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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Tireóide e alimentação: o que evitar e o que consumir para minimizar os efeitos de substâncias tóxicas para a tireóide.




Alimentar-se de forma equilibrada é importante para a manutenção de peso ideal e da saúde plena. 

O mesmo se aplica para as pessoas com algum distúrbio na tireoide, seja ele hipotireoidismo ou hipertireoidismo. De acordo com a Dra. Laura Ward, presidente do Departamento de Tireoide da SBEM (Gestão 2011-2012), embora certos alimentos, quando ingeridos em excesso e por longos períodos, possam interferir com o metabolismo da tireoide, sua proibição não é usual para quem tem problemas com a glândula. “Apenas em situações especiais, como antes da realização de alguns exames ou tratamentos específicos, é que uma dieta direcionada é orientada. No geral, o ideal é que se mantenha uma alimentação saudável e balanceada em todos os nutrientes”, afirma.

Mas antes de explicar mais sobre o tema, sugiro que você nos siga no instagram: @drfredericolobo e @rodrigolamoniernutri para mais informações de qualidade em Nutrologia/Nutrição. Lá, postamos principalmente nos stories, informação de qualidade.

Segundo a especialista, quem tem problemas na glândula deve ficar atento a excessos de determinados tipos de alimentos. “O ideal é que o paciente não coma sal em grande quantidade, já que o sal é iodado e o excesso de iodo pode piorar um distúrbio de tireoide latente (não manifestado clinicamente ainda) ou já em tratamento. Isso desregula totalmente o metabolismo do indivíduo”, alerta.

A endocrinologista chama atenção ainda para os alimentos que podem causar bócio, os chamados bociogênicos, ou que contenham isoflavonas em grande quantidade. “Alimentos como repolho, nabo, soja e couve podem ser consumidos uma ou duas vezes por semana, mas não todos os dias”, alerta Dra. Laura.

Atenção para a Soja

De acordo com Dra. Tânia Bachega, presidente da Comissão Nacional dos Desreguladores Endócrinos da SBEM, a partir da aprovação da rotulagem de alimentos com soja como protetores para doença coronariana pelo Food and Drug Administration (FDA), em 1999, o consumo destes produtos vem aumentando a cada dia. “Com o aumento no consumo de soja, cresceram as preocupações se este alimento poderia afetar o equilíbrio da função tireoidiana. Estudos in vitro demonstraram que os fitoestrógenos presentes na soja, além de diminuírem a ação periférica dos hormônios tireoidianos, também afetam a sua síntese por inibição da tireoperoxidase, uma enzima chave na síntese dos hormônios tireoidianos. Eles induzem ainda a proliferação dos tireócitos, predispondo ao hipotireoidismo e bócio”, explica. “É muito discutida a hipótese de que a ingestão da soja por indivíduos predispostos ao desenvolvimento de doença tireoidiana poderia desencadear ou acelerar a evolução para franco hipotireoidismo”, alerta.

Segundo dados de uma pesquisa, comentados pela especialista, em uma análise de mulheres com hipotireoidismo subclínico, observou-se que o consumo diário de 16 mg/dia de isoflavona, equivalente ao ingerido pelos vegetarianos, aumentou em três vezes o risco para o desenvolvimento de hipotireoidismo franco. “Este hipotireoidismo não foi reversível com a suspensão da ingestão de soja, sugerindo que as isoflavonas também possam atuar através da modulação do processo autoimune”, explica. “Outro aspecto importante que merece ser enfatizado é que os fitoestrógenos podem diminuir a absorção tanto do hormônio tireoidiano como do iodo, havendo a necessidade de um fino ajuste da dose da terapia com levotiroxina, especialmente nos portadores hipotireoidismo congênito”, reitera.

Em relação ao consumo ideal de soja, Dra. Tânia explica que não é possível determinar qual seria a dose isenta de efeitos nocivos: “Baseando-se no mecanismo de ação dos desreguladores endócrinos, doses pequenas podem alterar o funcionamento da tireoide, especialmente nos indivíduos de maior suscetibilidade: fetos, lactentes e adolescentes”, explica. Os fitoestrógenos podem também ser encontrados em outros alimentos como cevada, centeio, ervilha e algas.

Fonte: http://www.endocrino.org.br/alimentacao-e-tireoide/

Minhas considerações sobre o tema  (Dr. Frederico Lobo) e do meu Nutricionista (Rodrigo Lamonier) que por sinal é portador de Tireoidite de Hashimoto e por isso há anos estuda as erroneamente denominadas "Dieta para tireóide"
  1. Logo que um paciente portador de Hipotireoidismo chega ao nosso consultório (atendemos os pacientes juntos) utilizamos uma imagem para explicar a fisiologia da tireóide e de quais nutrientes a tireóide é dependente. Também deixamos claro que essa história de Dieta para tireóide é um mito. Não existe isso na nossa concepção e nem a luz das evidências científicas. O que existe de real é o paciente, ou seja, suas particularidades e resposta a diversos agentes.
  2. Tem aumentado o número de pacientes portadores de hipotireoidismo que relatam ser portadores de Sensibilidade não-celíaca ao glúten. Não há respaldo científico (estudos conclusivos) para a retirada do glúten nesses pacientes e novos estudos devem ser feitos. Na prática o que temos visto é que alguns desses pacientes (assim como os portadores de outras doença autoimunes) relatam melhora dos sintomas de hipotireoidismo após a retirada do glúten da dieta. Mas isso não é regra. Outra observação que tenho feito: 1) os níveis de Anti-TPO e Anti-tireoglobulina caem após a retirada de glúten em uma parcela de pacientes. 2) os níveis de TSH caem após a retirada do glúten e sobem após a reintrodução. Como salientei, NÃO há nenhum respaldo científico. É puramente observação empírica, já que os pacientes por conta própria cortam o glúten e só depois relatam para gente. É algo a ser estudado.  Na Clínica Medicare eu e o meu Nutricionista  elaboramos um esquema terapêutico para isso. Sempre objetivando que o paciente retorne o consumo de glúten caso não apresente sintomas. Retirar glúten quando não sensibilidade, na nossa opinião é iatrogenia. 
  3. Chá verde, linhaça, , mandioca, batata doce, inhame, cará, nabo, rabanete e crucíferas (repolho, brócolis, couve de bruxelas, couve, couve-flor, mostarda escura) e babaçu são alimentos que teoricamente podem alterar a cinética do Iodo na tireóide. Não há estudos conclusivos respaldando a retirada deles nos portadores de hipotireoidismo. O consumo algumas vezes semana pode ser uma alternativa. Ao longo dos anos elaboramos um esquema que tem funcionado e a pessoa não deixa de consumi-los semanalmente. O que muda é o modo de preparo, ou seja, se cozinhar reduz muito as substâncias que podem alterar a tireóide.
  4. Excesso de Iodo também pode ser deletério, portanto nada de suplementar Lugol. Quando se dá Lugol (solução composta por Iodeto e Iodo metalóide) os níveis de TSH se elevam e o endocrinologista perde o parâmetro do TSH. Além disso nos pacientes que não possuem processo autoimune (Hashimoto) pode ocorrer uma deflagração do processo. Já vi inúmeras vezes pacientes sem anticorpo elevado e que após utilização por conta própria de Lugol, tiveram os níveis aumentados. A utilização de Lugol não tem respaldo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e nem da Nutrologia. Tem vários posts sobre isso aqui no blog: http://www.ecologiamedica.net/2018/02/posicionamento-sobre-lugol-pela-sbem.html?m=0http://www.ecologiamedica.net/2017/01/coletanea-de-posts-sobre-lugol-e.html?m=0 | http://www.ecologiamedica.net/2014/09/devo-tomar-iodo.html?m=0
  5. A deficiência de Iodo pode levar ao hipotireoidismo e ao bócio endêmico. Existe uma política de saúde pública no Brasil, na qual há uma iodação do nosso sal de cozinha. Nas regiões próxima à faixa litorânea os alimentos possuem um maior teor de iodo. Quanto mais se adentra ao país, menor fica sendo o teor de iodo nos alimentos e mais baixa a ingestão das principais fontes. O iodo (pode ser encontrado na alimentação: algas marinhas, ovo, salmão, sardinha, truta, atum, linguado, pescada, bacalhau, cavala e arenque). A recomendação usual de iodo é de 100 a 150 microgramas ao dia (o que corresponde a 150g de pescada ou 150 g de salmão) para adultos. Esta concentração é adequada para manter a função normal da tireóide. Na gestação recomenda-se 175mcg de Iodo e é o que os multivitamínicos/multiminerais gestacionais apresentam.
  6. Selênio é um nutriente fundamental para a saúde tireoideana. Ele auxilia na conversão periférica do hormônio T4 (inativo) em hormônio ativo, o T3. As enzimas que fazem a conversão são chamadas de deiodinase (elas removem os átomos de iodo do T4 durante a conversão) são dependentes do selênio. Como o T3 é a forma ativa do hormônio da tireoide, e níveis baixos de T3 podem causar sintomas de hipotireoidismo, faz-se necessário otimizar a conversão. Entretanto faz-se necessário dosar os níveis sanguíneos de selênio, já que o excesso pode também ser deletério para a tireóide e inibir a captação de iodeto. Raríssimas vezes fazemos suplementação de selênio. Até porque alguns estudos mostram toxicidade, sendo assim é melhor optar pelas fontes alimentares. Lembrando que a toxicidade de selênio não é rara, visto que algumas pessoas acham que consumir 5 a 6 castanhas do pará por dia, várias vezes na semana não é inofensivo. É perigoso sim, tudo em excesso faz mal. Outros nutrientes que podem influenciar nas Deiodinase são: ferro, zinco, cobre, vitamina D e vitamina A
  7. Há estudo com ratos obesos mostrando que a suplementação de Zinco pode ser deletéria nesses casos (nos ratos obesos, mas não nos magros), pois diminuiria a atividade da Deiodinase-5. Assim como há estudos em humanos mostrando que a deficiência de zinco pode diminuir a atividade de Deiodinase-5. Na dúvida: coma carne e frutos do mar caso não seja vegetariano. 
  8. Dietas muito restritivas diminuem a conversão de T4 para T3. Portanto: alimente-se, nada de ficar muitas horas sem se alimentar. Existe um tempo aceitável nesses casos. E um trabalho publicado em 2020 mostrou que o Jejum intermitente de até 16 horas não reduziu a conversão periférica. Na nossa prática termos parcimônia ao indicar Jejum intermitente para pacientes com Hashimoto.
  9. Intoxicação por metais tóxicos, em especial Mercúrio, Chumbo e Níquel podem alterar a tireóide. O mercúrio faz um bloqueio na conversão do T4 para T3. Caso o médico julgue necessário, deve solicitar um mineralograma capilar. Alguns agrotóxicos levam na composição metais tóxicos, portanto estamos sujeitos à exposição. Além disso alguns agrotóxicos também promovem uma disrupção endócrina, com alterações dos eixos hormonais, dentre eles o tireoideano.
  10. Não negligencie o fator emocional, nível de estresse e qualidade de sono. Os três podem alterar a função tireoideana. Assim como o sedentarismo pode se forma indireta alterar a função tireoideana. 
  11. 11. Chlorella, spirulina e outras algas: são alguns dos alimentos que na internet propagam como benéficos para a tireóide. Não há respaldo para a utilização dos mesmos, nem contra-indicação. Nós não prescrevemos.
Autores:
Dr. Frederico Lobo - CRM-GO 13192 - RQE 11915 - Medico Nutrólogo
Rodrigo Lamonier - Nutricionista e Profissional de Educação física




quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Déficit de micronutrientes pode ser muitas vezes o único sinal de doença celíaca

Em muitos casos, os adultos com doença celíaca não diagnosticada apresentam deficiências nutricionais como o único sinal da doença. Os médicos costumam procuram por sinais típicos como perda de peso inexplicável ou magreza extrema. Mas os sinais característicos da doença celíaca podem ser baixos níveis de vitaminas e outros micronutrientes, segundo um estudo recentemente publicado no Proceedings da Mayo Clinic.

“As pessoas têm ideias preconcebidas de como é a doença celíaca. Elas esperam ver pacientes que, por causa da má absorção de nutrientes e da diarreia, fiquem magros com muitas deficiências. Entretanto, observamos muitos pacientes que não perderam peso (e muitos que estão com sobrepeso), mas que ainda apresentam deficiências de micronutrientes. Ao mesmo tempo que eles não estão perdendo calorias, também não estarão absorvendo alguns nutrientes vitais.”, explicou o coautor do estudo, Joseph Murray, professor de medicina da Mayo Clinic, em Rochester, Minnesota, nos Estados Unidos.

Baixos níveis de nutrientes

De acordo com o estudo, isso significa que os médicos precisam estar atentos a baixos níveis de certos micronutrientes, em particular de ferro, vitamina D e zinco. Como muitos pacientes não fazem exames de sangue regulares, eles podem apresentar fadiga, sintoma clássico de falta de ferro no organismo.

“É um sintoma muito comum. As pessoas chegam e dizem que não têm a energia que costumavam ter, seja durante exercícios ou atividades diárias. Isso mostra que elas podem ser deficientes em ferro devido à doença celíaca oculta”, diz Joseph Murray.

O procedimento inicial é realizar um exame de sangue. “Se isso voltar positivo, significa que o paciente precisa ser encaminhado para um especialista gastrointestinal, uma vez que é preciso ter certeza para chegar a um diagnóstico que exigirá tratamento ao longo da vida”, destaca o médico.

Joseph Murray suspeita que até 50% dos adultos com doença celíaca não são diagnosticados porque não apresentam perda de peso e outros sinais e sintomas considerados típicos da doença. Ou também porque eles se colocaram em uma dieta sem glúten, que pode distorcer os resultados do exame de sangue.

Metodologia

Joseph Murray e seus colegas estudaram 309 adultos recém-diagnosticados com doença celíaca entre 2000 e 2014. Os pacientes foram selecionados por idade com os participantes do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES), um banco de dados representativo nos Estados Unidos.

Quando os pesquisadores compararam os pacientes celíacos recém-diagnosticados com os participantes do NHANES, encontraram algumas grandes diferenças nos níveis de nutrientes. O zinco foi deficiente em 59,4% daqueles com celíaca versus 33,2% dos controles e o cobre ficou baixo em 6,4% dos pacientes celíacos versus 2,1% dos controles. Já o ácido fólico ficou baixo em 3,6% dos pacientes celíacos versus 0,3% dos controles e, por fim, a vitamina B12 ficou baixa em 5,3% dos pacientes celíacos versus 1,8% dos controles.

Entre os pacientes celíacos, o nível de ferro ficou baixo em 30,8%, mas não houve controles com medidas de ferro para comparações. E, ao contrário dos pressupostos tradicionais sobre celíacos e magreza, a perda de peso foi observada em apenas 25,2% dos pacientes diagnosticados com a enfermidade.

Conclusões do estudo

Joseph Murray espera que o novo estudo sirva de alerta para que os médicos da atenção primária possam notar deficiências nutricionais em seus pacientes. Ele os adverte para lembrar que “só porque alguém está acima do peso não significa que eles não tenham doença celíaca”.

Autora: Úrsula Neves - Jornalista carioca. Diretora executiva do Digitais do Marketing, colunista de cultura e maternidade dos sites Cabine Cultural e Feminino e Além, respectivamente.


quarta-feira, 23 de novembro de 2022

[Conteúdo exclusivo para médicos e nutricionistas] - O valor calórico das carnes de gado, porco, frango e peixe são iguais?

Por definição, “carne” é o produto advindo das porções comestíveis de animais domésticos, selvagens ou de criação, que servem de alimento ao homem. No Brasil, os tipos de carne mais consumidos incluem as carnes de aves, bovinas e suínas, além dos pescados. Neste artigo, você irá entender as diferenças entre os valores calóricos e nutricionais das carnes mais consumidas em nosso país.

Valor calórico e nutricional dos tipos de carne
Basicamente, a estrutura das carnes envolve a presença de três tecidos distintos: o muscular, o conjuntivo e o adiposo. Já os órgãos internos, normalmente chamados de vísceras, também podem ser classificados como carne.

Em geral, as carnes são fontes de proteínas de alto valor biológico (10 a 20%), gorduras (5 a 30%), vitaminas (principalmente A, complexo B, D, e K) e minerais (principalmente ferro, cálcio, sódio e potássio).

Contudo, a composição de cada carne varia de acordo com a raça do animal, tipo de ração ingerida, condições climáticas, corte e preparo culinário. Esses fatores conferem uma diferença considerável em suas propriedades nutricionais e sensoriais.

O valor calórico fornecido pelas carnes depende principalmente da quantidade de proteínas e gorduras, uma vez que a quantidade de carboidratos nas carnes é irrelevante. Cortes diferentes do mesmo animal possuem valor calórico diverso.

A seguir, você encontra o teor calórico e nutricional dos diferentes tipos e preparos de carne consumidos pela população brasileira.

Carne bovina

As carnes bovinas fazem parte do grupo de carnes vermelhas, e são obtidas a partir das musculaturas dos bovinos, principalmente do gado doméstico.

Estes produtos fornecem ótimos níveis de proteína, além de micronutrientes como zinco, ferro,  fósforo, potássio, magnésio, e vitaminas do completo B. Porém, é preciso tomar cuidado com a alta quantidade de gorduras saturadas e colesterol.

Diferentes músculos bovinos fornecem corte de carne com características sensoriais distintas. As regiões mais ricas em gordura fornecem carnes mais macias, sendo consideradas “carnes gordas” (quando a quantidade de gordura excede em 50% o valor calórico). Picanha e acém são exemplos.

Já as musculaturas submetidas a maiores esforços fornecem carnes mais duras, com maior conteúdo de tecido conectivo: são as “carnes magras”, como lagarto, filé-mignon e patinho. Neste caso, a quantidade de gordura não excede em 50% o valor calórico proveniente desta gordura.

Na tabela a seguir, estão apresentados os teores de calorias dos diferentes tipos de carnes bovina, da menos calórica para a mais calórica. Níveis de proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas e colesterol também foram incluídos, para melhor orientar a prescrição nutricional.


Carne suína

A carne suína, ou carne de porco, também integra o grupo das carnes vermelhas. Muito comum em preparações regionais (como feijoada, virado à paulista ou feijão tropeiro), a carne suína possui quantidades de colesterol similares às da carne bovina. Além da proteína, também contém níveis consideráveis de vitaminas A e B2, cálcio, ferro e fósforo.

É uma carne rosada, firme, com gordura branca e consistente, mais macia do que a gordura da carne bovina. Se for de qualidade inferior, apresenta muita gordura; porém, depende do corte.

Novamente, por integrar o grupo das carnes vermelhas, é preciso ter cautela com seu consumo: em uma metanálise recente, o consumo destes produtos foi positivamente associado ao aumento do câncer gástrico.

A tabela abaixo expressa o teor de nutrientes a cada 100 g de diferentes cortes suínos (em ordem crescente para o teor calórico).


Carne de frango

As carnes de aves integram as carnes brancas, sendo as mais consumidas mundialmente, em especial o frango. Contudo, carnes de outros animais (como peru, codorna e chester) também são apreciados por muitos.

Quanto ao valor nutritivo, possuem conteúdo protéico semelhante às outras carnes, com menos gordura e menos colesterol, além de serem fontes de cálcio, ferro, fósforo, potássio e zinco. Recomenda-se a retirada da pele para reduzir ainda mais a quantidade de gordura existente.

Os cortes de peito tem menor teor de gordura, enquanto a coxa, sobrecoxa e asa são partes um pouco mais gordurosas. Além disso, miúdos como fígado, coração e moela também são consumidos, além de pé e pescoço.

Compare o teor calórico dos cortes de aves (a cada 100 g) na tabela abaixo:




Carne de peixe

Os pescados são todos os animais aquáticos que servem de alimento para o homem, obtidos de água doce ou salgada, por diferentes processos de captura ou pesca. São divididos entre os peixes e os frutos do mar.

Os peixes, por sua vez, podem ser  gordurosos e de músculo escuro (como atum, sardinha, bagre ou salmão), ou peixes de carne clara (como bacalhau, carpa e dourado). De forma geral, são fontes de proteínas de alto valor biológico e de ômega 3. Os peixes de água salgada são ótimas fontes de iodo e cálcio, além do óleo de fígado ser uma excelente fonte de vitaminas A e D.

Abaixo, apresentamos o teor calórico e nutricional dos peixes mais consumidos a cada 100 g.


Conclusão

Como visto, o valor calórico dos diferentes tipos de carne não é igual. Cortes mais gordurosos, como picanha, alcatra e costela suína, costumam ter mais calorias. No plano nutricional, esse fator deve ser considerado, principalmente para pacientes que estão em busca do emagrecimento.

Leia também:

Quais são as diferenças nutricionais entre as carnes bovina, suína, de frango e de peixe? https://nutritotal.com.br/pro/o-valor-cala-rico-das-carnes-de-gado-porco-frango-e-peixe-sa-o-iguais/

Consumo de carne vermelha e processada aumenta risco de câncer colorretal: https://nutritotal.com.br/pro/consumo-de-carne-vermelha-e-processada-aumenta-risco-de-cancer-colorretal/

Consumo de peixe durante a gestação beneficia o desenvolvimento neurológico do feto: https://nutritotal.com.br/pro/consumo-de-peixe-durante-a-gestaa-a-o-beneficia-o-desenvolvimento-neurola-gico-do-feto/

Referências
  • AHMAD, Rabia Shabir; IMRAN, Ali; HUSSAIN, Muhammad Bilal. Nutritional composition of meat. Meat science and nutrition, v. 61, n. 10.5772, 2018.
  • Domene. Técnica Dietética – Teoria e Aplicações. Guanabara: Rio de Janeiro, 2018.
  • KIM, Seong Rae et al. Effect of red, processed, and white meat consumption on the risk of gastric cancer: an overall and dose–response meta-analysis. Nutrients, v. 11, n. 4, p. 826, 2019.
  • McGee, H. Comida e cozinha: Ciência e cultura da culinária. Martins Fontes: São Paulo, 2016.
  • MOREIRA, Leise Nascimento. Técnica Dietética. Estácio, Rio de Janeiro: SESES, 2016
  • TBCA – Tabela Brasileira de Composição de Alimentos.

terça-feira, 31 de março de 2015

Fórmulas infantis à base de soja, uma análise crítica - Por Dra. Dra. Christiane Araujo Chaves Leite

Indiscutivelmente a melhor forma de nutrir o lactente é amamentá-lo ao seio. Muito embora a proteína de soja venha sendo usada para a nutrição de lactentes por mais de 100 anos, a popularidade da fórmula infantil à base de soja (FIS) varia substancialmente em diferentes partes do mundo. O mundo é dividido em “países simpáticos à soja” e “países que evitam a soja”. O objetivo desse artigo de revisão é discutir os argumentos usados para motivar ambas as correntes de opinião.

As opiniões da Academia Americana de Pediatria e da Sociedade Europeia de Gastroenterologia Pediátrica e Nutrição (ESPGHAN) diferem no tocante ao uso de FIS no tratamento de lactentes com alergia à proteína do leite de vaca (APLV).

As controvérsias que cercam o uso de FIS versam principalmente sobre os possíveis efeitos adversos, relacionados ao conteúdo de fitato, alumínio, estaquiose, rafinose e especialmente fitoestrógenos.

A alergia à soja ocorre em cerca de 10% dos bebês alérgicos à proteína do leite de vaca. No início do século XX as preparações à base de soja eram a única opção para o tratamento da APLV. Desde a década de 60, a composição das FIS tem sido aprimorada no sentido de atender às necessidades nutricionais dos lactentes. Anteriormente, as FIS continham farinha de soja, cujo conteúdo proteico era em torno de 70%. Nos dias de hoje, as FIS contêm proteína isolada de soja, com conteúdo proteico de 95%. Aminoácidos e minerais como metionina, carnitina, taurina, ferro, zinco, cálcio e fósforo são adicionados às FIS em quantidades apropriadas. As FIS não são recomendadas para utilização em lactentes pré-termo pelo risco de desenvolver osteopenia e possíveis efeitos negativos no crescimento devido à concentração de alumínio existente.

É muito importante entender a distinção entre bebidas à base de soja e FIS. A maioria das bebidas à base de soja não é enriquecida com zinco, ferro, cálcio, fósforo, metionina e carnitina. Bebidas de soja não contêm proteína isolada. Produtos de soja que não preencham os critérios de fórmula infantil não são adequados para a alimentação do lactente.

As FIS modernas atendem a todos os requerimentos nutricionais e padrões de segurança necessários a uma fórmula infantil. Desde o ano 2000, as FIS se adequam às diretrizes e à legislação europeia para a alimentação do lactente.

A fórmula infantil à base de soja é adaptada às necessidades nutricionais dos lactentes, proporcionando crescimento e desenvolvimento normais. A toxicidade das isoflavonas para a função reprodutiva e o desenvolvimento tem sido descrita em animais, e alguns efeitos no desenvolvimento de órgãos sexuais já foram relatados.
Além de possíveis indicações médicas, as FIS também são utilizadas por motivos econômicos, religiosos e filosóficos (como naqueles indivíduos adeptos da dieta vegan).

É papel do pediatra e dos profissionais de saúde estimular o aleitamento materno. Esforços devem ser feitos para aumentar as taxas de aleitamento materno e a duração do aleitamento exclusivo e complementado.
Com base nas evidências atuais, os achados epidemiológicos sobre FIS são insuficientes para prover dados baseados em evidências sobre a ocorrência e/ou a incidência de eventos adversos. Em vista disso, as fórmulas infantis à base de soja seguem sendo uma opção válida para alimentar lactentes nascidos a termo se o aleitamento materno não for possível ou quando a fórmula infantil à base de proteína do leite de vaca não for bem tolerada. Ressaltamos que a posição da Sociedade Brasileira de Pediatria em conjunto com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, consolidada no último Consenso Brasileiro de Alergia, faculta o uso das fórmulas infantis à base de soja a partir do sexto mês de idade e em pacientes com a forma IgE-mediada de APLV.

Para maiores detalhes, acesse: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20860705
Artigo de referência: Vandenplas Y, De Greef E, Devreker T, Hauser B. Soy infant formula: is it that bad? Acta Paediatr. 2011 Feb;100(2):162-6.

domingo, 3 de janeiro de 2016

Castanha-Do-Pará

A castanha-do-pará (ou castanha do Brasil) é uma semente do mesmo grupo das nozes, amêndoas e outras oleaginosas. Ela é rica em gorduras boas, minerais e fitoquímicos e tem elevado valor nutritivo. 
Este alimento contém substâncias antioxidantes abundantes, especialmente selênio. Uma única castanha fornece quase 100 mcg de selênio, que corresponde a 150% da dose diária recomendada. As castanhas possuem compostos fenólicos e flavonoides e são ricas em vitamina E, fitosteróis e esqualeno. Seus efeitos benéficos são devido à sua ação antioxidante e antiproliferativa, o que reduz o risco de aterosclerose e câncer. 
A castanha-do-pará ainda é importante para a saúde do sistema cardiovascular, ajuda a baixar o colesterol, é boa para a imunidade e ativa o metabolismo da tireoide. 

Principais nutrientes da castanha-do-pará

Castanha-do-pará - 10 gramas (uma porção)
Calorias66 kcal
Gorduras totais6.71 g
Gorduras saturadas1.6 g
Gorduras monoinsaturadas2.38 g
Gorduras poli-insaturadas2.4 g
Proteínas1.43 g
Carboidratos1.17 g
Cálcio16 mg
Ferro0.24 mg
Fósforo72 mg
Magnésio38 mg
Potássio66 mg
Zinco0.41 mg
Vitamina E0.57 mg
Fonte: Tabela do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. 
A castanha-do-pará possui boas quantidades de potássio. Os benefícios deste nutriente vão desde o controle da pressão arterial até a diminuição do risco de doenças cardiovasculares, também diminui a excreção de cálcio pela urina. 
As castanhas contêm substâncias antioxidantes abundantes, especialmente selênio. Uma única castanha fornece quase 100 mcg de selênio, que corresponde a 150% da dose diária recomendada. O alimento também conta com fósforo, que é bom para a saúde dos ossos. 
As castanhas possuem fenólicos e flavonoides e são ricas em vitamina E, fitosteróis e esqualeno. Seus efeitos benéficos são devido a sua ação antioxidante e antiproliferativa, o que reduz o risco de aterosclerose e câncer. 
Essa castanha ainda contém um alto teor de glutationa peroxidase, um poderoso antioxidante, que beneficia a saúde de várias formas: reforça o sistema imunológico, protege contra doenças cardiovasculares, tem ação anticancerígena, ativa o metabolismo da tireoide. O ômega 9 também está presente em boas quantidades na castanha-do-pará. 

Benefícios da castanha-do-pará

Boa para o coração: Por ter ação antioxidante e ainda ser rica em gorduras insaturadas, a castanha-do-pará favorece a saúde do coração, reduzindo o colesterol ruim, LDL, e aumentando os níveis do colesterol bom, HDL. 

Protege o cérebro: A castanha-do-pará é rica em gorduras boas que compõem parte do cérebro e ajudam a ter uma melhor memória e raciocínio. Além disso, a ação antioxidante da castanha-do-pará evita a oxidação excessiva dos neurônios, prevenindo doenças cerebrais degenerativas como Alzheimer e Parkinson. Esta mesma ação também previne derrames cerebrais. 

Bom para a tireoide: A tireoide depende de alguns minerais para o seu perfeito funcionamento, principalmente selênio, zinco e iodo. Eles fazem parte de reações bioquímicas que permitem a produção dos hormônios tireoidianos. Muitas vezes o hipotireoidismo inicial pode ser corrigido com um nível ideal destes minerais. A castanha-do-pará se torna uma aliada da tireoide por conter boas quantidades de selênio. 

A castanha-do-pará possui ação antioxidante - Foto: Getty Images
A castanha-do-pará possui ação antioxidante
Previne o câncer: A oxidação do DNA das células aumenta as chances de câncer. Por isso, a ação antioxidante que a castanha-do-pará ajuda a prevenir o câncer. 

Melhora a imunidade: Por seu alto teor de ômega-9 e por fornecer antioxidantes diversos como vitamina E, selênio, glutationa e esqualeno, a castanha-do-pará também colabora para a melhor imunidade. 

Ação antioxidante: Por conter boas quantidades de selênio, vitamina E, compostos fenólicos e flavonoides, fitosteróis e esqualeno a castanha-do-pará possui forte ação antioxidante que será benéfica para a saúde do coração, cérebro, irá prevenir o câncer e melhorar a imunidade. 

Quantidade recomendada de castanha-do-pará

A orientação é consumir entre uma e duas castanhas-do-pará por dia, considerando que cada castanha tem cerca de 5 gramas, consuma até 10 gramas. Fique pelo menos dois dias da semana sem consumir este alimento para evitar excesso de selênio. 

Riscos do consumo excessivo

Consumir além de seis castanhas-do-pará pode ser prejudicial para a saúde. Isto porque esta quantidade do alimento possui 542 mcg de selênio, 774% da recomendação diária. O consumo ocasional de uma quantidade maior não vai causar nenhum problema, o que complica é o consumo crônico de altas quantidades da castanha. Pode ocorrer uma overdose de selênio que leva a uma condição tóxica conhecida como selenose. Os sintomas deste problema são náuseas, vômitos, dor abdominal, fadiga, irritabilidade, descamação das unhas, perda de cabelo, mau hálito, distúrbios gastrointestinais e danos ao sistema nervoso. 

Como consumir a castanha-do-pará

A melhor maneira de consumir a castanha-do-pará é in natura e sem sal, pois irá evitar excesso de sódio e consequentemente de problemas cardiovasculares. A castanha deve estar sem a presença de ranço e é interessante adquirir as versões que já vem embaladas. Isto porque as versões à granel tem maior risco de contaminação, pois são manipuladas por várias pessoas e nem sempre há o controle de validade e exposição do ambiente. 
A castanha-do-pará é boa para a tireoide - Foto: Getty Images
A castanha-do-pará é boa para a tireoide
Além disso, a umidade no local onde a oleaginosa é armazenada pode aumentar o risco da proliferação de fungos no alimento, como o Aspergillus flavus e o Aspergillus parasiticus, que produzem substâncias tóxicas. 
Se não tiver outra alternativa para a venda à granel, prefira comprar em locais em que a rotatividade do produto é alta e se informe sobre o dia da semana em que o produto novo é entregue e faças as compras neste dia. 

Interações

A castanha-do-pará possui o ácido fítico, substância que poderia interferir na absorção de outros minerais. O ácido fítico também está presente em inúmeros alimentos tais como nozes diversas, amendoim, sementes, feijão/legumes e grãos, cereais, tubérculos e folhas verdes. Esta é a forma com que os vegetais armazenam o fósforo, um mineral essencial para a produção de energia. Apesar de sua aparente desvantagem, o ácido fítico é semelhante em alguns aspectos a uma vitamina, e metabólitos do ácido fítico têm funções necessárias nas células. 
Os estudos sugerem que o ácido fítico confere propriedades protetoras contra doenças cardiovasculares, câncer e diabetes. Portanto, a quantidade recomendada de castanha-do-pará não pode causar nenhum problema de absorção mineral e não há problemas em ingerir a castanha com outros alimentos. 

Contraindicações

A castanha-do-pará só não é indicada para pessoas que têm alergia a este alimento. 

Onde encontrar

A castanha-do-pará pode ser encontrada em supermercados, mercados, hortifrútis e lojas de produtos naturais. 

Fonte: http://yahoo.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/17977-castanha-do-para-e-benefica-para-o-coracao-e-o-cerebro

sábado, 19 de março de 2011

Saúde, meio-ambiente e sua responsabilidade por Dr. Carlos Braghini Jr.


Não é só o quê você come que faz diferença para a saúde. É o que você não come. Hoje em dia, uma pessoa média ingere num ano 5 kg de aditivos alimentares e 4,5 litros de pesticidas e herbicidas espalhados nas frutas e verduras que ingere. Seis mil novos agentes químicos foram introduzidos em nossa alimentação, nossa casa e no mundo ao nosso redor nos últimos vinte anos. Hoje são sete novos produtos químicos a cada dia.

Esses poluentes somam-se a cargas que nosso corpo já enfrenta com as substâncias nocivas que escolhemos voluntariamente:

  • Café: além da cafeína, diminui em mais de 2/3 a absorção de ferro pelo organismo. Além de ser uma das culturas mais pulverizadas com agrotóxicos, a torrefação do café produz mantrol, que induz ao câncer (carcinógeno).
  • Alimentos queimados: acostume-se a retirar do alimento as partes queimadas em pães, bolos e torradas tostadas, que também aumentam a carga de carcinógenos.
  • Frituras: as gorduras aquecidas acima de 200 °C são carcinogênicas. Além disso, destroem as vitaminas e enzimas dos alimentos.
  • Álcool: destrói as vitaminas do complexo B.
  • Açúcar refinado: Antes um condimento dosado na ponta dos dedos, passou a ser um produto do qual qualquer pessoa consome até 200 gramas por dia. Seu uso indiscriminado trouxe uma série de doenças e um total condicionamento do gosto em direção ao doce. O açúcar é uma espécie de vingança dos escravos. Causa a perda de cromo, além das cáries e outros males.
  • Adoçantes artificiais: o aspartame (e seu subproduto DKP – dicetopiperazina) é uma droga neurotóxica que está presente em cerca de 7.000 produtos alimentícios e está ligado a mais de 90 sintomas. Mas, o mais grave é a relação estreita entre o uso de aspartame e doenças graves, como os tumores cerebrais.
  • Refrigerantes: uma lata de coca-cola contém o equivalente a seis colheres de sopa de açúcar (quase 8 vezes a quantidade de glicose que uma criança tem em seu sangue). Isso provoca um estresse do pâncreas e o consequente desequilíbrio no metabolismo dos açúcares. Além disso, o alto teor de fósforo retira o cálcio dos ossos induzindo à osteoporose.
  • Farinha refinada: tem teores desproporcionalmente altos de cádmio, que rouba zinco do corpo. O cádmio também está associado com o declínio da inteligência em crianças e com distúrbios de comportamento. A farinha começou a ser refinada para prolongar o tempo de armazenagem, e nesse processo industrial as partes vitais são retiradas, transformando-a num mero comestível.
  • Alumínio: é um cátion trivalente com o mais alto poder agregante de hemácias dentre os elementos que entra em contato com nosso corpo. Seu uso é disseminado nas embalagens de alimentos, nas panelas, nos desodorantes e antiácidos. É outro antagonista do zinco. Além disso, está associado com a senilidade prematura (Alzheimer) e à perda da memória.
Então, o que podemos fazer para diminuirmos a carga de toxinas? O primeiro passo é diminuir a carga de poluentes que absorvemos. Mesmo que não possamos evitar toda a poluição, o efeito global sobre o corpo é definitivamente positivo. Aqui vão algumas orientações:
  • Evite comprar desembrulhadas as frutas e verduras que não são descascáveis e que foram expostas ao trânsito urbano.
  • Lave todas as frutas e verduras, mas não use as folhas externas de hortaliças como alface e outros.
  • Minimize as quantidades de alimentos que sejam embalados em alumínio; não grelhe, nem os embrulhe em folhas de papel-alumínio (troque por papel manteiga). Não tome antiácidos que contenham alumínio.
  • Jogue fora suas panelas de alumínio e revestidas com Teflon por panelas de aço inoxidável de boa qualidade, cerâmica ou vidro.
  • Evite alimentos que contenham nitritos e nitratos como conservantes – principalmente os embutidos (presunto, mortadela etc.).
  • Dê preferência para produtos orgânicos, e descasque os não orgânicos. Isso minimiza instantaneamente a sua exposição aos pesticidas e herbicidas. Quando estiver lavando produtos não orgânicos acrescente vinagre na bacia para lavar os alimentos. Lavar com água corrente e uma escova reduz os pesticidas.
  • Evite alimentos industrializados. Crie o hábito de ler os rótulos dos alimentos e mantenha-se afastado de conservantes e aditivos químicos. Lembre-se, os conservantes aumentam a vida dos alimentos e encurtam a sua vida.
  • Use azeite de oliva ou manteiga para cozinhar. Evite os óleos vegetais poli-insaturados, como girassol, milho, soja e canola. Dê preferência ao óleo de coco ou babaçu.
  • Cuidado com os alimentos embalados em plástico, principalmente os gordurosos. Salgadinhos gordurosos e crocantes, queijos, sucos de caixinha e alimentos enlatados estão dentre os que devem ser evitados. Nunca use copos de plástico para tomar chás ou café. Nunca aqueça o alimento em recipientes de plástico. Se for inevitável, transfira assim que possível o alimento para um recipiente de vidro.
  • Não cozinhe no microondas. Se for usá-lo, somente para aquecer os alimentos e diminua a potência e aumente o tempo de aquecimento. Nunca fique perto do aparelho quando ele estiver em funcionamento.
  • Reduza a ingestão de alimentos gordurosos. Os agentes químicos não biodegradáveis se acumulam na cadeia alimentar na gordura animal. Diminuir a ingestão de gordura animal — carne e laticínios — diminui sua exposição. Não há necessidade de limitar as gorduras essenciais nas amêndoas e sementes.
  • Para lavar a louça, as roupas e produtos de higiene pessoal, use somente detergentes naturais. Use sabão de coco em pasta ou em barra na cozinha e sabão de coco em pó para lavar roupas (uma sugestão é os da marca Ruth). Não use amaciantes e outros produtos artificialmente perfumados.
  • Na limpeza de casa use somente água sanitária e álcool diluído em água para limpar o piso. Evite produtos químicos e “cheirosos”, pois contém neurotoxinas que se acumulam no tecido nervoso.
  • Abandone os desodorantes artificiais que contém alumínio. Use nas axilas Leite de Magnésia da Phillips.
  • Abandone as pastas de dente que contém fluoretos (quase todas). Uma sugestão: creme dental Phillips.
  • Não use pesticidas em casa. A incidência de câncer na infância é maior em lares que utilizam pesticidas. Eles deixam uma ação residual que atua por semanas após a aplicação
Você pode estar se perguntando por que simplesmente não acabamos com essas substâncias químicas desintegradoras? O professor Loius Guillette, da Universidade da Flórida, pergunta: “Devíamos ficar aborrecidos? Acho que devíamos ficar profundamente aborrecidos. Penso que devíamos estar gritando nas ruas". A realidade, até que uma ação governamental em grande escala seja tomada, é que ainda não é fácil eliminar esses agentes porque eles se encontram ao nosso redor, na nossa alimentação, na água, no ar e nos produtos industrializados.

O quadro é tão estarrecedor que um estudo feito nos Estados Unidos analisando o cordão umbilical de recém-nascidos mostra que eles já nascem contaminados. Foram encontradas 287 substâncias químicas, em média, no sangue de cada bebê: mercúrio (neurotóxico), dibenzodioxinas e dibenzofuranos polibromados (retardantes da propagação do fogo presente nos carpetes), DDT e clordano (pesticidas), a substância PFOA (presente no Teflon), e outros compostos químicos usados para fazer mamadeiras, embalagem de comida e outros produtos que a indústria química jura que são seguros, e agora, estão aparecendo em nosso sangue.

Veja o relatório deste trabalho em: http://www.ewg.org/reports/bodyburden2/
Lembre-se: até que a indústria pare de usar todos os agentes suspeitos ou revele quais os seus produtos que contêm esses agentes químicos, não se tem como saber se os hormônios químicos desintegradores estão presentes ou não. Por isso, faça a sua parte!

Fonte: http://www.ecologiacelular.com.br/content/saude_meio_ambiente_e_sua_responsabilidade

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Salada 13: Salada de pequi ao molho de mostarda com mel

Hoje faremos uma salada de pequi com molho de mostarda. Pequi? Sim, um ingrediente bastante polêmico. Uns amam, outros odeiam. Se você do #TeamPequi experimente fazer essa salada. Mas antes eu te darei alguns motivos para comer o ouro do cerrado. 

1º motivo:  Porque pequi é daqui! Parece só um trocadilho bobo, mas não é. Quando levamos em conta uma alimentação saudável, falamos também de comida regional e típica. Ela carrega quantitativo de nutrientes, memórias e identidade cultural. Tem o pequi de Minas? Tem. Tem o do Tocantins? Tem. Tem o do Mato Grosso? Tem. Mas nenhum é igual o de Goiás.  Pequi é nosso patrimônio cultura/culinário e pensando nisso (eu acho) a EMBRAPA cerrados conseguiu criar um Pequi sem espinhos ou pequi nutella como alguns denominam. 

2º motivo: A polpa possui altíssimo teor de gordura (então lembre-se ele é calórico), com o predomínio dos ácidos graxos monoinsaturados, as tais gorduras “boas” (ácidos graxos oleico - 55,8% e palmítico - 35,1%). Na semente ou amêndoa (que é uma delícia também), há gordura, proteína, zinco. http://periodicos.ufc.br/eu/article/view/89525#:~:text=Em%20rela%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0s%20suas%20caracter%C3%ADsticas,%C3%B3leos%20e%205%25%20de%20cinzas.

3º motivo: O teor de fibra alimentar bruta contida na polpa do pequi é considerado alto, aproximadamente de 19g em 100g.

4º motivo: Análises minerais da polpa revelam grandes quantidades de niacina, riboflavina, magnésio, potássio, cálcio, zinco, além dos carotenóides. 

5º motivo: Possui diversas substâncias com propriedades antioxidantes: compostos fenólicos e carotenóides totais, associados ao combate de radicais livres. O pequi é riquíssimo em carotenos (precursores de vitamina A). O estudo da UFG evidenciou a presença de zeaxantina, luteína, criptoflavina, anteroxantina, mutatoxantina, luteolina, 

6º motivo: Seus componentes (antioxidantes) fazem com que o consumo do fruto auxilie no combate aos radicais livres. Inclusive tanto a UNB quando a UFG fazem pesquisa com a polpa/casca/óleo de pequi. Um estudo realizado pela UFG evidenciou que a suplementação (por 14 dias) com óleo de polpa de pequi (C. brasiliense) em corredores promoveu melhora do perfil lipídico,  da pressão arterial sistólica/diastólica, redução da pressão arterial induzida pelo exercício e da inflamação oriunda do exercício (corrida). Há dezenas de estudos em animais e in vitro promissores, demonstrando efeitos antioxidantes, antiinflamatórios, cardioprotetores, hepatoprotetores, antigenotóxicos e anticarcinogênicos.

7º motivo: Dá pra comer pequi refogado, com arroz, com frango, com milho, na empadinha da lanchonete, na pamonha e até mesmo no chocolate . O sabor e o aroma marcante do fruto possibilita uma infinidade de criações culinárias.

8º motivo:  A amêndoa do pequi contém boa quantidade de óleo que por suas características químicas (ácidos insaturados), pode ser misturado ao mel de abelha e usado como expectorante ou mesmo na indústria cosmética para a produção de sabonetes e cremes para a pele.

9º motivo: Aprender a cozinhar (pequi ou outras comidas regionais) também ajuda a desenvolver e partilhar habilidades culinárias. Seu consumo está profundamente enraizado na culinária do centro-oeste, Tocantins, norte de Minas gerais. Regiões com cerrado. É utilizado em uma variedade de pratos típicos, como o arroz com pequi, frango com pequi, galinhada e outros, sendo um ingrediente essencial para dar sabor e aroma característicos a essas preparações. Sendo assim, está associado à identidade cultural e regional das comunidades do cerrado brasileiro. Ele é valorizado como um símbolo da biodiversidade e da riqueza natural dessas regiões, destacando a importância da preservação e valorização do ecossistema do cerrado. O cultivo, extrativismo racional e a comercialização do pequi representam uma importante atividade econômica para o cerrado. Promovendo geração de renda e o sustento de agricultores familiares e pequenos produtores, fortalecendo a economia local e incentivando a permanência das pessoas no campo.

10º motivo: Patrimônio cultural imaterial: O pequi e as práticas associadas ao seu consumo, como a preparação de pratos tradicionais, são reconhecidos como parte do patrimônio cultural imaterial do Brasil. O consumo e a valorização do pequi contribuem para preservar e transmitir essas tradições às gerações futuras, enriquecendo a diversidade cultural do país.

Por último: Pequi é ótimo pra memória. É ou não ? Piada interna dos goianos, afinal, uma vez que você consome uma boa quantidade de pequi, fica arrotando o gosto por quase 1 dia, lembrando que consumiu. Ou seja, ajuda a memorizar que comeu pequi. 

Bora comer salada?

Ingredientes:
1 pé de alface orgânico pequeno
2 xícaras (chá) de acelga picada
1 cenoura sem casca ralada
3 colheres de sopa de milho enlatado
6 colheres (sopa) de pequi (lascas cortadas em pedaços pequenos)

Ingredientes para o molho
1 colher (sopa) de vinagre
1 colher (sopa) de azeite de oliva
1 colher (chá) de mostarda dijon
1 colher (sopa) de fondor maggi
3 colheres de coentro picado
2 colheres de sopa de mel

Modo de fazer:
Em uma saladeira, arrume as folhas de alface mescladas com acelga picada e a cenoura ralada.
Espalhe o milho verde e o pequi.
Prepare o molho, misturando o vinagre, o azeite, a mostarda, o fondor e o coentro.
Bata o molho até ficar homogêneo e misture sobre a salada.

Fontes: 
Nascimento-Silva, N. R. R. do, & Naves, M. M. V. (2019). Potential of Whole Pequi (Caryocar spp.) Fruit—Pulp, Almond, Oil, and Shell—as a Medicinal Food. Journal of Medicinal Food. 2019, p.01-11

Para quem ainda não leu os posts publicados:

Introdução à salada: 

https://www.ecologiamedica.net/2022/01/boracomersalada.html

Princípios básicos da salada: 

https://www.ecologiamedica.net/2022/01/boracomersalada-post-1-principios.html

Salada 1: Berinjela com castanha do Pará (ou castanha do Brasil), uva-passa e hortelã: 

https://www.nutrologogoiania.com.br/salada-1-berinjela-com-castanha-do-para-ou-castanha-do-brasil-uva-passa-e-hortela

Salada 2: Salada de inverno de abacate com frango cítrico: 

http://www.ecologiamedica.net/2022/06/salada-2-salada-de-inverno-de-abacate.html?m=0

Salada 3: Salada de inverno de rucula: 

https://www.ecologiamedica.net/2022/06/salada-3-salada-de-inverno-de-rucula.html

Salada 4: Salada com legumes assados: 

https://www.ecologiamedica.net/2022/07/salada-4-salada-de-legumes-assados.html

Salada 5: Salada de Picles de pepino com molho de alho:

 https://www.ecologiamedica.net/2023/04/salada-5-salada-de-picles-de-pepino-com.html

Salada 6: Salada vegana de lentilha crocante: 

https://www.ecologiamedica.net/2023/07/salada-6-salada-vegana-de-lentilha.html

Salada 7: Salada cítrica de grão de bico: 

https://www.ecologiamedica.net/2023/07/salada-7-salada-de-grao-de-bico-citrica.html

Salada 8: Salada de frango com molho pesto de abacate: 

https://www.ecologiamedica.net/2023/08/salada-8-salada-de-frango-com-molho-de.html

Salada 9: Salada de berinjela com passas e amêndoas: 

https://www.ecologiamedica.net/2023/11/salada-9-salada-de-berinjela-com-passas.html?m=0

Salada 10: Salada com molho homus

https://www.ecologiamedica.net/2023/11/salada-10-salada-com-molho-homus.html

Salada 11: Salada de atum crocante: 

https://www.ecologiamedica.net/2023/12/salada-11-salada-crocante-de-atum.html

Salada 12: Trigo cozido com especiarias

https://www.ecologiamedica.net/2024/02/salada-12-trigo-cozido-com-especiarias.html

domingo, 3 de janeiro de 2016

A importância do mineral cobre

Cobre é importante para a saúde da pele e cérebro. Mineral também melhora a imunidade e a saúde do coração e tem ação antioxidante.

O cobre é um mineral considerado essencial para o organismo. Ele é um oligoelemento, elemento químico essencial para os seres vivos encontrado em baixa concentração nos organismos, porém de fundamental importância biológica. 
O corpo humano não consegue produzir o cobre, ele é obtido por meio da alimentação. O cobre ajuda na formação de algumas células sanguíneas, hormônios e enzimas antioxidantes, também contribui para a síntese de neurotransmissores, formação da bainha de mielina e regulação da expressão gênica. O cobre ainda ajuda a regular a quantidade de ferro no organismo e na formação de tecidos conjuntivos. 

Benefícios comprovados do cobre

Bom para a pele: O cobre é bom para a pele por alguns motivos. Ele é importante para a formação de melanina, que desempenha um papel na pigmentação da pele, cabelos e olhos, impedindo, por exemplo, a formação de manchas de pele, melasma. 
A lisil oxidase, é uma enzima dependente de cobre responsável pela ligação cruzada de colágeno e elastina, que são essenciais para a formação de tecido conjuntivo forte e flexível. Por fim, a ação antioxidante que o cobre proporciona por meio das enzimas antioxidantes também irá contribuir para uma pele mais saudável e bonita. 
Bom para o cérebro: Muitas cuproenzimas, enzimas dependentes de cobre, são responsáveis por diversas reações essenciais para a função normal do cérebro e do sistema nervoso. Estas enzimas dependentes de cobre são responsáveis pela síntese de neurotransmissores. Além disso, a formação e manutenção da bainha de mielina, bainha protetora que cobre os nervos, é feita de fosfolípidos cuja síntese depende da atividade do citocromo c oxidase, enzima dependente de cobre. A forte ação antioxidante que o cobre proporciona indiretamente também irá prevenir doenças cerebrais degenerativas. 
Bom para a imunidade: O cobre é essencial para que as pessoas tenham um bom aproveitamento da vitamina C. Esta vitamina aumenta a produção de glóbulos brancos, células que fazem parte do sistema imunológico e que tem a função de combater microorganismo e estruturas estranhas ao corpo. A vitamina C também aumenta os níveis de anticorpos no organismo. Assim, ela ajuda a fortalecer o sistema imunológico, deixando nosso corpo menos suscetível a doenças. A poderosa ação antioxidante que o cobre proporciona indiretamente também age de forma positiva na imunidade. 
Bom para o coração: O cobre é um mineral essencial para enzimas antioxidantes como a superóxido dismutase e a celuroplasmina, que impedem a ação dos radicais livres sobre a oxidação de lipídeos, diminuindo o risco de doenças cardíaca, uma vez que as gorduras oxidadas podem levar ao entupimento de artérias. 
Além disso, a lisil oxidase, é uma enzima dependente de cobre responsável pela ligação cruzada de colágeno e elastina. A ação da lisil oxidase ajuda a manter a integridade do tecido conjuntivo no coração e nos vasos sanguíneos e também desempenha um papel na formação dos ossos. 

Deficiência de cobre

A deficiência de cobre no organismo pode causar problemas como manchas na pele, neutropenia (anormalmente baixo número de glóbulos brancos chamados neutrófilos), osteoporose e doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson. Problemas na tireoide também podem ocorrer diante da carência de cobre. 

Farinha de soja possui boas quantidades de cobre - Foto: Getty Images
Farinha de soja possui boas quantidades de cobre
Foi verificado que os animais que consumiam dietas deficientes em cobre morriam repentinamente de hemorragia interna causada por defeitos estruturais das artérias, uma vez que a concentração de colágeno e elastina diminuíam significativamente neste grupo deficiente de cobre. Assim, descobriu-se que o cobre participa indiretamente da formação de elastina e colágeno, uma vez que este mineral é importante para a formação da enzima lisil oxidase, responsável pela formação de colágeno. 

Existem vários exames que podem ser solicitados por médico ou nutricionista para identificar a carência de ferro, como o cobre urinário de 24 horas, cobre total, cobre plasmático não ligado à ceruloplasmina, cobre livre, cobre hepático, verificando assim a real necessidade do indivíduo deste mineral. 

Interações com o cobre

Zinco: Altas ingestões dietéticas de zinco podem aumentar a síntese de uma proteína chamada de metalotioneína intestinal, que se liga ao cobre impedindo sua absorção intestinal. 
Açúcar mascavo possui boas quantidades de cobre - Foto: Getty Images
Açúcar mascavo possui boas quantidades de cobre
Vitamina C: Pesquisas em animais apontaram que o suplemento de vitamina C pode diminuir a quantidade de cobre no organismo. 
Medicamentos: A penicilamina aumenta a excreção urinária de cobre, os indivíduos que tomam a medicação para fins diferentes da sobrecarga de cobre podem ter uma maior exigência nutricional do mineral. Além disso, os antiácidos podem interferir com a absorção do cobre quando usados em quantidades muito elevadas. 

Fontes de cobre

Confira a quantidade de cobre presente nas principais fontes do mineral:  
Fontemg/100g
Cacau em pó4,40 mg
Farinha de Soja2,88 mg
Açúcar mascavo2,41 mg
Lentilha1,31 mg
Chocolate1,21 mg
Amendoim torrado1,10 mg
Aveia1,00 mg
Amêndoa1,00 mg
Brócolis0,84 mg
Castanha-do-pará0,66 mg
Cogumelo0,65 mg
Carne bovina0,65 mg
Amendoim cru0,62 mg
Pão de centeio0,61 mg
Arroz0,58 mg
Ervilha verde0,57 mg
Caranguejo0,57 mg
Ovo de galinha, gema0,57 mg
Rabanete0,50 mg
Favas0,50 mg
Cevada0,50 mg
Alcachofra0,50 mg
Fonte: Tabela Brasileira de Composição de Alimentos ? TACO - 4ª edição revisada e ampliada. 

Quantidade recomendada de cobre

IdadeHomens (mcg/dia)Mulheres (mcg/dia)
0 - 6 meses200200
7-12 meses220220
1- 3 anos340340
4 - 8 anos440440
9 -13 anos700700
14 -18 anos890890
19 anos ou mais900900
Gravidez-1000
Lactação-1300
Fonte: Departamento de agricultura dos Estados Unidos 

O uso do suplemento de cobre

O suplemento de cobre é recomendado quando a pessoa não consegue obter quantidades suficientes do mineral na alimentação. É comum veganos apresentarem deficiência do nutriente. A suplementação de cobre só pode ser realizada após a orientação de uma nutricionista ou médico. 

Riscos do consumo em excesso

O excesso de cobre ocorre normalmente por meio da suplementação. Os sintomas de toxicidade aguda de cobre incluem dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia. Sinais mais graves de toxicidade aguda de cobre incluem danos severos no fígado, insuficiência renal e coma. O excesso de cobre pode causar também a diminuição da absorção de vitamina C. 

Máximo de Ingestão Tolerável (UL) para cobre

IdadeUL (mcg/dia)
0 -12 mesesNão estabelecido
1-3 anos1000
4 - 8 anos3000
9 - 13 anos5000
14 - 18 anos8000
Acima de 19 anos10000
Fonte: Departamento de agricultura dos Estados Unidos 

Fontes consultadas:

Nutricionista Karina Valentim da PB Consultoria em Nutrição 
Nutróloga Marcella Garcez, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN)