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quinta-feira, 10 de março de 2022

Devemos indicar probióticos para todo mundo ?


Com uma rápida pesquisa nas ferramentas de busca, é provável que você encontre milhares de marcas de diferentes tipos de suplementos probióticos, todos com descrições prometendo infinitos benefícios à saúde (de forma generalizada). E isso ocorrerá tanto nas prateleiras dos supermercados como em lojas de suplementos/farmácias. Um grande apelo comercial, já que essa área vem crescendo anualmente. 

Mas será que todo mundo precisa utilizar probióticos?

A resposta é: NÃO! O campo que estuda a microbiota intestinal e a suplementação de cepas específicas para determinadas condições de saúde ainda está MUITO longe de ter todas as hipóteses elucidadas, logo, suplementar para todos pode até trazer consequências negativas.

As promessas que são divulgadas sobre a suplementação com probióticos para curar doenças e condições clínicas como o câncer, diabetes, dislipidemias, a obesidade, dentre outras, são totalmente equivocadas! Ainda não há evidências suficientes de que essas estratégias sejam efetivas isoladamente, muito menos que são seguras para todo mundo!

Há, por exemplo, estudos que desaconselham a utilização de probióticos em indivíduos que possuam a integridade das mucosas intestinais prejudicadas, o que pode acontecer em casos de desnutrição, cânceres, pacientes hospitalizados por longos períodos, dentre outros. Essa suplementação poderia até mesmo agravar o estado do paciente.

Em casos de supercrescimento bacteriano, uma condição que é cada vez mais comum na nossa prática clínica, o uso desses suplementos podem também agravar o quadro. Toda semana recebemos pacientes encaminhados de outros profissionais, em uso de probióticos e com piora significativa dos gases. 

Portanto, antes de utilizar qualquer tipo de probiótico por conta própria, busque sempre orientação profissional de um Nutrólogo e de um Nutricionista, sabendo se, para o seu caso, realmente haverá benefícios ou há indicação.

Se você é saudável, sem sintomas, pode ser que não faça mal. Porém, se você é portador de algum sintoma no trato gastrintestinal, primeiramente você necessita de um DIAGNÓSTICO médico e só então iniciar o tratamento, que muitas vezes não é apenas com probióticos. 

Autor: Rodrigo Lamonier - Nutricionista e Profissional da Educação física
Revisor: Dr, Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM 13192 - RQE 11915

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Estudos relacionam obesidade a flora intestinal "ruim"

Os cientistas estão, nos últimos anos, começando a entender como vivem os trilhões de seres que há no intestino de cada ser humano. Ainda que seja você quem come chocolate todos os dias, uma flora intestinal que não ajuda pode ser a culpada pelos seus pneuzinhos, dizem os pesquisadores.

Em 2006, um estudo na "Nature" mostrou que gordos tinham um tipo diferente de flora intestinal. Não se sabia bem se a obesidade era causa ou consequência.

Três anos depois, um pesquisador americano, Jeffrey Gordon, da Universidade Washington, propôs na "Science Translational Medicine" que engordar era consequência. Ele dizia que as pessoas deveriam saber que tipo de bactérias há em seu intestino para saber se eram vulneráveis à obesidade.

Agora, um outro trabalho na "Nature" mostra que existem três diferentes tipos de flora intestinal. Do mesmo jeito que cada ser humano tem um tipo sanguíneo, todos tem um "tipo intestinal".

Cada um representa um tipo de bactéria diferente que predomina no intestino. Assim, ao menos por enquanto, esses tipos não tem nomes fáceis como "O positivo" ou "A negativo", mas "predominância de Bacteroides" ou "predominância de Prevotella".

Ficou claro para os pesquisadores que o tipo intestinal nada tem a ver com com a etnia do indivíduo, com o seu país de origem ou com a sua maneira de se alimentar.

Como cada bactéria tem uma eficiência diferente na hora de extrair energia dos alimentos, é possível que aquele amigo que come feito quem nunca viu comida e continua magro tenha tido a sorte de nascer com o tipo de flora intestinal certa.

Os cientistas, de várias instituições europeias (com colaboração da Universidade Federal de Minas Gerais), não conseguiram, porém, apontar qual das três floras intestinais é de gordinho e qual é de "magro de ruim". Estudaram bactérias de europeus, americanos e japoneses.

Era um grupo de poucas dezenas de pessoas. Os cientistas estão planejando repetir o trabalho agora com 400.

Mesmo que eles consigam novos resultados, certamente o tipo intestinal não será a única explicação para a obesidade. Outros fatores, como a alimentação e questões genéticas não relacionados ao intestino, certamente têm um peso grande.

De qualquer forma, não é possível subestimar o papel das bactérias no organismo humano.

Elas são muitas: enquanto o corpo humano tem cerca de 10 trilhões de células, cada pessoa carrega consigo mais de 300 trilhões de bactérias de todos os tipos.

Ou seja: há bem mais células de bactérias em você do que células de você mesmo.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/905599-estudos-relacionam-obesidade-a-flora-intestinal-ruim.shtml

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Probióticos podem aliviar a cólica de bebês

A cólica é uma das condições mais comuns da infância: cerca de 20% de todos os bebês sofrem de rompantes inconsoláveis de choro que a caracterizam.

Porém, ninguém entende de fato o gera a cólica de um bebê. Cientistas investigam várias causas - alergias, hormônios presentes no leite, até mesmo estresse no útero. No entanto, alguns pesquisadores agora acreditam que a cólica pode vir de uma inflamação no intestino, talvez resultado da presença de muitas bactérias prejudiciais e poucas bactérias benéficas.

Um estudo de 2009, por exemplo, descobriu que bebês que sofriam de cólica tinham inflamação gastrointestinal e traços de uma bactéria em seus intestinos, o que podia ser a causa a dor. Os bebês sem cólica não tinham inflamação alguma, além de apresentarem uma maior diversidade de bactérias benéficas para o ser humano.

Assim, será que os níveis mais altos de bactérias "amigáveis" podem fazer a diferença?

Num estudo de 2007, pesquisadores italianos analisaram essa teoria ao examinar 83 bebês com cólica que mamavam no peito. Em 28 dias, alguns dos bebês receberam simeticona, uma medicação que reduz a presença de gases. Outros receberam um suplemento contendo L. reuteri, uma das bactérias benéficas conhecidas como probióticas, muitas vezes encontradas no iogurte. No final do estudo, os bebês que receberam o suplemento probiótico choraram em média 51 minutos por dia, em comparação a cerca de 2 horas e meia para o outro grupo de bebês. Um estudo realizado em 2010 produziu resultados semelhantes.

"As mudanças da flora intestinal induzidas pelo probiótico podem ser um fator para a melhoria clínica observada", escreveram os pesquisadores. Mesmo assim, especialistas afirmam desejar mais estudos.

Conclusão: existem evidências de que probióticos podem ajudar a aliviar a cólica.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2011/02/24/probioticos-podem-aliviar-a-colica-de-bebes.jhtm