quarta-feira, 5 de outubro de 2011

OMS avalia que qualidade do ar em São Paulo é melhor que a do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro tem um índice de poluição do ar três vezes superior aos níveis recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pior que o de São Paulo e de Cubatão.

Em um estudo inédito com 1,1 mil localidades no mundo, a entidade alerta que os municípios de países emergentes são hoje os mais poluídos. São Paulo, apesar de estar em uma situação melhor que a do Rio, não tem nada a comemorar.

A capital paulista tem um índice duas vezes superior às recomendações da OMS, conforme os dados mais recentes, de 2009. No geral, o Brasil tem uma média de poluição do ar duas vezes superior ao que estabelece a entidade. Os dados tomam por base 68 estações em quatro estados.

O poluente considerado é o material particulado - a poeira formada principalmente pela queima de combustíveis. Essas micropartículas, com até 10 milésimos de milímetro, podem causar asma, câncer e doenças cardíacas.

De 91 países avaliados, o Brasil é o 44.º com maior índice médio de poluição. A situação mais preocupante é a do Rio, na 144.ª colocação entre as mais poluídas. A cada m³ de ar na cidade foram encontrados 64 microgramas de material particulado. O limite ideal para a OMS é 20.

Procurado, o governo do Rio atribuiu o alto índice de poluição do ar constatado no levantamento à grande circulação de veículos na região metropolitana.

Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), carros, ônibus e caminhões são fontes de mais de 70% dos poluentes detectados. O sistema semiautomático que mede poluição por acúmulo de horas, diferente do de São Paulo, também contribuiria para uma distorção no ranking. Segundo o coordenador do Departamento de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS, o brasileiro Carlos Dora, uma redução da poluição aos níveis aceitáveis pela OMS reduziria em 15% o número de mortes anuais por problemas respiratórios no Rio.

Maria Neira, diretora da OMS para Saúde Pública e Meio Ambiente, acredita que o investimento em transporte público pode ser a solução. "Basta ver o que os países ricos fizeram. Há décadas, estavam entre os locais mais críticos do mundo e conseguiram reverter essa situação."

Fonte: http://www.hebron.com.br/noticias/

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