quinta-feira, 12 de julho de 2012

Anvisa proíbe o uso de "suplemento alimentar" - OxyElite Pro, Jack3D e Lipo-6 Black


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu ontem a comercialização, o uso e a divulgação do suplemento alimentar OxyElite Pro. Além disso, o turista que viajar para o exterior e retornar com o produto ou outros suplementos alimentares a base da substância dimethylamylamine (DMAA) - que não é regulamentada no Brasil -, como o Jack3D e o Lipo-6 Black, terá a mercadoria apreendida no aeroporto. No último dia 3, após receber informações sobre os efeitos adversos desse ingrediente, geralmente usado como estimulante para perda de peso e ganho de massa muscular, a Anvisa incluiu a DMMA na lista de substâncias banidas no país. A partir de agora, os médicos são impedidos de prescrevê-la. Ela passa a ser tratada como uma droga, o que impede que seja importada, mesmo para o consumo próprio como era permitido antes da nova regra.

A Anvisa também emitiu um alerta ao público em relação a esses suplementos a fim de evitar danos à saúde. De acordo com a agência, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que vários países identificaram problemas associados ao uso da DMAA. Além de causar dependência, a substância pode provocar insuficiência renal, falência do fígado e alterações cardíacas, podendo levar a morte. Segundo o diretor de Controle e Monitoramento Sanitário da Anvisa, José Agenor Álvares, o DMAA tem sido adicionado indiscriminadamente aos suplementos alimentares, apesar de não existir estudos conclusivos sobre o uso de uma dosagem segura.

No alerta, a agência diz que algumas das substâncias usadas nos suplementos não podem ser consumidas sem acompanhamento médico e destaca que, na maioria das vezes, eles não passaram por uma avaliação de segurança. "Esses suplementos contêm substâncias proibidas para uso em alimentos como: estimulantes, hormônios ou outras consideradas como doping pela Agência Mundial Antidoping", explica José Agenor. Ele frisa que o forte apelo publicitário e a expectativa de resultados mais rápidos contribuem para uso indiscriminado dessas substâncias por pessoas que desconhecem o verdadeiro risco envolvido. Ainda de acordo com a Anvisa, a maioria desses produtos não estão regularizados e são comercializados irregularmente.

A recomendação para quem quer usar suplementos alimentares é procurar um médico ou nutricionista para identificar se ele é seguro e está regulamentado pela Anvisa e desconfiar de produtos milagrosos. Quem já adquiriu produtos que contêm DMAA na composição deve buscar orientação na autoridade sanitária local. Para os que continuam livres para importação, Agenor aconselha aos consumidores que chequem se esses suplementos foram avaliados pelas autoridades sanitárias do país de origem e se não foram submetidos ao processo de recolhimento.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Coca-cola brasileira tem substância cancerígena




A Coca-Cola vendida em vários países, inclusive no Brasil, continua apresentando níveis elevados de uma substância química associada a casos de câncer em animais, e que já foi praticamente eliminada na versão do refrigerante comercializada na Califórnia, disse na terça-feira o Centro para a Ciência no Interesse Público, com sede nos EUA.

A entidade disse que amostras da Coca-Cola recolhidas em nove países mostraram "quantidades alarmantes" da substância 4-metilimidazole, ou 4-MI, que entra na composição do corante caramelo. Níveis elevados dessa substância foram relacionados ao câncer em animais.

Em março, a Coca-Cola e sua rival PepsiCo anunciaram ter pedido aos fornecedores do corante para que alterassem seu processo industrial, de modo a atender a uma regra aprovada em plebiscito na Califórnia para limitar a exposição de consumidores a substâncias tóxicas.

A Coca-Cola disse na ocasião que iniciaria a mudança pela Califórnia, mas que com o tempo ampliaria o uso do corante caramelo com teor reduzido de 4-MI. A empresa não citou prazos para isso.

Na terça-feira, a Coca-Cola repetiu que o corante usado em todos os seus produtos é seguro, e que só solicitou a alteração aos fornecedores para se adequar às regras de rotulagem da Califórnia.

Segundo o CCIP, amostras da Califórnia examinadas recentemente mostravam apenas 4 microgramas de 4-MI por lata da bebida. A Califórnia agora exige um alerta no rótulo de um alimento ou bebida se houver a chance de o consumidor ingerir mais de 30 microgramas por dia.

Nas amostras brasileiras, havia 267 microgramas de 4-MI por lata. Foram registrados 177 microgramas na Coca-Cola do Quênia, e 145 microgramas em amostras adquiridas em Washington.

"Agora que sabemos que é possível eliminar quase totalmente essa substância carcinogênica das colas, não há desculpa para que a Coca-Cola e outras empresas não façam isso no mundo todo, e não só na Califórnia", disse em nota Michael Jacobson, diretor-executivo do CCIP.

A FDA (agência de fiscalização de alimentos e remédios dos EUA) está avaliando uma solicitação do CCIP para proibir o processo que cria níveis elevados de 4-MI, mas disse que não há razão para crer em riscos imediatos aos consumidores.

Neste ano, um porta-voz da FDA disse que uma pessoa teria de consumir "bem mais de mil latas de refrigerante por dia para atingir as doses administradas nos estudos que demonstraram ligações com o câncer em roedores".

A Coca-Cola disse na terça-feira que continua desenvolvendo a logística para adotar o novo corante caramelo.

"Pretendemos ampliar o uso do caramelo modificado globalmente, para nos permitir agilizar e simplificar nossa cadeia de fornecimento e os sistemas de fabricação e distribuição", disse a empresa em nota.

Uma porta-voz não quis comentar os custos dessa mudança.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,coca-cola-no-brasil-tem-substancia-suspeita-de-causar-cancer,891964,0.htm

Pré-diabetes também deve ser tratado




O risco de desenvolver Diabetes Mellitus do tipo 2 (DM 2) cai pela metade para indivíduos tratados ainda na fase pré-diabética, em que estão mais propensos a desenvolver a doença.

Essa é a conclusão de um estudo divulgado pela revista científica The Lancet e apresentado no 72º Encontro Científico da Associação Americana de Diabete, nos EUA, que terminou ontem.

“Esse resultado reforça uma mudança no padrão de atendimento para o tratamento precoce e agressivo de redução de glicose em pacientes com risco de diabete”, diz uma das autoras do estudo, a médica Leigh Perreault, da Universidade do Colorado, nos EUA. Os especialistas brasileiros concordam: o pré-diabete deveria ser tratado com mais rigor.

Um indivíduo é considerado pré-diabético no Brasil quando sua taxa de glicose no sangue está ligeiramente alta, entre 100 e 125 mg/dl, mas ainda não se encontra tão elevada quanto no caso dos diabéticos. A taxa ideal é de até 90 mg/dl. Quase 12% da população do País se enquadra na categoria dos pré-diabéticos, o dobro do porcentual daqueles que já apresentam a doença, segundo a Sociedade Brasileira de Diabete (SBD).

“A alta incidência nacional do pré-diabete reforça a necessidade de controle da glicemia”, afirma o endocrinologista Balduino Tschiedel, presidente da SBD. Ele lembra que todo paciente com diabete do tipo 2 passou pelo quadro de pré- diabete.

Na pesquisa norte-americana, os 1.990 pré-diabéticos analisados foram divididos em três grupos: o primeiro recebeu remédios, o segundo ingeriu placebo e o terceiro alterou hábitos alimentares e passou a se exercitar – foi a equipe 3, que promoveu mudanças comportamentais, a que obteve os melhores resultados no controle da glicemia. Esses participantes tiveram uma redução de 56% na taxa de açúcar no sangue, e com isso, diminuíram o risco de desenvolver diabete nos sete anos seguintes.

O problema, dizem os médicos, é que o pré-diabete é um estágio difícil de identificar. Por não ser uma doença, é assintomático, lembra a endocrinologista Claudia Cozer, coordenadora do Núcleo Avançado de Obesidade e Transtorno de Imagem do Hospital Sírio- Libanês.

Histórico familiar, excesso de peso, sedentarismo e pressão alta são alguns indícios de que o organismo pode estar com dificuldades “para quebrar as moléculas de glicose”, lembra Tschiedel. “O perigo é que o pré- diabete já é um fator de risco para doenças cardiovasculares.”

Controle nutricional e 30 minutos diários de exercícios ajudam a controlar o nível de açúcar no sangue. “Como o pré- diabete é um ‘alerta’ do organismo, a pessoa deve alterar o estilo de vida. É simples e eficaz”, lembra Tschiedel.

Os níveis de glicose considerados saudáveis têm diminuído. Presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Rio de Janeiro, a médica a Vivian Ellinger lembra que, “há pouco mais de dez anos”, uma taxa de glicose de 140mg/ dl ainda era aceitável.

“A taxa diminuiu para ser preventiva. Os pacientes eram diagnosticados já com problemas crônicos ou irreversíveis. A intenção é diagnosticá-los antes disso”, diz.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Atividade Física para Gestantes


Durante a gravidez, o organismo feminino passa por profundas alterações anatômicas, fisiológicas e bioquímicas em quase todos os órgãos e sistemas e a atividade física contribui para amenizar os desconfortos causados por essas alterações, além de melhorar o estado geral de saúde.

Segue abaixo algumas das principais alterações anatômicas e metabólicas que podem ser amenizadas com exercícios físicos durante e após a gestação:

1- Distenção abdominal, provocando aumento da curvatura lombar, dores nas costas e distenção da pele;
2- Sobrecarga nos quadris, joelhos e tornozelos devido ao aumento de peso e alargamento do quadril;
3- Deslocamento do centro de gravidade, causando desequilíbrios e risco de quedas devido ao peso da barriga;
4- Aumento da pressão arterial, acarretando má circulação e retenção de líquidos, resultando no inchaço de pernas e pés;
5- Diminuição da resistência e condicionamento físico tornando a gestante mais ofegante;
6- Presença ou não de Diabetes gestacional (aumento excessivo da glicose sanguínea).

Vantagens adquiridas pelas gestantes que se exercitam regularmente:

1-  Melhora da circulação sanguínea;
2- Melhora do funcionamento intestinal;
3- Melhora da resistência músculo-articular para suportar o aumento de peso;
4- Melhora da mobilidade para realizar as tarefas do cotidiano;
5- Melhora do equilíbrio e da postura, amenizando as dores nas costas;
6- Evita o sobrepeso no bebê e na gestante além do recomendado (12kg no total da gestação) e;
7- Melhora da auto-estima e bem estar geral;
8- Facilitação da passagem do bebê no caso de parto normal.

Assim, a gestante poderá ter uma melhor qualidade de vida durante e após este período.

Obs.: Os exercícios deverão ser iniciados a partir do 3o mês para minimizar os riscos de má formação fetal gerada por esforços excessivos, já que no 1o trimestre, ocorre a formação do sistema nervoso. Além disso, as gestantes só poderão se exercitar na ausência de restrições, tais como: ser sedentária antes da gravidez, ter sangramentos, placenta baixa, dentre outras razões médicas.

RECOMENDAÇÕES DE EXERCÍCIOS DURANTE A GESTAÇÃO (APÓS O 3o MÊS):

Os mais indicados são os com menos impacto como a hidroginástica, caminhada moderada, musculação com pouca sobrecarga e ginástica localizada. A duração deverá ser de 30 a 60 minutos, 3 a 5x por semana, de acordo com o bem-estar da gestante.

A musculação e as aulas coletivas devem obedecer algumas restrições a seguir:

1- A gestante só poderá iniciar ou reiniciar a prática com o aval e atestado médico;
2- Priorizar a segurança e o conforto da gestante;
3- Não priorizar a melhora significativa do condicionamento físico, pois neste período, a gestante encontra-se mais ofegante e cansada;
4- Os exercícios não poderão gerar desequilíbrio ou falta de estabilidade;
5- Utilizar sobrecarga moderada;
6- Para membros inferiores (glúteos, coxas e panturrilhas), não utilizar aparelhos ou exercícios que comprimam o abdômen, tais como: agachamentos, leg press, exercícios em decúbito ventral (barriga para baixo) como a mesa flexora por exemplo;
7- Os mais indicados para membros inferiores são: cadeira extensora, glúteos em decúbito lateral (de lado) e em decúbito dorsal (barriga para cima) como a elevação de quadril, flexão de joelho em pé com caneleira e apoio das mãos, para trabalhar os posteriores de coxa e panturrilha em pé utilizando step ou um degrau;
8- Para membros superiores, priorizar os exercícios de pé com halteres, afim de não haver limitação de espaço para barriga como pode haver nos aparelhos;
9- Os abdominais, ao contrário do que muitos pensam, devem ser trabalhados para amenizar a distenção abdominal, tanto dos músculos como da pele. Eles deverão ser realizados a favor da gravidade, ou seja, num plano inclinado com a cabeça e tronco mais elevados que o quadril e realizar somente a flexão parcial do tronco;
10- Para evitar dores nas costas, o fortalecimento e alongamento da região lombar são fundamentais.

Autora: Profa. Esp. Paula Fortes - CREF: 014132/G-RJ - http://paulinhapersonal.blog.terra.com.br/ 

Fonte: http://ligadasaude.blogspot.com.br/2012/05/atividade-fisica-para-gestantes.html

Pilates não é só “modinha”, é saúde!


O “booom” do Pilates começou quando Madona, com sua incrível flexibilidade corporal disse que, além  do ioga, praticava o Pilates. Em seguida mais famosas como Deborah Secco, Luiza Brunet, Gisele Bündchen, Camila Pitanga, Julia Roberts e outras aderiram ao método tão comentado.

O famoso exercício foi criado por Joseph Hubertus Pilates, um alemão, nascido em 1880, que em sua infância sofreu com asma, raquitismo e febre reumática. Devido a todos estes problemas de saúde Joseph estudou diferentes formas de movimento para que pudesse fortalecer seu corpo e aumentar sua resistência às doenças. Após muito estudo desenvolveu o Pilates, se tornou enfermeiro e durante a 1ª Guerra Mundial pôs em pratica todo seu conhecimento e obteve grande sucesso na recuperação dos enfermos.

O método utiliza os exercícios físicos associados a princípios básicos de concentração, respiração, alinhamento, controle de centro, eficiência e fluência de movimento, o que torna sua prática mais eficiente e proporciona melhores benefícios à saúde. O Pilates vem sendo utilizado tanto para estética corporal quanto para tratamento de doenças e tem como objetivo desenvolver o controle consciente de todos os movimentos musculares do corpo o que aumenta qualidade de vida do praticante.

Entre seus benefícios estão: Melhora do alongamento corporal, aumento da flexibilidade, fortalecimento muscular, correção postural, melhora da coordenação motora e consciência corporal, melhora do equilíbrio, aumento da capacidade cardiopulmonar, melhora da circulação sanguínea, alivio das dores, diminuição do estresse, tensão e ansiedade, relaxamento e bem estar.

É indicado para: Condicionamento físico, alterações posturais (escoliose, lordose e cifose), encurtamento muscular, dores da coluna vertebral , hérnia de disco, osteoporose, artrose, lesões ortopédicas (joelho, tornozelo, ombro e quadril), prevenção e tratamento de dores agudas e crônicas, pré e pós-parto, pré e pós-operatório, doenças pulmonares . Pessoas de  todas as idades estão aptas à pratica do pilates.

Portanto não perca tempo e vá em busca dos benefícios do Pilates. Você vai descobrir que não se trata apenas de “modinha” e sim de um exercício completo para seu corpo e principalmente para sua saúde!!!!!

Fonte: http://ligadasaude.blogspot.com.br/2012/05/pilates-nao-e-so-modinha-e-saude.html

Qual o tipo de exercício mais indicado para a perda de gordura?


É muito importante ficar claro que a perda de gordura não significa necessariamente perder peso, mas sim diminuir o % de gordura. Dependendo do objetivo, o peso corporal poderá se manter, diminuir ou aumentar, e isso dependerá do ganho de massa muscular obtido ao longo dos treinos.

Os exercícios que mais favorecem a perda de gordura são os de alta intensidade, como os intervalados, que podem ser feitos ao ar livre ou nas academias, como por exemplo: spinning, boxe, circuitos com pesos, aeróbios intervalados no transport ou bicicleta,  circuitos na areia (beach training), corridas curtas e de alta intensidade (no piso duro ou areia), dentre outros... A duração poderá ser de 20 a 60 minutos, conforme o grau de condicionamento físico. Estes exercícios, apesar de terem o carboidrato como principal fonte de energia, emagrecem mais do que aqueles de baixa intensidade e longa duração, pois além de terem um maior gasto calórico (devido ao maior esforço), há uma queima de gordura pós-exercício para o organismo se recompor dos esforços intensos, pois para a frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial e temperatura corporal voltarem ao estado de repouso, é necessário energia para este processo, e a gordura é o combustível durante este período que pode durar até 3 horas após o exercício. Já aquelas atividades físicas de moderada a média intensidade possuem a gordura como principal fonte de energia, mas num ritmo bem lento de queima e um gasto calórico menor, e por consequência o período pós-exercício também será menor e gastará menos calorias e gordura. Sendo assim, a duração deste tipo de exercício deverá ser superior a 40 minutos, podendo alcançar a 1h e meia de duração, conforme o grau de condicionamento físico do indivíduo.

Entenda como ocorre a queima de gordura

Desde o primeiro minuto de exercício, utilizamos todas as fontes de energia disponibilizadas pelo organismo, predominando cada uma delas conforme o tipo e duração de exercício, sem isentar a participação das outras, conforme a explicação abaixo.

O ATP-CP (adenosina tri-fosfato – fosfo-creatina): é a 1a fonte de energia e se esgota rapidamente (após 15-30 segundos de duração). É utilizada em exercícios de explosão como boxe, provas curtas de atletismo, musculação em treinos de potência e hipertrofia muscular, e se esgota RAPIDAMENTE. Sua recuperação em 100% é em torno de 2 minutos de descanso, dependendo do grau de esforço. A creatina que forma este composto é encontrada nos músculos e cérebro, e, na alimentação, é encontrada nas carnes.

O CARBOIDRATO (hidratos de carbono): é a 2ª fonte de energia a predominar (sem isentar a gordura, porém esta utilização não é significativa) por ser mais facilmente liberado pelo organismo. A partir de 20 minutos, a utilização da GORDURA, 3ª fonte de energia, começa a predominar, já que o carboidrato começa a se esgotar. Ele é o principal gerador de glicose no organismo, encontrado nos pães, massas, doces e frutas, é o combustível que nos mantêm acordados e alimenta o cérebro. Armazenamos grande quantidade no fígado (glicogênio hepático). O excesso consumido é transformado em gordura e grandes excessos em conjunto com maus hábitos de vida pode desencadear a doença Diabetes.

A GORDURA (formada por glicerol e ácidos graxos): predomina em exercícios de longa duração, como em corridas longas, aulas predominantemente aeróbias (tae bo, jump, spinning, running...), esportes como tênis, futebol, voleibol, ciclismo, patinação e natação. Seu consumo em excesso pode elevar os níveis de gordura no sangue, do colesterol LDL, levando ao entupimento dos vasos sanguíneos, aumentando a pressão arterial, podendo causar doenças cardiovasculares. As piores gorduras são as de origem animal (carne vermelha e manteiga), e as gorduras vegetais hidrogenadas (bolos e biscoitos). As de origem vegetal (castanha, azeite, soja…) e de alguns peixes, trazem benefícios `a saúde, como diminuir o colesterol LDL e aumentar o HDL e suprir necessidades de vitaminas lipossolúveis (vitaminas presentes apenas na gordura corporal) A, D, E e K. As gorduras também formam hormônios e membranas celulares, sendo assim, não podemos ficar isentos de um % mínimo presente no organismo, pois a falta das mesmas na alimentação pode acarretar deficiência de hormônios, das vitaminas supracitadas e por consequência, prejudicar o alcance dos objetivos de perda de gordura e hipertrofia muscular.

A 4a fonte é a de PROTEÍNAS (formada por aminoácidos). É utilizada de forma significativa em casos extremos, ou seja, quando há esgotamento de carboidratos e gorduras, como nas maratonas, triatlon, treinos intensos a partir de 60 minutos combinado com uma alimentação inadequada e/ou no caso de indivíduos com % de gordura muito baixo. Pode ser encontrada nos alimentos de origem animal (carnes, peixes, ovos, leite e derivados) e de origem vegetal (grãos). Sua ingestão é extremamente importante para a formação dos músculos e tecidos em geral. Seu excesso consumido, assim como o dos carboidratos, também é transformado em gordura e além disso, pode sobrecarregar os rins. Por isso, é um grande erro pensar: “Quanto mais proteína eu como, mais músculos ganharei”. O ideal é fazer a ingestão correta indicada por um nutricionista para evitar riscos.

Após esta análise dos exercícios que gastam mais ou menos gorduras, período pós-exercício e fontes de energia, recomendo realizar os exercícios de alta intensidade e menor duração (20 a 60 minutos, conforme o grau de condicionamento físico), 3 vezes por semana e os de baixa intensidade e longa duração (40 minutos a 1h e meia) de 2 a 3x por semana. Um dia semanal deverá ser de descanso.

O mais importante é entender que essas fontes de energia se resumem em uma única função: fazer nosso organismo produzir GLICOSE para ser utilizada como ENERGIA. E para esse processo ocorrer de forma benéfica, a alimentação correta (de preferência orientada por um nutricionista) deverá SEMPRE caminhar junto com o plano de exercícios para a otimizar a obtenção dos resultados desejados em conjunto com uma saúde equilibrada e em perfeita harmonia.

Autora: Profª. Paula Torres
Fonte: http://ligadasaude.blogspot.com.br/2012/06/qual-o-tipo-de-exercicio-mais-indicado.html

Médico comenta controvérsias entre pesquisas que relacionam a cafeína ao risco de câncer


O café tem sido objeto de polêmica científica há muito tempo. Enquanto uns apontam que a substância pode diminuir o risco de câncer de esôfago, outros indicam que pode gerar maior risco de câncer de estômago com a ingestão de mais de três xícaras por dia. Estudos recentes já buscaram evidências de que o consumo do café possa ter alguma relação com câncer de próstata, de mama, de ovário e de pâncreas. Mas nem todas as pesquisas encontraram resultados similares.

Para o oncologista Stephen Stefani, do Instituto do Câncer Mãe e Deus, apesar de os dados serem conflitantes sobre o papel do café como causa de câncer, a maioria dos estudos descreve um papel protetor da cafeína, embora modesto.

— Uma das explicações conhecidas é que o café provoca a redução de substâncias produzidas pelo corpo que podem estimular câncer. Também há dados de laboratório que mostram que a cafeína funciona como um protetor solar natural, reduzindo o risco de câncer de pele — comenta Stefani.

Funções antioxidantes

Segundo o médico, dentre outros componentes, o café é fonte de polifenois diferentes, que podem ter ações antioxidantes contra várias doenças relacionadas com o estresse oxidativo, tais como o câncer e as doenças cardiovasculares. O estresse oxidativo representa um desequilíbrio de agentes oxidantes no organismo, resultando em aumento de radicais livres, que ocasionam lesões celulares.

Os polifenois também estão presentes em outros alimentos, tais como alguns tipos de verduras, legumes e frutas. Por exemplo, o cravo-da-índia é um dos alimentos mais ricos em polifenois. Devido a suas propriedades, esses compostos começaram a ser estudados em relação às suas possibilidades de quimioprevenção. Há evidências de que eles podem atuar, de diferentes maneiras, na regulação do processo de morte celular.

— Mesmo que exista alguma evidência de que o café possa proteger contra alguns tipos de câncer, não existe sentido em recomendar o consumo dessa substância para a proteção do câncer. Também não há evidências suficientes de que o café possa ser fator de risco para alguns tipos de câncer — observa o oncologista.

Com moderação

O que se sabe, até então, é que o consumo de café em quantidades razoáveis não é fator carcinogênico comprovado.

— É necessário que as pessoas se conscientizem que, para a prevenção do câncer, é preciso parar de fumar, ter uma alimentação saudável e realizar exercícios físicos — recomenda Stefani.

Sendo assim, está liberado o cafezinho para marcar a passagem do Dia Nacional do Café, comemorado nesta quinta-feira, 24 de maio. Só não vele exagerar na dose.

Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=14884

Excesso de agrotóxicos nas lavouras do país preocupa especialistas


O uso excessivo de agrotóxicos nas lavouras brasileiras preocupa cada vez mais especialistas da área de saúde. A aplicação de substâncias químicas para controlar pragas nas plantações e aumentar a produtividade da terra acaba se tornando um problema para os trabalhadores rurais e consumidores.

Para alertar a população e chamar a atenção das autoridades sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde dos brasileiros, o Grupo de Trabalho de Saúde e Ambiente, da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), em parceria com outras instituições, lançou, durante o Congresso Mundial de Nutrição, no Rio de Janeiro, um dossiê reunindo diversos estudos sobre o tema. O documento também será apresentado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que será realizada em junho no Rio.

De acordo com o professor Fernando Ferreira Carneiro, chefe do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB) e um dos responsáveis pelo dossiê, as pesquisas indicam que o uso dos agrotóxicos ocorre no país de forma descontrolada.

“O Brasil reforça o papel de maior consumidor mundial de agrotóxicos e nós, que fazemos pesquisas relacionadas ao tema, vemos que o movimento político é para liberalizar o uso. A ideia desse dossiê é alertar a sociedade sobre os impactos do consumo massivo, sistematizando o que já existe de conhecimento científico acumulado”, disse.

Um dos estudos que fazem parte do dossiê foi desenvolvido pelo médico e doutor em toxicologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Vanderlei Pignatti. Ele conduziu análises ambientais e examinou a urina e o sangue de professores e moradores das áreas rurais e urbanas das cidades de Lucas do Rio Verde e Campo Verde, em Mato Grosso. Os municípios estão entre os principais produtores de grãos do estado.

“Observamos resíduos de vários tipos de agrotóxicos na água consumida pelos alunos e pelos professores, na chuva, no ar e até em animais. Além disso, essas substâncias foram encontradas no sangue e na urina dessas pessoas. A poluição ambiental é elevada e as pessoas ficam ainda mais suscetíveis à contaminação porque não são respeitados os limites legais para pulverização dos agrotóxicos, que são de 500 metros no caso de pulverização aérea e de 300 metros para a pulverização terrestre”, explicou.

Outro estudo do professor Pignatti já havia encontrado resíduos de agrotóxicos no leite materno de moradoras de Lucas do Rio Verde. Foram coletadas amostras de leite de 62 mulheres, três da zona rural, entre fevereiro e junho de 2010, e a presença dos resíduos foi detectada em todas elas.

Vanderlei Pignatti lembrou que diversas pesquisas também indicam aumento na incidência de doenças como má-formação genética, câncer e problemas respiratórios, especialmente em crianças com menos de cinco anos de idade.

Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2012/05/03/excesso-de-agrotoxicos-nas-lavouras-do-pais-preocupa-especialistas/#.T8ozeihgQYg.twitter

Riscos da maconha são 'subestimados', dizem especialistas


Especialistas alertam que o público perigosamente subestima os riscos de saúde ligados a fumar maconha.

A Fundação Britânica do Pulmão (BLF, na sigla em inglês) realizou um levantamento com mil adultos e constatou que um terço erroneamente acredita que a cannabis não prejudica a saúde.

E 88% pensavam incorretamente que cigarros de tabaco seriam mais prejudiciais do que os de maconha -- quando um cigarro de maconha traz os mesmos riscos de um maço de cigarros.

A BLF afirma quer a falta de consciência é "alarmante".

Amplamente utilizado

Os números mais recentes mostram que 30% das pessoas entre 16 e 59 anos de idade na Inglaterra e no País de Gales usaram cannabis em suas vidas.

Um novo relatório do BLF diz que há ligações científicas entre fumar maconha e a ocorrência de tuberculose, bronquite aguda e câncer de pulmão.

O uso de cannabis também tem sido associado ao aumento da possibilidade de o usuário desenvolver problemas de saúde mental, como a esquizofrenia.

Parte da razão para isso, dizem os especialistas, é que as pessoas, ao fumar maconha, fazem inalações mais profundas e mantêm a fumaça por mais tempo do que quando fumam cigarros de tabaco.

Isso significa que alguém fumando um cigarro de maconha traga quatro vezes mais alcatrão do que com um cigarro de tabaco, e cinco vezes mais monóxido de carbono, diz a BLF.

A pesquisa descobriu que particularmente os jovens desconhecem os riscos.

'Campanha pública'

Quase 40% dos entrevistados com até 35 anos de idade -- a faixa etária mais propensa a ter fumado cannabis -- acreditam que maconha não é prejudicial.

No entanto, cada cigarro de cannabis aumenta suas chances de desenvolver câncer de pulmão para o equivalente aos riscos de quem fuma um pacote inteiro de 20 cigarros de tabaco, a BLF advertiu.

A chefe-executiva da BLF, Helena Shovelton, disse: "É alarmante que, enquanto pesquisas continuam a revelar as múltiplas consequências para a saúde do uso de maconha, ainda há uma perigosa falta de sensibilização do público sobre o quão prejudicial esta droga pode ser".

"Este não é um problema de nicho -- a cannabis é uma das drogas recreativas mais utilizadas no Reino Unido, já que quase um terço da população afirma ter provado".

"Precisamos, portanto, de uma campanha de saúde pública -- à semelhança das que têm ajudado a aumentar a conscientização sobre os perigos de se comer alimentos gordurosos ou fumar tabaco -- para finalmente acabar com o mito de que fumar maconha é de algum modo um passatempo seguro.'

O relatório do BLF recomenda a adoção de um programa de educação pública para aumentar a conscientização do impacto de fumar maconha e um maior investimento na pesquisa sobre as consequências para a saúde de seu uso

Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=15019

Dormir pouco aumenta o apetite por comida gordurosa, diz estudo


Dormir pouco pode aumentar o apetite por comidas gordurosas, segundo um estudo divulgado nesta semana pela Universidade Columbia, nos Estados Unidos.

De acordo com Marie-Pierre St-Onge, autora do estudo, isso acontece porque a visão de alimentos pouco saudáveis, durante um período de restrição de sono, ativa centros de recompensa no cérebro que não são ativados da mesma maneira quando o sono é adequado.

A constatação foi feita depois de submeter vinte cinco pessoas, entre homens e mulheres, a exames de ressonância magnética enquanto olhavam para imagens de alimentos saudáveis e gordurosos.

Os participantes foram divididos em dois grupos: um que dormiu apenas quatro horas durante cinco noites e outro que dormiu nove horas no mesmo período. Ao compararem dados dos dois grupos, os que dormiram menos se mostraram mais atraídos pelos alimentos gordurosos.

Pesquisas anteriores já mostraram que o sono restrito leva ao maior consumo de alimentos, principalmente doces, e aumenta o risco de obesidade.

"Os resultados sugerem que, sob sono restrito, as pessoas vão achar alimentos ruins melhores do que são, o que pode levar a um maior consumo desses alimentos", afirma St-Onge.

Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=15048

Médicos não orientam mulheres sobre riscos de ansiolíticos


A maioria das mulheres que fazem uso indevido de ansiolíticos - também conhecidos como antidepressivos ou psicoativos - compra os medicamentos com receita médica.

Contudo, apesar de serem acompanhadas por um profissional de saúde, não recebem orientação adequada sobre os riscos do uso prolongado desse tipo de droga.

As conclusões estão em um artigo publicado na revista Ciência & Saúde Coletiva por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Risco de dependência

O estudo qualitativo, coordenado por Ana Regina Noto, entrevistou 33 mulheres entre 18 e 60 anos com o objetivo de compreender os padrões de uso indevido de benzodiazepínicos.

Essa classe de medicamentos - da qual fazem parte o Rivotril, o Dormonid e o Alprazolam - é indicada principalmente para tratar quadros de ansiedade e insônia.

Seu uso por mais de quatro semanas, contudo, não é recomendado pelo risco de desenvolvimento de dependência.

No estudo da Unifesp, foram definidos como uso indevido os casos de pacientes que compraram o medicamento sem prescrição médica ou que consumiram a droga em quantidades ou prazos superiores ao recomendado.

"Levantamentos epidemiológicos têm indicado com frequência o uso abusivo de benzodiazepínicos e decidimos investigar esse fenômeno com mais profundidade. Optamos pelas mulheres porque é a população que esses estudos apontam como a de maior consumo", contou Ana Regina.

Desorientação

Das 33 mulheres entrevistadas, 24 disseram receber acompanhamento médico e 30 afirmaram comprar o medicamento com receita apropriada.

No entanto, apenas cinco entrevistadas souberam mencionar as principais orientações que devem ser dadas sobre o consumo de benzodiazepínicos: não usar em associação com o álcool, não dirigir sob o efeito da droga e o risco de dependência associado ao uso prolongado.

"Os benzodiazepínicos são drogas depressoras do sistema nervoso central e, se consumidas com álcool, esse efeito é potencializado. Isso diminui a coordenação motora e aumenta as chances de a paciente se envolver em vários tipos de acidente. É uma importante causa de queda entre os idosos", afirmou a pesquisadora.

A maioria das entrevistadas afirmou usar a droga por períodos superiores ao recomendado. O tempo mencionado variou entre 50 dias e 37 anos, sendo que a mediana foi de sete anos. Apesar disso, apenas 16 mulheres reconheceram ser dependentes e a maioria afirmou que prefere assumir os riscos do uso crônico para manter os benefícios proporcionados pela droga.

"Alguns estudos sugerem que o uso de benzodiazepínicos ao longo de muitos anos pode trazer prejuízos cognitivos, afetando principalmente a memória. Mas a dependência em si já é um grande problema, pois faz com que a paciente perca sua autonomia e a capacidade de controlar seu próprio comportamento", disse Ana Regina.

Desespero e angústia

No artigo, algumas pacientes relatam sentir desespero e angústia ao perceber que os comprimidos estão acabando e ao pensar que teriam de ficar sem o medicamento. Dizem ainda sentir irritação e dificuldade para dormir quando estão sem a droga.

Segundo Ana Regina, a maioria das pesquisas científicas tem como tema o consumo de drogas ilegais, como crack, cocaína e maconha, mas também é preciso dar atenção ao uso de psicotrópicos vendidos na forma de medicamentos.

"O uso abusivo desse tipo de droga não é tão valorizado na sociedade, mas acontece. Os dependentes existem e não são identificados. Há subnotificação", afirmou.

O relato das pacientes indica também que uma parcela dos médicos tem consciência do uso abusivo e facilita o acesso ao medicamento. "Nós tínhamos uma hipótese de que essas mulheres adquiriam os medicamentos de forma clandestina, mas não foi o observado. A maioria passa por um médico e consegue a receita", disse a pesquisadora.

As pacientes, completou, desenvolvem estratégias ao longo do tempo para garantir o acesso à droga. "Vão mudando de médico ou já procuram um profissional que elas sabem que vai prescrever o medicamento. Elas vão aprendendo a fazer a queixa. Já sabem que com um determinado discurso vão conseguir a receita."

Terapias Alternativas

Quando questionados sobre por que continuam prescrevendo a droga nesses casos, contou a pesquisadora, os médicos afirmam não existir alternativas na rede pública de saúde para lidar com a Ansiedade e a insônia de suas pacientes.

"Seria preciso proporcionar acesso a atividades como ioga, meditação e outras técnicas de relaxamento. Além disso, é necessário conscientizar os médicos para que possam orientar adequadamente as pacientes," conclui.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=riscos-dos-ansioliticos&id=7799&nl=nlds

Fumaça de motores a diesel é 'definitivamente' cancerígena, diz OMS


Cientistas concluíram que trabalhadores altamente expostos à fumaça têm 40% de chances de desenvolver câncer de pulmão

A fumaça do escapamento de motores a diesel é um agente causador de câncer, afirmou na última terça-feira (12) um grupo de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O grupo de estudos concluiu que a fumaça de escapamento é responsável por casos de câncer de pulmão e pode, também, causar tumores na bexiga.

A OMS baseou suas descobertas em pesquisas com trabalhadores de alto risco, como mineiros, funcionários ferroviários e caminhoneiros.

Mas os cientistas destacaram que todas as pessoas devem tentar reduzir sua exposição à fumaça de diesel.

Definitivamente cancerígeno

A Agência Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês), parte da OMS, já havia classificado a fumaça como 'provavelmente' cancerígena para humanos. Agora, a IARC mudou a classificação para 'definitivamente' cancerígena.

Acredita-se que pessoas que trabalham em indústrias de risco, com grande exposição aos agentes cancerígenos, tenham cerca de 40% de chances de desenvolver câncer de pulmão.

O médico Christopher Portier, que liderou as pesquisas, disse que 'as provas científicas eram contundentes, e a conclusão do grupo de trabalho foi unânime - a fumaça do escapamento de motores a diesel causa câncer de pulmão em humanos'.

'Dado o impacto adicional das partículas do diesel na saúde, a exposição a essa mistura de produtos químicos deveria ser reduzida mundialmente', agregou.

O impacto na população em geral, que fica exposta a essas partículas a um nível muito menor e por períodos mais curto, ainda é desconhecido, mas o risco de desenvolver câncer é considerado menor.

Ao mesmo tempo, estão em curso esforços para reduzir a poluição causada por escapamentos a diesel, com o uso de combustível com menos enxofre e motores mais eficientes.

A ONG britânica Cancer Research UK disse que empregadores de setores de risco devem tomar as medidas apropriadas para reduzir a exposição de seus funcionários. No entanto, Lesley Walker, da diretoria da ONG, ressaltou que o número geral de casos de câncer de pulmão provocado por fumaça de diesel 'provavelmente é uma fração pequena dos casos provocados pelo fumo'.

Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=15090

Época de Festa Junina, o que comer? Por Dra. Juliana Pansardi


Época de festa junina com muita fogueira, bandeirinhas e brincadeiras. Que tal subir no pau de sebo, pular a fogueira ou dançar a quadrilha? NÃO???
“Mas tenho certeza que quando você ouve falar em festa junina já se lembra das guloseimas, que vai encontrar por lá, e que não são poucas!”.

Infelizmente perdemos um pouco da TRADIÇÃO de nossas festas e elas tem se resumido á venda de comidas típicas, onde antes gastávamos calorias, agora só fazemos adquiri-las. E o problema não se resume á isso, você hipertenso ou diabético, por exemplo, já parou para pensar nos riscos que essas “comidinhas” podem lhe trazer?

“Abra o olho” e fique atento, faça as escolhas certas!!

Você pode aproveitar dessas delícias sem sair da dieta, e o melhor, sem causar danos a sua saúde! Afinal, a boca se enche d’água quando falamos em pipoca, cachorro quente, pé de moleque, maçã do amor, paçoca, pamonha, canjica, arroz doce e quentão... Não degustar essas delícias nas festinhas, não tem graça. Não é mesmo?

Prefira alimentos menos calóricos e/ou que tenham propriedades benéficas. “ Saiba que sua ingestão de calórica pode chegar a 2000 calorias em apenas uma noite”. Pode acreditar!!!

Vou lhe dar umas dicas:

Antes de tudo, nem pense em sair de casa com o estômago vazio. Faça uma refeição leve antes, assim reduzirá a fome na festa e consequentemente a ingestão de guloseimas será menor. Cuidado com o OLHO GORDO! Você já se alimentou antes de sair de casa lembra-se?
Não exagere nas quantidades, PROVE um pedaço PEQUENO de cada guloseima e NÃO REPITA. Opte por pratos in natura, como milho verde ou pinhão cozido, que podem ser mais nutritivos. Aproveite para consumir os alimentos que são encontrados nessa época do ano.

MILHO VERDE COZIDO, por exemplo, é rico em carotenóides, ou seja,  ajuda a manter a visão saudável e tem poucas calorias, em torno de 100 em 100g. Mas se for consumido com manteiga ou margarina esse número mais que dobra. Evite também o sal que ajuda a reter líquido no organismo.

Prefira CACHORRO QUENTE SIMPLES, somente com o pão e a salsicha que tem 260 calorias. Um completo com milho, ervilha, maionese, ketchup, mostarda, batata palha e queijo sobe para 575.

PINHÃO é fonte de proteína, cálcio, magnésio, vitaminas do complexo B, fibras e MUUUITO CARBOIDRATO, por isso cuidado – 5 unidades tem cerca de 100Kcal.

ABÓBORA COZIDA também pode fazer parte do seu cardápio. Ela possui boas quantidades de vitaminas antioxidantes, como a vitamina C e E, além do betacaroteno. Seu consumo ajuda a diminuir o risco de câncer, doenças do coração e derrame. No entanto, EVITE combinações com leite de coco, coco e leite condensado.

BOLO DE AIPIM quando consumido com MODERAÇÃO fornece nutrientes importantes para o nosso bem estar, como a colina, que mantém a nossa saúde mental.

BATATA DOCE é fonte de betacaroteno e fibras, apesar de ter sabor adocicado, ela não libera tanto açúcar no organismo quanto a batata inglesa, assim o acúmulo de gordura localizada é menorQuando consumida SEM ADIÇÃO DE AÇÚCAR (assada inteira ou cortada em formato de tiras), apresenta cerca de 100 calorias em 1 unidade;

AMENDOIM é rico em gorduras boas e vitaminas. Sozinho, é capaz de ajudar na prevenção de doenças cardiovasculares. Porém as versões pé-de-moleque e paçoca, são tão perigosas quanto saborosos. Por exemplo, 1 paçoca fornece 10% da recomendação diária de gordura.  Devemos tomar cuidado também, com a aflatoxina, resultado da reprodução do fungo Aspegillus flavus, que é uma substância tóxica e teratogênica (por isso devemos desaconselhar grávidas de  consumirem esse alimento), que podem ser prejudiciais também, àquelas mulheres que possuem candidíase vaginal ou outro tipo de fungo.

Substitua a paçoca pela pamonha, ou a canjica pelo pé-de-molequeo doce de leite pelo deabóbora ou pelo de batata-doceSão opções menos calóricas, mas que não deixam de ser saborosas.

TAPIOCA é rica em carboidratos, porém, o valor calórico varia de acordo com o TIPO de RECHEIO. Deste modo, opte por recheios de frutas, evitando combinações com muito açúcar, leite de coco e leite condensado.

Vai comer ESPETINHO? Prefira o de frango ou de carne magra sem bacon! “Esse eu adoro, além de ser uma proteína de “ótima qualidade”.

Lembre que a adição de leite condensado e outros complementos aos alimentos comprometem sua qualidade nutricional tornando -o mais calórico e menos nutritivo.

Fique longe das bebidas alcoólicas: Um copo de quentão é o ideal. Afinal as bebidas alcoólicas, além de calóricas, estimulam o apetite e isso certamente levará ao consumo de alimentos muito calóricos e não saudáveis.

O consumo destes alimentos somados ao consumo de bebidas alcoólicas esta relacionado a problemas cardíacos. Em pessoas saudáveis, os riscos são menores, mas não devem ser desprezados.

Já diabéticos cardíacos e hipertensos, DEVEM APROVEITAR A FESTA PARA PULAR FOGUEIRA E DANÇAR QUADRILHA! (risos).  Brincadeirinha... Os pratos in natura para vocês estão liberados: milho cozido, batata doce e pinhão estão na lista sem contra-indicação (controle sempre as quantidades!). Se não resistir aos doces, limite-se a apenas 1 unidade. O quentão e o vinho quente não devem ser consumidos por pessoas deste grupo de risco.

Em casa, que tal fazer Á FESTA com um tipo de quentão diferente? Sugiro o quentão de Hibisco é leve e sem álcool, além disso, o hibisco é diurético e auxilia no emagrecimento. Sou viciada nessa receita, uso e recomendo muito, faça o teste, te garanto que você irá se surpreender com o sabor... #show!

Quentão de Hibisco

Ingredientes:


- 1 xícara de chá de hibisco desidratado 
- 2 colheres (de sopa) de gengibre ralado 
- 2 colheres (de sopa) de maçã desidratada 
- meia casca de laranja 
- cravos da índia 
- canela em pau 

Modo de fazer:  Basta colocar os ingredientes em dois litros de água fervente, adicionar açúcar (1 colher sopa aprox. ) ou adoçante e deixar ferver por quinze minutos. Após ferver está pronto para beber, pode ser colocado em garrafa térmica.

Valorize mais as BRINCADEIRAS do que os alimentos disponíveis. Jogue bola na lata, suba no pau de sebo, pesque peixinhos de papel, dance quadrilha e forróSão maneiras divertidas de gastar energia e queimar as calorias extras.

CASO NÃO SIGA OS CONSELHOS E EXAGERE
1.     Não pense em fazer jejum ou seguir dietas restritivas só porque exagerou na festa junina, lembre que elas são prejudiciais a saúde.
2.     Faça pelo menos 4 refeições no dia de pequenas porções.
3.     Prefira carnes magras, peixes e frango, cozido, assado ou grelhado e esqueça as frituras.
4.     Coma muitas frutas, verduras e alimentos integrais e naturais no lugar de refinados e industrializados para desintoxicar.
5.     Esqueças as bebidas alcoólicas.
6.     Tome bastante água e chás e pratique exercícios físicos, para queimar as calorias a mais consumida na festa.

Autora: Dra. Juliana Pansardi
Fonte: http://ligadasaude.blogspot.com.br/2012/06/epoca-de-festa-junina-o-que-comer.html

Antioxidante reduz irritabilidade das crianças com autismo


O antioxidante N-acetilcisteína pode ajudar a diminuir a irritabilidade das crianças com autismo, sugere um estudo publicado no “Biological Psychiatry”.

Cerca de 60 a 70% das crianças com autismo sofrem de irritabilidade, facto que faz com que as crianças atirem objetos e sejam agressivas com os outros. Este sentimento pode afetar a aprendizagem e a capacidade das crianças em participarem nas terapias“, revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, Antonio Hardan.

Assim, uma das prioridades dos investigadores é encontrar novos medicamentos para tratar o autismo assim como os seus sintomas. Atualmente, a agressividade, a irritabilidade e as alterações de humor são tratados com antipsicóticos de segunda geração. Contudo, estes tipos de fármacos causam efeitos adversos graves os quais incluem movimentos motores involuntários, síndroma metabólica e aumento de peso.

Um outro problema do autismo é a falta de tratamentos que consigam controlar os comportamentos repetitivos, a pobre interação social e os problemas de linguagem, característicos dos indivíduos com esta doença. "Atualmente, em 2012, não temos medicamentos eficazes para tratar os comportamentos repetitivos, como o agitar das mãos ou qualquer uma das outras características do autismo”, explicou o investigador.

Para o estudo, os investigadores da Stanford University School of Medicine e do Lucile Packard Children's Hospital, nos EUA, contaram com a participação de 31 crianças autistas que tinham entre 3 e 12 anos de idade. Os investigadores administraram às crianças N-acetilcisteína ou um placebo durante 12 semanas, tendo estas também sido submetidas a uma avaliação antes do início do estudo e durante o tratamento, de quatro em quatro semanas.

Os investigadores constataram, através da utilização de uma escala de avaliação para irritabilidade, que o tratamento com N-acetilcisteína diminui a irritabilidade de 13.1 para 7,2 pontos. Contudo, este antioxidante não reduziu tanto a irritabilidade como os antipsicóticos.

Adicionalmente foi observado que o tratamento com N-acetilcisteína também reduziu os comportamentos repetitivos e estereotipados dos participantes. Foi também verificado que este tratamento apresentou efeitos adversos moderados, nomeadamente diminuição de apetite, diarreia, obstipação e náusea.

Apesar de os investigadores não terem avaliado a forma de atuação do N-acetilcisteína, acreditam que este aumente a capacidade da principal via antioxidante do organismo. Estudos anteriores também tinham indicado que esta doença está associada a um desequilíbrio dos neurotransmissores excitatórios e inibitórios no cérebro. A N-acetilcisteína pode modelar os neurotransmissores excitatórios, sendo assim a sua toma benéfica para os indivíduos com autismo

Fonte: http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/antioxidante-reduz-irritabilidade-das-criancas-com-autismo?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20120611

Veja os alimentos que podem minimizar os efeitos dos poluentes no organsimo


Consumir alimentos saudáveis pode proteger seu corpo dos poluentes. E, por outro lado, comer mal pode aumentar os efeitos negativos dos poluentes no corpo, de acordo com um trabalho publicado na revista "Environmental Health Perspectives".

Toxinas presentes no meio ambiente se acumulam no corpo e causam um aumento de radicais livres e de inflamações. Comer alimentos ricos ácidos graxos ômega 3 e antioxidantes, os autores dizem, pode proteger contra esses efeitos negativos, enquanto comer itens ricos com muito ácidos graxos ômega 6 pode piorar a situação. Aqui estão alguns alimentos ricos em antioxidantes você pode tentar:

Arroz negro
De acordo com cientistas do Centro de Agricultura da Universidade do Estado da Louisiana, nos Estados Unidos, arroz negro integral é rico em antocianinas, que são responsáveis pela cor viva e os antioxidantes.
- Esses são os mesmos antioxidantes poderosos presentes em mirtilos e amoras que já se mostraram bons protetores contra doenças como câncer e doenças cardíacas - diz a nutricionista Tara Gidus, ao site Runner's World.
Dica extra: Combine arroz negro cozido com rabanete, cenoura e pimentão: regue com azeite e monte uma salada.

Castanha
Embora muitas vezes preterida por amêndoas e nozes, a castanha é uma das mais ricas fontes da natureza de selênio. Uma castanha oferece mais de 100% da sua necessidade diária deste vegetal. O corpo usa selênio para criar compostos chamados selenoproteínas, um tipo de enzima antioxidante crucial.
Dica extra: Pique castanha e misture em saladas, ou bata com leite e frutas da estação para uma vitamina.

Gema de ovo
Gema de ovo é a principal fonte de luteína e zeaxantina, um duo de antioxidantes dinâmicos que se acumulam na retina, onde protegem a saúde dos olhos. Pesquisadores da Universidade Tufts descobriram que a luteína é melhor absorvida de ovos do que de outras fontes, como espinafre. Gemas também fornecem selênio, vitamina E, proteínas de alta qualidade, e colina, um nutriente que pode ajudar a melhorar a saúde do coração.
Dica extra: Faça um almoço mexicano: use tortilhas com ovos mexidos, tomates picados e manjericão

Fonte: http://oglobo.globo.com/saude/veja-os-alimentos-que-podem-minimizar-os-efeitos-dos-poluentes-no-organsimo-5192338#ixzz1yqcFOQVz

Abuso de álcool pode crescer após cirurgia bariátrica, aponta estudo


Um estudo da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, mostra que pacientes obesos que se submeteram à cirurgia de redução de estômago correm mais risco de abuso e dependência de álcool no segundo ano após a operação.

O resultado foi publicado na edição de quarta-feira (20) da revista "Journal of the American Medical Association" (Jama), mas foi antecipado na internet por conta do encontro anual da Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

Segundo os autores, a probabilidade é maior entre as pessoas que optaram pelos métodos gastrectomia vertical (sleeve) e gastroplastia com desvio intestinal em Y de Roux, também chamada de bypass gástrico, o tipo mais popular dessa cirurgia no mundo e responsável por 70% do total analisado na pesquisa.

O trabalho avaliou 2.458 adultos submetidos à operação bariátrica entre 2006 e 2011 em dez hospitais americanos. Quase 80% eram mulheres, 87% de cor branca, com idade média de 47 anos e índice de massa corporal (IMC) de 45,8.

Foi usado o Teste de Identificação de Transtornos por Uso de Álcool, que verifica sintomas de dependência e prejuízos, com uma pontuação igual ou superior a oito. O grupo de maior risco foram pacientes jovens do sexo masculino, fumantes, consumidores regulares de álcool e usuários recreativos de drogas.

Os pesquisadores descobriram que a prevalência de sinais não diferiu muito entre um ano antes e um depois da cirurgia (7,6% e 7,3%, respectivamente), mas foi maior (9,6%) no segundo ano de pós-operatório.

Embora o aumento na prevalência seja de 2 pontos percentuais, pode representar mais de 2 mil americanos com potenciais problemas de álcool e necessidade de acompanhamento pessoal, financeiro e social.

Novos trabalhos devem examinar os efeitos a longo prazo da cirurgia bariátrica em relação ao abuso de álcool e a relação desse transtorno com o controle de peso no pós-operatório.

Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=15161

Uso frequente de smartphones pode causar lesões nas mãos, diz HC


O uso cada vez mais frequente de smartphones está provocando o aparecimento de novas lesões nas mãos dos usuários, chamadas de "textingtendinitis", mais comuns nos dedos polegares, informou na última segunda-feira (18) o Instituto de Ortopedia de Traumatologia do Hospital das Clínicas.

Nos smartphones, mandar mensagens e responder e-mails são feitos, na maioria das vezes, com o polegar, também responsável por segurar o aparelho. Por conta disso, o dedo acaba enfrentando um ritmo maior do que o que foi feito para enfrentar, gerando as lesões, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.

Um estudo realizado no Canadá com 140 universitários mostrou que 84% apresentavam alguma dor, sendo no polegar a mais relatada. O uso do navegador de internet aumenta em 2,21 vezes as chances de desenvolver dor no polegar quando comparado com usuários de celular sem internet, segundo a Secretaria.

De acordo o ortopedista Mateus Saito, "para cada clique que o polegar realiza há um movimento de extensão que, após várias mensagens, acaba por causar microlesões no tendão extensor que se inflama", explica. "A articulação da base do polegar também se inflama pelo excesso de atrito do movimento circular deste dedo", completa.

Para evitar as lesões e atenuar os problemas causados nas mãos pela digitação excessiva nos celulares, o ortopedista dá algumas dicas. Além de evitar longos períodos digitando e fazer alongamentos periódicos, o ortopedista aconselha evitar digitar com a mesma mão que segura o celular, ou apoiar o aparelho.

Se o envio da mensagem não for urgente, procurar usar o teclado do computador, mas em caso de necessidade do uso excessivo destes aparelhos, procurar profissionais que orientem nos exercícios que fortaleçam as mãos. As inflamações causadas pelo uso dos smarthphones tendem a melhorar com o uso de bolsa de gelo e analgésicos, aconselha Saito.

Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=15165

Toxinas podem alterar seu DNA?


Pesquisa recentes apontas a perturbadora possibilidade de que estratégias que tomamos para nos protegermos da exposição a toxinas no ambiente podem ter chegados décadas, ou mesmo um século tarde demais.

Se sua bisavó experimentou uma breve exposição a toxinas, sugerem estes estudos, você e seus filhos podem correr o risco de doenças reprodutivas e possivelmente outras condições. O mecanismo presumível desta desafortunada herança não é uma mutação no próprio DNA, mas mudanças bioquímicas que determinam se nossos genes são ou não ativados – um campo de estudo conhecido como epigenética.

Mais recentemente, pesquisadores da Washington State University, liderados pelo professor Michael Skinner, divulgaram no mês passado que exposições de curto prazo de ratos grávidos a diversos tipos de substâncias químicas causaram doenças de ovário não apenas nos filhos fêmeas mas também em duas gerações subsequentes de fêmeas.

Sintomas que têm paralelos àqueles encontrados na doença de ovário policístico e insuficiência ovariana primária em humanos, ambos redutores da fertilidade, foram identificados em descendentes de ratos expostos a fungicidas, pesticidas, dioxina, combustível de avião e uma mistura de plásticos, mas não entre descendentes do grupo de controle.

Quando foram examinadas células do trato reprodutivo de ratos, as desordens foram ligadas a agrupamentos de um átomo de carbono e três de hidrogênio – chamado de grupo metil – encrustado sobre certos genes. Dependendo da localização e outros fatores, estes grupos de metil agem para inibir a expressão genética.

Este padrão de “metilação de DNA” alterado é um dos mecanismos conhecidos através dos quais o epigenoma que controle os genes são ligados ou desligados, e portanto quais proteínas são produzidas dentro das células. Neste caso, as novas estruturas epigenéticas foram herdadas intactas de uma geração a outra, embora apenas os ratos grávidos originais tenham sido expostos a toxinas.

Esta descoberta impressionante é apenas o mais recente desafio à noção de genética como uma forma de destino. Em 2005, Skinner e colegas – reconhecidos pioneiros neste novo campo de epigenética transgeracional – relataram na Science que quatro gerações de um rato grávido exposto a fungicidas exibiram redução na contagem de esperma e em sua mobilidade.

Deste então, a equipe de Skinner publicou uma série de estudos documentando uma gama de condições que podem ser induzidas em ratos através de uma exposição tóxica ancestral que não altera o código genético. Elas incluem doenças dos rins, anormalidades do sistema imunológico, doenças de próstata e colesterol alto, informa a Mother Jones.

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/planeta-urgente/toxinas-podem-alterar-seu-dna/

Mulher que trabalha à noite tem mais risco de câncer de mama, diz estudo


Pesquisadores franceses do Instituto Nacional da Saúde e Pesquisa Médica (Inserm, na sigla em francês) analisaram o efeito do trabalho noturno sobre 3 mil mulheres do país e descobriram que 30% têm maior risco de desenvolver câncer de mama. Os resultados estão publicados na revista científica "International Journal of Cancer".

Os autores se basearam em estudos populacionais feitos entre 2005 e 2008. Mais de 11% das mulheres tinham trabalhado à noite em algum momento da carreira.

As chances de tumor foram maiores entre as que fizeram isso por mais de quatro anos e entre as que mantinham uma rotina de atividade noturna inferior a três dias por semana, por sofrerem distúrbios mais frequentes no ritmo de sono e vigília.

A ligação entre o trabalho noturno e o câncer de mama ficou ainda mais acentuada quando os pesquisadores olharam para as mulheres que haviam trabalhado à noite antes da primeira gravidez. Uma explicação para isso poderia ser que as células mamárias, ainda não totalmente diferenciadas antes da gestação, ficam mais vulneráveis.

Entre as hipóteses para isso estão: exposição à luz durante a noite, que elimina a liberação de melatonina (hormônio responsável pelos receptores hormonais, pelo sistema imune e pela qualidade do sono) e seus efeitos anticancerígenos; o funcionamento perturbado dos genes do relógio biológico que controlam a multiplicação celular; e distúrbios do sono que podem enfraquecer a imunidade.

Segundo principal autor do trabalho, Pascal Guénel, essa é uma questão de saúde pública, pois o número de mulheres que trabalham em horário atípicos está aumentando.

Em 2010, baseada em um estudo epidemiológico experimental, a Agência Internacional para Pesquisa de Câncer (Iarc, na sigla em inglês) classificou atividades profissionais que perturbam o ritmo circadiano – que regula inúmeras funções biológicas, como a alternância entre vigília e sono – como "provavelmente cancerígenas".

O câncer de mama é a maior causa de mortes femininas. Afeta cem de 100 mil mulheres por ano nos países desenvolvidos. Anualmente, mais de 1,3 milhão de novos casos são diagnosticados, 53 mil deles na França.

Os fatores de risco para esse tipo de tumor são variados. Eles incluem mutações genéticas, uma primeira gravidez tardia, baixa paridade, terapias de reposição hormonal em pacientes predispostas, hábitos de vida, e causas ambientais e profissionais ainda não completamente identificadas.

Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=15163

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Osteoporose: Será que o tratamento atual é o melhor?


sábado, 19 de maio de 2012

Um terço dos alimentos consumidos pelos brasileiros está contaminado por agrotóxicos

Há três anos o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking de consumo de agrotóxicos no mundo. Um terço dos alimentos consumidos cotidianamente pelos brasileiros está contaminado pelos agrotóxicos, segundo alerta feito pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), em dossiê lançado durante o primeiro congresso mundial de nutrição que ocorre no Rio de Janeiro, o World Nutrition Rio 2012, que terminou nesta terça-feira (1º). Matéria de Fabíola Ortiz, do UOL Notícias.


O documento destaca que, enquanto nos últimos dez anos o mercado mundial de agrotóxicos cresceu 93%, o brasileiro aumentou 190%. Em 2008, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e assumiu o posto liderança, representando uma fatia de quase 20% do consumo mundial de agrotóxicos e movimentando, só em 2010, cerca de US$ 7,3 bilhões – mais que os EUA e a Europa.

A primeira parte do dossiê da Abrasco faz um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde e na segurança alimentar. A segunda parte, com enfoque no desenvolvimento e no meio ambiente, terá seu lançamento durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, e na Cúpula dos Povos na Rio+20, em junho, no Rio de Janeiro.

Segundo um dos coordenadores do estudo, Fernando Carneiro, chefe do departamento de Saúde Coletiva da UnB (Universidade de Brasília), “o dossiê é uma síntese de evidências científicas e recomendações políticas”.

“A grande mensagem do dossiê é que o Brasil conquistou o patamar de maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Queremos vincular a ciência à tomada de decisão política”, disse Carneiro ao UOL.

Soja é o que mais demanda agrotóxico

Segundo dados da Anvisa e da UFPR compilados pelo dossiê, na última safra (2º semestre de 2010 e o 1º semestre de 2011), o mercado nacional de venda de agrotóxicos movimentou 936 mil toneladas de produtos, sendo e 246 mil toneladas importadas.

Em 2011 houve um aumento de 16% no consumo que alcançou uma receita de US$ 8,5 bilhões. As lavouras de soja, milho, algodão e cana-de-açucar representam juntas 80% do total das vendas do setor.

Na safra de 2011 no Brasil, foram plantados 71 milhões de hectares de lavoura temporária (soja, milho, cana, algodão) e permanente (café, cítricos, frutas, eucaliptos), o que corresponde a cerca de 853 milhões de litros de agrotóxicos pulverizados nessas lavouras, principalmente de herbicidas, fungicidas e inseticidas. O consumo em média por hectare nas lavouras é de 12 litros por hectare e exposição média ambiental de 4,5 litros de agrotóxicos por habitante, segundo o IBGE (Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo o dossiê, a soja foi o cultivo que mais demandou agrotóxico – 40% do volume total de herbicidas, inseticidas, fungicidas e acaricidas. Em segundo lugar no ranking de consumo está o milho com 15%, a cana e o algodão com 10%, depois os cítricos com 7%, e o café, trigo e arroz com 3% cada.

Maior concentração em hortaliças

Já para a produção de hortaliças, em 2008, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), o consumo de fungicidas atingiu uma área potencial de aproximadamente 800 mil hectares, contra 21 milhões de hectares somente na cultura da soja.

“Isso revela um quadro preocupante de concentração no uso de ingrediente ativo de 22 fungicidas por área plantada em hortaliças no Brasil, podendo chegar entre 8 a 16 vezes mais agrotóxico por hectare do que o utilizado na cultura da soja, por exemplo”, alerta o dossiê.

Numa comparação simples, o estudo estima que a concentração de uso de ingrediente ativo de fungicida em soja no Brasil, no ano de 2008, foi de 0,5 litro por hectare, bem inferior à estimativa de quatro a oito litros por hectare em hortaliças, em média. “Pode-se constatar que cerca de 20% da comercialização de ingrediente ativo de fungicida no Brasil é destinada ao uso em hortaliças”, destaca o estudo da Abrasco.

Riscos para a saúde

O dossiê revela ainda evidências científicas relacionadas aos riscos para a saúde humana da exposição aos agrotóxicos por ingestão de alimentos. Segundo Fernando Carneiro, o consumo prolongado de alimentos contaminados por agrotóxico ao longo de 20 anos pode provocar doenças como câncer, malformação congênita, distúrbios endócrinos, neurológicos e mentais.

Um fato alarmante foi a constatação de contaminação de agrotóxico no leite materno, afirmou. Para o cientista, não se sabe ainda ao certo as consequências para um recém-nascido ou um bebê que está em fase inicial de formação. “Uma criança é altamente vulnerável para esses compostos químicos. Isso é uma questão ética, se vamos nos acostumar com o nível de contaminação do agrotóxico”, criticou.

Parte dos agrotóxicos utilizados tem a capacidade de se dispersar no ambiente, e outra parte pode se acumular no organismo humano, inclusive no leite materno, informa o relatório. “O leite contaminado ao ser consumido pelos recém-nascidos pode provocar agravos a saúde, pois os mesmos são mais vulneráveis à exposição a agentes químicos presentes no ambiente, por suas características fisiológicas e por se alimentar, quase exclusivamente, com o leite materno até os seis meses”, destaca o estudo.

Recomendações

O dossiê da Abrasco formula 10 princípios e recomendações para evitar e reduzir o consumo de agrotóxicos nos cultivos e na alimentação do brasileiro. Carneiro defende a necessidade de se realizar uma “revolução alimentar e ecológica”.

Segundo o IBGE, cerca de 70 milhões de brasileiros vivem em estado de insegurança alimentar e nutricional, sendo que 90% desta população consume frutas, verduras e legumes abaixo da quantidade recomendada para uma alimentação saudável. A superação deste problema, de acordo com o dossiê, é o desenvolvimento do modelo de produção agroecológica.

Carneiro e sua equipe composta por seis pesquisadores defendem a ampliação de fontes de financiamento para pesquisas, assim como a implantação de uma Política Nacional de Agroecologia em detrimento ao financiamento público do agronegócio e o fortalecimento das políticas de aquisição de alimentos produzidos sem agrotóxicos para a alimentação escolar – atualmente a lei prevê 30% deste consumo nas escolas.

Além disso, o documento defende a proibição de agrotóxicos já banidos em outros países e que apresentam graves riscos à saúde humana e ao ambiente assim como proibir a pulverização aérea de agrotóxicos.

O cientista defende ainda a suspensão de isenções de ICMS, PIS/PASEP, COFINS e IPI concedidas aos agrotóxicos. “A tendência no Brasil é liberalizar ainda mais o uso de agrotóxico, só no Congresso Nacional existem mais de 40 projetos de lei neste sentido. Nós estamos pagando para ser envenenados”, criticou Carneiro.

Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2012/05/03/um-terco-dos-alimentos-consumidos-pelos-brasileiros-esta-contaminado-por-agrotoxicos/