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terça-feira, 24 de maio de 2011

Por que consumir alimentos orgânicos ?



A produção de orgânicos sempre que possível, baseia-se:
1)No uso de estercos animais,
2)Rotação de culturas,
3)Adubação verde,
4)Compostagem,
5)Controle biológico de pragas e doenças.

Tem como principal objetivo a manutenção da estrutura do solo além da sua produtividade, gerando alimentos saudáveis e produzidos baseados em uma relação harmônica com a natureza (homem/natureza, homem/animais homem/homem).

Por esses motivos, eu como médico e ecologista defendo essa causa. Alguns aspectos que sempre ressalto para quem me pergunta "Dr. porque vc está nessa de defender ecologia associada à medicina?":
1) Aspectos sanitários: alimentos orgânicos não possuem "defensivos" agrícolas sintéticos ou qualquer tipo de venenos que possa comprometer a saúde de qualquer ser na escala evolutiva, seja ele um invertebrado, seja ele um homo sapiens. Princípio este que jurei na minha formatura, princípio este criado pelo pai da Medicina (Hipócrates) "primum non nocere" que significa em primeiro lugar não lesar.

2) Aspectos ecológicos: a agricultura orgânica por não utilizar métodos agressivos e nocivos para a natureza, evita a degradação do meio ambiente. Isso inclui: manutenção das características do solo (as vezes adubando através de rochagem, mas sem utilizar fertilizantes sintéticos), manutenção da potabilidade da água e pureza do ar. A agricultura orgânica geralmente é familiar e ocorre de forma sustentável, na qual se respeita ciclos milenares (plantio/colheita). Desenvolvimento e preservação ambiental andam de forma conjunta.

De formal geral, a agricultura orgânica é baseada em três idéias. São elas:

1) Cultivo natural: é proibido o uso de agrotóxicos, adubos químicos e artificiais e conservantes no processo de produção.

2) Equilíbrio ecológico: A produção respeita o equilíbrio microbiológico do solo e as diferentes épocas de safra. O processo fica mais sustentável, não degradando a biodiversidade.

3) Respeito ao homem: o trabalhador tem que ser respeitado (leis trabalhistas, ganho por produtividade, treinamento profissional e qualidade de vida).

Para se obter um alimento verdadeiramente orgânico, é necessário conhecer diversas ciências (agronomia, ecologia, nutrição, medicina, economia, entre outras). Assim, o agricultor, através de um trabalho harmonizado com a natureza, tem condições de oferecer ao consumidor alimentos que promovam não apenas a saúde deste último, mas também do planeta em que vivemos.

O número crescente de produtores orgânicos no Brasil está dividido basicamente em dois grupos:

1) Pequenos produtores familiares ligados a associações e grupos de movimentos sociais, que representam 90% do total de agricultores, sendo responsáveis por cerca de 70% da produção orgânica brasileira;

2) Grandes produtores empresariais (10%) ligados a empresas privadas.
Enquanto na região sul cresce o número de pequenas propriedades familiares que aderem ao sistema, no sudeste a adesão é representada em sua maioria por grandes propriedades.

Atualmente, o Brasil ocupa a 34ª posição no mundo no ranking dos países exportadores de produtos orgânicos, sendo que na última década foi assistido um crescimento de 50%nas vendas por ano.

Calcula-se que já estão sendo cultivados perto de 100 mil há (hectares) em cerca de 4.500 unidades de produção orgânica espalhadas por todo o país. A maior parte da produção brasileira (cerca de 70%) encontra-se nos estados do Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo. Apesar da tendência de crescimento, o Brasil ainda perde para a vizinha Argentina em termos de área certificada para o cultivo de orgânicos na América do Sul.

Da produção nacional de orgânicos, cerca de 75% é exportada, principalmente para a Europa, Estados Unidos e Japão. A soja, o café e o açúcar lideram as exportações. No mercado interno, os produtos mais comuns são as hortaliças, seguidos de café, açúcar, sucos, mel, geleias, feijão, cereais, laticínios, doces, chás e ervas medicinais. Infelizmente ainda não temos muitas frutas produzidas nos moldes correto.

Os países com maiores áreas de produção orgânicas são, respectivamente:
1) Austrália com 12,29 milhões de ha;
2) China com 2,3 milhões de ha;
3) Argentina com 2,22 milhões de ha.

Esses países têm como principal atividade nessas áreas orgânicas a pastagem não intensiva. Entretanto, alguns cuidados devem ser tomados na comparação entre países, pois a produtividade é extremamente variável entre eles.

O Brasil se encontra na oitava posição, com 880 mil ha.

Em termos de continente, a Oceania detém 40,7% da área sob manejo orgânico, seguida da Europa com 24,3%, América Latina com 16,2%, Ásia com 10,2%, América do Norte com 7,3% e África com 1,4%. O Japão hoje é considerado um dos maiores mercados mundiais para produtos orgânicos.

Devido à pequena dimensão territorial, a produção orgânica própria é pequena, principalmente se comparada à variedade e volume de produtos que importam, como cereais, legumes, frutas frescas, carne bovina, frango, queijo, entre outros.

Nos Estados Unidos, os produtores orgânicos certificados produzem principalmente cereais, com destaque para soja e trigo. O desenvolvimento da agricultura orgânica americana tem sido comparado ao da Europa, assistindo um volume de venda próximo dos U$5 bilhões anuais.

Segundo dados da Organic Farming Research Fundation (Fundação de Pesquisa em Agricultura Orgânica), aproximadamente 1% do mercado americano de alimentos é proveniente de métodos orgânicos de produção. Na Europa o desenvolvimento da agricultura orgânica e do consumo de produtos sem agrotóxico cresce a passos largos.

No final de 2009, na França, havia 16.446 fazendas orgânicas, um aumento de 23,7% em relação a 2008, e 677.513 hectares de terra orgânica, um aumento de 16% comparado a 2008. O país obteve destaque devido ao aumento significativo de algumas produções animais na linha orgânica, sobretudo o frango orgânico, que teve taxas de crescimento de 135% nos últimos dois anos.

A Alemanha foi o primeiro país do mundo a criar um organismo para inspeção e controle da produção orgânica e hoje o mercado alemão de produtos orgânicos é considerado um dos mais importantes da Europa. Em 1998, foram contabilizadas cerca de 6.786 unidades de produção (1,9% de sua área total).

Será que é orgânico mesmo? Como saber?

Se você pretende consumir alimentos orgânicos fique atento para não ser enganado. Procure sempre pelo selo de qualidade emitido por certificadoras reconhecidas pelo Ministério da Agricultura.

São entidades como a Associação de Agricultura Orgânica (AAO), o Instituto Biodinâmico (IBD), entre outros. Essas entidades, ao todo cerca de 30 em todo Brasil, avaliam se a produção do alimento segue os critérios estabelecidos pela agricultura orgânica.

Para ganhar o selo, os produtores seguem várias precauções e têm suas lavouras fiscalizadas a cada semestre. A presença do selo garante, portanto, a procedência e a qualidade dos produtos.

Aqui em Goiânia recomendo para os meus pacientes que comprem somente do pessoal da ADAO - GO (Associação dos Agricultores Orgânicos de Goiás)

10 MOTIVOS PARA CONSUMIR PRODUTOS ORGÂNICOS

1) SÃO ALIMENTOS NUTRITIVOS E SABOROSOS

Com solos balanceados e fertilizados com adubos naturais, se obtém alimentos mais nutritivos. A comida fica mais saborosa, conservam-se suas propriedades naturais como vitaminas, sais minerais, carboidratos e proteínas. Um alimento orgânico não contém substâncias tóxicas e nocivas à saúde. Em solos equilibrados as plantas crescem mais saudáveis, preservam-se suas características originais como aroma, cor e sabor. Consumindo produtos orgânicos é possível apreciar o sabor natural dos alimentos. Além disso, quando se utiliza o sistema de Rochagem na adubagem o alimento fica mais rico devido a inserção de minerais ESSENCIAIS na composição do solo.

Pesquisas internacionais demonstram que alimentos orgânicos apresentam, em média, 63% a mais cálcio, 73% mais ferro, 118% mais magnésio, 178% mais molibdênio, 91% mais fósforo, 125% mais potássio, 60% mais zinco que os alimentos convencionais. Possuem menor quantidade de mercúrio (29%), substancia que pode causar doenças graves (informação publicada no Journal of Applied Nutricion, 1993).

No ano passado pesquisadores da London School of Hygiene & Tropical Medicine, em Londres, Inglatrra, realizaram um levantamento com 162 artigos científicos publicadas nos últimos 50 anos, que mostrou que não existe uma diferença tão grande entre o alimento orgânico e o normal.

Erro na metodologia ? Interesses exclusos ? Mesmo que não tivesse superioridade nutricional, só de não conter agrotóxicos ja É SUPERIOR !

2) SAÚDE GARANTIDA

Vários pesticidas utilizados hoje em dia no Brasil estão proibidos em muitos países, em razão de consequências provocadas à saúde, tais como:
1) Cânceres dos mais viversos tipos
2) Alergias alimentares
3) Asma
4) Infertilidade
5) Alterações hormonais principalmente quando se trata de hormônios sexuais
6) Hiperatividade em adultos e crianças
7) Déficit de atenção
8) Doenças neurodegenerativas
9) Aumento da produção de radicais livres e diminuição da produção de antioxidantes.
10) Intoxicação por metais pesados

Um relatório da Academia Americana de Ciências, de 1982, calculou em 1.400.000 o número de novos casos de câncer provocados por agrotóxicos. Além disso, os alimentos de origem animal estão contaminados pela ação dos perigosos coquetéis de antibióticos, hormônios e outros medicamentos que são aplicados na pecuária convencional, quer o animal esteja doente ou não.

Consumindo orgânicos protegemos nossa saúde e a saúde de nossos familiares com a garantia adicional de não estarmos consumindo alimentos geneticamente modificados.

Vale a pena ler o Post sobre a recente pesquisa da Anvisa, na qual a mesma detectou irregularidade em 29% dos alimentos analisados.

Veja também esse post sobre a Reavaliação de agrotóxicos e veja o quão grave é a situação.

3) PROTEÇÃO ÀS FUTURAS GERAÇÕES

As crianças são os alvos mais vulneráveis da agricultura com agrotóxicos. “Quando uma criança completa um ano de idade, já recebeu a dose máxima aceitável para uma vida inteira, de agrotóxicos que provocam câncer”, diz um relatório recente do Environmental Working Group (Grupo de Trabalho Ambiental). A agricultura orgânica, além disso mais, tem a grande tarefa de legar às futuras gerações um planeta reconstruído.

4) AMPARO AO PEQUENO PRODUTOR

O trabalhador rural precisa ser preservado, tanto quanto a qualidade ecológica dos alimentos. Adquirindo produtos ecológicos, contribuímos com a redução da migração de famílias para as cidades, evitando o êxodo rural e ajudando a acabar com o envenenamento por agrotóxicos sofrido por cerca de 1 milhão de agricultores no mundo inteiro.

5) SOLOS FÉRTEIS

Uma das principais preocupações da Agricultura Orgânica é o solo. O mundo presencia a maior perda de solo fértil pela erosão em função do uso inadequado de práticas agrícolas convencionais. Com a Agricultura Orgânica é possível reverter essa situação.

6) ÁGUA PURA

Quando são utilizados agrotóxicos e grande quantidade de nitrogênio, ocorre a contaminação nas fontes de água potável. Cuidando desse recurso natural, garante-se o consumo de água pura para o futuro.

7) BIODIVERSIDADE

A perda das espécies é um dos principais problemas ambientais. A Agricultura Orgânica preserva sementes por muitos anos e impede o desaparecimento de numerosas espécies, incentivando as culturas mistas e fortalecendo o ecossistema. A Fauna permanece em equilíbrio e todos os seres convivem em harmonia, graças à não utilização de agrotóxicos. A Agricultura Orgânica respeita o equilíbrio da natureza e cria ecossistemas saudáveis.

8) REDUÇÃO DO AQUECIMENTO GLOBAL E ECONOMIA DE ENERGIA

O solo tratado com substâncias químicas libera uma quantidade enorme de gás carbônico, gás metano e óxido nitroso. A agricultura e administração florestal sustentáveis podem eliminar 25% do aquecimento global. Atualmente, mais energia é consumida para produzir fertilizantes artificiais do que para plantar e colher todas as safras.

9) CUSTO SOCIAL E AMBIENTAL

O alimento orgânico não é, na realidade, mais caro que o alimento convencional se consideramos que, indiretamente, estaremos reduzindo:
1) Gastos com MÉDICOS e MEDICAMENTOS
2) CUSTOS com a recuperação ambiental.

10) CIDADANIA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

Consumindo orgânicos, estamos exercitando nosso papel social, contribuindo com a conservação e preservação do meio ambiente e apoiando causas sociais relacionadas com a proteção do trabalhador e com a eliminação da mão-de-obra infantil.


Maiores Informações: http://www.prefiraorganicos.com.br/


Vale a pena pagar mais por certos orgânicos?

Os adeptos da culinária saudável já estão cansados de saber dos benefícios dos alimentos orgânicos, infelizmente, investir 100% nesse tipo de frutas, legumes, folhas e até sucos e carnes ainda custa caro e é privilégio de poucos.

Pensando nisso, conversamos com especialistas para garimpar alguns itens nesse universo orgânico e saber exatamente por quais deles e em que situações realmente vale a pena se pagar mais em nome da saúde.

Um bom começo para começar a mudar os hábitos à mesa, sem pesar muito no bolso, seria substituir os campeões em agrotóxicos por suas versões orgânicas. Não é à toa. De acordo com a nutróloga Lívia Zimmermann, o consumo diário dessas substâncias nocivas pode intoxicar o organismo, criando um "ambiente" propício ao desenvolvimento de doenças - desde alergias até o câncer a longo prazo. "Há, inclusive, estudos que sugerem que os aditivos químicos, principalmente os corantes encontrados em alimentos industrializados, podem ter relação até com distúrbios psicológicos", alerta Lívia, membro da diretoria da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).

Reveja sua lista de supermercado

Comer uma salada de tomates, hoje, pode ser uma aventura e tanto, graças ao nível de contaminação dessa fruta - que aparece nas feiras e sacolões cada vez maior e mais vermelha (como um típico efeito do uso de agrotóxicos). "A dona de casa mais atenta pode observar uma película meio esbranquiçada na casca do tomate. É o sinal da presença dos aditivos químicos", explica a nutróloga Lívia Zimmermann.
Trocar o tomate convencional pelo orgânico, portanto, pode valer a pena, especialmente no prato das crianças. Sabe-se que os efeitos dos agrotóxicos são cumulativos - por isso, de acordo com os especialistas, o quanto antes barrarmos boa parte desse contato, melhor.
O tomate é o vilão maior, mas entre os reis da contaminação ainda estão o morango, a melancia, o melão, a abóbora, enfim as frutas rasteiras, além do mamão e das verduras (legumes e folhas). No geral, nos cultivos tradicionais, esses alimentos recebem uma quantidade grande de químicos, por serem mais suscetíveis à ação de pragas, como as ervas daninhas.
Segundo Fernanda Pisciolaro, nutricionista Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), os cuidados devem ser redobrados com alimentos que se come com a casca e com aqueles que não têm casca (a exemplo do morango). Nem as carnes vermelhas escapam dos alimentos que merecem atenção (e que poderiam ser substituídos por sua versão orgânica). Os hormônios de crescimento e antibióticos usados na criação bovina podem causar prejuízos ao organismo. Isso não ocorre com a carne orgânica, resultado de um gado criado em pasto orgânico, com alimentação orgânica e sem o uso de remédios alopáticos.

Ganhos na qualidade e no sabor

"O agrotóxico deixa o morango com gosto de acetona. A fruta orgânica é bem diferente, muito mais saborosa", completa Raquel Diniz, coordenadora do Instituto Akatu, uma organização não-governamental que busca estimular o consumo consciente e sustentável.

José Pedro Santiago e Alexandre Harkaly, diretores da associação de certificação de orgânicos, o Instituto Biodinâmico (IBD), garantem que os alimentos orgânicos contêm uma concentração mais elevada de nutrientes. Para confirmar o que dizem, eles lembram de 41 estudos científicos divulgados, em 2005, pela Soil Association, da Inglaterra, que atestavam uma presença maior de vitamina C, magnésio e fósforo nos orgânicos.
"A laranja, por exemplo, contém 12% mais vitamina C e menos resíduos de nitratos em relação à convencional", comenta José Pedro. Essa maior concentração de nutrientes, segundo o especialista, pode ser vista também no leite orgânico, que apresenta maior quantidade de cálcio e vitaminas.

Reconheça um alimento orgânico

Para ser considerado orgânico, o alimento deve seguir alguns padrões essenciais de plantio e colheita. De início, nada de agrotóxicos ou agentes químicos, como os pesticidas, para "reforçar" a terra e evitar pragas e ervas daninhas.
Normalmente, os produtos vendidos em supermercados apresentam um selo de certificação, desde que tenham, no mínimo, 95% de ingredientes orgânicos. "Para certificar um produto, seguimos diretrizes que vão da produção primária à industrialização, armazenamento e transporte do produto. Além de questões de conservação do solo", afirma Alexandre Harkaly, diretor do IBD. O selo vale tanto para frutas e vegetais, quanto para laticínios e carnes.
Mas, se você tem o hábito de freqüentar feiras ou sacolões e mercadinhos próximos da sua casa, vai uma dica: alimentos orgânicos tendem a ter um aspecto mais feio. Isso reflete tanto no tamanho da fruta, quanto na coloração. Portanto, se você não quer abrir mão dos tomates "vermelhões" e gigantes, porém cheios de agrotóxicos, nem passe perto das prateleiras orgânicas. Ali, a fruta é menor e de um vermelho mais discreto.
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Fonte: Redação Terra

Serviço:
Alexandre Harkaly - diretor do IBD (Associação de Certificação Instituto Biodinâmico)
http://www.ibd.com.br/
Fernanda Pisciolaro - nutricionista, membro da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica)
http://www.abeso.org.br/
José Pedro Santiago - diretor do IBD (Associação de Certificação Instituto Biodinâmico)
http://www.ibd.com.br/
Lívia Zimmermann - nutróloga, membro da diretoria da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia)
http://www.abran.org.br/
Raquel Diniz - coordenadora do Instituto Akatu
http://www.akatu.org/

Visite: http://www.ecologiamedica.net/

quinta-feira, 12 de março de 2020

Alzheimer: diretrizes para prevenção, aspectos nutricionais



Foram publicados os resultados de um relatório global sobre a doença de Alzheimer

De acordo com um estudo global publicado hoje, poderia ser feito mais para prevenir a doença de Alzheimer.

Alzheimer's Disease International, a federação mundial das associações de Alzheimer, encomendou o 'Relatório Mundial Alzheimer 2014 - Redução do risco e demência: Uma análise dos fatores protetores e modificáveis'.

Publicado hoje (17 de setembro), ele revela que controlar o diabetes e a pressão arterial elevada pode reduzir o risco de demência no futuro. Parar de fumar e reduzir os fatores de risco cardiovascular também ajuda a reduzir o risco de desenvolver doença de Alzheimer.

O diabetes sozinho aumenta o risco de demência em 50%, relatam os autores, liderados pelo Professor Martin Prince do King's College London, Reino Unido.

Ele diz: "Já há evidências de vários estudos quanto a que a incidência de demência está diminuindo em países de alta renda, associados a melhorias na educação e na saúde cardiovascular. Precisamos fazer tudo o que pudermos para acentuar essas tendências. Com um custo global de mais de 600 bilhões dólares americanos, dificilmente poderia ser mais importante o que está envolvido."

O relatório afirma que o controle do tabaco e a melhor prevenção, detecção e controle da hipertensão e do diabetes são fundamentais para reduzir o risco de demência em nível da população. De maneira que a demência deve ser "integrada nos programas de saúde pública tanto globais como nacionais, ao lado de outras importantes doenças não transmissíveis".

Marc Wortmann, da Alzheimer's Disease International, comentou: "De uma perspectiva de saúde pública, é importante notar que a maioria dos fatores de risco para a demência se sobrepõem com os de outras importantes doenças não transmissíveis. Em países de alta renda, há um maior foco nos estilos de vida mais saudáveis, mas este não é sempre o caso com os países de baixa e média renda

"Estima-se que em 2050, 71% das pessoas com demência estarão vivendo nestas regiões, então implementar campanhas eficazes de saúde pública pode ajudar a reduzir o risco global."

Fonte: www.doctors.net.uk

Todo dia 21 é um dia especial rs. Hj é dia da Árvore, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença de Alzheimer. Estima-se que em todo o mundo, existam mais de 35 milhões de pessoas com Alzheimer e q esse nº provavelmente ultrapassará 80 milhões até 2040.

A Diretriz publicado pela George Washington University School of Medicine e pelo Physicians Committee for Responsible Medicine (PCRM) defende a diminuição do risco de se desenvolver Doença de Alzheimer pela alimentação nutrologicamente equilibrada. “Combinar alimentação com atividade física, evitando o consumo exagerado de metais como cobre e ferro pode maximizar a proteção do cérebro”, afirma Dr Barnard, um dos autores desta diretriz.

A diretriz pode ser dividida em 7 pilares:

1- Evitar ao máximo gordura trás e gordura saturada

2- A base da dieta deve ser constituída de vegetais, legumes ( feijão, ervilha, lentilha), frutas e grãos integrais.

3- Vitamina E diária – fornecida por nozes, castanhas ou sementes.

4- Vitamina B 12 diária (2,4μg por dia para adultos).

5- Evite polivitamínicos que contenham ferro e Cobre. Faça reposição destes micronutrientes somente com orientação Medica.

6- Evite tigelas e outros utensílios que possuam alumínio na sua composição.

7- Atividade Física aos menos 120 minutos por semana.


Fonte: http://www.pcrm.org/health/reports/dietary-guidelines-for-alzheimers-prevention

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

O médico que entende de forma rasa de tudo...

Esse texto tem como objetivo explicar um pouco do meu trabalho, já que vários pacientes (que acompanho há quase uma década) estão reclamando que não estou pegando casos novos indicados por eles. Portanto, primeiramente quero deixar claro que ESTOU ATENDENDO SIM NOVOS CASOS

A questão é que a demanda aumentou, o tempo de consulta aumentou, o número de dias de atendimento reduziu e hoje prefiro dar a máxima atenção para os pacientes com condições que tenho uma maior experiência:
  1. Intolerâncias alimentares: lactose, frutose, sacarose, rafinose. Alergias alimentares.
  2. Síndrome do Intestino irritável
  3. Diarreias crônicas
  4. Constipação crônica
  5. Gases intestinais
  6. Gastrite, Refluxo
  7. Diverticulose
  8. Supercrescimento bacteriano e disbiose
  9. Queda de cabelo e Unhas quebradiças
  10. Acne
  11. Intoxicação por metais tóxicos
  12. Fibromialgia
  13. Artrose, Artrite reumatóide, Hashimoto,
  14. Síndrome metabólica: Dislipidemias, Hipertensão, Intolerância à glicose
  15. Esteatose hepática
  16. Diabetes mellitus tipo 2
  17. Obesidade grau II e III
  18. Anemias carenciais
  19. Pacientes vegetarianos
  20. Aspectos nutricionais em pacientes: HIV, Pneumopatas, Déficit de atenção, Depressão, Ansiedade, Transtorno bipolar, Osteoporose, Osteopenia, Hiperuricemia, Infertilidade e Indisposição.
  21. Acompanhamento pré-cirurgia bariátrica e após cirurgia bariátrica
Ou seja, continuo atendendo novos pacientes, mas dando preferência para essas condições. Por isso eu aplico o questionário pré-consulta, para selecionar os pacientes que posso garantir que darei o melhor de mim. Sempre que posso, ao negar o atendimento, entro em contato com o paciente e explico o motivo de eu não aceitar aquele caso. Na maioria das vezes acabo indicando algum colega de minha confiança. Afinal é ruim deixar as pessoas desamparadas, sem um norte. 

Prefiro ser um médico que atende poucas condições, mas que estuda-as arduamente, do que ser um médico generalista e nutrólogo que atende de tudo, mas tem conhecimento raso sobre cada uma delas.

Portanto explicarei abaixo o que NÃO atendo:
  • Crianças abaixo de 12 anos: Já atendi, mas hoje só acima de 12 anos. Nutróloga Pediátrica em Goiânia só indico a Dra. Cristiane Simões. Fone: (62) 34325798 e (62) 983093335.
  • Sobrepeso, sarcopenia e obesidade grau I estou encaminhando para o meu nutricionista: Rodrigo Lamonier (Fone: 62-23941-2998). Já atendi por quase 1 década, hoje somente aqueles com obesidade grau II ou III. 
  • Pacientes que desejam melhora da performance na prática de atividade física, hipertrofia (ganho de massa muscular) não atendo. Também encaminho para o Rodrigo Lamonier. 
  • Pacientes que querem fazer uso de anabolizantes para fins estéticos. Essa prática não encontra respaldo científico de nenhuma sociedade médica (de especialidades) no Brasil, sendo inclusive proibida. No link a seguir dou inúmeras justificativas do porquê de eu não concordar com essa prática: https://www.nutrologogoiania.com.br/por-que-abomino-modulacao-hormonal/
  • Não prescrevo testosterona nem para aqueles que tem deficiência. Encaminho para a endocrinologista Dra. Natália Jatene (Fone: 3281-7799), 
  • Pacientes que querem utilizar hormônios com finalidade estética ou com ação antienvelhecimento (Chips hormonais, uso de testosterona e hormônio do crescimento).  Saliento sempre que prescrição de hormônios não faz parte do arsenal terapêutico rotineiro da Nutrologia. Salvo algumas exceções (caquexia, HIV, sarcopenia).
  • Dieta HCG: discordo dessa abordagem. Contraindico.
  • Terapia de reposição hormonal (Ex. Menopausa, Andropausa, Alterações tireoideanas). Posso até fazer o diagnóstico do déficit afinal sou médico, mas não prescrevo hormônios. Todas desordens hormonais que necessitam de tratamento, encaminho para a endocrinologista, Dra. Natalia Jatene (Fone: 3281-7799). 
  • Baixa estatura: encaminho para uma amiga endocrinologista pediátrica Dr. Renata Machado (Fone: (62) 3983-8015).
  • Pacientes oncológicos (com câncer); Encaminho para a Nutricionista Jordana Torres (Fone: 62 3212 4020) e para o Oncologista clínico Dr. Victor Domingos Lisita  (Fone: (62) 3265-0400)  e para a Dra. Danielle Laperche (62) 36056616). Para aqueles que querem acompanhamento com Nutrólogo especialista em pacientes oncológicos, indico um amigo que além de Oncologista Clínico é Nutrólogo. Apesar dele morar em São Paulo, ele faz atendimento por telemedicina. Fone: (11) 31712843.
  • Pacientes nefropatas (doença renal crônica ou aguda ou doença renal decorrente de doenças autoimunes): Encaminho para o meu amigo Dr. Rodrigo Costa que é Nefrologista e Nutrólogo (Fone: (62) 32425441).
  • Pacientes hepatopatas (Cirrose, varizes esofagianas, Ascite) encaminho para o Hepatologista Dr. Rafael Ximenes e para a Nutricionista especialista em hepatopatias - Flávia Ximenes – Fone: (62) 3998-9151.
  • Gestantes: por anos dei essa consulta gratuitamente para minhas pacientes que engravidavam. Parei devido o conflito com obstetras na hora da suplementação. Indico o meu nutricionista Rodrigo Lamonier
  • Pacientes portadores de esquizofrenia, dependência química ou de álcool: encaminho para o psiquiatra e homeopata Dr. Heisler Lima (Fone:  62-9646-8400). Todas as dependências químicas encaminho para uma excelente psicóloga doutoranda na área, Dra. Rose Karla Vicente (Fone: (62) 3594-4841).
  • Anorexia, Bulimia, Síndrome do Comer Noturno, Ortorexia e Vigorexia. Encaminho para o psiquiatra Dr. Heisler Lima (Fone:  62-9646-8400) ou para o Dr. Rodolfo Campos (especialista na área de transtornos alimentares em Goiânia).
  • Paciente com Alzheimer, Parkinson e Doenças Neurogenerativas como Esclerose Múltipla ou Esclerose Lateral amiotrófica. Encaminho para a Dra. Aline Madeira (Fone: (62) 3250-9060) e Dr. Thiago Calzada (Fone: (62) 9994-7826 e Dr. José Guilherme Schwan (62) 99939-2710. 
  • Pacientes com Autismo: Encaminho para Dra. Simone Pires em São Paulo (Fone: (11) 3704-7317).
Sendo assim, trago para vocês uma reflexão que levei para debate com alguns amigos Nutrólogos. Será possível um Nutrólogo conseguir atender uma infinidade de patologias e conseguir ser bom em todas? Eu acho que não. A medicina avança e diariamente saem novos trabalhos, novos guidelines e é quase que humanamente impossível se manter 100% atualizado e atender 50 tipos de doenças. 

Ao longo dos anos, observando meus professores de Nutrologia e amigos Nutrólogos acabei percebendo que a maioria foca em determinadas condições. Hoje a grande maioria dos pacientes que atendo são portadores de distúrbios do trato digestivo. Mas atendo outras patologias também. 

Por cerca de 2 anos deixei de atender pacientes que residiam fora do país, agora com o advento da Telemedicina voltei aos atendimentos. Também facilitou para manter o acompanhamento regular dos pacientes que moram fora do estado de Goiás. 

att

Dr. Frederico Lobo
CRM-GO 13192 - RQE 11915 
Médico Nutrólogo


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Castanhas: comparação entre elas


Elas são gostosas, saudáveis, já foram capa de várias revistas, sim as castanhas ou oleaginosas são muito famosas por seus benefícios. Mas, existe muita dúvida, como por exemplo: elas são todas iguais? E o que mais ouço...elas engordam?! Então, vamos esclarecer as diferenças entre elas.

Um recente estudo da Universidade de Scranton, nos Estados Unidos, mostrou que uma determinada quantidade de nozes contém duas vezes mais antioxidantes do que a mesma quantidade de castanhas, amêndoas, amendoins, pistaches, avelãs, castanhas-do-pará, castanhas de caju, macadâmias. Além disso, os antioxidantes presentes nas nozes têm maior qualidade e potência do que os dos outros frutos secos analisados.

Os antioxidantes encontrados nas nozes são entre duas a 15 vezes mais poderosos do que os da vitamina E, também conhecida pelo seu benefício antioxidante. Os antioxidantes impedem reações químicas que ocasionam mudanças na estrutura molecular das células do corpo.

Pesquisas anteriores demonstraram que o consumo regular de pequenas quantidades de frutas oleaginosas pode reduzir o risco de doenças cardíacas, alguns tipos de câncer, diabetes tipo 2 e outros problemas de saúde. As porções dessas frutas consumidas devem ser pequenas. Sete ao dia são o suficiente para obter os benefícios para a saúde descobertos nos estudos.

A castanha do Pará rebatizada recentemente como castanha do Brasil (mas ninguém a chama desta forma), é uma excelente fonte de selênio, 1 castanha contém a recomendação diária deste mineral. O selênio participa da formação de diversas enzimas no nosso organismo, inclusive dos hormônios da tireóide. Além disso, é um excelente antioxidante que combate o envelhecimento celular. Além disso, trabalha para manter mais ativo nosso sistema imunológico, também acaba por proteger as células do sistema nervoso das doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer e também está associado à capacidade do organismo de eliminar metais pesados.

Segundo estudo americano publicado no periódico especializado Journal of the American College of Nutrition, a amêndoa tem propriedades que protegem o corpo contra o diabetes tipo 2 e as doenças cardíacas. Os médicos verificaram que após a introdução no cardápio, houve nos pacientes um aumento da sensibilidade à insulina, o que melhora o processamento de açúcares pelo corpo. Os voluntários apresentaram também uma significativa redução dos níveis de LDL, o chamado mau colesterol, no sangue.

Outra pesquisa desenvolvida no City of Hope National Medical Center in Duarte, Califórnia, nos Estados Unidos, e publicado no International Journal of Obesity. Mostrou que um farto punhado de amêndoas, cheia de gorduras benéficas é capaz de reduzir o peso. Em seis meses, os pacientes que adotaram diariamente a fruta oleaginosa reduziram 18% do peso e 14% da medida na cintura. O colesterol ruim (LDL) também diminuiu 15% e os triglicérides, 29%. Além das fibras, que afastam a fome por mais tempo, a amêndoa contém ômega-3, gordura do bem que ajuda a estimular os hormônios da saciedade.

Outra descoberta da ciência publicada na Applied and Environmental Microbiology é de que as amêndoas são sementes e não frutos como se pensava. Mas o que foi descoberto também é que elas melhoram o processo digestivo e reforçam o sistema imunológico, por aumentarem os níveis de bactérias que auxiliam o trato digestivo. Recentemente, o Intitute of Food Research identificou potenciais efeitos prebióticos das amêndoas, ufa, elas são maravilhosas!

Mas, nem tudo são flores ou praticidade, o ideal seria comprar as castanhas em suas cascas e descascá-las no momento do consumo (não briguem comigo!). Isso seria o ideal! Todas as castanhas são compostas basicamente de óleo, e o maior inimigo dele é a luz e o oxigênio. Como são difíceis de achar com casca e nada práticas, siga estas dicas para que elas fiquem ricas em nutrientes por mais tempo: ao comprar as castanhas em potinhos transparentes, prefira os que estão no fundo da prateleira (mais protegidos da luz), evite as com aspecto muito amarelado ou furinhos, armazene na geladeira em um pote escuro (ficam bem conservadas por até dois meses) e prefira as que foram embaladas recentemente.

Uma dica importante: Preste atenção no tipo de castanha que foi recomendado em seu Plano Alimentar, pois é comum a confusão. Muitas vezes recomendo castanha do Brasil e meus pacientes compram castanha de caju e comem felizes achando que é a mesma coisa. Cada uma será recomendada para um objetivo específico, portanto consumir a certa fará toda diferença!

Não abuse deste alimento, pois são muito calóricos, e seu excesso ao invés de trazer benefícios irá aumentar seu peso corporal. Eu costumo dizer aos meus pacientes para não encarar as castanhas como um alimento, já que todos gostam, pense nelas como um complemento/suplemento e por isso as quantidades devem ser restritas. As castanhas não devem ser consumidas de form abusiva porque podem também desencadear alergias.

Abaixo, fiz uma tabela para que você possa visualizar qual nutriente se destaca em cada tipo de castanha:


**Adaptado da Tabela de Composição dos Alimentos da Unifesp.
(Clique para ampliar)


























Fontes:

*Escola Paulista de Medicina – Unifesp. Departamento de Informática em Saúde. Tabela de Composição Química dos Alimentos. 
*Nuts and Plasma Lipids: An Almond-Based Diet Lowers LDL-C while Preserving HDL-C: http://www.jacn.org/content/17/3/285.short
*Effect on Body Weight of a Free 76 Kilojoule (320 Calorie) Daily Supplement of Almonds for Six Months: http://www.jacn.org/content/21/3/275.short
*Investigation of the potential prebiotic properties of almond (Amygdalus communis L.) seeds. G. Mandalari, C. Nueno-Palop, G. Bisignano, M. S.J. Wickham, and A. Narbad. Applied and Environmental Microbiology July 2008. Published online ahead of print 23rd May 2008 doi:10.1128/AEM.00739-08
* For Heart Healthy Antioxidants, Walnut are number one: 


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Kefir e saúde intestinal - Nutrólogo Joinville - Nutrólogo Goiânia



O texto abaixo foi publicado na edição desse mês da revista Saúde é vital. Fala sobre o uso do Kefir, um excelente alimento que poucos ainda conhecem no nosso país. Abaixo relatarei os prós e contras, por duas óticas: médico e ex-consumidor. 

Bem, já fiz uso do de de água e tive bons resultados, mas por problemas técnicos parei de utilizá-los. Para agendar consulta para saber se deve ou não utiliza-lo, clique aqui.

A praticidade dos lactobacilos manipulados (além de diversos estudos sobre as principais cepas: lactobacilos acidophilus, casei, bifidus, rhamnosus e bulgaricus) acabam superando o "trabalhoso Kefir".

Prós:
1) É de graça, acho legal essa idéia de que não se compra e nem se vende, apenas doação. Quando morava na Chapada dos veadeiros (Alto Paraíso) nas épocas de surto de diarréia eu indicava muito pra população carente e tinha bons resultados.
2) Tem uma boa quantidade de lactobacilos, diversas cepas, cerca de 30 cepas de probióticos.
3) Para os que não possuem alergia à proteína do leite de vaca e gostam de leite podem optar pelo Kefir de leite. Isso serve também para os intolerantes à lactose, já que os lactobacilos consomem a lactose, que é um carboidrato (açúcar). Acima de 24h de fermentação raramente causa sintomas nos intolerantes à lactose.
4) Por ter benefícios para a nossa saúde e ser alimento, é considerado um alimento funcional. Portanto seu uso deve ser estimulado.
5) Os grãos são praticamente "etenos" podem ser congelados e as "sementes" enviadas pelo correio.
6) Como é um laticínio, é fonte rica em cálcio, de boa biodisponibilidade. Pode ser utilizado em iogurtes, coalhadas, shakes. Pode-se até fazer queijo de Kefir (uma amiga faz e fica uma delícia).

Contras:
1) O kefir de água é um pouco ácido e pode causar "azia" em pacientes com gastrite, esofagite, refluxo. Se o paciente possui "intestino-solto" também pode ocasionar diarréias. O de kefir leite por ter cálcio também pode  piorar sintomas dispépticos. É uma queixa muito comum nos pacientes com gastrite e refluxo que indico Kefir de leite. Principalmente quando a fermentação é de 24h. Nesse caso indico a utilização de 50ml de fermentação de 12 horas, duas vezes ao dia e observar. Se tiver intolerância não utilizar.
2) Algumas pessoas consideram trabalhoso ter que "alimentá-los" diariamente (kefir de água com açúcar mascavo ; Kefir de leite com leite integral), portanto quem não permanece todos os dias em casa deixará os "grãozinhos" morrerem.
3) Risco de contaminação comum a qualquer alimento: água, açúcar e lactobacilos em frasco fora da geladeira, semi-coberto = possível contaminação.
4) Como são inúmeras cepas de probióticos presentes, elas podem interagir entre si. Se você apresenta algum problema digestivo ou intolerância alimentar (frutose, sacarose, lactose), sugiro que antes procure um médico, confirme o diagnóstico, inicie um tratamento e só posteriormente utilize kefir. É assim que tenho feito com meus pacientes com candidíase crônica, intolerância à lactose, à frutose, sacarose, síndrome do intestino irritável, diarréia crônica e constipação intestinal. Solicito os exames necessários para se fechar o diagnóstico, faço o exame clínico, instituo o tratamento, geralmente com cepas específicas de probióticos para cada caso. Somente depois que inicio o kefir conforme tolerância.

A reportagem é interessante.

Bom final de semana

Dr. Frederico Lobo - Médico - CRM-GO 13192


Quefir: basta um copo por dia

Nas nossas primeiras semanas de vida, o intestino é habitado por cerca de 500 espécies de micro-organismos que ajudam na digestão e lutam contra agentes que causam doenças. Com o envelhecimento, o estresse e a alimentação incorreta, esse exército é desfalcado e se reduz a 30 divisões, por assim dizer. Para recuperar as várias tropas de choque, no entanto, há quem aposte em uma solução: ingerir bactérias e leveduras benéficas do quefir.

Trata-se de um punhado de grãos formados por mais de 50 espécies de bichinhos pró-saúde. Eles são colocados no leite, no qual fermentam. Logo em seguida, são coados — e podem ser usados de novo porque, dizem, os micróbios se renovam sem perder suas propriedades. “Mas a bebida retém parte dos micro-organismos, que, ao serem ingeridos, repõem a flora intestinal e agem como laxantes naturais”, diz a farmacêutica Márcia Barreto Feijó, da Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro. Segundo alguns estudos, as mesmas bactérias produziriam uma espécie de açúcar capaz de estimular o sistema imunológico a fabricar substâncias para combater inflamações.

“Puro, o leite fermentado com quefir se assemelha ao iogurte natural quanto a sabor, aroma e consistência”, garante Raquel Teresinha Czamanski, pesquisadora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, em Bento Gonçalves, no interior do estado. E, à base dele, podem ser feitos queijos, vitaminas e sobremesas. Mas, segundo Márcia Feijó, não basta adicionar o quefir a qualquer leite para seus micróbios se proliferarem pra valer. De acordo com um trabalho conduzido por ela, o tipo desnatado é a melhor opção. “O número de bactérias láticas aumenta quando há um menor nível de gordura”, diz. Sem falar que essa alternativa é menos calórica, já que as variantes integrais e de soja possuem mais que o dobro de proteínas e lipídeos.

Os grãos de quefir foram descobertos na região do Cáucaso, localizada entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, nos limites entre a Europa e a Ásia, há 4 mil anos. Suas bactérias sempre se proliferam e os grãos encontrados hoje são descendentes diretos dos originários. Não se sabe ao certo as condições climáticas que propiciaram a união de tantos micro-organismos do bem e por isso é difícil reproduzi-los em laboratório. Fora esse obstáculo, há outro motivo para o quefir ainda não ter chegado às prateleiras dos supermercados. As bactérias transferidas para o leite fermentam continuamente, produzindo gases. Imagine esse processo em um recipiente fechado por meses a fio: a embalagem se destruiria com tamanha pressão.

No entanto, uma descoberta de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITP) cria esperanças de que, em breve, sua industrialização se torne realidade. “Isolamos oito microorganismos do quefir e conseguimos a estabilidade de pressão nos produtos finais”, afirma Djalma Marques, coordenador do Laboratório Nacional de Probióticos do ITP. Ou seja, haverá uma menor produção de gases.

Segundo o pesquisador, o isolamento de um número de bactérias reduzido não diminui tanto as propriedades do leite, mas garante que as embalagens não se rompam. Por enquanto, os produtos feitos no ITP só podem ser comprados no próprio laboratório. É também no ITP que os poderes do quefir para a pele vêm sendo avaliados. O mecanismo não está esclarecido, mas os pesquisadores perceberam que os micro-organismos potencializam o efeito de produtos naturais contra queimaduras e dermatites.

A maneira mais simples de conseguir os grãos, ainda hoje, é por doação. Foi assim que a catarinense Sueli Quadros, de 44 anos, conheceu o quefir. “Minha bisavó migrou da Alemanha para Santa Catarina quando eu tinha 10 anos e trouxe uma porção, que dividiu com os netos”, lembra a secretária, que hoje mora em Curitiba. Para quem não conhece doadores, é possível encontrá-los pela internet. O fundamental é buscar fontes confiáveis. O site http://tinyurl. com/quefir, por exemplo, reúne doadores de todas as regiões do país.

LEITE X ÁGUA

Leite
Os grãos povoados de bactérias e leveduras do quefir, ao fermentarem essa bebida, a tornam levemente ácida. Ela então pode, inclusive, ser consumida por quem tem intolerância à lactose. Isso porque, durante a fermentação, esse açúcar vai embora.

Água
Quando o quefir é fermentado na água com açúcar mascavo, o resultado é o que os especialistas chamam de tibico. A mudança de substrato favorece o surgimento de um novo grupo de micro-organismos. O produto final também traz benefícios ao sistema gastrointestinal, mas seu sabor é amargo, e o uso, restrito por causa do açúcar.

COMPARE

LEITE FERMENTADO: as espécies de lactobacilos se resumem a uma ou duas. É uma ótima opção para intolerantes à lactose

IOGURTES PROBIÓTICOS: conta com bactérias como as do quefir, mas em geral duas ou três espécies. Têm a vantagem de ser comercializados em larga escala

COALHADA CASEIRA: também possui micróbios do bem, mas em pequena quantidade. Chega a ser seis vezes mais digerível que o leite integral

LEITE QUEFIRADO: possui mais de 50 micro-organismos, sendo que pelo menos 20% deles podem ajudar na reposição da flora intestinal

Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0331/nutricao/quefir-basta-copo-dia-612719.shtml


No intestino humano, existem mais de 400 espécies diferentes de microorganismos que convivem em harmonia com o homem. Esta é uma relação ecológica classificada como simbiose ou mutualismo, pois ambos dependem um do outro para sua sobrevivência. Se não existissem estes microorganismos, com certeza nosso sistema digestivo seria um prato cheio para outros microorganismos patogênicos, favorecendo o surgimento de doenças no homem. E tais espécies benéficas dependem das condições químicas e físico-químicas do nosso intestino para poder sobreviver, como a baixa concentração de oxigênio, temperatura em torno de 36°C e umidade.

Portanto, os PROBIÓTICOS podem ser definidos como microorganismos vivos que, administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro (Food and Agriculture ONU, 2001; Sanders, 2003). A influência benéfica dos probióticos na microbiota intestinal humana inclui fatores como competição por nutrientes e sítios de ligações celulares e efeitos imunomodularores direta e indireta, resultando em um aumento da resistência contra patógenos. Quanto maior for a concentração de probióticos no intestino, maior será sua capacidade competitiva e, assim, maior a capacidade de defesa humana (Puupponen-Pimiä et al., 2002).

O íleo e o cólon parecem ser, respectivamente, o local de preferência para colonização intestinal dos lactobacilos e bifidobactérias (Charteris et al., 1998; Bielecka et al., 2002).

QUAIS SÃO AS FONTES DE OBTENÇÃO DOS PROBIÓTICOS?


Os probióticos podem ser obtidos pela alimentação, especialmente por produtos lácteos devidamente cultivados, como iogurtes, leites fermentados e alguns tipos de queijos. Além disso, para dietas pobres em probióticos, é possível também consumi-los como suplementos nutricionais, na forma de cápsulas ou envelopes, manipulados em farmácias ou industrializados.

QUAIS SÃO OS EFEITOS BENÉFICOS NO HOMEM?

Diversos estudos mostram benefícios dos probióticos no homem. O quadro abaixo mostra por quais mecanismos atuam nos respectivos sistemas:

Sistema
Função
Nutricional
Síntese de Vitaminas (B1, B2, B3, B5, B6, B7, B9, B12, Vitamina K)
Digestivo
Síntese de enzimas digestivas (lactase)
Regulação da peristalse, dos movimentos intestinais e da absorção de nutrientes
Detoxificação intestinal (reduzindo a absorção de materiais tóxicos e toxinas alimentares)
Atividade enzimática fitase-like (hidrólise do Inositol Hexafosfato, liberando PO4- e íons)
Cardiovascular
Metabolização dos sais biliares e aumento da demanda de colesterol sérico colesterol para produção de bile
Metabolismo
Produção e enzimas citocromo P450-like que estimulam a expressão gênica do citocromo no fígado
Degradação e inibição da re-síntese de hormônios
Conversão dos flavonóides às suas formas ativas
Sistema Imune
Produção de antibióticos e antifúngicos
Produção de ácidos graxos de cadeia curta
Estímulo da maturação normal das células do sistema imunológico
Efeitos imunomoduladores: modulação de citocinas, aumento da atividade fagocitária, efeitos específicos na resposta humoral, função dos linfócitos T e atividade das células natural-killers
Metabolização de medicamentos, hormônios, carcinógenos, metais tóxicos e xenobióticos
Efeitos antimutagênicos, antitumorais e antineoplásicos
Anticancerígena
Ligação a substâncias mutagênicas
Degradação de genotoxina e promotores de tumor
Reparação e prevenção da lesão do DNA
Aumento da atividade de enzimas e processo de proteção a células  contra carcinógenos
Aumento da apoptose de células em proliferação
Produção de componentes bioativos de membrana
Aumento da produção de muco, diminuição do tempo de trânsito intestinal

QUAIS SÃO AS INDICAÇÕES DOS PROBIÓTICOS?

Não existe um dado oficial sobre recomendação de probióticos, como acontece com minerais e vitaminas, porém a comunidade científica internacional entende que o papel dos probióticos no organismo humano, está seus efeitos fisiológicos, porém existem evidências mostrando que estes podem também ser utilizados com fins terapêuticos.

Existem fortes evidências científicas no tratamento da diarréia infantil; diarréia associada à antibioticoterapia, diarréia pós-radioterapia pélvica, síndromes de má-absorção de nutrientes, pacientes com intolerância à lactose e na síndrome do intestino irritável.

Estudos clínicos mostram haver efeitos na redução dos níveis de colesterol plasmático, da pressão arterial sistêmica, da atividade ulcerativa por Helicobacter pylori, além do controle da colite induzida por rotavírus e por Clostridium difficile, prevenção de infecções urogenitais, além de efeitos inibitórios sobre a mutagenicidade (Shah, Lankaputhra, 1997; Charteris et al., 1998; Jelen, Lutz, 1998; Klaenhammer, 2001; Kaur, Chopra, Saini, 2002; Tuohy et al., 2003).

QUAIS AS DOSAGENS DIÁRIAS RECOMENDADAS DOS PROBIÓTICOS?


Apesar de serem estudadas por várias décadas, não existe um consenso terapêutico sobre a posologia dos probióticos para uma determinada doença. Existem vários estudos clínicos comprovando sua eficácia e segurança em diversas faixas de concentração, combinando ou não as espécies. As doses de cada espécie varia numa concentração de 100 mi de UFC até 1 bi de UFC, por dose posológica, segundo estudos clínicos. Existem estudos com dosagem total de probióticos com 20 bi UFC, com bom perfil de segurança.

Segundo alguns autores, é prudente combinar as espécies disponíveis para obter melhores resultados, já que existem diferenças quanto ao local de ação de uma cepa e outra, havendo assim uma preferência entre o íleo ou o cólon, por exemplo. As referências citam que os probióticos podem ter a <!--[if !vml]--><!--[endif]-->tividades enzimáticas distintas, o que poderia ampliar a ação destes microorganismos no hospedeiro, trazendo assim melhores resultados.

Um exemplo disso, é a atividade enzimática dos Lactobacillus sp. na lactose, e as Bifidobactérias com atividade imunomoduladora, estimulando a produção das imunoglobulinas IgA e IgM (Saad, 2006).

É preferível consumir os probióticos logo após as refeições, pois estudos experimentais mostraram que pode haver degradação das cepas benéficas pela ação do suco gástrico. Ao tomar junto com as refeições, ocorre uma “dilução” do suco gástrico e com isso, redução da acidez, o que pode contribuir com a manutenção de suas concentrações.

EXISTEM REAÇÕES ADVERSAS, PRECAUÇÕES, CONTRA-INDICAÇÕES PREVISTAS COM O USO DE PROBIÓTICOS?

Estudos clínicos controlados com lactobacilos e bifidobactérias não revelaram efeitos maléficos causados por esses microrganismos. Efeitos benéficos causados por essas bactérias foram observados durante o tratamento de infecções intestinais, incluindo a estabilização da barreira da mucosa intestinal, prevenção da diarréia e melhora da diarréia infantil e da associada ao uso de antibióticos (Lee et al, 1999).

EXISTEM RISCOS DE INTERAÇÕES COM MEDICAMENTOS COM O USO DE PROBIÓTICOS?

Deve-se evitar o uso concomitante com antibióticos, pois pode haver redução da ação do medicamento. Porém, após uma antibioticoterapia, é racional fazer suplementação de probióticos para recolonizar a microbiota intestinal, já que estes medicamentos podem diminuir as concentrações intestinais de probióticos, antes mesmo de serem absorvidos pelo organismo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1.       SANDERS, M.E. Probiotics: considerations for human health. Nutr. Rev., New York, v.61, n.3, p.91-99, 2003.
2.     FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS, WORLD HEALTH ORGANIZATION. Evaluation of health and nutritional properties of probiotics in food including powder milk with live lactic acid bacteria. Córdoba, 2001. 34p. Disponível em: . Acesso em: 03 fev. 2005. [Report of a Joint FAO/WHO Expert Consultation].
3.     PUUPPONEN-PIMIÄ, R.; AURA, A.M.; OKSMANCALDENTEY, K.M.; MYLLÄRINEN, P.; SAARELA, M.; MATTILA-SANHOLM, T.; POUTANEN, K. Development of functional ingredients for gut health. Trends Food Sci. Technol., Amsterdam, v.13, p.3-11, 2002.
4.     CHARTERIS, W.P.; KELLY, P.M.; MORELLI, L.; COLLINS, J.K. Ingredient selection criteria for probiotic microorganisms in functional dairy foods. Int. J. Dairy Technol., Long Hanborough, v.51, n.4, p.123-136, 1998.
5.     BIELECKA, M.; BIEDRZYCKA, E.; MAJKOWSKA, A. Selection of probiotics and prebióticos for synbiotics and confirmation of their in vivo effectiveness. Food Res. Int., Amsterdam, v.35, n.2/3, p.125-131, 2002
6.     SHAH, N.P.; LANKAPUTHRA, W.E.V. Improving viability of Lactobacillus acidophilus and Bifidobacterium spp. in yogurt. Int. Dairy J., Amsterdam,
v.7, p.349-356, 1997.
7.     JELEN, P.; LUTZ, S. Functional milk and dairy products. In: MAZZA, G., ed. Functional foods: biochemical and processing aspects. Lancaster: Technomic Publishing, 1998. p.357-381.
8.     KLAENHAMMER, T.R. Probiotics and prebiotics. In: DOYLE, M.P.; BEUCHAT, L.R.; MONTVILLE, T.J. Food microbiology: fundamentals and frontiers. 2.ed. Washington: ASM, 2001. p.797-811.
9.     TUOHY, K.M.; PROBERT, H.M.; SMEJKAL, C.W.; GIBSON, G.R. Using probiotics and prebiotics to improve gut health. Drug Discovery Today,Haywards Heath, v.8, n.15, p.692-700, 2003.
10.      SAAD, S.M.I; Prebióticos e Probióticos: o estado da arte; Rev Bras Cienc Farmac 2006; 42(1): 1-16




















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