domingo, 21 de setembro de 2014
Prevenção da Doença de Alzheimer. Existe?
segunda-feira, 9 de abril de 2018
O que eu trato e o que eu não trato
- Pacientes que desejam fazer uso de anabolizantes, hormônios com finalidade estética, uso de GH, dieta HCG, modulação hormonal, ozonioterapia, PRP, qualquer tipo de procedimento médico;Não trabalho com nada disso.
- Pacientes oncológicos (com câncer); Encaminho para a Nutricionista Jordana Torres (Fone: 62 3212 4020) e para o Oncologista Clínico Dr. Danilo Araújo de Gusmão (Fone: 62 - 3226-0200)
- Pacientes nefropatas: Encaminho para o meu amigo Dr. Rodrigo Costa que é Nefrologista e Nutrólogo (Fone: (62) 32425441) e para a Nutricionista Clara Sandra (Fone: 99322-9731)
- Terapia de reposição hormonal. Posso até fazer o diagnóstico do déficit, mas não prescrevo hormônios. Ou seja, todas desordens hormonais que necessitam de tratamento encaminho para uma amiga, Dra. Natalia Jatene (Fone: 3281-7799)
- Pacientes portadores de esquizofrenia, dependência química ou de álcool: encaminho para o psiquiatra Dr. Murilo Caetano (Fone - 3245-2034) ou Dr. Heisler Lima (Fone: 62 - 3246-8400 e 99646-8400) ou Dr. Thiago Cesar da Fonseca (Fone: (62) 3639-1895 ou 99316-7575)
- Hipertrofia
- Pacientes vegetarianos, veganos, ovolactovegetarianos, crudivoristas;
- Fadiga, cansaço crônico, astenia, fraqueza, indisposição;
- Obesidade em todos os seus graus: crianças acima dos 5 anos até idosos;
- Acompanhamento pré e pós-cirurgia bariátrica;
- Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP);
- Bulimia e anorexia (aspectos nutricionais, a parte psiquiátrica encaminho para o Dr. Rodolfo Campos que é psiquiatra e especialista na área (Fone:3282-6849)
- Aspectos nutricionais da ansiedade; depressão; insônia (ou seja, o psiquiatra faz a parte dele e eu busco déficits nutricionais ou intoxicação por substâncias que possam estar interferindo no agravamento da doença);
- Orientações nutrológicas na Intolerância à glicose, resistência insulínica e Diabetes mellitus tipo 2;
- Dislipidemias: hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia;
- Síndrome metabólica;
- Esteatose hepática não-alcóolica (fígado gorduroso);
- Alergias alimentares e Intolerâncias alimentares (lactose, frutose e sacarose);
- Anemias carenciais (Ferropriva, por deficiência de B12, ácido fólico, cobre, zinco, complexo B, vitamina A);
- Intoxicação crônica por metais tóxicos: Alumínio, Chumbo, Mercúrio, Arsênico, Cádmio com posterior quelação;
- Orientações nutrológicas em Constipação intestinal (intestino preso) e Diarréia crônica;
- Dispepsias correlacionadas à ingestão de alimentos específicos (má digestão);
- Alterações da Permeabilidade intestinal (leaky Gut), Disbiose intestinal e Síndrome de Supercrescimento bacteriano do intestino delgado (SIBO) ;
- Síndrome do intestino irritável;
- Fibromialgia (aspectos nutrológicos);
- Acompanhamento nutrológico pré-gestacional e gestacional (preparo pré-gravidez e pós-gravidez para retornar ao peso anterior e fazer suplementações necessárias);
- Infertilidade (aspectos nutrológicos), a parte de investigação encaminho para Dra. Lorena Apolinário - Fone: 3638-3515;
- Orientações nutrológicas para cardiopatas (Insuficiência coronariana, Insuficiência cardíaca, Arritmias, Valvulopatias, Hipertensão arterial);
- Orientações nutrológicas para pneumopatas (Enfisema, Asma, Fibrose cística);
- Orientações nutrológicas em Hiperuricemia, Gota, Litíase renal;
- Orientações nutrológicas em: Doença de Alzheimer;
- Orientações nutrológicas em Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade;
- Orientações nutrológicas em pacientes com sarcopenia e osteoporose;
- Orientações nutrológicas para portadores de doenças autoimunes (artrite reumatóide, lúpus, Hipotireoidismo/tireoidite de hashimoto, psoríase, vitiligo);
- Orientações nutrológicas em portadores de HIV em tratamento com antiretrovirais;
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Fadiga, exaustão, estafa e esgotamento mental
Outros sintomas da fadiga e exaustão incluem:
- Grande cansaço, fadiga, exaustão ou esgotamento, como se suas energias tivessem sido sugadas,
- Ter que aumentar o esforço para tentar manter o mesmo nível de ânimo e força que tinha anteriormente,
- Perceber que ocorreu uma significativa queda ou mesmo perda de suas capacidades de trabalho, sociais, de relacionamento e de lazer,
Para fins práticos, existem quatro grandes caminhos para que alguém sinta chegue na estafa.
- O primeiro caminho da estafa é o das doenças específicas, com anemia, depressão, alergias, doenças reumáticas, cardíacas ou pulmonares, entre inúmeras outras.
- O segundo caminho da estafa é a Síndrome da Fadiga Crônica (SFC). O "síndrome” é utilizado porque a SFC não é uma doenças única, é um conjunto de sinais e sintomas que indicam alterações de vários órgãos do organismo.
- O terceiro caminho da estafa é a Síndrome do Burnout, um tipo bastante específico de estresse emocional que acaba levando à exaustão.
- E o quarto caminho da estafa é a Desnutrição Celular, a falta ou baixa de nutrientes como vitaminas, minerais ou aminoácidos.
A abordagem se faz tanto com a correção dos fatores que levam ao desequilíbrio da química do organismo, quanto o fornecimento das substâncias necessárias ao funcionamento do corpo. Alguns exemplos mais marcantes:
1. Facilitação do Funcionamento do Cérebro:
Não temos como modificar diretamente a estrutura do nosso cérebro. Mas temos como modificar indiretamente seu funcionamento.
Seu cérebro, para dar origem ou gerenciar tudo aquilo que você pensa, sente ou faz, possui algo em torno de cem bilhões de neurônios, sendo que cada neurônio pode se comunicar com até mil outros neurônios.
Um exemplo dessa abordagem: tanto a ansiedade quanto a depressão tem um mediador químico cerebral envolvido no processo chamado serotonina. Vários antidepressivos são capazes de aumentar a quantidade de serotonina do cérebro ao dificultar sua volta na célula que a liberou, inibindo sua absorção (recaptação), mas ao custo de muitos efeitos colaterais. Já certos aminoácidos podem aumentar a quantidade da mesma serotonina ao aumentar sua produção, fornecendo em quantidades extras a matéria prima para sua fabricação. O processo tem bem menos efeitos colaterais e, ao contrário dos antidepressivos, não dá origem a sintomas de abstinência (eufemisticamente chamado de "síndrome da descontinuidade") quando é interrompido.
Outros precursores de transmissores químicos cerebrais têm o mesmo princípio de favorecer funções cerebrais, modulando, por exemplo, a irritabilidade, a agressividade, a tristeza, a iniciativa e o prazer.
- Incentivo e orientação para atividade física,
- Hábitos regulares de sono,
- Alimentação balanceada,
- Meditação,
- Técnicas de relaxamento entre outras medidas.
A desnutrição celular está ocorrendo de modo assustador. Pesquisa recente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em conjunto com a Universidade de São Paulo (USP), realizado em 150 municípios das cinco regiões do país, constatou que a dos pesquisados consome vitaminas em doses muito, mas muito abaixo do ideal.
Vitamina A 50 %
Vitamina C 90 %
Complexo B 40 %
Vitamina E 99 %
Vitamina D 99 %
Cálcio 90 %
Vitamina K 81 %
Magnésio 80 %
Mas só isso não basta. É imprescindível diagnosticar o estado funcional do sistema digestivo para que o alimento correto possa ser digerido, ou seja, quebrado em partes menores, e também absorvido, o que depende do estado das paredes do intestino.
As alergias e intolerâncias alimentares também devem ser investigadas, sendo uma grande causa da fadiga.
Atualmente sabe-se que nosso sistema intestinal é um imenso filtro, ele mede em torno de 7 metros, e se fosse totalmente estendido teria a área aproximada de uma quadra de futebol de salão. Se as paredes do intestino estão em bom estado, os nutrientes são bem absorvidos e as toxinas presentes no bolo fecal não conseguem penetrar na corrente sanguínea. O contrário acontece quando suas paredes estão prejudicadas, gerando ou facilitando o aparecimento de doenças.
Se a permeabilidade do intestino estiver alterada, partículas de alimento mal-digeridas e toxinas conseguem entrar na corrente sanguínea em alta quantidade. As partículas de alimento mal digeridas são interpretadas pelo sistema imunológico como intrusos, gerando a formação de anticorpos para expulsar aquele "corpo-estranho". Por motivos que ainda não compreendemos inteiramente, o organismo reage ao anticorpo que ele mesmo formou fabricando um novo anticorpo. E esse conjunto de reações facilita o aparecimento de doenças auto-agressivas (auto-imunes).
Além disso, algumas partículas de alimento mal digeridas e absorvidas podem formar complexos que chegam ao cérebro e geram sintomas comuns como ansiedade ou depressão (ex. efeito neurotóxico do cálcio do leite no autismo, gliadina do glúten no autismo).
Vários metais pesados, como o chumbo, mercúrio ou alumínio, também conseguem entrar na corrente sanguínea se a permeabilidade estiver comprometida.
Toxinas de bactérias que normalmente deveriam ser eliminadas podem também penetrar no organismo, gerando uma sobrecarga aos nossos sistemas de eliminação.
Além do fator permeabilidade, costuma ocorrer uma alteração na flora intestinal, no delicado equilíbrio das bactérias intestinais. Nosso intestino abriga algo em torno de 30 a 50 trilhões de microorganismos, um número alto considerando que nosso corpo é formado por algo em torno de 100 trilhões de células.
Vários desses microorganismos podem provocar doenças, mas sua presença é controlada por bactérias benéficas ao organismo. Essas bacterias favoráveis estão em estado de equilíbrio muito delicado. Nós propiciamos abrigo e alimento a elas, e elas produzem vitaminas e alguns antibióticos naturais.
O acúmulo de agressores ao intestino costuma provocar alterações importantes nesse equilíbrio, resultando num aumento perigoso no número das bactérias nocivas e na redução das bactérias benéficas.
Quando os dois fenômenos, aumento da permeabilidade e quebra no equilíbrio das bactérias intestinais, estão presentes, ocorre a Disbiose, um estado ameaçador que favorece o aparecimento de inúmeras doenças.
A Cândida, por exemplo, um fungo presente em baixa quantidade habitualmente, pode crescer em número e facilitar o aparecimento da fadiga crônica, da depressão e da fibromialgia.
A Disbiose costuma aparecer principalmente pelo uso de antibióticos, infecções e parasitas intestinais, falta de fibras na alimentação, prisão de ventre crônica e alergia alimentar.
Os indicativos de Disbiose são muito comuns, a simples presença de prisão de ventre crônica, gazes, cólicas e diarréias frequentes sugerem a necessidade de se verificar o equilíbrio da flora intestinal.
O tratamento é realizado primordialmente com a administração de probióticos em grande volume, que são bacilos intestinais benéficos.
Em contraste com os iogurtes comerciais, esses bacilos são ingeridos em conjuntos de espécies diferentes, em número bem maior (até 20 vezes mais) e não contém calorias significativas.
Também são utilizados antioxidantes com grande ação na parede intestinal e prébióticos, certos alimentos utilizados exclusivamente pelas bactérias benéficas para que possam restabelecer o equilíbrio, vencendo em número e qualidade os microorganismos desencadeadores de doenças.
A alergia, trocando em miúdos, é uma resposta exagerada do nosso sistema de defesa. Sempre que algum invasor entra no organismo, o sistema imunológico trata de combatê-lo. Esse processo pode desregular, seja por confundir o invasor, seja por responder de modo exagerado a um pequeno agressor.
Essa resposta exacerbada pode ser imediata, aparecendo uns 15 a 20 minutos depois do contato com a substância que provoca alergia, e os sintomas são bem conhecidos: coceira, inchaço e o aumento de secreções, como a coriza. Esse problema pode ser desencadeado por uma infinidade de fatores, como insetos, pelos de animais, substâncias químicas, e também alimentos.
Mas existe uma resposta mais demorada, que chega a levar dias para se manifestar, gerando sintomas bem pouco específicos, como: fadiga, olheiras, depressão, hiperatividade, hipoglicemia, (artralgia) dores articulares, insônia, dores de cabeça (cefaléias ou enxaquecas), retenção de líquidos.
Esses sintomas são comuns também nas intolerância a alimentos. Na verdade, existe uma diferença entre alergia, que é a resposta exagerada do sistema imunológico (envolve reação de um antígeno com um anticorpo, ex. doença celíaca, o sistema imunológico reagindo contra a gliadina, a proteína do trigo), e a intolerância a alimentos (que é a dificuldade do organismo em digerir certos alimentos, as vezes por não contar com alguma substância que consiga degradar algum componente daquele alimento, ex. intolerância à lactose por deficiência de lactase).
Na prática existem inúmeros exames que podem ser solicitados para diagnosticar tanto as intolerâncias quanto alergias. Entretanto nenhum deles são 100% fidedignos, cada qual com sua sensibilidade especificidade. A maior prova terapêutica e mais utilizada é a dieta de exclusão na qual através da suspensão dos alimentos mais alergênicos, verifica-se a melhora de sinais e sintomas. Posteriormente fazendo reintrodução dos mesmos, observando se os sinais reaparecem, na tentativa de identificar o alérgeno(s) principal(ais).
Além dos sintomas demorarem a aparecer, e serem facilmente confundidos com outras doenças, a intolerância alimentar tem uma característica curiosa. Ao invés de a pessoa evitar o alimento que faz mal, como acontece nas alergias que tem sintomas imediatos, desagradáveis e claramente relacionados com a exposição, ela pode desenvolver grande atração ao alimento e ingerir em excesso. No Brasil, é muito comum a intolerância ao leite, queijo, trigo, ovos, laranja e tomate, alimentos frequentes na mesa.
A alergia alimentar pode tanto favorecer o aparecimento da Disbiose quanto ser sua consequência.
O diagnóstico não é fácil, a alergia pode ser devida ao aumento da permeabilidade do intestino, pode ser relativa ao alimento como um todo ou a partes já digeridas do mesmo, e pode ser desencadeada por outras substâncias, como corantes ou conservantes.
Como citado acima, os exames de sangue conseguem detectar apenas certos tipos de alergia, especialmente os que são gerados pelo alimento “inteiro” e de resposta rápida, mas não conseguem detectar alergias que tem origem em “partes” já digeridas dos alimentos e de resposta mais lenta.
O que existe são equipamentos que geram resultados sugestivos da presença de intolerância e alergia, mas que não são categóricos. Sua maior vantagem é dirigir o diagnóstico para a suspenção de certos grupos de alimento por algumas semanas, reintroduzir abruptamente e aí sim confirmar a presença do problema.
Feito o diagnóstico, a solução é corrigir a permeabilidade do intestino, equilibrar a flora intestinal, aprimorar o funcionamento do sistema imunológico e criar vacinas ao alimento que está gerando o problema, se não puder ser totalmente eliminado.
O problema é complexo, o diagnóstico difícil, mas os resultados compensam
As duas últimas causas de fadiga, estafa e exaustão são a Síndrome da Fadiga Crônica e a Síndrome do Burnout. São complexas e exigem abordagem particularizada.
Os sintomas da Síndrome da Fadiga Crônica são de exaustão severa desencadeada por pouco ou nenhum esforço, que não melhora com o repouso, em geral piora com o esforço físico, dura no mínimo seis meses e, além disso, tem no mínimo quatro dos sintomas abaixo:
- Memória e concentração alteradas
- Dor de garganta que se repete com frequência
- Nódulos linfáticos dolorosos na região do pescoço e nas axilas
- Dores nos músculos
- Dores articulares sem inchaço ou vermelhidão
- Dores de cabeça
- Sono superficial e/ou não reparador.
- Fadiga desproporcional após exercícios
- Sintomas semelhantes à gripe, inclusive com febre de baixa intensidade por vários dias;
- Sensibilidade aumentada, com intolerância a ruídos, cheiros, produtos químicos, alimentos, remédios e até mudanças de temperatura ambiente;
- Intolerância ao álcool
- Dificuldade em se concentrar e memorizar coisas novas;
- Dificuldade para efetuar cálculos matemáticos
- Rrespiração ofegante aos menores esforços
- Distúrbios intestinais
- Distúrbios urinários
- Alterações de humor, com aparente mudança na personalidade
Embora a causa específica da Síndrome da Fadiga Crônica permaneça desconhecida, vários fatores podem estar envolvidos e podem melhorar o quadro. Damos especial atenção ao virus, a fungos (especialmente a Candida albicans) e ao estresse.
SÍNDROME DO BURNOUT
É o ponto de ESTAFA de pessoas submetidas a altíssimas cargas da pressão, responsabilidade e estresse, um processo físico e mental progressivo que termina do esgotamento.
Sempre que alguém é submetido a pressões prolongadas a nível físico, mental ou emocional, tem grandes chances de desenvolver a Síndrome do Burnout, de Estafa.
A expressão "burnout" não tem uma tradução para o português satisfatória, mas possui um sentido próximo a alguma coisa totalmente queimada, calcinada.
Quando o "burnout" chega, há uma nítida sensação de que todas as capacidades pessoais foram exauridas, de que a energia vital foi drenada, o que acaba dando origem a uma queda acentuada na produtividade, a atitudes agressivas e a confusão.
A Exaustão na Síndrome do Burnout é um processo gradual, que acontece normalmente em 4 fases.
- Primeira fase da Estafa no Burnout: Os principais sintomas são de exaustão física, mental e emocional. É a síndrome do "só quero um banho e cama!". O sono em geral não consegue reparar o organismo, e no geral há uma flutuação durante o dia, com períodos de excitação intercalados com horas de sensação de ser um "morto vivo", sem interesse, energia ou prazer.
- Segunda fase da Estafa no Burnout: Em geral aparece sob a forma de uma voz interior que solapa toda a confiança, gerando dúvidas a respeito da própria capacidade e auto-estima. Nesse ponto, de modo geral, as pessoas que estão ao redor das vítimas de "burnout" começam a perceber mudanças no comportamento, todas elas com origem no profundo senso de vulnerabilidade e incerteza quanto às próprias capacidades.
- Terceira fase da Estafa no Burnout: Dá para entender o porque a terceira fase se caracteriza pelo cinismo, agressividade (ainda que controlada) e pela insensibilidade. Nessa terceira fase, um grande número de pessoas desenvolve uma atitude abrasiva, se torna bastante desagradável. A agressividade verbal, a postura irônica, as respostas cínicas acabam por afastar as pessoas ao redor. E essa não é a única notícia ruim, infelizmente. A agressividade desta fase libera altíssimas ondas de hormônios que acabam facilitando o aparecimento de doenças, especialmente as doenças coronarianas, já que pessoas iradas tem duas vezes e meia mais chance de sofrer do coração.
- Quarta fase da Estafa no Burnout: Se nada for feito, chega a quarta fase, de exaustão total, de falência, de crise pessoal.
terça-feira, 1 de julho de 2014
DETOX: como funciona uma detox ?
Atualmente fala-se muito em dieta detox, programas de detoxificação, desintoxicação, suco detox e etç. Afinal, o que é verdade e o que é mito ? Existe um capítulo sobre o tema na principal referência de farmacologia (GONZALES, FJ, et al. Metabolismo de fármacos. In: BRUNTON L, CHABNER, B, KNOLLMAN, B. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman. 12ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. Cap 06, p.123-142. ) O "Goodman" é adotado pela maioria das universidades de medicina e farmácia de todo o mundo. Então sejamos científicos.
Primeira pergunta: Detox existe?
Sim, existe, não da forma como é propagada, de maneira sensacionalista. O termo mais correto seria destoxificação. Na destoxificação podemos eliminar tanto xenobióticos, fármacos quanto substâncias endógenas (exemplo hormônios, neurotransmissores). O termo desintoxicação ficaria mais ligado a desintoxicação metabólica de drogas = Metabolic Detoxication, Drugs: “redução da atividade farmacológica ou da toxicidade de uma droga (ou outra substância estranha) por um sistema vivo, geralmente por ação enzimática”.
Segunda pergunta: As pessoas querem desintoxicar de que ?
Drogas? Vai pra clínica de reabilitação.
Metais tóxicos? Hospitais fazem processo de quelação.
Venenos? Toxicologistas são especialistas nisso.
Agora Desintoxicar de "Jacadas" de final de semana, carnaval, feriados, final de ano? Isso seu organismo faz muito bem, sozinho, sem custo nenhum, basta você fornecer os substratos para que as reações ocorram.
Mas me falaram...
Ah te falaram que você tem xenobióticos e que eles podem causar doenças, então você precisa fazer DETOX? Os tais falados xenobióticos são substâncias estranhas ao nosso corpo e nosso corpo sabiamente consegue por mecanismos eficazes metabolizá-los e eliminá-los.
O processo de Destoxificação
O tal processo de DESTOXIFICAÇÃO englobaria 3 estágios: 2 fases de metabolização e 1 fase de eliminação.
Geralmente esses xenobióticos são APOLARES, ou seja, substâncias lipossolúveis (hidrofóbicas) e para que sejam excretadas precisam sofrer adição de algum componente químico para se tornarem POLARES, Hidrossolúveis, portanto facilmente excretadas via BILE (via intestinal), Renal (urina) e com um peso molecular menor.
Resumindo Destoxificação: “Trata-se de um processo que envolve múltiplas reações bioquímicas com a utilização de múltiplos substratos e dependente de cofatores enzimáticos” Ou seja, no meio desses cofatores entram vários nutrientes que nosso corpo necessita, teoricamente aí que entraria a tal dieta detox.
Mas será que precisamos mesmo de uma Dieta para metabolizar tais substâncias. A resposta é SIM. Precisamos de uma dieta EQUILIBRADA (aqui não inclui suplementos, é apenas alimentação), com todos os nutrientes para que o nosso corpo consiga fazer o tal Detox. Mas não só com nutrientes se faz uma detox.
As fases da destoxificação
Fase 1: nela ocorre uma biotransformação ou bioativação.
Objetivo: introduzir um novo grupo funcional para modificar o grupo existente, além de fazer a exposição do receptor para a conjugação da fase II.
Nessa fase utiliza-se principalmente de um sistema de enzimático chamado Citocromo P450. Ele é composto por várias isoenzimas e que para funcionarem bem, precisam principalmente dos seguintes nutrientes:
- Ferro (principal fonte são as carnes)
- Colina (principal fonte é o ovo),
- B2 (principal fonte é fígado bovino, além de aveia (vixi tem glúten) e amêndoa),
- B3 (principais fontes são as carnes e amendoim)
Tem um adendo importante com relação ao Citocromo P450. Muitas das substâncias fitoquímicas utilizadas nos chás “detox” podem alterar o funcionamento das isoenzimas (CYPs) e com isso alterar de forma negativa o processo natural de detoxificação. É muito comum utilizarem o chá verde na detox. Seria interessante isso? Usado milenarmente somente agora os pesquisadores estão mostrando que esse chá pode ter seus riscos. Pode por exemplo levar a insuficiência hepática aguda. Pode também por conter cafeína causar agitação, insônia. Quem metaboliza a cafeina é uma isoenzima do citocromo P450 chamada CYP1A2. Algumas pessoas possuem uma baixa de detoxificação pela CYP1A2 e com isso apresentam um aumento nos sintomas de insônia e agitação após o consumo de cafeína.
Após a fase 1 forma-se metabólitos intermediários que levam a produção de radicais livres, dano aos tecidos e precisam ser neutralizados. Mais uma vez: Dieta balanceada dá conta do recado.
Nutrientes envolvidos:
- Betacaroteno (Fontes: cenoura, abóbora)
- Vitamina C (Fontes: acerola, laranja, todas as frutas cítricas)
- Vitamina E (Fontes: óleo de gérmen de trigo (vixi, tem glúten), oleaginosas)
- Selênio (Fonte: Castanha do Pará)
- Zinco (Fontes: carne, ostras, oleaginosas)
- Manganês (Fontes: gérmen de trigo (vixi, mais glúten), oleaginosas, aveia (mais glúten).
- Enxofre (Fontes: alho, cebola, couve, repolho).
- Ácido fólico: (Fontes: fígado, lentilha, quiabo, feijão, espinafre)
- Vitamina B12 (Fontes: alimentos de origem animal)
Fase 2: Fase na qual ocorre conjugações.
Objetivo: transformar as toxinas ativadas (metabólitos intermediários) na fase I em moléculas hidrossolúveis – BIOINATIVAÇÃO.
As principais reações que ocorrem são:
- Sulfatação: conjugação com sulfato inorgânico
- Acetilação: conjugação com acetil-CoA
- Acilação: conjugação com glicina, taurina, ou glutamina
- Glicuronidação: conjugação com ácido glicurônico
- Metilação: conjugação com grupo metil - SAME
- Conjugação com glutationa
Nutrientes da fase 2: estarão relacionado a cada uma das reações.
- Vitamina C (Fontes: acerola, laranja, todas as frutas cítricas)
- Selênio (Fonte: Castanha do Pará)
- Zinco (Fontes: carne, ostras, oleaginosas)
- Molibdênio: (Fonte: lentilha, feijão, amêndoa, amendoim)
- Enxofre (Fontes: alho, cebola, couve, repolho).
- Ácido fólico: (Fontes: fígado, lentilha, quiabo, feijão, espinafre)
- Vitamina B12 (Fontes: alimentos de origem animal)
- Magnésio (Fontes: oleaginosas, caju, acelga, espinafre)
- Colina (principal fonte é o ovo),
- B5 (Fontes: fígado de frango, oleginosas, cogumelos, cottage, ovo, abacate).
- Taurina: (Fontes: carnes e peixes, também podendo ser sintetizada através da cisteína combinada com B6, Zinco e manganês).
Quer fazer detox e não quer malhar? FURADA, BURRADA. Ao invés de na segunda entrar na detox, opte por ir malhar (tem mais evidências científicas do que dietas líquidas, desequilibradas, laxativas). A prática regular de atividade física melhora os níveis de Glutationa e outras enzimas antioxidantes. O processo de adaptação à atividade física leva a um aumento dos níveis da Glutationa S-Transferase (essencial pro processo de destoxificação). alguns hormônios que sobem com o treinamento (como cortisol e testosterona) melhoram os níveis de Sulfotransferases, essenciais pra fase 2.Além disso, a prática regular de atividade física associado a dieta equilibrada (rica em cisteína e zinco (carne novamente?)) favorece a formação de Metalotioneínas que são substâncias que poupam a sua glutationa e auxiliam na fase 2. Fontes científicas existem várias:
- LEEUWENBURGH,C.et al. Adaptations of glutathione antioxidant system to endurance training are tissue na muscle fiber especific. Am J Physiol.
- 272:363-369-1997
- LAUGHLIN,M.H. et al.Skeletal muscle oxidative capacity, antioxidant enzymes, and exercices. J Appl Physio, 68(6):2337-2343,1990
- MAITI,S.et al. Stress regulation of sulfotransferases in male rat liver. Biochem Biophys Res Commun, 323(1): 235-242,2004
- CARLI,G. ET AL. Changes in the exercise-induced hormone response to branched chain amino acid administration. Eur J Appl Phys,64:272-277,1992.
- PENKOWA,M. et al.Exercise –induced metallothionein expression in human skeletal muscle fibres. Exp Physiol, 90(4):477-486,2005.
- HAIDARA, K. ; MOFFATT. P; DENIZEAU,F. Metallothionein induction induction attenuates the of glutathione depletors in rat hepatocytes. Toxicol Sci, 49(2):297-305,1999.
Na fase de eliminação (excreção) o peso molecular determinará por onde o metabólito sairá, se:
- Peso molecular >500 daltons sairá pela Bile (depois fezes)
- Peso molecular <500 daltons="" li="" pela="" sair="" urina="">500>
- Jejum
- Dieta de baixa caloria (Dieta detox é de baixíssima caloria)
- Dieta pobre em proteínas (Dieta detox geralmente restringe proteína animal)
- Deficiência de aminoácidos, vitaminas e minerais (Dieta detox é deficiente principalmente em vitamina B12 e se for sem carne terá uma quantidade bem menor de determinados aminoácidos cruciais para o processo)
Que o processo de destoxificação existe: OK, há evidências científicas sólidas.
Que esse processo é dependente de nutrientes: Ok, tanto na fase 1 quanto na fase 2 eles entram como co-fatores de todo o processo.
Que esses nutrientes podem ser adquiridos apenas com alimentação: Ok, visto as fontes de maior biodisponibilidade
Mas e os estudos que mostram que alguns compostos podem agir na fase 1 e na fase 2? Como o quadro abaixo lista, a maioria dos estudos de referência foram realizados em ratos. Será que podemos extrapolar para humanos? Menos mal que esses fitoquímicos estão em diversos vegetais e frutas.
Problemática da dieta detox
1. Dietas líquidas ou pastosas: na grande maioria das vezes nutricionalmente desequilibradas.
2. Retirada de proteínas animais: o que leva a déficit de proteínas. Faz detox e perde massa magra.
3. Efeito laxativo pela alta ingestão de refeições líquidas/pastosas (daí muita gente acreditar que sente-se mais leve. É ÓBVIO que sente-se mais leve. Tenha uma diarréia pra ver se não se sente mais leve! Facilite a sua digestão utilizando alimentos semi-digeridos, obviamente terá a sensação de leveza.
4. Perda de peso: Muito diferente de emagrecer. Perde-se líquido via retal (amolecimento das fezes e muitas vezes diarréia = efeito laxativo) e massa magra. Somado a isso há o aumento da diurese pela alta ingestão hídrica e de chás com ação diurética.
5. Sensação de tranqüilidade, ilusória: Jacou o final de semana inteiro, tem que arrumar uma forma de se martirizar e aliviar a culpa (criando uma relação doentia com a comida). Solução? Dieta detox por 1 semana. É igual pecador que recorre ao padre pra confessar, reza e pronto, estamos quite.
6. Fraqueza/astenia: Geralmente devido à privação de nutrientes, tais pacientes ficam fracos e não conseguem treinar nos dias em que estão no detox. Se vão treinar, podem sentir mal-estar, hipoglicemia, vertigem, náuseas.
Portanto, confie no seu corpo, ele sabe naturalmente Destoxificar. Você só precisa:
- BEBER ÁGUA,
- COMER ADEQUADAMENTE (com o aporte de todos os nutrientes)
- TREINAR REGULARMENTE,
- DORMIR
- EVITAR SE INTOXICAR: álcool em excesso, cigarro, drogas, auto-medicação, uso de suplementos sem supervisão, ingestão de alimentos com agrotóxicos.
- GONZALES, FJ, et al. Metabolismo de fármacos. In: BRUNTON L, CHABNER, B, KNOLLMAN, B. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman. 12ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. Cap 06, p.123-142.
- LEVIN, B. Environmental Nutrition, 1999.
- COZZOLINO, S. Biodisponibilidade de nutrients. 4ª Ed. Barueri – SP. Manole. 2012
- LISKA, J.A. The detoxification Enzyme Systems . Altern Med Rev ; vol 3, p. 187-198, 1998.
- WILLIAMS, D.A. LEMKE, T.L. Foye’s Principles of Medicinal Chemistry, 2003
- FABER, M.S.; JETTER, A.; FUHR, U. Assessment of CYP1A2 activity in clinical practice: why, how, and when? Basic Clin Pharmacol Toxicol; 97(3):125-34, 2005
- LEEUWENBURGH,C.et al. Adaptations of glutathione antioxidant system to endurance training are tissue na muscle fiber especific. Am J Physiol. 272:363-369-1999.
- LAUGHLIN,M.H. et al.Skeletal muscle oxidative capacity, antioxidant enzymes, and exercices. J Appl Physio, 68(6):2337-2343,1990.
- MAITI,S.et al. Stress regulation of sulfotransferases in male rat liver. Biochem Biophys Res Commun, 323(1): 235-242,2004.
- CARLI,G. ET AL. Changes in the exercise-induced hormone response to branched chain amino acid administration. Eur J Appl Phys,64:272-277,1992.
- PENKOWA,M. et al.Exercise –induced metallothionein expression in human skeletal muscle fibres. Exp Physiol, 90(4):477-486,2005.
- HAIDARA, K. ; MOFFATT. P; DENIZEAU,F. Metallothionein induction induction attenuates the of glutathione depletors in rat hepatocytes. Toxicol Sci, 49(2):297-305,1999.
terça-feira, 15 de novembro de 2022
Por que consumir ORGÂNICOS ?
sexta-feira, 29 de abril de 2011
7 coisas tóxicas que você não deveria jogar no lixo
1 – Óleo de motor
Não só o óleo de motor, mas também o óleo de cozinha podem entupir tubulações de esgoto e atrapalhar os processos de tratamento de água e esgoto das empresas de saneamento. Além disso, óleo de motor derramado no chão pode contaminar águas subterrâneas. “Um galão de óleo pode contaminar um milhão de galões de água pura”, explica a representante do site Earth911, Jennifer Berry. A maneira correta de se livrar do óleo é colocá-lo em uma garrafinha com tampa e levar para centros de reciclagem, postos de gasolina ou oficinas de carros.
2 – Eletrônicos
Um problema que o mundo está tendo que lidar atualmente é o lixo eletrônico, mas não aquele spam que você recebe por e-mail, mas a quantidade de aparelhos de TV, DVD, computadores, celulares, câmeras, impressoras, videogames, iPods que são jogados por aí. Alguns países da Europa e os EUA produzem tanto e-lixo que precisam mandar para outros países. “Estes objetos contêm metais pesados como cádmio e chumbo que podem contaminar o meio ambiente”, disse Jennifer. É melhor encontrar alguém que esteja precisando destes aparelhos e fazer uma doação.
3 – Tinta
Tintas à base de óleo, revestimentos, corantes, vernizes, removedores de tinta são lixos extremamente perigosos porque contêm produtos químicos que podem ser prejudiciais a humanos, animais e ao meio ambiente. Eles nunca devem ser jogados no lixo ou em ralos. Latas que não foram usadas devem ser estocadas com cuidado ou devolvidas, ou você pode doar para escolas ou organizações.,
4 – Pilhas e baterias
Diferentes tipos de baterias devem ser destinadas de diferentes maneiras, mas nenhuma delas deve ser jogada no lixo tradicional, nem nas lixeiras de reciclagem. Elas devem ser destinadas para reciclagem. Muitas lojas têm lixos especiais para pilhas. Elas contêm materiais tóxicos e corrosivos, por isso devem ser descartadas com cuidado. A bateria do carro também faz parte deste grupo.
3 – Lâmpadas
Lâmpadas fluorescents contém minúsculas partes de mercúrio (cerca de 5 mg) que podem vazar caso ela se quebre. Por isso, elas devem ser descartadas em lugares que recolham lixo tóxico.
2 – Detector de fumaça
Este aparelho não é muito comum no nosso dia-a-dia, geralmente os vemos em hospitais ou hotéis, mas eles também são tóxicos. Os dispositivos contêm uma quantidade pequena de radiação para detecção da fumaça. É extremamente importante que não sejam atirados em qualquer lixeira. Deve-se retirar suas pilhas (que também devem ser encaminhadas, como dito anteriormente) e, em seguida, devolvê-lo ao fabricante.
1 – Termômetros
Os termômetros tradicionais contêm em média 500 mg de mercúrio e representa um risco à saúde em caso de quebra, principalmente para mulheres grávidas e crianças, porque prejudica o crescimento do sistema nervoso do bebê e dos garotos. É preciso mandá-lo para o lixo tóxico. [LifesLittleMysteries]
Fonte: http://hypescience.com/7-coisas-toxicas-que-voce-nao-deveria-jogar-no-lixo/
sexta-feira, 6 de outubro de 2023
Dúvidas mais comuns sobre o meu atendimento em Goiânia e Joinville
R1: Não, somente particular, mas a maioria dos pacientes que possuem plano de saúde Bradesco, Amil, Sulamerica, Allianz, Omint conseguem reembolso do plano. Como funciona o reembolso? A lei 9656/98, assegura a qualquer beneficiário o direito de restituição com despesas médicas e hospitalares. Entretanto, não estabelece os valores ou percentuais fixados para isto. Dessa forma, o reembolso é calculado de acordo com o valor que a operadora paga aos profissionais credenciados ao convênio.
Para saber o quanto o seu plano cobre de reembolso, entre em contato com ele, antes de agendar a sua consulta. Verifique quais documentos são necessários para o ressarcimento das despesas. Geralmente solicitam: Relatório médico e o recibo da consulta constando os dados da clínica e do médico.
P2: Quanto tempo dura uma consulta?
R2: No mínimo 60 minutos a primeira consulta. O retorno dura geralmente 30 a 40 minutos. Em casa fico no mínimo 30 minutos analisando os questionários respondido pelo paciente: questionário de sintomas, de hábitos, recordatório alimentar e nos casos de obesidade, o questionário de emagrecimento. Porém, muitas vezes a consulta pode ultrapassar 1 hora.
P3: Qual a sua formação?
R3: Fiz 6 anos de faculdade de Medicina, pós-graduação em Nutrologia na Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), iniciei uma pós-graduação em Nutrição Clínica pelo GANEP porém não concluí. Atuei em serviço ambulatorial e hospitalar de Nutrologia durante 4 anos e final de 2017 prestei a prova de título de especialista em Nutrologia, na qual fui aprovado em 4º lugar. Sendo assim, sou Médico Nutrólogo titulado pela Associação Brasileira de Nutrologia/Associação Médica Brasileira. Em 2021 terminei uma pós-graduação em Síndrome Metabólica (ABRAN) e um curso de Psiquiatria Nutricional (INCCOR-RJ). Sou idealizador do movimento Nutrologia Brasil e junto com 47 médicos sou o organizador do Curso Nacional de Nutrologia para acadêmicos de Medicina.
P4: O senhor monta dieta? Prescreve treinos?
R4: Sempre deixo claro para os meus pacientes que o nutrólogo não é o profissional mais habilitado para montar um plano alimentar. Por isso, tenho um nutricionista (Rodrigo Lamonier) e profissional da Educação física comigo na clínica. Na maioria das vezes faço ajustes nutrológicos na dieta habitual (ANDH), pois, a prescrição de cardápios é uma atividade privativa de nutricionistas. Há controvérsias sobre o tema, pois o Conselho Federal de Medicina (CFM) dá o aval para médicos elaborarem planos alimentares no caso de pacientes doentes. Porém o Conselho Federal de Nutrição discorda. Também não prescrevo treinos. Caso o paciente tenha um personal trainer, peço para o Rodrigo (que também é formado em educação física) entrar em contato com o mesmo e discutir o caso. Ou caso o paciente não queira ter personal, mas quer uma ficha para treino, o Rodrigo elabora. Lembrando que a consulta médica não inclui a consulta com nutricionista e nem elaboração de treinos.
P5: Quais exames o senhor geralmente solicita?
R5: Exames laboratoriais: sangue (Hemograma, Perfil lipídico, Glicemia de Jejum, Uréia, Creatinina, dosagem de vitaminas e minerais, hormônios) de acordo com a clínica do paciente. Além de outros exames tais como, MAPA, Ultrassonografia, Polissonografia, Tomografia, Endoscopia. Não existe regra ou receita de bolo, dependerá das queixas apresentadas pelo paciente. Sempre peço para o paciente trazer exames laboratoriais dos últimos 6 meses, assim, evita-se solicitação de exames desnecessárias. Existe uma prática não-recomendada que é a de solicitar que o paciente vá para a consulta com uma lista pronta de exames. Isso é proibido pelo Conselho de Medicina e abomino esse tipo de prática. O exame ele é complementar, ou seja, faz-se necessário primeiramente uma consulta. Neste texto https://www.nutrologogoiania.com.br/solicitacao-de-exames-previamente-a-consulta/ eu e minha amiga Karol Calfa, médica Nutróloga e Conselheira do CRM-ES explicamos um pouco sobre os indícios de infração ética nessa prática.
P6: Os exames podem ser realizados pelo plano de saúde?
R6: Sim, mesmo eu não sendo credenciado a nenhum plano de saúde, existe uma resolução denominada Consu nº8, na qual a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabelece que mesmo o profissional não sendo credenciado à operadora de saúde, se tiver indicação médica, o respectivo médico pode solicitar os exames. Sendo assim, quase todos os exames que solicito geralmente são autorizados. Alguns exames como, calorimetria indireta, DEXA, bioimpedância, teste de supercrescimento bacteriano, dosagem de selênio ou vitamina D alguns planos não cobrem.
P7: Existem exames que o senhor não solicita?
R7: Sim, alguns exames não solicito.
Os exames que não solicito são:
Bioressonância (VegaTest);
HLB (exame da gota de sangue em microscópio de campo escuro);
Nerv express;
EsComplex ou EisTeck;
Teste de intolerância alimentar baseados em IgG ou IgG4.
P8: O senhor solicita o mineralograma capilar (exame do cabelo)?
R8: Raríssimo, mas sim, apenas quando há suspeita de intoxicação crônica por metal tóxico. É a única utilidade liberada pelo Conselho Federal de Medicina conforme a resolução nº 2004 de 2012. Mas ultimamente já tem quase 10 anos que não solicito.
P9: Com qual tipo de dieta o senhor trabalha?
R9: Com todos os tipos de dieta. Aplico um questionário extenso que mostra as dietas disponíveis e peço para o paciente enumerar as 5 que mais acredita atender as suas necessidades. Posteriormente decidimos juntos se aquela é a dieta mais adequada. Faço uma redação para o nutricionista e especifico todos os detalhes que desejo no plano a ser elaborado. Dieta Low Carb e cetogênica geram resultados rápidos, mas o paciente entra em um platô rapidamente. Tenho pacientes que já eliminaram mais de 30 kg com essas dietas, porém os estudos mais recentes, não evidenciam superioridade (após 12 a 24 meses) destas dietas quando comparadas à restrição calórica convencional. A perda de peso ao final dos estudos parece ser a mesma, assim como melhora em parâmetros metabólicos. E na atualidade a nossa preocupação nem é tanto a dieta que será utilizada, mas sim a adesão a ela. Além disso uma constante preocupação da comunidade científica é: como brecar o reganho de peso, já que a grande maioria dos pacientes vão retornar para o mesmo IMC que estavam antes.
P10: O senhor utiliza medicações para emagrecimento em seus tratamentos?
R10: Sim, se o paciente tiver indicação clínica, IMC >27 com alguma comorbidade ou acima do IMC 30, utilizo criteriosamente medicações. Porém, meu público é diferente do atendido pela maioria dos nutrólogos. Meus pacientes geralmente não querem utilizar nenhum tipo de medicação. No máximo algum fitoterápico. Digamos que seja uma “turma mais natureba”. Respeito as decisões do paciente, mas explico os prós e contras, da utilização da medicação. Não utilizo nenhuma medicação que exija receituário azul. Não tenho receituário azul e nem amarelo, pois, não prescrevo tais medicações.
P11: Além de medicamentoso o que o senhor utiliza no seu arsenal terapêutico?
R11: Vitaminas, Minerais, gorduras, fitoterápicos, proteínas, carboidratos, fibras, pré e probióticos. Utilizo muito pouco medicações alopáticas, somente nas doenças nutroneurometabólicas.
Não utilizo hormônios, tais como testosterona, GH, estrogênios, DHEA, Hidrocortisona, chips hormonais (implantes). Na minha visão, isso não faz parte da Nutrologia.
Endovenoso só utilizo noripurum nos casos de anemia ferropriva refratária ao tratamento via oral. Ou vitamina B12 intramuscular no caso de déficits graves de B12 ou pacientes com síndromes disabsortivas.
Não utilizo terapias bio-oxidativas (ozonioterapia), PRP, PRFC, aplicação de lisados e enzimas subcutâneas ou intramusculares, procainoterapia, dieta hCG.
Nada disso faz parte do arsenal terapêutico da Nutrologia, conforme recentemente publicado pela própria Associação Brasileira de Nutrologia: http://abran.org.br/2018/03/14/rol-de-procedimentos/
P12: Quais procedimentos são realizados na clínica Medicare?
R12: Nenhum procedimento pois aqui é um espaço clínico, sendo assim não realizamos procedimentos. Caso o paciente necessite repor ferro de forma endovenosa é encaminhado para institutos de Hematologia. No caso dos pacientes pós-bariátricos ou com doenças disabsortivas encaminhamos o paciente para realizar a infusão de Ferro no hospital que ele desejar.
P13: Na clínica Medicare vende-se medicações e suplementos?
R13: Não. Não comercializamos medicações ou suplementos na clínica.
P14: Quais os dias de atendimento e os horários?
R14: Segunda e Quinta das 08:00 às 18:00 em Goiânia. Nas sextas-feiras das 08:00 às 19:00 os pacientes de Joinville - SC.
P15: Qual o valor da consulta e como funciona o agendamento?
R15: R$800. Agendamento é feito via whatsApp (62) 99233-7973.
1) O paciente deverá entrar nesse link https://www.nutrologogoiania.com.br/consultas/como-agendar-sua-consulta/ e preencher o formulário.
2) Em até 48h informarei o paciente e a secretária se autorizo o agendamento. Caso eu não autorize, explicarei por e-mail o motivo de não ter autorizado e geralmente encaminho para algum colega.
3) Após autorizado o agendamento, o paciente escolherá o horário disponível e só então faz o pagamento da consulta (via PIX, valor integral) para reservar o horário. Não autorizo reserva de horário sem pagamento prévio. Não trabalho com dinheiro, cheques, cartões de débito ou crédito, somente PIX.
P16: O senhor atende pacientes provenientes de outras localidades (estados ou países)?
R16: Sim. De outros países não. Somente quem reside no território brasileiro.
P17: A consulta dá direito a retorno gratuito ou terei que pagar todas as vezes que for na clínica?
R17: Cada consulta dá direito a um (01) retorno dentro do prazo estabelecido: 30 dias.
P18: As medicações que o senhor prescreve são todas manipuladas?
R18: Não. Eu até prescrevo manipulados (e não adianta pedir indicação de farmácia pois, não indico e isso está escrito no meu receituário), mas sempre que há a versão de indústria, opto por prescrever o industrializado. Razão: superioridade na qualidade, maior controle de dose e qualidade da matéria prima. Porém as vezes é inevitável a prescrição de doses personalizadas, de acordo com os exames laboratoriais.
P19: Terei que retornar todos os meses para uma nova consulta?
R21: Depende de cada caso. Mas geralmente os pacientes voltam de 3 em 3 meses ou de 6 em 6 meses. Já com o nutricionista, oriento que o retorno seja quinzenal ou mensal já que a adesão à dieta é maior quando se tem maior assiduidade às consultas.
P19: O senhor trabalha em parceria com outros profissionais?
R22: Sim, sempre que necessário e o paciente apresenta algo que não é da minha área, tenho uma rede de profissionais da saúde de minha confiança. A lista está disponível aqui no site, na sessão Profissionais que indico.
P20: Fui a um outro nutrólogo e queria uma segunda opinião pois não gostei da abordagem. O senhor emite?
R20: É antiético opinar na conduta de um colega, bem como mudar medicações. Não opino na conduta de colegas, porém emito minha opinião sobre o quadro clínico, como especialista em Nutrologia. Qual conduta você escolherá, fica a seu critério.
P21: Por que o senhor é contra modulação hormonal bioidêntica e terapia anti-envelhecimento?
R21: Como já respondido acima, não trabalho com modulação hormonal: terapia antienvelhecimento, dieta hCG, prescrição de anabolizantes, testosterona, DHEA, GH. Já que tal prática é condenada:
1) Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN): http://abran.org.br/2018/03/04/posicionamento-sobre-a-modulacao-hormonal/
2) Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM): https://www.endocrino.org.br/alerta-sbem-nao-existe-especialista-em-modulacao-hormonal/
3) Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontrologia (SBG): https://sbgg.org.br/envelhecer-nao-e-doenca-sbgg-emite-posicionamento-em-retorno-as-colocacoes-expressas-pelo-pesquisador-aubrey-de-grey-que-quer-curar-o-envelhecimento/
4) Associação Brasileira para Estudos da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO): http://www.abeso.org.br/pdf/Posicionamento%20SBEM%20-%20anti-aging2.pdf
5) Sociedade Brasileira de Urologia (SBU): http://portaldaurologia.org.br/medicos/destaque-sbu/nota-oficial/
6) Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC): https://sboc.org.br/noticias/item/1461-posicionamento-da-sboc-sobre-o-nao-reconhecimento-de-especialista-em-modulacao-hormonal
7) Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO): https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/647-posicao-da-febrasgo-referente-ao-julgamento-da-segunda-turma-do-tribunal-regional-federal-da-5-regiao-sobre-o-tratamento-de-modulacao-hormonal-para-o-antienvelhecimento
8) Conselho Federal de Medicina (CFM): O parecer do CFM que proíbe a prática de modulação hormonal no Brasil está disponível aqui: http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/2012/1999_2012.pdf No link a seguir você encontrará inúmeros pareceres de sociedades médicas sérias sobre o tema, isso basta para que eu não utilize modulação hormonal e hormônios ditos bioidênticos na minha prática: http://www.drfredericolobo.com.br/2016/07/pareceres-de-sociedades-medicas-contra.html
Há mais de 10 anos acompanho pacientes que tiveram complicações decorrentes desse tipo de terapia. É raríssimo um dia na minha prática clínica, em que eu não tenha que encaminhar pacientes para endocrinologistas. Pacientes vítimas de iatrogenia. Isso explica o porquê de eu ser contra a reposição hormonal desnecessária ou para fins estéticos.
P21: O senhor trabalha com ganho de massa por estética, melhora de performance?
R21: Não. Somente o meu nutricionista. Aqui tem a lista do que não atendo: https://www.nutrologogoiania.com.br/tratamentos/o-que-nao-trato/
P. 22: No caso de pacientes com doenças psiquiátricas, como ansiedade, depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, síndrome do pânico, o senhor trata esses pacientes?
R23: Eu não trato com medicações psicotrópicas. Peço para o paciente dar continuidade ao tratamento com o psiquiatra de sua confiança ou indico alguns de minha confiança. O que faço na Nutrologia é apenas orientar hábitos salutares que podem ser co-adjuvantes no tratamento dessas doenças. Além disso investigo se há presença de metais tóxicos ou déficits nutricionais que podem agravar o quadro.
P. 23: Pacientes com Doença de Alzheimer, Parkinson, Esclerose múltipla, Esclerose lateral amiotrófica, Doença renal, Transtorno do espectro autista (TEA), disautonomia o senhor atende?
R23: Não. São condições que não tenho experiência no manejo e encaminho para outros profissionais. https://www.nutrologogoiania.com.br/tratamentos/o-que-nao-trato/
P. 24: Atende por telemedicina?
R24: Sim
P. 25: O senhor trabalha com Modulação hormonal?
R25: Não.
P. 26: O senhor trabalha com Implantes hormonais (chips)?
R26: Não.
P. 27: O senhor trabalha com terapia antienvelhecimento?
R27: Não.
P. 28: O senhor trabalha com estética?
R28: Não.
P. 29: O senhor trabalha com ozonioterapia?
R29: Não.
P. 30: O senhor trabalha com soroterapia, terapias injetáveis?
R30: Somente para os pacientes que não conseguem absorver pelo trato digestivo ou casos refratários à terapia via oral. Exemplo: pacientes com anemia ferropriva e que mesmo após meses utilizando ferro via oral os níveis de ferro pouco sobem. Nesse caso prescrevemos ferro endovenoso e inclusive alguns planos de saúde cobrem. Pacientes com B12 muito baixa e que não respondem à terapia com administração via oral ou sublingual, aí indicamos a B12 intramuscular. Escrevi 2 textos sobre o tema:
https://www.nutrologogoiania.com.br/terapia-com-injetaveis-na-nutrologia/
https://nutrologojoinville.com.br/soroterapia-a-modinha-repaginada/
P. 31: Qual a opinião do senhor sobre a soroterapia e terapias injetáveis?
R31: Acho errada a forma que estão praticando essa via de administração de medicamentos/nutrientes. A via endovenosa ou intramuscular, deve ser usada apenas quando o trato digestivo não está funcionante ou quando há uma refratariedade ao tratamento via oral. No texto publicado em: https://www.nutrologogoiania.com.br/terapia-com-injetaveis-na-nutrologia/ eu abordo o tema em parceria com alguns médicos nutrólogos e uma conselheira do CRM-ES.