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sexta-feira, 19 de setembro de 2025

10 milhões de visitas


Hoje é um dia especial. O Blog chegou na marca dos 10 milhões de visitas. Então contarei um pouco da história do blog. 



Ele surgiu em Abril de 2010 e o primeiro texto foi uma entrevista sobre o Movimento Slow Food: https://www.ecologiamedica.net/2010/04/pressa-e-inimiga-da-refeicao-entrevista.html

Antes do blog, eu compartilhava informações sobre saúde no Twitter, porém, logo que voltei de Alto Paraíso final de 2008, comecei a estudar a fundo bioquímica nutricional, medicina ambiental, intoxicação por metais tóxicos, contaminação ambiental. 

Vi que era um temas pouco debatidos e quase ninguém abordava na internet. Não existia Instagram, só tínhamos o Orkut e lá não tinha como compartilhar postagens, igual no facebook. Então o que restava era o Twitter. Em 2010 recebi um convite para entrar no facebook e logo criei uma página lá. https://www.facebook.com/doutorfredericolobo/

No mesmo ano, alguns amigos sugeriram que eu criasse um blog sobre alimentação (tema que sempre gostei) e o Dr. Edison Saraiva Neves de Brasília me sugeriu o nome: Ecologia médica. Achei estranho o termo, na verdade nem entendi, mas criei. 


Na época, fazia uma pós-graduação e meus colegas enviavam através do yahoo groups, textos, artigos sobre vários temas, dele eles poluição ambiental e o impacto na saúde humana. Então, tudo que eu achava interessante, eu repostava. Os artigos discutidos na pós, fazia um resumo e disponibilizava aqui.. O que sugeriam no twitter eu anotava e depois escrevia. Compartilhava lá e com isso o blog foi aumentando o numero de visitas. 

Nessa mesma época comecei meu consultório de acupuntura (sim, desde 2009 eu fazia pós de Medicina Tradicional Chinesa , sou uma negação nessa área, minha vida útil na acupuntura não durou 3 anos) e comecei a postar aqui, o que os pacientes perguntavam no consultório. Porém, sempre com o foco em poluição ambiental, agroecologia, permacultura. Tudo que eu postava aqui, repostava no Twitter e na página do facebook:

Rapidamente já tínha mais de 5 mil seguidores na página do facebook (a rede social do momento na época) e com isso captava mais leitores para o Blog. Como fui um dos primeiros blogs do Brasil a abordar a temática, ele rapidamente subiu no ranqueamento do google, batendo uma média de 1000 a 1500 visitas. Posteriormente em 2012 entrei no instagram e lá fazia chamadas para os meus seguidores visitarem o blog. Sempre colocava na legenda: Mais informações e texto completo em www.ecologiamedica.net (na época não tinha como colocar link, só depois que alcancei os 10 mil seguidores).


Hoje o blog alcançou a marca de 10 milhões de visitas. Recebeu até às 13:30 1.981 visitantes, ontem 1.860, esse mês 103.813. Tem 169 seguidores fiéis, 2.092 postagens e 707 comentários. 

Porém, mais do que números que se revertem em pacientes no consultório, o blog possibilitou que eu conhecesse pessoas de todo o mundo. Pessoas que viraram amigos. Além disso, fortaleceu em mim o gosto pela leitura (afinal tenho que ler para escrever aqui). 

O blog me reforçou que a escrita pode ser terapêutica, estou com 42 anos mas meu primeiro blog foi aos 15 anos em 1998 e em um momento turbulento da minha adolescência ele foi terapêutico. Dos 15 aos 20 escrevi um blog, depois fui para o Fotolog rs. 

Hoje vejo graças ao blog, que o cuidado médico vai além do consultório, ou seja, educação em saúde também é cuidado. Também transforma e salva vidas. Com o blog, consigo ajudar de forma indireta quem não tem condições para pagar uma consulta. Consigo sanar dúvidas. 

O Blog reforça em mim a necessidade de sempre estar atualizado na medicina, estudando, questionando e compartilhando informações. Ele me ajuda a evitar que pessoas sejam vítimas de fake news em saúde e profissionais inescrupulosos. 

Graças a ele apadrinhei diversos médicos, direcionei inúmeros para um caminho mais humano e ético na Medicina. Sigo então cumprindo minha missão. 

Espero continuar escrevendo mais sobre Medicina ambiental, tentarei voltar para o foco original e os assuntos Nutrológicos postarei no novo blog que estou fazendo: www.nutrologogoiania.com (o .com.br continuará existindo, mas como site estático).

Continuem me acompanhando porque não consigo ficar parado. Ou seja, eu gosto de pesquisar, questionar, escrever e eu preciso de você, pra me ler rs.

Autor: Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM-GO 13192 - RQE 11915
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sábado, 30 de agosto de 2025

A angústia ambiental está associada a problemas de saúde mental?

Crise ecológica e saúde mental: a ligação entre solastalgia e ansiedade ambiental

À medida que as crises ecológicas se intensificam no mundo, cresce também a preocupação com seus efeitos sobre a saúde mental. Pesquisadores de diversas áreas apontam que fenômenos como desmatamento, aquecimento global, poluição e perda da biodiversidade podem desencadear sentimentos de angústia e desespero coletivo.

Esse tipo de sofrimento psicológico ganhou um nome: solastalgia, termo que descreve a dor emocional causada pela percepção de degradação ambiental em lugares que antes traziam conforto e pertencimento. Ou seja, trata-se de uma nostalgia vivida no presente, ligada à perda do ambiente natural.

A crise climática não é apenas um problema físico, com secas, incêndios e inundações. Ela carrega um peso simbólico e psicológico profundo, capaz de gerar sintomas semelhantes aos de transtornos de ansiedade e depressão. Esse impacto ainda é pouco debatido em linguagem acessível ao público geral.

Estudos recentes mostram que a saúde mental da população é diretamente afetada por eventos climáticos extremos. Pessoas expostas a incêndios florestais, enchentes ou à seca prolongada apresentam níveis mais altos de estresse pós-traumático, depressão e até risco aumentado de suicídio.

Além dos impactos agudos, há também os estressores crônicos da crise ecológica. Insegurança alimentar, perda econômica, deslocamento forçado e ameaças à sobrevivência coletiva geram uma ansiedade contínua que se reflete em sintomas psicológicos. Nesse cenário, a solastalgia surge como uma categoria útil para compreender como a degradação ambiental afeta a psique humana. O termo foi criado pelo filósofo australiano Glenn Albrecht e une as palavras “solace” (consolo) e “nostalgia”. Ele descreve o sentimento de perda em relação ao lar e ao ambiente natural.

A solastalgia é frequentemente relatada por comunidades que vivem perto de minas a céu aberto, áreas de desmatamento ou regiões castigadas por eventos climáticos extremos. Nesses locais, o vínculo emocional com o território se rompe, trazendo sensação de desamparo. Do ponto de vista científico, escalas específicas foram desenvolvidas para medir esse fenômeno, como a Escala de Angústia Ambiental (EAA) e a Escala Breve de Solastalgia (EBS). Essas ferramentas permitem identificar o grau de sofrimento ambiental e sua correlação com transtornos mentais.

Uma revisão publicada em 2024 analisou estudos de países como Austrália, Alemanha, Peru e Estados Unidos. Os resultados mostraram uma associação estatisticamente significativa entre solastalgia e depressão, com coeficientes de correlação variando de 0,27 a 0,53.




Da mesma forma, a relação entre solastalgia e ansiedade também foi relevante. Pessoas vivendo em áreas de exploração mineral ou sob ameaça ambiental relataram níveis mais altos de medo, insegurança e sintomas ansiosos. Dois estudos destacaram ainda a ligação entre solastalgia e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), especialmente em populações afetadas por incêndios e secas prolongadas. Isso mostra como os impactos da crise climática podem ultrapassar a esfera física e atingir a saúde mental de forma severa.

A importância desses achados é enorme, já que coloca a saúde mental no centro da discussão sobre mudanças climáticas e saúde planetária. O sofrimento ambiental precisa ser reconhecido como parte da carga de doenças do nosso tempo. Além do impacto individual, a solastalgia tem um efeito coletivo. Comunidades inteiras podem desenvolver sentimentos de perda cultural, crise de identidade e desesperança em relação ao futuro, o que compromete o bem-estar social.

Outro ponto relevante é que a crise ecológica não afeta todos da mesma forma. Populações mais vulneráveis, como povos indígenas, comunidades ribeirinhas e moradores de áreas pobres, sentem de maneira mais intensa os impactos psicológicos da destruição ambiental. A insegurança alimentar, resultado direto da crise climática, aumenta o estresse diário e contribui para o agravamento de sintomas de depressão e ansiedade. Isso cria um ciclo onde a degradação ambiental e o sofrimento psicológico se reforçam mutuamente.

Os pesquisadores destacam que falar sobre ecoansiedade e solastalgia ajuda a legitimar os sentimentos da população. Muitas pessoas se sentem sozinhas ao vivenciar essa dor, mas compreender que se trata de uma resposta comum pode ser terapêutico. Estratégias de enfrentamento também são apontadas. Criar redes de apoio, fortalecer o senso comunitário e engajar-se em ações ambientais podem reduzir os impactos negativos da solastalgia sobre a saúde mental.

Além disso, políticas públicas precisam integrar saúde mental e meio ambiente. Profissionais da saúde devem ser preparados para reconhecer sintomas de ecoansiedade e solastalgia, oferecendo suporte psicológico adequado. A terapia cognitivo-comportamental e abordagens de psicologia comunitária têm mostrado bons resultados para pessoas que enfrentam sofrimento ambiental. O fortalecimento da resiliência individual e coletiva é fundamental.

Vale destacar também o papel da educação ambiental. Quando as pessoas compreendem as causas das mudanças climáticas e se sentem parte da solução, o senso de impotência diminui, ajudando a lidar melhor com a crise.

Outro aspecto importante é a prática de conexão com a natureza. Passar tempo em áreas verdes, cultivar plantas e valorizar o contato com o ambiente pode reduzir o estresse e melhorar a saúde mental em tempos de crise ecológica. A espiritualidade também aparece em muitos estudos como recurso de enfrentamento. A percepção de pertencimento a algo maior pode trazer conforto diante das incertezas ambientais. No campo científico, ainda há lacunas. Os autores da revisão ressaltam que a literatura é pequena e heterogênea. São necessários mais estudos para entender a fundo os mecanismos que ligam crise ecológica e saúde mental.

Apesar dessas limitações, já é possível afirmar que a solastalgia é um mediador central entre degradação ambiental e sofrimento psicológico. Reconhecer isso é o primeiro passo para agir em políticas de saúde. A crise ecológica representa não apenas um desafio físico, mas também um fenômeno emocional coletivo. Ignorar seus impactos na saúde mental significa negligenciar uma parte importante do problema.

Com o avanço das mudanças climáticas, espera-se que a prevalência de ecoansiedade e solastalgia aumente. Por isso, falar sobre o tema hoje é preparar o terreno para estratégias de prevenção e cuidado no futuro.

A mensagem final é clara: cuidar do planeta é também cuidar da nossa saúde mental. Ao proteger os ecossistemas, protegemos não apenas a biodiversidade, mas também o equilíbrio psicológico das gerações atuais e futuras. Esse conhecimento é especialmente relevante para profissionais de saúde, educadores e gestores públicos. Todos têm um papel a desempenhar na integração da saúde mental às políticas ambientais.

É importante que o público leigo saiba que sentir ansiedade ou tristeza diante da crise climática não é exagero. Trata-se de uma resposta legítima e reconhecida cientificamente, chamada solastalgia. Assim, trazer esse tema ao debate ajuda a transformar dor em ação. Engajar-se em projetos de reflorestamento, consumo consciente e mobilização comunitária são formas práticas de reduzir a sensação de impotência. Por fim, a crise ecológica nos lembra de algo essencial: a saúde mental e a saúde do planeta estão interligadas. Cuidar de uma sem cuidar da outra é impossível. A busca por equilíbrio deve ser coletiva, integrando ciência, política e consciência individual.


Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM-GO 13192 - RQE11915
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sábado, 6 de junho de 2020

5 de Junho - Dia Mundial do Meio Ambiente - O que você fazer para minimizar impactos ambientais ?


Ontem, 5 de Junho foi comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente e na minha concepção, é impossível ter saúde se não se respeita o meio ambiente.

Somos seres integrados a um ecossistema e qualquer disrupção nessa simbiose pode levar a algum tipo de transtorno, como por exemplo:
  • Cronodisrupção.
  • Poluição do ar, solo, águas.
  • Poluição luminosa (excesso de luminosidade no período noturno).
  • Poluição sonora.
  • Ambientes não-biofilicos (pouco verde)
  • Pouco contato com a natureza.
  • Baixo conforto térmico.
Há 14 anos estudo a inter-relação entre saúde e meio ambiente (essa foi a razão de montar esse blog). Cada dia me convenço mais da força dessa simbiose e que não existe poluição, o que existe é envenenamento. Essa poluição a qual estamos sendo submetidos deveria ser considerada um problema de saúde pública mundial. Entretanto, é negligenciada até mesmo por nos médicos, afinal há poucos estudos sobre disrupção endócrina, carcinogênese oriunda de agrotóxicos e metais tóxicos...doenças neurodegenerativas e sua correlação com poluentes orgânicos persistentes (POPs) e metais tóxicos. Uma das poucas sociedades médicas que estudam esses efeitos é a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), com a campanha sobre Disruptores endócrinos. Além disso lançou um Guia dos Disruptores endócrinos. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) também tem um posicionamento acerca dos agrotóxicos e provável carcinogênese.


E o que podemos fazer para tentar minimizar esse impacto na nossa saúde?
  • Jogue lixo no lixo
  • Separe os lixos e recicle.
  • Ajude a educar e conscientizar próximas gerações.
  • Defenda o meio ambiente (todos os biomas em especial o cerrado, o berço das nossas águas).
  • Dê preferência por uma alimentação mais "limpa".
  • Compre de produtores locais e de preferência orgânicos.
  • Durma bem, afinal sono = qualidade de vida.
  • Não tenha muito tecido adiposo, a cascata que ele gera vai muito além de bioquímica.
  • Pratique atividade física pois ela é adjuvante no nosso processo de destoxificação.
  • Exponha-se ao sol.
  • Tenha contato com a natureza.
  • E lembre-se que tudo está integrado.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Para corrigir a mudança climática, conserte a obesidade e as epidemias de fome, dizem os relatórios



O mundo precisa encontrar soluções para combater três pandemias inter-relacionadas - obesidade, fome e mudança climática - e precisa fazê-lo rapidamente antes que o planeta esteja "queimado", segundo um relatório divulgado no domingo.

A Comissão Lancet, um grupo de 43 especialistas de 14 países com uma ampla gama de conhecimentos recrutados pela revista, abordou o tema com relatórios de alto perfil em 2011 e 2015 , mas "pouco progresso foi feito" além de reconhecer a epidemia, os autores do mais novo relatório argumentam; na verdade, o problema está piorando.

Em todo o mundo, nem um país reverteu sua epidemia de obesidade e, muitas vezes, empresas poderosas impulsionadas pelo lucro influenciam políticas que "estão em desacordo com o bem público e com a saúde planetária", diz o relatório. 

É um problema que se tornou o que os autores chamam de syndemic global.

Uma sindêmica é "uma sinergia de pandemias que co-ocorrem", interagem e compartilham causas comuns. 

Essas três pandemias representam o "desafio supremo para os humanos, o meio ambiente e nosso planeta".

Juntos, obesidade e desnutrição são a maior causa de morte prematura. 

Globalmente, mais de 2 bilhões de adultos e crianças estão com sobrepeso ou obesos e têm problemas de saúde por causa disso, segundo pesquisas. 

As pessoas não praticam ou não podem se exercitar, e esse é o quarto principal fator de risco de morte.

Simultaneamente, existe o problema oposto. 

Em 2017, a fome mundial aumentou pelo terceiro ano consecutivo, segundo pesquisa da ONU.

Dois bilhões lutam com deficiências de micronutrientes e 815 milhões são cronicamente subnutridos, diz o relatório.

À medida que as temperaturas globais sobem mais rapidamente do que o previsto, a mudança climática pode levar a muito mais mortes do que os 250.000 por ano previstos pela Organização Mundial da Saúde há apenas cinco anos. 

Por causa da escassez de alimentos sozinha, o mundo poderia ver um aumento líquido de 529.000 mortes de adultos até 2050, segundo a pesquisa.

Os novos relatórios sugerem que há uma solução: os governos, empresas e ativistas devem lidar com essas questões de obesidade e desnutrição enquanto enfrentam as mudanças climáticas. 

Cada problema está relacionado, e cada um deles, em grande parte, acontece por causa de "incentivos econômicos equivocados", "poderosos interesses investidos", "inércia política" e demanda "insuficiente" por mudança do público.

Soluções que ajudam um pode ajudar o outro. 

Por exemplo, se os governos investirem mais em transporte público, isso tornará mais conveniente e acessível para as pessoas conseguirem empregos que ponham comida na mesa. 

Aqueles que dirigem menos e tomam o transporte público com mais frequência fazem mais exercícios e, segundo estudos , tendem a não ser obesos. 

Se menos pessoas dirigissem carros, também haveria menos gases de efeito estufa para contribuir com as mudanças climáticas.

As outras recomendações do relatório incluem a redução dos subsídios do governo para carne bovina, laticínios, açúcar, milho, arroz e trigo e redirecionar esse dinheiro para a agricultura sustentável para alimentos mais saudáveis. 

O fortalecimento das leis que aumentam a transparência permitiria que as pessoas vissem quanto dinheiro os políticos obtêm dos grandes conglomerados de alimentos para perpetuar políticas insalubres. 

Outra sugestão: fornecer rótulos nutricionais claros sobre os produtos e adicionar rótulos para explicar como um alimento é sustentável, incluindo a quantidade de água e carbono necessários para produzi-lo. 

Além disso, os autores recomendam investir US $ 70 bilhões em 10 anos em um "Fundo de Alimentos" global para reduzir a desnutrição.

Os autores também dizem que os filantropos devem investir US $ 1 bilhão adicionais para impulsionar a defesa social para demandar soluções para essas organizações sindicais.

Essas sindemicas "precisam ser enfrentadas, e não foram abordadas, e essa é uma preocupação central", disse o coautor do relatório, Tim Lobstein, diretor de políticas da Federação Mundial de Obesidade.

Os autores dizem que as empresas podem ajudar a liderar o caminho, investindo mais em energia sustentável. 

Esse investimento reduz a poluição que causa a mudança climática e torna o ar mais fácil de respirar, o que significa que as pessoas podem se exercitar mais do lado de fora.

"O Relatório da Comissão Lancet pode conter apenas os ingredientes certos necessários para um mundo com desafios nutricionais", disse Katie Dain, CEO da parceria global da Aliança para Doenças Não Transmissíveis , que não esteve envolvida no relatório. 

"Por muito tempo, temos sonhado acordado o nosso caminho para um futuro doente, totalmente evitável. A mensagem interligada do relatório sobre nutrição e mudança climática é clara: um sistema alimentar que garanta uma dieta melhor para isso e para as próximas gerações salvar milhões de vidas e, ao mesmo tempo, também ajudar a salvar o planeta ".

Os autores esperam que o novo relatório inicie uma conversa que crie alianças para pressionar por melhores políticas e encorajar as empresas a criar produtos acessíveis que melhorem, ao invés de tirar, a saúde das pessoas.

O que temos agora é "insustentável, e devemos agir", disse o co-autor William H. Dietz , diretor do Centro Global de Prevenção e Bem-Estar de Sumner M. Redstone e professor da Universidade George Washington. Caso contrário, o planeta poderia estar "queimando" dentro de 50 anos.

Corinna Hawkes , professora da City University London, que trabalhou no relatório, observa: "Sem dúvida, é altamente ambicioso, dado o mundo de hoje".

Mas Dietz acrescentou que soluções urgentes são necessárias. "Estamos correndo contra o tempo."

“Compartilhar é se importar”
Instagram:@dr.albertodiasfilho

Fonte: https://edition.cnn.com/2019/01/27/health/obesity-climate-change-undernutrition/index.html