sábado, 9 de janeiro de 2016

Que fatores contribuem para os comportamentos de vida saudáveis nas crianças?

Cientistas do Instituto de Pesquisa do Children's Hospital of Eastern Ontario (CHEO) participaram de vários artigos especializados que foram publicados no International Journal of Obesity Supplements. A série (que incluiu 16 colaborações originais) foi preparada pelo grupo de pesquisa do Estudo Internacional de Obesidade Infantil, Estilo de vida e Ambiente (ISCOLE), um grupo global de especialistas líderes em pesquisa da obesidade provenientes de 12 países localizados em 5 continentes.

«Estes são os primeiros dados diretamente medidos e padronizados que se apresentaram provenientes de países com baixas e altas rendas, e se contrapõem a algumas das crenças em torno das correlações chave na obesidade infantil e nos comportamentos de vida saudável», disse o Dr. Mark Tremblay, Diretor do Grupo de Pesquisa Healthy Active Living and Obesity (HALO) do Instituto de Pesquisa do CHEO e Investigador principal do ISCOLE Canada. «A mensagem fundamental é que os fatores que contribuem para a obesidade infantil podem ser muito diferentes entre os países. Estes novos achados sugerem que um enfoque uniforme na prevenção da obesidade é incorreto e os esclarecimentos internacionais podem conduzir a soluções inovadoras práticas».

O Dr. Jean Philippe Chaput, cientista de HALO no Instituto de Pesquisa do CHEO e pesquisador coprincipal do ISCOLE Canada dirigiu o primeiro estudo de sua classe para analisar o vínculo entre os padrões de sono e os comportamentos relacionados com o estilo de vida de crianças de 12 países de 5 regiões geográficas importantes do mundo. Os achados revelam que o sono de duração breve, a qualidade deficiente do sono e as horas de deitar-se mais tardias se relacionam com hábitos de estilo de vida não saudáveis. No entanto, as relações foram mais potentes nos países com alta renda em comparação com os países com baixa a média renda; o que indica que as intervenções destinadas a melhorar os comportamentos relacionados com o sono e o estilo de vida deveriam se adaptar culturalmente para maximizar o êxito.

«É possível que os dias das crianças estejam muito estruturados ou regulados nos países com altas receitas e que haja mais flexibilidade e tempo discricionário nos países com baixa renda», disse o Dr. Chaput. «Os pais ou o pessoal médico não deveriam ignorar o sono e deve ser parte da abordagem do estilo de vida que tradicionalmente se enfocou na alimentação e no exercício».

O Dr. Richard Larouche, pesquisador pós-doutorado do Instituto de Pesquisa CHEO dirigiu um estudo em que foi analisado aquilo que distingue as crianças que participam do transporte escolar ativo (que é o emprego de meios não motorizados como caminhar e deslocar-se em bicicleta para a escola) daquelas que não o fazem. Nos diferentes países, as crianças que se deslocam ativamente têm menos probabilidades de ser pré-obesos ou obesos e também mais probabilidades de ser fisicamente ativas.

«Em geral, 42,1% das crianças relataram que se deslocam de forma ativa, mas entre os diferente países, isto variou de 5,2% na Índia até 79,4% na Finlândia. No centro canadense (Ottawa), 35,1% das crianças se deslocavam ativamente», disse o Dr. Larouche. Os fatores relacionados com o sistema escolar ativo foram muito variáveis entre os países. Segundo o Dr. Larouche, «Estes achados questionam a crença de que exista uma série comum (ou geral) de fatores relacionados com o transporte ativo».

Fonte: http://www.medcenter.com/contentnews.aspx?pageid=128787&tax_id=596&langtype=1046&id=230291&esp_id=202#

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