segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Estratégias para driblar os 4 tipos de fome

A fome fisiológica é a fome real de comida. Falo que é aquela fome do pescoço para baixo. Na qual o "estômago" apresenta um vazio e podemos até ter hipoglicemia, por necessidade de glicose. 
Estratégia: Observar o seu nível de fome, já que ela é real. Em uma escala de 0 a 10, onde zero é sem fome e 10 é muita fome. Não aguarde chegar no 9 ou 10 para se alimentar. Quando a fome surgir, já se alimente, com alimentos com boa densidade nutricional (bom teor de vitaminas, minerais, proteínas, fibras).

A fome emocional falamos que é aquela ligada ao afeto, na qual buscamos anestesiar sentimentos, sensações, emoções e que após o consumo de algum alimento, sentimos um bem-estar. 
Estratégia: Primeiro detecte quais fontes de prazer não relacionadas a alimentação você possui Liste. Aí ao longo da semana vá incluindo esses prazeres. Exemplo: atividades, ler livro, ver filme/séries, passear com amigos, receber massagem. Além disso comer com atenção plena pode te auxiliar na percepção do comer emocional. Há diversas técnicas de mindufl eating. 

Fome social é aquela na qual se come por influência do meio. Brinco que é a fome por influência do algoritmo do instagram, você vê um post com um determinado prato/alimento e desperta-se a vontade de comer aquilo.
Estratégia: o algoritmo é traiçoeiro. Quanto mais você vê perfis de comida, mais perfis semelhantes ele te mostrará. Então evite esses perfis. Se é a fome social por estar em uma festa/bar vendo os amigos comendo, sugiro que não saia de casa com a fome na escala 9 ou 10. Se o consumo for inevitável, principalmente se for para socializar (e não há nada de errado nisso), sugiro que aplique as técnicas de mindful eating. Respeite a sua fome, mas também respeite os sinais de saciedade e pare de ingerir quando perceber que já está satisfeita.

A fome específica é a vontade de comer um alimento específico ou gosto específico. Ex. doce final da tarde.
Estratégia: quando eu acompanhei o pessoal do Comedores Compulsivos Anônimos aprendi com eles que as "fissuras" vinham na forma de onda. Ou seja, se você ficasse parado, só observando, sem agir (comer) a força da onda diminuiria. Nesse caso essa fica fica sendo a melhor estratégia. Como não é fome física, ela tende a desaparecer rapidamente. Brinco que se for uma vontadezinha, ela passará. Porém, se é uma vontade grande, muito grande, aí te sugiro satisfazer a vontade, mas com uma porção menor que a habitual e utilizando técnicas de mindful eating. 

Autor: Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM-GO 13192 - RQE 11915

Estratégias que podem te ajudar a ter mais adesão ao tratamento para emagrecer



Ao longo dos anos, percebemos que o tratamento da obesidade tende a ser fadado ao fracasso se alguns cuidados não forem tomados. 

Para exemplificar isso, a gente faz algumas perguntas:
1) Quantas pessoas no seu círculo social, que você viu perder uma quantidade considerável de gordura e sustentaram até hoje esse emagrecimento?
2) Quantos emagreceram somente com dieta e atividade física e sustentaram após 5 anos essa perda de peso?
3) Quantos perderam e foi por cirurgia bariátrica?
4) Quantos emagreceram e foi devido a uma combinação de dieta, atividade física e uso de medicação?

Menos de 10% dos pacientes conseguem perder peso somente com dieta e atividade física e sustentar essa perda de peso ao longo de 5 anos. 

Isso nos mostra o quanto a obesidade é uma doença CRÔNICA, COM FORTE COMPONENTE GENÉTICO E AMBIENTAL, COM VÁRIAS CAUSAS (MULTIFATORIAL), RECIDIVANTE e com inúmeros fatores que perpetuam o processo e favorecem o reganho de peso. 

Mas se há casos de sucesso, devemos olhá-los com mais atenção e analisar a razão do sucesso. E a prestação de contas é um dos determinantes desse sucesso.

Prestação de contas? Sim e nada tem a ver com contabilidade. Dividimos essa prestação de contas em 2 tipos: a interna e a externa. 

Prestação de contas: INTERNA

Nela agimos por nós mesmos. Ela diz respeito a formas objetivas que temos de avaliar o nosso resultado (emagrecimento). Há 3 formas de prestação de contas interna:

1) Vigilância: o paciente necessita se pesar ou fazer bioimpedância para avaliar de forma objetiva como está progredindo (há pacientes que geralmente pioram quanto se pesam, mas via de regra a maioria realmente precisa). 

Há uma vertente dentro da Nutrição comportamental que condena a pesagem, porém os estudos de Terapia cognitivo comportamental mostram justamente o contrário. A vigilância contínua promove melhores desfechos.

Mesmo que balança não represente a realidade exata do seu peso, em um período de 15 dias dá para se ter uma noção de como você está indo. Atenção aos períodos pré e pós-menstruais. Atenção também à constipação intestinal (intestino preso).

2) Rastreamento de calorias: caloria não é tudo, mas a estratificação (estimativa) da ingestão de calorias é fundamental no processo de emagrecimento. 

Não consideramos o rastreamento calórico (recordatório alimentar) uma estratégia universal, porém,  nossa prática clínica percebemos que auxilia bastante, principalmente para aquele paciente que "acha" que está seguindo o plano alimentar. 

Há trabalhos também que validam a utilização desses recordatórios alimentares, para fins de aumentar a adesão ao tratamento.

Algumas perguntas devem ser feitas durante análise do recordatório:

1º - Estimar o quanto você está ingerindo no dia e proporção dos macronutrientes.
2º - Determinar onde você está "errando" e as comorbidades associadas a esse "erro". Falo erro com aspas, pois, as vezes, errada foi a estratégia adotada pelo médico para o seu caso. Temos que normalizar que em tratamento de obesidade muitas vezes não acertamos de primeira o melhor tratamento. E/ou muitas vezes teremos que alternar as estratégias terapêuticas. 
  1. Está fazendo mais refeições livres além das ofertadas pelo nutricionista? 
  2. Como está o padrão alimentar?
  3. Está beliscando? 
  4. Está hiperfágico?
  5. Está tendo quantos episódios de compulsão alimentar por semana? Será que precisaremos entrar com medicação e/ou pedir uma avalição psiquiátrica?
  6. Está tendo episódios de compensação alimentar: tais como jejum, dietas restritivas, detox, vômitos, uso de laxantes ou diuréticos, exercícios físico extenuante na tentativa de compensar episódios de compulsão?
  7. Como está a sua relação com a comida? Está gerando mais ansiedade e favorecendo um comer transtornado?
  8. Está fazendo psicoterapia?
  9. Quais momentos do dia tende a ingerir mais calorias e com isso sabotar o que foi proposto?
  10. Há fome emocional? 
  11. Há apetite para algum alimento específico? 
  12. Qual o sentimento predominante nos momentos em que tem compulsão e/ou ingere aquilo que não estava dentro do programado com o Nutri.
3º - Mostrar o quanto você conseguiu reduzir de calorias se comparado ao que ingeria antes. Às vezes o paciente não está perdendo peso na balança e fica desanimado, mas quando se compara ao que ele era antes do tratamento, detectamos um grande avanço. Principalmente no que se trata de volume e qualidade das refeições. Por isso, o reconhecimento de avanços é importante.

3) Estabelecer metas de exercícios e cumprir essas metas, sendo realista. 

A gente orienta aos nossos pacientes que essas metas de início podem até não serem ambiciosas, mas o feito é melhor que o perfeito. E o feito por 20 minutos sempre será melhor que o nada feito. 

Prestação de contas: EXTERNA

É aquela prestação de contas na qual o outro vai te validar. O outro vai te analisar. O outro vai te falar se você teve ou não um bom resultado e/ou se está progredindo, estacionado o regredindo no processo.

a) Profissionais: Nutrólogo, Nutricionista, Endocrinologista: ter pessoas que olharão/acompanharão seu resultado. Os estudos mostram que esse tipo de prestação de conta aumenta as chances de sucesso em um processo de emagrecimento. 

Por isso, orientamos que no tratamento da obesidade as consultas devem ser mais periódicas com o nutricionista. O ideal é de 15 em 15 dias. Ter alguém fiscalizando a evolução geralmente promove melhores desfechos de acordo com alguns estudos. 

Se o paciente está indo bem, ele tende a ficar mais motivado e se ele está indo mal, a gente revisa a estratégia adotada. Como dissemos acima, as vezes erramos na estratégia escolhida. As vezes precisamos alternar as estratégias. 

b) Blog: há estudo mostrando que os pacientes que escreveram blog relatando o processo tem melhores resultados que aqueles não fizeram. Que tal escrever um blog e ali falar das suas dificuldades, colocar as fotos das suas refeições. Postar seu progresso. Há milhões de pessoas nesse barco e com certeza alguém gostará de te acompanhar. 

c) Grupos de whatsApp em que um estimula o outro: um adendo, abominamos grupos de desafios. Uma coisa é um grupo em que as pessoas possuem o mesmo objetivo (que é perder peso) e um estimula o outro. 

Outra coisa, bem nociva por sinal (iatrogênica na verdade), são grupos de competição (desafios), no qual a perda de peso é estimulada de forma errada, pois não leva em conta que as pessoas possuem individualidade biológica, histórias de vida diferentes, realidades financeiras diferentes, constituição familiar diferentes.

Autor: Dr. Frederico Lobo - CRM-GO 13192 - RQE 11915 - Médico Nutrólogo
Revisores:
Rodrigo Lamonier - Nutricionista e Profissional da Educação física
Márcio José de Souza - Profissional de Educação física e Graduando em Nutrição.
Dra. Edite Magalhães - CRM , RQE - Médica especialista em Clínica Médica
Dr. Leandro Houat - CRM 27920 , RQE 20548 - Médico especialista em Medicina de Família e comunidade

Ação da insulina para inibir a ingestão de alimentos: está tudo na sua cabeça?

A insulina é um sinal chave que participa da resposta à disponibilidade de nutrientes, ajustando o uso de energia periférica para manter a homeostase da energia e da glicose.

No entanto, sua função neuroendócrina se estende além da regulação dos níveis circulantes de glicose.

Estudos em humanos usaram a administração intranasal de insulina para definir seus efeitos no sistema nervoso central (SNC) versus periféricos.

Estudos anteriores em humanos mostraram que a insulina suprime a atividade do estriado ventral e altera a comunicação entre o estriado ventral e a área tegmental ventral (VTA) de uma maneira que implicava, mas não podia verificar, a inibição da dopamina.

No estriado ventral (núcleo accumbens), neurotransmissores individuais e suas respectivas vias de sinalização neuronal governam diversos aspectos do comportamento alimentar, incluindo motivação, recompensa antecipatória e consumatória e abordagem alimentar.

Assim, a pesquisa que define o efeito da insulina em neurotransmissores específicos no corpo estriado tem o potencial de informar nossa compreensão das ações centrais da insulina para modular o comportamento alimentar em humanos. O estudo de Kullman et al investiga as interações da insulina com a sinalização da dopamina no corpo estriado e na rede mesocorticolímbica estendida à qual pertencem as regiões estriatais.

Kullman e colegas realizaram um estudo cruzado, cego e rigorosamente projetado do efeito da administração de insulina intranasal versus placebo nos resultados de neuroimagem multimodal em 10 homens jovens e saudáveis.

Visando o estriado dorsal e ventral, eles mediram o potencial de ligação da dopamina por meio de [11C]raclopride e tomografia por emissão de pósitrons (PET), que muda proporcionalmente à disponibilidade de locais de ligação nos receptores de dopamina 2 e 3 (D2/D3).

Eles encontraram maior potencial de ligação tanto no estriado ventral quanto no dorsal após a administração de insulina intranasal em comparação ao placebo.

Os autores interpretam os achados como evidência de que a atividade dopaminérgica dentro do corpo estriado foi reduzida pela insulina intranasal.

Concomitantemente com a imagem PET, foram adquiridos exames de ressonância magnética funcional em repouso em série.

Estes foram analisados ​​usando 2 medidas calculadas: uma que estimou a atividade neural e uma segunda que avaliou a conectividade funcional.

As análises se concentraram em regiões do sistema mesocorticolímbico (um circuito altamente conservado que governa comportamentos motivados), incluindo o VTA, estriado dorsal (caudado e putâmen), hipotálamo lateral, córtex pré-frontal medial e estriado ventral.

Os resultados mostram menor atividade estriatal 15 e 30 minutos após a administração de insulina do que o placebo.

Em análises correlacionais, eles descobriram que indivíduos com maiores diferenças no potencial de ligação entre as condições também tinham maiores diferenças na atividade neural – achados limitados à região estriada ventral e ao ponto de tempo pós-insulina de 15 minutos.  

Essa correlação relaciona a magnitude da supressão da dopamina pela insulina com as reduções na sinalização estriatal ventral.

No ponto de tempo pós-insulina de 45 minutos, a magnitude do efeito da insulina no potencial de ligação foi associada a aumentos na conectividade entre pares regionais específicos dentro do sistema mesocorticolímbico que incluía o VTA, estriado ventral, córtex pré-frontal e hipotálamo lateral.

Os autores concluem que a insulina atua centralmente para reduzir a sinalização dopaminérgica no corpo estriado, o que pode modular a atividade neuronal localmente e a conectividade entre as principais regiões que regulam o comportamento motivado e os aspectos recompensadores da ingestão de alimentos.

Embora realizado em uma pequena amostra, o estudo de Kullman et al está de acordo com um grande corpo de evidências pré-clínicas e acumulando estudos em humanos, de que a insulina tem atividade anorexígena no cérebro.

O estudo implica reduções na sinalização dopaminérgica estriatal como um dos mecanismos neuroendócrinos de ação da insulina em humanos.

A sinalização da dopamina estriatal ventral pode desempenhar um papel específico no aumento do impulso para identificar e obter alimentos.  

Além disso, indivíduos com maior disponibilidade de receptores D2/D3 estriados dorsais – como visto com a administração de insulina em Kullman et al – exibem inibição mais rápida das respostas motoras e maior ativação frontoestriatal durante a inibição da resposta.

Assim, um papel da insulina pode ser atuar como um sinal de feedback negativo para o SNC em resposta à disponibilidade de nutrientes com efeitos resultantes que suprimem a motivação para a alimentação, facilitam a autorregulação e reduzem a atividade direcionada à obtenção de alimentos.

As descobertas complementam extensas investigações que revelam como a exposição a nutrientes no intestino produz sinais de saciedade para reduzir a ingestão de alimentos.

Especificamente, esses dados sugerem que os hormônios derivados do intestino e a insulina circulante representam fontes potencialmente redundantes de feedback negativo sobre a ingestão de energia com sobreposição em suas vias efetoras do SNC.

Por exemplo, a presença de nutrientes no intestino estimula a liberação de sinais de saciedade, incluindo peptídeo-1 semelhante ao glucagon, que atua no VTA em roedores para alterar a sinalização da dopamina.

Ao contrário da insulina, os sinais de saciedade derivados do intestino requerem a entrada de aferências vagais e esplâncnicas do intestino.  

Curiosamente, existem vias paralelas que fornecem sinais de feedback positivos do intestino para o cérebro para promover a ingestão de alimentos.

Este processo, denominado “apetição” por Sclafani, é separado e complementar ao sistema de saciedade e não está sob a regulação da entrada vagal intestinal.

Por exemplo, a liberação de dopamina estriatal induzida pela infusão intragástrica de glicose está envolvida no condicionamento do apetite doce – a oxidação da glicose é necessária e provavelmente não é dependente de insulina.

Em outras palavras, parecem existir caminhos paralelos que usam a dopamina no aprendizado e no estabelecimento de associações de recompensa-pista com alimentos específicos com base no conteúdo de nutrientes e são distintos daqueles que governam o equilíbrio energético e a saciedade relacionada à refeição.  

Este último pode envolver insulina, nutrientes e outros hormônios da saciedade.

Uma limitação notável da metodologia de Kullman e colegas é que ela não reproduz essa fisiologia porque a insulina intranasal foi fornecida em jejum.

No entanto, os resultados destacam que a disponibilidade de nutrientes é um sistema endócrino no qual o comportamento é a saída regulada.

A pesquisa implica, além disso, que são necessárias ferramentas clínicas para detectar, diagnosticar e tratar anormalidades nesse ciclo de feedback endócrino-comportamental.  

Por exemplo, pesquisas anteriores sugerem que a resistência à insulina é acompanhada por deficiências na ação central da insulina para inibir a atividade mesolímbica, mas faltam ferramentas comprovadas para avaliar e diagnosticar a disfunção.

Da mesma forma, monitorar os efeitos colaterais da administração de insulina exógena, como aumento do desejo de comer, comportamento de busca de alimentos ou falta de saciedade, fica atrás de nossas medidas cada vez mais detalhadas do efeito da titulação de insulina na glicose periférica.

Sem meios para monitorar esse sistema de maneira baseada em evidências, podemos deixar de detectar sintomas de apetite e comportamento alimentar quando eles surgirem.

Isso representa uma oportunidade perdida de intervir antes do ganho de peso clinicamente significativo.

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Inciativa premiada no Prêmio Euro - Inovação na Saúde

Aumento do turismo residencial no mundo é uma tendência é positiva para o meio ambiente

Nos últimos anos, as viagens internacionais e de longa distância ganharam espaço na vida de muita gente. Entretanto, o que as pessoas não sabem é que o uso de aviões e carros para isso é prejudicial ao meio ambiente. Algo que pode mudar nos próximos meses, com a tendência do turismo residencial em alta por todo o mundo. Um artigo feito recentemente mostra que alguns grandes centros, como Nova York e Tóquio, estão observando os moradores das cidades explorarem mais pontos turísticos da região, evitando viagens que podem causar mais poluição.

Segundo uma reportagem do canal alemão DW, os aviões são responsáveis por cerca de 5% das mudanças climáticas que acontecem no mundo. Esse é um número alto, principalmente que menos de 10% da população mundial usa esse meio de transporte. Ou seja, estamos falando de algo que causa prejuízo ao meio ambiente, mesmo sendo utilizado por poucas pessoas. O problema é que nos últimos anos esse número cresceu, com as viagens aéreas ficando mais acessíveis.

De 2020 para cá, por conta da crise que afetou o mundo, as viagens de avião perderam espaço e o turismo viu uma nova tendência de viagem surgir. O levantamento feio pelo site de caça-níqueis da Betway mostra isso com números, e faz uma comparação entre Nova York e Tóquio. A cidade norte-americana, por exemplo, teve quase 20 milhões de turistas locais em 2021. Um número que deve atingir os 30 milhões neste ano, inclusive pelas iniciativas da própria região para aumentar isso.

O artigo mostra também que essa sempre foi uma tendência de Nova York, que costuma chamar mais a atenção de pessoas que moram próximas do estado. Isso é importante para diminuir o impacto de uma viagem internacional, quando um brasileiro sai de São Paulo, por exemplo, para visitar o Empire State Building. Essa mudança é essencial para o meio ambiente, e a esperança é que ela continue assim pelos próximos anos, mesmo após o fim da crise na área da saúde.

Pouco acessível para todos

Apesar dessa tendência positiva, ainda existem alguns problemas com essa tendência de turismo residencial. Em Nova York, uma visita ao Museu Guggenheim não sai por menos de US$ 25, um valor que não é acessível para qualquer um. Para um final de semana turístico, um morador da Big Apple vai gastar mais de US$ 280. Ou seja, isso ainda é um empecilho para que as pessoas possam aproveitar a cidade norte-americana, mesmo morando na região.

Em entrevista ao blog da Betway, o brasileiro Gustavo Ventura explica que em alguns pontos da cidade é quase impossível encontrar preços baixos. “Na alimentação se gasta geralmente de US$ 30 a US$ 40 por refeição. Claro que existem opções mais baratas, mas nos centros turísticos sempre é mais caro”, afirma o paulista que mora em Nova York desde 2021. Isso faz com que muitas atividades fiquem inacessíveis, o que pode prejudicar essa tendência de turismo residencial.

Apenas como comparação, os restaurantes em Tóquio oferecem preços bem acessíveis. Com apenas US$ 14 é possível se alimentar em pontos turísticos da capital japonesa. É uma prova de que é possível cobrar pouco em um centro urbano importante. Aliás, um morador da região pode curtir um final de semana com US$ 122, menos que a metade do gasto por alguém em Nova York. Essa diferença explica muito o problema que estamos falando.

Iniciativas pró meio ambiente

A busca por maior sustentabilidade em viagens não depende apenas dessa nova tendência do turismo, mas também de ações de grandes empresas. Algo que tem acontecido, principalmente quando falamos de companhias aéreas. Os aviões comerciais mais modernos são menos poluentes, e prometem ficar ainda mais limpos no futuro. São atitudes assim que podem ajudar o meio ambiente.

Outra discussão que tem ganhado força na Europa é o maior uso de trens para viagens longas. Os turistas poderiam ter passagens mais acessíveis, e assim trocariam um avião por um trem. Uma substituição importante, pois esse meio de transporte pode ser até 50% mais limpo que o outro.

A reportagem feita pela Betway mostra que a tendência atual é de um turismo residencial, seja no Japão, nos Estados Unidos ou até mesmo no Brasil. Algo que ajuda não apenas a economia dos turistas, mas também o meio ambiente. Quanto menos uso de carros e aviões acontecer, melhor para o planeta

Curcumina pode auxiliar na redução da Doença Renal Crônica

Diversas são as estratégias utilizadas para auxiliar na prevenção do desenvolvimento da Doença Renal Crônica, em especial seu quadro característico de inflamação prolongada. 

Um estudo recente sugere ainda uma nova intervenção: a suplementação de curcumina, componente ativo do açafrão. Vamos entender melhor essa relação?

A Doença Renal Crônica (DRC) é uma condição patológica decorrente da perda progressiva da função renal, com alto risco de mortalidade cardiovascular.

Entre os fatores patogênicos para a progressão da DRC e a ocorrência de suas principais complicações, a inflamação e o estresse oxidativo têm desempenhado um papel importante, sendo considerados grandes fatores de riscos para aumento da morbidade e da mortalidade.

Há indícios que a microbiota intestinal muda consistentemente ao longo da DRC, induzindo uma carga metabólica que pode aumentar ainda mais o risco cardiovascular dos pacientes. Além disso, os metabólitos derivados da microbiota, tais como p-cresil sulfato (PCS) e indoxil sulfato (IS), podem contribuir para diminuir a função renal e piorar ainda mais a doença.

Sendo assim, uma das possibilidades de modular o quadro inflamatório sistêmico da DRC é a atuação na composição da microbiota intestinal. Mas como?

Intervenções direcionados à modulação das espécies que habitam o trato gastrointestinal têm sido sugeridas, especificamente através da suplementação de probióticos/prebióticos ou nutracêuticos. Dentre estes, a curcumina demonstrou propriedades anti-inflamatórias significativas.

A partir daí, o estudo piloto italiano analisado neste artigo buscou observar os potenciais benefícios da suplementação oral de curcumina-fosfolipídio em indivíduos com Doença Renal Crônica Leve.

Pessoas com DRC usaram curcumina por 6 meses

De fevereiro de 2018 a fevereiro de 2019, foram recrutados 24 pacientes com Doença Renal Crônica em estágio leve, maiores de 18 anos e que não estavam em tratamento hemolítico.

Para o grupo controle, foram selecionados 20 voluntários saudáveis, a partir dos mesmos critérios do grupo anterior, exceto pela presença da DRC ou qualquer outra doença relacionada ao rim.

Os pacientes com a doença seguiram orientações nutricionais e foram suplementados com 500mg curcumina contendo 100 mg de curcuminóides, duas vezes ao dia, por período de 3 ou 6 meses. O estudo buscou analisar as principais alterações conforme a passagem do tempo, que se dividiu em T0 (momento inicial), T1 (após três meses) e T2 (após seis meses).

Após estes períodos, foram coletados parâmetros clínicos, medidas de composição corporal, hábitos alimentares e amostras de fezes e sangue.

Os parâmetros investigados foram: estado nutricional e ingestão alimentar, inflamação e estresse oxidativo, toxinas urêmicas e microbiota intestinal.

Efeitos da suplementação sobre a inflação e outros parâmetros de saúde

Ingestão alimentar e estado nutricional: No início do estudo, foi fornecido aconselhamento nutricional aos pacientes com DRC, com objetivo de relembrar a importância da diminuição da ingestão de proteínas, sódio, fósforo e potássio. Os resultados mostraram a diminuição na ingestão de calorias, carboidratos, proteínas e fibras, além de fósforo e potássio. A análise de bioimpedância mostrou também uma diminuição significativa na massa gorda e uma tendência crescente na massa livre de gordura no primeiro trimestre.

Inflamação: A suplementação de curcumina resultou em um efeito anti-inflamatório e redutor das citocinas plasmáticas, em particular da proteína quimiotática de monócitos (MCP-1), que costuma ser super expressa em pacientes com DRC, aumentando a inflamação através do recrutamento de macrófagos.  Após seis meses de suplementação, o fitossomo de curcumina também induziu uma redução nos níveis plasmáticos de IL-4 (interleucina moduladora de respostas imunes) e IFN-y (citocina que contribui para a progressão da disfunção renal). O efeito anti-citocinas pró inflamatórias da curcumina já havia sido demonstrado anteriormente em diferentes condições patológicas, tais como hepatite B e osteoartrite. 

Estresse oxidativo: Em relação à análise da peroxidação lipídica, houve uma diminuição de 18% de TBARS (subproduto da peroxidação) após 3 meses do início do estudo, e uma diminuição de 25% ao final dos 6 meses de suplementação com o fitossomo de curcumina.

Toxinas urêmicas: As duas principais toxinas urêmicas que contribuem para a progressão da doença renal e aumento dos riscos cardiovasculares são o indoxil sulfato (IS) e o p-cresil sulfato (PCS). Embora não tenha sido observado uma diminuição significativa, houve uma tendência de redução para os níveis de PCS total e livre. Em relação à IS, notou-se estabilidade. É válido salientar que, normalmente, há um aumento nos níveis de toxinas urêmicas à medida que os danos renais pioram, mas isso não foi observado após a suplementação. Dessa forma, a observação de estabilidade pode ser considerada um resultado positivo.

Microbiota intestinal: Após 6 meses de suplementação de curcumina, a diversidade alfa foi mais elevada em grupos com Doença Renal Crônica em suplementação, quando comparados ao grupo controle. Vale relembrar que os pacientes com a doença seguiram orientações nutricionais específicas, enquanto o grupo controle estava em uma dieta livre.

Em resumo, houve presença significativamente maior de:
Família Lachnospiraceae 
Família Lactobacillaceae 
Família Prevotellaceae

Enquanto isso, houve uma presença significativamente menor de:
Família Enterobacteriaceae (e gênero Shigella)
Família Bacteroidaceae 
Filo Verrucomicrobia
Gênero Lachnoclostridium
 
Conclusão 

A partir dos resultados apresentados, ficam sugeridos os benefícios promissores do uso de curcumina para a Doença Renal Crônica, principalmente na redução da inflamação.  Além disso, nenhum efeito adverso foi observado no grupo de pacientes suplementados, o que corrobora com o bom perfil de segurança deste fitossomo, mesmo após administração prolongada.

As limitações do estudo apresentado dizem respeito ao pequeno tamanho da amostra e alta taxa de abandono. Desse modo, outros estudos são necessários para evidenciar o potencial benefício da curcumina na DCR, especialmente ensaios controlados por placebo.

Para conferir o estudo na íntegra: https://www.mdpi.com/2072-6643/14/1/231

Referência: PIVARI, Francesca et al. Curcumin Supplementation (Meriva®) Modulates Inflammation, Lipid Peroxidation and Gut Microbiota Composition in Chronic Kidney Disease. Nutrients, v. 14, n. 1, p. 231, 2022.

Autor: Natália C Lopes

O aumento da prevalência de obesidade nas capitais

Em 2006 o Ministério da saúde iniciou uma pesquisa denominada Vigitel (Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico). Ocorre anualmente em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. 

As entrevistas ocorrem via inquérito por telefone, realizado anualmente em amostras da população adulta (>18) residente em domicílios com linha de telefone fixo. Quais temas o Vigitel aborda? 

Os indicadores avaliados pelo Vigitel estão dispostos nos seguintes assuntos: 
  • Tabagismo;
  • Excesso de peso e obesidade;
  • Consumo alimentar;
  • Atividade física;
  • Consumo de bebidas alcoólicas;
  • Condução de veículo motorizado após consumo de qualquer quantidade de bebidas alcoólicas;
  • Autoavaliação do estado de saúde;
  • Prevenção de câncer;
  • Morbidade referida. 
A duração média para responder ao questionário é de 12 minutos. Importante destacar, também, que algumas perguntas realizadas não são diretamente sobre saúde, mas são muito importantes para serem relacionadas com a situação da saúde da população.

No Vigitel de 2020, a prevalência de obesidade nas capitais ficou da seguinte maneira, conforme a figura abaixo.


E o que isso nos fazer refletir ?

Que a obesidade tem se tornado cada vez mais prevalente nas capitais brasileiras. Em 2020, foram registrados 21,5% dos adultos com obesidade, contra 20,3% em 2019. Manaus (24,9%), Cuiabá (24%) e Rio de Janeiro (23,8%) lideram a incidência de obesidade nas capitais. E o que preocupa a ciência é que até 2011, nenhuma capital tinha uma prevalência de obesidade acima de 20%, enquanto em 2020 o Vigitel levantou 16 capitais com prevalência de obesidade acima de 20%. 

Quais fatores estão envolvidos ?

Há quem acredite que isso tenha piorado com a pandemia. Sim, estamos em uma pandemia há 2 anos mas a prevalência já vinha aumentando. A pandemia pode ter exacerbado o que já vinha piorando. E falar de fatores de riscos, gatilhos em obesidade é bem complexo.

Centenas de fatores podem estar relacionados mas na nossa reflexão hoje abordaremos temas pouco discutidos e que geram uma grande contribuição.

A poluição ambiental
O estresse crônico
A violência
O sedentarismo

A princípio esses gatilhos parecem desconectados, mas a medida que se analisa de forma "sociológica" percebemos uma inter-relação entre eles. 

A poluição ambiental engloba tanto a poluição do ar (obviamente maior em capitais) quando poluição do solo, poluição sonora, poluição visual. 

A poluição do ar está relacionada a piora de várias patologias (Alzheimer, doenças pulmonares, cardiovasculares, alérgicas) e também obesidade. Mecanismos ainda não bem elucidados mas acredita-se que seja por disrupção endócrina e/ou exacerbaçao da inflamação subclínica. 

A poluição do solo inclui também a poluição da água. Metais tóxicos, poluentes orgânicos persistentes (POPs), disruptores endócrinos. Ou seja, substâncias que de forma direta ou indireta podem ocasionar doenças, exacerbar outras e com isso alterar a parte endócrina. Tema há décadas negligenciado no Brasil e que na Europa ganha cada vez mais força. 
 
A poluição sonora assim como a poluição visual favorecem uma hiperativação do eixo pituitária-adrenal e com isso elevação crônica e persistente dos níveis de cortisol e noradrenalina. O que de forma indireta poderiam influenciar os adipócitos, desbalanço nos níveis de hormônios relacionados ao apetite (Grelina) e saciedade e gasto energético (leptina). 

O estresse crônico pode ter inúmeros fatores causais:
Trânsito
Desigualdade social
Violência
Apreensão quanto ao futuro
Menor contato com a natureza
Menor tempo disponível para lazer
Alta carga de trabalho
Redução do número de horas de sono

Tudo isso interage e favorecem hiperativação do eixo pituitária-adrenal. Ou seja, elevação crônica do cortisol. 

Combina-se a tudo isso, um maior sedentarismo, influenciado pela violência, distância entre pontos dentro das cidades, transporte público precário e/ou ineficaz, comodidade. 

Os fatores acima ainda facilitam o consumo de alimentos ultraprocessados: cereja do bolo!

Ou seja, os fatores que vem favorecendo maior prevalência da obesidade nas capitais são inúmeros. Enquanto autoridades sanitárias não se atentarem a isso, veremos os índices subirem. Com consequente estrangulamento do sistema público/privado de saúde. 

Autores:
Dr. Frederico Lobo - CRM 13192, RQE 11915 - Médico Nutrólogo
Dra. Edite Magalhães - CRM , RQE - Médica especialista em Clínica Médica
Dr. Leandro Houat - CRM 27920 , RQE 20548 - Médico especialista em Medicina de Família e comunidade
Revisores:
Rodrigo Lamonier - Nutricionista e Profissional da Educação física
Márcio José de Souza - Profissional de Educação física e Graduando em Nutrição.

Fontes:

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Calorias no rodízio de comida japonesa


Pergunta frequente de consultório e no meu instagram @drfredericolobo "Dr, em um rodízio de comida japonesa, quais sushis e sashimis devo escolher?"

Sente-se à mesa pois rodízio é um capítulo à parte na Nutrologia e quando se trata de rodízio de comida japonesa é um sub-capítulo rs. Então sente-se.

Mas antes de explicar, sugiro que você me siga no instagram: @drfredericolobo para mais informações de qualidade em Nutrologia e Medicina. Lá, posto principalmente nos stories, informação de qualidade e no feed, junto com meus afilhados postamos sobre vários temas.



Primeira dica: Pra que rodízio? Que mentalidade é essa na qual você decide comer uma grande variedade de pratos devido o preço que pagou. Não seria melhor ir a um bom restaurante de comida japonesa e pedir e montar um combinado de 20 ou 30 peças? Apreciá-las calmamente, sentir a textura dos peixes,  do arroz, a acidez, a temperatura, o sabor, a gordura e as notas dos peixes. Contenção de danos, eu tentei, mas o leitor quer ir ao rodízio. Então vamos com as outras dicas.


Segunda dica: Cuidado com o sódio do shoyu. Opte-se sempre pelo shoyu light. Tem bem menos sódio, mas ainda assim tem sódio, ou seja, em excesso pode elevar a pressão arterial em indivíduos predispostos. Além disso pode favorecer maior retenção hídrica (inchaço). A função do shoyu é realçar o sabor do peixe. Não está ali para ser usado indiscriminadamente e sim para ser pincelado no peixe. Muito shoyu deturpa o sabor de peixes mais nobres. Então, moderação. 


Terceira dica: tarê (molho em japonês): ele é doce, tem uma combinação de água, sal, soja, milho, açúcar, corante caramelo e conservador sorbato de potássio, sake, xarope de glicose, amido modificado, acidulante, ácido láctico,  glutamato monossódico (pra realçar o sabor). Ou seja, tem açúcar e também tem sódio. Resumindo: ainda pode elevar a sua glicemia. Cuidado diabéticos. Cuidado também com as calorias. 1 colher de sopa fornece cerca de 290mg de sódio e 24kcal. Não precisa afundar a peça no tarê.

Quarta dica: Atenção às calorias.  


Se for comer sashimi (apenas as fatias cruas): opte por peixes  e frutos do mar mais magros, ou seja, com menor quantidade de gordura:  badejo,  garoupa, robalo, tilápia. 

Peixes com maior teor de gordura e que você deve ficar atento às quantidades: anchova, arenque, atum, cavala, salmão, sardinha, tainha. São ricos em ômega 3 e por isso devem ser incorporados à nossa rotina. 


As pessoas tendem a pensar que pelo sashimi não ter carboidrato, eles não são calóricos. Com isso exageram. Cada peça oferece cerca de 20 a 25kcal, mas e se você ingerir 15 sashimis, aí já terá ingerido cerca de 300kcal. Atenção também à digestão, já que a proteína estando crua, tem uma digestão mais lenta. Se você exagera, pode ficar empachado e passar mal. Gestantes com IgG negativo para toxoplasmose devem evitar alimentos crus como peixes. 


Se for comer sushi, o cuidado deve ser redobrado, pois além dos frutos do mar, o sushi acompanha o shari, que é o arroz com vinagre. Sim, aquele arroz japonês especial, para dar liga e ficar grudadinho depende da presença de açúcar e vinagre. Atenção diabéticos! E cada pecinha terá em torno de 30 a 35kcal no caso de peixe branco, polvo e camarão, e 40-45kcal nas peças com salmão ou atum. Quer comer o sushi? Ok, mas coma também sashimi para alterar a carga glicêmica da refeição e com isso a sua glicemia não elevar tanto.


Quinta dica: cuidado com as preparações quentes. Geralmente são fritas: empanados, hot roll, hot philadelphia, guyoza, rolinho primavera, shimeji na manteiga e abacaxi, tempurá. Lembre-se 1grama de gordura fornece 9kcal. 

Entendeu como é fácil alcançar 1.000kcal em um rodízio ?

Se quer aprender mais sobre culinária japonesa, um grande amigo (Yuri Rocha) tem um destaque em seu instagram @eatnicely só sobre o assunto. Vale a pena. 


Autor: Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo
CRM-GO 13192 | RQE 11915
CRM-SC 32949 RQE 22416 
Revisores:
Rodrigo Lamonier - Nutricionista e profissional da Educação física
Dra. Edite Melo Magalhães - Médica Nutróloga e especialista na área de atuação de Nutrição enteral e parenteral
Márcio José de Souza - Graduado em Educação física e graduando em Nutrição.

Calorias das cervejas

No meu questionário pré-consulta, sempre pergunto sobre a ingestão de álcool, quantidade e frequência de consumo. Não obstante, os pacientes sempre se surpreendem quando eu e o meu nutricionista explicamos que 1g de álcool possui 7kcal. Ou seja, são calorias vazias, que vão atrapalhar de forma indireta o emagrecimento, reduzir alguns nutrientes do corpo e reduzir os níveis de testosterona. 

Aí pergunto para vocês: será que a grande maioria conseguirá se abster de algo que é cultural, que favorece a socialização? Eu não ingiro álcool, não estimulo o consumo, mas sou bem realista com relação à nossa realidade. 

As pessoas não vão parar de beber, sejamos realistas. Alguns sim, enxergam malefícios do álcool, mas a grande maioria não. Ou seja, aí entra a política de redução de danos. Existe uma diferença gritante entre o mundo ideal da Medicina e o nosso mundo real. Sempre friso isso para os pacientes no consultório, pois isso é causa de muito sofrimento psíquico para alguns indivíduos mais rígidos. 

Alguns leitores falarão que há pesquisas mostrando os benefícios do álcool. Sim, há trabalhos mostrando que o consumo moderado de álcool pode ter impacto positivo na saúde. Eu acredito que há bastante vieses nesses estudos. Alguns trabalhos afirmam que o álcool tem:
  • Efeito na prevenção de Infarto agudo do miocárdio (IAM): por atuar no metabolismo das lipoproteínas, aumentando o percentual de HDL. 
  • Ação antitrombótica: inibindo a agregação de plaquetas, reduzindo o fibrinogênio e melhorando a fibrinólise.
  • Ação no mecanismo de ação da insulina: melhorando o metabolismo de carboidratos.
  • Aumento do estradiol o que de forma indireta eleva o HDL
Mas o que seria consumo moderado de álcool:
  • 30 a 40g de álcool por dia para Homens
  • 15 a 20g de álcool por dia para Mulheres
  • Em média 0,102g/kg/hora (variando de 0,070-0,185)
  • Traduzindo: 1 long Neck/dia para Mulheres e 2 Long Necks/dia para Homens. 
O teor alcoólico deve ser considerado quando optar-se por ingerir bebida alcoólica. 
Por exemplo:
  • Cerveja 5% de teor alcoólico
  • Champanhe 11,5%
  • Vinho 12%
  • Licor 20%
  • Vodca 37,5%
  • Whisky 40%
Deve-se levar em conta também que para uma mesma qualidade de álcool, a absorção pelo organismo é menor quando proveniente da cerveja do que quando oriundo de bebidas destiladas. 

Autor: Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM 13192 - RQE 11915


Abaixo uma postagem que um colega (Sergio Pistarino) fez sobre as calorias das cervejas. 



Não te contaram, mas é possível sim emagrecer e ter saúde tomando cerveja 🍺 Sabia?

O problema não é a cerveja mas sim o QUANTO DE CERVEJA? Eis a questão? A quantidade precisa estar alinhada com o seu objetivo, certo?

Se você está trabalhando em prol de qualquer tipo de meta de saúde, melhora de composição corporal ou desempenho físico, detesto ter que dar essa notícia, mas beber álcool, pelo menos regularmente, não está favorecendo você em nada. Se for pontualmente igual na noite de hoje, sem problemas. 
  • O álcool é um macronutriente quase tão calórico quanto a gordura que fornece 9 calorias. As calorias do álcool não possuem nenhum valor nutritivo. Cada copo/tulipa de 300 mL de chope contém 130 calorias e 3 a 6 % de álcool, o mesmo que um bombom ou um pãozinho francês. Quantos pães você é capaz de comer e quantos copos de cerveja você consegue beber?
  • O álcool aumenta o apetite e aumenta muito os desejos, ao mesmo tempo em que diminui as inibições em torno dos alimentos. Aquele alimento que você não come há anos, bêbado, você devora uma tonelada sem culpa. Sua tomada de decisão não é tão boa quanto seria se você não estivesse um pouco embriagado.
  • Beber com frequência pode prejudicar tanto o desempenho quanto a recuperação do exercício, o que significa que você não conseguirá treinar com tanta intensidade ou com tanta frequência, o que pode afetar sua taxa de força e ganho muscular. Álcool é uma substancia depressiva. Cansaço e depressão se misturam com abuso.
  • A saúde hormonal e intestinal não é falada tanto quanto deveria, mas é extremamente importante. O álcool pode danificar o revestimento do intestino e atrapalhar a flora intestinal, o que prejudicará a queima de gordura e como o corpo digere os alimentos. Ele também pode mexer com os níveis de hormônios que constroem músculos e queimam gordura.
  • Mas o álcool atrapalha a qualidade do sono, especialmente o sono REM, que é quando seu corpo faz a maior parte do trabalho para reparar e regenerar seu organismo. Não dormir o suficiente aumentará a fome e os desejos, e diminuirá a energia, então você pode acabar comendo mais e se movendo menos.

Onde tem atendimento psicológico gratuito/social em Goiânia?


Sempre me perguntam onde há atendimento psicológico gratuito em Goiânia ou clínica social (atendimento com valor mais acessível). 

Então resolvi listar alguns estabelecimentos e espero que possa auxiliá-los. Quem me segue ao longo dessa última década, sabe do quanto valorizo uma boa psicoterapia. Brinco que é o maior investimento que uma pessoa pode fazer para si mesmo. Então, terapia para todos. O mundo agradece. 

Se você ainda não me segue no instagram, sugiro que siga. Lá sempre divulgo serviços que estão ofertando psicoterapia por um valor social, além de compartilhar postagens de profissionais da área da saúde mental e que admiro. Meu instagram: @drfredericolobo

Escrevi sobre isso no post: Faça terapia, um investimento que você faz em você http://www.ecologiamedica.net/2020/11/faca-terapia-um-investimento-que-voce.html?m=0

Ana Letícia é a psicóloga que confio e que indico. Informar que viu no meu site.


Psi. Ana Letícia Lopes
 - Psicóloga (CRP-09/17727) e graduanda em Musicoterapia. 
Fone: (62) 98121-0200 (clique aqui para agendar). 
Atende na OrthoEvidence, Rua 9, Setor Oeste. 

É para ela que estou encaminhando os meus pacientes. Profissional nova, porém muito estudiosa, atualizada, com uma escuta excelente e os pacientes tem dado um excelente feedback. Fico feliz em estar indicando uma profissional tão gabaritada mas que por compromisso com a saúde mental da coletividade, por reconhecimento da necessidade de ter um papel social, aceita ceder o seu tempo para atender consultas com valor diferenciado, para aqueles que não podem pagar. 


Atendimento gratuito

Núcleo de psicologia aplicada UNIVERSO
Fone: (62) 3238-3719

Centro de psicologia aplicada UNIP
Fone: (62) 3281-8581

Serviço de psicologia aplicada ESTÁCIO
Fone: (62) 3601-4934

Clínica escola da UFG
Fone: (62) 3209-6208

Essas clínicas/escolas geralmente possuem períodos de triagem e algumas dão atendimentos emergenciais.

Clínica social

Avivar - Psicologia e movimento
Fone: (62) 98209-9599

Instituto Olhos da alma sã
Fone: (62) 3204-2565

ITGT
Fone: (62) 3941-9798

Instituto Skinner
Fone: (62) 3609-0942

SOGEP
Fone: (62) 3941-9033

Lotus Psicologia
Fone: (62) 3576-0666

IGAC
Fone: (62) 3223-9896

Armazém de dentro
Fone: (62) 98163-7514

Autor: Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM-GO 13192 - RQE 11915

ONDE FAZER CARIDADE EM GOIÂNIA?

Ontem os termômetros marcaram 6°C de madrugada em Goiânia. Diante do frio, fico refletindo o quanto sou privilegiado por ter um lar, roupas, cobertores. Imaginando pessoas em situação de rua, que não tem o que comer e muito menos como se proteger do frio. O inverno pode ser cruel para alguns. 

Felizmente, esse ano estou vendo várias instituições se mobilizando para arrecadar cobertores, roupas, produtos de higiene pessoal e mantimentos para a população mais carente. Então caso queira e esteja com disponibilidade financeira, disponibilizarei nesse post, algumas instituições que estão auxiliando quem realmente precisa.

Em união com alguns amigos, fizemos um instagram chamado @rotadacaridade no qual disponibilizaremos a rota de onde há pessoas em vulnerabilidade social, grupos específicos que atuam de forma filantrópica, além de formas de praticar a caridade.

Conceituar caridade é algo completo, mas na minha opinião a caridade é a virtude de amar ao próximo como amamos a nós mesmos. É uma forma de expressão fraternal e também espiritual. É a atitude de agir com quem necessita, sem interesse, ou seja, sem esperar nada em troca. Você não precisa ter religião ou ser espiritualizado para praticar caridade. Precisa apenar ser humano e ter empatia.

Ser altruísta e caridoso é praticar o bem pelo bem, de fazer o bem. Ser altruísta é uma das mais belas virtudes na minha opinião. O foco no altruísmo é evolução, portanto quando você decide ser altruísta, invariavelmente está a favor da evolução. Evolução como ser humano, evolução moral ou até mesmo espiritual, dependendo da crença religiosa de cada um.

Cientificamente falando há alguns trabalhos que demonstram que a prática de caridade e altruísmo favorecem a liberação de doapamina. o Dr. Jorge Moll Neto, médico neurologista da UFRJ, fez o seu doutorado nessa área e na sua pesquisa, detectou que o chamado sistema de recompensa mesolímbico do cérebro (em uma área chamada Nucleus accumbens).  Esse sistema é responsável pela sensação de bem-estar e prazer no nosso organismo.

Através de um experimento, em que foi utilizado mapeamento cerebral por ressonância magnética funcional, os pesquisadores observaram que as partes do cérebro que são ativadas por eventos e atividades que causam prazer - os chamados "centros de recompensa" - também eram "acendidos" quando voluntários realizavam doações para instituições de caridade. E isso era tão intenso quanto quando eles ganhavam direito para eles mesmos.

Separei alguns vídeos que explicam um pouco sobre como a neurociência compreende a caridade e altruísmo. Vale a pena assistir.


 







Caridade não precisa ser necessariamente doação de dinheiro, roupas e bens. 

Existem inúmeras formas de se praticar caridade. A caridade pode se tornar um estilo de vida para alguns. A prática pode ser inclusive um propósito de vida. Algumas formas de caridade:
  • Você pode praticar caridade quando decide ser grato às pessoas que te auxiliam, mesmo nas mínimas atitudes. A cultura da gratidão é uma forma de caridade com o próximo. E ser grato é uma escolha. É algo que você elabora, processa, reflete e decide se sentirá ou não.
  • Salientar para os outros o quanto você os ama. Amar ao próximo é uma caridade ensinada no Cristianismo.
  • Sorria e cumprimente com alegria as pessoas que estão ao seu redor. Doar um sorriso e palavras gentis também é uma forma de caridade.
  • Ligar para alguém que passa por um momento difícil e fornecer um suporte emocional, uma escuta. Pequenos gestos como esse podem salvar vidas. 
  • Ensinar algo que você gosta ou tem facilidade. Transmitir conhecimento é uma grande caridade. O conhecimento existe para ser compartilhado. Ao longo desses quase 13 anos do blog percebi claramente isso. É muito gratificante receber e-mail de gente de todo o mundo sendo grato por alguma informação que aqui coloquei.
  • Conversar, cantar ou tocar para crianças e idosos. Assim como ouvi-los. A escuta é uma forma de caridade.
  • Ajudar na arrecadação, produção e distribuição de alimento aos mais necessitados.
  • Fazer compras para alguém que não pode sair de casa. Quantos idosos são acamados ou possuem artrose grave e com isso ficam impossibilitados de se locomover com facilidade. Ofereça ajuda a essas pessoas.
  • Ajudar pessoas que procuram emprego a elaborar e distribuir currículo.  
  • Compartilhar conhecimentos da própria profissão. 
  • Contribuir com projetos de assistência a pessoas mais necessitadas, como pessoas em situação de rua, adictos, refugiados e pessoas marginalizadas. 
  • Respeitar e defender todas as formas de diferenças. Lutar por minorias. Ser anti-racista. 
  • Combater atitudes ruins, como preconceitos, disseminação de informações falsas e outros. 
  • Estimular as pessoas a terem alguma crença, mas se a pessoa optar por ser ateu, a vontade dela deve ser respeitada. 
  • Elogiar características que você admira de pessoas ao redor. Não custa nada.
  • Curtir e divulgar nas redes sociais o trabalho de amigos/conhecidos/familiares.
  • Encorajar as pessoas, dando suporte para que elas também alcancem seus objetivos.
  • Elogiar características que você admira de pessoas ao seu redor e nunca criticar/zombar uma pessoa por uma coisa que ela não consiga ou tenha dificuldade em mudar, como por exemplo, nariz grande, obesidade, orelhas de abano e etc. E até mesmo aquilo que ela pode mudar, como um cabelo colorido ou um piercing na testa, pois cada um tem a liberdade para fazer o que quiser da vida. Não custa nada ser gentil. 
  • Divulgar grupos que praticam caridade, como os grupos abaixo.

Filhos de SR


A Filhos de SR ( @filhosdesr) é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, que tem como objetivo auxiliar indivíduos em situação de rua, adictos (drogas, bebidas), estrangeiros e refugiados, acamados ou indivíduos com dificuldade de locomoção. 

Foi criada no ano de 2021 em Goiânia diante de um cenário de insegurança alimentar que se agravou durante a pandemia. Todos os sábado, acordam cedo para preparar refeições (pão com manteiga, leite com toddy e água) e distribuir na Praça Dr. Carlos Freitas (Alameda Botafogo, Setor Central) das 09:00 às 09:30.

Também recebem doações de cobertores, roupas, calçados, itens de higiene pessoal. 
E-mail: filhosdesr@gmail.com
Fone e WhatsApp: (62) 98330-8383.


Policia Civil de Goiás


Com a chegada de uma frente fria a Goiás, os policiais civis fizeram frente a campanha de distribuição de agasalhos e cobertores à medida que vão recebendo as doações arrecadas por entidades dos servidores ligadas a categoria. 

Até o dia 20/05, será feita uma ação nas proximidades da 1ª Delegacia Distrital (1ª DP), no Centro de Goiânia, com a distribuição de marmitas feitas por grupos voluntários, emissão de documentos pessoais por parte do Instituto de Identificação e a entrega dos agasalhos e cobertores. Pelo menos 1,7 mil pessoas cadastradas devem ser atendidas por essas arrecadações. 


Organização das voluntárias de Goiás (OVG)


Em meio às notícias sobre a chegada de uma massa de ar polar a Goiânia, o Governo de Goiás, por meio da OVG e do Gabinete de Políticas Sociais (GPS), se antecipou para ajudar quem mais sofre com o frio: as pessoas em situação de rua. No dia 12/05, equipes da OVG e do GPS foram às ruas da capital e distribuíram centenas de cobertores da Campanha Aquecendo Vidas 2022. 

A ação garante dignidade àqueles que mais necessitam e alcançará todos os 246 municípios goianos. Durante as entregas, pacotes individuais de frutas desidratadas do Banco de Alimentos da OVG também foram doados. A distribuição continuará nos próximos dias, quando outros 300 cobertores serão doados a famílias vulneráveis de Aparecida de Goiânia, dia 16/05. 

Realizada todos os anos, a Campanha Aquecendo Vidas já distribuiu mais de 130 mil cobertores desde 2019, além dos 70 mil adquiridos para este ano. As mais de 200 mil peças compradas desde o início da gestão representam um investimento de R$ 6,5 milhões. Para complementar as doações da Campanha Aquecendo Vidas, a OVG e o GPS estão arrecadando cobertores e agasalhos novos e usados (em bom estado de conservação), até o dia 25 de maio. Neste ano, as doações poderão ser entregues em 10 pontos diferentes:
  • OVG: Rua T-14, Setor Bueno
  • Palácio Pedro Ludovico Teixeira: Rua 82, nº 400, Centro
  • Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg): Rua 260, Setor Leste Universitário
  • Corpo de Bombeiros: Avenida C-206, Jardim América
  • Saneago: Avenida Fued José Sebba, nº 1245, Jardim Goiás
  • Enel: Rua Gileno Godói, 02, Quadra A37, 505, Jardim Goiás
  • Shopping Bougainville: Rua 9, nº 1855, Setor Marista
  • Shopping Cerrado: Avenida Anhanguera, nº 10.790, Setor Aeroviário
  • Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (Acieg): Rua 14, nº 50, Setor Oeste
Outras instituições que precisam da sua ajuda, não só no inverno.

Instituto Total Educação - Desenvolvimento de métodos de aprendizagem

O Projeto Total Educação e Cultura em Aparecida de Goiânia, tem o propósito de cooperar na transformação e desenvolvimento do indivíduo, promovendo qualidade e melhoria no ensino por meio da promoção dos valores humanos e compartilhando recursos e habilidades. A instituição habilita professores e profissionais da educação por meio de consultoria e coaching para desenvolver e aperfeiçoar os métodos de aprendizagem. O projeto atua em duas escolas no setor Garavelo em Aparecida de Goiânia, impactando diretamente 280 crianças.
Onde: 2 escolas no Setor Garavelo - Aparecida de Goiânia
Informações: 99126-0432 
E-mail: marcelo@totaledu.com.br
Conta Corrente para doações:  Banco do Brasil - Agência 4678-7 Conta Corrente: 10730-1

Hospital Araújo Jorge - Combate ao Câncer

O Hospital Araújo Jorge é uma unidade de saúde privada e filantrópica, atendendo em média 80% dos pacientes pelo Sistema Único de Saúde(SUS). O HAJ atende cerca de 30.000 pacientes mensal de todas as idades, oferecendo tratamento para todos os tipos de câncer com os mais modernos recursos. É referência no tratamento da doença no Centro-Oeste. Só que esse número pode aumentar se mais ajudas forem recebidas. O Hospital não consegue atender  toda a demanda por falta de recursos. E não é só de recursos financeiros que a instituição precisa. Você pode ajudar doando sangue, indo com os amigos ajudar no trabalho voluntário, levando mantimentos, roupas. O HAJ conta ainda com a ala infantil que precisa além dos mantimentos, de fraldas, leite em pó, achocolatado, gelatinas; a dieta para as crianças com câncer é restrita e esses alimentos ajudam na recuperação dos pequenos. Custam pouco e fazem muita diferença na vida delas.
Endereço: Rua 239, N 206, Setor Universitário
Conta corrente para doações: Banco do Brasil Agência: 3388-x Conta Corrente: 11331-x Titular: Associação de Combate ao Câncer em Goiás
Informações para doações: (62) 3243-7000 ou no site www.accg.org.br

CEVAM - Centro de valorização da Mulher - Combate a violência doméstica 

O Centro de Valorização da Mulher  CEVAM - É a chance que muitas mulheres tem para sair da situação de conflito que estão em suas famílias. A instituição atende mulheres, crianças e adolescentes em situação de violência, dando apoio psicológico, jurídico e pedagógico. As mulheres contam com diversos acompanhamentos e cursos para que possam aprender uma profissão e reingressar no mercado de trabalho. Tem ainda o projeto anjos da guarda em que pessoas podem ajudar uma criança da forma que puder. Seja apoio financeiro, materiais escolares, serviços médicos ou apenas levar a criança para passear no final de semana. Ajude!
Onde: Rua SNF 02, Qd. 1 A, Lt. 1 a 4, Setor Norte Ferroviário
Conta corrente para doações: Banco do Brasil Agência: 3689-7 Conta Corrente - 18786-0 
Informações e doações: 3213-2233 ou no site cevam.com.br

CVV - Centro de Valorização da Vida - Combate ao suicídio

O CVV – Centro de Valorização da Vida é uma organização não governamental com 53 anos de existência no Brasil, e foi criada para o serviço voluntário na prevenção de suicídio e apoio emocional. O serviço é gratuito, e é oferecido por voluntários que se disponibilizam para conversar com as pessoas de uma forma diferenciada e realmente preocupada com os sentimentos de quem entra em contato. Você pode se tornar voluntário entrando em contato pelo telefone 3223-4041 ou no local de atendimento Ed. Anhanguera - Quadra 21 - Lote 30 - Av. Anhanguera, 5389 - St. Central.
Onde: Ed. Anhanguera - Quadra 21 - Lote 30 - Av. Anhanguera, 5389
Informações: 3223-4041 ou no site cvv.com.br

ASCEP

Associação  de Serviços a Criança Especial de Goiânia foi fundada em 1987 por uma senhora que se dispôs a cuidar de crianças com deficiência. Depois com a quantidade de crianças que precisavam de ajuda aumentou foi preciso mudar para um ambiente maior.  A instituição realiza atendimento na área de assistência social, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, musicoterapia entre outros. Hoje o projeto atende cerca de 110 crianças especiais e só é mantido através de doações.
Onde: Rua Pucinne, Nº 50 - Jardim Europa
Informações: (62) 3239-0400 | 3239-0410
Site: www.ascep.com.br

Projeto Emanuel - Ressocialização de moradores de rua e ex- presidiários

O Projeto Emanuel tem modificado a vida de diversas pessoas em situação de rua e na reintegração social de ex- presidiários. O Pastor Wellington Correia é o idealizador do projeto que teve início nas visitas que fazia ao presídio estadual. Enxergou que ajudando essas pessoas, poderia através da instituição impactar positivamente suas vidas e de suas famílias. A sede está em construção para melhor atender quem precisa.
Onde: Rua Luciano Asseimer Toledo, Qd 06 - Chácara 06 - Conjunto Vista Alegre - Goiânia
Informações: 91459569 / 99434232 / 3203-2991
Conta Corrente para doações: Banco Itaú - Agência 7832 - Conta: 059849

Associação de Proteção e Assistência ao Reeducando – APAR

A Associação de Proteção e Assistência ao Reeducando (APAR) é uma organização que atua há 35 anos prestando serviços aos presidiários e egressos com colocação profissional, além de auxílio às famílias dos presos com a oferta de cursos profissionalizantes e cestas básicas. Também presta apoio a adolescentes infratores que cumprem medidas socioeducativas fechadas. Para ajudar basta ir à sede da associação ou ligar para os telefones de contato.
Telefones: (62) 9 9637 -7776 Eurípedes | (62) 9 9944- 7720 Paulo
Endereço: Avenida Anhanguera, esquina com Tocantins, n 5399, sala 1708, Setor Central, Goiânia

Creche Casa do Caminho

A Entidade Filantrópica, fundada 1991, desenvolve trabalhos assistenciais com a comunidade em geral. São mais de 250 crianças atendidas e ainda promove trabalhos com gestantes e mães solteiras. A creche possui um programa de doação de livros, alimentos e conta com a ajuda de voluntários frequentemente.
Telefone: 62 3210-7436 (Joaquim)
Endereço: Rua JC-36 Qd.10 Lt.13/14 – Jardim Curitiba-I
Site: www.crechecasadocaminho.com.br

Residencial Professor Niso Prego

A unidade atende crianças de 0 a 12 anos que foram afastadas do convívio familiar por meio de medida protetiva aplicada por autoridade judicial. O Residencial Professor Niso Prego oferece às crianças, que estão sob algum tipo de processo judicial (se irão pra algum parente ou se voltaram para os pais ou se irão para adoção), um ambiente agradável, educativo e seguro.
Telefone: 62 3541-1882 (Flávia)
Endereço: Rua SC-06 APM 2B QD. 22 LT. 2C – Setor Goiânia 2

Observatório Social de Goiânia – OSGyn

Essa ONG é um espaço para o exercício da cidadania para voluntários apartidários. O objetivo do observatório (que existe em quase todo Brasil) é de contribuir para a melhoria da gestão pública. Cada Observatório Social é integrado por cidadãos em favor da transparência e da qualidade na aplicação dos recursos públicos. Pra quem se preocupa com problemas como a corrupção no Brasil e quer lutar contra isso, o OSGyn pé o lugar correto para se voluntariar.
Endereço: Rua 101, nº 123 Ed. Centro de Serviços OAB – Setor Sul
Telefones: 62 8213-1994 (Ana Emília) ou 62 99688-4571 (Isabel)

Manassés

Quem já andou de ônibus em Goiânia já deve ter encontrado rapazes ex-dependentes químicos vendendo balas e divulgando o nome desse instituto. A Manassés busca recuperar os dependentes em drogas e orientá-los para reintegração na sociedade. A Casa também é mantida através de doações, voluntários e trabalhos dos próprios internos. Sabemos o quanto a sociedade vem sofrendo com a interferência das drogas na vida de jovens, adolescentes e pais de família. A destruição causada é enorme. Recuperar essas pessoas e socializá-las é super importante. 
Onde: Av. Venerando de Freitas Borges, 692 - Qd 5, lote 2, Setor Jaó, Goiânia - GO.
Informações: (62) 3609-6089

Vila São Cottolengo 

Situada em Trindade, região metropolitana de Goiânia, a Vila São Cottolengo é uma instituição filantrópica com mais de 60 anos de história. É um centro especializado em reabilitação física, auditiva e intelectual. São realizados cerca de 2.400 atendimentos diariamente. É conveniado ao SUS e sobrevive por doações. Você pode ajudar tanto com dinheiro, mantimentos ou tempo livre. Voluntariado sempre é bem-vindo.
Onde: Av. Manoel Monteiro, N 163 Bairro Santuário, Trindade-GO
Informações para doações: 3506-9017 | 3506-9243
E-mail: doacoes@cottolengo.org.br
Conta corrente para doações:Banco do Brasil: Agência 2738-3  Conta: 55100-7
Site: www.cottolengo.org.br

APAE - Apoio a pessoas com deficiência intelectual

A associação dos pais e amigos dos excepcionais, cuida em Goiânia de aproximadamente 500 pessoas com deficiência intelectual, oferecendo serviços de assistência social, prevenção na saúde, educação e preparação para o mercado de trabalho. É pioneira e referência neste tipo de ação no Brasil, ajudando as famílias a lidar melhor com o deficiente intelectual. O trabalho é lindo e tem feito a diferença na sociedade. 
Endereço: Rua 255, nº 628, Setor Coimbra, Goiânia - GO.
Fone: (62) 3226-8000
Site: http://www.goiania.apaebrasil.org.br/
Email: contato@apaedegoiania.org.br

Asilo Solar Colombino Augusto de Bastos

O que doar: Café, açúcar, manteiga de leite, carne vermelha (em bife ou moída), sabão em pó, detergente, água sanitária, desinfetante, sabonete líquido, fraldas geriátricas,  álcool em gel e doações em dinheiro.
Horário de funcionamento do brechó: De terça a sexta-feira, das 8h às 17h
Endereço: Avenida Antônio Fidelis, nº 800, Parque Amazônia, em Goiânia.
Informações: (62) 3280-1031.

Grupo Aids: Apoio, Vida, Esperança (Aave)

O que doar: alimentos, produtos de limpeza e dinheiro.
Onde doar: Rua Iporá, qd 19, lt 15, nº 170, Bairro Nossa Senhora de Fátima, Cidade Jardim, Goiânia - GO.
Informações: Telefone (62) 9 8605-5695 | e-mail: aave@grupoaave.org

Projeto Minha Oportunidade (PMO)

O que doar: alimentos, roupas, brinquedos, material esportivo, dinheiro
Endereço: Rua La Rochelle, Qd. 28, Lt. 10, Campos Elíseos – Aparecida de Goiânia
Telefone: (62) 3277-3036 / 99153-6717.

Abrigo São Vicente de Paulo

O que doar: alimentos, fraldas geriátricas e produtos de higiene e limpeza
Endereço: Rua B-6, nº 72, Vila Americano do Brasil, Goiânia
Informações: (62) 3251-5122.

Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER)

O que doar: fraldas descartáveis geriátricas, alimentos não perecíveis, roupas, calçados, brinquedos, cadeiras de rodas, andadores e muletas.
Endereço: Avenida Vereador José Monteiro, nº 1.655, Setor Negrão de Lima
Informações: (62) 3232-3232.

Legião da Boa Vontade (LBV)

O que doar: dinheiro, alimentos, material de higiene, roupas, sapatos e móveis.
Endereço: Rua Jamil Abraão, número 645, Setor Rodoviário, Goiânia.
Informações: (62) 3531-5000.

Núcleo Social Dona Judith

O que doar: alimentos, material de higiene, material de limpeza, material escolar, material esportivo, roupas, sapatos.
Endereço: Rua Santa Luzia Qd. 23 Lt.8 – Bairro Nova Cidade, Aparecida de Goiânia.
Informações: (62) 3537-2278.

Outras instituições e contato

União das Pioneiras de Goiânia (62) 3206-0688 (62) 3206-1722
Associação dos Deficientes Visuais do Estado de Goiás - Adveg (62) 3092-3132
Associação Servos de Deus (62) 4013-7100
Associação Metodista Assistencial de Educação (62) 3289-1647
Centro Promocional Todos os Santos do Bairro (62) 8499-7548 (62) 3299-7670
Associação de Promoção Humana (62) 8233-4210 (62) 9999-6734
Centro de Apoio Educacional Comunitário Jesus (62) 3211-5750
Centro de Orientação, Reabilitação e Assistência (62) 3251-0306
Lar das Crianças de Pai Joaquim (62) 3210-2933
Núcleo Feminino Irmã Scheilla (62) 3223-1823 (62) 3281-2607
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) (62) 3226-8000
Lar de Jesus (62) 3945-4966
Hospital Espirita Euripedes Barsanulfo (62) 3236-1310
Moradia e Cidadania (62) 3624-1259 (62) 3612-1038
Associação Pestalozzi de Goiânia (62) 3515-5665 (62) 3515-5666
Centro Espírita Raio de Luz (62) 3208-2007
Associação dos Portadores de Câncer de Mama (62) 3202-1331
Obras Sociais do Grupo Espírita Mãos Unidas (62) 3208-5695
Paróquia Nossa Senhora Aparecida e Santa Edwiges (62) 3259-9693 (62) 3223-0759
Fraternidade e Assistência a Menores Aprendizes (62) 3946-2817
Associação de Combate ao Câncer em Goiás (62) 3243-7004 (62) 3243-7018
Santa Casa de Misericórdia de Goiânia (62) 3254-4000
Obras Sociais da Irradiação Espírita (62) 3524-5020
Solar Colombino Augusto de Bastos Obras Sociais (62) 3280-1031
Cei Obra do Berco (62) 3524-7329
Irradiação Espírita Cristã (62) 3224-2133
Núcleo Educacional Mãe Dolorosa (62) 3208-1044
Lar Pio XII (62) 3299-3214 (62) 3595-5446
Instituto Espírita Batuira de Saúde Mental (62) 3281-0655
Movimento Jovens Livres (62) 3261-7368
Centro de Reabilitação São Paulo Apóstolo (62) 3286-6741
Creche São Judas Tadeu (62) 3291-7980
Obras Sociais do Centro Espírita Creche Vó Maria (62) 3593-5620
Associação dos Surdos de Goiânia (62) 3202-3134 (62) 3202-2845
Grupo Espírita Paulo de Tarso (62) 3211-1200 (62) 3246-3268
Associação dos Idosos Jardim Balneário Meia Ponte (62) 3292-7685
Comunidade Evangélica Juvenil Vida Nova (62) 3207-2962
Missão Resgate da Paz (62) 3286-6062
Associação Comunidade Luz da Vida (62) 3247-2000
Sociedade Espírita Trabalho e Esperança - Sete (62) 3258-9298
Associação Maçônica de Assistência Social (62) 3213-3785
Centro Espírita Estudantes do Evangelho (62) 8424-3170
Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás (62) 3202-3313
Comunidade Espírita Eurípedes Barsanulfo (62) 8283-3333 (62) 3264-1776
Núcleo de Proteção aos Queimados (62) 3224-3842
Desafio Jovem Restauração Shalom (62) 3211-4384
Associação Grupo Aids Apoio Vida Esperança (62) 3271-4510
Lar Caminho da Luz (62) 9926-1907
Centro de Recuperação Vida Nova (62) 3264-8832 (62) 98577-3648
Casa de Mãe Sozinha Analia Franco (62) 3213-2233
Associação Assistencial Madre Germana II (62) 3289-1446
Projeto Semear/Associação Semente da Vida (62) 3289-6471
Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado (62) 3286-4907 (62) 9678-1213
Centro de Cidadania Negra do Estado de Goiás (62) 3932-3905
Grupo Espírita Amor e Vida (62) 3273-3379
Instituto Videira (62) 3285-5944
Grupo Espírito Luz Lar Caminho de Maria (62) 3519-1646
Associação de Apoio às Vítimas de Câncer no Estado de Goiás (62) 3623-4601
Creche e Educandário Espírita Recanto de Paz Paula Prado (62) 3210-7436
Casa de Polyana Núcleo Assistencial Espírita (62) 3287-9292
Associação dos Renais Crônicos e Transplantados de Goiânia (62) 3211-6205
Centro de Educação Infantil Bezerra de Menezes (62) 3208-9252
Projeto Profissionalizante e Educacional Ebenezer (62) 3271-0368
Associação Tio Cleobaldo (62) 8164-7604
Associação Assunção (62) 3208-9697
Associação das Mulheres Deficientes Auditivas e Surdas do Estado de Goiás (62) 3284-3601
Associação Paraolímpicos do Futuro (62) 3942-1097 (62) 3941-7041
Instituto Gigantes da Fe-Igf (62) 8404-0507
Associação Beneficente de Mulheres do Estado de Goiás (62) 3595-1108
Instituto Marcia Melo (62) 9166-6669
Associação Projeto Esporte Crescer (62) 3946-1515
Associação Projeto Social Anjo da Guarda Goiânia (62) 3517-0174
Obras Sociais do Centro Espírita Irmão Aureo-Osceia (62) 3297-3117
Lar Mãe Zeferina (62) 3609-8546
Obras Sociais do Grupo Espírita Regeneração (62) 3597-8412
Associação de Pais do Excepcional Gota de Org (62) 3579-2355
Centro de Educação Comunitária de Meninas (62) 3299-7753
Centro de Educação Infantil Nossa Senhora de Nazaré (62) 9975-3187 (62) 3285-5920
Escola Creche São Domingos Savio (62) 3255-7003
Associação Parkinson Goiás (62) 3092-3499
Sociedade Instituto Curados para Curar (62) 3607-3504
Associação Casa de Maria (62) 3926-5177
Associação Projeto Noroeste (62) 8503-1154 (62) 3299-1844
Legião da Boa Vontade (62) 3531-5000
Projeto Adoção Associação Missionária (62) 8579-9685
Obras Sociais do Centro Espírita Obreiros (62) 3299-3078
A Casa da Criança e do Adolescente/ Talitha Kumm (62) 3218-2070
Associação Down de Goiás (62) 9116-9196 (62) 3225-8118
Centro de Educação Infantil Betel - Terra
Fértil (62) 3241-8723
Associação dos Acidentados do Trabalho do Estado de Goiás (62) 3233-7086
Centro de Trabalho Comunitário (62) 3586-2206
Instituto Rede Solidária Berço das Águas Irsba (62) 3092-3596
Associação Bem Aventurada Imelda (62) 3286-3526
Grupo de Pacientes Artriticos de Goiás (62) 3549-7688
Assel Associação Evangélica El Shadai (62) 9331-3298
Abrigo de Idosos São Vicente de Paulo (62) 3253-1199
Obras Sociais da Irradiação Espírita Cristã (62) 3224-2133
Grupo Fraterno de Assistência Social (62)99978-6776
Obras Sociais Espírita Caminheiros de Jesus (62)98454-1583
Associação Santa Terezinha do Menino Jesus 3595-0967
Obras Sociais Do Centro Espírita O Consolador (62) 3208-1646
Associação Comunitária Beneficente Portas Abertas (62) 99399-1274
Associação Corrente do Bem (62) 99988-8380
Sociedade Assistencial de Goiás - Sag (62) 99397-1036