sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

CFM recua e permite publicidade de médicos nas redes

Dois meses após endurecer as regras para a publicidade médica nas redes sociais, o Conselho Federal de Medicina (CFM) vai voltar atrás em um aspecto da decisão. A reação dos médicos motivou a alteração do texto da resolução e, agora, será permitido que os profissionais  divulguem endereço e telefone do consultório no Facebook, Instagram e outros perfis pessoais na internet. Selfies durante o ato médico continuam proibidas.

A alteração será publicada entre segunda e terça-feira, informou o conselheiro Emmanuel Fortes Cavalcante,  3º vice-presidente do CFM e um dos relatores da resolução. Ele admitiu que o texto atual suscita interpretações equivocadas e que isso provocou certo desconforto na comunidade médica, gerando críticas.

"A página pessoal do médico, inclusive no Facebook, funciona como cartão de apresentação", disse Cavalcante ao Estado, sobre a nova determinação, que deve "tranquilizar os conselheiros". Em entrevistas à imprensa e a sites e blogs, os profissionais seguem proibidos de divulgar os contatos do consultório - só podem se identificar com o nome e a especialidade.

Imagens de "antes e depois", utilizadas principalmente por profissionais da área de estética, seguem impedidas - e as selfies podem ser publicadas desde que não sejam feitas durante o ato médico. Quando o paciente é quem decide publicá-las, os profissionais têm liberdade para concordar ou não. O aconselhamento, no entanto, é para que não permitam, "para evitar exposições".

Elogios em excesso. Fortes afirma que, se for constatado que o médico está sendo "muito elogiado" por pacientes, o CFM deverá investigar. "Temos muitos processos éticos em andamento. São casos de médicos que instrumentalizam o paciente para fazer divulgações a respeito do seu trabalho. É uma transgressão às normas, assim como matérias pagas em publicações", afirma o vice-presidente.

Publicadas em 28 de setembro, as novas regras vetam o uso de aplicativos de bate-papo para "consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa ou a distância". Fortes afirma que dúvidas, intercorrências e emergências podem continuar sendo reportadas aos médicos por WhatsApp ou Facebook. "Todos os médicos que têm algum grau de responsabilidade passam seu telefone pessoal para o paciente, não só o do consultório", diz. As consultas, no entanto, devem ser obrigatoriamente presenciais. "À distância não pode. Nem por Skype", completa.

Como é difícil ter acesso à privacidade, o CFM só fiscaliza quando surge alguma queixa ou denúncia. Se for constatado prejuízo ao paciente, o médico vai ser penalizado, podendo ter o exercício da profissão suspenso por 30 dias ou mesmo cassado o registro profissional.

Fonte: http://m.saude.estadao.com.br/noticias/geral,cfm-recua-e-permite-publicidade-de-medicos-nas-redes,10000003755


Minha opinião:

Concordo com a resolução ao proibir fotos com pacientes. Na minha opinião, o sigilo médico sobre quem você atende, deve ser mantido. Sabemos que muitos médicos utilizam da artimanha de atender famosos e com isso angariar pacientes. A mesma coisa vale para fotos de antes e depois. Paciente não é cliente, paciente não é troféu. Parte da decadência da medicina é culpa dos próprios médicos, pois deixam de seguir o juramento Hipocrático. Deixam a qualidade cair em detrimento de dinheiro.

Mas concordo com a nova decisão do CFM, em permitir a divulgação de telefone e endereço no consultório nas redes sociais. É a única forma de fazer publicidade médica, já que as demais são vetadas (e concordo com a proibição).

Portanto com a nova resolução, fica permitido informar telefone e endereço do consultório nas redes sociais, MAS não em entrevistas.

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