segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Como a falta de atividade física na adolescência pode afetar a vida adulta

 A cada dez adolescentes no mundo, oito não praticam atividades físicas com a frequência e a intensidade recomendadas para suas faixas etárias. A conclusão é de um estudo divulgado em meados de 2018 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Diante desse cenário, a ONU lançou através da Organização Mundial da Saúde (OMS) um plano para aumentar em 15% a prática de exercícios físicos até 2030. A estratégia principal é encorajar governos a estimularem a prática de atividades físicas em espaços públicos como parques e praias.

“Ser ativo é fundamental para a saúde. Mas no mundo moderno isso está se tornando cada vez mais um desafio, em grande parte porque nossas cidades e comunidades não são projetadas da maneira correta”, disse Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em comunicado divulgado à época. A recomendação da agência para crianças e adolescentes com idades entre cinco e 17 anos é de 60 minutos de atividade física diária – sendo que ao menos três vezes na semana ela deve contemplar fortalecimento de músculos e ossos.

No Brasil, mesmo que a educação física na escolas seja disciplina obrigatória, a atividade costuma ser pouco incentivada. “A criança que pratica se conscientiza pelo resto da vida, principalmente porque sabe os impactos da falta dela”, explica Jorge Steinhilber, presidente do Conselho Federal de Educação Física (Confef). O sedentarismo de crianças e adolescentes pode levar ao desenvolvimento de enfermidades na vida adulta. Entre elas, problemas cardíacos, acidentes vasculares cerebrais (AVCs), diabetes e cânceres. Juntas, essas doenças respondem por 71% das mortes que ocorrem no mundo, segundo a OMS.

Para o presidente do Confef, é importante que as pessoas nutram desde cedo o hábito de praticar atividades físicas – inclusive mantendo-o na maturidade. Assim, além de evitar doenças, ganha-se qualidade de vida, algo fundamental para um país cujo número de idosos só aumenta. Entre 2012 e 2017, a quantidade de pessoas com mais de 60 anos cresceu 18%, chegando a um total de 30 milhões de indivíduos, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

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