segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Sono melhor e menos hipertensão

Ao estudar as causas da hipertensão resistente, que não cede com o uso de medicamentos, um grupo de pesquisadores constatou que a condição mais frequentemente associada ao problema é a apneia do sono – distúrbio caracterizado pela suspensão da respiração enquanto o paciente dorme.

O estudo foi realizado por cientistas do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com pesquisadores do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, e já foi aceito para publicação na revista Hypertension.

Em outro estudo ainda inédito, o grupo do InCor também demonstrou que o uso do equipamento conhecido como CPAP – sigla em inglês para “pressão positiva contínua nas vias aéreas” –, tratamento padrão para a apneia do sono, pode ser eficiente como terapia auxiliar, no caso dos pacientes com hipertensão resistente. Um estudo anterior, publicado em março na Hypertension, havia demonstrado que o CPAP é eficiente também como prevenção, no caso de pacientes pré-hipertensos.

“Os pacientes com hipertensão resistente, por definição, são aqueles que não conseguem controlar a pressão arterial mesmo tomando três fármacos anti-hipertensivos em dose máxima, sendo um deles diurético.Trata-se de um problema muito grave, por isso decidimos realizar um estudo sobre as causas desse tipo severo de hipertensão”, disse. E

m parceria com cientistas do Instituto Dante Pazzanese, os pesquisadores do InCor monitoraram mais de uma centena de pacientes de hipertensão resistente, a fim de investigar a causa do problema. A conclusão foi que a apneia era a condição mais frequentemente associada a ele. “Identificamos uma frequência de 64% de casos de apneia do sono nessa população de hipertensos resistentes. A apneia foi, de longe, a principal causa do problema”, disse Lorenzi.

Em um segundo trabalho com os hipertensos resistentes, os pesquisadores do InCor separaram de forma randomizada, durante seis meses, um grupo tratado com o CPAP e medicamentos e outro apenas com os medicamentos. O trabalho fez parte de um doutorado e acaba de ser submetido à Hypertension. “O tratamento com o CPAP conseguiu provocar uma queda significativa na pressão arterial dos pacientes. Trata-se de uma alternativa de tratamento adjuvante, que não dispensa o uso de fármacos. Mas o resultado foi animador”, disse.

Fonte: Bom dia doutor

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