quinta-feira, 2 de julho de 2015

Sensibilidade ao glúten não-celíaca

Recente artigo publicado na revista Nature em Jun/2015 fez uma revisão sobre os Espectro da sensibilidade ao glúten não-celíaca, já que nos últimos 5 anos, houve um aumento na utilização da dieta sem gluten em pacientes sem diagnóstico de doença celíaca ou alergia ao trigo (mediada por Inunoglobulina E).


Esta moda tem levado cientistas a pesquisarem a possibilidade da existência de uma nova entidade clínica denominada  de sensibilidade ao glúten não-celíaca (SGNC).

Na revisar da revista Nature os autores discutem as evidências de tal entidade, baseado em estudos duplo-cego e placebo-controlado. O fenótipo dos portadores da SGNC é descrito como sintomas relatados após exposição ao glúten. Os sintomas podem ser intestinais (parecidos com os da Síndrome do Intestino irritável) assim como extra-intestinais (disfunção neurológica, distúrbios psicológicos, fibromialgia e erupções cutâneas).

Além disso, segundo os autores do estudo, as novas evidências sugerem que a SGNC pode estar associada com patologias gastrointestinais orgânicas, tais como Síndrome do intestino irritável, e que a sua presença pode ser um reflexo de alguma doença grave.



Os autores deixam claros que a SGNC é controversa e incerta ainda, principalmente porque não se sabe se é o glúten ou outros compostos não-gluten presentes no grão de trigo que geram os sintomas.
As evidências sugerem que os carboidratos fermentáveis (FODMAPS), inibidores da tripsina e amilase aglutinina presentes no gérmen do trigo também podem ser uma das causas dos sintomas.
Também discutem as novas técnicas que no futuro auxiliarão a diagnosticar a SGNC se ela realmente existir como entidade nosológica.



Fonte: http://www.nature.com/nrgastro/journal/vaop/ncurrent/full/nrgastro.2015.107.html?WT.mc_id=FBK_NatureReviews

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