sábado, 6 de julho de 2013

O câncer renal pode estar correlacionado ao arsênico na água potável

A ingestão elevada de arsênico presente na água potável está associada com um risco aumentado de câncer de ureter e pelve renal, de acordo com um estudo de caso-controle realizado no norte do Chile.

O estudo comparou 122 casos de câncer de rim e 640 de controles baseados na população. Os casos incluíram 76 tipos de câncer de células renais, 24 carcinomas de células transicionais da pelve renal e do ureter (TCC) e 22 outros tipos de câncer nos rins.

Em comparação com os indivíduos cuja média de ingestão de arsênico da água potável era inferior a 400 mg/dia, aqueles cuja média de consumo foi de 400-1.000 mg/dia e maior que 1.000 mg/dia apresentaram um significativo aumento do risco em 5,7 vezes e 11 vezes para o desenvolvimento dos cânceres de pelve renal e ureter, respectivamente, informaram os pesquisadores, liderados por Craig Steinmaus, MD, MPH, online no American Journal of Epidemiology. A ingestão de arsênico elevada não foi associada com um risco aumentado de câncer das células renais.

O grupo do Dr. Steinmaus apontou que o norte do Chile é um dos melhores lugares do mundo para investigar a carcinogenicidade de arsênio, em parte, por causa das altas exposições ao metal pesado e da disponibilidade de bons registros sobre as concentrações passadas de arsênio na água.

Eles observaram que vários fatores apoiam a viabilidade biológica de suas descobertas. Primeiro, o arsênio ingerido é uma causa bem estabelecida para o câncer de bexiga, a maioria dos quais é também um TCC. Em segundo lugar, o rim é a principal via de excreção para o arsênio, então, quase todo o arsênio ingerido atinge os rins.

"Com essas novas descobertas", concluíram os autores, "incluindo a evidência de uma dose-resposta, acreditamos que exista, agora, evidências suficientes em humanos de que o arsênico na água potável causa câncer da pelve renal e de ureter."

Fonte: Renal and Urology News