quinta-feira, 19 de maio de 2011

Resveratrol melhora parâmetros em pacientes diabéticos (tipo 2)

Pesquisadores da Hungria publicaram na revista científica British Journal of Nutrition um estudo que mostrou, pela primeira vez, que o resveratrol melhora a sensibilidade à insulina em pacientes diabéticos tipo 2, e que isto pode ser devido à redução do estresse oxidativo.

Por ser um antioxidante eficaz, como mostrado em estudos in vitro e in vivo, o objetivo dos autores foi analisar se o resveratrol tem efeitos benéficos no controle e/ou na melhora da resistência à insulina, e se isto está relacionado com alteração do estresse oxidativo. Além disso, os pesquisadores buscaram elucidar os mecanismos bioquímicos subjacentes que possam explicar os efeitos do resveratrol no diabetes tipo 2.

Trata-se de um estudo duplo-cego e randomizado, que incluiu dezenove pacientes diabéticos tipo 2 e que foram acompanhados durante quatro semanas. O primeiro grupo (n = 10) recebeu resveratrol por via oral, duas vezes ao dia (em cápsulas de gelatina contendo 5 mg de resveratrol cada), e o grupo controle (n = 9) recebeu duas cápsulas de placebo por dia. Os pacientes foram orientados a não consumir bebidas alcoólicas e alimentos que contenham quantidades substanciais de resveratrol, como por exemplo, vinho tinto e uvas vermelhas.

Os pacientes foram avaliados antes, na segunda e quarta semana após a intervenção. Os níveis de glicemia de jejum e insulina foram utilizados para calcular o Índice do Modelo de Avaliação da Homeostase da Resistência à Insulina (HOMA-ir). O nível de estresse oxidativo foi analisado pelos níveis urinários de ortho-tirosina, bem como por meio dos níveis de incretinas e pela razão proteína quinase B fosforilada (pAkt)/proteína quinase B (Akt) em plaquetas.

Após a quarta semana, o resveratrol diminuiu significativamente a resistência à insulina (p = 0,044) e excreção urinária de ortho-tirosina (p = 0,043), enquanto aumentou a relação pAkt/Akt nas plaquetas (p = 0,032), indicando que houve melhor captação de glicose para a célula.

“O estresse oxidativo vem sendo amplamente estudado como componente da etiologia da resistência à insulina. Além disso, a fosforilação da proteína quinase B (pAkt) é um passo essencial para a sinalização da insulina, contribuindo para a entrada da glicose na célula. Assim, estudar esses fatores é fundamental para o entendimento do aumento da sensibilidade à insulina induzida pelo resveratrol”, comentam os autores.

“Os resultados deste estudo parecem sugerir que, em paralelo com a redução da resistência à insulina, o resveratrol pode diminuir o estresse oxidativo e atuar sobre a via de sinalização da Akt. Portanto, o presente estudo mostra que o resveratrol pode se tornar uma ferramenta útil no tratamento do diabetes tipo 2 e na obtenção de uma maior compreensão dos mecanismos envolvidos com a resistência à insulina e estresse oxidativo”, concluem.

Fonte: http://www.nutritotal.com.br/notas_noticias/?acao=bu&id=502

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