terça-feira, 28 de junho de 2022

Diabetes e herpes-zóster: do controle da glicose à vacinação

Caso do cantor Justin Bieber chama atenção para essa doença infecciosa que causa muita dor - e que é mais comum e impactante em pessoas com diabetes.

Muitas pessoas entendem que, se os níveis de glicose não forem bem controlados, o diabetes podem provocar sequelas no longo prazo, como infarto do coração, derrame cerebral, insuficiência renal crônica, insuficiência cardíaca, cegueira etc. Mas você sabia que o diabetes favorece doenças infecciosas? 

Isso mesmo: o aumento crônico da glicose faz com que o sistema imunológico fique lento e as defesas
frágeis. Daí a maior ocorrência de gripe, pneumonia, infecções de pele… e também de herpes-zóster, uma doença que ganhou notoriedade recentemente por causa do cantor Justin Bieber.  

Estudos mostram que pessoas com diabetes acima de 65 anos têm um risco 3 vezes maior de ter zóster. 

Nos adultos abaixo dessa faixa etária, o risco fica em cerca de 1,5 a 2 vezes. 

Além disso, o diabetes eleva a probabilidade de a dor surgir nos locais das lesões por zóster, mesmo após elas desaparecerem (é a chamada neuralgia pós-herpética).  

Situações como estresse psicológico e traumas predispõem ao surgimento de herpes-zóster. Não à toa, a incidência cresceu durante a pandemia de Covid-19. 

Também vale destacar que só tem herpes-zóster quem já teve catapora, porque se trata de uma reativação do mesmo vírus. Pois é: depois de uma primeira infecção, ele fica “escondido” no sistema nervoso 
e, diante de um descuido do sistema imune, volta a provocar estragos.  

Por isso é fundamental a vacinação de catapora (varicela) na infância e a específica para herpes-zóster nos adultos. A mais recente vacina contra esse problema lançada no Brasil é composta por fragmentos do vírus e tem alta eficácia. 

Atualmente, a vacinação é indicada para adultos acima de 50 anos, ou a partir de 18 anos naqueles que estão com sistema imune debilitado e, portanto, com risco maior de ter a doença. São, por exemplo, as pessoas infectadas pelo HIV, ou as que passaram por quimioterapia e transplante de medula e de órgãos.

A vacina também é indicada para quem acabou de ter  o quadro de herpes-zóster, respeitando o intervalo de seis meses entre a infecção e a aplicação da dose.

Pessoas com diabetes, via de regra, devem se vacinar conforme a indicação de bula – ou seja, acima de 50 anos. Em outros cenários, o imunizante pode ser indicado, mas é necessário conversar com o médico.  

“Compartilhar é se importar”
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By Alberto Dias Filho 
twitter: @albertodiasf

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