Azul número 2 ou E132.
É o mesmo corante conhecido por Indigo Blue (o mesmo do Sr. Baeyer, aquela das calças jeans).

11) Azul Brilhante - Também conhecido pelo nome de Azul número 1, Azul Ácido 9 ou E133.
Ele pode ser combinado com a tartrazina a fim de produzir uma gama variada de verdes, já que a maioria dos corantes verdes artificiais é tóxica para consumo humano. Pode provocar: Irritações cutâneas e constrição brônquica, quando associado a outros corantes. Banido na Alemanha, Áustria, França, Bélgica, Noruega, Suécia e Suíça.

Corantes alimentares naturais

O corante caramelo (E150) é encontrado nos produtos à base de extrato de noz-de-cola. É produto da caramelização do açúcar.
O colorau é um pó laranja-avermelhado extraído da semente do urucuzeiro, uma árvore natural de países da América tropical, como o Brasil.
A chlorella é verde, e deriva das algas.
O carmim é um corante derivado da cochonilha, um inseto popularmente conhecido como pulgão.
O suco de beterraba, a cúrcuma, o açafrão e as plantas do gênero Capsicum são também utilizados como corantes.
O dióxido de titânio (E171), um pó que produz coloração branca nos alimentos, é encontrado naturalmente em minerais.

Problemas de saúde

A Noruega baniu todos os produtos contendo creosoto mineral e derivados em 1978. Uma nova legislação revogou esse banimento em 2001, depois de regulamentação da União Européia. Similarmente, muitos corantes aprovados pela FFDCA foram banidos da UE.

Guia do Consumidor

Os aditivos se dividem da seguinte maneira:

Códigos das CLASSES dos corantes (INS - Sistema internacional de Numeração)

Corantes naturais C.I (Corante de Urucum, Carmin de Cochonilha, Corante de Cúrcuma, Corante de Clorofila, Corante de Páprica, Corante de Beterraba, Corantes de Antocianina)
Corantes artificiais C.II
Corantes sintéticos idênticos aos naturais C.III
Corantes inorgânicos C.IV
Corantes caramelo C.IV

Código dos corantes de 100-199
100-109 – amarelos
110-119 – laranjas
120-129 – vermelhos
130-139 – azuis e violetas
140-149 – verdes
150-159 – castanhos e pretos
160-199 – outras

Código dos Conservantes de 200-299
200-209 – sorbatos
210-219 – benzoatos
220-229 – sulfitos
230-239 – fenóis e formatos (metanoatos)
240-259 – nitratos
260-269 – acetatos (etanoatos)
270-279 – lactatos
280-289 – propionatos (propanoatos)
290-299 – outros

Código de Antioxidantes e Reguladores de acidez de 300-399
300-309 – ascorbatos (vitamina C)
310-319 – galatos e eritorbatos
320-329 – lactatos
330-339 – citratos e tartaratos
340-349 – fosfatos
350-359 – malatos e adipatos
360-369 – succinatos e fumaratos
370-399 – outros

Código de Espessantes, estabilizadores gelificantes e emulsionantes de 400-499
400-409 – alginatos
410-419 – gomas naturais
420-429 – outros agentes naturais
430-439 – compostos de polioxietileno
440-449 – emulsionantes naturais
450-459 – fosfatos
460-469 – compostos de celulose
470-489 – compostos de ácidos gordoss e seus compostos
490-499 – outros

Código de Reguladores de pH e antiaglomerantes de 500-599
500-509 – ácidos e bases minerais
510-519 – cloretos e sulfatos
520-529 – sulfatos e hidróxidos
530-549 – compostos de metais alcalinos
550-559 – silicatos
570-579 – estearatos e gluconatos
580-599 – outros

Código de Intensificadores de sabor de 600-699
620-629 – glutamatos
630-639 – inosinatos
640-649 – outros

Código de vários outros aditivos de 900-999
900-909 – ceras
910-919 – agentes de revestimento e brilho sintéticos
920-929 – melhorantes
930-949 – gases de embalagem
950-969 – Edulcorantes
990-999 – Agentes de espuma

Químicos adicionais de 1100-1599.
São os produtos químicos recentes que não se encaixam no sistema de classificação existente

GUIA DE CÓDIGOS pelo SISTEMA E

Corantes
E100 Curcumina
E101 Riboflavina (OGM?)
E101a Riboflavina-5'-fosfato (OGM?)
E102 Tartrazina (PRA)
E104 Amarelo quinoleína (PRA)
E110 Amarelo sol FCF (PRA)
E120 Cochonilha, Ácido carmínico e carminas (PRA) (OA)
E122 Carmosina, Azorubina (PRA)
E123 Amaranto (PRA)
E124 Ponceau 4R, Vermelho cochonilha A (PRA)
E127 Eritrosina (PRA)
E128 Vermelho 2G (PRA)
E129 Vermelho AC (PRA)
E131 Azul patenteado V (PRA)
E132 Indigotina (PRA)
E133 Azul brilhante FCF (PRA)
E140 Clorofilas e clorofilinas
E141 Complexos cúpricos de clorofila
E142 Verde S (PRA)
E150a Caramelo
E150b Caramelo sulfítico cáustico (OGM?)
E150c Caramelo de amónia (OGM?)
E150d Caramelo sulfítico de amónia (OGM?)
E151 Negro PN, Negro brilhante (PRA)
E153 Carvão vegetal (OGM?) (OA ?)
E154 Castanho FK (PRA)
E155 Castanho HT (PRA)
E160a α-Caroteno, β-caroteno, γ-caroteno
E160b Anato, bixina, norbixina (PRA)
E160c Extracto de pimentão, capsantina e capsorubina
E160d Licopeno (OGM?)
E160e β-apo-8'-carotenal (C 30)
E160f Éster etílico de ácido β-apo-8'-caroténico (C 30)
E161b Luteína
E161g Cantaxantina (OA?)
E162 Vermelho de beterraba
E163 Antocianina
E170 Carbonato de cálcio, calcário
E171 Dióxido de titânio
E172 Óxidos e hidróxidos de ferro
E173 Alumínio
E174 Prata
E175 Ouro
E180 Litolrubina BK

Conservantes
E200 Ácido sórbico
E202 Sorbato de potássio
E203 Sorbato de cálcio
E210 Ácido benzóico (PRA)
E211 Benzoato de sódio (PRA)
E212 Benzoato de potássio (PRA)
E213 Benzoato de cálcio (PRA)
E214 p-hidroxibenzoato de etilo (PRA)
E215 Sal de sódio de p-hidroxibenzoato de etilo (PRA)
E216 p-hidroxibenzoato de propilo (PRA)
E217 Sal de sódio de p-hidroxibenzoato de propilo (PRA)
E218 p-hidroxibenzoato de metilo (PRA)
E219 Sal de sódio de p-hidroxibenzoato de metilo (PRA)
E220 Dióxido de enxofre (PRA)
E221 Sulfito de sódio (PRA)
E222 Bissulfito de sódio (PRA)
E223 Metabissulfito de sódio (PRA)
E224 Metabissulfito de potássio (PRA)
E226 Sulfito de cálcio (PRA)
E227 Bissulfito de cálcio (PRA)
E228 Bissulfito de potássio (PRA)
E230 Bifenilo, difenilo
E231 Ortofenilfenol
E232 Ortofenilfenato de sódio
E234 Nisina
E235 Natamicina, Pimaracina
E239 Hexametilenotetramina
E242 Dicarbonato dimetílico
E249 Nitrito de potássio
E250 Nitrito de sódio
E251 Nitrato de sódio
E252 Nitrato de potássio (OA?)
E260 Ácido acético
E261 Acetato de potássio
E262 Acetato de sódio
E263 Acetato de cálcio
E280 Ácido propiónico
E281 Propionato de sódio
E282 Propionato de cálcio (PRA)
E283 Propionato de potássio
E284 Ácido bórico
E285 Tetraborato de sódio ou Borax
E296 Ácido málico
E1105 Lisozima

Antioxidantes
E300 Ácido ascórbico (Vitamina C)
E301 Ascorbato de sódio
E302 Ascorbato de cálcio
E304 Ésteres de ácidos gordos do ácido ascórbico a) palmitato de ascorbilo e b) estearato de ascorbilo
E306 Extractos naturais ricos em tocoferóis (OGM?)
E307 α-tocoferol (sintético) (OGM?)
E308 γ-tocoferol (sintético) (OGM?)
E309 δ-tocoferol (sintético) (OGM?)
E310 Galato de propilo (PRA)
E311 Galato de octilo (PRA)
E312 Galato de dodecilo (PRA)
E315 Ácido eritórbico
E316 Eritorbato de sódio
E320 Butil-hidroxianisolo ou (BHA)
E321 Butil-hidroxitolueno ou (BHT) (PRA)

Emulsionantes, estabilizadores, espessantes e gelificantes
E322 Lecitinas (emulsionante)
E330 Ácido cítrico
E400 Ácido algínico (espessante, emulsionante, estabilizador, gelificante)
E401 Alginato de sódio (espessante, emulsionante, estabilizador, gelificante)
E402 Alginato de potássio (espessante, emulsionante, estabilizador, gelificante)
E403 Alginato de amónio (espessante, emulsionante, estabilizador)
E404 Alginato de cálcio (espessante, emulsionante, estabilizador, gelificante)
E405 Alginato de propilenoglicol) (espessante, emulsionante, estabilizador)
E406 Ágar-ágar (espessante, estabilizador, gelificante)
E407 Carragenina (espessante, emulsionante, estabilizador, gelificante) (PRA)
E407a Algas Eucheuma transformadas (espessante, emulsionante, estabilizador, gelificante)
E410 Farinha de semente de alfarroba (espessante, emulsionante, estabilizador, gelificante)
E412 Goma de guar (espessante, estabilizador)
E413 Goma adragante (espessante) (estabilizador, emulsionante) (PRA)
E414 Goma arábica (espessante) (estabilizador, emulsionante) (PRA)
E415 Goma xantana (espessante) (estabilizador) (OGM?)
E416 Goma karaya (espessante) (estabilizador, emulsionante) (PRA)
E417 Goma de tara (espessante) (estabilizador)
E418 Goma gelana (espessante) (estabilizador, emulsionante)
E432 Polissorbato 20 (emulsionante) (OA?)
E433 Polissorbato 80 (emulsionante) (OA?)
E434 Polissorbato 40 (emulsionante) (OA?)
E435 Polissorbato 60 (emulsionante) (OA?)
E436 Polissorbato 65 (emulsionante) (OA?)
E440 Pectina e pectina amidada (emulsionante)
E442 Fosfatidato de amónio
E444 Ésteres acético e isobutírico da sacarose (emulsionante)
E445 Ésteres de glicerol da colofónia (emulsionante)
E450 Difosfatos: (i) Difosfato dissódico (ii) Difosfato trissódico (iii) Difosfato tetrassódico (iv) Difosfato dipotássico (v) Difosfato tetrapotássico (vi) Difosfato dicálcico (vii) Hidrogenodifosfato de cálcio (emulsionante)
E451 Trifosfatos: (i) Trifosfato pentassódico (ii) Trifosfato pentapotássico (emulsionante)
E452 Polifosfatos: (i) Polifosfatos de sódio (ii) Polifosfatos de potássio (iii) Polifosfatos de sódio e cálcio (iv) Polifosfatos de cálcio (emulsionante)
E460 Celulose (i) Celulose microcristallina (ii) celulose em pó (emulsionante)
E461 Metilcelulose (emulsionante)
E463 Hidroxipropilcelulose (emulsionante)
E464 Hidroxipropil-metilcelulose (emulsionante)
E465 Etilmetilcelulose (emulsionante)
E466 Carboximetilcelulose, carboximetilcelulose sódica (emulsionante)
E468 Carboximetilcelulose sódica reticulada (emulsionante)
E469 Carboximetilcelulose hidrolisada enzimaticamente (emulsionante)
E470a Sais de cálcio, potássio e sódio de ácidos gordos (emulsionante, anti-aglomerante) (OA?)
E470b Sais de magnésio de ácidos gordos (emulsionante, anti-aglomerante) (OA?)
E471 Mono e diglicéridos de ácidos gordos (emulsionante) (OGM?) (OA?)
E472a Ésteres acéticos de mono e diglicéridos de ácidos gordos (emulsionante) (OGM?) (OA?)
E472b Ésteres lácticos de mono e diglicéridos de ácidos gordos (emulsionante) (OA?)
E472c Ésteres cítricos de mono e diglicéridos de ácidos gordos (emulsionante) (OA?)
E472d Ésteres tartáricos de mono e diglicéridos de ácidos gordos (emulsionante) (OA?)
E472e Ésteres monoacetiltartáricos e diacetiltartáricos de mono e diglicéridos de ácidos gordos (emulsionante) (OA?)
E472f Ésteres mistos acéticos e tartáricos de mono e diglicéridos de ácidos gordos (emulsionante) (OA?)
E473 Ésteres de sacarose de ácidos gordos (emulsionante) (OGM?) (OA?)
E474 Sacaridoglicéridos (emulsionante) (OA?)
E475 Ésteres de poliglicerol de ácidos gordos (emulsionante) (OGM?) (OA?)
E476 Polirricinoleato de poliglicerol (emulsionante) (OGM?) (OA?)
E477 Ésteres de propilenoglicol de ácidos gordos (emulsionante) (OGM?) (OA?)
E481 Estearilo-2-lactilato de sódio (emulsionante) (OA?)
E482 Estearilo-2-lactilato de cálcio (emulsionante) (OA?)
E483 Tartarato de estearilo (emulsionante) (OA?)
E491 Monoestearato de sorbitano (emulsionante) (OGM?) (OA?)
E492 Triestearato de sorbitano (emulsionante) (OA?)
E493 Monolaurato de sorbitano (emulsionante) (OA?)
E494 Mono-oleato de sorbitano (emulsionante) (OA?)
E495 Monopalmitato de sorbitano (emulsionante) (OA?)
E620 glutamatos.
E640 glutamatos.
E1103 Invertase

Edulcorantes (adoçantes)
E420 Sorbitol
E421 Manitol
E950 Acesulfame-K
E951 Aspartame
E952 Ácido ciclâmico e seus sais de sódio e cálcio
E953 Isomalte
E954 Sacarina e seus sais de sódio, potássio e cálcio
E957 Taumatina
E959 Neo-hesperidina di-hidrochalcona
E965 Maltitol
E966 Lactitol (OA)
E967 Xilitol
E999 Extracto de quilaia

Para os que quiserem ler mais sobre o assunto:

ANVISA
http://www.anvisa.gov.br/ALIMENTOS/legis/especifica/aditivos.htm

Tabela de aditivos alimentares
http://www.anvisa.gov.br/alimentos/aditivos_farmaco.htm

Aditivos UFRJ
http://aditivosquimicos-ufrj.blogspot.com/2008/07/corantes.html


Autor: Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo
CRM-GO 13192 - RQE 11915
CRM-SC 32949 - RQE 22416
www.nutrologogoiania.com.br
www.nutrologojoinville.com.br
Instagram: @drfredericolobo

terça-feira, 31 de maio de 2011

VII Semana Nacional dos Alimentos Orgânicos - Por que vale a pena priorizar os Orgânicos ?

Do dia 30 de Maio a 5 de Junho comemora-se a 7ª Semana Nacional dos Alimentos Orgânicos. Nada mais justo que um post evidenciando os benefícios do uso de orgânicos. Para falar de orgânicos é inevitável que não se cite um assunto de saúde pública: Uso de Agrotóxicos.

Os agrotóxicos são usados no mundo desde a Década de 30, como por exemplo o DDT (sigla de Dicloro-Difenil-Tricloroetano), um inseticida barato e altamente eficaz a curto prazo. A longo prazo tem efeitos prejudiciais à saúde humana, pois permanece no ambiente por décadas. Foi banido de vários países por ser cancerígeno e atingir o sistema nervoso central e periférico como todos organoclorados.

Os organofosforados e carbamatos são uma classe de agrotóxicos bastante usada atualmente. Há estudos inconclusivos que mostram correlação com alterações musculares, efeito neurotóxico e ação disruptora endócrina (pode se ligar a receptores de hormônios e mimetizar a ação destes). Mensalmente são publicados artigos que evidenciam possíveis efeitos dos agrotóxicos para a saúde de seres vivos.

Penso da seguinte maneira: se há risco potencial, porquê consumir um alimento cultivado com agrotóxicos, se temos a opção orgânica ?

Orgânicos são alimentos plantados naturalmente sem o uso de nenhum pesticida como inseticidas, bactericidas, herbicidas, nematicidas, acaricidas, fungicidas de natureza física, química ou biológica. Resumindo: Orgânicos são produtos cultivados sem a adição de Agrotóxicos (ou como alguns chamam, Defensivos Agrícolas).

A produção de orgânicos sempre que possível, baseia-se:
1) No uso de estercos animais, 2) Rotação de culturas, 3) Adubação verde, 4) Compostagem e 5) Controle biológico de pragas e doenças.

Tem como principal objetivo a manutenção da estrutura do solo além da sua produtividade, gerando alimentos saudáveis e produzidos baseados em uma relação harmônica com a natureza (homem/natureza, homem/animais homem/homem). Por esses motivos, eu como médico e ecologista defendo essa causa. Alguns aspectos que sempre ressalto para quem me pergunta "Dr. porque vc está nessa de defender ecologia associada à medicina?":

1) Aspectos sanitários: alimentos orgânicos não possuem "defensivos" agrícolas sintéticos ou qualquer tipo de venenos que possa comprometer a saúde de qualquer ser na escala evolutiva, seja ele um invertebrado, seja ele um homo sapiens. Princípio este que jurei na minha formatura. Princípio este criado pelo pai da Medicina (Hipócrates) "primum non nocere" que significa em primeiro lugar não lesar.

2) Aspectos ecológicos: a agricultura orgânica por não utilizar métodos agressivos e nocivos para a natureza, evita a degradação do meio ambiente. Isso inclui: manutenção das características do solo (as vezes adubando através de rochagem, mas sem utilizar fertilizantes sintéticos), manutenção da potabilidade da água e pureza do ar. A agricultura orgânica geralmente é familiar e ocorre de forma sustentável, na qual se respeita ciclos milenares (plantio/colheita). Desenvolvimento e preservação ambiental andam de forma conjunta.

De formal geral, a agricultura orgânica é baseada em três idéias. São elas:

1) Cultivo natural: é proibido o uso de agrotóxicos, adubos químicos e artificiais e conservantes no processo de produção.
2) Equilíbrio ecológico: A produção respeita o equilíbrio microbiológico do solo e as diferentes épocas de safra. O processo fica mais sustentável, não degradando a biodiversidade.
3) Respeito ao homem: o trabalhador tem que ser respeitado (leis trabalhistas, ganho por produtividade, treinamento profissional e qualidade de vida).

Para se obter um alimento verdadeiramente orgânico, é necessário conhecer diversas ciências (agronomia, ecologia, nutrição, medicina, economia, entre outras). Assim, o agricultor, através de um trabalho harmonizado com a natureza, tem condições de oferecer ao consumidor alimentos que promovam não apenas a saúde deste último, mas também do planeta em que vivemos.

Será que é orgânico mesmo? Como saber?

Se você pretende consumir alimentos orgânicos fique atento para não ser enganado. Procure sempre pelo selo de qualidade emitido por certificadoras reconhecidas pelo Ministério da Agricultura. Para ganhar o selo, os produtores seguem várias precauções e têm suas lavouras fiscalizadas a cada semestre. A presença do selo garante, portanto, a procedência e a qualidade dos produtos.

Existem 10 principais motivos para se optar por orgânicos, são eles:

1) São mais nutritivos e saborosos: Com solos balanceados e fertilizados com adubos naturais, se obtém alimentos mais nutritivos. A comida fica mais saborosa, conservam-se suas propriedades naturais como vitaminas, sais minerais, carboidratos e proteínas.  Em solos equilibrados as plantas crescem mais saudáveis, preservam-se suas características originais como aroma, cor e sabor. Consumindo produtos orgânicos é possível apreciar o sabor natural dos alimentos. Além disso, quando se utiliza o sistema de Rochagem na adubagem o alimento fica mais rico devido a inserção de minerais ESSENCIAIS na composição do solo. Algumas pesquisas internacionais (há pesquisas que dizem o contrário) demonstram que alimentos orgânicos apresentam, em média:
  • 63% a mais cálcio, 73% mais ferro, 118% mais magnésio, 178% mais molibdênio, 91% mais fósforo, 125% mais potássio, 60% mais zinco que os alimentos convencionais. Possuem menor quantidade de mercúrio (29%), substancia que pode causar doenças graves (informação publicada no Journal of Applied Nutricion, 1993).
No ano passado pesquisadores da London School of Hygiene & Tropical Medicine, em Londres, Inglaterra, realizaram um levantamento com 162 artigos científicos publicadas nos últimos 50 anos, que mostrou que não existe uma diferença tão grande entre o alimento orgânico e o normal. O que justificaria essa discrepância de resultados? Erro na metodologia ? Interesses exclusos ? Mesmo que não tivesse superioridade nutricional, só de não conter agrotóxicos ja É SUPERIOR !

2) Sáude garantida: Como citei, agrotóxicos estão associados a diversas patologias, dentre elas:
1) Cânceres dos mais viversos tipos; 2) Alergias alimentares; 3) Asma; 4) Infertilidade; 5) Alterações hormonais principalmente quando se trata de hormônios sexuais; 6) Hiperatividade em adultos e crianças; 7) Déficit de atenção; 8) Doenças neurodegenerativas; 9) Aumento da produção de radicais livres e diminuição da produção de antioxidantes; 10) Intoxicação por metais pesados Um relatório da Academia Americana de Ciências, de 1982, calculou em 1.400.000 o número de novos casos de câncer provocados por agrotóxicos.  Vale a pena ler um post que publiquei no meu blog sobre a recente pesquisa da Anvisa, na qual a mesma detectou irregularidade em 29% dos alimentos analisados. Veja também esse post sobre a Reavaliação de agrotóxicos e veja o quão grave é a situação.

3) Proteção às futuras gerações: As crianças são os alvos mais vulneráveis da agricultura com agrotóxicos. “Quando uma criança completa um ano de idade, já recebeu a dose máxima aceitável para uma vida inteira, de agrotóxicos que provocam câncer”, diz um relatório recente do Environmental Working Group (Grupo de Trabalho Ambiental). A agricultura orgânica, além disso mais, tem a grande tarefa de legar às futuras gerações um planeta reconstruído.

4) Respeito ao pequeno produtor: O trabalhador rural precisa ser preservado, tanto quanto a qualidade ecológica dos alimentos. Adquirindo produtos ecológicos, contribuímos com a redução da migração de famílias para as cidades, evitando o êxodo rural e ajudando a acabar com o envenenamento por agrotóxicos sofrido por cerca de 1 milhão de agricultores no mundo inteiro.

5) Solos mais férteis: Uma das principais preocupações da Agricultura Orgânica é o solo. O mundo presencia a maior perda de solo fértil pela erosão em função do uso inadequado de práticas agrícolas convencionais. Com a Agricultura Orgânica é possível reverter essa situação.

6) Água pura: Quando são utilizados agrotóxicos e grande quantidade de nitrogênio, ocorre a contaminação nas fontes de água potável. Cuidando desse recurso natural, garante-se o consumo de água pura para o futuro.

7) Biodiversidade: A perda das espécies é um dos principais problemas ambientais. A Agricultura Orgânica preserva sementes por muitos anos e impede o desaparecimento de numerosas espécies, incentivando as culturas mistas e fortalecendo o ecossistema. A Fauna permanece em equilíbrio e todos os seres convivem em harmonia, graças à não utilização de agrotóxicos. A Agricultura Orgânica respeita o equilíbrio da natureza e cria ecossistemas saudáveis.

8) Redução do aquecimento global e economia de energia: O solo tratado com substâncias químicas libera uma quantidade enorme de gás carbônico, gás metano e óxido nitroso. A agricultura e administração florestal sustentáveis podem eliminar 25% do aquecimento global. Atualmente, mais energia é consumida para produzir fertilizantes artificiais do que para plantar e colher todas as safras.

9) Custo social e ambiental: O alimento orgânico não é na realidade mais caro que o alimento convencional se consideramos que, indiretamente, estaremos reduzindo:
1) Gastos com MÉDICOS e MEDICAMENTOS
2) CUSTOS com a recuperação ambiental.

10) Cidadania e responsabilidade social: Consumindo orgânicos, estamos exercitando nosso papel social, contribuindo com a conservação e preservação do meio ambiente e apoiando causas sociais relacionadas com a proteção do trabalhador e com a eliminação da mão-de-obra infantil.

Hoje estarei na Radio Vinha FM (91,9) com um grupo de colegas: agrônomos e nutricionista falando sobre Orgânicos e suas vantagens. 12:30 no programa Mesa dos Notáveis.

terça-feira, 1 de março de 2011

Fadiga, Exaustão, Estafa e Esgotamento

De cada 10 pacientes que atendo no consultório, 03 me procuram por conta da seguinte queixa: FADIGA.

Estima-se que quase 10 em cada 100 pessoas sentiram, sentem ou irão sentir cansaço excessivo por mais de 6 meses ao longo de suas vidas. A maioria das pessoas com fadiga, exaustão, estafa e esgotamento tem seus níveis de atividade geral bastante prejudicado, apresentam depressão mesmo que em níveis discretos, tem o sono insatisfatório e, devido ao seu estado geral, maior dificuldade em lidar com situações estressantes da vida.

Outros sintomas da fadiga e exaustão incluem:
- Grande cansaço, fadiga, exaustão ou esgotamento, como se suas energias tivessem sido sugadas,
- Ter que aumentar o esforço para tentar manter o mesmo nível de ânimo e força que tinha anteriormente,
- Perceber que ocorreu uma significativa queda ou mesmo perda de suas capacidades de trabalho, sociais, de relacionamento e de lazer,

Causas da Fadiga, Exaustão, Estafa e Esgotamento

Para fins práticos, existem quatro grandes caminhos para que alguém sinta chegue na estafa.

  • O primeiro caminho da estafa é o das doenças específicas, com anemia, depressão, alergias, doenças reumáticas, cardíacas ou pulmonares, entre inúmeras outras.
  • O segundo caminho da estafa é a Síndrome da Fadiga Crônica (SFC). O "síndrome” é utilizado porque a SFC não é uma doenças única, é um conjunto de sinais e sintomas que indicam alterações de vários órgãos do organismo.
  • O terceiro caminho da estafa é a Síndrome do Burnout, um tipo bastante específico de estresse emocional que acaba levando à exaustão.
  • E o quarto caminho da estafa é a Desnutrição Celular, a falta ou baixa de nutrientes como vitaminas, minerais ou aminoácidos.
  1. Incentivo e orientação para atividade física,
  1. Hábitos regulares de sono,
  1. Alimentação balanceada,
  1. Meditação,
  1. Técnicas de relaxamento entre outras medidas.
  • Memória e concentração alteradas
  • Dor de garganta que se repete com frequência
  • Nódulos linfáticos dolorosos na região do pescoço e nas axilas
  • Dores nos músculos
  • Dores articulares sem inchaço ou vermelhidão
  • Dores de cabeça
  • Sono superficial e/ou não reparador.
  • Fadiga desproporcional após exercícios
  • Sintomas semelhantes à gripe, inclusive com febre de baixa intensidade por vários dias;
  • Sensibilidade aumentada, com intolerância a ruídos, cheiros, produtos químicos, alimentos, remédios e até mudanças de temperatura ambiente;
  • Intolerância ao álcool
  • Dificuldade em se concentrar e memorizar coisas novas;
  • Dificuldade para efetuar cálculos matemáticos
  • Respiração ofegante aos menores esforços
  • Distúrbios intestinais
  • Distúrbios urinários
  • Alterações de humor, com aparente mudança na personalidade
  1. Primeira fase da Estafa no Burnout: Os principais sintomas são de exaustão física, mental e emocional. É a síndrome do "só quero um banho e cama!". O sono em geral não consegue reparar o organismo, e no geral há uma flutuação durante o dia, com períodos de excitação intercalados com horas de sensação de ser um "morto vivo", sem interesse, energia ou prazer.
  1. Segunda fase da Estafa no Burnout: Em geral aparece sob a forma de uma voz interior que solapa toda a confiança, gerando dúvidas a respeito da própria capacidade e auto-estima. Nesse ponto, de modo geral, as pessoas que estão ao redor das vítimas de "burnout" começam a perceber mudanças no comportamento, todas elas com origem no profundo senso de vulnerabilidade e incerteza quanto às próprias capacidades.
  1. Terceira fase da Estafa no Burnout: Dá para entender o porque a terceira fase se caracteriza pelo cinismo, agressividade (ainda que controlada) e pela insensibilidade. Nessa terceira fase, um grande número de pessoas desenvolve uma atitude abrasiva, se torna bastante desagradável. A agressividade verbal, a postura irônica, as respostas cínicas acabam por afastar as pessoas ao redor. E essa não é a única notícia ruim, infelizmente. A agressividade desta fase libera altíssimas ondas de hormônios que acabam facilitando o aparecimento de doenças, especialmente as doenças coronarianas, já que pessoas iradas tem duas vezes e meia mais chance de sofrer do coração.
  1. Quarta fase da Estafa no Burnout: Se nada for feito, chega a quarta fase, de exaustão total, de falência, de crise pessoal. 



Essa divisão nem sempre é clara, muitas vezes dois ou os três caminhos estão mesclados.

Tratamento da Estafa, da Fadiga e da Exaustão

A abordagem se faz tanto com a correção dos fatores que levam ao desequilíbrio da química do organismo, quanto o fornecimento das substâncias necessárias ao funcionamento do corpo. Alguns exemplos mais marcantes:

1. Facilitação do Funcionamento do Cérebro:

Não temos como modificar diretamente a estrutura do nosso cérebro. Mas temos como modificar indiretamente seu funcionamento.

Seu cérebro, para dar origem ou gerenciar tudo aquilo que você pensa, sente ou faz, possui algo em torno de cem bilhões de neurônios, sendo que cada neurônio pode se comunicar com até mil outros neurônios.

 Toda essa comunicação, algo em torno de mil trilhões de possibilidades combinadas, é realizada por substâncias químicas, os neurotransmissores.

O funcionamento requer energia, e seu cérebro, embora com apenas dois por cento do seu peso corporal, consome entre vinte a trinta por cento dos recursos energéticos disponíveis.  O detalhe é que ele não possui nenhum reserva, depende o tempo todo de um aporte periódico de energia e nutrientes.
Vários aminoácidos e vitaminas participam na formação das substâncias químicas que estão envolvidas no funcionamento das áreas do cérebro responsáveis pelas emoções, pelos pensamentos e pela memória. A administração correta dessas substâncias naturais pode permitir ao cérebro corrigir seu funcionamento. Esse aporte de substâncias benéficas é feito pela administração da própria substância isolada (sob a forma de cápsulas ou injetaveis), e também pelo aumento do consumo de alimentos chamados de "funcionais", por conterem quantidade considerável da substância que se deseja aumentar.

Um exemplo dessa abordagem: tanto a ansiedade quanto a depressão tem um mediador químico cerebral envolvido no processo chamado serotonina. Vários antidepressivos são capazes de aumentar a quantidade de serotonina do cérebro ao dificultar sua volta na célula que a liberou, inibindo sua absorção (recaptação), mas ao custo de muitos efeitos colaterais. Já certos aminoácidos podem aumentar a quantidade da mesma serotonina ao aumentar sua produção, fornecendo em quantidades extras a matéria prima para sua fabricação. O processo tem bem menos efeitos colaterais e, ao contrário dos antidepressivos, não dá origem a sintomas de abstinência (eufemisticamente chamado de "síndrome da descontinuidade") quando é interrompido.

Outros precursores de transmissores químicos cerebrais têm o mesmo princípio de favorecer funções cerebrais, modulando, por exemplo, a irritabilidade, a agressividade, a tristeza, a iniciativa e o prazer.

Todo esse sistema também depende do "líquido” que permeia as células, a matriz extracelular. Se essa matriz estiver "limpa”, o terreno facilita o funcionamento das células. Se essa matriz estiver "suja”, com dejetos tóxicos, o funcionamento fica prejudicado. Por isso, um dos grandes objetivos em nossa clínica é, além de nutrir adequadamente o cérebro com as substâncias apropriadas, promover a retirada de conteúdos tóxicos.

 2. Correção das funções gastrintestinais.

Nosso sistema digestivo está envolvido em algo em torno de 80 % da nossa capacidade imunológica, além de ter influência no nosso estado emocional. A conexão entre nosso sistema digestivo e nossos pensamentos e emoções pode ser resumida assim. O intestino tem, entre outras funções, a capacidade de selecionar o que deve e o que não deve ser absorvido. Essa seleção, na prática, ocorre nas vilosidades intestinais, que com freqüência são lesadas por várias medicações (como anticoncepcionais, antiinflamatórios, corticóides e antibióticos administrados por longos períodos de tempo), além do tipo de alimento modificado que ingerimos comumente.

Como resultado, ocorre um aumento da permeabilidade das vilosidades intestinais que acaba permitindo a passagem de toxinas fabricadas por parte das bactérias que habitam nosso intestino. Esse aumento de permeabilidade também permite a passagem de metais pesados e de partículas alimentares em tamanho irregular, sendo que muitas delas têm o potencial de se fixar no cérebro e alterar seu funcionamento.

Além disso, ocorre uma alteração no equilíbrio entre as bactérias "boas" (que entre outras qualidades fabricam vitaminas do complexo B e a vitamina K), que passam a perder terreno para bactérias nocivas. As conseqüências dessa mudança na flora intestinal são muitas, mas para dar um exemplo interessante, considere que algumas bactérias nocivas se alimentam de açúcar, e têm como estratégia de sobrevivência inibir a serotonina do cérebro. Assim, ela consegue mudar nossas emoções no sentido de que passamos a ingerir mais açúcar, o alimento que ela tanto deseja.

O diagnóstico é realizado com exames laboratoriais (em especial o Teste de supercrescimento bacteriano feito com o H2 expirado), e a correção com mudança dos hábitos alimentares, além de probióticos, prebióticos e antioxidantes (via dieta) que agem nas paredes do intestino e ingestão de bactérias "boas" para competir com as nocivas.

3. Correção do estado inflamatório.

Não importa se um acontecimento estressante tiver origem psicológica, vir de um traumatismo físico ou de uma infecção. Qualquer que seja a origem, as mesmas reações químicas acontecem no organismo. Essas reações têm em comum um estado inflamatório inespecífico, que na verdade é uma tentativa bastante primitiva do organismo restringir os danos.

Como o maior risco dos nossos ancestrais era o do contágio por micróbios, nosso organismo ainda reage da mesma maneira que foi tão útil aos nossos antepassados: ele promove uma reação inflamatória, o que inclui um conjunto de alterações que tem por objetivo reduzir a quantidade de nutrientes que os microorganismos necessitam.

Se o estresse for persistente, esse estado inflamatório se mantém, o que aumenta as chances da pessoa desenvolver doenças do coração, já que essa inflamação inespecífica facilita o desenvolvimento da aterosclerose e do fechamento das artérias do coração.

O diagnóstico é feito por exames laboratoriais simples, que a maioria dos laboratórios fazem sem dificuldades e tem cobertura pelos convênios. Já para a correção, utilizamos substâncias naturais que têm a capacidade de reduzir o estado inflamatório sem os efeitos colaterais dos antiinflamatórios químicos.

4. Mudança nos hábitos de vida

Inclui:

O Diagnóstico da Fadiga, Exaustão, Estafa e Esgotamento
O primeiro passo é um exame médico (anamnemse, exame físico e se necessário exames complementares) detalhado para esclarecer se não está ocorrendo alguma doença específica que seja responsável pelo quadro. Quando a causa é específica, o tratamento é voltado principalmente para a enfermidade que está dando origem à estafa e à exaustão.

Quando a doença original melhora, a fadiga também costuma melhorar. O tratamento principal portanto, é o da enfermidade que deu origem à fadiga. Se não existe doença que justifique a fadiga, os fatores a seguir devem ser considerados.

Nutrição Celular, fadiga, exaustão, estafa e esgotamento

A desnutrição celular está ocorrendo de modo assustador.  Pesquisa recente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em conjunto com a Universidade de São Paulo (USP), realizado em 150 municípios das cinco regiões do país, constatou que a dos pesquisados consome vitaminas em doses muito, mas muito abaixo do ideal.

Confira na tabela abaixo que cita as vitaminas/minerais pesquisados e a porcentagem de pessoas com baixa ingestão:
Vitamina A 50 %
Vitamina C 90 %
Complexo B 40 %
Vitamina E 99 %
Vitamina D 99 %
Cálcio 90 %
Vitamina K 81 %
Magnésio 80 %

O tratamento da fadiga, exaustão, estafa e esgotamento é baseado no diagnóstico da substância que está faltando e proporcionar sua presença seja por uma melhora na alimentação, seja por suplementos alimentares.

Mas só isso não basta. É imprescindível diagnosticar o estado funcional do sistema digestivo para que o alimento correto possa ser digerido, ou seja, quebrado em partes menores, e também absorvido, o que depende do estado das paredes do intestino.

As alergias e intolerâncias alimentares também devem ser investigadas, sendo uma grande causa da fadiga.

Atualmente sabe-se que nosso sistema intestinal é um imenso filtro, ele mede em torno de 7 metros, e se fosse totalmente estendido teria a área aproximada de uma quadra de futebol de salão. Se as paredes do intestino estão em bom estado, os nutrientes são bem absorvidos e as toxinas presentes no bolo fecal não conseguem penetrar na corrente sanguínea. O contrário acontece quando suas paredes estão prejudicadas, gerando ou facilitando o aparecimento de doenças.

Se a permeabilidade do intestino estiver alterada, partículas de alimento mal-digeridas e toxinas conseguem entrar na corrente sanguínea em alta quantidade. As partículas de alimento mal digeridas são interpretadas pelo sistema imunológico como intrusos, gerando a formação de anticorpos para expulsar aquele "corpo-estranho". Por motivos que ainda não compreendemos inteiramente, o organismo reage ao anticorpo que ele mesmo formou fabricando um novo anticorpo. E esse conjunto de reações facilita o aparecimento de doenças auto-agressivas (auto-imunes).

Além disso, algumas partículas de alimento mal digeridas e absorvidas podem formar complexos que chegam ao cérebro e geram sintomas comuns como ansiedade ou depressão.

Vários metais pesados, como o chumbo, mercúrio ou alumínio, também conseguem entrar na corrente sanguínea se a permeabilidade estiver comprometida.

Toxinas de bactérias que normalmente deveriam ser eliminadas podem também penetrar no organismo, gerando uma sobrecarga aos nossos sistemas de eliminação.

Além do fator permeabilidade, costuma ocorrer uma alteração na flora intestinal, no delicado equilíbrio das bactérias intestinais. Nosso intestino abriga algo em torno de 30 a 50 trilhões de microorganismos, um número alto considerando que nosso corpo é formado por algo em torno de 100 trilhões de células.

Vários desses microorganismos podem provocar doenças, mas sua presença é controlada por bactérias benéficas ao organismo. Essas bacterias favoráveis estão em estado de equilíbrio muito delicado. Nós propiciamos abrigo e alimento a elas, e elas produzem vitaminas e alguns antibióticos naturais.

O acúmulo de agressores ao intestino costuma provocar alterações importantes nesse equilíbrio, resultando num aumento perigoso no número das bactérias nocivas e na redução das bactérias benéficas.
Quando os dois fenômenos, aumento da permeabilidade e quebra no equilíbrio das bactérias intestinais, estão presentes, ocorre a Disbiose, um estado ameaçador que favorece o aparecimento de inúmeras doenças. A disbiose geralmente se diferencia da SIBO,  o Supercrescimento Bacteriano do Intestino. Na SIBO o acometimento é do intestino delgado. Na disbiose o acometimento é no grosso. A grosso modo o tratamento é o mesmo.



A Disbiose inibe a formação de vitaminas produzidas no intestino e permite o crescimento desordenado de fungos e bactérias capazes de afetar o funcionamento do organismo, inclusive do cérebro, com conseqüências significativas sobre as emoções.

A Cândida, por exemplo, um fungo presente em baixa quantidade habitualmente, pode crescer em número e facilitar o aparecimento da fadiga crônica, da depressão e da fibromialgia.

A Disbiose costuma aparecer principalmente pelo uso de antibióticos, infecções e parasitas intestinais, falta de fibras na alimentação, prisão de ventre crônica e alergia alimentar.

Os indicativos de Disbiose são muito comuns, a simples presença de prisão de ventre crônica, gazes, cólicas e diarréias frequentes sugerem a necessidade de se verificar o equilíbrio da flora intestinal.

O tratamento é realizado primordialmente com a administração de probióticos em grande volume, que são bacilos intestinais benéficos.

 Em contraste com os iogurtes comerciais, esses bacilos são ingeridos em conjuntos de espécies diferentes, em número bem maior (até 20 vezes mais) e não contém calorias significativas.

Também são utilizados antioxidantes com grande ação na parede intestinal e prébióticos, certos alimentos utilizados exclusivamente pelas bactérias benéficas para que possam restabelecer o equilíbrio, vencendo em número e qualidade os microorganismos desencadeadores de doenças.

A alergia, trocando em miúdos, é uma resposta exagerada do nosso sistema de defesa. Sempre que algum invasor entra no organismo, o sistema imunológico trata de combatê-lo. Esse processo pode desregular, seja por confundir o invasor, seja por responder de modo exagerado a um pequeno agressor.

Essa resposta exacerbada pode ser imediata, aparecendo uns 15 a 20 minutos depois do contato com a substância que provoca alergia, e os sintomas são bem conhecidos: coceira, inchaço e o aumento de secreções, como a coriza. Esse problema pode ser desencadeado por uma infinidade de fatores, como insetos, pelos de animais, substâncias químicas, e também alimentos.

Mas existe uma resposta mais demorada, que chega a levar dias para se manifestar, gerando sintomas bem pouco específicos, como: fadiga, olheiras, depressão, hiperatividade, hipoglicemia, (artralgia) dores articulares, insônia, dores de cabeça (cefaléias ou enxaquecas), retenção de líquidos.

Esses sintomas são comuns também nas intolerância a alimentos. Na verdade, existe uma diferença entre alergia, que é a resposta exagerada do sistema imunológico (envolve reação de um antígeno com um anticorpo), e a intolerância a alimentos (que é a dificuldade do organismo em digerir certos alimentos, as vezes por não contar com alguma substância que consiga degradar algum componente daquele alimento, ex. intolerância à lactose por deficiência de lactase).

Na prática existem inúmeros exames que podem ser solicitados para diagnosticar tanto as intolerâncias quanto alergias. Entretanto nenhum deles são 100% fidedignos, cada qual com sua sensibilidade especificidade. A maior prova terapêutica e mais utilizada é a dieta de exclusão na qual através da suspensão dos alimentos mais alergênicos, verifica-se a melhora de sinais e sintomas. Posteriormente fazendo reintrodução dos mesmos, observando se os sinais reaparecem, na tentativa de identificar o alérgeno(s) principal(ais). Testes baseados em IgG e IgG4 NÃO devem ser solicitados segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia - ASBAI.

Além dos sintomas demorarem a aparecer, e serem facilmente confundidos com outras doenças, a intolerância alimentar tem uma característica curiosa. Ao invés de a pessoa evitar o alimento que faz mal, como acontece nas alergias que tem sintomas imediatos, desagradáveis e claramente relacionados com a exposição, ela pode desenvolver grande atração ao alimento e ingerir em excesso. 

A alergia alimentar pode tanto favorecer o aparecimento da Disbiose quanto ser sua consequência.

O diagnóstico não é fácil, a alergia pode ser devida ao aumento da permeabilidade do intestino, pode ser relativa ao alimento como um todo ou a partes já digeridas do mesmo, e pode ser desencadeada por outras substâncias, como corantes ou conservantes.

Feito o diagnóstico, a solução é corrigir a permeabilidade do intestino, equilibrar a flora intestinal, aprimorar o funcionamento do sistema imunológico. O problema é complexo, o diagnóstico difícil, mas os resultados compensam.

As duas últimas causas de fadiga, estafa e exaustão são a Síndrome da Fadiga Crônica e a Síndrome do Burnout. São complexas e exigem abordagem particularizada.

SÍNDROME DA FADIGA CRÔNICA (SFC)

Os sintomas da Síndrome da Fadiga Crônica são de exaustão severa desencadeada por pouco ou nenhum esforço, que não melhora com o repouso, em geral piora com o esforço físico, dura no mínimo seis meses e, além disso, tem no mínimo quatro dos sintomas abaixo:


 Outros sintomas também são comuns:

Diagnóstico da Síndrome da Fadiga Crônica
Até o momento não se conhece exatamente a origem da Síndrome da Fadiga Crônica. Como não se sabe a origem, não existe nenhum exame específico que forneça o diagnóstico, ele é baseado nos sintomas, no tempo de duração, no grau de comprometimento da pessoa e descartando outras enfermidades com sintomas semelhantes.
Trajetória da Síndrome da Fadiga Crônica
Em geral a doença começa com sintomas parecidos com a gripe. Em seguida pode ocorrer uma baixa na resistência e infecções que se repetem. No período inicial os sintomas flutuam muito, com períodos de saúde relativamente boa intercalados com fadiga e mal estar.
O diagnóstico de SFC, já vimos, exige mais que seis meses de duração de fadiga severa e que ela seja constante. Como esse prazo não aconteceu, e os sintomas não são permanentes, o diagnóstico é muito difícil e as tentativas de soluções frustrantes.
É muito comum atribuir a causa a problemas psicológicos, o que não surte nenhum efeito. Muitos tentam mudanças nos hábitos e no comportamento, sem nenhum resultado. O medo é também comum, a maioria dos pacientes pergunta-se se não está perdendo a razão. Não é por menos. A sensação é de uma força desconhecida, invisivel e assustadora que vem do nada e suga toda a energia.
Em geral o suporte social e familiar é falho. A maioria das pessoas simplesmente não consegue entender como alguém sem doença aparente diga estar se sentindo tão mal. Como não entendem, dão conselhos do tipo "você precisa se esforçar”, o que só piora o quadro.
Agora, além do mal-estar, há uma baixa na auto-estima e no senso de controle pessoal.
Como consequência da união de sintomas incapacitantes sem doença aparente, dificuldade de diagnóstico e tratamento efetivo e apoio social/familiar deficiente, grande parte dos portadores da SFC tem seu estilo de vida e auto-imagem bastante prejudicados.

Tratamento da Síndrome da Fadiga Crônica

Embora a causa específica da Síndrome da Fadiga Crônica permaneça desconhecida, vários fatores podem estar envolvidos e podem melhorar o quadro. Damos especial atenção ao virus, a fungos (especialmente a Candida albicans) e ao estresse.

SÍNDROME DO BURNOUT

É o ponto de ESTAFA de pessoas submetidas a altíssimas cargas da pressão, responsabilidade e estresse, um processo físico e mental progressivo que termina do esgotamento.

Sempre que alguém é submetido a pressões prolongadas a nível físico, mental ou emocional, tem grandes chances de desenvolver a Síndrome do Burnout, de Estafa.

A expressão "burnout" não tem uma tradução para o português satisfatória, mas possui um sentido próximo a alguma coisa totalmente queimada, calcinada.

Quando o "burnout" chega, há uma nítida sensação de que todas as capacidades pessoais foram exauridas, de que a energia vital foi drenada, o que acaba dando origem a uma queda acentuada na produtividade, a atitudes agressivas e a confusão.

A Exaustão na Síndrome do Burnout é um processo gradual, que acontece normalmente em 4 fases.

Durante todo o tempo, tentativas de minorar a situação como uso de bebidas alcóolicas, aumento (ou início) do consumo de tabaco ou passividade física só fazem piorar o quadro.

Quero deixar claro aqui que não acredito em Fadiga adrenal. Tal doença não encontra reconhecimento por parte da endocrinologia.

O texto acima foi adaptado do site do Dr. Cyro Masci, o criador do Sistema Masci de Saúde Ortossistêmica. Link para o texto: http://www.vitalidadeintegral.com.br/si/site/0301?p=Fadiga_Exaust%C3%A3o_Exaustao


Fadiga adrenal existe? Por Dr. Flávio Cadegiani (médico endocrinologista, metabologista, nutrólogo e doutorando em Adrenal pela UNIFESP).

O termo fadiga adrenal tem apresentado crescente utilização na mídia, entre leigos e principalmente no meio médico. Contudo, essa condição jamais foi oficialmente reconhecida e comprovada por qualquer sociedade de endocrinologia. Em pesquisa no “Google” no dia 04/07/2014, a expressão fadiga+adrenal apresentou 114.000 resultados e adrenal+fatigue apresentou 2.370.000, mostrando a relevância destas terminologias na internet, principal fonte de busca de informações mundial hoje em dia.
Hoje, somente no Brasil, existem mais profissionais de saúde que recebem formação com a existência da doença através de “cursos” e “palestras”. Pelo contrário, são em bem menor número a quantidade de medicos da área que escutam que a doença não foi comprovada. Por isso, o numerous de ppacientes expostos a profissionais que farão o suposto diagnostic e tratamento é maior do que o número de pessoas que não serão avaliadas para a existência desta enfermidade não comprovada. De acordo com a prática da maioria dos médicos que conduzem casos de “fadiga adrenal”, a pesquisa da suposta enfermidade ocorre a partir de um questionário com indagações sobre o bem-estar global, incluindo questões sobre fadiga, bem-estar, qualidade de sono, disposição e humor. Aqueles que forem enquadrados como “suspeitos” para “fadiga adrenal” serão diagnosticados com cortisol sérico basal ou ritmo de cortisol salivar, ambos incaracterísticos de acordo com a Endocrinologia. Aqueles que estiverem com os valores abaixo dos considerados como mínimos (valores que diferem completamente da prática endocrinológica usual) são diagnosticados como portadores de “fadiga adrenal” e logo recebem tratamento com corticoterapia em doses “fisiológicas”. Existem algumas variações desse fluxograma, porém em geral respeita-se esta sequência.
Entre os argumentos sustentados pelos médicos que sustentam a teoria da existência desta doença (esta não reconhecida pelas sociedades de endocrinologia) está o fato de o paciente apresentar uma vasta e prolongada clínica antes de apresentar qualquer sinal bioquímico ou hormonal de depleção adrenal, e que respondem muito bem do ponto de vista clínico com a reposição.
Contudo, existem contra-argumentos muito lógicos. Primeiro, o início de corticoterapia, mesmo em baixas doses, desencadeia uma sensação temporária de bem-estar e de disposição em grande parte dos pacientes, com aparente melhora dos sintomas. Segundo, é bem estabelecido que mesmo em doses “fisiológicas”, a utilização de corticoterapia aumenta diversos riscos, como cardiovascular e de osteoporose.
Após uma ampla revisão acerca do assunto, que fora realizado da forma mais imparcial possível, várias conclusões foram tomadas.
Primeiro, embora muito utilizado na mídia leiga e nos chamarizes da internet, o termo “fadiga adrenal”, como ele é citado, foi pouquíssimo publicado. Além disso, a qualidade metodológica associado aos trabalhdos que utilizam esta expressão são de baixa qualidade. Também, nenhum dos artigos discorre ou cita a etiologia da chamada “fadiga adrenal”. Ou seja, nenhum trabalho de qualidade até agora. Lembrem-se, trabalho científico não significa evidência.
Embora amplamente utilizado na prática médica em vários locais do mundo, o questionário do Dr. Wilsom para diagnóstico de “fadiga adrenal” não teve absolutamente nenhum estudo para validação ou utilização como escore de fadiga, ao menos indexado. Por outro lado, o questionário SF-36 Vitality Scale, um escore bem validado e com real grau de correspondência com o grau de fadiga, foi o método utilizado por boa parte dos trabalhos que visaram correlacionar fadiga e alterações do cortisol.
Sabendo-se que o eixo corticotrófico pode estar seriamente comprometido como consequência de alguma doença ou alteração, é recomendado que se avaliem, diagnósticos diferenciais, entre eles os principais para “fadiga adrenal” são: (1) síndrome da apneia obstrutiva do sono, (2) insuficiência adrenal, (3) trabalho excessivo, (4) diagnósticos mentais, (5) inversão e irregularidade de turno no trabalho, (6) deficiências hormonais de outros eixos, (7) hepatopatias, (8) cardiopatias, (9) nefropatias, (10) DPOC, (11) doenças auto-imunes. Normalmente, estas doenças ou outros problemas justificam praticamente a quase totalidade dos casos.
A maior parte dos trabalhos foi excluída devido a falta de qualidade da metodologia e de caráter unicamente descritivos, sem referências de qualidade Dada a heterogenia e diversidade da qualidade e dos tipos de dados e das respostas, poucos dados são analisáveis – o cortisol ao acordar e 30min após foi um dos dados mais reproduzidos. O grande número de trabalhos que correlacionou fadiga e cortisol ao levantar e ao ritmo de cortisol salivar se deve ao fato de que estudos prévios iniciais foram utilizando ambos dados como marcadores. Um estudo somente realizou uma tentativa de validação. Contudo, é importante ressaltar que a atenuação do cortisol ao levantar, ou seja, o não aumento ou o aumento inadequado em relação ao esperado tende a ser uma consequência, e não causa, da fadiga.
A insuficiência adrenal absoluta pode ser avaliada como cortisol basal abaixo de 3,5mg/dL, na ausência de medicamentos orais, tópicos, nasais, oftalmológicos ou de quaquer outra espécie. A insuficiência adrenal pode ser de origem primária, cuja deficiência é na própria glândula adrenal, ou secundária, quando a deficiência adrenal decorre da baixa produção de ACTH (que estimula a liberação de cortisol) pela glândula hipófise. Contudo, a forma mais adequada de se avaliar reserva adrenal é por testes funcionais, bem estabelecidos e praticados por endocrinologistas. Para tais avaliações, pode-se realizar teste de cortrosino, um ACTH sintético, seja na dose usual (250mcg), seja o teste de baixa dose (1mcg),que avalia diretamente reserva adrenal. A falha da resposta ao teste da cortrosina pode denotar insuficiência adrenal primária relativa ou insuficiência adrenal central (hipofisária ou hipotalâmica). Para o teste de avaliação da funcionalidade do eixo HHA por completo, a avaliação padrão-ouro é o teste de tolerância a insulina, cujo objetivo é provocar hipoglicemia e criar uma situação de estresse onde um indivíduo saudável irá liberar invariavelmente uma certa quantidade de cortisol. A não liberação adequada demonstra, em algum grau, um comprometimento do eixo HHA. Outro potencial teste é com lipossacarídeos, que são pirógenos, que induzem hipertermia (febre), outra situação de estresse. Contudo, este teste é pouco realizado na prática. Estes testes descritos são as formas que as sociedades de Endocrinologia reconhecem para avaliação do eixo HHA.
Importante ressaltar que, mesmo numericamente grande, a maior parte dos estudos é exclusivamente descritiva, ou que não buscaram referências, ou fizeram revisões de outros estudos, e todos estes trabalhos não acrescentam em termos de evidência ou qualidade de informação acerca da suposta “fadiga adrenal”. Com isso, exclui-se muito do que verdadeiramente
Embora não tenham utilizado critérios adotados pela Endocrinologia, grande parte dos trabalhos mostrou correlações claras e significativas entre pessoas com maior fadiga e alterações da homeostase e do ritmo de cortisol. Independente do grau de validação dos exames realizados, o encontro da associação, direta ou inversa entre determinado exame e alguma alteração clínica, chama atenção para que o mesmo seja melhor investigado. Contudo, por não se tratar dos testes clássicos e bem estabelecidos de reserva adrenal, é possível que as alterações nos exames encontrados sejam consequência, e não causa do quadro de fadiga, pois os mesmos exames não foram correlacionados com verdadeiros testes que mostram a real reserva adrenal. Cabe ressaltas que diferentes populações, como doentes de diversas patologias, poderiam eventualmente ser sub-grupos que particularmente teriam as alterações descritas.
Existe uma importante lacuna em termos de qualidade de informação no que tange a estudos de diminuição de resposta do eixo HHA para indivíduos saudáveis, fadigados (ou burnout) e que não se encaixam em nenhuma doença, e também para doenças.
Observa-se que foram criados “novos critérios” que foram fracamente validados, pois não houve correlação com o padrão-ouro vigente e nem com histopatológico ou atividade/liberação direta de cortisol. Nenhum dos autores dos artigos revisados tem formação em Endocrinologia, o que resultou em ausência de trabalhos que eventualmente utilizariam os critérios padrão-ouro da Endocrinologia. A falta de comunicação ou de co-autoridade com a Endocrinologia poderia imprimir uma melhroa considerável na qualidade dos estudos e no poder dos achados, pois em se tratando de utilizar os critérios aceitos pelas sociedades de endocrinologia para diagnósticos do eixo corticotrófico, pouquíssimo se encontra. O “n”para o “cortisol ao levantar” é, sob o ponto de vista de validação, muito aquém do mínimo requerido.
O cortisol ao levantar (30 minutos após) apresentou um grau de validação ainda não 100%. O mais importante aqui é lembrar novamente que o cortisol ao levantar mais baixo pode representar uma consequência, e não ser causa, do burnout. Ele não expressa a reserva adrenal e por isso não pode ser definidor como fator ou causador, somente como marcador, o que implica em que o uso de hidrocortisona não corrigirá o problema (embora possa causar melhroa temporária devido a ação do próprio fármaco)
O cortisol urinário de 24h é o método que permite “enxergar” a liberação continuada em um período de 24h, porque a sua concentração é diretamente proporcional e linear com o cortisol sérico, e poderia ser um critério no futuro.
Antes de se avaliar a existência do diagnóstico de “fadiga adrenal”, importante separar diferentes grupos populacionais. Pelos estudos até agora realizados
Uma revisão sistemática de 2011 (Danhof-Pont et al) identificou 31 estudos e 38 marcadores, entre eles cortisóis salivares e plasmáticos, além do SDHEA, e não encontrou alteração potencial para nenhum deles. Uma revisão sobre pessoas “com burnout do trabalho” de Doornen LJ, de 2011, encontrou resultados inconsistentes sobre o cortisol.
Todos os estudos que estudaram o “perfil” de cortisol “foram para um caminho distinto” do caminho da Endocrinologia.
Usar cortisol ou qualquer dado apresentado pela maioria dos estudos não denota necessariamente uma alteração do eixo HHA como etiologia para total ou parte dos sintomas Portanto, não se pode concluir, e nem sugerir, que o uso de corticoterapia vá corrigir o fator contribuinte. É importante ter muito cuidado em avaliar “resposta terapêutica” com cortisol, pois a melhora ocorrerá pela ação decorrente do próprio fármaco (corticite a curto prazo aumenta disposição), sem que isso signifique uma real resposta a doença. Em suma, as alterações descritas acerca do cortisol podem tanto ser uma das gêneses dos problemas, por falhar aos estímulos gerados, como pode ser consequência a falta de estímulos para a ativação do eixo corticotrófico. Um exemplo claro de alteração do eixo HHA com oconsequência, e não causa de problemas, é a depressão maior, que torna o ciclo circadiano aberrante, com diminuição da queda esperada ao longo do dia. Portanto, é importante que se conheça a relação entre o eixo liberador de cortisol e os sintomas ou doença estudados, para que não se atribuam problemas às aleterações que na realidade são consequências, com odescrito na depressão maior.
Em conclusão, teorias acerca do eixo HHA na gênese de fadiga sempre tiveram um grande espaço na literatura. Contudo, poucos trabalhos pesquisaram e contraram de fato dados que aumentassem a robustez destas informações. A relação causa-efeito muitas vezes pode ser um viés confundidor que gera conclusões precipitadas.
A “fadiga adrenal” não foi comprovada, é improvável que exista da forma como é descrita, e se existir, deve ser devidamente avaliada com o que a endocrinologia oferece de critérios diagnósticos para reserva adrenal, e não por critérios “inventados”. Alguns grupos, como pacientes expostos a quimioterapia e os fadigados por “overtraining” podem apresentar alterações, porém mais trabalhos são necessários. É um momento importante para que os “divulgadores” desviem seus esforços para realização de estudos de qualidade para demonstrar as suas afirmações. Em momento algum digo que não existe, porém digo sim que é necessário estudar. Mais estudo, menos divulgação, por enquanto, é apalavra de ordem.
E enquanto isso, se alguém desconfiar de insuficiência adrenal relativa, favor realizar os testes que avaliam esta alteração.
Autor principal: Dr. Flávio A. Cadegiani (endocrinologista e metabolista de Brasilia – DF – CRM/DF 16.219 / CREMESP 160.400) – É DOUTORANDO em Adrenal pela UNIFESP, sendo orientado por uma das maiores autoridades do mundo no tema, o Dr. Cláudio Elias Kater.
Colaboradores do post:
Dr. Frederico Lobo (Clínico geral de Goiânia – GO) @drfredericolobo,
Dr. Thiago Omena (Médico especialista em Clínica Médica em São Paulo - SP) @tomena
Dr. Ricardo Martins Borges (Nutrólogo de Ribeirão Preto – SP, mestre em medicina pela FMRP – USP) @clinicaricardoborges,
Dra. Tatiana Abrão (endocrinologista e nutróloga de Sorocaba – SP) @tatianaabrao,
Dra. Elza Daniel de Mello (pediatra, gastropediatra, nutróloga em Porto Alegre – RS, mestre e doutora em Ciências médicas – Pediatra pela UFRGS),
Dr. Daniella Costa (nutróloga de Uberlândia – MG) @dradaniellacosta,
Dr. Reinaldo Nunes (endocrinologista e nutrólogo de Campos – RJ, mestre em endocrinologia pela UFRJ) @drreinaldonunes,
Dr. Mateus Severo (endocrinologista de Santa Maria – RS, Mestre em Ciências Médicas – Endocrinologia pela UFRGS e doutorando em Ciências médicas – Endocrinologia pela UFRGS) @drmateusendocrino,
Dr. Pedro Paulo Prudente (médico do esporte de Gramado – RS) @drpedropauloprudente,
Dra. Patricia Salles (endocrinologista de São Paulo – SP, mestranda em endocrinologia pela FMUSP), @endoclinicdoctors,
Dra. Camila Bandeira (endocrinologista de Manaus – AM) @endoclinicdoctors,
Dr. Walter Nobrega (clínico Geral do Rio de Janeiro – RJ) @drwalternobrega,
Dra. Deborah Carneiro (pediatra de Goiânia – GO) @dehcarneirolima,
Dr. Yuri Galeno (endocrinologista de Natal – RN) @dryuri_insyde,
Dra. Flávia Tortul (endocrinologista de Campo Grande – MS) @flaviatortul

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