A revista “ Integrative Medicine IMCJ”, vol. 9, nº6 de Dez2010/Jan2011, publicou uma entrevista com o Dr. David R. Jacobs, Prof. de Saúde Pública, matemático e epidemiologista, em que expõe os resultados preliminares do estudo pioneiro que realizando sobre a relação entre Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) e Xenobióticos.
A entrevista se resume em 3 pontos fundamentais:
1º: GGT e Xenobióticos (POP’s):
O autor põe a hipótese de que a metabolização dos POP’s (persistent organics pollutants) é feito por enzimas hepáticas. Uma delas é a Gama-GT (gama-glutamil-transpeptidase). Ela funciona como o 1º antioxidante intracelular, facilitador da glutationa e que poderá ser considerado um marcador do stress-oxidativo e mais especificamente será uma tentativa do organismo se libertar do xenobiótico.
2º: Obesidade e Xenobioticos: o perigo do emagrecimento rápido
Produtos químicos industriais, pesticidas, dioxinas, PCB (alguns proibidos), metais pesados, são lipossolúveis, podem acumular-se no tecido adiposo e aí permanecerem décadas.
O tecido adiposo tem células adiposas que morrem e sofrem fenômenos inflamatórios semelhantes à aterosclerose, são rodeadas por macrófagos que liberam citocinas pró-inflamatorias. Na tentativa de emagrecer rapidamente o doente pode sofrer um aumento brusco de xenobióticos na corrente sanguínea, causando desequilíbrio no processo de desintoxicação e assim causar sérios problemas de saúde.
3º: O estudo sobre a relação de diabetes tipo 2 e xenobioticos
Um estudo transversal, abrangendo uma população de 2000 indivíduos expostos a vários POP’s, cujos resultados preliminares são os seguintes:
Nesta população exposta a diferentes POP’s verificou que 218 (10%) eram diabéticos desde o início do estudo e em 463 indivíduos expostos a uma combinação de 6 POP’s verificou que a diabetes tipo 2 diminui de forma expressiva à medida que a exposição vai sendo reduzida.
Na nossa opinião fatores genéticos, ambientais, hábitos alimentares pouco saudáveis, e sedentarismo, influenciam a sensibilidade à insulina e aumentam a incidência de obesidade e diabetes tipo 2. Estamos todos expostos a altos níveis de xenobióticos e colocamos à prova a capacidade de desintoxicação natural do nosso organismo.
Pesticidas, bisfenois, dioxinas, PHA (hidrocarbonetos aromatizados presentes no tabaco, nos grelhados e produtos fumados), metais pesados, medicamentos, aditivos alimentares, têm propriedades hormonais, interferem no eixo hipotalamo-hipófise–adrenal, têm capacidade mutagênica, citotóxica ou carcinogênica.
Para se defender, o nosso organismo depende da capacidade natural de desintoxicação mediada pelo citocromo P450 (fase1 - biotransformação) que induz a produção de glutationa (fase2 - conjugação) com objetivo de transformar produtos tóxicos lipossolúveis em produtos hidrossolúveis e serem eliminados através da bíle e urina.
Se este processo natural de desintoxicação, se interrompe, podem formar-se produtos citotóxicos que se ligam ao DNA levando a mutações e perda do ciclo celular. Por vezes precisamos de auxiliar todo este complexo processo de desintoxicação com nutrientes apropriados, como vitaminas, aminoácidos e, antioxidantes, adequados a cada caso.
Emagrecer não deve ser feito com “pílulas” ou “com dietas” milagrosas que fazem perder peso em poucas semanas. O processo de emagrecimento deve ser acompanhado por uma equipa multidisciplinar centrada no doente, com vigilância médica, com suporte nutricional funcional adequado a cada caso e com apoio psicológico.
O tratamento deve ser individualizado de forma que o processo de emagrecer seja consistente, seguro e, ter como objetivo, atingir o equilíbrio metabólico, neuroendócrino e prevenir doenças degenerativas.
Fonte: http://www.cristinasales.pt/Nutri-Conceito/Blog/Blog.aspx?BID=3&MVID=1000194
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segunda-feira, 14 de março de 2011
Relação entre Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) e Xenobióticos.
Postado por
Dr. Frederico Lobo
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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Noções básicas sobre Ecologia médica (Medicina ambiental)
Abaixo um pequeno texto informativo elaborado pela Dra. Maria Emília Gadelha, para esclarecer alguns tópicos acerca de Medicina ambiental e contaminantes ambientais. O texto foi cedido gentilmente pela mesma.
Atenciosamente,
Dr. Frederico Lobo
Abaixo segue uma lista "básica" de sintomas relacionados a toxicidade crônica:
As exógenas são:
Fígado desintoxicado = saúde.
Flora intestinal equilibrada = saúde.
Portanto, há muito por fazer no sentido de recuperar a saúde de forma verdadeira e consistente.
Dr. Maria Emília Gadelha Serra
Atenciosamente,
Dr. Frederico Lobo
Abaixo segue uma lista "básica" de sintomas relacionados a toxicidade crônica:
- Cansaço frequente ou queda de energia inexplicada
- Dores musculares espontâneas
- Dificuldade de concentração ou déficits de memória
- Irritabilidade fácil ou mudanças de humor frequentes
- Alterações de sono
- Acordar com a sensação de que não dormiu bem
- Ganho fácil de peso ou sensação de "inchaço" generalizado
- Desconfortos intestinais variados
- Dores de cabeça leves intermitentes
- Nível de saúde incompatível com a idade cronológica.
As fontes de toxinas podem ser externas (exógenas) ou internas (endógenas).
- Infecções (micróbios em geral (vírus, fungos, bactérias)).
- Radiações
- Sobrecarga eletromagnética
- Geopatia
- Stress
- Medicamentos
- Alimentação
- Alérgenos
- Poluição (frequentemente por metais pesados ou produtos químicos)
As endógenas são:
- Metabólitos
- Hormônios
- Produtos bacterianos (lipopolissacárides)
Em Medicina Biológica, o conceito de "terreno biológico" é essencial. E a capacidade de detoxificação de cada organismo é individual, geralmente podendo ser melhorada com medidas simples (correções alimentares) e os chamados "métodos biológicos" (procedimentos de detoxificação - enemas, medicamentos antihomotóxicos, por exemplo).
O tempo de exposição às toxinas também importa bastante - portanto quanto mais "vivido" o indivíduo, maior a chance de "confusões"...
O fígado e os intestinos são os órgãos-chave, exercendo papel fundamental no equilíbrio dinâmico de todo organismo - em especial o fígado, facilitando a seleção do que entra e do que sai via intestinal.
Flora intestinal equilibrada = saúde.
Atualmente se fala que no processo de adoecimento a carga genética é reponsável por apenas 30%. 70% é "ambiental", leia-se hábitos - estilo de vida, exposição a toxinas e capacidade detoxificante individual.
Portanto, há muito por fazer no sentido de recuperar a saúde de forma verdadeira e consistente.
Dr. Maria Emília Gadelha Serra
Postado por
Dr. Frederico Lobo
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