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domingo, 27 de agosto de 2023

[Conteúdo exclusivo para médicos] Desnutrição, Caquexia e Sarcopenia - Dr. Pedro Dal Bello

 


Aula que meu amigo Dr. Pedro Dal Bello ministrou no curso de Nutrologia para acadêmicos de medicina.

quinta-feira, 8 de junho de 2023

Vamos falar de desnutrição hospitalar?

Você sabia que as taxas de desnutrição hospitalar só pioram? E você: médico, nutricionista, fisioterapeuta, enfermeiro, técnico de enfermagem, profissional de saúde, pode ajudar a combater isso!

Se informe sobre a desnutrição, observe seu paciente, atente-se às queixas gastrointestinais, procure ativamente ver se seu paciente está recebendo o aporte calórico e proteico que ele precisa!

A Campanha Diga não à Desnutrição é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (BRASPEN) que visa tornar de conhecimento público a prevalência, os problemas causados pela desnutrição hospitalar.


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Referências Bibliográficas

1. Barker LA, Gout BS, Crowe TC. Hospital malnutrition: prevalence, identification and impact on patients and the healthcare system. Int J Environ Res Public Health. 2011 Feb;8(2):514-27. doi: 10.3390/ijerph8020514. Epub 2011 Feb 16. PMID: 21556200; PMCID: PMC3084475.
2. Waitzberg DL, Caiaffa WT, Correia MI. Hospital malnutrition: the Brazilian national survey (IBRANUTRI): a study of 4000 patients. Nutrition. 2001 Jul-Aug;17(7-8):573-80. doi: 10.1016/s0899-9007(01)00573-1. PMID: 11448575.
3. Correia, M.I.T. and Waitzberg, D.L. (2003) The Impact of Malnutrition on Morbidity, Mortality, Length of Hospital Stay and Costs Evaluated through a Multivariate Model Analysis. Clinical Nutrition, 22, 235-239.
https://doi.org/10.1016/S0261-5614(02)00215-7








Junho verde - Campanha “Diga não à desnutrição”: 11 passos importantes para combater a desnutrição hospitalar

A desnutrição é definida como o estado resultante da deficiência de nutrientes que podem causar alterações na composição corporal, funcionalidade e estado mental com prejuízo no desfecho clínico. Pode ser causada por fatores de privação alimentar, doenças, idade avançada, isolados ou combinados.

Esta condição é frequentemente encontrada no ambiente hospitalar. Muitas vezes negligenciada, apesar de afetar desfavoravelmente a saúde da população, a desnutrição apresenta como principais complicações: pior resposta imunológica, atraso no processo de cicatrização, risco elevado de complicações cirúrgicas e infecciosas, maior probabilidade de desenvolvimento de lesões por pressão, aumento no tempo de internação e do risco de mortalidade. Fora isso, acarreta considerável aumento dos custos hospitalares.

Trata-se de um dos maiores problemas de saúde pública em países subdesenvolvidos e, também, em nações desenvolvidas. A taxa de desnutrição varia entre 20 e 50% em adultos hospitalizados, sendo de 40 a 60% no momento da admissão do paciente, isso em países latino-americanos. Durante a hospitalização, pacientes idosos, críticos ou aqueles submetidos a procedimentos cirúrgicos apresentam maior risco de desnutrição, com importante impacto econômico.

Uma revisão sistemática, publicada por Correia et al. em 2016, avaliou 66 publicações latino-americanas (12 países, aproximadamente 30.000 pacientes) e confirmou a manutenção da alta prevalência de desnutrição em pacientes hospitalizados. 

Dado semelhante foi publicado em 1998, extraído do inquérito brasileiro, difundido mundialmente e conhecido como IBRANUTRI. Este estudo, promovido e realizado pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (BRASPEN), avaliou 4 mil pacientes internados na rede pública hospitalar de vários estados brasileiros e do Distrito Federal. A prevalência da desnutrição foi de 48,1%, sendo que 12,6% dos pacientes apresentavam desnutrição grave e 35,5%, moderada. As regiões Norte e Nordeste tiveram maior prevalência, chegando a 78,8% na cidade de Belém do Pará. Há 20 anos estes dados foram publicados e o cenário permanece imutável até os dias atuais.

A identificação precoce da desnutrição, por meio de ferramentas validadas, possibilita estabelecer conduta nutricional mais apropriada e o grande desafio é evitar a piora do quadro e tentar recuperar o estado nutricional. Os crescentes conhecimentos entre os profissionais de nutrição e da saúde em geral, aliados aos avanços significativos em nutrição, têm proporcionado atendimento direcionado e especializado ao paciente hospitalizado, o que está associado a melhorias nos desfechos.
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A Associação Britânica de Nutrição Enteral e Parenteral (BAPEN) mostrou dados realizados durante a “Semana de Triagem Nutricional” em 2007, 2008 e 2010 que indicaram que um em cada três pacientes chegam ao hospital apresentando algum risco nutricional. Tais estudos demonstraram ainda, que houve aumento de 2007 para 2008 de 28% e de 2008 para 2010 de 34%, no tocante à taxa de pacientes admitidos com deficiência nutricional9. Estes altos índices de comprometimento nutricional podem ser evitados se o cuidado nutricional ganhar a devida atenção! Assim, o diagnóstico precoce da desnutrição, bem como o adequado “manejo”, é necessário, com o intuito de prevenir o status deficitário ou evitar o agravamento.

Desta forma, o objetivo desta campanha é reduzir as taxas de desnutrição por meio de uma série de ações que incluem triagem, diagnóstico, manejo e tratamento da desnutrição. Para facilitar a maneira de difundir este conhecimento, foi desenvolvido método mnemônico com a palavra “DESNUTRIÇÃO”, abordando cada letra inicial de forma simples, desde o conceito até o tratamento da desnutrição, conforme registrado no Quadro 1.

Os 11 passos do combate à desnutrição serão descritos detalhadamente nos tópicos abaixo:


Fonte: http://arquivos.braspen.org/journal/jan-fev-mar-2018/15-Campanha-diga-nao-aadesnutricao.pdf


sábado, 6 de junho de 2020

6 de Junho - Dia do Combate à Desnutrição Hospitalar


A Campanha Diga não à Desnutrição é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (BRASPEN) que visa tornar de conhecimento público a prevalência, os problemas causados pela desnutrição hospitalar.

No Brasil, a taxa de desnutrição varia entre 20 e 60% em adultos hospitalizados e durante a hospitalização esta condição piora progressivamente principalmente em idosos e pacientes críticos.

  • 1 a cada 3 pacientes internados é desnutrido (hospitais públicos e privados);
  • Destes pacientes, somente 7% são diagnosticados como desnutridos;
  • Pacientes desnutridos têm tempo de internação 3 vezes maior; a desnutrição apresenta como principais complicações: pior resposta imunológica, atraso no processo de cicatrização, risco elevado de complicações cirúrgicas e infecciosas, maior probabilidade de desenvolvimento de lesões por pressão, aumento no tempo de internação e do risco de mortalidade, com consequente considerável aumento dos custos hospitalares.
  • A identificação precoce da desnutrição, bem como o manejo, por meio de ferramentas recomendadas, possibilita estabelecer conduta nutricional mais apropriada e melhora do desfecho nestes pacientes.

Uma equipe multidisciplinar especializada é fundamental para implantar e difundir ações (“cultura” da identificação/diagnóstico precoce, tratamento e prevenção da desnutrição hospitalar).

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